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A RELAÇÃO ENTRE O PENSAMENTO SISTÊMICO E A


INTELIGÊNCIA EMOCIONAL: UM ESTUDO DOS DISCURSOS DE
PROFESSORES​ EM UMA ESCOLA MUNICIPAL DO RIO DE
JANEIRO

Aluno: Danielle Fucs Ghelman

Orientador: Magda Pischetola

Introdução

A pesquisa realizada anteriormente com professores de oito escolas municipais do Rio


de Janeiro à respeito de boas práticas com uso de mídias digitais, intitulada “Letramento
Ecomidiático, Tecnologias e Práticas Pedagógicas”, inserida no projeto “Epistemologia e
didática com o uso de mídias” do ForTec, mostrou que, nas falas de somente 7 de 64
(10,94%) professores entrevistados sobre a relação da escola com a mídia, há indícios do que
Capra (2006) define como pensamento sistêmico. A presente pesquisa, também inserida no
projeto “Epistemologia e didática com o uso de mídias”, parte da seguinte pergunta: Pode o
pensamento sistêmico estar relacionado à um bom nível de inteligência emocional? Para
verificar essa relação, será aplicada a metodologia dos grupos focais, para identificar e
analisar a presença de elementos, tanto de inteligência emocional, quanto de pensamento
sistêmico de professores.​ ​O campo da pesquisa é constituído de uma escola de ensino
fundamental de segundo segmento, dentre duas selecionadas com base nos resultados da
pesquisa anterior realizada pelo ForTec. ​A premissa do estudo é a constatação de que é
imprescindível o professor ter hoje, além do pensamento sistêmico para lidar com os
problemas complexos da sociedade e valorizar os sistemas vivos, a inteligência emocional
para conhecer a si mesmo e estar mais equilibrado em diversos ambientes, além de
desenvolver a empatia no seu relacionamento com os alunos. (Goleman e Senge, 2015). Dessa
forma, baseamos a pesquisa nos pressupostos de que professores empáticos revelam-se
altamente morais e proporcionam uma interação positiva com seus alunos, além do
envolvimento dos mesmos na aprendizagem, a qual passa a ser movida por relacionamentos
fundamentados na valorização e no compartilhamento. Acredita-se que estes professores
emocionalmente e socialmente competentes desenvolvem com seus alunos relações de
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interconexão, suporte e encorajamento, além de gerarem emoções e comportamentos


positivos nos mesmos. Dado isso, compreendemos o quão relevante é a educação
socioemocional.

A presente pesquisa pretende mostrar possíveis relações entre o pensamento sistêmico e


a inteligência emocional.​ ​A escolha por abordar a temática da inteligência emocional é devido
à importância desta​, ​como afirmam Grazziano e Ferraz (2010), para se possuir no trabalho as
condições físicas e emocionais necessárias para exercê-lo com autonomia e segurança,
motivação, compromisso e produtividade. Sobretudo, segundo Cardeira (2012), muitas
problemáticas têm como base a falta de inteligência emocional. Esta proporciona o
conhecimento de si mesmo, das suas emoções, além do estabelecimento de relações empáticas
com os outros. Indivíduos emocionalmente inteligentes são capazes de adiar recompensas,
adequando seus comportamentos à estabelecimentos específicos. O rendimento escolar e a
redução da violência também estão atrelados ao desenvolvimento desta inteligência.

Segundo Goleman e Senge (2015), é preciso entender que, muitas vezes, os problemas
- tanto nas relações do ser humano consigo mesmo, quanto entre seres humanos, como
também entre o ser humano e o meio ambiente - são entendidos como se não houvessem
causas. Segundo Goleman e Senge (2015, p. 55), não percebemos de imediato as
consequências ruins de nossos hábitos diários e, por isso, acaba-se por ignorá-los e não
analisar as causas.​ ​Quando aplicamos esse pensamento dos autores ao contexto escolar,
percebemos que​ ​os professores exercem a sua profissão numa sociedade cheia de
desequilíbrios de várias naturezas e em escolas que, no meio de sucessivas reformas, tardam
em encontrar um rumo que vá ao encontro das necessidades dos diferentes alunos e pais
(Coelho, 2012; Canário, 2006). Ao desenvolvermos a nossa inteligência emocional junto à
uma visão de mundo sistêmica, aprendemos a tomar decisões cada vez mais bem pensadas
com base em uma visão empática, que olha tanto para nosso mundo interior quanto para o
mundo exterior de um modo contextualizado. Segundo Goleman (2015), com uma
compreensão mais profunda dos sistemas, alicerçados no sentimento de afeto, enfrentaremos a
vida com mais preparo e tomaremos decisões benéficas para todos e todo o meio ao nosso
redor.​ ​Assim, entendemos que a inteligência emocional é um elemento fundamental da
profissão docente. Com esse estudo, pretendemos explorar sua relação com o pensamento
sistêmico.

