Nos municípios amazonenses, a religião católica apostólica romana
continua sendo a maioria. No entanto o avanço dos evangélicos é percebido através de comparativos com o Censo anterior (2000). Nhamundá é o município onde há maior prevalência de católicos no Estado com 88% da população.
Estatística da Religião Evangélica
O número de evangélicos no Amazonas registrou uma alta na última
década, passando de 21% em 2000 para 31% dez anos depois, segundo dados do Censo Demográfico do IBGE. No mesmo período, a parcela da população que se declarou católica no Estado sofreu uma queda, representando atualmente 59,5% dos amazonenses.
No entanto o avanço dos evangélicos é percebido através de comparativos
com o Censo anterior (2000). Nhamundá é o município onde há maior prevalência de católicos no Estado com 88% da população. Por outro lado, em Atalaia do Norte somente 47% da população declararam ser fiéis à igreja romana. Entre o penúltimo e o último Censo, o município onde houve maior crescimento percentual de adeptos do catolicismo foi Juruá com 56%, já a maior queda no intervalo foi em Jutaí (-35%). . Evangelismo
Nosso projeto de missões no grande Amazonas começou há mais de
34 anos, inicialmente pregando o evangelho e posteriormente preparando, enviando e mantendo os missionários, tanto nas cidades como no interior. Na imensidão da Amazônia, onde está a maior bacia hidrográfica do mundo, o barco dita o ritmo da vida. Nossos missionários utilizam as embarcações como o principal meio de transporte, pois o rio Amazonas conecta centenas de pequenas comunidades ribeirinhas, cidades pequeninas, municípios maiores e grandes capitais.
O trabalho de evangelismo e ação social é um grande desafio nessa região.
Às margens dos rios da Amazônia existem pessoas sem perspectiva de vida, vivendo na extrema pobreza, isolados em meio as florestas, pessoas que carecem de médicos e saneamento, e em sua maioria nunca ouviram falar de Jesus Cristo. Para elas, nossas embarcações são a única forma de socorro e auxílio.
As dificuldades enfrentadas pelos missionários são as hostilidades de
algumas comunidades ao evangelho, as distâncias que percorrem, assim como os custos necessários para chegar a esses locais mais carentes da ação missionária, pois as secas encarecem e, muitas vezes, impossibilitam o acesso às comunidades. O calor beira ao insuportável na maior parte do ano.
Mas o Senhor nos fortalece, ajuda, e por isso prosseguimos evangelizando
no campo missionário.
Os indígenas antes da chegada dos portugueses
Historiadores afirmam que antes da chegada dos europeus à América havia
aproximadamente 100 milhões de índios no continente. Só em território brasileiro, esse número chegava 5 milhões de nativos, aproximadamente. Estes índios brasileiros estavam divididos em tribos, de acordo com o tronco linguístico ao qual pertenciam: tupi-guarani (região do litoral), marco-me ou tapuia (região do Planalto Central), aruaque (Amazônia), charrua (extremo sul), pano (noroeste) e caraíba (Amazônia). Os jesuítas liderados por Manoel da Nóbrega chegaram à colônia Brasil em 1549, junto a Tomé de Sousa, o primeiro governador-geral enviado por Portugal. A principal função dos jesuítas, ao virem ao Brasil, era evangelizar, catequizar e tornar cristãos os indígenas que habitavam estas terras. Os jesuítas procuravam defender os indígenas nesse sentido, garantindo que eles não fossem escravizados pelos colonos. As disputas dos jesuítas com bandeirantes e colonos, em geral por essa questão, foram frequentes. Esses conflitos faziam com que algumas missões fossem atacadas pelos bandeirantes. Relações sociais
As tribos indígenas possuíam uma relação baseada em regras sociais, políticas
e religiosas. O contato entre as tribos acontecia em momentos de guerras, casamentos, cerimônias de enterro e também no momento de estabelecer alianças contra um inimigo comum. Os indígenas já foram evangelizados por brancos estrangeiros e brasileiros e, no início dos anos 2000, uma “terceira onda” missionária começou a se formar e agora vem ampliando terreno. São indígenas que evangelizam indígenas.
Barco Clínico Gideão VI
O Barco Clínica Gideões VI tem feito a diferença com um trabalho relevante na expansão da evangelização, através de ações sociais aos mais carentes (comunidades ribeirinhas), levando médicos, dentistas, enfermeiros, palestras de prevenção em várias áreas, e com isso já temos visto resultados positivos em centenas de vidas.
Através do barco clínica atendemos diversas pessoas entre adultos, crianças,
jovens e adolescentes. Estes atendimentos dividem-se entre atendimentos clínicos e odontológicos. Durante o atendimento acontecem atividades evangelísticas com crianças e adultos e, com isso, estendemos o convite à toda comunidade para participação do culto à noite, onde Deus tem no dado oportunidade de levar o evangelho às pessoas onde muitas têm aceitado o plano de salvação.
Os desafios para a evangelização dos ribeirinhos na Amazônia
O trabalho missionário entre os povos ribeirinhos da Amazônia completou mais
de um século. Entretanto, este segmento ainda consta na lista dos grupos menos evangelizados do Brasil. O isolamento geográfico e a falta de natural exposição ao evangelho pautam as principais dificuldades para alcançar e discipular essas populações. Estatísticas do IBGE e de outras pesquisas estimam a existência de até 35 mil comunidades ribeirinhas e cerca de três milhões de pessoas vivendo no interior da selva amazônica, longe das sedes de municípios e isolados por algum grau de dificuldade de acesso. Desse total de pessoas, cerca de um milhão não tem ninguém próximo que lhes poderia apresentar o evangelho. O custo pessoal e financeiro para se manter o contato regular com estas comunidades é altíssimo. Viagens por vias fluviais podem durar vários dias, por via aérea custam milhares de reais e são impossíveis por via terrestre. Deslocar a família para morar em meio às comunidades, abdicando das facilidades da vida na cidade, impõe um custo pessoal e familiar enorme – principalmente quando os filhos entram na adolescência e precisam dar continuidade aos estudos. Além disso, as igrejas locais pelo interior são pequenas, muitas delas com lideranças leigas e com sérias limitações econômicas para custear as viagens necessárias até as comunidades não alcançadas. Estudos realizados no Brasil mostram que existem oito grupos sociais que são reconhecidos como “menos evangelizados”. Desse número, dois deles são os indígenas e os ribeirinhos. No caso do povo indígena, são mais de 117 etnias sem qualquer conhecimento bíblico. Já os ribeirinhos apresentam mais de 10 mil comunidades sem igrejas evangélicas em toda bacia Amazônica.