CNB 10, LOTES 04/05 - TAGUATINGA NORTE

CONDOMÍNIO RESIDENCIAL TOM JOBIM

BRASÍLIA-DF

RELATÓRIO DE VISTORIA
AO RESERVATÓRIO INFERIOR
DE ÁGUA POTÁVEL

BRASÍLIA
DEZEMBRO DE 2016
 CNB 10, LOTES 04/05 - TAGUATINGA NORTE

CONDOMÍNIO RESIDENCIAL TOM JOBIM

BRASÍLIA-DF

RELATÓRIO DE VISTORIA AO
RESERVATÓRIO INFERIOR DE ÁGUA POTÁVEL

Relatório de Vistoria Técnica realizada

ao reservatório inferior de água potável
do Condomínio Residencial Tom
Jobim, situado na CNB 10, Lotes
04/05, Taguatinga Norte - DF, para
aferir situação de estanqueidade .

Assinado por:

______________________________________________________
Júlio César Amador Alves Sirqueira
Engº Civil Crea-DF 19528/D-DF
Responsável pelo Relatório

______________________________________________________
Elisangela Aparecida Dias Brito
Síndica do Condomínio Residencial Tom Jobim
Responsável pelo condomínio

Brasília, 05 de Dezembro de 2016.

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 “Porquanto, qual de vós, desejando construir uma torre,
primeiro não se assenta e calcula o custo do
empreendimento, e avalia se tem os recursos necessários
para edificá-la?.”

Bíblia Sagrada "TB10" - Lucas 14:28

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1. INTRODUÇÃO

1.1. Considerações iniciais

O presente Relatório foi solicitado pela administração do condomínio

para aferir a situação de estanqueidade atual do reservatório inferior de água
potável do edifício.

Apresentações de registros fotográficos serão utilizadas para

visualização das etapas da vistoria e melhorar o entendimento do processo.

A edificação é composta por 01 bloco com 26 Pavimentos, sendo 03

pavimentos subsolos com vagas de garagem, 01 pavimento térreo com entrada
principal e vagas de garagens, 1 Pavimento com área de lazer e 02
apartamentos, 17 Pavimentos com 4 Apartamentos por andar, 04 Pavimentos
com 2 Apartamentos por andar (totalizando 78 apartamentos no edificio).

O prédio é dotado de um reservatório inferior e dois reservatórios

superiores. O reservatório inferior é abastecido diretamente pela
concessionária local (CAESB). Os reservatórios superiores são abastecidos
através de conjunto de bombas de recalque localizadas em cômodo próprio no
3º Subsolo da construção com água proveniente do reservatório inferior.

1.2. Objetivo

Este Relatório tem o objetivo principal de identificar possíveis

vazamentos no reservatório inferior através de observação de variação do nível
da lamina d"água após isolamento do reservatório e sugerir providências.

1.3. Histórico apresentado

Após observação de valores crescentes do "resíduo - CAESB" mensal

(diferença entre o volume de água que entra no reservatório principal e a
somatória dos volumes apurados nos hidrômetros das unidades consumidoras)
na conta de água e esgoto do condomínio, notou-se a necessidade de
averiguação da situação de estanqueidade do reservatório inferior a fim de
identificar as causas desses aumentos e, por fim, a retificação de possíveis
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falhas nos elementos que constituem o sistema de abastecimento de água
potável.

2. LOCALIZAÇÃO / METODOLOGIA / DESCRIÇÃO DA VISTORIA

2.1. Localização

A edificação está localizada na CNB 10, Lotes 04/05 - Taguatinga Norte

- DF.

Imagem 01 – Imagem de Localização do Condomínio

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Imagem 02 – Imagem de Localização do Condomínio

Imagem 03 – Imagem da Fachada Principal

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2.2. Metodologia

Para aferir situação de integridade da impermeabilização e,

consequentemente, a sua eficácia foi adotado o método de visualização
simples da altura da lâmina d'água do reservatório inferior a partir de medições
realizadas em intervalo de 16 horas em um ponto fixo. Tubo de PVC liso foi
instalado na região central da tampa do reservatório abrangendo desde o fundo
do tanque até posição acima da tampa existente.
Para a validade da observação foi isolado totalmente a entrada principal
de abastecimento de água vinda da concessionária e também a saída que leva
aos reservatórios secundários (superiores).
O isolamento do reservatório se deu através de fechamento do registro
de entrada de água e o desligamento do conjunto de bombas de recalque que
impulsiona o fluxo d'água aos reservatórios superiores. Isso somente foi
possível com a interrupção completa do abastecimento aos reservatórios
superiores do edifício.

2.3. Descrição da Vistoria

As vistorias aconteceram em dias distintos, com observação da altura da

lâmina d'água do reservatório inferior nos dias 30 de Novembro de 2016 e 01
de Dezembro de 2016. O reservatório tem geometria conforme Imagem 04,
com área total de 45,62 m², capacidade total de 112.840,00 Litros e capacidade
útil de 101.440,00 litros. (Dados obtidos a partir do projeto apresentado pela
administração do condomínio. A capacidade útil foi conseguida com a
consideração de lamina d'água 25 cm abaixo da laje de tampa do reservatório).

Imagem 04 – Esquema do reservatório inferior

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 No dia 30 de Novembro de 2016 às 18:00 horas, quando foi realizada a
primeira observação ao reservatório, foi instalado na posição central da tampa
do reservatório um tubo de PVC liso para aferição de medida e marcação do
nível d'água (Imagem 05). Nesta observação foi identificado uma altura de 91,8
cm desde a lamina d'água até o final do tubo (Imagem 06).