O pensamento sistêmico
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O conceito de pensamento sistêmico pressupõe que a racionalidade científica deva ser


ampliada, incluindo a subjetividade, e sendo capaz de dar suporte aos novos avanços nos
campos da física, da área biomédica e das ciências humanas​.​ Trata-se de um paradigma
emergente, cuja existência é defendida por teóricos como Bateson (1972), Le Moigne (1996),
Capra (2006), Sterling (2010), Morin (2011) e Clèment (2014), entre outros. O conceito é
definido como a compreensão de um fenômeno dentro do contexto ou “todo maior”​ ​(Capra,
2006). Tal pensamento é um processo mental com pressupostos como o de dar ênfase aos
relacionamentos entre os objetos e eventos. (Andrade, 2014). Ele permite pensarmos em
novas possibilidades para reunir os saberes, seguindo os exemplos que a natureza nos
apresenta, baseados na transdisciplinaridade da vida. O pensamento sistêmico é o que
possibilita a ligação de qualidade do ser humano com o meio ambiente, pois valoriza os mais
diversos sistemas, a interligação de seus sujeitos, ambientes e objetos em uma única ‘Teia da
Vida” (CAPRA, 2006). Este permite, ainda, a inteligência ecológica que, para Sterling (2008,
p.78), consiste em um “pensamento essencialmente conectivo, ético, valorativo e expressa
nossa humanidade.” Acredita-se que tanto o pensamento sistêmico quanto a inteligência
emocional possibilitam a conexão dos educadores com os sistemas vivos: seja com si mesmo,
com o aluno ou com o meio ambiente, fazendo com que todos tenham um olhar mais sensível
e atento voltado para os problemas complexos existentes, que acabam permeando a escola.
Sistemas vivos são, segundo Capra (2006, p.23), níveis de redes que formam a “Teia da
Vida”. Podem ser organismos individuais, ecossistemas, sistemas sociais. Todos, em última
análise, interconectados. Ou seja, são culturas, instituições, indivíduos e ambientes naturais
que se ligam e trocam informações, energia e matéria constantemente.

O pensamento sistêmico, segundo Andrade (2014), é uma forma de pensar e construir


conhecimento, orientada por linguagem e pressupostos sistêmicos. É um pensamento que,
acima de tudo, faz o ser humano perceber, projetar e avaliar as consequências das ações no
tempo e no espaço, de maneira ampliada. O paradigma sistêmico privilegia os seguintes
aspectos: o todo, os relacionamentos, a rede representativa de sistemas interligados, a
circularidade do tempo, os processos dinâmicos, a abordagem contextualista, atitude
contemplativa diante do caos e da incerteza, adoção da aprendizagem transdisciplinar,
experiencial, dentre outros fatores. Segundo Kasper (2000, p.38), o pensamento sistêmico é
consequência do desenvolvimento científico, técnico e social da sociedade, e envolve a
percepção dos fenômenos e padrões da natureza de forma mais profunda - como saber que o
motor que sustenta a vida na Terra é a ligação, - como água e ar são inseparáveis - além da
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capacidade para administrar os problemas das complexas organizações e comunidades


humanas.

Segundo Capra (2006), o pensamento sistêmico é também um dos fatores que


contribuem para a aprendizagem da escola e a transformação da mesma. Afirma Jordan,
(1974) que a escola, enquanto organização, é um sistema - caracterizado por um conjunto de
entidades ou elementos unidos por alguma forma de interação ou interdependência regular,
formando um todo integral, ou ainda, como diz Checkland (1994, p. 191), “um todo
adaptativo, uma entidade com propriedades emergentes; estruturado em níveis e processos de
comunicação e controle que permitem a adaptação a um ambiente de mudança”. Muitos
autores defendem a necessidade de um pensamento sistêmico para desenvolver uma
consciência sobre seus próprios processos mentais. Segundo o diagrama abaixo do Iceberg, a
causa principal de um comportamento insustentável é a falta de consciência sobre os modelos
mentais.

