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Rio De Janeiro
Outubro de 2021
APLICAÇÃO DE ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO (APR) PARA ELABORAÇÃO DO
BOWTIE DA INTERRUPÇÃO NÃO PLANEJADA DO EMBARQUE DE MINÉRIO EM
TERMINAL PORTUÁRIO
Examinado por:
OUTUBRO DE 2021
Botelho, Angelo Vieira
iii
Agradecimentos
A Deus.
Aos meus pais, Rosani e Edimilson, pelo amor, pelo incentivo, pela força, pela
compreensão e por tantos momentos felizes juntos.
Ao meu amado companheiro, Felipe, pelo amor, pelo incentivo, pela força e
compreensão. Obrigado por se dedicar tanto a nós.
iv
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como parte
dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Naval e Oceânico.
Outubro/2021
Possuindo uma das maiores reservas de minério de ferro do mundo, o Brasil se destaca
como um dos principais exportadores dessa commodity, o que torna esse mercado um
contribuinte de destaque no PIB do país. A logística de exportação acontece
principalmente através da composição de modais ferroviários e marítimos, sendo os
terminais portuários os agentes de integração que promovem o embarque do minério.
Por conta de demandas logísticas, no Brasil, o embarque de minério está concentrado
em poucos terminais portuários, o que evidencia a necessidade de se manter um
contínuo processo de gerenciamento de risco focado na operação e assim, prevenir
interrupções na atividade. Nesse sentido, será apresentado neste trabalho uma análise
preliminar dos riscos da operação de embarque de minério no Terminal Portuário da Ilha
Guaíba (TIG), que podem ser associados a uma interrupção não planejada da operação
de embarque e por fim, será apresentado um bowtie, fruto das análises realizadas, cujo
evento central é a interrupção não planejada da operação de embarque de minério no
TIG.
v
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of
the requirements for the degree of Engineer.
October/2021
With one of the largest iron ore reserves in the world, Brazil stands out as one of the
main exporters of this commodity, which makes this market a prominent contributor to
the country's GDP. Export logistics are carried out through the composition of rail and
maritime modes, with the port terminals being the integration agents that promote the
shipment of the ore. Due to logistical demands, in Brazil, the shipment of ore is
concentrated in a few port terminals, which highlights the need to maintain a continuous
risk management process focused on the shipment operation and thus prevent
interruptions in the activity. Thus, a preliminary hazard analysis of the ore loading
operation at the Guaíba Island Port Terminal (TIG) will be presented, which may be
associated with an unplanned interruption of the loading operation and, finally, a bowtie
will be presented, resulting from the analysis performed, whose central event is the
unplanned interruption of the ore shipment operation at the TIG.
Keywords: Preliminary Hazard Analysis ,PHA, Process safety, Ore Port Terminal,
Guaíba Island Port Terminal
vi
Sumário
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 15
1.1 Considerações iniciais ................................................................................................. 15
1.2 Motivação.................................................................................................................... 16
1.3 Objetivo ....................................................................................................................... 18
2 GERENCIAMENTO DE RISCO ................................................................................................ 19
2.1 Risco e Perigo .............................................................................................................. 19
2.2 Identificação dos perigos e riscos ............................................................................... 20
2.3 Análise de riscos .......................................................................................................... 20
2.3.1 Ferramenta - Análise Preliminar de Risco (APR) ........................................................ 21
2.3.2 Metodologia ............................................................................................................... 21
2.4 Avaliação de risco ........................................................................................................ 24
2.5 Matriz de Risco ............................................................................................................ 25
3 BOWTIE................................................................................................................................ 27
3.1 Diagrama Bowtie ......................................................................................................... 27
3.2 Processo de construção .............................................................................................. 29
4 REUNIÃO DOS DADOS ......................................................................................................... 30
4.1 Ilha Guaíba .................................................................................................................. 30
4.1.1Caracterização geral .................................................................................................... 30
4.2 O terminal de minério - TIG......................................................................................... 31
4.2.1 Informações gerais ..................................................................................................... 31
4.2.2 Localização e acesso ................................................................................................... 32
4.2.3 Infraestrutura ............................................................................................................. 32
4.2.4 Condições meteorológicas ......................................................................................... 34
4.2.5 Correntes, Marés e Ondas.......................................................................................... 34
4.2.6 Praticagem e Rebocadores ......................................................................................... 34
4.2.7 Acesso marítimo ao TIG ............................................................................................. 34
4.2.7.1 Área 1 - Bacia de Atracação [Berço Norte - BN e Berço Sul - BS] ............................ 35
4.2.7.2 Área 2 - Canal de acesso.......................................................................................... 36
4.2.7.3 Área 3 - Bacia de evolução entre os canais ............................................................. 36
4.2.7.4 Área 4 - Canal de aproximação ............................................................................... 36
4.2.8 Negócio....................................................................................................................... 36
4.2.8.1 Operação ................................................................................................................. 37
4.2.8.2 Visão geral ............................................................................................................... 41
vii
5 DESENVOLVIMENTO DA APR............................................................................................... 42
5.1 Premissas..................................................................................................................... 43
5.2 Perigo .......................................................................................................................... 43
5.3 Situações de Risco ....................................................................................................... 43
5.4 Efeito ........................................................................................................................... 44
5.5 Processo / Área ........................................................................................................... 44
5.6 Causa ........................................................................................................................... 44
5.7 Risco Puro .................................................................................................................... 45
5.8 Medidas Preventivas ................................................................................................... 45
5.9 Medidas Mitigatórias .................................................................................................. 46
5.10 Risco Residual – Novo Risco ........................................................................................ 46
5.11 Situação de risco 1 – Paralisação não planejada do transportador de correia ........... 46
5.11.1 Classificação do nível de risco puro da situação de risco 1 ...................................... 48
5.11.1.1 Controle Preventivo: Detector de rasgos .............................................................. 49
5.11.1.2 Controle preventivo: Sensor de tensionamento de correia.................................. 49
5.11.1.3 Controle preventivo: Sensor de desalinhamento ................................................. 50
5.11.1.4 Controle preventivo: Balança de pesagem dinâmica ............................................ 51
5.11.1.5 Controle preventivo: Sensor de velocidade instantânea da correia ..................... 52
5.11.1.6 Controle preventivo: Raspadores de correia ........................................................ 52
5.11.1.7 Controle preventivo: Plano de Limpeza Industrial ................................................ 53
5.11.1.8 Controle preventivo: Gerenciamento da Integridade do Equipamento ............... 54
5.11.1.9 Controle de mitigação: Plano de Atendimento a Emergência (PAE) .................... 55
5.11.1.10 Controle de mitigação: Equipe de Manutenção Corretiva.................................. 56
5.11.2 Classificação do nível de risco residual da situação de risco 1................................. 57
5.12 Situação de risco 2 – Colapso parcial da ponte de acesso ou do píer de amarração . 57
5.12.1 Classificação do nível de risco puro da situação de risco 2 ...................................... 59
5.12.1.1 Controle preventivo: Gerenciamento de Integridade Estrutural .......................... 59
5.12.1.2 Controle preventivo: Restrição de navegação abaixo da ponte de acesso ao píer
............................................................................................................................................. 61
5.12.1.3 Controle preventivo: Controle de acesso de veículos e equipamentos móveis. .. 61
5.12.1.4 Controle de mitigação: Plano de Atendimento a Emergência (PAE) .................... 61
