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Objetivos específicos:
- Discutir as condições históricas em que se desenvolveu as bases da Psicologia, dando
destaque para a constituição da subjetividade privatizada.
- Compreender a constituição e a crise da subjetividade a partir do pensamento filosófico e
em seguida das condições sócio econômicas do indivíduo moderno.
- Refletir sobre as condições da prática científica que permitiram o surgimento da psicologia
cientifica.
INTRODUÇÃO
- Figueiredo e Santi (2002) estabelecem como objetivo apresentar uma visão panorâmica e
crítica da Psicologia contemporânea.
- Os autores constatam que só recentemente surgiu o conceito de Ciência tal como
conhecemos, deste modo somente após a segunda metade do século XIX surgiram
indivíduos que dedicaram-se a constituir estudos psicológicos em um território próprio,
ganhando espaço nas universidades e centros de pesquisa.
- A criação de um novo campo científico, de modo que se torne uma ciência independente
exige duas condições:
a) demonstrar que existe um objeto próprio a ser estudado;
b) que se tenha métodos adequados para estudar esse objeto
“ Mas várias vezes é mais fácil, por exemplo, um psicólogo experimentalista que trabalha
em laboratórios com animais, tais como o rato e o pombo, entender-se com um biólogo do
que com um psicólogo social que estuda o homem em sociedade. Este, por sua vez, poderá
ter diálogo mais fácil com antropólogos e linguistas do que com muitos psicólogos que
foram seus colegas na faculdade e que hoje se dedicam à clínica psicoterápica. ”
(FIGUEIREDO; SANTI, 2002, 15-16)
UMA REFLEXÃO
- Figueiredo e Santi (2002) provocam uma reflexão ao ressaltar os esforços em se fundar a
Psicologia como uma ciência independente (o que justifica sua institucionalização na
universidade e centros de pesquisa) ao mesmo tempo que esse diálogo se estreite com
outras áreas do conhecimento.
- Se a psicologia científica depende de outras áreas de conhecimento para progredir em
seus estudos, por que justifica-se como uma ciência independente?
SUBJETIVIDADE PRIVATIZADA
A SUBJETIVIDADE NA MODERNIDADE
- Figueiredo e Santi (2002) apontam que a noção de subjetividade privada que conhecemos
atualmente, surgiu nos últimos três séculos na passagem do Renascimento para a Idade
Moderna, de modo que a crise desta subjetividade ocorreu no fim do século XIX, momento
em que surge a Psicologia.
Renascimento: movimento cultural que surgiu entre os séculos XIV e XVI, descentralizando
Deus como principal referência, na medida que valorizava o homem como centro do mundo
Idade Moderna (1453-1789): período posterior à Idade Média que se inicia por volta do
século XV, tendo como um de seus principais marcos a queda de Constantinopla (1453) e
as grandes navegações (expedição de Cristóvão Colombo data de 1492) expandindo o
horizonte dos homens europeus com o contato com diversas culturas.
- Figueiredo e Santi (2002) constatam que com a falência da Idade Média e a entrada na
Idade Moderna, as relações sociais e compreensão de mundo dos homens mudam
radicalmente:
“A experiência medieval fazia com que o homem se sentisse parte de uma ordem superior
que o amparava e constrangia ao mesmo tempo. Por um lado, a perda desse sentimento de
comunhão com uma ordem superior traz uma grande sensação de liberdade e a
possibilidade de uma abertura sem limites para o mundo, mas, por outro, deixa o homem
perdido e inseguro: como escolher o que é certo e errado sem um ponto seguro de apoio?”
(FIGUEIREDO; SANTI, 2002, p. 23-24)
SUBJETIVIDADE PRIVATIZADA
- Figueiredo e Santi (2002) apontam que a descrença do período, atrelada ao nascimento
do individualismo permitiu duas reações distintas: reação racionalista e reação empirista.
- A Igreja Católica e as Igrejas Protestantes racionalizaram as ideias de individualismo e
liberdade, transformando-as em uma articulação de crença em Deus e o livre arbítrio.
