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Introdução

Minha ideia nesse texto é colocar as leis gerais do eletromagnetismo explorando a similaridade/dissimilaridade entre
elas e mostrar como são usadas na solução de problemas no nível do livro texto da disciplina. Vamos separar os problemas
mais pela similaridade matemática entre eles do que separar problemas de eletricidade, ou magnetismo, ou
eletromagnetismo. Explorar leis de Gauss e Stokes para resolver problemas de alta simetria e uso de integração para os
problemas cuja simetria não permite uso das leis de Gauss. Para explorar os problemas do eletromagnetismo, ondas
eletromagnéticas, precisaremos das leis escritas nas formas diferenciais do cálculo vetorial. Por isso, começamos
aprendendo a manipular a álgebra do cálculo vetorial. No processo vamos mostrando como cálculo vetorial, lei de Gauss,
e leis de forças se interconectam.
Axiomas, postulados, teoremas, teorias e leis: Uma introdução filosófica
As leis não se demonstram, são os axiomas de um campo do conhecimento.
Os axiomas, às vezes também denominados de postulados, embora exista uma pequena diferença entre as duas palavras.
Axiomas são aceitos como verdades auto-evidentes. Os axiomas seriam verdades gerais em qualquer área do
conhecimento, enquanto os Postulados seriam verdades não demonstradas em áreas específicas do conhecimento.
Axiomas formam a base de uma teoria e podem ser usados para definição de conceitos. Por exemplo, os axiomas de uma
distância são:

1. dij  0; 2. dij  d ji 3. dik  dij  d jk 4. dij  0  i  j

Toda grandeza que obedecer a esses axiomas é chamada de distância. O axioma 3 é chamado da desigualdade triangular.
Note então que aqui o conjunto de axiomas foi usado para definir uma entidade denominada distância.
O que for demonstrado a partir dos Axiomas /ou Postulados é chamado de Teorema. Uma teoria é um corpo do
conhecimento que se inicia com os axiomas, dos quais se extraem consequências, chamados teoremas. Existe a
possibilidade de intercambiar axiomas e teoremas?

Suponha afirmações lógicas A, B, C, ... Um teorema seria algo da forma A  B , ou seja, se A for verdade então B é
verdade. Nesse caso A seria axioma e B teorema. Mas existem relações biunívocas, na forma: A  B , se A for verdade
então B é verdade, mas também, se B é verdade então A é verdade. Nesse caso, poderíamos escolher A como axioma e
B como teorema ou B como axioma e A como teorema.
Nas ciências naturais as teorias começam com as Leis. Leis não são demonstradas. Mas para ser considerada CIÊNCIA
as leis devem ser falsificáveis. Popper foi o filósofo que mais definiu essas questões. Ou seja, das leis se extraem
consequências (teoremas) que podem ser verificadas através de um experimento. Esse critério se inicia com Galileu – a
soberania da experiência. Ou seja, nas ciências naturais as Leis têm que explicar o que realmente ocorre. Traduzindo,
qualquer pessoa pode propor leis, desenvolvidas de qualquer maneira: sonhou com a lei, por exemplo. Não interessa de
onde surgiu a lei, por observações do mundo natural, por intuição, por adivinhação. O importante é: das leis extrair
consequências observáveis por qualquer pessoa. A terceiro passo é colocar as consequências sobre observação – o teste
da falsificação. Muito cuidado com afirmações pretensamente científicas, formando a base de uma teoria, que não
admitem o teste da falsificação. O critério de Popper para definir o que seria Ciência do que não é Ciência foi exatamente
a admissão do teste de falsificabilidade. Não quer dizer que ideias não científicas não sejam importantes e interessantes,
mas apenas que não são científicas, e devem ser tratadas em outras dimensões da existência humana.
Nesse momento, de verificação, a teoria e suas leis estão colocadas em julgamento. Se o experimento falhar a teoria está
errada. Pelo menos um dos seus axiomas está errado. Se não passar no teste da verificação a teoria é rejeitada, ou
reformulada, mas se passar não significa que estará aceita de uma vez por todas. Será aceita provisoriamente, pois a
teoria pode falhar em algum outro experimento no futuro. Ou seja, vale a máxima: A Ausência da Evidência, não é
Evidência da Ausência. Traduzindo, podemos detectar as falsidades, mas não podemos ter certeza das verdades.
Segundo Popper esse processo vai depurando as teorias, rejeitando as falsas, e deixando as sobreviventes mais próximas
da verdade. Assim, embora nunca tenhamos certeza da verdade vamos nos aproximando da mesma via processo
evolutivo, através do trabalho de muitos pesquisadores. Para quem se interessar pode também ler Kuhn que afirma que
na prática o processo é cheio de convenções sociais e modismos entre os cientistas. Alguns chegam a afirmar que uma
teoria nova só substitui a antiga após a morte dos adeptos da antiga. Não foi o que observamos na física.
Vamos discutir um pouco a estrutura de uma lei e diferenciá-la de uma TAUTOLOGIA. Na tautologia se definem
palavras em termos de outras palavras, e isso não implica em uma relação entre grandezas conhecidas e que podem ser
medidas. Vamos usar a lei de Newton F  ma como exemplo. Note que a massa nessa lei representa a inércia do corpo
e a lei poderia ser apenas a definição de uma grandeza chamada massa (inercial). No entanto, essa expressão é uma lei.
Ela diz que a força é proporcional à aceleração. No mundo pré Galileano a força seria proporcional à velocidade. Newton
diz que não é velocidade que importa, mas a variação da velocidade. Força era definida e podia ser medida de várias
formas. Aceleração também era definida e podia ser medida. A lei estabelece a relação entre força e aceleração. A massa
m1m2
seria uma constante não obrigatoriamente igual a massa da lei da gravidade F12  G , chamadas de massas
r2
gravitacionais. Depois se mostrou que as duas eram iguais, a inercial e a gravitacional.

Substituição de teorias: na física, pelo menos, exigiu-se certos critérios para a validade da substituição. Primeiro, para
uma nova teoria substituir a antiga é necessário que ela seja capaz de explicar todos os fenômenos que a teoria antiga
explicava. Exemplos são a teoria da relatividade substituindo a mecânica de Newton, e a Mecânica Quântica substituindo
a Mecânica Clássica. Nos limites de velocidades baixas comparadas com a velocidade da luz a relatividade tem que
concordar com a mecânica Newtoniana, e no limite de dimensões grandes a mecânica quântica tem que concordar com
a mecânica clássica. Nesse aspecto, a nova teoria se tornou quase que uma generalização da teoria antiga, que se tornou
um caso particular da nova teoria. Nenhum dispositivo construído com base na teoria antiga deixaria de funcionar por
conta da teoria nova. Não basta explicar os mesmos fatos da teoria antiga, a teoria nova tem que ser capaz de explicar
fatos novos, que a antiga não conseguia explicar.
Historicamente, percebe-se a aceitação imediata quando a teoria nova explicou algo que a antiga não explicava. Por
exemplo, a radiação do corpo negro de Planck foi imediatamente aceita. Os dados experimentais já existiam, ou seja, a
observação já tinha sido feita, e a teoria antiga não conseguia explicar. Quando Newton explicou as 3 leis de Kepler
também foi um dos momentos EUREKA da ciência. Virou herói imediatamente. Já a Mecânica Estatística de
Boltzmann/Maxwell encontrou maior resistência, muito válida, por sinal, porque a teoria se propôs a explicar as leis
irreversíveis (no tempo) da termodinâmica usando as leis reversíveis da mecânica clássica. A controvérsia durou décadas
e gerou melhor compreensão dos fenômenos no nível molecular. Também sofreu resistência porque resultados
experimentais não batiam com a teoria. O que aprendemos no processo foi que essas previsões foram realizadas através
da combinação dos axiomas da Mecânica Estatística + Mecânica Clássica. O que aconteceu, foi que a Mecânica Clássica
estava errada nas dimensões moleculares. Quando se combinou Mecânica Estatística + Mecânica Quântica, todos os
resultados bateram.