5.12.1.5 Controle de mitigação: Defensas marítimas ......................................................... 61
5.12.2 Classificação do nível de risco residual da situação de risco 2................................. 63
5.13 Situação de risco 3 – Paralisação não planejada dos carregadores de navio ............. 63
5.13.1 Classificação do nível de risco puro da situação de risco 3 ...................................... 65
5.13.1.1 Controle preventivo: Capacitação e treinamento do operador............................ 66
viii
5.13.1.2 Controle preventivo: Sistema de monitoramento integrado dos carregadores de
navio .................................................................................................................................... 67
5.13.1.3 Controle preventivo: Detector de descarrilhamento ............................................ 67
5.13.1.4 Controle preventivo: Limpeza Industrial ............................................................... 68
5.13.1.5 Controle preventivo: Gerenciamento da Integridade do Equipamento. .............. 68
5.13.1.6 Controle de mitigação: Plano de Atendimento a Emergência (PAE) .................... 68
5.13.1.7 Controle de mitigação: Equipe de Manutenção Corretiva.................................... 68
5.13.2 Classificação do nível de risco residual da situação de risco 3................................. 68
5.14 Situação de risco 4 – Falha no procedimento de embarque, atracação e desatracação
das embarcações ..................................................................................................................... 69
5.14.1 Classificação do nível de risco puro da situação de risco 4 ...................................... 70
5.14.1.1 Controle preventivo: Plano de Monitoramento e Dragagem ............................... 70
5.14.1.2 Controle preventivo: Norma para tráfego, atracação e desatracação no TIG ...... 71
5.14.1.3 Controle preventivo: Plano de carregamento das embarcações .......................... 73
5.14.1.4 Controle de mitigação: Plano de Atendimento a Emergência (PAE) .................... 76
5.14.1.5 Controle de mitigação: Defensas marítimas ......................................................... 76
5.14.2 Classificação do nível de risco residual da situação de risco 4................................. 77
5.15 Situação de risco 5 – Recursos humanos envolvidos na operação do TIG.................. 77
5.15.1 Classificação do nível de risco puro da situação de risco 5 ...................................... 78
5.15.1.1 Controle preventivo: SESMET e CIPA .................................................................... 78
5.15.1.2 Controle preventivo: Definição das atividades críticas no TIG e seus respectivos
requisitos ............................................................................................................................. 79
5.15.1.3 Controle Preventivo: Diálogos de Segurança – DSS e DDS ................................... 80
5.15.1.4 Controle Preventivo: Permissão de Trabalho (PT) e Análise de Risco da Tarefa
(ART) .................................................................................................................................... 81
5.15.1.5 Controle de mitigação: Plano de Atendimento a Emergência (PAE) .................... 83
5.15.1.6 Controle de mitigação: EPIs e EPCs ....................................................................... 83
5.15.1.7 Controle de mitigação: Equipe de Saúde - Encaminhamento e Primeiros Socorros
............................................................................................................................................. 85
5.13.2 Classificação do nível de risco residual da situação de risco 5................................. 85
6 REGISTRO DA APR ............................................................................................................... 86
7 DIAGRAMA BOWTIE ............................................................................................................ 89
7.1 Causas e prevenção ..................................................................................................... 89
7.2 Consequências e mitigação ......................................................................................... 89
7.2.1 Consequência 1: Aumento do tempo de permanência no TIG .................................. 89
7.2.1.2 Controle de mitigação: Plano de Atendimento a Emergência (PAE) ...................... 90
7.2.1.3 Controle de mitigação: Plano de Retomada ........................................................... 90
ix
7.2.2 Consequência 2: Queda de produtividade do terminal ............................................. 91
7.2.2.1 Controle de mitigação: Programa de Melhoria Contínua - PDCA ........................... 92
7.2.2.2 Controle de mitigação: Plano de Retomada ........................................................... 93
7.2.2.3 Controle de mitigação: Treinamento e Capacitação ............................................... 94
7.2.2.4 Controle de mitigação: Ações motivacionais .......................................................... 94
7.3 Diagrama bowtie final ................................................................................................. 96
8 CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 97
9 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................... 99
x
Lista de Figuras
Figura 1.1 – Movimentação de graneis sólidos nos portos do Brasil em 2020 .............. 15
Figura 1.2 - Píer do terminal da Ilha Guaíba (TIG) ............................................................. 16
Figura 1.3 - Movimentação de granel sólido no TIG nos últimos 10 anos ...................... 17
Figura 1.4 - Incêndio do Carregador de Navio - TMPM ..................................................... 17
Figura 1.5 - Colisão entre navios – TMPM ........................................................................... 18
Figura 2.1 - Planilhe de APR .................................................................................................. 22
Figura 2.2 - Matriz de Riscos .................................................................................................. 25
Figura 3.1 - Diagrama bowtie ................................................................................................. 28
Figura 4.1 - Uso e cobertura do solo do município de Mangaratiba. ............................... 31
Figura 4.2 - Terminal da Ilha Guaíba - TIG .......................................................................... 32
Figura 4.3 - Berços acostáveis ............................................................................................... 33
Figura 4.4 - Acesso marítimo ao TIG .................................................................................... 35
Figura 4.5 - Caracteristicas gerais das composições – Vale............................................. 37
Figura 4.6 - Características físicas dos produtos do TIG – Vale ...................................... 37
Figura 4.7 - Ponte ferroviária de acesso ao terminal. ......................................................... 38
Figura 4.8 - Virador de Vagões em operação. ..................................................................... 38
Figura 4.9 - Pátio de estocagem do TIG ............................................................................... 39
Figura 4.10 - Empilhadeira/Recuperadoras (ER). ............................................................... 39
Figura 4.11 - Vista dos Carregadores de Navios ................................................................ 40
Figura 4.12 - Fluxo dos principais processos ...................................................................... 41
Figura 5.1 - Esquema básico do fluxograma da sequência operacional do TIG. .......... 47
Figura 5.2 - Transportador de correia localizado na ponte de acesso ao píer ............... 48
Figura 5.3 - Detector de rasgos típico ................................................................................... 49
Figura 5.4 - Arranjo de mecanismos típicos de tensionamento de correia ..................... 50
Figura 5.5 - Posicionamento dos sensores de desalinhamento ....................................... 51
Figura 5.6 - Desalinhamento da correia no rolamento ....................................................... 51
Figura 5.7 - Balança de pesagem dinâmica para transportadores de correia ................ 52
Figura 5.8 - Raspadores de correia ....................................................................................... 53
Figura 5.9 - Acúmulo de minério nos rolamentos da correia ............................................. 53
Figura 5.10 - Seção transversal típica da ponte de acesso ao píer ................................. 58
Figura 5.11 – Vista da estrutura de sustentação da ponte de acesso ao píer ............... 58
Figura 5.12 – Vista da estrutura de sustentação do píer de amarração ......................... 58
Figura 5.13 – Agressões comuns a concreto armado exposto à água do mar .............. 60
Figura 5.14 - Portaria de entrada da ponte de acesso ao píer. ........................................ 61
Figura 5.15 - A defensa deve impedir o contato vertical do navio com a estrutura ....... 62
Figura 5.16 - A defensa deve impedir o contato horizontal do navio com a estrutura .. 62
Figura 5.17 - Carregador de navios operando no píer do TIG .......................................... 64
Figura 5.18 - Píer de carregamento e carregadores de navios ........................................ 64
Figura 5.19 - Carregadores de Navio no píer – CN1 (esquerda) e CN2 (direita) .......... 64
Figura 5.20 - Carregadores de navios sobre trilhos no píer do TIG ................................. 65
Figura 5.21 - Cabine e da lança do carregador de navios do TIG ................................... 68
Figura 5.22 - Exemplo de Plano de Carga ........................................................................... 76
Figura 5.23 - Formulário típico de Análise de Risco da Tarefa ......................................... 82
Figura 5.24 - Formulário típico de Permissão de Trabalho ............................................... 83
Figura 7.1 - Ciclo PDCA .......................................................................................................... 93
Figura 7.2 - A motivação é dirigida por uma meta. ............................................................. 95
xi
Figura 7.3 - Diagrama bowtie ................................................................................................. 96
xii
Lista de Tabelas
xiii
Nomenclaturas
xiv
1 INTRODUÇÃO
1.1 Considerações iniciais
1
Rompimento de barragem em Brumadinho em 25 de janeiro de 2019. Foi um dos maiores desastres
ambientais da mineração do Brasil.
