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Resumo
A acupuntura tem sido utilizada para tratamento de uma grande variedade de problemas da
infância, tais como dor, enurese noturna, náusea ou vômito pós-operatório, otites, asma,
desordens neurológicas, etc. Essas patologias podem ser classificadas como agudas ou
crônicas e são tratadas de acordo com a sua classificação. O uso da acupuntura tem se
mostrado bastante eficaz no tratamento das formas agudas, mas o seu uso para evitar a
cronicidade das doenças é de grande relevância. O estilo de acupuntura pediátrica japonesa
Shonishin tem sido indicada por ser na maioria das vezes uma técnica suave e não invasiva.
Apesar de poucos artigos serem publicados nessa área, é evidente que a acupuntura
representa uma alternativa promissora para a grande variedade de condições de saúde na
pediatria. Faz-se necessário estudos mais aprofundados sobre a acupuntura em crianças
para estabelecer a eficácia, segurança e aceitabilidade deste tipo de terapia.
Palavras-chave: Pediatria; Acupuntura; Saúde; Shonishin
1. Introdução
O principal foco da Medicina Tradicional Japonesa e Chinesa é a prevenção da doença, muito
mais do que a cura de doenças avançadas. Antigo texto chinês escrito há mais de 2000 anos,
Nei Ching, que se tornou a bíblia da medicina tradicional do leste asiático, tem como tópico
principal do primeiro capítulo a prevenção da doença; nos outros capítulos são discutidas
curas específicas para doenças, que são dadas como informações suplementares quando as
medidas preventivas não foram tomadas.
No Japão, as terapias manuais ( massagem, moxabustão, acupuntura) fazem parte da vida
diária da população há séculos. Na verdade , esse tipo de terapia entre membros familiares e
amigos é uma forma de manter a coesão do grupo, depende do senso de comunidade. Nas
famílias japonesas a massagem é uma parte tradicional da educação que os pais ensinam aos
filhos; essa assistência que os membros da família dão uns aos outros através da massagem é
de valor incalculável na manutenção da saúde e nos laços afetivos. Nos países do ocidente,
muitas pessoas ficam incomodadas em tocar outras ou serem tocadas, mesmo por membros
familiares ou amigos (MOCHIZUKI, 1999).
As terapias utilizadas na medicina tradicional procuram alcançar o equilíbrio, trabalhando
com os meridianos e pontos que nem sempre estão nos meridianos, melhorando não só o
equilíbrio da energia ki como também o equilíbrio psicológico através da harmonização e
equilíbrio das condições dos órgãos internos.
Esta revisão bibliográfica tem como objetivo pesquisar sobre o uso da acupuntura japonesa
no tratamento e prevenção de doenças na criança.
2. A acupuntura
A arte chinesa da acupuntura pode ser datada há pelo menos dois mil anos, algumas
autoridades afirmam que a acupuntura tem sido praticada na China há pelo menos quatro mil
anos. Segundo Van Nghi ( 1984), resulta de estudos e observação da natureza pelo homem.
1
Pós-graduanda em acupuntura
² fisioterapeuta, especialista em metodologia do ensino superior, mestre em aspectos bioético e jurídicos em
saúde
2
As características dos cinco elementos na MTC são utilizadas para analisar e pesquisar os
órgãos, as vísceras , os meridianos e os colaterais do organismo. As interconexões funcionais
dos órgãos, das vísceras e dos meridianos são analisadas e pesquisadas através das relações de
promoção e dominação existentes entre os cinco elementos. As relações do tipo ação
excessiva e contrarreação servem para explicar os estados patológicos e as suas influências.
Assim essa teoria também é uma orientação para a prática clínica para estabelecer princípios
terapêuticos, baseando o diagnóstico na análise dos sinais e sintomas do paciente.
A MTC é uma ciência que abrange a fisiologia, a patologia, o diagnóstico, a profilaxia e o
tratamento de doenças. Seu principal objetivo é a manutenção da saúde e o tratamento das
doenças, enfocando a prevenção. Corresponde primeiramente a prevenir o adoecer para
depois se prevenir a evolução da doença.
Se a energia primordial zhengqi é forte, a energia patogênica não consegue agredir. Para
fortalecer a constituição física é necessário adotar medidas terapêuticas e preventivas como
cuidar do espírito, fazer exercícios físicos, comer de maneira correta, evitar excessos de
trabalho ou de descanso.
Se a doença se instalou, o princípio terapêutico consiste em reforçar a resistência do corpo
para eliminar o fator patogênico.
3. A acupuntura japonesa
A acupuntura chegou ao Japão no início do século V, junto com a cultura e a tecnologia
importada da China. Inicialmente, grande parte do conhecimento médico veio através da
Coréia, quando imigrantes coreanos fixaram-se no Japão no período formativo do estado
japonês. Alguns imigrantes tinham conhecimento especializado em acupuntura e medicina
herbária. No século VI, o Japão convidou estudiosos de várias áreas, incluindo medicina para
visitar o país. Estudiosos coreanos vieram educar o povo japonês, sendo que alguns
estabeleceram-se permanentemente, dando início a uma renomada linhagem de médicos.