A imagem a seguir, de autoria de Todd e Todd (1994), representa uma visualização de


como as nossas ações, os eventos que compõem o cotidiano, estão fundamentados nos
processos mentais.
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Uma das ideias que orientam a aprendizagem dentro de uma organização, como a
escola, segundo Goleman e Senge (2015, p.106), é a de que quando há lacunas que persistem
ao longo do tempo entre o que se fala e o que se faz, é porque por trás de tudo há pressupostos
que com frequência vão em direção oposta à fala abraçada. O importante, portanto, é que os
educadores testem os pressupostos, identificando o problema e redesenhando um mapa que
rompa com ciclos viciosos. Segundo os autores, certos pressupostos ficam invisíveis, por não
serem ditos abertamente. Para que a verdadeira mudança ocorra, são necessárias conversas
honestas sobre os modelos mentais. Além disso, tais conversas profundas exigem ainda certo
nível de inteligência socioemocional.

Como explica Andrade (2014), em relação ao pensamento sistêmico aplicado à


comunidades e organizações, enxergar os eventos e artefatos é útil, contudo, é fundamental
avaliar os padrões de interação que originam os eventos e artefatos da realidade concreta.
Apenas identificando tais padrões é que podemos reconhecer os movimentos reais e, assim,
sermos mais conscientes e responsáveis com respeito às nossas ações. Buscando os padrões
de interação, podemos relativizar os eventos e ver o movimento mais amplo. Dirigimos,
assim, a atenção para as diversas fases de amadurecimento do ciclo da vida e para a noção de
que o Todo possui diversos eventos muito semelhantes acontecendo em outros locais.
Segundo o autor, a estrutura, por sua vez, é o que influencia o comportamento. A mudança na
estrutura provoca mudança no padrão de comportamento. Ao conseguirmos colocar em papel
e em palavras a estrutura sistêmica da realidade, podemos perceber que tal estrutura é também
apenas uma das representações temporárias da realidade. Segundo o filósofo Heráclito, um
rio, enquanto possui sua estrutura explícita, é manifestação de processos “ocultos” que estão
constantemente em fluxo, ou seja, o padrão é o fluxo.

A inteligência emocional

O conceito de inteligência emocional surgiu pela primeira vez em 1990, por Peter
Salovey e John D. Mayer, que redefiniram as inteligências pessoais de Gardner. A
inteligência emocional foi popularizada com a publicação, em 1995, por Daniel Goleman, do
​ egundo Sharabi-Nov e Hen (2014), o modelo de
seu livro ​Emotional Intelligence. S
inteligência emocional é composto por quatro funções inter-relacionadas de: perceber com
precisão a emoção no eu e nos outros; compreender a emoção no eu e nos outros; usar a
emoção para auxiliar o pensamento e a tomada de decisões; e administrar efetivamente a
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emoção no eu e nos outros. Segundo Brackett e Katulak (2006), professores emocionalmente


inteligentes são capazes de criar um ambiente escolar seguro, agradável, respeitoso e
produtivo.​ Jennings e Greenberg (2009), argumentam que professores socialmente e
emocionalmente competentes desenvolvem com seus alunos uma relação de interconexão,
suporte e encorajamento. Para Cooper (2004), professores empáticos se vêem como modelos
morais e trabalham duro para tratar os alunos como indivíduos, valorizando-os e também
esperando que eles valorizem os outros. Sharabi-Nov e Hen (2014) apontam que professores
estes professores empáticos, além de revelarem-se altamente morais, ligam-se mental e
emocionalmente aos seus alunos. Tal interação positiva também proporciona o envolvimento
do aluno na aprendizagem e a alta qualidade dos relacionamentos, baseados na valorização e
no compartilhamento (Schutz & DeCuir, 2002). Os atributos emocionais do professor na
relação pedagógica geram emoções e comportamentos nos alunos, e este processo remete-nos
para a importância da educação emocional (Veiga Branco, 2005).

A inteligência emocional e o pensamento sistêmico


É importante saber, como afirma Goleman (2015, p.23), que as emoções e os
sentimentos são um padrão comum dos seres humanos, mas possuem motivos subjacentes.
Muitas vezes, para entendermos o que estamos sentindo, precisamos colocar para fora, seja
em desenhos ou palavras. Para Goleman, essa percepção interna dos motivos pelos quais
estamos tendo um sentimento ou emoção, deve ser aprendida na infância. Nomear as emoções
com precisão ajuda a criança a ter mais clareza do que está acontecendo em seu íntimo,
permitindo que ela administre suas emoções e tome decisões sensatas ao longo da vida.
Aprender a ter empatia com o outro, ou seja, considerar suas emoções e seus pontos de vista,
através da escuta, pode ser difícil de ser ensinado, mas é necessário, pois os motivos que
levam o outro a sentir ou dizer algo nem sempre são os mesmos que os nossos. Ainda nesse
sentido, escutar a si mesmo e o outro é fundamental para gerar um equilíbrio e compaixão nos
relacionamentos, mas é necessário também focar a atenção no meio ambiente vivo.