16
Figura 1.3 - Movimentação de granel sólido no TIG nos últimos 10 anos
FONTE: http://www.portosma.com.br/
17
Figura 1.5 - Colisão entre navios – TMPM
FONTE: https://g1.globo.com/
1.3 Objetivo
Este trabalho tem por objetivo realizar o gerenciamento dos riscos associados a
uma interrupção não planejada da operação de embarque de minério no Terminal da
Ilha Guaíba (TIG). Para que o objetivo seja alcançado será necessário definir o contexto
de operação do terminal e através de uma ferramenta de análise de risco, identificar os
perigos, analisar os riscos, caracterizar e classificar o nível de risco dos cenários,
identificar as consequências e definir os controles preventivos e mitigatórios. Uma
Análise Preliminar de Risco – APR será elaborada para realizar a análise dos riscos e
uma Matriz de Risco será definida para caracterizar e classificar os riscos.
18
2 GERENCIAMENTO DE RISCO
Nos últimos anos, as organizações passaram a ser cada vez mais cobrada quanto
aos problemas gerados em decorrência de suas operações e com isso, a segurança de
processo se tornou uma pauta obrigatória dentro das discussões de planejamento
estratégico das empresas, tornando a gestão dos riscos associados aos processos uma
área fundamental para o desenvolvimento industrial.
Perigo é uma fonte ou situação (condição) com potencial para provocar danos a
propriedades ou ao meio ambiente, ou em termos de lesão ou doença, ou uma
combinação desses. Condições com potencial para causar danos como lesões
pessoais, danos a equipamentos, instalações e meio ambiente, perda de material em
processos ou redução da capacidade produtiva (RUPPENTHAL, 2013).
19
Risco é a combinação de frequência de ocorrência dos eventos perigosos ou
exposições e a severidade do ferimento ou doença que pode ser causada pelo evento
ou exposição (OHSAS 18001, 2007).
Convém que a identificação inclua todos os riscos, estando suas fontes sob o
controle ou não, mesmo que as fontes ou causas dos riscos possam não ser evidentes.
Além de identificar o que pode acontecer, é necessário considerar possíveis causas e
cenários que mostrem quais consequências podem ocorrer. Convém que todas as
causas e consequências significativas sejam consideradas (ABNT NBR ISO
31000:2009).
2.3.2 Metodologia
Realizar a análise preliminar dos riscos: consiste em proceder uma revisão geral
dos aspectos da segurança de uma forma padronizada, descrevendo todos os perigos
e situações de risco em potencial, causas e classificações dos níveis de risco,
representadas pelas categorias de probabilidade e severidade da ocorrência. O
desenvolvimento da APR será realizado no capítulo 5.
22
2.3.2.6 Coluna 6: Risco Puro - Probabilidade
Indicação qualitativa da probabilidade de ocorrência de cada uma das situações
de risco identificadas. Sem considerar os controles definidos.
A definição para os níveis de frequência aplicada neste trabalho está no item 2.5,
referente a Matriz de Risco.
A definição para os níveis de severidade aplicada neste trabalho está no item 2.5,
referente a Matriz de Risco.
A definição para a classificação dos níveis de risco aplicada neste trabalho está
no item 2.5, referente a Matriz de Riscos.
A definição para os níveis de frequência aplicada neste trabalho está no item 2.5,
referente a Matriz de Risco.
23
2.3.2.12 Coluna 12: Risco Residual – Nova Severidade
Indicação qualitativa do grau de severidade da ocorrência de cada uma das
situações de risco identificadas. Considerando os controles implementados em seu nível
real de efetividade.
A definição para os níveis de severidade aplicada neste trabalho está no item 2.5,
referente a Matriz de Risco.
A definição para a classificação dos níveis de risco aplicada neste trabalho está
no item 2.5, referente a Matriz de Riscos. .
24
2.5 Matriz de Risco
FONTE: https://ferramentasdaqualidade.org/
25
• Probabilidade média: o evento pode ocorrer num período de 01 ano de
operação.
3 BOWTIE
O bowtie é uma diagramação esquemática que tem por objetivo representar e
analisar os caminhos de um risco desde as causas até as consequências. O foco do
bowtie está nas barreiras entre as causas e o evento, e o evento e as consequências.
Diagramas bowtie podem ser construídos a partir dos cenários identificados em Árvores
de Falhas, Análise de Perigo e Operacionalidade (HAZOP), Análise Preliminar de Risco
(APR), sessão de brainstorming e outras técnicas (NBR/ISO 31010 - ABNT, 2012).
É utilizada para representar um risco que possui uma gama de possíveis causas
e consequências, e quando foco estiver mais em assegurar que existe um controle para
cada caminho de falha. É útil quando há caminhos claros e independentes levando à
uma falha, além de ser uma ferramenta de comunicação útil, sintetizando resultados de
análises técnicas mais complexas.
O diagrama bowtie que será elaborado neste trabalho será construído a partir das
situações de risco identificadas na APR da operação de embarque de minério. O padrão
27
que será seguido está representado na NBR/ISO 31010 - ABNT, 2012 e pode ser visto
na figura 3.1.
3.1.1 Causa
Causa potencial para dar início ao cenário de risco que leva ao evento central.
3.1.3 Evento
Evento que inicia o cenário de risco, ou seja, o ponto no qual o controle sobre o
risco é perdido.
3.1.4 Consequência
Possíveis consequências resultantes da ocorrência do evento central “Interrupção
não planejada da operação de embarque de minério no TIG”, serão apresentadas dentro
do item 7.2, no capítulo 7.
28
3.1.5 Controle de Mitigação (atenuação e recuperação)
Medidas para atenuar ou impedir que as consequências da ocorrência do evento
ocorram.
