Estratégias e

intervenções
terapêuticas
Enfermagem de Saúde mental e Psiquiátrica
Tânia Correia
 SUMÁRIO
• Atividades terapêuticas
• Definição
• Intervenções psicoterapêuticas
• Atividades terapêuticas suportadas por referencias teóricos
• Benefícios
• Indicações
• Intervenções em grupo

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 ACTIVIDADES TERAPÊUTICAS
Atividades desenvolvidas pelos enfermeiros, visando a mudança de estado
ATIVIDADES TERAPÊUTICAS

•
psíquico, intelectual e afetivo dos clientes através de mediação na relação.

▪ Atividades individuais ou grupais.

▪ Incluídas no projeto terapêutico individualizado.
▪ Previamente discutido na equipa multidisciplinar.
▪ Promoção de ambiente terapêutico.

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 1-Manutenção do máximo bem-estar

2-Promoção das funções biopsicossociais

ATIVIDADES TERAPÊUTICAS

3-Promoção da adaptação/integração social

IND ICAÇÕES
TERAPÊUTICAS 4-Implementação da recuperação/reabilitação

5-Avaliação das situações clínicas: défices,

incapacidades
6-Prevenção da degradação cognitivo-
comportamental
7-Prevenção da hospitalização prolongada, e do
fenómeno porta-giratória
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 SELEÇÃO DA ATIVIDADES TERAPÊUTICAS
ATIVIDADES TERAPÊUTICAS

Tendo em conta os dados colhidos:

As necessidades especificas dos utentes
As suas habilidades presentes
As condições de execução do terapeuta
A equipa e serviço em questão

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 ATIVIDADES TERAPÊUTICAS EM ESMP
S U P O R T A DA S P O R R E F E R E N C I A I S T E Ó R I C O S
ATIVIDADES TERAPÊUTICAS

Musicoterapia - é a utilização da música num Dançaterapia - Tem o objetivo de fazer o

contexto clínico, educacional e social para indivíduo adquirir o autoconhecimento e
ajudar utentes a tratar ou prevenir problemas desenvolver a sua criatividade, auxiliando ainda
de saúde mental, a promover qualidade de vida na sua integração social, física, mental e
e bem-estar (Bruscia, 2014) espiritual (Mary Starks Whitehouse, 1968)

Psicodrama - conjunto de técnicas, em que

através do jogo teatral improvisado, tem a
Arte-terapia; Psicoterapia; Dinâmica de
finalidade de exprimir e desenvolver as
Grupo; Terapia Cognitiva –
disposições mentais latentes dissimuladas ou
comportamental; etc…
repudiadas da vida mental, e principalmente da
vida psíquica (Pereira, 2011; Vicente, 2005)

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 • Treino de resolução de problemas
• Treino de Assertividade
ATIVIDADES TERAPÊUTICAS

• Treino Habilidades Sociais básicas

• Expressar sentimentos positivos

• Fazer pedidos
AT I V I DA D E S • Ouvir os outros
TERAPÊUTICAS • Expressar sentimentos negativos

• Estimulação Cognitiva: potencia a

atenção, memória, raciocínio,
compreensão e capacidade de
resolução de problemas.

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 AT I V I DA D E S T E R A P Ê U T I C A S
ATIVIDADES TERAPÊUTICAS

Terapia pelo Movimento: é um trabalho de conscientização e atenção corporal que

promovem a consciência do próprio corpo por exemplo (ex simulação de situações:
andar na areia quente, na lama, na água)

Relaxamento: Utiliza técnicas de relaxamento (físicas, mentais ou mistas) breves ou

prolongadas que contribuem para a consciencialização dos sinais físicos de stress e/ou
ansiedade, ajudando no autocontrole sobre reações a estímulos estressantes (técnica
de respiração abdominal, visualizações, relaxamento muscular…)

Terapia Recreativa: Utiliza atividades recreativas (desportos, jogos, passatempos)

visando as interações e as dinâmicas comportamentais (ex. Torneios de jogos, com
análise das interações e reações)

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ATIVIDADES TERAPÊUTICAS
Biblioterapia: Usa textos ou outros materiais de leitura, cuidadosamente
escolhidos, com objetivos terapêuticos como promoção do insight e ajuda na
criação de novos significados (sintomatologia ansiosa, resolução de
problemas…).Terapia mediada pela leitura.

