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FACULDADE ANHANGUERA

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE MARABÁ- PA


CURSO DE BACHARELADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Ayne Lima de Araujo


Lucas Palmeira de Sousa
Renata Bandeira da Rocha
Renata da Silva Reis

Artigo Cientifico: Inquérito sorológico para anticorpos circulantes de


arbovírus em equídeos

Marabá- Pa
2023
Estudo sobre o Inquérito sorológico para anticorpos circulantes de
arbovírus em equídeos.

Study on the Serological Survey for circulating arbovirus antibodies in horses.

Ayne Lima de Araujo


Discente do Curso de Medicina Veterinária
do Centro Universitário Anhanguera de Marabá, Pará – Brasil.
Lucas Palmeira de Sousa
Discente do Curso de Medicina Veterinária
do Centro Universitário Anhanguera de Marabá, Pará – Brasil.
Renata Bandeira da Rocha
Discente do Curso de Medicina Veterinária
do Centro Universitário Anhanguera de Marabá, Pará – Brasil.
E-mail: renatanabandeira4@gmail.com
Renata Silva Reis
Discente do Curso de Medicina Veterinária
do Centro Universitário Anhanguera de Marabá, Pará – Brasil.
E-mail: renatamedvet7@gmail.com
Orientador: Dr Jorge Luiz dos Santos Cavalcante
Docente do curso de Medicina Veterinária do
Centro Universitário Anhanguera de Marabá, Pará – Brasil.

Resumo:
Introdução

No final da década de 1890, a descoberta da soroterapia trouxe a cura


para a difteria, doença que se espalhava rapidamente entre as crianças e
matava metade daquelas que adoeciam. Para elaborar esses medicamentos,
eram utilizados anticorpos produzidos por animais. Como os casos de difteria
no século 19 eram inúmeros, a produção de soro em grande quantidade se
tornou necessária, e os cientistas perceberam que precisavam usar um animal
robusto para o trabalho. Os mamíferos, que possuem um sistema imune bem
parecido entre si, têm uma capacidade maior de produzir anticorpos e acabam
sendo mais resistentes. Há também uma questão simples de tamanho: quanto
mais sangue o animal possui circulando no corpo, maior é a quantidade de
plasma (parte do sangue em que ficam os anticorpos) e, portanto, maior é a
produção de soro.

Os equinos têm o tamanho e a força necessária para tolerar bem todo o


processo de obtenção do plasma. E, mais ainda, são calmos e fáceis de
controlar, e podem ser treinados para a atividade que os cientistas precisam. O
processo começa quando são aplicadas no equino pequenas doses contendo o
veneno, vírus ou bactéria a ser combatido pelo organismo humano; o equino
produz o anticorpo contra a doença ou as toxinas do veneno; o plasma do
animal, rico em anticorpos, é coletado. Esse plasma passa por procedimentos
químicos e físicos até se tornar um soro que pode ser usado para tratar a
saúde de pessoas.

O Butantan produz 13 tipos de soros diferentes, entre antiofídicos


(contra veneno de cobra), antiescorpiônico (escorpião), antiaracnídico (aranha
e escorpião), antilonômico (lagarta), antidiftérico (difteria), antitetânico (tétano),
antibotulínico (botulismo) e antirrábico (raiva), além de versões combinadas. E
desde 1901 conta com a ajuda dos equinos para isso. Eles ficam na Fazenda
São Joaquim, propriedade do Butantan no interior de São Paulo, e trabalham
como se estivessem doando sangue, sendo retirada apenas uma quantidade
de plasma que não prejudica o animal. Depois de todo o processo, eles ficam
40 dias apenas descansando e comendo.

Em 2018, a coleta de plasma dos equinos foi automatizada, melhorando


a qualidade da matéria-prima. Atualmente, ela é feita por meio de
plasmaférese, um processo no qual os veterinários utilizam um equipamento
que coleta o sangue, separa o plasma que contêm os anticorpos e devolvem
ao animal as hemácias, plaquetas e outros elementos, tudo isso feito em um
ciclo contínuo, de modo que o equino não fica debilitado com a retirada do
plasma.

Os equinos trabalham em grupos e cada grupo atua na produção de um


soro específico. Se em um conjunto foi feita a coleta para o soro antirrábico,
por exemplo, esses animais sempre serão usados para este propósito.
Geralmente, os equinos do Butantan não são de raça específica. E passam por
um processo de aprovação (critérios como altura mínima, peso proporcional,
exames de sangue e cuidados veterinários também são importantes nesse
momento) e cabe ao Butantan selecionar estes futuros doadores de plasma.

Os equinos começam a doar plasma a partir dos cinco anos de idade e


se aposentam com mais ou menos 20 anos. E eles são muito bem tratados:
são sempre escovados, vacinados, bem alimentados e monitorados para não
terem vermes ou parasitas.

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