29
4 REUNIÃO DOS DADOS
Como parte do método de elaboração da APR, a reunião dos dados referente ao
contexto de onde a análise de risco será realizada é fundamental. Informações sobre a
planta ou sistemas, tipo de construção, finalidade, desempenho, experiências prévias,
equipamentos, processos, objetos, materiais, substâncias e qualquer informação
decorrente da operação normal do empreendimento e suas influências precisam ser
reunidas. Este capítulo visa cumprir esta etapa e assim, tornar possível a elaboração da
APR.
4.1.1Caracterização geral
. A ligação com o continente é feito por uma ponte ferroviária por onde o minério
é transportado, não havendo ligação por via rodoviária. A Ilha está inserida na região
“área-4”, que é englobada pela macrorregião “Distrito Sede” da cidade de Mangaratiba,
que é caracterizado por possuir o centro da cidade e diversos núcleos de características
urbanas. A Ilha Guaíba é uma das ilhas que compõe a APA – (Área de Preservação
Ambiental) de Mangaratiba e é uma área composta por floresta primária e secundária
sujeita à poluição por minério devido à atividade desenvolvida pelo terminal portuário
presente na ilha (PLANO DIRETOR DE MANGARATIBA, 2006)
30
Rio de Janeiro (ATLAS DE MUNICÍPIOS DA MATA ATLÂNTICA – ONG SOS MATA
ATLÂNTICA).
31
Figura 4.2 - Terminal da Ilha Guaíba - TIG
Terminal da Ilha Guaíba (TIG) situa-se na região sul do Estado do Rio de Janeiro,
localizado na Ilha Guaíba, no município de Mangaratiba. O terminal fica a cerca de 70
milhas náuticas da entrada da Baía da Guanabara (Rio de Janeiro) e dista cerca de 3
milhas náuticas de Mangaratiba, estando localizado na parte Leste da Baía da Ilha
Grande. O píer de amarração está localizado a cerca de 370 metros da orla Sudeste da
Ilha Guaíba e sua posição é: Latitude: 23º 00,8’ Sul - Longitude: 044º 02,1’ Oeste
(INFORMAÇÕES DO TERMINAL PORTUÁRIO DA ILHA GUAÍBA – VALE).
4.2.3 Infraestrutura
32
1) Berço Norte:
2) Um dolfin2 de amarração;
3) Uma área de estocagem com 360.000 m² para armazenamento do minério de ferro;
4) Prédio de escritórios, com vestiários, banheiros e restaurante;
5) Além disso, tem como estrutura de apoio:
• Oficinas de manutenção;
• Subestações de energia;
• Área de mirante com heliponto;
• Almoxarifado;
• Cais de atracação, um para embarcações de serviço e outro para passageiros.
2
Os dolfins são estruturas marítimas que se estendem acima do nível da água e não são conectadas ao
cais. Em geral, o dolfim é instalado para servir como uma extensão do ancoradouro (dolfim de atracação)
ou para proporcionar um ponto para amarração (dolfim de amarração).
33
4.2.4 Condições meteorológicas
3 Preamar ou maré alta: nível máximo atingido pelas águas de uma maré cheia.
4 Baixa-mar ou maré baixa: nível mínimo atingido pelas águas após a vazante.
5
Maré de Sizígia: maré mais alta provocada pelo alinhamento do Sol e da Lua em relação a Terra, como
acontece na Lua Cheia e Nova.
34
• Área 1 – Bacia de Atracação (Berço Norte e Berço Sul);
• Área 2 – Canal de Acesso;
• Área 3 – Bacia de Evolução entre os Canais;
• Área 4 – Canal de Aproximação.
Esta área compreende dois berços – Norte e Sul – situados junto a um píer de
amarração. O Berço Norte do píer de atracação do TIG foi projetado com a profundidade
de 19,00 metros. Este píer tem a capacidade de receber navios do tipo CapeSize6 de
até 185.000 DWT, com Boca máxima de 47,0 metros. Tendo um valor aproximado de
162,00 metros de largura, considerando-se sua bacia de manobra, o calado de operação
neste berço é de 18,00 metros.
6
Navios que não passam pelo Canal de Suez e pelo Canal do Panamá. Precisam contornar os continentes
pelo sul (Cape Horn) para passar pelo sul da América do Sul ou o Cabo da Boa Esperança (Cape of Good
Hope) para passar pelo sul da África.
35
VLOC, de até 350.000 DWT, com Boca máxima de 62,0 metros. Tendo um valor
aproximado de 1.110 metros de largura, considerando sua bacia de manobra, o calado
de operação praticado neste berço é de 20,40 metros + maré.
Esta bacia tem seu projeto original em forma de curva com características de
traçado compatíveis com navios menores que o navio tipo VLOC ("Very Large Ore
Carrier").
4.2.8 Negócio
36
As características gerais das composições responsáveis pelo transporte do
minério até ao terminal são apresentadas no quadro a seguir.
3) Pellet Feed Fines, material super fino, com grãos entre 0,15mm e
0,037mm.
4.2.8.1 Operação
37
1) Descarga
38
2) Estocagem
No pátio de estocagem as empilhadeiras/recuperadoras são alimentadas com
minério pelos transportadores de correia e descarregam de forma organizada de acordo
com as especificações do produto em pilhas de até 15 metros de altura. A seguir, é
possível ver pátio de estocagem do terminal:
39
3) Embarque
O embarque é composto por um conjunto de transportadores que proporcionam
duas opções para a operação:
40
4.2.8.2 Visão geral
A operação do TIG é composta por vários processos que vai do recebimento até
o embarque do minério, no entanto, para que os objetivos propostos neste trabalho
sejam alcançados, a caracterização do fluxo dos processos principais é suficiente. De
maneira geral, o fluxo principal pode ser caracterizado por:
41
5 DESENVOLVIMENTO DA APR
A APR desenvolvida neste trabalho foi realizada a partir dos conhecimentos
adquiridos durante os estudos das operações do Terminal da Ilha Guaíba e a partir da
experiência adquirida nos dois anos de estágio na Vale S/A, especificamente, na
Diretoria de Saúde, Segurança e Riscos Operacionais. O estágio realizado foi
fundamental para o desenvolvimento da minha capacidade crítica de analisar situações
de risco, como as associadas a operação do embarque de minério, e tratá-las. Além
disso, o conhecimento advindo da graduação em Engenharia Naval e Oceânica foi
fundamental para o entendimento do contexto relacionado a operação de terminais
portuários. Portanto, o desenvolvimento da APR da operação de embarque de minério
no Terminal da Ilha Guaíba foi uma feliz e natural consequência dos conhecimentos
adquiridos por mim nos últimos anos.
42
Ao final, cabe a avaliação do nível de risco de cada situação de risco considerando
os controles implementados. Como critério de aceitabilidade neste trabalho, apenas o
nível de risco residual “Baixo risco” será tolerado e aceito.
5.1 Premissas
5.2 Perigo
43
1) Paralisação não planejada do transportador de correia;
2) Colapso parcial da estrutura da ponte de acesso ou do píer de amarração;
3) Paralisação não planejada dos carregadores de navio;
4) Falha no procedimento de embarque, atracação e desatracação;
5) Recursos humanos envolvidos na operação do TIG.