Também, vale lembrar que teorias podem levar a dispositivos práticos. Por exemplo, quando Einstein disse que E  mc 2
, abriu a possibilidade de uma bomba nuclear, e da geração nuclear de energia elétrica. Mesmo que a maioria dos
cientistas não acreditasse na teoria bastaria um pequeno número deles para desenvolver o dispositivo. Nunca foi
necessário esperar uma geração morrer para a nova teoria se estabelecer. Newton foi aceito imediatamente.
A área da eletricidade e magnetismo é um exemplo de uma área que rapidamente levou aos dispositivos e despertou a
imaginação dos inventores, trazendo mais e mais produtos para a humanidade. Era comum que os cientistas
demonstrassem seus experimentos para a plateia da Royal Society em Londres. Faraday foi um deles. Esses dispositivos
mudaram a forma como a própria sociedade como um todo é organizada. O eletromagnetismo deve ser uma das teorias
cujos fundamentos foi mais testado na história.
Faraday apresentando seus experimentos na Royal Society de Londres

Finalmente, vale a pena perceber a posição em que estamos na física de hoje. Muitas vezes pode-se pensar na ciência
como explicação de fenômenos que todo mundo observa. Por exemplo, o que está causando essa doença? Por que esse
material é verde? Na física e química de hoje evoluímos para materiais e fenômenos jamais observados antes, mas
previstos como consequência das teorias. A teoria lidera o processo de observação, e não o inverso, a observação leva
ao desenvolvimento da teoria. Ou seja, a teoria prevê um fenômeno jamais observado e os pesquisadores montam um
experimento parra demonstrar a existência do fenômeno. Já no final do século XIX se previu a existência de partículas
elétrons, com cargas negativas, e prótons, com cargas positivas. Essa previsão levou ao desenvolvimento da Eletrônica.
Depois a teoria previu a existência de nêutrons, mésons, quarks, bósons de Higgs, etc. Entre a previsão da existência dos
Bóson de Higgs e o experimento que achou a partícula passaram-se décadas.
Historicamente, na área do nosso tema, o desenvolvimento começa com a eletricidade vista como um fluido, com
presença de cargas negativas e positivas, e do magnetismo, visto como outra área do conhecimento. Quando se percebe
a conexão entre os fenômenos da eletricidade com os do magnetismo, juntam-se as palavras Eletricidade e Magnetismo.
No eletromagnetismo os dois fenômenos estão tão conectados que dependendo do referencial eletricidade pode ser tornar
magnetismo e vice-versa. Na realidade, no eletromagnetismo aparecem as ondas eletromagnéticas. A sequência das
disciplinas nesse tema na graduação são Eletricidade e Magnetismo, no terceiro semestre, Eletromagnetismo, no terceiro
ano, e Eletrodinâmica, na pós-graduação. Não precisa do conceito de partículas como elétrons e prótons para o
desenvolvimento da eletromagnetismo, uma vez que estamos falando de um número tão grande de partículas que podem
ser tratadas como um fluxo. Da mesma forma como não precisamos nos preocupar com as propriedades de molécula de
água para entender a hidrodinâmica. Quando as propriedades da partícula elétron definem o resultado do experimento
estamos no campo da eletrônica.
Conservação da carga:
A primeira lei do eletromagnetismo é que a carga é conservada, nem é criada nem destruída. Não existem fontes nem
sumidouros de cargas. Com a observação das partículas elétrons/prótons descobriu-se também que a carga é quantizada,
é sempre múltipla da carga do elétron chamada e , com e  1.60217662 1019 C , onde C significa Coulomb. Para ter
uma ideia de quanto podemos lidar com as correntes convencionais como um fluido vamos calcular número de elétrons
C e
em uma corrente de 1 Ampere I  1A  1 . Ou seja, em termos de fluxo de elétrons temos que I  1A  6, 24 1018
s s
corresponde 1018 elétrons por segundo. Então podemos tratar, a não ser em casos específicos, como a trajetória de um
elétron na presença de campos, o eletromagnetismo como fluidos.

Fluxo de cargas J :

É a quantidade de carga Q que passa por unidade de área perpendicular ao fluxo por unidade de tempo. É um vetor na
direção  do movimento de Q . Assim:

Q Q  Q
J   v   v
A t A  t V

Q
Ou seja J   v , onde   é a densidade de carga e v a velocidade das partículas que transportam a corrente. Note
V
Q
Q I
que J   t  é densidade superficial de corrente, ou seja, corrente por unidade de área. Sempre é
A t A A

 J        v  
Q  L Q
bom fazer a checagem das dimensões. Exemplo J   v    2 , carga por área por
 L   T  L T
3

tempo.

Associação entre J e I . A corrente é a carga total que passa numa superfície por unidade de tempo e é um escalar,
um número, enquanto o fluxo J é um vetor.

Vemos que a área perpendicular ao fluxo, ou o fluxo perpendicular à área, é I  J cos  A ou dI  J  n dA . A


normal à um elemento de área é a direção do produto vetorial dos dois vetores que definem o elemento de área. Nesse
caso então:

I  J  n dA
sup

A integral é feita em toda a superfície onde passa a corrente.


Continuidade da Carga: se a carga conserva, não existem fontes nem sumidouros de carga, então vale a equação da
continuidade da carga:


 J  0
t
Conceito de Campos:
Faraday foi quem trouxe o conceito de Campos para a física, que acabou se tornando fundamental. Podemos dividir as
forças com que lidamos em forças de contacto e forças à distância. Uma corda puxando um bloco é uma força de contacto
direto. A ideia de campos se aplica às forças que atuam à distância – basicamente 3, a gravitacional, a elétrica e a
magnética. No século XX a ideia de campo se tornou muito mais importante por conta de relatividade, que proíbe
interação instantânea. A velocidade máxima é a da luz e nenhum corpo pode sentir a presença do outro instantaneamente.
Nesse caso, a ideia é que a interação entre dois corpos distantes se dá através dos campos gerados pelos mesmos.
Vamos usar o campo gravitacional como exemplo. Newton estabeleceu a lei da gravidade, afirmando que:

m1m2
F12  G
r122

Onde m1 e m2 são as duas massas, r12 é a distância entre elas e G é a constante da gravitação. Aqui a convenção é F12
a força que a partícula 1 exerce na partícula 2, enquanto F21 é a força que a partícula 2 exerce na partícula 1. Pela lei da
ação e reação elas são iguais e contrárias na linha de ação entre as duas partículas. Ainda está faltando algo nessa fórmula,
poque força é um vetor e a fórmula é de um escalar. Vamos considerar os vetores das posições de duas partículas em
relação a uma origem O da figura abaixo. A partícula 2 é a vermelha e a partícula 1 é a azul.

r2  r1 r1  r2
Note que as forças serão nas direções dos vetores unitários 21  e 12  e que
r2  r1 r1  r2
r122  r212  r1  r2  r2  r1 . Assim, a fórmula vetorial é dada por:
2 2

m1m2 m1m2  r2  r1 
F12  G   G
r2  r1 r2  r1
21 2
r122

O sinal – é porque a força gravitacional é sempre atrativa.