Segundo Goleman e Senge (2015, p.10-11), precisamos sempre compreender o eu, o


outro e os sistemas mais amplos dos quais fazemos parte. A compreensão desses diferentes
fatores constitui, para os autores, três inteligências. Quando as mesmas são respeitadas, tudo
pode prosperar. Goleman e Senge concordam que quando educadores, pais e alunos de fato
levarem a aprendizagem socioemocional e a consciência sistêmica às escolas, teremos pessoas
mais felizes, calmas e maduras, contribuindo para mudanças efetivas na sociedade.
Para Goleman e Senge (2015, p. 63-64), o pensamento sistêmico, bem como as nossas
capacidades de compreender o eu e o outro, são inatas. Elas podem ser desenvolvidas e seu
desenvolvimento está interligado. Segundo os autores, o pensamento sistêmico (que eles
consideram também uma inteligência, como a emocional) é a nossa consciência inata de que a
natureza, incluindo nós seres humanos, está constantemente em fluxo e é infinitamente
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interligada. Faz parte do pensamento sistêmico saber que nossa espécie evoluiu e evolui a
partir da interdependência. Nesse sentido, dispomos de capacidades inatas para entender a
interconectividade e toda espécie depende dessa compreensão para perdurar.
Para eles, ainda, o foco interno, o foco no outro e o foco nos sistemas mais amplos são
inteligências possibilitadas pelas nossas capacidades de lidar com a nossa atenção. Os autores
colocam, em relação à atenção, o seguinte: que ao percebermos um perigo, geramos
adrenalina e focamos a nossa atenção em possíveis ameaças imediatas. Ao contrário, quando
nos sentimos seguros, podemos desenvolver a capacidade de diminuir o ritmo e ficar mais
calmos e conscientes quanto ao nosso ambiente interno e externo, e assim aprendemos a
acessar uma consciência mais holística do momento presente. Isso nos gera a reflexão: pode o
pensamento sistêmico estar relacionado com um bom nível de inteligência emocional? Se, ao
desenvolvermos as habilidades de foco e empatia, possibilitamos o pensamento sistêmico,
como podemos criar um ambiente escolar propício para esse desenvolvimento? Para os
autores Goleman e Senge (2015)​, ​se uma criança ou adulto puder entender e acalmar suas
emoções, conseguirá pensar sobre os sistemas com maior clareza. Para eles, as habilidades
emocionais somadas aos insights sistêmicos permitem uma compreensão mais abrangente das
dinâmicas humanas, permitindo uma melhor tomada de decisão intra e interpessoal e, além
disso, em prol da sociedade.
Segundo Goleman e Senge (2015, p.97), a educação sistêmica pode se beneficiar de
uma abordagem pedagógica com ênfase em aulas baseadas na experiência, na aprendizagem
baseada em projetos, e na aprendizagem pela ação, além da aprendizagem cooperativa.
Nestas, os alunos engajam-se em questões fundamentais para suas vidas. Os autores acreditam
que determinados princípios pedagógicos deveriam ser trabalhados, em conjunto, por
educadores, tais como: focar em questões que sejam reais para cada aluno; manter o foco na
ação e no pensamento, no modo de agir, não apenas pensar; permitir que cada um construa
seus próprios modelos e conceitos e testem as próprias maneiras de compreender problemas.
Goleman e Senge (2015, p.100-101) colocam a​ ​importância fundamental do
envolvimento dos pais nos novos projetos da escola. Segundo os autores, para ser respeitoso
com o mundo da criança, o educador precisa estar em contato com ele e, além disso, mesmo
que o educador não se dê conta, está educando as famílias dos alunos também.
Nosso aprendizado é feito de uma interação contínua entre pensar e agir, e o que,
segundo Goleman e Senge (2015, p.102-103) acontece, é que a formação de professores é
muito teórica e ao mesmo tempo fragmentada. Para se sustentar uma mudança, é necessário
construir ecologias de liderança eficazes em múltiplos níveis- ou sistemas dentro da
comunidade escolar.
Finalmente, segundo os mesmos autores, o dilema da atualidade está em aprender a
compreender de modo sistêmico as consequências de nossas ações, em escala global. Assim,
não é fundamental tornar-se mais inteligente ou esperto nos modos de pensar não-sistêmicos,
que causaram e causam até hoje, inclusive, danos ambientais graves, mas desenvolver nossas
inteligências voltadas para o foco interno, no outro e no mundo ao redor, em uma época que
pede isto. Ainda muito pequenas, muitas crianças já têm consciência de problemas ambientais
e sociais de modo contextual, entendendo que o futuro é feito pelas ações do presente. Elas
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sentem necessidade de contar com a escola para poder ajudá-las a se preparar para serem
capazes de agir em prol do planeta. (Goleman e Senge, 2015, p.115).

