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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

BACHARELADO EM FARMÁCIA

JOSÉ LÁZARO MARQUES DOS ANJOS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM


DISPENSAÇÃO

ALTAMIRA - PA
2022
2

JOSÉ LÁZARO MARQUES DOS ANJOS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM


DISPENSAÇÃO

Trabalho apresentado à Universidade Norte do Paraná -


UNOPAR, ao Curso de Farmácia como requisito parcial
para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de
Estágio Supervisionado em Dispensação do 6º semestre.

Professora: Patrícia Oliveira Vellano

Altamira - PA
2022
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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO ......................................................................................... 4
2 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 5
3 ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO .................................................................... 6
4 ATIVIDADES DO PLANO DE TRABALHO ADAPTADO .............................. 7
5 TERMO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO ................................................19
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................ 20
REFERÊNCIAS ........................................................................................... 21
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1. APRESENTAÇÃO

O estágio Supervisionado em Dispensação foi realizado na Empresa Krause


e França Ltda / Droga Minas, em Altamira Pará. Tendo como principal objetivo,
proporcionar a oportunidade de aplicar, ampliar e adequar os conhecimentos
técnico-científicos, integrando a teoria e a prática por meio de sua inserção em
situações reais de trabalho; Promover atividades que permitam o desenvolvimento
de competências, capacidades e habilidades requeridas para a formação
profissional.
O estágio permite a consolidação dos conhecimentos adquiridos na área
de fármacos e medicamentos através de atividades práticas supervisionadas em
estabelecimentos da área farmacêutica, relacionado à atividade de dispensação e
manipulação de medicamentos, bem como a prestação de serviços farmacêuticos a
atuação do farmacêutico na farmácia clínica e atenção farmacêutica, conforme
preconizado na legislação vigente.
De acordo com, a Lei n° 11.788, de 25 de setembro de 2008, que diz que o
estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de
trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo do estudante.
Com base na legislação é extremamente importante a realização de estágio,
para adquirir experiência na atividade profissional.
Desta forma, o trabalho do farmacêutico é componente fundamental da
qualidade da Assistência Farmacêutica que, por sua vez, tem implicações diretas na
eficiência dos sistemas de saúde. Os profissionais farmacêuticos contribuem com a
saúde selecionando os medicamentos mais seguros, eficazes e custo efetivos,
atuando na promoção do uso racional dos medicamentos, através de ações que
disciplinem a prescrição, a dispensação e o consumo de medicamentos, obtendo a
melhor resposta terapêutica possível.
As políticas governamentais têm reforçado a atenção primária de saúde
(APS), conhecida no Brasil como atenção básica (AB), como estratégia estruturante
para mudança do modelo de atenção à saúde no SUS. Ao mesmo tempo, com
investimentos na formação dos trabalhadores e gestores, busca-se promover
alterações na concepção do processo saúde/doença, no paradigma sanitário e na
prática sanitária.
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2. INTRODUÇÃO

Nesta elaboração textual argumenta-se a importância da atenção


farmacêutica como agente de promoção do uso racional de medicamentos.
Destacando a orientação farmacêutica na promoção do uso correto do
medicamento. Esse estudo teve como objetivo avaliar a gestão farmacêutica e
aliando a teoria acadêmica à prática. Bem como a aquisição de novos
conhecimentos de natureza prática e que permitam ao alunado adquirir experiências
para o exercício profissional farmacêutico.
No Estágio Supervisionado em Dispensação foram aplicados os
conhecimentos científicos na prática, na promoção de atividades que permitiram o
desenvolvimento de competências, capacidades e habilidades, garantindo a
experiência nos diferentes níveis de atenção a saúde, o aperfeiçoamento cultural e
profissional, possibilitando também a experiência profissional, consolidando os
conhecimentos adquiridos no curso e a articulação entre teoria e prática.
O objetivo nas atividades do estágio em dispensação foi conhecer e aprender
com as nomenclaturas comerciais e genéricas dos medicamentos, assim como
treinar uma avaliação básica na análise de prescrições, para que pequenos ajustes
de posologias ou confirmações médicas possam ser feitas, obedecendo à rotina de
atendimento. Observar as técnicas de dispensação e os cuidados ao realizar
atenção farmacêutica. Sendo realizado pesquisas para auxiliar os estagiários a
melhorar o conhecimento científico e não se limitar apenas à aquisição e distribuição
de medicamentos exigidos para a sua implementação, relacionar as atividades da
farmácia com a literatura, principalmente com as legislações que norteiam a
atividade farmacêutica.
É necessário que se busque com esta pesquisa melhorar os resultados
terapêuticos individuais e coletivos na gestão do cuidado em saúde por meio de
ações clínicas do farmacêutico. É fundamental que o farmacêutico se aproprie dos
novos referencias teóricos para que o processo de mudança, tão necessário, possa
ter início com iniciativas de cada profissional a partir da conscientização de seu
papel no sistema de saúde, apoiadas institucionalmente, para o real benefício do
indivíduo, da família e da comunidade.
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3. ATIVIDADE DO ESTAGIÁRIO