Agora vem a ideia de campo. A partícula 1 distorce o espaço à sua volta criando um campo gravitacional. A partícula 2
sente a força do campo criado pela partícula 1. Como se fossem dois corpos em uma cama elástica da figura abaixo, o
bebê e uma bola. O bebê deforma o espaço, a cama elástica, e a bola é atraída para o bebê.

Note que F12  m2  G
m1  r2  r1    m g , onde
 g1 é o campo gravitacional criado pela massa 1. Note que o
r2  r1 
2 1
r2  r1
2

m1
campo é um vetor, cuja norma é dada por g1  G . Claro que g1 tem a dimensão de aceleração pois F  ma .
r2  r1
2

A terra atrai os corpos na sua superfície de modo que o campo gravitacional da Terra na superfície tem a norma
MT
g G , que é a aceleração da gravidade, bem conhecida e medida por vários métodos. Se determinamos a constante
RT2
gRT2
de gravitação G é possível determinar a massa da terra através de M T  . Cavendish foi quem fez a medida da
G
constante de gravitação e por isso foi considerado o homem que pesou a terra. Colocamos um pouco da história do
Cavendish no apêndice 1.
Note, que a força gravitacional discrimina massas.
Campos Elétrico e Magnético:
Mas desde que se descobriu a existência de cargas se percebeu que forças eletromagnéticas são capazes de discriminar
cargas. Ao contrário das massas, cargas podem ser positivas e negativas e as forças mudam de sentido. Esqueça por um
momento como duas cargas interagem, basta pensar que existem campos e as cargas interagem com os campos. Existem
dois campos capazes de discriminar cargas, o campo elétrico E e o campo magnético B , chamado indução magnética.
O que os diferencia? A forças: FE  qE e FB  q v  B , onde q é a carga que sofre a ação dos campos. A força

magnética só aparece quando a carga q está se movendo com uma dada velocidade. A F  q E  v  B que incorpora 
as duas forças, elétrica e magnética, é chamada Força de Lorentz. [Nota histórica: essa expressão da força só foi
explicitada no final do século XIX pelo trabalho do Lorentz. O próprio produto vetorial só foi definido por Oliver
Heaviside na década de 1880, quase 20 anos após Maxwell na década de 1860. A notação moderna é de Heaviside.
Oersted foi quem primeiro notou que uma corrente era capaz de fazer uma bússola girar e Ampere estudou a força entre
dois fios carregando correntes em função dos ângulos. Maxwell não explicitou a forma da força magnética. J. J. Thomson
estudou fenômenos de forças em partículas carregadas e chegou a uma expressão do tipo F  q v  B . Embora seja fácil
partir da forma F  q v  B para a força em um fio F  i L  B , que era conhecida, ninguém explicitou a forma de
Lorentz atual.] Note que a força magnética envolve um produto vetorial, logo a força é perpendicular tanto ao campo
magnético quanto à velocidade. Forças perpendiculares á velocidade, na mesma direção do deslocamento, não realizam
trabalho.
Assim, as leis de força elétrica e magnética, já no conceito de campos, são definidas por:

FE  qE
FB  q v  B

Como fazer para descobrir se num dado espaço existe um campo elétrico ou magnético, e como medir a intensidade e
direção desses campos?
Como são campos que discriminam cargas e cagas possuem sinais diferentes, o melhor é construir um sensor de campo
com uma carga  q e outra q ligadas por uma mola sensível e um bastão para o operador colocar em qualquer ponto
do espaço, como mostra a figura abaixo. As molas são livres para girar em qualquer direção em relação ao ponto central
onde o bastão as conecta. Além disso, o deslocamento das mesmas é proporcional à força e pode ser calibrado para
fornecer o valor da força.

Suponha que exista um campo elétrico no espaço, a seta vermelha no centro. Mantendo o bastão parado deixe as cargas
girarem até parar. A direção do campo é a direção da linha entre a carga q e a carga  q . Sabendo o valor da carga do
F
seu dispositivo pelo estiramento das molas saberá a força, e o campo será dado por E  .
q

Já para o campo magnético é necessário mover o dispositivo com uma velocidade conhecida. A força será maior quando
a velocidade e o campo B forem perpendiculares entre si. A figura abaixo mostra essa situação.

O operador rapidamente acha a direção da velocidade em que a força é máxima e obtém o valor do campo B através de
F
B .
qv
Dimensões e unidades:

 F  ML Newton
Para o campo elétrico  E      2
 mas também podemos usar a unidade Volt, em homenagem ao
 q  QT Coulomb
Joule
Volta, definida como 1Volt  1 , assim multiplicando por L em cima e embaixo temos
Coulomb

 FL   FL   1  Joule 1 Volt
E          
 qL   q   L  Coulomb metro metro

Já para o campo magnético

F ML M kg kg kg
 B        
 qv  Q L T 2 QT C  s C  s 2 A  s
2

T s
Ou ainda

 
F  F   F  Newton
 B      q     
 qv   L   I  L  Ampere  metro
T 

Newton
A unidade em homenagem ao Tesla foi definida como 1 Tesla  1 , então a unidade de B é o Tesla
Ampere  metro
cujo símbolo é T maiúsculo.

Campo Elétrico – Lei de Coulomb:

1 q1q2
Muito semelhante à lei da gravidade a força de Coulomb no vácuo é dada por F12  . Trocamos as massas
4 o r122
1
pelas cargas e a constante da gravitação G por . Dentro do conceito de campo: carga 1 cria um campo que distorce
4 o
o espaço e a carga 2 sente essa distorção como uma força:

 1 q1  1 q1
F12  q2  2 
 q2 E12  E12 
 4 o r12  4 o r122

Assim, uma carga q na origem cria o campo elétrico vetorial na posição r dado por:

1 q r  q r
E r   2  
4 o r  r  4 o r 3

r
Note que  r é o vetor unitário na direção de r . Ou seja, dos r 3 do denominador um é usado apenas para definir o
r
vetor unitário e o r 2 que sobra é que define que a força cai com o quadrado da distância. Também vale notar que o
campo elétrico será radial apontando para fora se a carga for positiva, e radial apontando para o centro de a carga for
negativa.
Lei de Gauss: Uma forma equivalente para expressar o campo elétrico é a lei de Gauss

qint
 E  n dA  
sup o

Aqui a integral é feita sobre uma superfície qualquer que delimita o volume onde estão as cargas, e qint é a carga no
interior desse volume. A normal é sempre para fora do volume. A Lei de Gauss e Coulomb são equivalentes. Tome uma
carga q e perceba por simetria que o campo elétrico só pode depender de r  r e que está na direção radial, ou seja,
r
n , que também é a normal na superfície de uma esfera de raio r , como mostra a figura abaixo.
r