Metodologia de pesquisa

Esta pesquisa parte do questionamento: qual a relação entre pensamento sistêmico e


inteligência emocional nos discursos de professores à respeito de conhecimento, didática e
tecnologias em educação? Analisou-se as falas através de três características-chave do
pensamento sistêmico, definidas de acordo com Capra (2006) e que são como bases para a
aprendizagem socioemocional que Goleman e Senge (2015) defendem. São elas:
interdisciplinaridade, interconexão e pensamento em rede.
O caráter da pesquisa é qualitativo e sua metodologia prevê o uso de um instrumento de
investigação: (1) grupos focais com um dos dois grupos de professores, em uma das duas
escolas selecionadas a partir da pesquisa anterior.
Segundo Chizzotti apud Groppo (2007) e Martins (2007), na abordagem qualitativa, o
pesquisador participa, compreende e interpreta. Cada situação é tida como única, e não
repetível, não cabendo a proposta de uma lei geral ou universal que poderia predizer casos
análogos futuros. O caso ou a situação estudada podem ajudar na compreensão de outros
tantos casos e para a compreensão de um dado problema mais geral. A análise qualitativa
toma esses dados como parte de um contexto fluente de relações, não apenas como
acontecimentos fixos e isolados. Os dados não se restringem ao aparente, mas contém
revelações e ocultamentos. Dessa forma, dá-se importância ao conteúdo das ações e falas, mas
também ao que é latente ou omitido. Luna (1988) afirma que o referencial teórico do
pesquisador é como um filtro pelo qual se enxerga a realidade, sugerindo perguntas e
indicando possibilidades. Assim, a pesquisa qualitativa possibilita essa interação
pesquisador-sujeito-objeto e responde satisfatoriamente à comunidade científica, quando se
está comprometido com a rigorosidade metódica mencionada por Freire (1996). Levando em
consideração essa rigorosidade, pode-se enxergar a realidade e, assim, indicar caminhos para
uma transformação positiva.
Segundo Gatti (2005), em relação à pesquisa em ciências sociais e humanas, no âmbito
das abordagens qualitativas, a técnica do grupo focal vem sendo cada vez mais usada. Tal
técnica é caracterizada como derivada de diferentes modos de trabalho com grupos,
desenvolvidos amplamente na psicologia social. Os critérios para seleção dos participantes
são, conforme o problema em estudo: possuir algumas características em comum que os
permitem discutir a questão, a qual será o foco do trabalho interativo e da coleta do material
discursivo. Além disso, os participantes também devem ter alguma vivência em relação ao
tema discutido, para que sua participação traga elementos com base em suas experiências.
Em um primeiro encontro com o grupo de professores de uma das escolas municipais
selecionadas, no qual haviam nove professores, o Fortec propôs uma atividade na qual cada
professor escreveria cinco palavras-chave que, para eles, remetesse à palavra “conhecimento”,
depois cinco palavras para “didática” e cinco para “tecnologias”. Essas três palavras foram
escolhidas pois acreditamos que são fundamentais ao nosso grupo de pesquisa.
A seguir estão os critérios de análise de dados do grupo focal, os quais são três dos
critérios básicos para ser um pensamento sistêmico, e que ao mesmo tempo vão de encontro
aos fundamentos para sustentar a aprendizagem socioemocional, assim como definida por
Goleman e Senge (2015, p.98-99)​:
I​nterdisciplinaridade (ID): os professores se interessam em ​estabelecer relações entre
duas ou mais disciplinas ou ramos de conhecimento. A interdisciplinaridade é caracterizada
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por atitudes diante do conhecimento. Ela permite não só o diálogo entre as disciplinas, mas,
sobretudo, a conscientização em relação ao sentido da presença do homem no mundo. O
professor interdisciplinar, com intenção consciente, clara e objetiva, possibilita o encontro, a
interdependência e as transformações, além do autoconhecimento, ou conhecimento da
totalidade. Superar a visão fragmentada não só das disciplinas, mas de nós mesmos e da
realidade que nos cerca, é fundamental. (TRINDADE, 2005). Para Goleman e Senge (2015), a
ênfase nas aulas baseadas em projetos é essencial.