Terapia de Orientação para a Realidade: permite apresentar os aspetos da

realidade do cliente de forma organizada, criando estímulos ambientais que
facilitem a orientação (ex: exercícios de deambulação guiada para localização
de pontos importantes no ambiente.)

Terapia pela Reminiscência: evocação e análise de experiências ocorridas no

passado. (ex. mostrar recortes de revistas ou jornais antigos e pedir que se
lembrem dos acontecimentos que tiveram lugar na sua vida, nesse momento.)

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 Critérios para “Intervenção Psicoterapêutica
em Enfermagem”
a) Intervenção estruturada, sistematizada, progressiva e sequencial

b) Intervenção realizada por um enfermeiro especialista em Enfermagem de Saúde

Mental e Psiquiátrica ou por um enfermeiro de cuidados gerais com formação
específica e competências certificadas pela Ordem dos Enfermeiros I N T E RV E N Ç Ã O
ATIVIDADES TERAPÊUTICAS

P S I C O T E R A P Ê U T I CA
c) Intervenção baseada em um ou mais referenciais teóricos E M E N F E R M AG E M
d) Intervenção resultante da identificação de um diagnóstico de Enfermagem no
âmbito da Saúde Mental

e) Intervenção cujo doente tem um papel ativo e alguma consciência de si

f) Intervenção com um três e doze sessões

g) Intervenção que tenha na sua base a relação terapêutica e a comunicação

interpessoal entre o enfermeiro e o cliente

h) Intervenção cujo objetivo é a mudança ou redução de um estado percebido como

negativo pelo cliente, através da definição prévia de metas mútuas entre o • (Sampaio, 2017)
enfermeiro e o cliente
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 Estrutura dos grupos 7 a 10 membros

20 a 40 minutos podendo
ATIVIDADES TERAPÊUTICAS

Duração das Sessões

ir até aos 60 minutos

INTERVENÇÃO
EM GRUPO Breve Aquecimento

Trabalho Propriamente
Estrutura das Sessões
Dito

Breve Encerramento
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 PLANEAMENTO DAS ATIVIDADES
TERAPÊUTICAS
Tema ou Título
ATIVIDADES TERAPÊUTICAS

• Data, Hora, Local, e Duração prevista

• População alvo
• Objetivo Geral ou Finalidade
• Objetivos Específicos ou Resultados Esperados
• Estratégias e Metodologia
• Recursos necessários
• Metodologia de Avaliação (indicação dos critérios ou indicadores mensuráveis)
• Feedback dos resultados

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 C O N D I Ç Õ E S F Í S I CA S Q U E I N F LU E N C I A M A
D I N Â M I CA D O S G RU P O S
ATIVIDADES TERAPÊUTICAS

POSICIONAMENTO EM SALA TAMANHO O GRUPO É ABERTO OU

POR EXEMPLO UM CÍRCULO DE QUANTO MAIOR O GRUPO FECHADO
CADEIRAS É MELHOR DO QUE MENOS TEMPO FICA DISPONÍVEL INFLUÊNCIA A DINÂMICA DO
CADEIRAS DISPOSTAS A VOLTA DE PERA CADA MEMBRO PROCESSO DO GRUPO
UMA MESA

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 D IAGNÓS TICOS D E ENFERM AGEM -
Interação social
comprometida/diminuída
Auto-controlo de
ansiedade comprometido
• Conhecimento sobre Auto-
controlo de ansiedade não
demontrado
EXEM PLOS
Conhecimento sobre
Comunicação Auto-estima gestão do regime
comprometida comprometida/diminuída terapêutico não
demonstrado
Auto-controlo de Comportamento aditivo
impulsos comprometido Cognição comprometida ou risco de
• Conhecimento sobre Auto- ou risco de cognição comportamento aditivo
controlo de impulsos não
demontrado
comprometida • Conhecimento sobre
comportamento aditivo não
demonstrado
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 FUÇÕES DE UM GRUPO

Realização de
Socialização Apoio
tarefas

Camaradagem Informativo Normativa

Empowermant Governance

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 Tema: Comunicação assertiva

