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Hoje em dia, tornou-se comum lermos anúncios de cursos, curas milagrosas, produtos
revolucionários, terapias infalíveis, orações para atrair dinheiro, e até métodos de cura em que se
empregam termos relativos à Física quântica.
No entanto, é necessário salientar que em nenhum desses casos há relação direta com os
conhecimentos que resultaram da pesquisa em Física quântica. Tratam-se, na verdade, de
uma apropriação indevida, que só se tornou possível graças à ignorância de uma grande parte da
população, quando se trata da Física moderna e contemporânea.
A compreensão da Física quântica envolve o domínio de um grande formalismo matemático e muito
conhecimento de Física, Álgebra, Geometria, Eletrodinâmica e etc. Por isso, são necessários muitos
anos de estudo para compreendê-la de maneira minimamente aceitável para os padrões acadêmicos.
É verdade também que muitas pessoas acreditam que suas práticas são pautadas nos fenômenos
quânticos, e não é incomum encontrarmos depoimentos de pessoas que se sentiram melhores ao
recorrerem a essas ações. Entretanto, podemos citar razões que desmentem a eficácia das chamadas
práticas quânticas:
•Os fenômenos quânticos só se tornam relevantes e observáveis em escalas atômicas. A partir
de um certo tamanho, tudo passa a comportar-se de acordo com a Física clássica, a Física da
escala macroscópica.
•Os benefícios sentidos pelas pessoas que adquirem produtos ou passam a realizar algum tipo
de atividade relacionada ao “quântico” podem ser vistos em alguns experimentos, nos quais
se observa melhoras nos pacientes tratados com placebo. Esses efeitos acontecem porque os
pacientes acreditam estar melhores, e condicionam-se a isso.
Em razão da grande falta de conhecimento acerca do real significado atrelado à palavra quântico,
é natural que essa se envolva de misticismo, fazendo com que a vejamos ser frequentemente usada
nos contextos mais improváveis: palestras motivacionais, cursos de coaching quântico, orações
quânticas, cosméticos quânticos, curas quânticas etc.
Apesar de muito distintos, todos esses anúncios têm algo em comum: são pseudocientíficos e, em
sua maioria, visam lucro. Portanto, em alguns casos, podem ser chamados de charlatanismo, cujo
objetivo é o de agregar valor e confiabilidade a produtos, serviços ou costumes ordinários em sua
essência.
Se a energia radiante pudesse se comportar, sob condições apropriadas, como um feixe de partículas, a matéria, sob
condições apropriadas, poderia possivelmente mostrar propriedades de uma onda? De Broglie sugeriu que os elétrons ao
redor da matéria, em seu movimento ao redor do núcleo, tinha associado a ele um comprimento de onda particular. Ele
propôs que o comprimento de onda característico do elétron ou qualquer outra partícula depende de sua massa, m, e de sua
velocidade, v. De Broglie usou o termo ondas de matéria para descrever as características ondulatórias das partículas da
matéria. A hipótese dele é aplicável a toda matéria, qualquer objeto de massa "m" e velocidade "v" daria origem a um onda
de matéria característica.
Pouco tempo depois de De Broglie publicar sua teoria, as propriedades ondulatórias do elétron foram demonstradas
experimentalmente. Os elétrons eram difratados pelos cristais, do mesmo modo que os raios X sofriam difração. Assim, um
fluxo de elétrons em movimento exibe os mesmos tipos de comportamento ondulatório que a radiação etromagnética.
Quando um corpo se encontra a temperatura ambiente ele é visto pela radiação que ele reflete na
faixa de freqüência da luz visível. Se estiver a temperaturas altíssimas, em torno de mil kelvins, ele
emite luz visível própria em intensidade suficiente para ser detectada pela visão humana.
É definido como corpo negro todo aquele que emite um espectro de radiação universal que depende
apenas de sua temperatura, não de sua composição. Este tipo de corpo absorve toda a radiação que
incide sobre eles. Daí a denominação corpo negro. Observe a figura 01:
A interpretação deste gráfico nos leva a determinar a temperatura de corpos em função de sua
radiância espectral. Ou seja, corpos mais quentes tendem a emitir luz branca enquanto que corpos a
temperaturas baixas emitem ondas de infravermelho, conforme distribuição no espectro
eletromagnético.