No século VII, o governo japonês fez contato direto com a China e foram enviados estudiosos
e sacerdotes para aprender a cultura chinesa. Durante esse período, muitos textos médicos
foram copiados e trazidos para o Japão, sendo aplicados o mais rápido possível. A prática de
enviar emissários para a China parou na metade do século IX, e a medicina oriental no Japão
iniciou daí um curso independente de desenvolvimento (YOSHIKAWA, 1995).
Segundo Kobayashi et al, 2010, a MTC incluía as cinco técnicas: medicina herbal,
acupuntura, moxabustão, tao-yin, e massagem, e através dos anos, as características naturais
do Japão transformaram essas medicinas em modalidades que eram unicamente japonesas.
No ano 701, foi promulgado o primeiro sistema legal escrito no Japão, o código Taihô.
Estabeleceu-se um departamento oficial de acupuntura e moxabustão, designando também os
três graus de professor, terapeuta e estudante de acupuntura.
No período a seguir, era Nara, todos os aspectos da medicina oriental foram promovidos e
praticados. Nos períodos anteriores, os monges budistas estavam envolvidos no estudo e
prática da acupuntura e medicina herbária. Na era de Nara, o sistema de ensino médico e
especialização levou à redução do número de monges terapeutas. O primeiro texto médico foi
compilado em 984 pelo médico Tamba Yassunari.
A partir do século XII, o controle da família imperial caiu e novamente foram estabelecidas
relações comerciais com a China, e após três séculos de isolamento relativo, novas ideias
médicas chegaram ao Japão. Os monges budistas voltaram a exercer importante papel como
terapeutas e levavam cuidados médicos à população em geral. Durante esse período a prática
da moxabustão tornou-se popular , pois alguns tratamentos eram realizados nos templos
budistas, como parte da prática religiosa (YASUI, 2010).
No final do século XVI, o caos político e social instalou-se no Japão, e estudiosos
importavam textos da China e compilaram muitos textos japoneses sobre acupuntura. Após a
reunificação do Japão e a restauração da ordem social, acupunturistas proeminentes
estabeleceram escolas de acupuntura.
Entre os séculos XVI e XVII, surgiram três abordagens da medicina no Japão, representadas
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pela escola Gosei, Koho e Rampo. Cada escola de pensamento combateu e influenciou outras
até o final do século XIX.
A escola Gosei, fundada por Manase Dosan, tinha forte influência da medicina chinesa.
Segundo Vigouroux (2008), até esse período, a tradição de ensino era feita através do
ensinamento do discípulo pelo seu mestre, ou pai ensinando a prática para o filho mais velho.
Entretanto, após Dosan estabelecer sua escola médica, as facilidades de treinar grupos de
estudantes começou a aparecer. A escola Koho inspirou-se na revivificação dos conceitos da
Discussão de Desordens Induzidas por Frio, rejeitando as ideias mas novas da medicina
chinesa. A escola Rampo surgiu entre médicos com influência da medicina ocidental, que
chegou ao Japão através dos holandeses durante os trezentos anos de isolamento no período
Edo (1602-1868).
De acordo com Kobayashi et al.(2010), várias epidemias lavravam o país e o povo confiava
na acupuntura e moxabustão como formas de tratamento. Enquanto a moxabustão era
praticada largamente pela população em geral, a acupuntura restringia-se a especialistas
treinados. Durante essa era, o governo encorajou a prática da moxabustão como forma de
aprimoramento da saúde. A moxa se tornou tão popular que era utilizada independentemente
de fatores como idade, sexo, etc. Os tratamentos feitos por monges budistas também se
tornaram populares e até hoje muitos templos budistas em vários lugares diferentes do Japão
usam a moxabustão. Durante esse período, o povo costumava viajar para visitar templos e
receber as curas quentes da primavera. Moxa e bastões de incenso (mogussa) eram itens
indispensáveis dos viajantes. Um dos costumes comuns era aplicar moxa nas crianças para
prevenir o aparecimento de doenças e promover um crescimento saudável.
Sugiyama Waichi, acupunturista cego, desenvolveu a técnica de inserção de agulhas de
acupuntura com uso de um tubo-guia. Sua escola tornou-se uma das mais influentes do Japão
Oriental e substituiu as outras porque conseguiu o patrocínio do governo nas escolas para
cegos. Ele popularizou a acupuntura e a moxabustão, edificando as estruturas ensinadas por
Manase. Sem modificar os conceitos básicos da medicina oriental, ele introduziu novos
métodos e aperfeiçoou as técnicas existentes.
Também durante o século XVII, foram introduzidas as agulhas para acupuntura de prata e
ouro pela primeira vez no Japão. Isai Misono desenvolveu o método de inserção do “martelo”.