- Segundo os autores, o período da Reforma e da Contra Reforma foram fundamentais para
criar formas de controle do indivíduo e a ideia de individualidade característica da Idade
Moderna.
- Pico dela Miramdola (1463-1494): foi um humanista que contribuiu para a racionalização
ao reescrever a Gênese e defender que a liberdade seria o presente exclusivo que o ser
humano ganhou de Deus, cabendo a ele, fazer bom uso desse presente para ser
recompensado ou punido, ou seja, sustenta-se a ideia de liberdade e individualismo, mas
com uma concepção religiosa disciplinar.
- Figueiredo e Santi (2002) estabelecem como o marco do pensamento moderno as
reflexões René Descartes (1596-1650), cujo principal objetivo era estabelecer condições
seguras de produção de conhecimento da verdade, portanto, refletindo sobre o método e os
pressupostos do conhecimento, servindo se da dúvida metódica para identificar ideias
verdadeiras. É o reconhecimento de si, como ser que duvida (“Penso, logo existo”), toda a
produção de conhecimento daí em diante terá como pressuposto a evidência de um “eu”.
- Figueiredo e Santi (2002) apontam Descartes como inaugurador do pensamento moderno,
sinaliza que não se deve buscar a verdade na transcendentalidade, mas na representação
correta do mundo.
- A representação do mundo é interna e parte do pressuposto de uma consciência, o “eu”
(sujeito do conhecimento) transforma-se em elemento transcendente (fora do mundo).
“ É necessário dar à razão uma base das experiências dos sentidos, na percepção, desde
que essa percepção tenha sido purificada, liberada de erros e ilusões a que está submetida
no cotidiano. Bacon escreveu uma série de obras importantes, entre as quais o Novum
organum, em que elabora suas propostas de como se livrar do erro e encontrar a verdade
tendo como base a experiência subjetiva sensorial e racional. ” (FIGUEIREDO; SANTI,
2002, p. 31)
“ Por um lado, isto representou uma consciência mais profunda, sólida e complexa de toda
a problemática do conhecimento, mas, de toda a forma, começou a se colocar em xeque a
soberania do ‘eu’, seja o ‘eu’ da razão, seja o ‘eu’ dos sentidos purificados.” (FIGUEIREDO;
SANTI, 2002, p. 32)
- David Hume (1711-1776): foi um filósofo que criticou a substancialidade do “eu” que era
compreendido não como algo concreto e estável, mas como o efeito das experiências,
portanto, o “eu” é produto da experiência dos seres humanos e não o condutor dessas
experiências, dessa forma o indivíduo não poderia considerar-se a si própria a base do
conhecimento.
- Figueiredo e Santi (2002) reconhecem que a crise do ‘eu’ se estende ao longo do século
XIX, em especial em sua primeira metade quando sua soberania continua a ser
questionada.
- Charles Darwin (1809-1882): foi um biólogo e naturalista que ao propor a teoria da
evolução, destronou a concepção cristã de que o homem seria um ser especial criado à
semelhança de Deus.
- Karl Marx (1818-1883): foi um filósofo e teórico político que ao desvelar o capitalismo nas
entranhas da Economia Política demonstra as leis econômicas que submetem os indivíduos
às condições de exploração.
- Friedrich Nietzsche (1844-1900): foi um filósofo alemão que radicalizou as concepções de
Hume explicitando a crise da subjetividade no século XIX, ao utilizar-se do método da
genealogia, desconstruiu os fundamentos da filosofia ocidental desde Platão, questionando
as crenças e ideias socialmente estabelecidas, de modo a
reconhecer a historicidade das ideias e sua utilização.
- Figueiredo e Santi (2002) apontam que o surgimento do capitalismo, ocorreu somente com
o desaparecimento das relações servis, momento em que o mercado de trocas e o mercado
de trabalho se alteram compondo o sistema mercantil. Verificar Ferla e Andrade (2007) para
compreender a transição do feudalismo para o capitalismo.