Substituindo E  E n  E  E na lei de Gauss temos:

q q q
 E n  n dA  
sup o
 E  dA  4 r 2 E 
sup
o
 E
4 o r 2

q r
Logo E  , o mesmo resultado da lei de Coulomb. Vale notar que Coulomb  Gauss de modo que
4 o r r
2

podemos usar qualquer uma das duas formas como axioma e a outra sai como teorema. Agora podemos notar mais uma
forma equivalente de expressar essa lei usando o teorema da divergência. A carga interna pode ser obtida integrando a
densidade de cargas qint     r  dV , e pelo teorema da divergência,  E  n dA     EdV . Substituindo na lei de
vol sup vol

Gauss temos:

qint  r 
 E  n dA     EdV  
sup vol o
 
vol
o
dV

O que implica em:

 r 
   EdV  
vol vol
o
dV

Com as duas integrais no mesmo volume arbitrário. Integrais podem ser iguais sem que os integrandos sejam iguais, mas
não quando os intervalos de integração são arbitrários, qualquer. Nesse caso, a única possibilidade é a igualdade dos
integrandos:
 r 
E  ou     o E     r 
o

Chamando D   o E (Esse vetor será importante em meios materiais diferentes do vácuo, onde D   E , e é
denominado de Deslocamento Elétrico) temos:

D  

qint
Note que   D       DdV   
vol sup
o E  ndA    dV  q
vol
int   E  ndA  
sup o

Campo elétrico de uma distribuição qualquer de carga.

Uma carga dq na posição r  cria o campo elétrico vetorial na posição r dado por:

dq 1  r  r  dq  r  r  
dE  r   2 
 r  r  
4 o r  r    4 o r  r 
3

Note a convenção: r  é a posição onde estão as cargas e r a posição onde estamos calculando o campo elétrico.

E r  
1  r  r 
  r  dV 
4 o vol r  r
3

Note que a posição r , onde queremos calcular o campo elétrico, é fixa e a integral é toda feita nas coordenas linha, onde
estão distribuídas as cargas, com a densidade de cargas   r   . Quando não existir uma simetria que permita descobrir
uma superfície à priori com campo constante e direção específica, precisamos da integral para calcular o campo. Note
então as 3 formas equivalentes de escrever a lei de Coulomb/Gauss:

Coulomb Gauss Maxwell ou Forma diferencial


1  r  r qint
E r  
4 o  r  r
3
  r   dV   E  n dA  
sup o
D  
vol

A forma de Maxwell mostra que as fontes e sumidouros do campo elétrico são as cargas. Faraday também criou o
conceito de linhas de força, que mostram a trajetória quase estática (não pode deixar a carga adquirir velocidade –
mantendo a energia cinética sempre nula) de uma carga de prova muito pequena na presença de um campo elétrico.
Traduzindo, as linhas de força mostram a direção do campo elétrico. Essas linhas de força começam e terminam nas
cargas. Carga positiva é uma fonte de linhas de força e cargas negativas um sumidouro. A intensidade do campo elétrico
é dada pelo número de linhas de força por unidade de área.
As figuras abaixo mostram uma carga positiva, uma carga negativa, um dipolo (formado por duas cargas iguais e de sinal
contrário), duas cargas positivas e duas cargas negativas. Dá até para notar as cargas de sinais contrários do dipolo se
abraçando (força atrativa) e de mesmo sinal se repelindo.
Carga positiva (monopolo) Carga negativa (monopolo) Dipolo (cargas +q e -q)

Duas cargas positivas Duas cargas negativas

Se a carga for positiva o campo será radial apontando para fora, na direção oposta ao centro onde está a carga. Se a carga
for negativa o campo será radial apontando para o centro. Como o campo elétrico é um vetor podemos escrevê-lo como:

1 q r
E r   rˆ  rˆ 
4 o r 2
r

Se o carga está localizada em uma posição r  o campo em r será dado por:

1 q r  r
E r   rˆ  rˆ 
4 o r  r  2
r  r

Dimensões e unidades:

 Q2   Q2 
A constante dielétrica do vácuo tem dimensão de  o    2
  cuja unidade no sistema MKSA
F L  EL
C2 C2 C 2s2
 ou . Já a dimensão do vetor deslocamento elétrico pode ser extraída de
Nm 2 J  m kg  m3
D Q 
 D   
Q
D      3  , ou seja, D tem dimensão de densidade superficial de carga
 L  L   L 
2

 D   
dQ 
, carga/unidade de área.
 dA 
Comparação forças elétricas e gravitacionais.

Vamos tomar a norma da força elétrica e gravitacional entre dois elétrons. Como as duas leis vão com 1 a dependência
r2
com a distância se cancela e temos:

1 e2
FE 
4 o r 2
2
Fg m
  4 oG  
m2 FE e
Fg  G
r2
2
C 2s2 m3 C
Agora  o  8.8524 10 12
e G  6, 67408  10 11
então 4 oG  7.42576 1021   , que
kg  m3 kg  s 2
 kg 
já é um fator de 1020 . Piora ainda mais quando usamos a massa e a carga do elétron:

e  1.602176 1019 C e me  9.109383 1031 kg

me 9.109383 1031 kg kg
Assim  19
 5.685632 1012 e a razão entre as duas forças entre dois elétrons é de:
e 1.602176 10 C C
Fg
 2.400482 1043
FE

Melhora um pouquinho se usarmos a força entre dois prótons, em lugar de dois elétrons, pois

mp 1.672622 1027 kg kg Fg
 19
 1.043969  108 , mas ainda assim  8.093123  1037 .
e 1.602176 10 C C FE

Ou seja, as forças gravitacionais são extremamente menores do que as forças elétricas. A carga de 1 Coulomb precisaria
do equivalente à M  1.35 1020 kg , equivalente à M  2.2 105 M Terra para as forças serem equivalentes.

Enquanto Cavendish mediu a constante gravitacional,

Coulomb inventou a balança de torção e realizou as medidas da permissividade do vácuo  o em 1785, no limiar da
Revolução Francesa que se inicia em 1789.

C2 2 2
12 C s
 o  8.854 10 12
 8.854 10
J m kg  m3
Cavendish fez suas medidas da constante de gravitação logo depois, em 1197-1798, usando a mesma ideia da balança de
torção de Coulomb. Vale notar que a medida de Cavendish precisava ser muito mais sensível do que a medida de
Coulomb dada a diferença absurda entre as forças elétricas e gravitacionais. Enquanto Coulomb usou um fio de 65 cm
para sua balança de torção e cargas ordinárias, Cavendish usou um fio de 1,8 m de comprimento com duas massas de
0,73 kg em cada extremidade, e duas outras massas enormes, de 158 kg, para fazer sua medida.
Potencial elétrico.