Segundo Kobayashi et al.(2010), vários métodos de tratamento e técnicas, que são praticadas
até hoje, apareceram após a era Taisho. Um desses tratamentos é um método usado para
crianças em que estímulos são feitos com atrito e pancadinhas na pele com uma agulha
especial.
No início do século XIX, a medicina holandesa tornou-se largamente aceita e muitos livros
holandeses já tinham sido traduzidos para o japonês. O número de japoneses, tanto
acupunturistas como médicos, tentando estudar medicina através desses livros aumentou e
espalhou-se a ideia de aceitação da medicina holandesa, enquanto diminuía as ideias de
medicina chinesa.
Phillipp Franz von Siebold visitou o Japão como médico coma Companhia Holandesa das
Índias Orientais em 1823. Ele já conhecia o tratamento por acupuntura no Japão e estava
impressionado por suas observações sobre o tratamento atual de acupuntura. Após retornar
para Holanda, ele introduziu a acupuntura japonesa, bem como a geografia, história, cultura e
tradição do Japão. Assim como a cultura japonesa atraiu o interesse de Siebold, a medicina
holandesa despertou o interesse de médicos japoneses após ter ensinado a medicina holandesa
nas escolas privadas e tratado pacientes. Através de seu trabalho, o número de pessoas
estudando medicina holandesa aumentou. Este intercâmbio de ideias teve uma grande
influência na prática da medicina japonesa emergente e sobre o sistema médico.
Em 1868 o sistema de governo baseado nos samurais da era Edo entrou em colapso, e o novo
governo da era Meiji estava ansioso em aceitar rapidamente a cultura ocidental e permitir que
o Japão ganhasse uma boa posição no mundo. Neste processo, negaram a cultura tradicional
japonesa, considerando-a fora de moda. O sistema médico não foi exceção a esse tipo de
pensamento, e o novo governo considerou a medicina tradicional japonesa, incluindo a
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responder aos envolvidos com acupuntura e moxabustão, concluiu que necessitava de uma
reforma legislativa que provesse base ao sistema acupunturista.
Após o final da II Guerra, o professor Ishikawa e outros acupunturistas famosos conseguiram
demonstrar aos membros do Ministério da Saúde e Bem Estar a segurança e a eficácia do
tratamento com acupuntura, demonstrando dados de anos de pesquisa em acupuntura e suas
bases científicas.
Durante esse período, o GHQ tentou proibir que os deficientes visuais praticassem acupuntura
e moxabustão no Japão, considerando-os supostamente incapazes e perigosos para praticar
procedimentos médicos, pois não conheciam nenhum outro país no mundo em que os
deficientes visuais tivessem essa função. Porém, essa categoria tinha um poder político
surpreendente, e a Ordem de Proibição da Acupuntura e Moxabustão encontrou uma forte
resistência.
O primeiro passo para a reforma legislativa foi a reeducação dos acupunturistas através de um
curso rápido com duração de quinze dias, onde instrutores foram treinados para a seguir
comandar os “cursos rápidos de reeducação” que seriam oferecidos nas cidades e províncias
do país.
O currículo desses cursos foi elaborado por membros da indústria da acupuntura e incluía
diversas fontes de conhecimento, não se limitando apenas a teoria da medicina clássica
asiática de acupuntura e moxabustão, e a teoria dos meridianos e acupontos. Também
referenciava tópicos relacionados à medicina ocidental, tais como anatomia, fisiologia,
medicina desportiva, e discussões relacionadas à regulamentação da Medicina Legal. Esse
currículo deu início aos fundamentos de educação moderna em acupuntura e moxabustão.
Dr. Shirota negou a autoridade absoluta da teoria médica tradicional, propôs que a medição
da resistência elétrica poderia ser usada para detectar os pontos de acupuntura que eram
responsivos em doenças específicas, e em seguida tratar a doença pela estimulação desses
pontos com acupuntura e moxabustão. Avanços em eletrofisiologia contribuíram para essa
teoria, mas a aplicação dos meridianos teve que esperar até a descoberta de Yoshio Nakatani
em 1950 que resultou no desenvolvimento da acupuntura estilo Ryodoraku. Paralelamente a
esses novos estudos, grupos de acupunturistas que estavam interessados na terapia pelos
meridianos, continuaram suas pesquisas, produzindo vários volumes de resultados para provar
a existência dos meridianos (YASUI, 2010).
4. Fisiologia energética
De acordo com Cline(2003), o desenvolvimento dos sistemas energéticos das crianças é
semelhante ao de seus sistemas estrutural e fisiológico. No momento do parto, todos esses
sistemas ainda são imaturos, mas funcionando de acordo com a necessidade para o
crescimento contínuo. Quanto mais nova a criança, mais imaturo o sistema energético e maior
sua diferença em relação ao de uma adulto. A fisiologia energética também varia
individualmente, devendo-se saber que a criança não é apenas uma versão menor de um
adulto.