- O surgimento do trabalhador livre, o indivíduo que tem a liberdade de vender a sua força
de trabalho, significa a perda da solidariedade do grupo (família, aldeia, clã), a perda da
proteção do senhor.
- O indivíduo no capitalismo torna-se livre, mas esta liberdade vem acompanhada do
desamparo, no entanto para que se operem essas transformações as ideias na sociedade
também precisam transformar-se.
REGIME DISCIPLINAR
- Figueiredo e Santi (2002) pontuam que a “liberdade individual” trouxe a sensação de
desamparo, solidão e uma carga de responsabilidade que permitiram novas formas de
sofrimento.
- É nesse contexto que surge um sistema de docilização/ domesticação do indivíduo para
amenizar os “inconvenientes” da liberdade, sistema esse conhecido como Regime
Disciplinar ou Disciplinas, pautado por técnicas científicas e atuante nas agências sociais
(escola, prisões, Estado etc.):
“ Embora essas disciplinas reduzam em muito efetivamente o campo do exercício das
subjetividades privatizadas, impondo padrões e controles muito fortes às condutas, à
imaginação, aos sentimentos, aos desejos e às emoções individuais, faz parte de seu modo
de funcionamento dissimular-se, esconder-se, deixando-nos crer que somos cada vez mais
livres, profundo e singulares. É claro, porém, que vai se instalando um certo mal-estar e vão
se criando condições para a suspeita dos homens em relação a si mesmos. ”
(FIGUEIREDO; SANTI, 2002, p. 46-47)
O DESENVOLVIMENTO DA CIÊNCIA
- Figueiredo e Santi (2002) sinalizam que para a existência de um conhecimento científico é
necessário o reconhecimento de que o homem tem o direito de manipular a natureza,
portanto, escapando das restrições impostas pelas doutrinas religiosas.
- O rigor científico exige que para obter o conhecimento verdadeiro, deve-se abandonar
preconceitos, desejos e sentimentos, de modo a utilizar procedimentos passíveis de
“objetividade”.
- Portanto, desenvolve-se uma metodologia científica que elimine quaisquer resquícios de
“subjetivismos” para se obter por meio de procedimento científicos um conhecimento
verdadeiro.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
- Figueiredo e Santi (2002) concluem que a psicologia científica surge e se desenvolve
marcada pela contradição:
a) pressuposto de indivíduos livres e diferentes entre si tem o direito de transformar a
natureza;
b) mas tem de dominar a própria subjetividade, eliminando a diferença entre si, a fim de
garantir um método que expresse a objetividade do conhecimento.
- É neste quadro geral que podemos refletir sobre a Psicologia como uma ciência
independente, cuja busca pelo conhecimento verdadeiro está atrelada às condições
socioculturais de sua época e que desde sua fundação não garantiu o consenso de uma
psicologia, mas de projetos de psicologia científica.
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AULA 4 – PERÍODO PRÉ-INSTITUCIONAL
Bibliografia básica:
MASSIMI, M. História da psicologia brasileira: da época colonial até 1934. São Paulo: EPU,
1990. 82p.
OBJETIVOS
Objetivo geral: Compreender os conhecimentos psicológicos produzidos na cultura
brasileira que precederam a institucionalização da Psicologia, situando historicamente as
contribuições do período colonial.
Objetivos específicos:
- Discutir o interesse voltado à cultura dos povos originários do Brasil que estimularam a
produção de reflexões sobre a subjetividade e comparações com o comportamento dos
europeus.
- Refletir sobre a atuação da Igreja Católica no Brasil, sobretudo dos jesuítas no âmbito da
Educação, mas também na compreensão dos comportamentos sociais que expressaram
ideias psicológicas como forma de conhecimento da subjetividade dentro da racionalidade
cristã.
- Analisar a constituição da necessidade de um saber psicológico no contexto colonial que
progressivamente ligou-se à psicologia moderna em seus moldes de cientificidade a partir
da contribuição da medicina.
INTRODUÇÃO
- Marina Massimi (1990) defende a tese que para se conhecer a Psicologia do Brasil,
deve-se remeter ao período colonial, onde ideias psicológicas se desenvolveram antes da
psicologia moderna.