Dualidade onda-corpúsculo
Desse modo, o físico dinamarquês Niels Böhr (1885-1962) percebeu que isso poderia estar
relacionado à estrutura do átomo de cada um desses elementos. Por isso, ele propôs um modelo
atômico que complementava o modelo de Rutherford, mas que se concentrava no comportamento
dos elétrons ao redor no núcleo do átomo.
Algum tempo antes, Max Planck (1858-1947) havia proposto uma teoria que afirma que os
elétrons são quantizados, no sentido de que eles emitem e absorvem quantidades específicas de
energia, como se fossem pequenos pacotes de energia, os quais ele chamou de quanta (quantum, no
singular).
Assim, Böhr propôs o seguinte: visto que cada elemento tem um espectro diferente, cada elemento
possui em seu átomo elétrons de energias constantes e diferentes de elemento para elemento.
Cada elétron só pode ficar em determinada órbita específica, pois em cada uma dessas órbitas o
elétron apresenta energia constante, bem definida e característica. O elétron só pode ocupar os
níveis energéticos dos quais ele possua a energia respectiva.
Object 1
Assim, para Böhr, cada linha luminosa que aparecia no espectro descontínuo dos elementos
indicava a energia liberada quando o elétron voltava de um nível mais externo para o outro mais
próximo do núcleo.
A figura abaixo ajuda a entender melhor essa questão:
Como para os átomos de cada elemento só são permitidos determinados valores de energia que
correspondem às camadas energéticas, para cada elemento se tem, então, um espectro diferente.
Átomo e espectro
O Modelo Atômico de Bohr apresenta o aspecto de órbitas onde existem elétrons e, no seu
centro, um pequeno núcleo.
O físico dinamarquês Niels Henry David Bohr (1885-1962) deu continuidade ao trabalho
desenvolvido com Rutherford. Ele preencheu a lacuna que existia na teoria atômica proposta por
Rutherford.
Niels havia conhecido Rutherford no laboratório da Universidade de Cambridge e foi levado por ele
Bohr conseguiu explicar como se comportava o átomo de hidrogênio, o que não era possível
Mas, embora tenha aperfeiçoado o modelo atômico de Rutherford, o modelo de Bohr ainda não é
Em 1913 Bohr promoveu experimentos que mostravam essas falhas e propunha um novo modelo.
Se o modelo proposto de Rutherford estivesse correto, ao serem acelerados, os elétrons
O que acontece, na verdade, é que o elétron emite energia. Quanto maior a sua energia, mais
1.Quantização da energia atômica (cada elétron apresenta uma quantidade específica de energia).
2.Os elétrons têm cada um uma órbita, as quais são chamadas de “estados estacionários”. Ao emitir
energia, o elétron salta para uma órbita mais distante do núcleo.
3.Quando consome energia, o nível de energia do elétron aumenta. Por outro lado, ela diminui
quando o elétron produz energia.
4.Os níveis de energia, ou camadas eletrônicas, têm um número determinado e são designados
pelas letras: K, L, M, N, O, P, Q.
O modelo de Bohr estava ligado à Mecânica Quântica. Assim, a partir da década de 20, Erwin
Schrödinger, Louis de Broglie e Werner Heisenberg, especialmente, dão o seu contributo no que
•Modelo Atômico de Thomson, também conhecido como “modelo pudim de ameixa” ou “pudim
com passas” em decorrência do seu aspecto
•Modelo Atômico de Rutherford, o qual apresenta o aspecto de um sistema planetário.
Partícula livre
Partícula livre. Na física, uma partícula livre é uma partícula que, em certo sentido, não está
vinculada por uma força externa, ou equivalentemente não está em uma região onde sua energia
potencial varia. Na física clássica, isso significa que a partícula está presente em um espaço "sem
campo".