Ao conceituar os fundamentos para que a Assistência Farmacêutica seja


resolutiva, deve-se destacar que a mesma deve estar fundamentada no acesso, na
qualidade, na correta prescrição e dispensação e na promoção do uso racional de
medicamentos, esses fundamentos apresentam-se como básicos para a
resolutividade da Assistência Farmacêutica. Com esta visão, é possível identificar as
patologias mais prevalentes da região, trabalhando melhor o estoque dos
medicamentos, e elaborando campanhas e projetos de atenção que tenham bom
funcionamento no estabelecimento.
A drogaria onde se realizou o estágio supervisionado foi apresentada a
estrutura física da farmácia, seu funcionamento e organização dos medicamentos de
A á Z nas prateleiras. Todos devidamente organizados para facilitar no atendimento
e na dispensação. Dentre estes estão: armazenamento e organização dos armários
de medicamentos psicotrópicos e antibióticos; conferência de receitas de controle
especial; captação de cupons para farmácia popular; dispensação de medicamentos
em geral e outros.
Houve esclarecimento sobre os medicamentos isentos de prescrição (MIPs)
onde apresenta riscos mínimos de efeitos adversos. Os mesmos são dispensados e
não precisam de receituários como: xarope, antiácidos, analgésicos, antitérmicos.
O contato direto com os clientes é de fundamental importância para a análise
de uma prescrição médica e saber orientar o paciente da importância da adesão ao
tratamento para se evitar o uso irracional de medicamentos.
Dentre essas atividades, também foi possível fazer o controle de estoque de
medicamentos que estão prestes a vencer, para que estes sejam dadas prioridade
de dispensação. Foi possível obter alguns conhecimentos quanto à dispensações
dos medicamentos de controle especial referente ao receituário e controle no
registro no SNGPC.
Diante do contexto, o objetivo deste estágio foi proporcionar a oportunidade
de aplicar os conhecimentos técnico-científicos, integrando a teoria e a prática por
meio de sua inserção em situações reais de trabalho, promovendo atividades que
permitam o desenvolvimento de competências, capacidades e habilidades
requeridas para a formação profissional e possibilitando o conhecimento da
realidade socioeconômica e cultural da população, desenvolvendo a capacidade
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crítica e humanística do acadêmico, permitindo a sua identificação como elemento


de transformação da sociedade.
A observação do quanto o farmacêutico exerce atenção e assistência
auxiliando o paciente, em relação ao medicamento, quanto ao seu uso correto,
horários de administração de acordo com a orientação médica, cuidados com o
armazenamento, alertando sobre possíveis interações e efeitos colaterais, assim
aumentando a aderência ao tratamento prescrito.
Observação dos medicamentos que estão distribuídos em prateleiras,
divididos em genéricos, similares, referência e antibióticos, todos organizados de
acordo com a ordem alfabética. Possui um armário grande para guardar os
medicamentos sujeitos a controle especial, que ficam chaveados onde somente os
farmacêuticos têm acesso. Possui também uma geladeira para armazenamento de
medicamentos que necessitam temperatura controlada, no final do dia a realização
de verificação de P. A.
O atendimento entre o cliente com meios de profissionalismo aferir pressão
arterial, glicemia saturação na entrada da mesma. O atendimento ao cliente e
orientação sobre a medicação, o acesso facilitado a antibióticos, que também podem
ser subutilizados. A sua utilização desadequada resulta em custos acrescidos para o
sistema de saúde, através de hospitalizações e tratamentos mais dispendiosos. Os
erros de medicação podem ocorrer em várias etapas do processo de uso do
medicamento, como a prescrição, preparação, dispensa administração e
monitorização. Dependendo de onde ocorre o erro, este pode resultar em
hospitalizações evitáveis e utilização adicional de medicamentos.

