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DEFESA DE TCC 2023/2

DERMATITE DIGITAL EM BOVINOS:


ETIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE
Dayelle Correa OLIVEIRA1; Thiago Souza Azeredo BASTOS2
1- Graduanda em Medicina Veterinária pela Faculdade Anhanguera de Anápolis FAA, Anápolis, Goiás ,Brasil: dayellecorrea2016@gmail.com
2- Professor Doutor na Faculdade Anhanguera de Anápolis- FAA, Anápolis, Góias, Brasil.

INTRODUÇÃO DESENVOLVIMENTO
Dermatite digital é uma doença infecciosa multifatorial, que pode acometer bovinos A dermatite digital é a lesão podal mais comum em bovinos no mundo inteiro,
de raças e idades diferentes,é considerada uma doença de difícil controle. Ela inclusive no Brasil, dessa forma, acometendo animais de corte, de leite e
pode aparecer tanto na parte de trás, tanto na da frente dos dígitos, como também reprodução, não selecionando idade para ser acometido. Essa é uma doença
na pele, imediatamente acima dos cascos. Sendo assim, a bactéria do gênero muito relacionada com a falta de higiene ambiental, ou seja, ao acúmulo de
Treponema, responsável pela lesão. Dessa forma, para revertermos a matéria orgânica no ambiente, como o barro e esterco, estando em combinação
problematica, apresentaremos formas eficazes de diagnóstico e controle da
com a umidade do local.
doença.
A transmissão da dermatite digital ocorre devido a bactéria na qual está
presente no intestino dos animais e assim, é eliminada com as fezes. Por sua
vez, a bactéria só se instalará se houver uma porta de entrada, ou seja, uma
ferida que possui uma origem mecânica. Dessa forma, o animal precisa
machucar o pé por abrasão em uma superfície rígida. Seja ela em barros rígidos,
cascalhos ou pedras pontiagudas em locais onde possui acúmulo de barro.
Os sinais clínicos da dermatite digital incluem odor fétido, dor ao toque,
dificuldade ao se locomover e claudicação. Devido a dificuldade de se
locomover, esse animal vai possuir uma baixa ingestão de alimentos e isso pode
afetar a produção, tanto de carne, quanto, de leite. E as dores constantes desse
animal, pode acarretar em um estresse crônico, podendo gerar baixas taxas
reprodutivas, já que o humor do animal pode influenciar muito.
Para que haja uma boa medida de controle da doença, é crucial que depositem
doações de boas práticas de manejo, como por exemplo, uma higiene adequada
do ambiente, evitar que os animais fiquem em locais úmidos e não drenados,
com a preocupação de oferecer um ambiente limpo, seco, arejado e evitando
Figura 1. Forma erosiva ou ulcerativa da dermatite digital . que o rebanho venha sofrer traumas podais devido a terrenos acidentados,
Fonte : Leão, 2004. tendo um cuidado maior com os cascos e fazer casqueamento preventivo, retirar
matérias orgânicas em excesso, desinfectando constantemente com cal ou
formol a 4%. Lembrando que animais muito lesionados, precisam ser isolados,
para evitar a contaminação do ambiente, devido a constante excreção de
secreções liberadas pelo animal.
O tratamento deve ser tópico, feito com rigorosa limpeza e remoção dos tecidos
com necrose, e aplicação de anti-sépticos no local à base de iodo e
bacteriostático em pó. Para melhor fixação da medicação, o local deve ser
protegido com uma atadura leve. Em alguns casos, é preciso entrar com
intervenção cirúrgica para retirada da hiperplasia interdigital, isso quando ocorrer
claudicação ou lesões secundárias acompanhada de sangramentos.

CONCLUSÕES
Ignorar os sinais de dermatite digital, pode causar danos econômicos
significativos no rebanho bovino, podendo atrasar e dificultar o diagnóstico, o
tratamento precoce e o controle dos animais acometidos pela doença.
Figura 2. Forma ploriferativa verrucosa da dermatite digital bovina.
Fonte: Leão,2004.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERREIRA, P. M. Afecções do sistema locomotor/pododermatites. In: MARQUES, D. C. Criação de bovinos. Belo Horizonte: CVP, 2003, p. 551-552
POTTERTON, S. ;L. et al. Adescriptive review of the peer and non-peer reviewed literature 10 on the treatment and prevention of foot lameness in cattle published between 2000 and 2011. The Veterinary
Journal, v. 193, n. 3, p. 612–616, 2012.
SHEARER, J. K.; et al. Assessment and management of pain associated with lame- ness in cattle. The Veterinary clinics of North America. Food animal practice, v. 29, n. 1, p. 135– 56, 2013.

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