Um bebê inicia a vida com uma constituição corporal frágil, com insuficiência de Qi e de
Sangue; com tendões, vasos sanguíneos e meridianos em formação; com o Shen instável, um
Qi defensivo fraco e Qi orgânico essencial imaturo. Devido à imaturidade do Yin e do Yang, a
base material e a função energética da criança não estão plenamente desenvolvidas, nem estão
plenamente capacitadas.
A teoria pediátrica clássica dos chineses descreve o curso normal de crescimento e
desenvolvimento como um processo de " mudança e evaporação ". Se tiver uma base
congênita apropriada e os cuidados pós-natais, os bebês crescem rapidamente. O primeiro ano
de vida é o período em que desenvolve-se mais rapidamente que nos estágios posteriores,
caracterizando a predominância do Yang Qi como tendência energética geral da criança.
A mudança e evaporação descrevem as condições de desequilíbrio entre Yin e Yang que se
manifestam como febre, pulsos irregulares e suor. Esses episódios são considerados normais e
resolvem-se em poucos dias sem necessidade de tratamento. Mudança refere-se à
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transformação dos cinco órgãos Yin e ocorre uma vez a cada 32 dias (dez vezes no espaço de
um ano). Evaporação refere-se à transformação das seis vísceras, induzidas pelo calor
acumulado, e ocorre uma vez a cada 64 dias ( nove vezes em 576 dias). Quando a criança não
recebe os devidos cuidados durante esses períodos de mudança e evaporação, ela pode tornar-
se mais suscetível a doenças (CLINE, 2003).
Os problemas comuns (vômito, diarreia e febre) e doenças normais da infância (como
sarampo e catapora) em geral surgem de forma muito rápida e dramática, são instáveis e
podem parecer piores que em adultos. Isso se deve ao fato de as reservas de Ki , Sangue e
líquidos das crianças serem limitadas.
A natureza mutável das crianças é facilmente observada pela palpação do pulso,
comportamento e reação a doenças, causada pelas deficiências e excessos inerentes aos órgãos.
Após o nascimento, os meridianos e órgãos internos ainda não estão completamente formados
ou em pleno funcionamento. O Baço, Pulmão e Rim são especialmente delicados, e a falta dos
devidos cuidados pode afetá-los facilmente.
As crianças consomem grande quantidade de Yin Ki para seu crescimento e desenvolvimento
constante, exigindo muito da função do Baço, por isso uma alimentação inadequada pode
causar doenças facilmente.
A função do Pulmão depende diretamente do bom funcionamento do Baço e do Estômago.
Como estes são deficientes na criança, o Pulmão também é fraco. O Pulmão controla o Ki do
corpo inteiro, responsável pela força e resistência às enfermidades. Apesar de estar
desenvolvido antes do nascimento, sua função ativa inicia-se apenas após o parto.
A função do Rim envolve o crescimento e desenvolvimento das crianças, a resistência às
doenças, desenvolvimento dos ossos, medula, cabelos, dentes e ouvidos. Devido a essa grande
demanda o Ki do Rim costuma ser insuficiente.
As crianças também manifestam excessos inerentes: Ki do Coração, Yang Ki e Yang Ki do
Fígado.
O excesso de Fogo do Coração pode ser um fator que contribui para a natureza geralmente
instável do Shen da criança. Para exemplificar, as mudanças rápidas de humor da criança,
atenção dispersa, facilidade de se assustar. O medo extremo perturba o Shen que já é instável.
O excesso de Yang Ki nas crianças indica a necessidade de transformação e mudança das
funções fisiológicas básicas de estruturas energéticas e físicas. Para que a estrutura Yin se
desenvolva, a função transformadora do Yang Ki tem de ser muito intensa.
O corpo da criança está num processo de crescimento constante, com grande necessidade dos
nutrientes do sangue. A função do Fígado de armazenamento e regulagem do sangue tem
grande importância sobre a disponibilidade de alimentos para o corpo. O Fígado ajuda no
processo digestivo do Estômago-Baço, desempenhando importante papel na assimilação dos
nutrientes dos alimentos.
O bom funcionamento do Fígado interfere diretamente no desenvolvimento da coordenação
motora e atividade corporal por ser o responsável pelo controle dos tendões. O Fígado
proporciona à criança a determinação e o impulso para se mover adiante, fornecendo o
combustível para o crescimento e desenvolvimento (CLINE, 2003).
5. Patologia energética
Segundo Cline(2003), quanto mais nova a criança, mais suscetível à doença, devido à
imaturidade relativa dos órgãos e suas funções. Os seus órgão internos são delicados, o Ki
defensivo é fraco, e há insuficiência de Ki, Sangue e meridianos, pele e músculos são fracos.
Como as crianças mostram uma base energética predominantemente Yang, as configurações
gerais podem mudar rapidamente e de forma imprevisível.
