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Torque no dipolo elétrico:  e  p  E

Torque no dipolo magnético:  m  m  B

Energia na rotação: U e   p  E e U m  m  B

Energia de um dipolo em um campo elétrico:

1 pr 1 3 p  n  n  p
dip   Edip 
4 o r 3 4 o r3

 
U dip  q  r   q r  d  q  r   q  r   qd   qd    

U dip   p  E

Energia entre 2 dipolos elétricos:

1 3  p2  n  n  p2 1 p1  p2  3  p2  n  p1  n 
U dip   p1  E2   p1  
4 o r 3
4 o r3

Energia entre 2 dipolos magnéticos:

o 3  m2  n  n  m2 o m2  m1  3  m2  n  m1  n 
U dip  m1  B2   m1  
4 r3 4 r3

Materiais magnéticos:
https://www.youtube.com/watch?v=xvtAHQTMBAk

Momento magnético de órbitas atômicas

Considere um elétron em uma órbita de raio R se movendo com velocidade v . O tempo para completar uma volta
2 R e ev
será v  2 R    de modo que a corrente será i   e o momento magnético
v  2 R
ev evR
  iA    R2  
2 R 2
e o vetor segue a regra da mão direita.

O momento angular de um elétron de massa me na órbita circular será L  r  p  me Rv . Então

evR e e
   me Rv    L
2 2me 2me

Usando um pouco, muito pouco, de quântica, o momento angular dos elétrons na direção z é quantizado em
Lz  m m 
 
  0,1, 2, 
m    ,   1, , 0,1, ,  1, 
e
com valores inteiros positivos e negativos. Então o momento magnético será dado por orb   n . Esse é o
2me
momento magnético orbital. Depois se descobriu que o elétron também gira em torno do seu próprio eixo e possui
momento angular de spin, que segue a regra S  n n      . Assim, o spin do elétron também tem
2 2 2
n e
contribuição no momento magnético dada por  spin   . Também se descobriu que os prótons possuem
2 2me
 e 
.   orb  spin    s  
n e
momento angular de spin, nesse caso muda a carga e spin  
2 2m p  2me 

1s2
2
2s2 2p6
4
3s2 3p6 3d10
12
4s2 4p6 4d10 4fn
20
5s2 5p6
38 6s
56

Preenchendo órbitais.

 1 1  e 
s1   0, s   m   
0 2 2  2me 

s2   0, s  0  m  0
0

 1  1   e  3  e 
p1   1, s   m  1      
1 0 1 2  2   2me  2  2me 
   e   e 
p2   1, s  1  m  1  1    2 
1 0 1  2me   2me 
   3  3   e  3  e 
p3   0, s   m   0      
1 0 1 2  2   2me  2  2me 
    e   e 
p4   1, s  1  m  1  1    2 
1 0 1  2me   2me 
   1  1   e  3  e 
p5   1, s   m  1      
1 0 1 2  2   2me  2  2me 
  
p6   0, s  0  m  0
1 0 1
 1  1   e  5  e 
d1   2, s   m   2      
2 1 0 1 2 2  2   2me  2  2me 
   e   e 
d2   3, s  1  m   3  1    4 
2 1 0 1 2  2me   2me 
   3  3   e  9  e 
d3   3, s   m   3      
2 1 0 1 2 2  2   2me  2  2me 
     e   e 
d4   2, s  2  m   2  2     4 
2 1 0 1 2  2me   2me 
     5  5   e  5  e 
d5   0, s   m   0      
2 1 0 1 2 2  2   2me  2  2me 
      e   e 
d6   2, s  2  m   2  2     4 
2 1 0 1 2  2me   2me 
     3  3   e  9  e 
d7   3, s   m   3      
2 1 0 1 2 2  2   2me  2  2me 
      e   e 
d8   3, s  1  m   3  1    4 
2 1 0 1 2  2me   2me 
     1  1   e  5  e 
d9   2, s   m   2      
2 1 0 1 2 2  2   2me  2  2me 
    
d 10   0, s  0  m  0
2 1 0 1 2

Diamagnetismo: Nos materiais diamagnéticos todos os momentos angulares orbitais e de spin se cancelam. Então, não
e
existe um momento magnético permanente. Assim temos que    L e sabemos que
2me
L L
 torque   rF
t t

A força magnética no elétron é para o centro acelerando o mesmo. Acelerando o elétron ele aumenta de
velocidade e aumenta o momento magnético. No caso do elétron o momento magnético é oposto ao campo B aplicado,
então o campo B diminui.
Calculando a mudança. Forma 1 – usando a aproximação de que o raio da órbita do elétron não muda e a
velocidade muda muito pouco. O elétron estava em uma órbita na qual

e2 me v o2
Fe  p  
4 o Ro2 Ro

Quando se aplica o campo temos a força magnética e a força elétrica:

e2 me v12 me vo2 me v12


Fm  Fe  p  ev1 B    eV1 B  
4 o R12 R1 Ro R1

e2 me v12 me vo2 me v12


Fm  Fe  p  ev1 B    eV1 B  
4 o R12 R1 Ro R1

me v12 me vo2
ev1 B 
Ro

Ro
 ev1 B 
Ro

me 2
v1  v o2   e  v1  v o  v1  v o   e  2v1  v
m
Ro
m
Ro

me eR
ev1 B   2v1  v  v  o B
Ro 2me

Agora o momento angular do elétron é dado por L  me Rv  me Rv  me Rv  Lo  me Rv e assim:

eRo eR 2
L  me Ro v  me Ro B o B
2me 2

Note que os materiais diamagnéticos possuem momento angular+spin nulos, somados em todos os elétrons.
Assim, só os L contam. A variação do momento magnético

e e 2 Ro2
   L   B é contrária ao campo externo. Se não havia magnetização alguma antes então a
2me 4me
ndipolos e 2 Ro2 Ne 2 Ro2 ndipolos
magnetização final será M   B  m   com N  .
Volume 4me 4me Volume
o
Ordem de grandeza: e 1019 C; Ro ~ 1A  1010 m; me 1030 Kg

e2 Ro2 1038 1020


1028
4me 1030

 n e 2 Ro2 moléculas dipolos


Lembrando que precisamos de M   B e temos da ordem de 1022  1028
V V 4me cm 3
m3

Outra forma de calcular a variação do momento, via lei de Lenz. Não havia campo magnético no átomo, e para
dB dB
aplicar um campo externo é preciso que ele varie de zero até B então haverá um e se existe haverá um campo
dt dt
elétrico que podemos calcular via lei de Ampere:
 dB R dB
 E d
C
 
t S
B  ndA  E 2 R   R 2
dt
 E
2 dt
.
eR dB eR 2 dB
Esse campo elétrico gera a força F  eE  que gera o torque  logo
2 dt 2 dt
2 2
dL eR 2 dB eR 2 eR 2 e e Ro
  L  B  B . Daí, novamente,    L   B.
dt 2 dt 2 2 2me 4me

Paramagnetismo: agora cada molécula possui um momento de dipolo permanente mas o momento total é nulo porque
cada uma delas está em uma direção diferente. Quando aplicamos campo magnético externo essas moléculas se alinham
com o campo e se cria uma magnetização na mesma direção do campo. O alinhamento vai depender da temperatura,
quanto mais alta a temperatura menor o alinhamento. Daí vemos a curva da magnetização em função do campo
aplicado. A saturação acontece quando todos os dipolos estão alinhados com o campo externo.

B
A lei de Curie (Pierre Curie) diz que para campos pequenos a curva é uma reta na qual M  C . Usando física
T
estatística e mecânica quântica pode-se calcular a curva toda para qualquer temperatura, mas não é o objetivo dessa
disciplina. Basta saber, portanto, que nos materiais paramagnéticos os dipolos se alinham com o campo externo e a
força em um imã é atrativa. Nos diamagnéticos os dipolos se alinha contrário ao campo externo e a força com um imã
é repulsiva.

Materiais Ferromagnéticos:

A gente já viu que a energia de um dipolo em um campo magnético é dada por U m  m  B . Qual seria a interaçao
o  3  m1  r  r m1 
entre dois dipolos? O campo do dipolo 1 na posição do dipolo 2 é dado por B1    3  então:
4  r5 r 

o  3  m1  r  m2  r  m2  m1 
U12  m2  B1     
4  r5 r3 

o
U12   3  m1  rˆ  m2  rˆ   m2  m1 
4 r 3 
Materiais ferromagnéticos – metais 3d: ferro, níquel e cobalto
1s2
2
2s2 2p6
4
3s2 3p6 3d10
12
4s2 4p6 4d10 4fn
20
5s2 5p6
38 6s
56

Ferro: Fe : 1s 2 2s 2 2 p6 3s 2 3 p6 3d 6 4s 2

Só os orbitais 3d interessam, ou outros estão completos. Nesse caso 2 e s2

      e   e 
d6   2, s  2  m   2  2     4 
2 1 0 1 2  2me   2me 

Cobalto: Co : 1s 2 2s 2 2 p6 3s 2 3 p6 3d 7 4s 2

     3  3   e  9  e 
d7   3, s   m   3      
2 1 0 1 2 2  2   2me  2  2me 

Níquel: Ni : 1s 2 2s 2 2 p6 3s 2 3 p6 3d 8 4s 2

      e   e 
d8   3, s  1  m   3  1    4 
2 1 0 1 2  2me   2me 
Lantanídeos:

Domínios ferromagnéticos:

Temperatura de Curie: acima dela um imã permanente deixa de ser imã.


https://www.youtube.com/watch?v=haVX24hOwQI
https://www.youtube.com/watch?v=rOgGJaO5C00

Material ferromagnético Temperatura de Curie [oC]


EuO −204.2
Dy −185.2
Gd 19
CrO2 113
Ni 354
Fe2O3 675
Fe 770
Co 1130

Ferrimagnéticos. Exchange – troca – partículas idênticas - devida ao SPIN. U exc  J S1  S 2

Ferromagnéticos: alinha os spins na mesma direção. Magnetização permanente.

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