ATIVIDADES DO PLANO DE TRABALHO ADAPTADO

ESTUDO DE CASO 1:

Uma recém-formada em farmácia por nome, Maria Eduarda começou a


trabalhar em uma farmácia no centro da cidade. É frequente a prestação de serviços
farmacêuticos onde Maria trabalha e toda semana Dona Josefa, uma senhora de 65
anos, vai à farmácia para aferir a pressão e fazer esse acompanhando junto ao
farmacêutico disponível que registra os resultados em ficha e na carteira de
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hipertenso do usuário. No dia 23/01/22 Maria Eduarda atendeu a Dona Josefa que
relatou fortes dores de cabeça e tontura, após aferir a pressão arterial da paciente, a
farmacêutica ao anotar o resultado na ficha percebeu que há algumas semanas
Dona Josefa estava apresentando pressão arterial elevada:

a) Observando a Ficha de Controle de Pressão Arterial (PA) da paciente,


explicaria os sintomas relatados pela Dona Josefa? Discuta sobre a comorbidade
apresentada pela paciente e os valores presente na ficha de acompanhamento da
PA.

O sistema nervoso autônomo pode ser dividido em Sistema nervoso


simpático, conhecido como o "sistema de fuga ou luta", uma vez que o nosso corpo
está preparado para emergências Isso se traduz em um aumento da frequência
cardíaca, pressão arterial elevada e faz outras mudanças na liberação adrenalina,
que nos prepara para enfrentar o perigo ou estresse.

b) Explique a importância da presença da Ficha de Controle de Pressão


Arterial nas farmácias que ofertem esse serviço farmacêutico e a Resolução (RDC)
que traz esse embasamento.

Através do controle da ficha de Pressão Arterial o farmacêutico tem o cuidado


para evitar inúmeras doenças, tais como: infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e
insuficiência renal. A doença, conhecida como pressão alta, é uma condição crônica
em que a pressão exercida pelo sangue nas artérias se mantém elevada.
Infelizmente, por não terem nenhum sintoma, muitas pessoas que possuem pressão
alta permanecem bastante tempo sem tratamento, o que ocasiona danos nas
artérias e nos órgãos vitais do corpo.: é preciso regularmente fazer a medição da
pressão e solicitará exames para um melhor diagnóstico Evitar sobrepeso Evitar
consumo de sal Evitar fumo Evitar bebidas alcoólicas Praticar atividades físicas
regularmente Alimentação saudável Ter um sono reparador Evitar situações de
stress Lazer e amigos

O Farmacêutico deve orientar o portador de hipertensão, fazer suas consultas


periódicas no médico e o oriente a acompanhar sempre os níveis de pressão através
da medição, que pode ser efetuada em casa com o uso de aparelhos de pressão.
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Atualmente existem vários modelos de aparelhos em que o próprio usuário pode


operar mantendo assim, o controle de sua pressão arterial.

A melhor forma de se identificar a hipertensão é fazer medições regulares da


pressão arterial, para identificar quando está acima de 140 x 90 mmHg. Assim, uma
boa estratégia pode ser fazer check-ups 2 a 3 vezes por ano com o clínico geral ou o
médico de família, por exemplo.
Para entender o valor de pressão arterial é preciso conhecer os dois valores:
Pressão sistólica: geralmente é o valor mais alto da medição (ex.: 135 mmHg) e
representa a pressão que é feita nas artérias quando o coração bate;
Pressão diastólica: é o valor mais baixo (ex.: 65 mmHg) e representa a
pressão nas paredes das artérias entre cada batida do coração.
Depois de medida, a pressão arterial é classificada de acordo com este
quadro:

Pressão sistólica
Classificação Diastólica (mmHg)
(mmHg)
Ótima < 120 < 80
Normal < 130 < 85
Limítrofe 130 a 139 85 a 89
Hipertensão estágio 1 140 a 159 90 a 99
Hipertensão estágio 2 160 a 179 100 a 109
Hipertensão estágio 3 >= 180 >= 110

Quanto maior o estágio de hipertensão, maior o risco de complicações


graves. Pessoas com pressão limítrofe e com hipertensão estágio 1 podem
conseguir regular a pressão apenas com algumas alterações do estilo de vida,
enquanto pessoas com hipertensão estágio 2 e 3 normalmente precisam fazer uso
de remédios receitados pelo médico.
O objetivo das estratégias para implementação de medidas de prevenção da
HA deve ser “estimular o tratamento contínuo, o controle da pressão arterial (PA) e
de fatores de risco associados, por meio da modificação do estilo de vida e/ou uso
regular de medicamentos”.
Sendo assim, a farmácia exerce um papel essencial nessa estratégia, uma
vez que o farmacêutico pode, além de realizar a aferição da pressão do paciente,
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fazer o acompanhamento farmacoterapêutico e sugerir mudanças no estilo de vida.