5.4 Efeito
5.6 Causa
46
baixa tensão ou desalinhamento, quebras provocadas por atrito ou acúmulo de material,
quebras provocadas por excesso de carregamento, defeitos de fabricação entre outros
(CORREIAS TRANSPORTADORAS: GUIA BÁSICO, 2019).
Como pode ser visto na figura 5.1, o TIG possui um sistema de transportadores de
correia interligado por onde é realizado todo o transporte do minério, dos viradores de
vagões até os carregadores de navio no píer. Durante o percurso no pátio de
estocagem, diversas linhas de transportadores de correia correm em paralelo, o que
garante o fluxo contínuo de minério em caso de falha de alguma linha, no entanto, há
apenas uma linha de transportador na ponte de acesso ao píer, como pode ser visto na
figura 5.2, dessa forma, em caso de falha neste trecho, a continuidade do carregamento
de minério será inevitavelmente afetada.
47
Figura 5.2 - Transportador de correia localizado na ponte de acesso ao píer
A situação de risco 1 tem nível de risco puro classificado com “Alto risco” por conta
da combinação da sua severidade e probabilidade de ocorrência a partir da Matriz de
Risco definido no item 2.5 do capítulo 2.
48
5.11.1.1 Controle Preventivo: Detector de rasgos
FONTE: https://llk.com.br/conheca-o-radec-vibracional/
49
Figura 5.4 - Arranjo de mecanismos típicos de tensionamento de correia
50
Figura 5.5 - Posicionamento dos sensores de desalinhamento
FONTE: https://www.sense.com.br/siter/familias/447
51
Figura 5.7 - Balança de pesagem dinâmica para transportadores de correia
52
Os raspadores de lâmina de borracha, mais comuns, são montadas em suportes
metálicos e seu acionamento é automático por meio de contrapesos ou molas,
proporcionando pressão suficiente sobre a correia para realizar a remoção dos resíduos.
O local mais comum de serem instalados é no tambor de descarga (OLIVEIRA, 2019).
53
5.11.1.8 Controle preventivo: Gerenciamento da Integridade do Equipamento
Segundo Viana (2002), para dar uma maior eficiência às ações de detecção de
falhas e defeitos, intervenções antes da quebra e garantir a alocação de todos os
recursos necessários para execução dos serviços de manutenção, é necessário
distribuir os planos de manutenção preventivas em cinco categorias, são elas:
54
fazer a manutenção, identificar possíveis pontos de falhas futuras,
procedimento de desmontagem e montagem, ajustes a serem feitos com
seus respectivos valores aceitáveis etc.
55
• Estrutura organizacional, contemplando papeis e responsabilidades dos
envolvidos;
• Ações de resposta aos cenários de emergências;
• Recursos humanos e materiais;
• Cronogramas de exercícios teóricos e práticos;
• Plantas de localização da instalação, incluindo a vizinhança sob risco;
• Listas e sistemas de comunicação (internas e externas).
Após aplicação dos controles, a situação de risco 1 passou a ter nível de risco
classificado com “Baixo risco” por conta da combinação da sua nova severidade e nova
probabilidade de ocorrência a partir da Matriz de Risco definido no item 2.5 do capítulo
2. Portanto, os controles definidos foram suficientemente capazes de reduzir o nível de
risco para satisfazer o critério de aceitabilidade definido neste trabalho.
57
Já o píer de amarração de navios do TIG é constituído de uma estrutura de concreto
com aproximadamente 400 metros de comprimento e 21 metros de largura, também
montado sobre tubulões de aço e estacas de concreto armado.
F0NTE: http://www.vale.com/hotsite/PT/Paginas/vale-conhecer/Vale-visitas/portos-sul/Home.aspx
FONTE: https://pt.wikiloc.com/trilhas-caminhada/integridade-estrutural-tig-36483752
58
O colapso, mesmo que parcial, da estrutura da ponte de acesso ou do píer de
amarração de navios do TIG, inevitavelmente, levaria a interrupção da operação de
embarque de minério.
A situação de risco 2 tem nível de risco puro classificado com “Alto risco” por conta
da combinação da sua severidade e probabilidade de ocorrência a partir da Matriz de
Risco definido no item 2.5 do capítulo 2.
59
Apesar do grande número de agentes agressivos, as ações que mais provocam a
deterioração do concreto em ambientes marinhos é a abrasão física devida à ação de
ondas, areia, cascalho e gelo flutuante. A zona de maré é a que mais sofre com a
agressividade do meio, pois está exposta a todos os tipos de ações físicas e químicas
(MEHTA, 2008). A figura 5.13 mostra as agressões mais comuns a estruturas de
concreto em ambiente marinho.
60
5.12.1.2 Controle preventivo: Restrição de navegação abaixo da ponte de acesso
ao píer
O controle de acesso deve ter como um dos principais objetivos garantir que veículos
e equipamentos móveis que acessam a ponte do píer atendam os requisitos necessários
determinados em projeto, tanto em relação a carga como em dimensões gerais.
FONTE: https://pt.wikiloc.com/trilhas-caminhada/integridade-estrutural-tig-36483752
Figura 5.15 - A defensa deve impedir o contato vertical do navio com a estrutura
Figura 5.16 - A defensa deve impedir o contato horizontal do navio com a estrutura
62
• Capacidade de absorver esforços locais, aplicados a pequenos números
de elementos;
• Os elementos de fixação das defensas devem ter resistência aos esforços
solicitantes, principalmente aos esforços tangenciais.
Após aplicação dos controles, a situação de risco 2 passou a ter nível de risco
classificado com “Baixo risco” por conta da combinação da sua nova severidade e nova
probabilidade de ocorrência a partir da Matriz de Risco definido no item 2.5 do capítulo
2. Portanto, os controles definidos foram suficientemente capazes de reduzir o nível de
risco para satisfazer o critério de aceitabilidade definido neste trabalho.
63
Figura 5.17 - Carregador de navios operando no píer do TIG
64
Figura 5.20 - Carregadores de navios sobre trilhos no píer do TIG
FONTE: https://pt.wikiloc.com/trilhas-caminhada/integridade-estrutural-tig-36483752
A situação de risco 3 tem nível de risco puro classificado com “Alto risco” por conta
da combinação da sua severidade e probabilidade de ocorrência a partir da Matriz de
Risco definido no item 2.5 do capítulo 2.
66
5.13.1.2 Controle preventivo: Sistema de monitoramento integrado dos
carregadores de navio
67
Figura 5.21 - Cabine e da lança do carregador de navios do TIG
FONTE: https://pt.wikiloc.com/trilhas-caminhada/integridade-estrutural-tig-36483752
68
Nova Severidade de ocorrência da situação de risco 3:
Após aplicação dos controles, a situação de risco 3 passou a ter nível de risco
classificado com “Baixo risco” por conta da combinação da sua nova severidade e nova
probabilidade de ocorrência a partir da Matriz de Risco definido no item 2.5 do capítulo
2. Portanto, os controles definidos foram suficientemente capazes de reduzir o nível de
risco para satisfazer o critério de aceitabilidade definido neste trabalho.
69
5.14.1 Classificação do nível de risco puro da situação de risco 4
A situação de risco 4 tem nível de risco puro classificado com “Alto risco” por conta
da combinação da sua severidade e frequência de ocorrência a partir da Matriz de Risco
definido no item 2.5 do capítulo 2.
