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MISSÕES 2023 / Amazônia

(Indígenas e Ribeirinho).

Religião Predominante

Nos municípios amazonenses, a religião católica apostólica romana


continua sendo a maioria. No entanto o avanço dos evangélicos é percebido
através de comparativos com o Censo anterior (2000). Nhamundá é o município
onde há maior prevalência de católicos no Estado com 88% da população.

Estatística da Religião Evangélica

O número de evangélicos no Amazonas registrou uma alta na última


década, passando de 21% em 2000 para 31% dez anos depois, segundo dados
do Censo Demográfico do IBGE. No mesmo período, a parcela da população
que se declarou católica no Estado sofreu uma queda, representando
atualmente 59,5% dos amazonenses.

No entanto o avanço dos evangélicos é percebido através de comparativos


com o Censo anterior (2000). Nhamundá é o município onde há maior prevalência
de católicos no Estado com 88% da população. Por outro lado, em Atalaia do Norte
somente 47% da população declararam ser fiéis à igreja romana. Entre o
penúltimo e o último Censo, o município onde houve maior crescimento percentual
de adeptos do catolicismo foi Juruá com 56%, já a maior queda no intervalo foi em
Jutaí (-35%).
.
Evangelismo

Nosso projeto de missões no grande Amazonas começou há mais de


34 anos, inicialmente pregando o evangelho e posteriormente preparando,
enviando e mantendo os missionários, tanto nas cidades como no interior.
Na imensidão da Amazônia, onde está a maior bacia hidrográfica do mundo,
o barco dita o ritmo da vida. Nossos missionários utilizam as embarcações como
o principal meio de transporte, pois o rio Amazonas conecta centenas de
pequenas comunidades ribeirinhas, cidades pequeninas, municípios maiores e
grandes capitais.

O trabalho de evangelismo e ação social é um grande desafio nessa região.


Às margens dos rios da Amazônia existem pessoas sem perspectiva de vida,
vivendo na extrema pobreza, isolados em meio as florestas, pessoas que
carecem de médicos e saneamento, e em sua maioria nunca ouviram falar de
Jesus Cristo. Para elas, nossas embarcações são a única forma de socorro e
auxílio.

As dificuldades enfrentadas pelos missionários são as hostilidades de


algumas comunidades ao evangelho, as distâncias que percorrem, assim como
os custos necessários para chegar a esses locais mais carentes da ação
missionária, pois as secas encarecem e, muitas vezes, impossibilitam o acesso
às comunidades. O calor beira ao insuportável na maior parte do ano.

Mas o Senhor nos fortalece, ajuda, e por isso prosseguimos evangelizando


no campo missionário.

Os indígenas antes da chegada dos portugueses

Historiadores afirmam que antes da chegada dos europeus à América havia


aproximadamente 100 milhões de índios no continente. Só em território
brasileiro, esse número chegava 5 milhões de nativos, aproximadamente. Estes
índios brasileiros estavam divididos em tribos, de acordo com o tronco linguístico
ao qual pertenciam: tupi-guarani (região do litoral), marco-me ou tapuia (região
do Planalto Central), aruaque (Amazônia), charrua (extremo sul), pano
(noroeste) e caraíba (Amazônia).
Os jesuítas liderados por Manoel da Nóbrega chegaram à colônia Brasil em
1549, junto a Tomé de Sousa, o primeiro governador-geral enviado por Portugal.
A principal função dos jesuítas, ao virem ao Brasil, era evangelizar, catequizar e
tornar cristãos os indígenas que habitavam estas terras.
Os jesuítas procuravam defender os indígenas nesse sentido, garantindo
que eles não fossem escravizados pelos colonos. As disputas dos jesuítas com
bandeirantes e colonos, em geral por essa questão, foram frequentes. Esses
conflitos faziam com que algumas missões fossem atacadas pelos bandeirantes.
Relações sociais

As tribos indígenas possuíam uma relação baseada em regras sociais, políticas


e religiosas. O contato entre as tribos acontecia em momentos de guerras,
casamentos, cerimônias de enterro e também no momento de estabelecer
alianças contra um inimigo comum.
Os indígenas já foram evangelizados por brancos estrangeiros e brasileiros e,
no início dos anos 2000, uma “terceira onda” missionária começou a se formar e
agora vem ampliando terreno. São indígenas que evangelizam indígenas.

Barco Clínico Gideão VI


O Barco Clínica Gideões VI tem feito a diferença com um trabalho relevante na
expansão da evangelização, através de ações sociais aos mais carentes
(comunidades ribeirinhas), levando médicos, dentistas, enfermeiros, palestras
de prevenção em várias áreas, e com isso já temos visto resultados positivos
em centenas de vidas.

Através do barco clínica atendemos diversas pessoas entre adultos, crianças,


jovens e adolescentes. Estes atendimentos dividem-se entre atendimentos
clínicos e odontológicos. Durante o atendimento acontecem atividades
evangelísticas com crianças e adultos e, com isso, estendemos o convite à
toda comunidade para participação do culto à noite, onde Deus tem no dado
oportunidade de levar o evangelho às pessoas onde muitas têm aceitado o
plano de salvação.

Os desafios para a evangelização dos ribeirinhos na Amazônia

O trabalho missionário entre os povos ribeirinhos da Amazônia completou mais


de um século. Entretanto, este segmento ainda consta na lista dos grupos menos
evangelizados do Brasil. O isolamento geográfico e a falta de natural exposição
ao evangelho pautam as principais dificuldades para alcançar e discipular essas
populações. Estatísticas do IBGE e de outras pesquisas estimam a existência de
até 35 mil comunidades ribeirinhas e cerca de três milhões de pessoas vivendo
no interior da selva amazônica, longe das sedes de municípios e isolados por
algum grau de dificuldade de acesso. Desse total de pessoas, cerca de um
milhão não tem ninguém próximo que lhes poderia apresentar o evangelho.
O custo pessoal e financeiro para se manter o contato regular com estas
comunidades é altíssimo. Viagens por vias fluviais podem durar vários dias, por
via aérea custam milhares de reais e são impossíveis por via terrestre. Deslocar
a família para morar em meio às comunidades, abdicando das facilidades da
vida na cidade, impõe um custo pessoal e familiar enorme – principalmente
quando os filhos entram na adolescência e precisam dar continuidade aos
estudos.
Além disso, as igrejas locais pelo interior são pequenas, muitas delas com
lideranças leigas e com sérias limitações econômicas para custear as viagens
necessárias até as comunidades não alcançadas.
Estudos realizados no Brasil mostram que existem oito grupos sociais que são
reconhecidos como “menos evangelizados”. Desse número, dois deles são os
indígenas e os ribeirinhos. No caso do povo indígena, são mais de 117 etnias
sem qualquer conhecimento bíblico. Já os ribeirinhos apresentam mais de 10 mil
comunidades sem igrejas evangélicas em toda bacia Amazônica.

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