A resolução que traz esse embasamento é a resolução Nº 357
DE 20 DE ABRIL DE 2001 (Alterada pela Resolução nº 416/04). Ementa: Aprova o
regulamento técnico das Boas Práticas de Farmácia.
O Conselho Federal de Farmácia, no uso de suas atribuições legais e
regimentais,
CONSIDERANDO o disposto no artigo 5 , XIII da Constituição Federal, que
outorga liberdade de exercício, trabalho ou profissão, atendidas as qualificações que
a lei estabelecer;
CONSIDERANDO que o Conselho Federal de Farmácia, no âmbito de sua
área específica de atuação e como Conselho de Profissão Regulamentada, exerce
atividade típica do Estado, nos termos dos artigos 5º, XIII; 21, XXIV e 22, XVI todos
da Constituição Federal;
CONSIDERANDO que é atribuição do Conselho Federal de Farmácia expedir
resoluções para eficácia da lei federal nº 3.820/60 e ainda, compete-lhe o múnus de
definir ou modificar a competência dos profissionais de farmácia em seu âmbito,
conforme o Artigo 6º, alíneas “g” e “m”, da Lei Federal nº 3.820, de 11 de novembro
de 1960;
Considerando, ainda a outorga legal ao Conselho Federal de Farmácia de
zelar pela saúde pública, promovendo ações que implementem a assistência
farmacêutica em todos os níveis de atenção à saúde, conforme alínea “p”, do artigo
6º , da Lei Federal nº 3.820/60 com as alterações da Lei Federal nº 9.120/95; Ainda,
o disposto nas Leis Federal nº 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor) e nº
9.787/99 (Lei dos Medicamentos Genéricos),

c) Qual a conduta adequada de Maria Eduarda frente ao caso exposto?

A conduta frente ao caso e os cuidados do profissional farmacêutico devem


proporcionar a interação com o paciente, assim o atendimento deve esclarecer
dúvidas relacionadas ao uso do medicamento, o profissional também deve foca no
acompanhamento farmacológico dos pacientes, buscando resultados positivos do
tratamento por meio de resolução de problemas apresentados.
Esse acompanhamento envolve dois objetivos importantes, o primeiro
responsabiliza-se o paciente utilizar o medicamento prescrito pelo médico na
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posologia correta para que seja seguro e eficaz resultando em efeito terapêutico
desejado, já o segundo objetivo é certificar-se que reações adversas ao uso do
medicamento sejam mínimas e que caso apareçam sejam solucionadas
imediatamente pelo profissional farmacêutico.

ESTUDO DE CASO 2:

Paula estudante do último período de farmácia iniciou o estágio de


dispensação há uma semana, muito proativa, ela acompanha os farmacêuticos no
momento da dispensação e o atendimento aos pacientes. Ela percebeu que muitos
idosos procuram a farmácia para adquirirem medicamentos para dislipidemia, anti-
hipertensivos, hipoglicemiantes orais, entre outros. Alguns levam prescrição médica
e documentos pessoais, conseguindo adquirir os medicamentos de forma gratuita.
Paula questionou o farmacêutico sobre esses casos e ficou sabendo um pouco mais
sobre o Programa Farmácia Popular do Brasil. Alguns dias depois, Paula atendeu
Cláudia, uma senhora de 70 anos, com uma prescrição de Sinvastacor 40mg. Paula
explicou a Cláudia que ela poderia pegar esse medicamento por um custo bem
inferior e que ela poderia trocar pelo genérico Sinvastatina 40mg dispensado pelo
Programa Farmácia Popular.
a) A conduta da estagiária foi correta? Quais as orientações que Paula
deveria fornecer ao paciente sobre os medicamentos dispensados pelo Programa
Farmácia Popular?