70
permite o terminal a atender embarcações do tipo CapeSize7 de até 185.000 DWT e
Very Large Ore Carriers – VLOC de até 350.000 DWT. Manter a capacidade de
atendimento as embarcações do terminal está totalmente relacionado com manter a
profundidade da lâmina d’agua do local, prevenindo, principalmente, encalhes.
7
Navios que não passam pelo Canal de Suez e pelo Canal do Panamá e precisam contornar os continentes
pelo sul (Cape Horn) para passar pelo sul da América do Sul ou o Cabo da Boa Esperança (Cape of Good
Hope) para passar pelo sul da África.
71
normatização definida pelo administrador portuário, para que assim, incidentes como
encalhes, colisões e descumprimentos legais sejam prevenidos.
a) Comunicação:
I. Contatos - Administração Portuária
II. Canais VHF
b) Localização e Características:
I. Endereço
II. Formas de acesso
c) Normas de tráfego e permanência:
I. Documentações
II. Tráfego de embarcações
III. Praticagem (exigências e orientações)
IV. Hidrovias
V. Estrutura física / Pier / Berços / Dolfins
VI. Balizamentos / Sinalização
VII. Exigências quanto a Rebocadores
72
VIII. Velocidades de navegação e reboque / Cruzamento / Ultrapassagem
IX. Calado (máximos)
X. Navios (aspectos dimensionais e legais)
XI. Procedimentos para atracação (requisitos e prioridades)
XII. Procedimentos para desatracação (obrigação de desatracação)
XIII. Esquema de amarração
XIV. Fundeadouros
XV. Cartas de Navegação
XVI. Restrições de Horários
d) Condições meteorológicas
I. Chuva, vendo e temperatura
II. Marés, correntes e ondas
e) Meio ambiente
I. Lastro
II. Óleo, resíduos, lixo, esgoto
III. Limpeza
f) Financeiro
I. Valores
II. Multas
III. Taxas
73
O plano de carregamento deve ser aprovado pelo comandante da embarcação
e pelo representante do terminal para que todas as partes envolvidas no
carregamento estejam de acordo sobre a forma de armazenamento. Nesse documento
são determinadas as dimensões, formas e processos preparatórios de todas as etapas
até que a carga esteja integralmente embarcada. São definidos os equipamentos e
acessórios a serem utilizados, o estudo das características da carga entre outros. Tudo
isso é feito para garantir que não haja perda ou espaço para acidentes na operação.
74
.2 se não existirem as restrições mencionadas em .1, e se o navio tiver um
instrumento de carregamento que tenha sido aprovado, o plano de
carregamento deve ser elaborado com base no instrumento e deve haver
um protocolo em vigor, de modo que o carregamento continue sempre
dentro dos limites aprovados de esforços do navio; e/ou
4.2 Procedimentos
75
Figura 5.22 - Exemplo de Plano de Carga
76
5.14.2 Classificação do nível de risco residual da situação de risco 4
Após aplicação dos controles, a situação de risco 4 passou a ter nível de risco
classificado com “Baixo risco” por conta da combinação da sua nova severidade e nova
probabilidade de ocorrência a partir da Matriz de Risco definido no item 2.5 do capítulo
2. Portanto, os controles definidos foram suficientemente capazes de reduzir o nível de
risco para satisfazer o critério de aceitabilidade definido neste trabalho.
77
Nesse sentido, controles serão estabelecidos para prevenir acidentes de trabalho ou
mitigar seus efeitos.
A situação de risco 5 tem nível de risco puro classificado com “Alto Risco” por
conta da combinação da sua severidade e probabilidade de ocorrência a partir da Matriz
de Risco definido no item 2.5 do capítulo 2.
80
DSS – Diálogo Semanal de Segurança: os diálogos semanais são conversas
temáticas e dirigidas com foco no cuidado aos empregados. Geralmente é conduzido
por um líder, mas todos os presentes são chamados a participar, relatando suas
vivências, dificuldades e experiências, desenvolvendo a cultura de segurança da
empresa. Os debates devem promover o reconhecimento dos riscos e das
consequências das atividades comumente realizadas. Possui duração que pode variar
de acordo com o tema e a demanda da operação. Temas comuns para DSS: arrumação,
ordenação e limpeza, como podemos prevenir incêndios, proteção das mãos, cuidados
com a pele, equipamentos de proteção individual entre outros (UFV, 2021).
81
Figura 5.23 - Formulário típico de Análise de Risco da Tarefa
FONTE: https://segurancadotrabalhonwn.com/formulario-para-analise-de-risco-da-tarefa/
82
Figura 5.24 - Formulário típico de Permissão de Trabalho
FONTE: https://www.slideshare.net/IZAIASDESOUZAAGUIAR1/permisso-para-trabalho-em-altura-nr-35
Toda atividade profissional que possa levar algum tipo de risco físico para o
trabalhador deve ser executada com o auxílio de EPI – Equipamentos de Proteção
Individual e caso necessário, e de EPCs – Equipamentos de Proteção Coletiva. O uso é
fundamental para garantir a saúde e a proteção do trabalhador, evitando consequências
negativas em casos de acidentes de trabalho.
83
De acordo com a NR 6, considera-se Equipamento de Proteção Individual (EPI)
“todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à
proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho”. O
normativo traz ainda a obrigação da empresa fornecer aos empregados, gratuitamente,
EPIs adequados ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre
que as medidas de proteção coletiva não ofereçam completa proteção contra os riscos
de acidentes do trabalho.
84
5.15.1.7 Controle de mitigação: Equipe de Saúde - Encaminhamento e Primeiros
Socorros
85
Nova Severidade de ocorrência da situação de risco 5:
Após aplicação dos controles, a situação de risco 5 passou a ter nível de risco
classificado com “Baixo risco” por conta da combinação da sua nova severidade e nova
probabilidade de ocorrência a partir da Matriz de Risco definido no item 2.5 do capítulo
2. Portanto, os controles definidos foram suficientemente capazes de reduzir o nível de
risco para satisfazer o critério de aceitabilidade definido neste trabalho.
6 REGISTRO DA APR
Seguindo a metodologia indicada no item 2.3.2, aplicada para o desenvolvimento
da APR neste trabalho, com a finalização da análise preliminar dos riscos realizada no
capítulo 5, resta apenas registrar e apresentar os resultados alcançados para que a APR
da operação de embarque de minério seja concluída. Isso será realizado através de
uma tabela, como mostrado na figura 2.1, de forma a organizar o perigo identificado, as
causas, os efeitos, as categorias de probabilidade, severidade e nível de risco, os
controles preventivos e mitigatórios, o número de identificação do cenário e observações
finais. Assim, todos os elementos mapeados estarão integrados em uma única tabela,
que terá por finalidade, facilitar a leitura e o entendimento da análise de risco executada.