Interconexão (IC): entende-se que ​as unidades elementares só podem ser compreendidas
nas inter relações, e não a partir de sua decomposição. Mais especificamente, nessa categoria
falamos, por exemplo, das relações eu-outro, sociedade-escola, os quais não podem ser
entendidas separadamente. Para o eu existir, ele necessita do outro, assim como a escola
necessita da ligação profunda com a sociedade ao redor. ​N​a pesquisa anterior, uma das falas
apresentou a conexão entre a mídia e a escola, que é propriamente a relação sociedade-escola​.
Esta categoria vai de encontro ao que Goleman e Senge valorizam: o foco em questões que
sejam reais para o aluno e, principalmente, a inovação dentro da escola deve sempre envolver
os pais; Além disso, segundo os autores, é essencial a ​encorajar dinâmicas de pares em que os
alunos ajudem uns aos outros a aprender. Isto é uma das formas de fortalecimento da relação
entre eu e o próximo.
Pensamento em rede ​(PR): característica-chave do pensamento sistêmico, a partir desta
o mundo vivo é percebido como uma rede de relações. Cientistas e filósofos ocidentais têm
utilizado a metáfora do conhecimento como um edifício, com bases fundamentais ou como
um encadeamento rígido e linear, que vai do mais simples ao mais complexo necessariamente.
Porém, no pensamento sistêmico é valorizada a metáfora da rede. Assim, podemos descrever
uma rede interconectada de concepções e de modelos, na qual não há fundamentos (CAPRA,
2006). Tudo depende da ênfase em determinado ponto da rede, de acordo com os interesses de
quem a vê. Goleman e Senge (2015) apontam ser imprescindível permitir que os alunos
construam os próprios modelos e conceitos e testem as próprias maneiras de compreender
problemas em suas vidas. Nesse sentido, os autores também valorizam o foco em ambos: ação
e pensamento. Dessa forma, para eles, a aprendizagem com base na experiência é importante.

Resultados parciais
A partir da análise das falas obtidas do grupo focal, percebeu-se que a maioria dos
professores enxerga os problemas relacionados à falta de formação para o desenvolvimento de
habilidades emocionais básicas. Nenhum deles menciona as palavras empatia, tomada de
decisões, porém concordam que a inteligência emocional deveria estar mais presente na
escola.
Sobretudo, uma professora, de educação física, apontou a inteligência emocional como
conhecimento extremamente importante como base para saber lidar com as diversas
informações e menciona a palavra autocontrole de forma positiva: ​Conhecimento é tudo que
a gente pesquisa, adquire, guarda pra si, seja informação, seja sobre qualquer assunto,
qualquer tema... são vários conhecimentos que você pode ter. E tem a inteligência emocional,
que eu acho que se você não tiver inteligência emocional você não vai saber lidar com as
outras. (...) Por exemplo, a gente pra trabalhar aqui, se a gente não tiver uma inteligência
emocional, a gente não consegue trabalhar. (...) Não basta ter o conhecimento, exatamente. A
gente não consegue trabalhar. Então você precisa ter um...um… eu diria um autocontrole,
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mas ao mesmo tempo, às vezes a gente se descontrola também. A ​ lém disso, ela entende que as
emoções não devem ser inibidas, mas usadas para saber lidar com as situações: ​Não só isso,
não é o controle; é você saber lidar com o que vem.
Analisando a fala da professora de educação física, pode-se perceber que se encaixa na
categoria de pensamento em rede, pois ela entende que o conhecimento não é construído
através de um encadeamento rígido e linear, mas está em uma rede, na qual a pessoa que
conhece é quem determina qual ponto considerar mais relevante no momento.
Diversas formas de conceber a construção do conhecimento são abordadas na literatura,
utilizando imagens e metáforas. Nesse sentido, de acordo com MACHADO (2000),
destacam-se a imagem do balde, a ideia de cadeia, a imagem do iceberg e o paralelepípedo de
valor. Na perspectiva da ideia do balde, o conhecimento é algo que se acumula. Na ideia de
cadeia, o conhecimento é concebido, principalmente nos meios escolares, como uma
sucessão, na qual se parte do simples para o complexo, numa organização linear. Essa ideia é
fundamentada no cartesianismo, no qual o trabalho do professor é norteado pela ordem rígida,
reforçada pelos livros didáticos. Já na imagem do conhecimento como um iceberg, existem
dois aspectos a serem considerados: o implícito e o explícito. A outra visão do conhecimento
apontada por Machado, o paralelepípedo do valor, advém da economia, e associa um
paralelepípedo assentado na origem de três eixos, com escalas de zero a um, denominados
eixo concreto/abstrato, eixo codificado/não-codificado e eixo difundido/não-difundido. No
entanto, estas duas últimas metáforas não são comuns no contexto teórico que fundamenta as
questões escolares.
Nesse âmbito, de acordo com Andreolla et al (2008), a partir da globalização e do
desenvolvimento de novas tecnologias, das descobertas científicas e do maior intercâmbio
com diferentes culturas, novas metáforas foram criadas, gerando uma nova forma de
percepção da realidade, como a imagem do conhecimento como rede de significações.​ ​A
visão de rede se opõe às tradicionais visões de encadeamento. Segundo Machado (2005), na
rede, os nós são os conceitos, enquanto as linhas que partem deles, ligando uns aos outros, são
as múltiplas relações que se estabelecem, proporcionando a compreensão desses conceitos.
Por isso, segundo Andreolla et al (2008), a aprendizagem deve ocorrer de modo dinâmico,
significativo, estimulando o aparecimento de diversas e crescentes conexões ou relações. O
professor, nesse sentido, precisa respeitar as diferenças individuais, levar em consideração os
aspectos afetivos, cognitivos e os valores de cada um; o papel que este assume é o de
condutor, caminhando com o aluno pela rede, estabelecendo mapas de relevância e tecendo
significados.
Retomando à fala da educadora, compreende-se que ela vê a inteligência emocional
como um conhecimento-chave que permite com que os professores possam trabalhar,
caminhando da na rede de significações junto aos alunos e lidar melhor com qualquer
informação que possa chegar. O que a professora não destacou foi a aprendizagem com base
na experiência, ou pragmática.