A alimentação inadequada, insuficiência de leite da mãe, assim como a exposição a agentes
patogênicos (calor, frio, vento, umidade) podem facilmente perturbar esse equilíbrio delicado
do Yin e do Yang.
A deficiência do Baço pode causar problemas se a alimentação for inadequada ( dietas muito
quentes ou frias, invasão de agentes patogênicos externos). O Yang puro não pode subir e o
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Yin turvo não consegue descer, levando a uma desarmonia do Estômago, que se manifesta
como cólicas, distensão abdominal, flatulência, vômitos, diarreia, desnutrição.
A insuficiência do Ki do Pulmão e a fraqueza do Ki defensivo facilitam a invasão de agentes
patogênicos externos e prejudicam a função de dispersão e descida do Pulmão, manifestando-
se como resfriado, tosse, asma ou pneumonia.
A deficiência do Rim natural agravada por cuidados pós-natais inadequados ou congênitos
pode levar a um desenvolvimento prejudicado. Se houver deficiência do Yin do Rim e do
Fígado, pode resultar em atrofia, retardo no crescimento ou flacidez. Se associar a essa
deficiência houver excesso do Yang do Fígado, pode gerar Vento Interno que associado ao
Fogo ou Calor, manifesta-se como convulsões, espasmos ou opistótonos.
O excesso inerente de Ki do Coração é facilmente identificado na natureza instável do Shen.
As patologias relativas a essa dinâmica podem incluir desequilíbrios emocionais, espirituais
ou físicos. O medo extremo pode impactar de tal maneira o Shen que o Coração é afetado
resultando no choro noturno.
O excesso inerente de Yang Ki é geral e não se reflete em nenhuma patologia específica, mas
ao seu surgimento repentino e dramático, a rápida transformação de síndromes de um aspecto
para seu oposto pela exaustão do Yang Ki e a falta de equilíbrio do correspondente do yin.
As patologias relativas ao excesso de Ki do Fígado também causam mudanças bruscas no
equilíbrio energético da criança. Explosões de raiva súbita e violentas, ataques e gritos
refletem problema do Ki do Fígado. A subida do Yang do Fígado pode se manifestar como dor
de cabeça, cólera ou raiva incontroláveis, perturbações do sono ou irritabilidade. Quando há
Vento Interno, manifestam-se tiques nervosos ou convulsões. Quando o Ki do Fígado invade o
Estômago ou o Baço, pode ocorrer problemas intestinais como prisão de ventre e /ou diarreia,
cansaço, gases ou vômito.
As relações básicas instáveis entre os órgãos e suas funções devidas à imaturidade de seu
desenvolvimento leva à transformação das síndromes, com mudanças do calor para o frio e do
excesso para a deficiência ou evoluir para uma combinação complicada das duas.
As mudanças climáticas sazonais têm grande impacto sobre as crianças até elas
amadurecerem o suficiente para fortalecer seu Ki defensivo.
A combinação de deficiências e excessos inerentes é a característica mais importante da
patologia pediátrica. Geralmente as crianças são cheias de vitalidade; quando desequilibradas
suas reações são sensíveis e imediatas. A predominância do Yang faz com que o
desenvolvimento e as mudanças das doenças sejam rápidas, mas também é responsável pelo
crescimento, desenvolvimento e grande capacidade que as crianças têm de se recuperar
rapidamente com os cuidados apropriados (CLINE, 2003).
Shonishin pediátrica é uma forma não insertiva de acupuntura que faz o uso de uma variedade
de instrumentos para estimular a pele.
Há relatos de que o tratamento mensal regular com o Shonishin pediátrico ajuda a promover a
saúde e o crescimento estável do corpo e mente de bebês e crianças. Esse estilo também pode
ser aplicado em adultos que fazem acupuntura pela primeira vez ou que são muito sensíveis à
estimulação.
Ainda segundo Inoue (2008), não se sabe com exatidão quando a acupuntura pediátrica
começou a ser praticada, mas há documentos datados em 1763 que demonstram a existência
de uma acupunturista pediátrico no vilarejo Nakamura , situado a nordeste de Osaka na era
Edo. Imagina-se que naquela época os praticantes de acupuntura tinham os mesmos
problemas, senão maiores, ao tentar inserir agulhas em crianças sensíveis, assustadas, tristes,
resistentes, cansadas. As agulhas daquela época eram mais calibrosas e de superfície mais
áspera do que as disponíveis atualmente, e não é difícil concluir que tratar crianças indóceis
era desagradável. Os motivos para desenvolver um novo método de abordagem em crianças
estão bem claros. As crianças eram tratadas mais confortavelmente, de forma calma e seus
pais ficavam menos estressados.