86
Tabela 1 - Registro do resultado da APR para a situação de risco 1
Dados iniciais do cenário Categoria do Risco - Risco Puro Barreiras de controle Categoria do Risco - Risco residual
Nº de
Processo/ Situação de Medidas Medidas Nova Nova Novo Observações
Perigo Causa Efeito Probabilidade Severidade Risco Registro
Área Risco Preventivas Mitigatórias Probabilidade Severidade Risco
Falha de projeto,
quebra ou limitação
operacional por
desgaste em: lâminas, Gerenciamento da
revestimentos do Integridade do
tambor, carcaça do Equipamento;
tambor, rolamentos,
correia, regulagens e
Interrupção não
emendas da correia;
planejada da
Plano de Limpeza
Transporte de operação de Plano de
Limpeza Industrial Industrial;
minério pelo embarque de Atendimento a
Paralisação deficiente/ inexistente; Raspadores de
transportador Operação de minério; Emergência
não correia;
de correia na embarque Alto (PAE); Baixo
planejada do Desalinhamento da Alta Moderada Sensor de Media Insignificante 00001.01
ponte de de minério Transbordamento risco risco
transportador correia; desalinhamento;
acesso ao píer no TIG de minério; Equipe de
de correia; Sensor de
de amarração Tensionamento Manutenção
tensionamento de
do TIG; inadequado da correia; Contaminação do Corretiva;
correia;
ambiente marinho
Detector de
Rasgos na correia; por minério;
Rasgos;
Sensor de
Velocidade inadequada velocidade
da correia; instantânea da
correia;
Dados iniciais do cenário Categoria do Risco - Risco Puro Barreiras de controle Categoria do Risco - Risco residual
Nº de
Processo/ Situação de Medidas Medidas Nova Nova Novo Observações
Perigo Causa Efeito Probabilidade Severidade Risco Registro
Área Risco Preventivas Mitigatórias Probabilidade Severidade Risco
Gerenciamento de
Falha estrutural; Interrupção não Integridade
planejada da Estrutural;
Acesso de veículos operação de Controle de acesso Plano de
Colapso acima da capacidade embarque de de veículos e Atendimento a
Ponte de
parcial da de carga da ponte de minério; equipamentos Emergência
acesso ao píer Operação de
estrutura da acesso ao píer; móveis; (PAE);
e píer de embarque Alto Baixo
ponte de Colisão de Contaminação do Baixa Catastrófica Restrição de Baixa Moderada 00001.02
amarração de de minério risco risco
acesso ou do embarcação na ambiente marinho navegação abaixo
embarcações no TIG
píer de estrutura da ponte de por minério; da ponte de acesso Defensas
do TIG;
amarração; acesso ao píer; ao píer; marítimas;
Colisão de Lesões, vidas Norma para tráfego,
embarcação na mudadas e atracação e
estrutura do píer de fatalidades. desatracação no
atracamento; TIG;
87
Tabela 3 - Registro do resultado da APR para a situação de risco 3
Dados iniciais do cenário Categoria do Risco - Risco Puro Barreiras de controle Categoria do Risco - Risco residual
Nº de
Processo/ Situação de Medidas Medidas Nova Nova Novo Observações
Perigo Causa Efeito Probabilidade Severidade Risco Registro
Área Risco Preventivas Mitigatórias Probabilidade Severidade Risco
Capacitação e
Falha Humana; treinamento do
operador;
Sistema de
Falha monitoramento
Interrupção não
Operacional/colisão do integrado dos
planejada da
Carregador de navios; carregadores de
operação de Plano de
navio;
Paralisação embarque de Atendimento a
Embarque de Descarrilhamento dos Detector de
Operação de não minério; Emergência
minério pelos carregadores de navio; descarrilhamento;
embarque planejada Alto (PAE); Baixo
carregadores Falha de projeto, Alta Moderada Média Insignificante 00001.03
de minério dos Transbordamento risco risco
de navio no píer quebra ou limitação
no TIG carregadores de minério; Equipe de
do TIG; operacional por
de navio; Manutenção
desgaste em: lâminas, Gerenciamento da
Contaminação do Corretiva;
revestimentos do Integridade do
ambiente marinho
tambor, carcaça do Equipamento;
por minério;
tambor, rolamentos,
correia, regulagens e
emendas da correia;
Limpeza Industrial Plano de Limpeza
deficiente/ inexistente; Industrial;
Dados iniciais do cenário Categoria do Risco - Risco Puro Barreiras de controle Categoria do Risco - Risco residual
Nº de
Processo/ Situação de Medidas Medidas Nova Nova Novo Observações
Perigo Causa Efeito Probabilidade Severidade Risco Registro
Área Risco Preventivas Mitigatórias Probabilidade Severidade Risco
Interrupção não Plano de
Assoreamento; planejada da Monitoramento e
Plano de
operação de Dragagem;
Atendimento a
Falha no embarque de
Operação das Operação de Norma para tráfego, Emergência
procedimento Movimentação indevida minério;
embarcações embarque Alto atracação e (PAE); Baixo
de embarque, da embarcação no Alta Moderada Baixa Moderada 00001.04
nos berços do de minério risco desatracação no risco
atracação e berço do píer; Contaminação do
píer do TIG; no TIG TIG;
desatracação; ambiente marinho
Defensas
Falha estrutural da por minério; Plano de
marítimas;
embarcação no berço carregamento das
do píer; Colisão da embarcações;
Dados iniciais do cenário Categoria do Risco - Risco Puro Barreiras de controle Categoria do Risco - Risco residual
Nº de
Processo/ Situação de Medidas Medidas Nova Nova Novo Observações
Perigo Causa Efeito Probabilidade Severidade Risco Registro
Área Risco Preventivas Mitigatórias Probabilidade Severidade Risco
Ausência de
Plano de
acompanhamento por
SESMET e CIPA; Atendimento a
profissionais da área
Interrupção não Emergência
de segurança;
planejada da (PAE);
Falta de diálogo; DDS e DSS;
Recursos operação de
Operação de Definição das
humanos embarque de EPIs e EPCs;
Instalações do embarque Falta de Alto atividades críticas Baixo
envolvidos na minério; Alta Catastrófica Media Insignificante 00001.05
TIG. de minério reconhecimento das risco no TIG e seus risco
operação do Equipe de
no TIG atividades críticas; respectivos
TIG. Lesões, vidas Saúde -
requisitos;
mudadas e Encaminham
Permissão de
fatalidades. ento e
Ausência de análise de Trabalho (PT) e
Primeiros
risco. Análise de Risco
Socorros;
(ART).
88
7 DIAGRAMA BOWTIE
A conclusão da APR da operação de embarque de minério viabiliza a construção
do bowtie inicialmente proposto neste trabalho, como consta no item 1.3 do capítulo 1.
Tendo como evento central a interrupção não planejada da operação de embarque de
minério no TIG, cujo perigo associado é a própria operação de embarque.
Uma vez que o evento topo e o perigo associado já foram definidos, torna-se
possível construir todo lado esquerdo do bowtie a partir das situações de risco
identificadas na própria APR da operação de embarque de minério. Dessa forma,
seguindo o processo de construção definido no item 3.2 do capítulo 3, que segue a
NBR/ISO 31010 - ABNT, 2012, o perigo, o evento topo, as causas potenciais e os
controles preventivos já estão definidos. As causas que levariam ao evento “interrupção
não planejada da operação de embarque de minério no TIG” estão relacionadas na
coluna 3 da APR, nomeada de “Situações de Risco”, e os controles preventivos estão
relacionadas na coluna 9 da APR, nomeada de “Medidas Preventivas”.
