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A demanda mundial de energia vem aumentando significativamente devido ao crescimento

Populacional e à evolução industrial segundo retrata Kannan (2016). Paralelamente, Pupin


(2019) Ressalta que apesar do forte domínio das fontes não renováveis de energia, há uma
crescente busca Pelas fontes renováveis devido às crises e limitações de recursos finitos, como
o petróleo (AbuabudE Barra, 2020). No Brasil não poderia ser diferente, últimos anos a
presença de placas fotovoltaicas como parte da arquitetura urbana e em grandes terrenos no
interior, tem ganhado cada vez mais visibilidade na paisagem, discussões sobre a
implementação de painéis solares se tornam cada vez mais frequente, e a popularização do
mercado de energia solar só aumenta. Com a alta procura por fontes de energia limpa no
mundo, o mercado de painéis fotovoltaicos tem crescido nos últimos anos. Mesmo com uma
vida útil entorno dos 25 anos (Klugmann-Radziemska e Ostrowski, 2010), a reciclagem dos
painéis é um assunto extremamente relevante atualmente, visto que nos próximos anos
quantidades exorbitantes destes equipamentos serão descartadas como resíduo
eletroeletrônico (Machado, 2017).

Com essas enermes crescentes geram desafio, a ausência de um sistema de reciclagem eficaz
e economicamente viável é um dos principais obstáculos. Além disso, a complexidade na
separação dos materiais dos paineis solares torna o processo de reciclagem mais difícil.

A tecnologia fotovoltaica possui componentes com design relativamente simples por converter
luz em energia de maneira instantanea (Barker e Bing, 2005). Esses dispositivos derivados do
silicio cristalino (silicio monocristalino e silicio policristalino), silicio amorfo, disselenato de
cobre e indio etelureto de cadmio sao comumente caracterizados como semicondutores nos
paineis fotovoltaicos (Kannan, 2016). Esses componentes podem conter substância tóxicas e
apresentar risco ambiental.
Os módulos são completo por alguma camadas em sua estrutura. A primeira camada se inicia
com um vidro temperado que tem como objetivo proteger o conjunto como um todo da célula,
este deve ser resistente a choques mecânicos para garantir uma melhor durabilidade; a
segunda camada é onde se localiza as células de silício com filamentos metálicos, e estão
protegidas e isoladas com uma camada anterior e posterior de material encapsulante
conhecido como Acetato Vinil Etileno (EVA), o que impede uma movimentação irregular das
células em caso de impactos. E na parte inferior que corresponde a terceira e última camada,
se encontra um material polimérico chamado Backsheet, este, é um isolante elétrico com
objetivo de proteger a parte posterior do painel contra a umidade e entrada de gases. Na parte
lateral posterior, se encontra a caixa de junção que é responsável por conectar todas as
células(Carneiro, 2010 e Pupin, 2019).

De forma geral, o processo de reciclagem de módulos fotovoltaicos passa por:

⮚ Desmontagem: Nesta etapa, os módulos são desmontados para separação das diferentes
camadas de materiais presentes.

⮚ Separação: Os materiais constituintes dos módulos fotovoltaicos, desmontados previamente


são separados por meio de processos como trituração, peneiramento, separação magnética e
demais processos mecânicos, uma vez que os métodos utilizados nas próximas etapas variam
de acordo com as classes dos materiais.

Purificação: Os materiais são purificados por meio de processos químicos Para remover
impurezas e contaminantes. Nessa etapa, o processo utilizado pode diferir, de acordo com a
classificação do material.
⮚ Reciclagem: Os materiais são reciclados, e transformados em novos produtos finais, como
vidro, alumínio ou silício reciclados.De forma mais específica, os processos variam de acordo
com o tipo de módulo, e os materiais envolvidos em sua construção. Existem soluções bem
testadas em processos de separação e recuperação de módulos c-Si, e para tecnologias CdTe,
mas quanto às demais tecnologias, ainda se faz necessário maior desenvolvimento e pesquisa

(ANSELMO, 2019).

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