Segundo Cunha (2010), durante a era Edo, a população do Japão ultrapassava um milhão de
habitantes. Osaka e Kyoto tinham mais de 400.000 habitantes cada uma. Essas cidades
tornaram-se centros de produção de artesanato e comércio, enquanto Edo era o centro de
suprimento de comida e um consumidor de mercadorias urbanas muito importante. O estilo de
vida dos populares tornou-se estressante devido a crescente preocupação com o trabalho e a
economia, afetando também o comportamento dos bebês e crianças. Os bebês tornaram-se
nervosos e irritados: essa síndrome foi denominada de kanmushi sho.
De acordo com Birch (2011), o termo kanmushi sho refere-se à classe de problemas que se
manifesta durante a infância. o termo "mushi" refere-se a um tipo de verme ou inseto que
acreditava-se habitar o corpo. Haviam vários tipos diferentes de mushi no corpo que
influenciariam as funções físicas e mentais normais ou anormais. o termo "kan" vem da MTC,
do termo chinês "gan" . Refere-se à doença da infância caracterizada pela "emaciação, cabelo
ressecado, febre, distensão abdominal com veias superficiais aparentes, face amareladas,
magreza e perda da vitalidade e essência do espírito"(Wisemen e Feng 1998, p 236-237).
O termo " kan no mushi " representa a fusão desses dois diferentes conceitos de doença. O
termo "sho" significa padrão.
Segundo Shimizu (1975) o conceito de Gan (Kan) descreve como Kan está associado ao mau
humor, problemas para dormir, choro noturno, apetite ruim, diarreia, tosse, e a associação com
os cinco órgãos: "Coração kan" - surpresa kan; " Fígado kan" - vento kan; " Pulmão kan" - ki
kan ; "Baço kan" - alimento kan; " Rim kan" - acelerado kan.
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Shimizu descreve que no Japão o termo "kan" representa , de modo geral, as doenças da
infância, e o termo "kannomushi" refere-se aos problemas médicos mais facilmente resolvidos,
como parte normal nos estágios no desenvolvimento da criança. Por isso, Shonishin tem sido
usada como uma ferramenta para auxiliar no desenvolvimento normal da criança utilizada por
pais que seguem essa linha de pensamento (SHIMIZU 19750).
Durante a pré-guerra, Sorei Yanagiya escreveu um livro para apresentar o estilo Shonishin da
família Fujii aos praticantes em Tóquio. Após a guerra, Yoneyama e Hidetaro Mori
escreveram em conjunto um livro denominado Técnicas Shonishin. Viajaram pelo Japão
dando palestras para promover o Shonishin pediátrico. Os esforços de Mori estenderam-se
viajando até a Califórnia nos EUA , Brasil, e Argentina em 1990. Nos dias de hoje, Kentoku
Tanioka promove ativamente esta técnica pelo Estados Unidos e países da Europa.
como a toupeira podem ser utilizadas para fazer as ferramentas. Hoje em dia são utilizadas
agulhas plásticas descartáveis
Segundo Inoue (2008), as ferramentas são dividas em quatro categorias:
1) Hagurama Shin, Agulha Roller, Yoneyama Icho Bari. São usadas para esfregar gentilmente
sobre a pele fazendo movimentos para cima e para baixo nos ombros, costas, abdome, braços
e pernas. A agulha pediátrica Taishi Tanioka de borda tripla sem corte (sanryoshin) é utilizada
para essa técnica.
2) As ferramentas dessa categoria incluem as do tipo Bane (primavera), tipo Furiko (pêndulo),
Shumo Shin ( pincel) e Go Shin ( agulha filiforme). Elas são usadas para toque ritmados na
superfície da pele na cabeça, braços e pernas, ombros e costas, peito e abdome.
3) Essa categoria inclui Choto Shin ( espada longa), Sanryo Shin, Usagi (coelho) Bari, e Kaki
(diapasão) Bari. A Sanryio Bari é utilizada para picar os pontos dos meridianos e as outras são
usadas para raspar a pele. As áreas de aplicação são as partes distais dos braços e pernas.
4) Tei Shin. O tipo arredondado de Tei Shin é usado para pressionar os pontos de acupuntura
por vários segundos a vários minutos. Quando o tratamento necessita de técnicas invasivas,
utiliza-se Go Shin, que é uma agulha fina com diâmetro de 0,16 mm ou menos,, apenas a uma
profundidade de 1mm na superfície da pele para suplementar os outros três procedimentos.
6.1.2 Indicações
Shonishin trata crianças a partir de 20 dias de idade. Muitas crianças que recebem Shonishin
tem entre 5 a 6 meses até 5 anos de idade. É particularmente efetiva para sintomas mentais
que aparecem em crianças de 5 meses até 2 anos de idade.
É indicado nas doenças crônicas e como prevenção , desde que não sejam casos graves.
Os sintomas que tem indicação para tratamento com Shonishin são:
1) Sintomas tipo neuróticos em crianças tais como insônia, choro noturno, crises de mau
humor, voz esganiçada, terror noturno, mordidas.