Sim, uma conduta correta tendo em vista que o Programa Farmácia Popular
do Brasil tem como um dos seus principais objetivos a ampliação do acesso da
população aos medicamentos básicos e essenciais, diminuindo, assim, o impacto do
preço dos remédios no orçamento familiar. Dados da Organização Mundial da
Saúde (OMS) e de instituições brasileiras indicam que as famílias de menor renda
destinam 2/3 dos gastos com saúde para a compra de remédios.

b) Discuta sobre o surgimento do Programa Farmácia Popular do Brasil e


seus objetivos.
O Programa Farmácia Popular do Brasil foi uma iniciativa do Governo Federal
que cumpre uma das principais diretrizes da Política Nacional de Assistência
Farmacêutica. Foi implantado por meio da Lei nº 10.858, de 13 de abril de 2004, que
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autoriza a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) a disponibilizar medicamentos


mediante ressarcimento, e pelo Decreto nº 5.090, de 20 de maio de 2004, que
regulamenta a Lei 10.858 e institui o Programa Farmácia Popular do Brasil.
As unidades próprias contam com um elenco de 112 itens, entre
medicamentos e o preservativo masculino, os quais são dispensados pelo seu valor
de custo, representando uma redução de até 90% do valor de mercado. A condição
para a aquisição dos medicamentos disponíveis nas unidades, neste caso, é a
apresentação de documento com foto, no qual conste seu CPF, juntamente com
uma receita médica ou odontológica. Importante ressaltar que somente a Rede
Própria aceita receitas prescritas por dentistas.
A farmácia popular que foi criada pelo Governo Federal no ano de 2004, em
parceria com as prefeituras municipais do país, a Farmácia Popular tem a finalidade
de garantir a continuidade do tratamento de doenças através de medicamentos
gratuitos ou com descontos. O objetivo é reduzir os gastos orçamentários das
famílias, além de minimizar as despesas que o Sistema Único de Saúde (SUS) tem
devido às internações que são resultados do abandono ou falta de adesão dos
tratamentos.

ESTUDO DE CASO 3

Para ampliar o atendimento na farmácia, o proprietário pediu algumas


instruções do farmacêutico responsável técnico (RT) sobre a dispensação de
medicamentos sujeitos a controle especial. Contudo, foi preciso aprender sobre o
Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC), haja vista
que a farmácia irá dispensar medicamentos sujeitos à Portaria 344/1998 (como os
entorpecentes e os psicotrópicos) e antimicrobianos. Um mês após a implementação
de medicamentos controlados na farmácia, o farmacêutico RT percebeu que alguns
colegas de profissão estavam com dificuldades quanto ao uso do SNGPC e com as
prescrições, por isso o RT resolveu repassar o treinamento, já aplicado
anteriormente, sobre dispensação de medicamentos sujeitos a controle especial.

a) Se você fosse o farmacêutico RT, como elaboraria esse treinamento?


Quais assuntos abordaria?
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O treinamento para o profissional de farmácia é visto como um investimento.


É preciso critérios bem definidos para a admissão e fomento para o exercício da
profissão.
Durante o treinamento seriam abordados assuntos sobre os conceitos legais,
documentais, procedimentos e manuais essenciais para as atribuições do RT na
logística farmacêutica (armazenagem e/ ou transporte) de acordo com as legislações
vigentes, além de expor os pontos que mais impactam para a responsabilidade do
RT com relação às RDCs 304/2019 e RDC 360/2020.
Um curso prático e operacional que irá te mostrar o passo a passo de como
realizar a regularização da empresa logística nos órgãos reguladores. O curso
deverá ter como objetivo atualizar e fornecer conhecimentos sobre os princípios,
procedimentos nas áreas em que o farmacêutico normalmente atua. Bem como
melhorar os conceitos e a aplicação das boas práticas farmacêuticas.
Lista de assuntos a serem abordados
01- a importância da farmacovigilância
02- Armazenamento e distribuição de medicamentos
03- Boas práticas farmacêuticas
04- Diretrizes para estruturação de farmácias
05- Guia básico para farmácia hospitalar
06- Guia de medicamentos genéricos
07- Organização e funcionamento de farmácia
08- Princípios de farmacologia
09- Requisitos legais e legislações no âmbito da farmácia hospitalar
10- Responsabilidade técnica em farmácias e drogarias

b) Discuta sobre a Portaria 344/1998 e o uso do SNGPC.

O farmacêutico é responsável pela avaliação farmacêutica do receituário e,


no caso de medicamentos sujeitos ao controle especial, deve observar os critérios a
respeito de receituários específicos para que possa ocorrer a disposição.

A Portaria SVS/MS nº 344/98 é a legislação que aborda os critérios sobre a


prescrição e dispensação de medicamentos sujeitos a controle especial. Esta
Portaria classifica as substâncias sob controle especial em diversas listas as quais
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se aplicam regras específicas para sua prescrição e dispensação, sendo que tais
listas são frequentemente atualizadas pela Anvisa, por meio de publicações de
Resolução de Diretoria Colegiada.