- Entende-se que a carência de estudos nesse campo se deu por um duplo preconceito:
a) desconsideração dos brasileiros de sua própria história;
b) desconsideração de conhecimentos que não se adequavam à tradição de cientificidade
que marcou a autonomia da Psicologia como ciência.
- Neste sentido, a autora optou por investigar as ideias construídas pelos viajantes e
missionários que produziram conhecimento no período colonial na tentativa de compreender
a cultura indígena, focalizou nas ideias desenvolvidas pelos clérigos, em especial, os
jesuítas e, por fim, a estruturação dos conhecimentos psicológicos em moldes científicos
com a influência das tendências iluministas.
PERÍODO COLONIAL
- Laima Mesgravis (2019) reconhece que o período atribuído à colonização brasileira,
denominado Brasil Colônia, circunscreve-se de 1500 à 1822.
- A chegada dos portugueses ao território que posteriormente foi batizado de Brasil, foi um
dos diversos episódios de choque cultural entre europeus e os povos originários que viviam
no “novo continente”, marcando um dos momentos mais emblemáticos das Grandes
Navegações como marco da Idade Moderna.
- Os europeus como homens brancos e cristãos manifestaram estranhamento frente aos
indígenas, chegando até mesmo a debater sobre a sua humanidade no sentido de justificar
a sua escravização, o que gerou um debate entre os clérigos entre os que defendiam que
indígenas não tinham alma e outros que defendiam a sua humanidade, debate encerrado
com o “reconhecimento” da bula papal de Paulo III em 1537.
A DOMINAÇÃO COLONIAL
- A autora descreve que apesar desse estranhamento inicial os portugueses mantiveram
uma convivência pacífica com os indígenas, por meio de presentes que em troca permitiam
que obtivessem madeira (em especial pau brasil) dentre outros produtos extraídos da
floresta valorizados no continente europeu.
- No entanto, esta relação harmoniosa se findou quando os portugueses interromperam o
fornecimento de ferro (potencial bélico) e os indígenas se desinteressaram pelos presentes
(não mais novidades):
A CONSTITUIÇÃO DA COLÔNIA
- Mesgravis (2019) descreve que a preocupação da Coroa portuguesa com possíveis
invasões de outros europeus, criou condições por meio do Tratado de Tordesilhas (1534)
para dividir parte do continente americano e dentro deste lote estabelecer as capitanias
hereditárias atribuídas a iniciativa privada de donatários que em acordo com a Coroa
administrariam aquelas terras, redundando em fracasso.
- Foi fundada a primeira cidade brasileira, estabelecendo na Colônia uma sede no território
da Bahia em 1549, administrada pelo governador geral Tomé de Souza (1503-1579).
- O Brasil Colônia em suas primeiras décadas de colonização não rendeu os lucros
esperados para a Metrópole, a iniciativa privada com os donatários fracassou exigindo uma
reorganização econômica.
CONHECIMENTOS PSICOLÓGICOS
- Massimi (1990) reconhece que antes da institucionalização da Psicologia e mesmo antes
da constituição da psicologia moderna, já havia no Brasil a circulação de conhecimentos
psicológicos.
- Esse conhecimento aparecia em escritos e tratados de autores brasileiros de diversos
campos do conhecimento como: medicina, moral, teologia, pedagogia, política, arquitetura.
- Os autores dessas obras tiveram influência significativa na cultura brasileira, o que
favoreceu a divulgação de suas ideias. A maioria desses intelectuais completaram os seus
estudos superiores na Europa, tendo em vista a ausência de universidades no Brasil, onde
eram influenciados por diferentes matrizes filosóficas escolástica, empirista e iluminista.
CONHECIMENTOS PSICOLÓGICOS:
“Manoel da Nóbrega forjou um plano de ensino adaptado ao nosso país, segundo o que ele
entendia que era a sua missão. O plano de estudos de Nóbrega continha o ensino do
português, a doutrina cristã e a ‘escola de ler e escrever’ – isso como patamar básico. Após
essa fase, o aluno ingressava no estudo da música instrumental e do canto orfeônico.