1 r
Se podemos escrever uma força como F  U o U é a energia potencial. Sabemos que    3 e que pode ser
r r
1 r  r
estendido para   . Note que o gradiente é calculado nas coordenas não linha. Claro que como
r  r r  r
3

1 r  r 1
r  r   r   r que     . Agora veja a expressão do campo elétrico via integração:
r  r r  r
3
r  r

E r  
1  r  r   1   r 
  r  dV      dV 
4 o vol r  r
3
 4 o vol
r  r 

1   r 
Logo E  r   V  r  onde V  r    dV  . O potencial elétrico tem dimensão de energia por carga e
4 o vol
r  r
Joules
sua unidade no MKSA será  Volt , é o Volt, em homenagem à Alessandro Volta, que criou a primeira bateria
Coulomb
elétrica. Vale notar que o potencial cai na direção da seta ao longo de uma linha de força, e cresce na direção contrária.
Note que podemos usar a unidade de Volt/metro, ou volt/cm, para os campos elétricos. Se E  V então
  E    V  0 e o potencial não depende do caminho, só dos pontos inicial e final. O campo é conservativo.
Note que dV  V  dr   E  dr , e percebemos que E  dr é trabalho por unidade de carga. Nesse caso,
r
V  r     E  dr e é comum escolher ro um ponto associado ao potencial nulo, por exemplo, o infinito. A função
ro

V
potencial deve ser contínua em qualquer interface, pois se houver descontinuidade   , e não faz sentido o
xn
aparecimento de um campo infinito. O potencial pode ser mais fácil de calcular do que o campo elétrico diretamente
porque é uma função escalar, não depende de direções. Assim uma das estratégias para calcular o campo elétrico é
1   r 
calcular V  r    dV  e depois calcular o campo elétrico via E  V .
4 o vol
r  r

Curva ou superfície equipotencial

Se o campo elétrico é dado por E  V ele é perpendicular à uma superfície equipotencial. Isso pela propriedade dos
gradientes. Mas também podemos pensar do ponto de vista da física. Se não for perpendicular, existiria trabalho ao longo
da superfície, e o potencial mudaria de valor. Se for perpendicular não tem problema porque essas forças perpendiculares
ao deslocamento não geram trabalho.
Diferença de Potencial Elétrico DDP:
Vale notar que a grandeza que medimos diretamente é a força, ou o campo elétrico, e não o potencial. Logo adicionar
uma constante ao potencial não faz diferença. O zero do potencial pode estar em qualquer ponto. Nós não medimos
diretamente o potencial, medimos forças, que são dadas por diferenças de potencial. Ou seja, se
dV  dV dVo
V   V  Vo   pois  0 , logo somar uma constante ao potencial não modifica o campo elétrico
dx dx dx
obtido. Ou seja, medimos diferença de potencial elétrico (DDP) e não o valor do potencial diretamente. Por isso, o que
importa para a gente é a diferença de potencial entre dois pontos, e não o valor do potencial em si. Essa diferença
chamamos de DDP. Passarinhos pousam nas linhas de alta tensão sem morrerem de choque. Isso porque a DDP entre as
duas pernas é zero. No entanto, se pusessem uma perna em um fio e a outra no outro morreriam instantaneamente.

Lei de Gauss do Magnetismo:


Nunca encontraram um monopólio magnético. Não tem fontes do campo como as cargas elétricas, depende de cargas em
movimento. Mesmo no dipolo magnético, criado por uma pequena espira o campo tem continuidade, como mostra a
figura abaixo:

Dipolo magnético Dipolo elétrico

Mesmo que longe dos dipolos os dois campos, do dipolo magnético e elétrico, sejam da mesma forma, no interior do
dipolo se percebe que o elétrico tem uma fonte e um sumidouro, mas não o magnético. Todas as tentativas de separa os
polos norte e sul dos magnetos falharam. Um imã permanente é resultado de muitos dipolos alinhados na mesma direção.
Quebrando em pedaços se chegaria a um dipolo magnético.
Com isso pode-se afirmar que  B  n dA  0 , ou, na forma diferencial, que   B  0
sup

Campos Magnéticos Produzidos por Correntes:

Da força de Lorentz dF  dqv  B   v  BdV mas J   v  dF  J  B dV . Note que o elemento de


d J
volume dV é da região onde existem as cargas que se movem. Vamos, então, tomar d / / J então,  é o vetor
d J
unitário na direção de J e o elemento de volume é dV  d  ndA , onde n dA é o elemento de área com normal n .
Como d / / J podemos intercambiar d  J na equação da força na forma

 
dF  J  B d  nda  d  B J  nda

Mas dI  J  nda é um elemento de corrente, de modo que:

dF  di d  B

Para um fio de seção reta uniforme em um campo B constante, a integral no volume é quebrada na integral na área e na
integral no comprimento:


F   d B   J  nda  I L  B
L sup

 
Onde I   J  nda
sup 

e L  B   d   B . A regra mnemônica é Força = BIL mas o caráter vetorial da força é dado
L 
pelo produto vetorial L  B . Ou seja, se o fio é perpendicular ao campo a força será máxima, e se o fio é paralelo ao
campo a força é nula.
Oersted foi o primeiro a perceber que ao passar corrente em um fio uma bússola se movia, ou seja, que correntes geravam
campo magnético. Ampère, se dedicou a estudar esse fenômeno com mais profundidade. Daí colocou dois fios com
correntes I1 e I 2 e começou a estudar a força entre os dois em função das correntes e em função dos ângulos das
correntes nos dois fios e em função dos ângulos entre eles. Se usamos F2  I 2 L2  B1 , onde I 2 é a corrente no fio 2, L2
o comprimento do fio 2, e B1 o campo magnético criado pelo fio 1 na posição do fio 2. Jean-Baptiste Biot e Félix Savart
fizeram experimentos bem cuidadosos e extraíram a Lei de Biot-Savart que está na equação 29-3 do livro texto. Cuidado
porque houve um erro tipográfico nessa fórmula do livro, provavelmente na tradução. Se voltar na equação 29-1 a
o i ds sin 
expressão para a norma de B é dada por dB  onde a figura abaixo, extraída do livro, define as grandezas:
4 r2
Prefiro usar I maiúscula para a corrente, em lugar de i minúsculo do livro, para evitar confusão com i  1 . Vamos
trazer para nossa notação em que ds  d e usar uma origem fixa para as posições mantendo linha para as posições em
que existe corrente e sem a linha para a posição fixa em que queremos calcular o campo. Nesse caso temos que fazer as
mudanças r  r  r  onde r é a posição do ponto P, e r  a posição de ds  d no fio. Para evitar confusão entre
r , a posição onde queremos calcular o campo em relação a uma origem dada, e a posição em relação a um ponto no fio,
o melhor é mudar a notação e chamar R  r  r   R  r  r  re-escrevendo a equação 29-1 como
o id sin  d R
dB  . Agora, para calcular o ângulo usamos d  R  Rd sin   d sin   daí a lei de
4 R 2
R
Biot-Savart fica escrita como:

o I d   R o I d    r  r  
dB  
4 R 3 4 r  r
3

o I ds  R
Note que a eq. 29-3 ficou como dB  . A convenção vetorial é que os vetores unitários são representados
4 R 2
R  I d   Rˆ
como Rˆ  , no caso em que a fórmula certa seria dB  o , mas o livro descuidou da notação e escreveu
R 4 R 2
 I ds  R R  I d  R
dB  o . Note que Rˆ  é adimensional, logo o campo na forma dB  o cai com o inverso do
4 R 2
R 4 R3
1  I ds  R 1
quadrado da distância, B  2 . Já na forma dB  o o campo cairia com o inverso da distância B  o que
R 4 R 2
R
 I d   Rˆ
não aconteceria na forma dB  o porque R̂ é adimensional.
4 R 2

o I d    r  r  
Então, vamos escrever a lei de Biot-Savart como: dB 
4 r  r
3

Mas agora usamos o truque de colocar d  J e re-escrevemos

o d    r  r   o d    r  r   o J  r   r  r
dB 
4
dI 
r  r
3

4
J  r    nda
r  r
3

4

d   nda  r  r
3

Mas d   nda  dV  então:

o J  r     r  r  
dB  dV 
4 r  r
3

Logo

o
J  r  
 r  r  dV 
B
4 
vol r  r
3
1 r  r   1 
Agora percebemos que 
r  r

r  r
3 logo
B o
4  J  r     r  r   dV  e usando as propriedades do
vol  
cálculo vetorial   F    F    F como   F  0 , pois J  r   é função de r  , e não de r , então

  F    F  , logo:

 J  r  o J  r
B    o
 4

vol
r  r
dV  ou seja B    A onde

A
4 
vol
r  r
dV 

Mas isso implica que   B     A  0 voltando à lei de Gauss do magnetismo.