Data: 2022/05/04
ATIVIDADES TERAPÊUTICAS

Local: Auditório
PLANEAM ENTO
- EXEM PLO - Hora: 14h00m

Duração: 45 minutos

Número Participantes: 5 a 10 participantes

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 Momento Descrição Tempo
Apresentação O Enfermeiro solicita aos participantes que se levantem e se coloquem por ordem 5m
alfabética da letra do 1º nome e aí apresentam-se, depois por ordem de idades, por
Dinâmica quebra gelo altura do mais baixo ao mais alto e por ordem de naturalidade (norte para o sul).
Exposição e discussão - Comunicação o que é? 10m
de ideias -Várias formas de comunicar
- Comunicar é partilhar
- Regras para uma Boa Comunicação (Esperar pela sua vez para falar, Manter o contato
visual, Não ignorar a mensagem recebida, Respeitar o outro, Falar num tom calmo,
- Barreiras à comunicação (Ruídos, Informação Contraditória, Juízos de valor)
- Passos que conduzem ao diálogo assertivo:
- Expressar sentimentos, verbalizar objetivamente a situação, solicitar o que queremos
que aconteça e dizer como nos sentiríamos após a mudança.
Role-play/Exercício - São expostas situações cotidianas na vida pessoal e profissional que geralmente geram 15m
Comunicação conflitos
- É realizado um Role-play inicial sem preparação
- Após discussão em grupo são propostos diálogos assertivos.
- Reforço da importância de saber identificar e expressar emoções de forma clara.

Feedback - As pessoas são seres emocionais 5m

- É importante identificar as nossas emoções bem como comunica-las claramente.

Avaliação - Avaliação qualitativa verbal 10m

- Obtenção de comentários finais por parte dos participantes Tânia Correia
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 Critérios de escolha dos participantes:

• Utentes que apresentem interação adequada

• Utentes com dificuldades na interação social
(embotamento/inibição/desinibição)
ATIVIDADES TERAPÊUTICAS

Objetivos gerais:
PLANEAM ENTO • Consciencializar (Clarificar, informar, mentalizar, despertar)
- EXEM PLO - os utentes para a importância das emoções e da
comunicação assertiva nas relações interpessoais

Objetivos Específicos:

• Facilitar a comunicação
• Incentivar a interação adequada
• Promover o respeito pelos outros
• Promover o reconhecimento emocional
• Incentivar a comunicação clara das suas emoções

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 Material/recursos:

• Quadro branco
ATIVIDADES TERAPÊUTICAS

• Sala ampla com 12 cadeiras

• Dois enfermeiros (1 para liderar e
PLANEAM ENTO outro para Observar/Avaliar)
- EXEM PLO -
Métodos

• Expositivo
• Exploratório
• Interativo
• Role-play

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 AVALIAÇÃO
• A avaliação do desempenho de cada participante
ATIVIDADES TERAPÊUTICAS

deve ser feita com base nos objetivos grupais e

individuais estabelecidos para cada atividade
• Os indicadores de avaliação são estabelecidos no
momento do planeamento da atividade de acordo
com os objetivos específicos estabelecidos
• Podem ser utilizadas questões abertas ou
grelhas/listas de indicadores/critérios de avaliação
ponderados com uma escala tipo Likert

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 BIBLIOGRAFIA
• Saraiva, C., Cerejeira, J. (2014). Psiquiatria Fundamental. Lidel.
ISBN 9789897520716
• Sequeira, C., Sampaio, F. (2020) Enfermagem em Saúde Mental: Diagnósticos e
Intervenções. Lidel. ISBN 978-989-752-413-4
• Santos, J., Cutcliffe, J. European Psychiatric/ Mental Health Nursing in the 21st
Century A Person-Centred Evidence-Based Approach. Springer. ISSN 2366-8768
• LEMES, Carina Belomé e ONDERE NETO, Jorge. Aplicações da psicoeducação
no contexto da saúde. Temas psicol. [online]. 2017, vol.25, n.1, pp. 17-28. ISSN
1413-389X. http://dx.doi.org/10.9788/TP2017.1-02.
• Seifert, L. (2009) Treino em Assertividade. Monitor. ISBN:978-972-9413-78-0

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