Imagem 05 – Nível da lamina d'água no dia 30 de Novembro às 18:00 hs

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 Imagem 06 – Altura desde a lamina d'água até o final do tubo no dia 30 de
Novembro às 18:00 hs

Medição idêntica foi realizada 16 horas depois, no dia 01 de Dezembro

de 2016 ás 10:00 horas, quando foi constatado alteração do nível d'água
(Imagem 07). Nesta observação foi identificado uma altura de 96,9 cm desde a
lamina d'água até o final do tubo (Imagem 08). A partir da análise desses
dados é possível afirmar que existem vazamentos e infiltrações com perdas de

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volumes para meio externo. O nível de perda constatado foi de 5,1 cm (Imagem
09).
Cabe resaltar que o cômodo em que o acesso à caixa está localizado
permaneceu fechado o que restringiu a comunicação com a atmosfera no
período de análise, amenizando o efeito da evaporação e favorecendo a
interpretação dos dados obtidos.

Imagem 07 – Nível d'água no dia 01 de Dezembro às 10:00 hs

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Imagem 08 – Altura desde a lamina d'água até o final do tubo no dia 01 de
Dezembro às 10:00 hs

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Imagem 08 – Altura de perda observado no dia 01 de Dezembro às 10:00 hs

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3. CONCLUSÃO

Das vistorias empreendidas à edificação em intervalo de 16 horas, com

isolamento total do reservatório e demarcação de altura de lâmina d'água em
tubo instalado somente esse fim, foi constatado a instabilidade do volume
condicionado. Desta observação conclui-se que o reservatório encontra-se
sem impermeabilidade requerida à sua finalidade e não apresenta condições
de estanqueidade e hermeticidade, permitindo a perda de volumes
consideráveis de água para o meio externo.

O volume de água perdido pelo reservatório tem sido sistematicamente

absorvido pelo solo abaixo do prédio, favorecendo a perda de resistência da
camada superficial do terreno e propiciando o surgimento de pequenas
acomodações sujeitando o piso do 3º subsolo ao aparecimento de pequenos
afundamentos e trincas em pontos isolados.

Vale ressaltar que essa perda de resistência, caso aconteça, é em níveis

superficiais não comprometendo as fundações profundas e/ou estrutura da
edificação.

O volume de água perdido nessas 16 horas de análise foi de 2.326,62

litros. Estendendo essa perda para 24 horas tem-se um volume diário de
3.489,93 litros. Fazendo uma analogia desses dados e estendendo mais uma
vez o intervalo para 30 dias (1 mês) o volume perdido seria de 104.697,90
litros.

O procedimento de medição foi supervisionado, conduzido e realizado

por profissional habilitado Engenheiro Civil, que atesta sua veracidade e
aplicação do método descrito.

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4. RECOMENDAÇÕES FINAIS

Recomenda-se intervenção de retificação da impermeabilização do

reservatório de forma URGENTE para evitar perdas de água e,
consequentemente, perdas financeiras. A retificação além de evitar perdas
financeiras, evitará o encharcamento do terreno e manterá a situação de
integridade do solo que, intui-se, foi deixado pelos construtores.

Recomenda-se um processo que retificação seguindo os seguintes

passos:

1) Retirada da impermeabilização existente fazendo uso do

procedimento de esmerilhação mecânica com equipamento apropriado em toda
superfície das paredes, fundo e tampa do reservatório;

2) Regularização com preenchimento de possíveis brocas, emendas

de compensado de forma e "ninhos de brita" da concretagem em toda
superfície das paredes, fundo e tampa do reservatório;

3) Aplicação de 2 camadas cruzadas de impermeabilizante tipo

argamassa polimérica SEMI-FLEXÍVEL (Denvertec 100 ou similar) como base
de impermeabilização definitiva em toda superfície das paredes, fundo e tampa
do reservatório;

4) Aplicação de 5 camadas cruzadas de impermeabilizante tipo

argamassa polimérica FLEXÍVEL (Denvertec 540 ou similar), estruturada com
tela de poliéster na 2ª camada, em toda superfície das paredes e fundo do
reservatório

5) Aguardar período mínimo de 5 dias de cura dos materiais

aplicados para, então, liberar o reservatório ao recebimento de água. É
importante a realização de inspeção da área impermeabilizada ao término
desse período para garantir que o revestimento encontra-se coeso e curado,
pois a falta de ventilação ou a existência de umidade pode influenciar no
resultado esperado.
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 6) Substituição da tampa do reservatório existente por outra de
material inoxidável (preferencialmente de alumínio), com saliências em sua
região central tipo "ponta de diamante".

7) Realização de teste de estanqueidade por no mínimo 72 horas

após a cura dos produtos aplicados, para aferir eficiência do procedimento.

8) Todo procedimento deve ser realizado com instalação de exaustor

na tampa do reservatório a fim de amenizar a inalação de gases e poeiras
provenientes dos produtos pelos executores.

Empresa especializada com profissional habilitado em seu quadro para o

acompanhamento e garantia de aplicação do método descrito deverá ser
contratada para execução dos trabalhos. Faz-se necessário o registro de
Anotação de Responsabilidade Técnica - ART junto ao Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia do Distrito Federal - CREA-DF.

Os serviços a serem executados deveram ter garantia mínima de 5

anos.

Recomenda-se, por fim, a aferição da estanqueidade do reservatório em

intervalos máximo de 1 ano com a finalidade de identificar surgimento de novos
vazamentos de forma célere e evitar perdas prolongadas.

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