2) Sintomas respiratórios como resfriados, tonsilites, asma, bronquites, rinites.
3) Sintomas digestivos como falta de apetite, indigestão,vômitos, diarreia, constipação,
intoxicação alimentar.
4) Sintomas alérgicos como dermatite atópica, eczema, urticária, asma.
5) Outros sintomas como constituição debilitada, enurese noturna, torcicolo, convulsão,
paralisia leve, dores em geral, otites.
6.1.3 Técnicas
A terapia utiliza a estimulação de regiões do corpo ao invés de pontos de acupuntura. Pode-se
justificar esta técnica através de alguns trechos do Huang Di Nei Jing ( Ling Shu cap 10) onde
cita que o Ki só começa a mover-se ou circular nos Jing mai (meridianos) após o nascimento,
somente depois da primeira inspiração e expiração. Assim, supõe-se que em um recém-
nascido os meridianos estão em estado imaturo (BIRCH 2011).
Segundo Inoue (2008), Shonishin é realizado através de raspagem ou picoteios dependendo
da necessidade, em quase todas as partes do corpo, nos braços, pernas ou tórax, abdome,
região do pescoço, ombros , região lombar e cabeça. Ao tratar crianças, o acupunturista deve
levar em conta sua idade, constituição e propriedades da pele (maciez) ajustando a quantidade
de estímulo baseado em sua expressão facial ou níveis de vermelhidão da pele. Ao executar
Shonishin, é melhor mover ou manipular os instrumentos ao longo do trajeto do meridiano.
Os pontos chirike, hyakue e jinkan são melhor estimulados com o Tei Shin, alguns
acupunturista pediátricos podem focalizar a estimulação em áreas ao redor dos meridianos
dependendo dos sintomas.
Shimizu et al fez uma pesquisa entre os membros da Associação de Acupuntura e
Moxabustão de Osaka para saber o tempo de tratamento e a frequência utilizada por eles e
obteve a média de 3 a 10 minutos e a frequência de 3 dias consecutivos por mês. Como
medida de quantidade de estímulo a ser aplicado, utilizaram como parâmetros a vermelhidão
da pele, sudorese e relaxamento da tensão superficial da pele.
Segundo Birch (2011), no período moderno a prática de Shonishin utiliza muitas
ferramentas. São classificadas segundo as diferentes técnicas de estimulação (tocando,
raspando, esfregando, pressionando ou escarificando) e também baseadas nas experiências
pessoais e preferências do acupunturista. A maioria dos instrumentos é feita de metal, mas há
precedentes de uso de outros instrumentos como garras de toupeira ( Yoneyama e Mori 1964)
e plásticos descartáveis pré-esterilizados criados por Seirin. Alguns praticantes construiram
ferramentas específicas como a " daishi hari" de Masanori Tanioka de Osaka (Tanioka 2001).
A abordagem básica para tratamento em crianças usa instrumentos variados que podem ser
pressionados, raspados ou esfregados nas superfície do corpo. Os métodos podem ser
resumidos em:
Tocando: picoteios rápidos em uma área ou pontos específicos, normalmente num ritmo de
100-200 vezes por minuto.
Raspar/esfregar: raspagem rápida sobre uma área ou ao longo de uma face, normalmente num
ritmo de 70 a 100 vezes por minuto. O termo raspar refere-se ao movimento de raspagem da
superfície da pele em uma só direção. Esfregar é usado quando o movimento é de vai-e-vem.
Pressionando: pressão leve e contínua em um ponto ou pequena área.
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6.1.4.3. Fricção
Fricciona-se a pele sobre a região do meridiano até alcançar a cor vermelha. Usado como
tratamento preventivo. Friccionando-se diariamente as costas do bebê em épocas de gripe,
evita-se que a criança contraia a doença.
6.1.4.4. Corte
Faz-se um leve corte para extrair sangue. Apenas em emergências em áreas reduzidas. Para
aliviar a neurose infantil, sangrar o ponto IG2.
Segundo Cunha (2012) , antes de iniciar a sessão de tratamento com Shonishin nas crianças,
deve-se fazer a retirada dos Kannomushis. Há técnicas variadas e uma delas é feita aplicando-
se uma tinta especialmente elaborada para isso na palma da mão da criança, esperar alguns
minutos e depois lavar. Outra, é a aplicação de cones de moxa okyu no VG12. Segundo o
autor, ao realizar-se esse procedimento a eficácia do tratamento com a acupuntura é muito
maior e torna as crianças mais dóceis e obedientes.
6.2.1 Vômito
Até 1 ano de idade quase todos os problemas são resolvidos com agulha Shonishin.
Agulha de fricção no abdômen e no meridiano VC, meridiano do Rim, Estômagoe IG, TA e
CS. Utilizar também na área lombar do meridiano da Bexiga durante 3 a 5 minutos.
Podendo também estimular os pontos CS6, E36, VG12, C15, VG4 e B25.