Usando propriedades de     é possível mostrar que que   B  o J , mas precisaríamos da função delta de Dirac.
Para evitar o uso da função Delta de Dirac vamos dar uma volta (perdendo generalidade) para chegar na Lei de Ampère
para o campo de um fio infinito transportando uma corrente I.

Campo magnético de um fio infinito

r   y ; r   z  z ; e d   dz  z
r  r    y  z  z e r  r   2  z 2

d    r  r    dz  z    y  z  z    dz   z   y   zdz   z   z  mas   z   y     x e   z   z   0 então:

d    r  r      dz  x

o I  dz o I   dz
dB   x  B x 
4 3
4 3

 2
z 
2 2 
 2
z 2 2


z   tan   dz   sec2  d  z      
2
  z     tan    1  tan     sec 
2 2 2 2 2 2 2 2 2

  2  z 2  2   3 sec3 
Então
  
  

I 2
 2 sec2  d I 2
d I 2
o I   
B   o x
4   sec 
3 3
  o x
4  sec 
  o x
4  cos  d    x  sin 
4  

2

2 
  
2 2 2

o I
B  x 
2

Basta perceber agora que podemos girar o fio em elação ao seu eixo de qualquer forma que o vetor unitário virra
o I
   x    e temos o resultado de Ampère, B   , que diz que o campo B produzido por uma corrente I em
2 r
um fio infinito é azimutal (na direção de  ) como mostra a figura.

o I
Assim, o resultado de Ampère dizia que o campo B produzido por um fio era azimutal e valia , B   com a
2 r
corrente na direção de z positivo, como mostra a figura.

Agora vamos escrever a lei de Ampère na forma:  Bd


C
 o I int . Essa lei nos leva ao resultado anterior. Primeiro pela

simetria de translação do fio infinito vemos que o campo só pode depender de  a distância perpendicular até o fio. Se
sabemos, por simetria, que a direção do campo é azimutal [discutiremos as simetrias com cuidado na resolução de
problemas] como mostra a figura acima, percebemos que:
o I int
 Bd
C
 o I int pois B  d  B  2 r  o I int
C
 B
2 r

Agora podemos usar o teorema de Stokes para re-escrever:

 Bd
C
   B  ndA    J  ndA
sup
o
sup

Como as duas integrais são na mesma superfície, arbitrária, então:

B
  B  o J ou chamando H  temos   B  o J
o
Então chegamos aos resultados para o campo magnético:

Biot-Savart Ampère Maxwell ou Forma diferencial


o I d    r  r  
dB 
4 r  r
3  Bd
C
 o I int   B  o J

Só falta agora a Lei de Faraday-Lenz

Força Eletromotriz:
Os campos elétricos e magnéticos são capazes de discriminar cargas, mas não são os únicos agentes capazes de
discriminar cargas. Em uma pilha, por exemplo, a energia química é capaz de separar cargas mesmo contra a força do
campo elétrico criado pela separação de cargas. Até onde vimos o campo elétrico criado pelas cargas, vamos chamar de
Eq tem a propriedade
C
E q  d  0 , pois   Eq  0 . Se existisse apenas o campo Eq as cargas q terminariam se

encontrando e não teríamos corrente circulando continuamente. Vamos fazer uma analogia mecânica, muito boa porque
o campo gravitacional também vai com g  1 , então   g  0 . Suponha um sistema de tubos sem atrito na vertical
r2
em que circulam bolas continuamente, como mostra a figura abaixo. Na extremidade direita dos tubos, existe um tubo
vertical cheio de óleo viscoso, o tubo vermelho, que dissipa toda a energia potencial ganha com a diferença de altura. Na
analogia elétrica o tubo vermelho seria um resistor, ou resistência. O estado de equilíbrio seriam todas as bolas embaixo.
No entanto na abertura existe uma pessoa que realiza trabalho, contra o campo gravitacional, usando sua energia química,
do seu feijão, para manter as bolas circulando continuamente. A força que essa pessoa exerce é chamada força motriz.
No caso das cargas, também, para manter uma corrente fluindo, é preciso uma agente que realize trabalho contra o campo
das cargas, exercendo uma força capaz de discriminar e separar as cargas. Essa força é chamada de Força Eletromotriz.
A analogia com a força eletromotriz mostra que existe um agente, capaz de discriminar cargas e separar as positivas
(bolas azuis) das negativas (bolas vermelhas) e carregando duas placas paralelas. Ao fazer isso ele cria um campo elétrico
Eq que tenderia a fazer as cargas voltarem ao estado de neutralidade inicial. A integral no percurso fechado do circuito
devido apenas as distribuições de cargas, seria zero, ou seja, E
C
q  d  0 . Mas note que na região existe, além do campo

das cargas, um campo E fem que é igual ao Eq com sinal contrário e só atua entre as duas placas. Assim se a
considerarmos que E  Eq  E fem então  E d
C
 E
C
q d  E
C
fem  d  Eq  0 . Note que campo elétrico vezes

distância tem unidade de volt, e a força eletromotriz é dada em volts.


Assim, definimos a FORÇA ELETROMOTRIZ por:

  E d
C

Condutores:
Condutores possuem no interior cargas livres que podem se movimentar. Tipicamente, se pode pensar que os elétrons
são livres para se movimentarem enquanto os núcleos dos átomos estão presos em posições fixas. O condutor inteiro é
neutro, cargas positivas – cargas negativas, mas as cargas negativas podem se mover. Se as cargas negativas se movem
ciam uma região onde tem excesso de cargas negativas e outra com excesso de cargas positivas, criando um campo
elétrico entre elas. Isso implica em dois fatos importantes:

1. O campo elétrico no interior de um condutor em equilíbrio é ZERO. Se houver campo elétrico as cargas se
movem ciando um campo contrário. Só param de se mover quando anularem o campo dentro do condutor.
2. Não existe carga líquida dentro de um condutor. Se houvesse ela criaria um campo dentro do condutor.
Conclusão, toda carga em um condutor está localizada na superfície.
3. O campo elétrico na superfície de um condutor tem que ser perpendicular à superfície. Se for tangencial à
superfície as cargas podem se mover, pois são livres para se movimentarem dentro do condutor, mas não são
livres para sair do condutor. Logo, apenas o campo elétrico perpendicular à superfície pode existir, pois as cagas
não podem se mover nessa direção.
dV
4. O potencial de um condutor é constante, igual em todo ele. Como o campo é zero, então  0 logo V  cte
dx
. Um condutor é uma região equipotencial e sua superfície, uma superfície equipotencial.
Esses fatos explicam, por exemplo, o poder das pontas.
Lei de Gauss: [equivalente à lei de Coulomb]

qint
 E dA  
S
n
o

A integral é feita na superfície fechada S e qint é a carga dentro dessa superfície. Com a lei de Gauss tiramos a lei de
Coulomb. Sabemos por simetria que o campo de uma carga pontual é radial e que só depende do raio. Assim escolhendo
uma esfera com centro na carga o campo é constante, logo:

q 1 q
 E dA  4 r E    E
2

4 o r 2
n
S o

Leis de Gauss e Coulomb são equivalentes, mas a lei de Gauss permite encontrar os campos facilmente em certas
situações em que o uso da lei de Coulomb seria complicado.
The law was first [1] formulated by Joseph-Louis Lagrange in 1773, [2] followed by Carl Friedrich Gauss in 1813,[3]
both in the context of the attraction of ellipsoids. It is one of Maxwell's four equations, which form the basis of classical
electrodynamics. [note 1] Gauss's law can be used to derive Coulomb's law,[4] and vice versa.