A segunda fala no mesmo primeiro encontro, da professora de língua portuguesa, se


referindo professora de educação física, foi a seguinte:​ Foi o que ela falou: todo dia respirar
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fundo, eu sou professora, eu sou a pessoa mais velha, eu tenho que me controlar, mas eu
também estou aqui como humano e uma hora eu vou me abrir, como ela já se abriu aqui na
escola e ela foi muito entendida por um grupo de alunos.
Quanto à fala acima, classificada na categoria da interconexão, a professora entende que
para gerar uma conexão entre eu-outro, é preciso expor os sentimentos. Se abrir para os
alunos pode ser uma forma de fazê-los entender que todos são vulneráveis, e isso pode ser
positivo para que o outro te entenda e se coloque no seu lugar. Assim, os problemas ficam
mais claros e tudo pode fluir de forma mais harmoniosa.
A professora de educação física responde à de língua portuguesa: ​Sim, e a gente cria
laços, relacionamentos com eles. A gente... tem certos momentos, né? Porque vários
momentos você tem que ser o professor e eles os alunos; outros vocês são amigos e a gente
conversa de igual pra igual, de entendimento mesmo, de... “como você tá”, “o que que
aconteceu”, “hoje você tá diferente”. ​Essa fala demonstra claramente a interconexão no nível
eu-outro. Porém, nessa fala, não menciona o trabalho com a comunidade de pais e as
atividades que gerem mais trocas entre os alunos.

Além disso, já no segundo encontro do grupo focal, a mesma professora de educação


física ressaltou que considera que os alunos hoje em dia possuem muitos direitos e poucos
deveres, enquanto os professores possuem apenas deveres, somando ao fato de que são muitos
alunos em sala, o que acaba atrapalhando uma boa relação aluno-professor. Os professores
concordam que muitos alunos não são confiáveis em relação ao uso que fazem de aparelhos
eletrônicos dentro de sala, principalmente celulares, e se colocam quanto ao medo que têm de
serem expostos nas redes sociais com gravações de aulas e distorções de áudios. Fica claro
que há um ambiente de desconfiança na escola, porém a tecnologia não é responsável por
criar esse clima, mas as próprias pessoas, as quais precisam desenvolver a empatia com o
outro.
A professora de artes da escola aponta que a situação está complicada pois há muitos
alunos por turma e e são diversos problemas, enquanto o professor parece sozinho para lidar
com todas as situações possíveis que possam surgir. Isso mostra que os professores não
sentem que têm apoio de seus pares e no dia a dia. A professora de língua portuguesa aponta
que o uso dos computadores faz os alunos se concentrarem na proposta dada no momento,
mas são poucas as vezes que os laptops são utilizados dentro da escola.
A professora de artes ainda afirma que os professores acabam se acomodando em um
tipo de aula que não parte do interesse dos alunos, e que possui consciência de que os alunos
têm mais motivação fora da escola do que dentro da mesma. Ela assume ainda que há muito
bate-papo em sala de aula, mas pouca produção de conteúdo por parte dos alunos, o que acaba
afetando a motivação dos mesmos.
Ao final do segundo encontro, a mediadora do grupo focal pediu aos professores que
pensassem sobre - a partir das palavras-chaves que cada um havia colocado sobre as três
categorias, separadamente - como eles pensam que seria uma relação ideal, na prática, unindo
as três categorias - a tecnologia, o conhecimento e a didática. A professora de artes apontou
que uma vez fez o uso de jogos de tabuleiro de alfabetização com os alunos, o que facilitou a
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colaboração entre os mesmos e os motivou, fazendo-os entrarem em um processo dinâmico,