Além de manter-se informado sobre as atualizações das Listas de


Substâncias Entorpecentes, Psicotrópicas, Precursoras e Outras sob Controle
Especial, da Portaria SVS/MS nº 344/98, o farmacêutico deve prestar especial
atenção aos adendos destas listas, pois os mesmos modificam a forma de
prescrição e dispensação de algumas substâncias. Desse modo, em certos casos,
uma substância presente em determinada lista poderá ser prescrita em receituário
diferente do padrão da lista a qual pertence, conforme previsão do adendo que
consta ao final de cada lista.

Situações mais comuns em que às modificações dos adendos se aplicam no


dia a dia:

LISTA A1 - LISTA DAS SUBSTÂNCIAS ENTORPECENTES (Sujeitas a


Notificação de Receita "A" - amarela)

Preparações medicamentosas na forma farmacêutica de comprimidos de


liberação controlada a base de OXICODONA, contendo não mais que 40 miligramas
dessa substância, por unidade posológica, ficam sujeitas não à prescrição em
Notificação de Receita A, mas sim, à prescrição em RECEITA DE CONTROLE
ESPECIAL, em 2 (duas) vias e os dizeres de rotulagem e bula devem apresentar a
seguinte frase: "VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA - SÓ PODE SER VENDIDO
COM RETENÇÃO DA RECEITA"

LISTA A2 - LISTA DAS SUBSTÂNCIAS ENTORPECENTES DE USO


PERMITIDO SOMENTE EM CONCENTRAÇÕES ESPECIAIS (Sujeitas a Notificação
de Receita "A" - amarela),m

Preparações à base de ACETILDIIDROCODEÍNA, CODEÍNA,


DIIDROCODEÍNA, ETILMORFINA, FOLCODINA, NICODICODINA, NORCODEÍNA,
inclusive as misturadas a um ou mais componentes, em que a quantidade de
entorpecentes não exceda 100 miligramas por unidade posológica, e em que a
concentração não ultrapasse a 2,5% nas preparações de formas indivisíveis, ficam
sujeitas não à prescrição em Notificação de Receita A, mas sim, à prescrição em
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Receita de Controle Especial, em 2 (duas) vias e os dizeres de rotulagem e bula


devem apresentar a seguinte frase: "VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA - SÓ
PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA".

Preparações à base de TRAMADOL, inclusive as misturadas a um ou mais


componentes, em que a quantidade não exceda 100 miligramas de TRAMADOL por
unidade posológica ficam sujeitas não à prescrição em Notificação de Receita A,
mas sim, à prescrição em Receita de Controle Especial, em 2 (duas) vias e os
dizeres de rotulagem e bula devem apresentar a seguinte frase: "VENDA SOB
PRESCRIÇÃO MÉDICA - SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA
RECEITA"

LISTA B1 - LISTA DAS SUBSTÂNCIAS PSICOTRÓPICAS (Sujeitas a


Notificação de Receita "B" - azul)

Os medicamentos que contenham FENOBARBITAL, METILFENOBARBITAL


(PROMINAL), BARBITAL e BARBEXACLONA, ficam sujeitos não à prescrição em
Notificação de Receita B, mas sim à prescrição em Receita de Controle Especial, em
2 (duas) vias e os dizeres de rotulagem e bula devem apresentar a seguinte frase:
"VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA - SÓ PODE SER VENDIDO COM
RETENÇÃO DA RECEITA"

Preparações a base de ZOLPIDEM e de ZALEPLONA, em que a quantidade


dos princípios ativos ZOLPIDEM e ZALEPLONA respectivamente, não excedam 10
miligramas por unidade posológica, ficam sujeitas não à prescrição em Notificação
de Receita B, mas sim, à prescrição em Receita de Controle Especial, em 2 (duas)
vias e os dizeres de rotulagem e bula devem apresentar a seguinte frase: "VENDA
SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA - SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA
RECEITA".

Preparações a base de ZOPICLONA em que a quantidade do princípio ativo


ZOPICLONA não exceda 7,5 miligramas por unidade posológica, ficam sujeitas não
à prescrição em Notificação de Receita B, mas sim, à prescrição em Receita de
Controle Especial, em 2 (duas) vias e os dizeres de rotulagem e bula devem
apresentar a seguinte frase: "VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA - SÓ PODE SER
VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA".
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LISTA C1 - LISTA DAS OUTRAS SUBSTÂNCIAS SUJEITAS A CONTROLE


ESPECIAL (Sujeitas a Receita de Controle Especial em duas vias - branca)

Os medicamentos à base da substância LOPERAMIDA ficam sujeitos a


VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA SEM RETENÇÃO DE RECEITA.