Terminada tal fase, o aluno poderia ou finalizar os estudos com o aprendizado profissional
ligado à agricultura ou seguir mais adiante com aulas de gramática e, então, completar sua
formação na Europa.” (GUIRALDELLI JUNIOR, 2015, p. 28)
Gusmão assim entende a infância da seguinte forma: “ ‘Nós chamamos infante à creança,
em quanto de sy nam tem acçam racional e, para viver, necessita do alheio socorro.’ ”
(Gusmão apud MASSIMI, 1990, p. 14)
AUTOCONHECIMENTO E SUBJETIVIDADE
- Massimi (1990) reporta-se à Dom Mateus da Encarnação Pinna (1687-1764) para
compreender o autoconhecimento de si, ou seja, o conhecimento da própria subjetividade.
- Neste sentido, assume-se que o sujeito possa representar a sua vivência interior por meio
de seu discurso, em que constata-se uma relação entre fenômeno psíquico e as palavras,
derivando-se desta as fontes das emoções e das paixões.
- A autora identifica que a adoção do diálogo como recurso terapêutico reconhecido pela
psicologia moderna já se expressa na doutrina cristã em tratados morais, como demonstram
os escritos do Padre Angelo de Siqueira (1707-1776).
“A comunicação da experiência interior através da palavra constitui um modo de
objetivação. Com efeito, o conhecimento e a expressão da própria subjetividade implica
uma operação de auto-abstração que a pessoa realiza. Tal operação é definida por Pinna
como ‘sahir de si mesmo’ e consiste no distanciar se da forma imediata em que os
fenômenos internos se manifestam. Esse enfoque baseia-se no postulado, característico da
‘filosofia natural’ escolástica, de que somente uma determinada distância do objeto é
possível a visão clara e precisa dele. Nesse ponto, enfrenta-se um problema epistemológico
ainda hoje muito vivo em psicologia: o fato de o sujeito do conhecimento pôr-se também
como objeto. A atitude de auto-abstração, ou ‘sahir de si mesmo’, proposta pelos autores,
representa a solução para a questão, pois impede a identificação total do sujeito com sua
própria vivência e permite, dessa forma, o estabelecer-se de uma relação epistemológica
entre sujeito e objeto. Esta relação, por sua vez, é condição indispensável para que
qualquer forma de saber se estruture.” (MASSIMI, 1990, p. 19-20, grifos nossos)
OS REMÉDIOS DA TRISTEZA
- Massimi (1990) ao citar a descrição do fenômeno da melancolia em Vieira, não deixa de
notar que outros autores também lhe davam atenção, não somente em sua compreensão,
mas em tratamentos.
- O padre Angelo de Sequeira recomendava comer, beber e dormir para que o indivíduo se
recomponha, mas também indicava o lazer e o canto, promovendo a socialização e a
possibilidade de expressão do choro e da contemplação da verdade.
- Frei Mateus da Encarnação Pinna remete a melancolia à saudade ocasionada pela
ausência do objeto amado (pessoa, prática ou coisa), sugerindo como remédios localizados
na natureza para a cura dessa tristeza com ação voltada para: o plano intelectual e plano da
comunicação. No primeiro substitui-se o objeto penoso por outras representações e no
segundo estimula-se o choro e a palavra com fins catárticos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
- Massimi (1990) reitera que o conhecimento psicológico produzido no Brasil se deu de
forma fragmentada, constituindo reflexões de diversos campos de saber e assuntos, não se
configurando dentro de uma disciplina autônoma como a Psicologia veio a se tornar no
campo científico.
- Reconhece-se que o saber psicológico produzido no período colonial sinalizava para
problemas psicológicos que se tornariam centrais na psicologia moderna, tais como: a)
controle e terapia do comportamento;
b) influências de determinações ambientais na subjetividade;
c) controle de condições metodológicas para a produção de um saber psicológico; d) estudo
de papéis sociais.