sem competição: ​Pra mim a gamificação eu acho que uma maneira de trabalhar
colaborativamente, porque eu vim pedir aos professores para criarem um game de
alfabetização, e quando eles colocaram as crianças para jogar em elas não ficaram
competindo. Um acertava e o outro falava “Olha isso aqui!”, aí eles vibravam juntos, sabe?
Eu achei muito colaborativo, inclusiva delas criarem um jogo juntos. E dinâmico. (...) A aula
era dinâmica e o planejamento era dinâmico. Você juntava cinco professores, para criarem
cinco games para alfabetização.
Nota-se, na fala acima, que além de a professora de artes ter trabalhado com a
alfabetização, mostrando a interdisciplinaridade, ela​ ​encorajou dinâmicas de pares em que os
alunos pudessem ajudar uns aos outros a aprender. Isto é uma das formas de fortalecimento da
relação entre eu e o próximo, característica da categoria de interconexão.
Outros dois professores concordaram que é importante o aluno sentir afinidade com a
tecnologia, ou seja, sentir vontade ou não de usar, gostar ou não gostar de usar, como o
facebook ou um computador. Isto também se encaixa na categoria de interconexão, por
considerar as questões que sejam reais para o aluno. A questão que deve ser mais
desenvolvida, nesse aspecto, é aliar a realidade do aluno com o seu máximo potencial.

Considerações finais
A partir da definição do que é o pensamento sistêmico e de suas características-chave,
além dos princípios básicos definidos por Goleman e Senge (2015) para uma formação
sistêmica eficaz e uma formação socioemocional eficaz, tem-se claro que é necessária uma
formação em habilidades emocionais para os que estão envolvidos na escola, em especial para
o professores. É importante repensar também o projeto político pedagógico da escola, onde se
fala sobre as relações entre os atores envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, como
professores e os pais. Entende-se que é possível criar um ambiente no qual a confiança na
relação professor-aluno é constantemente trabalhada e onde haja momentos disponíveis para
se terem conversas francas, sobre desejos e anseios por parte de todos os atores da escola. É
importante lembrar que, segundo Jennings e Greenberg (2009), professores socialmente e
emocionalmente competentes desenvolvem com os alunos uma relação de interconexão, de
suporte e encorajamento e que, segundo Sharabi-Nov e Hen (2014), professores empáticos
revelam-se indivíduos altamente morais que se ligam mental e emocionalmente aos seus
alunos. Tal interação positiva também proporciona o envolvimento do aluno na aprendizagem
e a alta qualidade dos relacionamentos, baseados na valorização e no compartilhamento
(Schutz & DeCuir, 2002). A partir dos resultados apresentados nesse estudo, fica evidente que
os professores possuem uma relação de conexão com certos alunos. Os professores são
emocionalmente competentes, na medida em que conseguem desenvolver uma boa relação
com determinados alunos de suporte e encorajamento.

Após a identificação e análise das falas dos professores, constatou-se que há presença de
elementos do pensamento sistêmico nestas, mas ainda de modo incipiente, da mesma forma
que ocorre na pesquisa anterior “Letramento Ecomidiático, Tecnologias e Práticas
Departamento de Educação

Pedagógicas”, o que revela a lacuna nos debates epistemológicos das formações ou trajetórias
dos professores da rede municipal. Além disso, apesar da literatura apontar que o pensamento
sistêmico possui relações com a inteligência emocional, o pensamento sistêmico ainda precisa
ser desenvolvido presencialmente com os professores, bem como a inteligência emocional e a
prática decorrente da associação entre os dois, já que, apesar de serem inteligências inatas, são
pouco comentadas e trabalhadas. Os educadores reconhecem a importância da inteligência
emocional e concordam que esta é imprescindível para um trabalho de qualidade na escola,
principalmente no que se refere à relação entre eles e os alunos. Nota-se que é preciso que os
professores se encontrem mais, em momentos específicos com espaço para dinâmicas em
relação às habilidades emocionais, para que estes possam se fortalecer e, assim, proporcionar
mais experiências que desenvolvam o máximo potencial dos alunos na sociedade.

Referências
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