Para que o bowtie seja concluído e seus objetivos sejam alcançados, resta apenas
definir o lado direito do mesmo, referente aos controles mitigatórios e as possíveis
consequências da ocorrência do evento central analisado. Esta parte será apresentada
no item 7.2.
89
pelo tempo de espera, que é o período em que um navio fica fundeado aguardando
vaga para atracar, e pelo tempo de carga ou descarga. Manter o tempo de permanência
dentro dos padrões previstos em relação a capacidade do terminal é uma
responsabilidade do próprio terminal e é fundamental para garantir sua competitividade
de mercado.
Para atender exigências de tempos de carga e descarga cada vez mais ágeis, do
ponto de visto da modernização dos processos de manuseio de carga, navios do tipo
graneleiro passaram por profundas mudanças nas últimas décadas, assumindo a
tendência de serem do tipo gearless, que são navios desprovidos de qualquer
equipamento para carga e descarga, sendo inteiramente dependentes dos
equipamentos portuários em terra, o que aumenta a responsabilidade dos terminais.
Além do mais, passaram a ter porte cada vez maior para reduzir os custos de frete e
possibilitar maior eficiência no processo de carga e descarga e passaram a viabilizar
operações de cargas compartilhadas, chamadas de part-cargo, onde vários clientes
podem ser atendidos na mesma viagem (MAGALHÃES, 2010)
90
Nesse sentido, um Plano de Retomada bem estruturado é fundamental e deve
sempre ser acionado para guiar todos os procedimentos e testes que deverão ser
realizados para reiniciar a operação de embarque após a interrupção. Este documento
deve possuir a finalidade de ser um guia com orientações principais acerca das
instalações, das máquinas e dos equipamentos do TIG, e deve ter como objetivos
principais preservar a saúde e a segurança dos empregados, a segurança dos ativos da
organização e capacitar a retomada da operação com mais celeridade, mitigando o
efeito negativo relacionado ao tempo de permanência no TIG.
Para terminais portuários de granéis sólidos como o TIG, a depender dos objetivos
da análise, há diversas formas de se medir a produtividade, desde as mais comuns e
diretas como a relação da quantidade de minério embarcado ou navios atendidos pelo
tempo, até as mais complexas, como as que envolvem o cálculo de capacidade
instalada, ociosa ou utilizada. Além de medir a produtividade, acompanhar esse fator
através de indicadores é fundamental para a gestão de um terminal, um exemplo de
indicador de acompanhamento da produtividade portuária é conhecido como OEE
(Overall Equipment Efectiveness), que mede a relação percentual entre a eficiência
global medida no porto e a eficiência teórica instalada. Este indicador é dependente do
tempo, da velocidade e da qualidade de produção, sendo composto pelo tempo de falha,
91
os gargalos, perda de velocidade, anormalidades e não conformidades (CARDOSO,
2011).
Por fim, o entendimento que vale ser destacado é que interrupções na operação
de embarque de minério provocam redução da produtividade do terminal, uma vez que
o tempo é um recurso valioso. Então, em linha com os objetivos a serem alcançados
neste trabalho, medidas mitigadoras serão estabelecidas para atenuar os efeitos de uma
interrupção da operação de embarque em relação a queda da produtividade do terminal.
92
Dentre inúmeros métodos gerenciais de controle e melhoria contínua, o ciclo
PDCA – (Plan, Do, Check, Act), é um dos mais conhecidos e utilizados. Desenvolvido
na década de 30 pelo americano Shewhart, o método foi amplamente popularizado na
década de 50 por Deming, devido a isto, este método também passou a ser conhecido
como Ciclo de Deming. Esse ciclo constitui-se em uma ferramenta de melhoria contínua
e suas etapas de implementação significam: Plan (Planejar), Do (Executar), Check
(Verificar) e Action (Agir), este último no sentido de agir assertivamente para corrigir ou
melhorar o que foi planejado e verificado ao longo das etapas anteriores do ciclo
(NEVES, 2007).
93
7.2.2.3 Controle de mitigação: Treinamento e Capacitação
94
em outras palavras, as necessidades dos empregados causam um desejo interior de
superar alguma falta ou desequilíbrio. Dessa forma, ações motivacionais, como
premiações, bonificações, promoções, comemorações entre outros, são formas de
incentivos que motivam os empregados e os fazem serem mais produtivos, pois
motivados, suas capacidades serão usadas com mais eficácia e satisfação. A figura 7.2
abaixo ilustra o entendimento de que processo motivacional é basicamente induzido
(HOOP, 1998).
95
Paralisação não
planejada do
transportador de Sensor de
Gerenciamento da Sensor de
correia; Plano de Limpeza Raspadores de Sensor de Balança de pesagem velocidade
Integridade do tensionamento de Detector de Rasgos; Operação de
Industrial; correia; desalinhamento; dinâmica; instantânea da
Equipamento; correia; embarque de
correia;
minério
Colapso parcial da
estrutura da ponte
de acesso ou do píer Restrição de Norma para tráfego,
Aumento do tempo
Controle de acesso
Gerenciamento de de permanência do
de amarração; de veículos e navegação abaixo atracação e
Integridade TIG
equipamentos da ponte de acesso desatracação no Plano de
Estrutural;
móveis; ao píer; TIG; Atendimento a Plano de Retomada
Interrupção Emergência (PAE)
não planejada
Paralisação não da operação
planejada dos de embarque
carregadores de de minério no
Sistema de TIG
navio; Gerenciamento da Capacitação e
Plano de Limpeza monitoramento Detector de
Integridade do treinamento do
Industrial; integrado dos descarrilhamento;
Equipamento; operador;
carregadores de Queda de
produtividade do
7.3 Diagrama bowtie final
terminal
Falha no Programa de
Treinamento e Ações
procedimento de Melhoria Contínua - Plano de Retomada
Capacitação motivacionais
embarque, atracação PDCA
e desatracação; Norma para tráfego,
Plano de Plano de
atracação e
Monitoramento e carregamento das
desatracação no
Dragagem; embarcações;
TIG;
Recursos humanos
envolvidos na
operação do TIG Definição das Permissão de
atividades críticas Trabalho (PT) e
SESMET e CIPA; DDS e DSS;
no TIG e seus Análise de Risco
respectivos (ART).
96
8 CONCLUSÃO
O objetivo do estudo realizado neste trabalho era desenvolver uma análise
preliminar dos riscos da operação de embarque de minério associados a uma
interrupção não planejada da operação de embarque no Terminal Portuário da Ilha
Guaíba (TIG) e por fim apresentar um bowtie que refletisse as principais causas e
consequências relacionadas com a interrupção da operação e destacar os controles
preventivos e mitigatórios mapeados para cada situação de risco.
97
2012. As situações de risco mapeadas na APR foram reconhecidas como prováveis
causadoras do evento central analisado “interrupção não planejada da operação de
embarque de minério” e seus respectivos controles preventivos foram destacados.
Foram reconhecidas as duas principais consequências do evento central e a partir de
experiências anteriores e análises realizadas foram definidos os controles mitigatórios
capazes de atenuar ou impedir os efeitos da ocorrência do evento central.
98
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