Os medicamentos à base da substância TETRACAÍNA ficam sujeitos a: (a)


VENDA SEM PRESCRIÇÃO MÉDICA – quando tratar-se de preparações
farmacêuticas de uso tópico odontológico, não associadas a qualquer outro princípio
ativo; (b) VENDA COM PRESCRIÇÃO MÉDICA SEM A RETENÇÃO DE RECEITA -
quando tratar-se de preparações farmacêuticas de uso tópico otorrinolaringológico,
especificamente para Colutórios e Soluções utilizadas no tratamento de Otite
Externa e (c) VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA COM RETENÇÃO DE RECEITA
- quando tratar-se de preparações farmacêuticas de uso tópico oftalmológico.

LISTA - C2 - LISTA DE SUBSTÂNCIAS RETINÓICAS - (Sujeitas a


Notificação de Receita Especial - branca)

Os medicamentos de uso tópico contendo as substâncias desta lista ficam


sujeitos a VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA SEM RETENÇÃO DE RECEITA.

LISTA C5 - LISTA DAS SUBSTÂNCIAS ANABOLIZANTES - (Sujeitas a


Receita de Controle Especial em duas vias - branca)

Os medicamentos de uso tópico contendo as substâncias desta lista ficam


sujeitos a VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA SEM RETENÇÃO DE RECEITA.

Para fazer frente a crescente demanda por informação confiável e consistente


que permita ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária realizar suas ações
fundamentadas no gerenciamento do risco da utilização indevida dos medicamentos
controlados, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa desenvolveu
o “Sistema Nacional para Gerenciamento de Produtos Controlados – SNGPC”.
O sistema possibilita um controle efetivo da movimentação da dispensação
(entradas e saídas) dos medicamentos sujeitos ao controle especial conforme o
regime da Portaria nº SVS/MS 344/98 e suas atualizações, nas drogarias e
farmácias comerciais do país.
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O SNGPC para farmácias e drogarias é a primeira etapa de um projeto maior


integrante da Política da Agência Nacional de Vigilância Sanitária que deverá
englobar toda a cadeia de produção (indústrias e distribuidoras), bem como
promover o uso racional dos medicamentos que podem causar dependência física
e/ou psíquica.
Objetivos do SNGPC
 Monitorar a dispensação de medicamentos e substâncias entorpecentes e
psicotrópicas e seus precursores;
 Otimizar o processo de escrituração;
 Permitir o monitoramento de hábitos de prescrição e consumo de substâncias
controladas em determinada região para propor políticas de controle;
 Captar dados que permitam a geração de informação atualizada e fidedigna
para o SNVS para a tomada de decisão;
 Dinamizar as ações da vigilância sanitária.
Nesse aspecto, o desenho informático do SNGPC adotado nesta versão
privilegia a adoção de padrões na transmissão de dados proporcionando meios de
realizar a escrituração das movimentações de forma totalmente digital e buscando a
integração com os sistemas de gerenciamento já existentes nas farmácias.
Para garantir esta característica, foi estabelecido um padrão de transmissão
de dados, com o qual os sistemas das farmácias e drogarias deverão ser
compatíveis para permitir a transmissão eletrônica à Anvisa.

c) Reflita sobre a frase:


“A dispensação de medicamentos sujeitos a controle especial deve ser
realizada exclusivamente por farmacêuticos, sendo proibida a delegação da
responsabilidade sobre o controle dos medicamentos a outros funcionários.”
Por que os medicamentos sujeitos à Portaria 344/1998 deve ficar sob
responsabilidade do farmacêutico?
Dentre as diversas atividades desempenhadas pelo farmacêutico, a
dispensação de medicamentos figura como uma das principais, sendo esta uma
atividade que permite ao farmacêutico estabelecer uma relação de proximidade e
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confiança com o paciente, garantindo a ele a entrega adequada e racional de


medicamentos. Assim, para todo medicamento sujeito à prescrição de profissional
habilitado, antes da sua dispensação, compete ao farmacêutico à correta
interpretação e avaliação do receituário, devendo fazê-las com fundamento nos
aspectos terapêuticos (farmacêuticos e farmacológicos), sociais, econômicos e
legais (legislação vigente).