Exemplo 1: Um esfera condutora com superfície carregada. Para fora da esfera a lei de Gauss nos garante que isso
significa que toda a carga pode estar concentrada no centro, nesse caso:

Q
E
4 o R 2

Com isso podemos calcular a carga total na superfície da Terra que gera o campo de 100V/m.

C
 o  8.854 1012
V m
Q V
 100
  6400 103  m 2
C 2 m
4  8.854 1012
V m
C V
QT  4  8.854   6.4  1012 1012 100  m2 
2

V m m

QT  4  8.854   6.4  100 C  4.557 105 C


2

QT  0.4557 106 C  0.45MC

Ou seja, a carga negativa na superfície da Terra é de cerca de meio milhão de Coulombs.

Exemplo 2: Campo elétrico de um plano infinito com densidade superficial de carga uniforme.
dq
Chamamos   , a densidade de superficial de carga, ou carga por unidade de área. Análise por simetria mostra que
dA
o campo elétrico é perpendicular à superfície apontando para fora da mesma e que só pode variar com a distância do
ponto até a superfície, e não da distância ao longo da superfície.

A 
Assim  E dA  2EA 
S
n
o
 E
2 o


E
2 o

Interessante é que esse campo não depende sequer da distância até o plano. Isso porque a placa é considerada infinita.
Discutir efeitos de borda.

Se as duas placas com carga positiva e negativa têm a mesma densidade superficial de cargas os campos entre as placas
se somam e se anulam fora das placas. Assim o campo entre as placas é dado por:
Q
E
o A
Esse sistema de duas superfícies com cargas iguais e contrárias é chamado de capacitor.

dV Q
O potencial elétrico é dado por: E   , logo V  x
dx o A
Desenhar os campos indo da placa carregada positivamente para a placa negativa.

QL
Se a distância entre as placas é L então V  . A ideia do capacitor é armazenar carga e para isso precisamos aplicar
o A
uma DDP, logo a medida interessante de uma capacitância é:

Q
C  Farad  F
V
C
A unidade de capacitância é o Farad onde 1 Farad  1 . Note que no capacitor de duas placas metálicas a capacitância
V
Q o A Q  A
será dada por: C   C  o
V L V L
http://www.feynmanlectures.caltech.edu/II_09.html

1 1 1
U    r    r  dV     r  1  r  dV   2   r 2  r  dV 
2V 2 placa1 2 placa
1 1
    r  1  r   0  dV   2   r  2  r   V  dV 
2 placa1 2 placa
1 1
 V    r  dV  VQ
2 placa 2 2

1 1 Q 1 1 Q2
U  VQ  V 2  CV 2 
2 2 V 2 2 C

Constante dielétrica:

Vamos colocar uma placa metálica


Apêndice 2: Coulomb

Charles Augustin de Coulomb [14/06/1736 — 23/08/1806] foi um físico francês. Em sua homenagem, deu-se seu nome
à unidade de carga elétrica, o coulomb. Engenheiro de formação, Coulomb foi principalmente físico. Em 1783 publicou
sete tratados sobre eletricidade e magnetismo, e outros sobre torção, atrito entre sólidos, etc. Experimentador genial e
rigoroso, realizou uma experiência histórica com uma balança de torção para determinar a força exercida entre duas
cargas elétricas, a partir da qual estabeleceu a chamada lei de Coulomb. Durante os últimos quatro anos da sua vida, foi
inspetor geral do ensino público e teve um papel importante no sistema educativo da época.

Apêndice 1: Cavendish – o homem que pesou a Terra

Henry Cavendish [10/10/1731 – 10/03/1810] físico e químico inglês que nasceu em Nice, Itália. A sua mãe Lady Anne
Grey era filha do Duque de Kent, e o seu pai Lord Charles Cavendish era filho do segundo Duque de Devonshire. Fez
várias descobertas mas nunca as publicou. Aos 11 anos, Henry Cavendish frequentou a Dr. Newcome's School, em
Hackney, uma escola particular perto de Londres. Em 1749, aos 18 anos, ingressou na universidade de Cambridge em St
Peter's College, agora conhecida como Peterhouse, mas deixou-a quatro anos depois, sem concluir o seu curso. Cavendish
era silencioso e solitário, além de ser considerado excêntrico. Com um comportamento bastante anti-social, Cavendish
frequentemente evitou publicar o seu trabalho. Não foi antes do final do século XIX, muito depois de sua morte, que
James Clerk Maxwell leu os documentos de Cavendish e encontrou coisas pelas quais outros foram reconhecidos pela
sua descoberta. Exemplos destas antecipações de Cavendish são a Lei das Proporções Recíprocas, de Richter, Lei de
Ohm, Lei das pressões parciais de Dalton, princípios da condutividade elétrica (incluindo a Lei de Coulomb), e Lei dos
Gases, de Charles. Deve-se a Cavendish a primeira determinação experimental da constante de gravitação universal, com
uma balança de torção por ele construída; calculou a partir dessas medições a densidade média da Terra. Forneceu uma
prova experimental da lei do inverso do quadrado da distância em eletrostática e mostrou que nenhuma carga permanece
no interior de um condutor depois deste ter sido ligado a um condutor envolvente. Fez também investigação em química,
identificando o hidrogénio e descobrindo a composição da atmosfera. Combinando metais com ácidos fortes, Cavendish
produziu gás hidrogénio (H2), que ele isolou e estudou. Embora outros, tais como Robert Boyle, já tinham produzido
hidrogénio, o crédito pela descoberta do hidrogénio é dado a Cavendish porque ele o reconheceu como um elemento
químico. Cavendish observou que o hidrogénio, que ele chamou de "ar inflamável", reagia com o oxigénio, então
conhecido como "ar deflogisticado", formando água. James Watt e Antoine Lavoisier fizeram uma observação similar,
e disso resultou uma controvérsia sobre quem deveria receber o crédito pela descoberta. Cavendish também determinou
de forma precisa a composição da atmosfera da Terra. Ele concluiu que 79.167% era "ar flogisticado" (hoje azoto e
árgon), e 20.8333% era "ar deflogisticado" (hoje, 20.95% de oxigénio). Cavendish também encontrou que 1/120 da
atmosfera da Terra era um terceiro gás, que foi identificado como árgon aproximadamente 100 anos depois por William
Ramsay e Lord Rayleigh. Grande parte da sua obra encontra-se reunida em Electrical Researches of Henry Cavendish,
volume editado por Maxwell. Cavendish morreu em 1810, aos 78 anos, e foi enterrado na Catedral de Derby, ao lado de
vários dos seus ancestrais.