6.2.2 Indigestão
Problemas como gastroenterite aguda, diarreia e vômito poderão ser tratados com o mesmo
método.
Aplicar agulha Shonishin no meridiano VC, Estômago, Baço - Pâncreas durante um minuto
na área abdominal, e depois aplicar no meridiano do IG.
Aplicar agulha Shonishin nos pontos P6, TA14, VG4, VC7 durante 10 segundos cada.
7. Material e métodos
Este trabalho foi baseado na revisão bibliográfica de livros e artigos de vários autores,
durante o período de setembro de 2010 a outubro de 2012, utilizando também como
ferramenta de pesquisa a internet, tendo como palavras chave : acupuntura, acupuntura
japonesa, pediatria, shonishin, e esses mesmos termos em língua inglesa.
8. Resultados
9. Discussão
As crianças são mais sensíveis ao tratamento por acupuntura que os adultos. Isto pode se
manifestar de diversas maneiras. Assim, deve-se tomar cuidado ao escolher o tipo de
tratamento a ser aplicado e como fazê-lo. Geralmente a resposta ao tratamento é bem rápida.
Deve-se regular a dose e a forma de aplicação, observar a sensibilidade ao método utilizado
para minimizar o risco de efeitos não desejáveis.
Assim, ao iniciar o tratamento em uma criança deve-se estabelecer a dose apropriada ao
paciente e um modelo para seguir. Estudar como manifestam-se as doenças em bebês e
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crianças. Aplicar cada método de tratamento diferentemente , para poder regular a dose de
tratamento necessário a ser aplicado. Averiguar constantemente as mudanças no paciente para
poder discernir se o tratamento foi suficiente, tanto local como sistêmico. Reconhecer e
corrigir o excesso de tratamento.
Estimar a dosagem e fazer o julgamento de como conduzir o tratamento em cada paciente é
complexo e envolve várias considerações diagnósticas e terapêuticas importantes. Selecionar
o correto padrão de tratamento de raiz e os pontos corretos de tratamento são obviamente
importantes, como qualquer sistema de acupuntura tradicional pode comprovar. Assim,
combinar a escolha e aplicação da técnica de tratamento ao diagnóstico é também
fundamental.
Os bebês não podem falar, expressam-se através da emoção. A comunicação em bebês e
crianças pequenas é alcançada através da expressão emocional, sendo importante lembrar que
estas não tem capacidade de regular as suas emoções. Muitas formas de comunicação
saudável podem desencadear distúrbios no movimento do Qi e funções do organismo. Isto
tem consequências imediatas, tornando os bebês e crianças muito vulneráveis na medida em
que o Qi muda involuntariamente fácil. Assim , uma das principais metas do tratamento é
tentar o quanto possível não causar angústia emocional na criança (BIRCH, 2012).
10. Conclusão
A acupuntura foi adaptada da China e sofreu diversas mudanças e evoluções sob a influência
da sociedade, cultura e características naturais do povo japonês. Embora hovesse períodos em
que os japoneses fossem influenciados por situações sócio-políticas não favoráveis à
acupuntura, o uso dessa terapia prosperou devido aos esforços das pessoas e pacientes que
buscaram a acupuntura como forma de tratamento. A acupuntura japonesa ainda está
progredindo tanto clinicamente como cientificamente. Respeitando as idéias clássicas de
tratamentos tradicionais, os estudos científicos tem criado uma base de evidências da sua
eficácia.
Hoje em dia, a acupuntura não está mais confinada apenas na área médica de tratamento para
saúde, mas também engloba outra áreas como a esportiva, beleza e bem estar , e tem a
perspectiva de melhorar a qualidade de vida daqueles que a utilizam como tratamento
paliativo.
Diversos autores descrevem a utilização da acupuntura como tratamento importante na
redução de sintomas e de doenças infantis, sendo uma opção valiosa a considerar antes de
iniciar um tratamento alopático com seus efeitos colaterais tão extensos. O tratamento com
acupuntura japonesa shonishin em crianças tem como vantagem o fato de ser uma terapia
minimamente invasiva, segura e relativamente de baixo custo. No shonishin, uma porção de
instrumentos de diferentes formatos foi desenvolvida e desenhada para suprir as necessidades
dos métodos específicos de manipulação ou técnicas. Mostrou-se efetivo em aliviar
rapidamente ou dispersar e eliminar vários sintomas geralmente observados no
desenvolvimento de doenças em crianças. Também é efetivo em promover um
desenvolvimento mental estável.
Apesar deste trabalho estar baseado em uma amostra muito pequena de estudos pode-se
verificar que acupuntura japonesa shonishin em crianças é realmente efetiva se for
adequadamente indicada e realizada. Mais estudos na área ainda são necessários, para
demonstrar a importância de sua utilização como terapia e se tornar mundialmente conhecido
como meio de ajudar o desenvolvimento saudável das crianças.
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