Com base na observância dos aspectos legais e considerando os


medicamentos que se sujeitam ao controle da Portaria SVS/MS nº 344/98, norma
que aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a
controle especial. Diversos são os medicamentos à base de substâncias sob
controle da Portaria SVS/MS nº 344/98, devendo sempre ser considerado para fins
de cumprimento do disposto no parágrafo anterior, em qual lista de controle pertence
à substância que compõe o medicamento prescrito e que será dispensado.

Assim, com vistas a otimizar ao farmacêutico a busca por estas informações,


facilitar sua atividade diária e proporcionar o cumprimento do previsto nas
legislações vigentes, vez que o não cumprimento pode configurar infração de âmbito
sanitário e ético.

De acordo com a Lei 13.021/14, Art. 14. É de competência exclusiva do


farmacêutico, a dispensação de medicamentos, visando a garantir a eficácia e a
segurança da terapêutica prescrita, observar os aspectos técnicos e legais do
receituário.
19

5. TERMO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO


20

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa realizada foi de grande importância para garantir o uso racional de


medicamentos, a adesão ao tratamento em pacientes como Dona Josefa, uma
senhora de 65 anos, vai à farmácia para aferir a pressão buscando no farmacêutico
saber como anda sua pressão arterial. Portanto, intervenção do profissional
farmacêutico através de medidas educativas tende a acarretar diversos benefícios
ao tratamento do hipertenso.
As atividades realizadas durante o estágio em Dispensação foi de grande
relevância em saber sobre os principais aspectos da avaliação farmacêutica de
medicamentos da prescrição médica, assim como foi possível analisar o perfil e a
prevalência dos tipos de erros de prescrições médicas desde a posologia; a via; a
indicação à interação medicamentosa com outros fármacos, com alimentos ou com
alguma patologia, bem como buscou reconhecer a importância da intervenção
farmacêutica na garantia de uma farmacoterapia de qualidade. Assim, demonstrou-
se que ao acompanhamento e análise pelo farmacêutico da prescrição médica, jse
alcança a racionalização da terapia farmacológica e o sucesso, a eficácia e
segurança do plano terapêutico. Portanto, este estudo estimulou novas formas de
pensar a Dispensação, como uma prática vista sob a ótica integral e não pensada
apenas como compra e dispensação de medicamentos. Os profissionais da área da
saúde precisam estar mais qualificados para selecionar os medicamentos mais
seguros, eficazes e custos-efetivos, atuar na promoção do uso racional dos
medicamentos, através de ações que disciplinem a prescrição, a dispensação e o
consumo de medicamentos, obtendo a melhor resposta terapêutica possível.
21

REFERENCIAIS

BRASIL CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA 2009 Resolução 499 2008


https://www.cff.org.br/userfiles/20%20-%20BRASIL_%20CONSELHO%20FEDERAL%20DE
%20FARM%C3%81CIA_%202009%20Resolucao_499_2008_CFF.pdf.> Acesso em
29/ago./2022

DICAS PARA HIPERTENSOS https://www.pfizer.com.br/sua-saude/hipertensao-


arterial/dicas-para-hipertensos Acesso em 26/ago/2022

Oportunidades de melhoria através do Uso Responsável do Medicamento


https://usoresponsaveldomedicamento.pt/index.php?like#section-oportunidades>
Acesso em 27/ago./2022

Orientações sobre receituários de medicamentos sujeitos a controle da portaria


344/98 Orientações sobre receituários de medicamentos sujeitos a controle da
portaria 344/98 (crfsp.org.br) > Acesso em 27/ago./2022

POLÍTICA NACIONAL DE MEDICAMENTOS


http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_medicamentos.pdf Acesso em
27/ago./2022

Portaria SVS/MS nº 344/98 Portaria SVS/MS nº 344/98 (crfsp.org.br)> Acesso em


29/ago./2022

Qual o prognóstico do paciente com hipertensão infectado por Covid-19?


https://pebmed.com.br/qual-o-prognostico-do-paciente-com-hipertensao-infectado-
por-covid-19/?utm_source=artigoportal&utm_medium=copytex> acesso em
25/ago/2022

RESOLUÇÃO-RDC Nº 44, DE 17 DE AGOSTO DE 2009


https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2009/rdc0044_17_08_2009.html.>
Acesso em 29/ago./2022

SNGPC – Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados SNGPC -


Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (videbula.far.br)>
Acesso em 30/ago./2022

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