Faraday

Michael Faraday (Newington, Surrey, 22 de setembro de 1791 — Hampton Court, 25 de agosto de 1867) foi um físico e
químico inglês. É considerado um dos cientistas mais influentes de todos os tempos.[1] As suas contribuições mais
importantes e os seus trabalhos mais conhecidos tratam dos fenômenos da eletricidade, da eletroquímica e do
magnetismo, mas Faraday fez também diversas outras contribuições muito importantes na física e na química.[2]
Faraday foi principalmente um experimentalista, tendo sido descrito como o "melhor experimentalista na história da
ciência",[3] mesmo não conhecendo matemática avançada, como cálculo infinitesimal. Suas grandes contribuições para
a ciência tiveram grande impacto sobre o entendimento do mundo natural. As descobertas de Faraday cobrem áreas
significativas das modernas física e química, e a tecnologia desenvolvida baseada no seu trabalho está ainda mais
presente.[4] Suas descobertas em eletromagnetismo forneceram a base para os trabalhos de engenharia no fim do século
XIX para que Edison, Siemens, Tesla e Westinghouse tornassem possível a eletrificação das sociedades industrializadas.
Seus trabalhos em eletroquímica são amplamente usados em química industrial.
Na física, foi um dos primeiros a estudar as relações entre eletricidade e magnetismo. Em 1821, logo após Oersted
descobrir que a eletricidade e o magnetismo eram associados entre si, Faraday publicou um trabalho que chamou de
"rotação eletromagnética", elaborando os princípios de funcionamento do motor elétrico. Em 1831, Faraday descobriu a
indução eletromagnética, o princípio por trás do gerador elétrico e do transformador elétrico. Suas ideias sobre os campos
elétricos e os magnéticos, e a natureza dos campos em geral, inspiraram trabalhos posteriores fundamentais nessa área,
como as equações de Maxwell. Seus estudos sobre campos eletromagnéticos são conceitos-chave da física atual.
Na química também teve grande importância. Descobriu o benzeno, produziu os primeiros cloretos de carbono
conhecidos (C2Cl6 e C2Cl4)[5] e ajudou a expandir os fundamentos da metalurgia e da metalografia. As suas
experiências garantiram o sucesso na liquefação de gases nunca antes liquefeitos (dióxido de carbono e cloro entre
outros). Isso tornou possíveis novos métodos de refrigeração cujos princípios continuam a ser utilizados nos modernos
refrigeradores domésticos.
Talvez a sua maior contribuição tenha sido virtualmente fundar a eletroquímica. Faraday criou termos como eletrólito,
ânodo, catodo, eletródo, e íon.[4]
Em 1853 Faraday publicou os resultados dos seus estudos sobre as mesas girantes. Ele verificou experimentalmente que
as mesas se moviam devido ao efeito ideomotor.[6] O experimento e sua divulgação no jornal The Times estão
relacionados à preocupação de Faraday com as falhas na educação que levaram as pessoas a acreditarem no mesmerismo,
nas mesas girantes[7] e nas sessões espíritas.[8][9] Em 1854 ele tratou do assunto em uma de suas palestras.[10]

Alessandro Volta.

Alessandro Volta, Como Itália [18/02/1745 — 5/03/1827] foi um físico italiano, conhecido especialmente pela invenção
da primeira bateria elétrica, a chamada pilha de Volta.

Volta e Galvani [editar | editar código-fonte]

Pilha voltaica em exposição no Templo Voltiano, próximo à casa de Volta em Como


Luigi Galvani, físico italiano, por volta do ano 1800 descobriu algo que ele denominou eletricidade animal. Ele descreveu
em sua obra De Viribus Electricitatis in Motu Musculari Commentarius [5] diversos experimentos onde estimulava
nervos de rãs eletricamente e podia observar sua contração muscular.
Volta fez observações no trabalho de Galvani e realizou também experimentos, concluindo que algo como eletricidade
animal não existia, ou seja, que as rãs não produziam eletricidade própria. O que ocorria era que os metais utilizados na
conexão dos nervos e músculos da rã estavam gerando a eletricidade que causava as contrações. Volta percebeu que as
contrações nos músculos das rãs ocorriam e continuavam por um tempo enquanto havia um circuito de dois metais
heterogêneos. Disto ele concluiu que o princípio de excitação residia nos metais. Concluiu também que a corrente elétrica
surgia quando estes metais estavam separados por um meio condutor, como as pernas da rã ou uma solução salina. De
acordo com o físico italiano, o músculo funcionava apenas como um condutor e detector biológico da corrente elétrica.[6]

Volta descobriu então que uma força eletromotriz seria gerada quando dois metais heterogêneos eram colocados em
contato. Em 1800 Volta idealizou a pilha voltaica, predecessora da bateria elétrica, onde ele dispôs diversos discos
metálicos empilhados em série, separados por discos de feltro encharcados de solução condutora.[7] A pilha de discos
alternados de cobre e de zinco, separados por discos de papelão úmido foi a primeira bateria elétrica e também a primeira
fonte geradora de um fluxo contínuo de energia elétrica.[8]
Volta determinou que os melhores pares de metais heterogêneos, disponíveis na época, para a produção de electricidade
eram o zinco e o cobre. Aumentando o numero de discos e separando-os por tais tecidos embebidos em solução
condutora, observou ainda que a intensidade obtida era proporcional ao número de pares.[6]
Entre o período de 1800 a 1815, após a invenção da pilha, aconteceu uma grande evolução da eletroquímica.
Ex
B By  Ex  By  Ex
 E         o o
tz t z z t z t t
1 E 1 By E By E  2 By  2 By
  B   o    o x     o o x    o o
o t o z t z t z 2 t 2

 2 Ex  2 Ex  2 Ex 1  2 Ex  2 Ex 1  2 Ex
  o o   0   0
z 2 t 2 z 2  1  t 2 z 2 c 2 t 2
 
  o o 
 2 By  2 By  2 By 1  2 By  2 By 1  2 By
  o o   0   0
z 2 t 2 z 2  1  t 2 z 2 c 2 t 2
 
  o o 

1
c2   c   o o
 o o

relationship between electricity and magnetism began in 1819 with work by Hans Christian Ørsted, a professor at the
University of Copenhagen, who discovered by the accidental twitching of a compass needle near a wire that an electric
current could create a magnetic field. This landmark experiment is known as Ørsted's Experiment. Several other
experiments followed, with André-Marie Ampère, who in 1820 discovered that the magnetic field circulating in a closed-
path was related to the current flowing through a surface enclosed by the path; Carl Friedrich Gauss; Jean-Baptiste Biot
and Félix Savart, both of whom in 1820 came up with the Biot–Savart law giving an equation for the magnetic field from
a current-carrying wire; Michael Faraday, who in 1831 found that a time-varying magnetic flux through a loop of wire
induced a voltage, and others finding further links between magnetism and electricity

, devemos

Enquanto Cavendish mediu a constante gravitacional, Coulomb mediu a permissividade do vácuo  o obtendo:

C2 C 2s2
 o  8.854 1012  8.854 1012
J m kg  m3
Conceito de campo é criado por Faraday e hoje está firmemente incorporado à física.
Conceito de Campo: carga 1 cria um campo que distorce o espaço e a carga 2 sente essa distorção como uma força:

r cada um deles
C
 o  8.854 1012
V m

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