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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE CASTANHAL


FACULDADE DE PEDAGOGIA

PERÍODO LETIVO: 2024


LOCAL: CASTANHAL
TURMA: Intensivo Marapanim

DOCENTE: PROFA. DRA. GEISE GOMES

DISCIPLINA: PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM E DO DESENVOLVIMENTO

DISCENTES:NILMA RAMOS BOTELHO, CLEICE DOS PRAZERES, ROSECLEIA


SOUSA, FERNANDA DE PAULO

DATA:10.01.2024

ATIVIDADE AVALIATIVA: ESTUDO DIRIGIDO

TEXTO DE APOIO: LA TAILLE, Yves de. Desenvolvimento do juízo moral e afetividade


na teoria de Jean Piaget. In: Piaget, Vygosty, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão.
Yves de La Taille, Marta Kohl de Oliveira, Heloysa Dantas. São Paulo: Summus, 1992.

TEXTO DE APOIO: RIBEIRO, Márden de Pádua. Contribuição da Psicanálise para a


Educação: a transferência na relação professor/aluno. Psicologia da Educação, São Paulo,
39, 2º sem. de 2014, pp. 23-30

TEXTO DE APOIO: PEREIRA, JULIANA DE CASTRO. A crítica à medicalização da


aprendizagem na produção acadêmica nacional. Dissertação (Mestrado) Universidade
Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas. 2010.

1) Por que Piaget afirma que do constructo de “coação” deriva-se a heteronomia moral?
Explique o que é heteronomia moral e qual a importância da cooperação para o
desenvolvimento da moral e os ideais democráticos. (MEIA LAUDA)
Para Piaget a coação é fruto da heteronomia, porque trabalha com a manipulação externa
para conduzir o indivíduo a fazer algo, através de elementos de autoridade ou influência. A
heteronomia para Piaget pode ser conceituada como a “a moral da obediência”, por exemplo:
as crianças quando pequenas não apresentam autonomia moral, todas as regras seguidas por
elas são estabelecidas pelos adultos e na concepção delas não podem ser contestadas. Segundo
Piaget a cooperação por sua vez, caracteriza-se pela igualdade, discussão, troca de ponto de
vista e controle mútuo. As crianças pequenas não percebem as leis, sejam elas naturais, não se
protegem dos perigos como o fogo, por exemplo, ou normas sociais como desenvolver o
brinquedo do amigo, os pais e a sociedade são obrigados a impor-lhes estas leis para protege-
las e permitir o convívio das demais pessoas. Por isso a cooação é o tipo de relação social
dominante na infância (heteronomia) Diante disso, é importante pontuar que sem a interação
social e sem a transmissão de conhecimento um indivíduo não consegue desenvolver-se
moralmente. Logo, é importante que haja a cooperação porque ela está ligada as interações,
onde possibilitam a modificação do sujeito na sua estrutura cognitiva e do grupo como um
todo, trabalhando o desenvolvimento moral e as ideias democráticas, para solucionar
problemas no coletivo.
2) Segundo a teoria psicanalítica o conceito de transferência traz contribuições para a
educação. Explique o que esse conceito significa e como seu entendimento pode contribuir
para a prática docente. (MEIA LAUDA)
O conceito de transferência entre professores e alunos compreender-se ao processo pela
qual o aluno projeta seus sentimentos, desejos e experiências inconscientes na relação com
professor. Essa transferência natural do ser humano de repetir padrões emocionais e
relacionamentos do passado em situações presentes.
Dependendo das experiências e das emoções passadas de alunos, a transferência pode se
instalar e produzir efeitos reparáveis, tanto positivo quando negativo. Explica-se como efeitos
positivos todo afeto transmitido ao docente, ou seja, gerar um sentimento de amor, aceitação,
respeito e admiração. Já em um quadro de transferência negativa, podemos nos deparar com o
sentimento de raiva, desconfiança, desrespeito e ate mesmo agressividade.
O entendimento entre professor e aluno na teoria psicanalítica pode lhes ajudar a
compreender melhor o comportamento e as reações dos alunos. Permitindo ,assim, que adote
uma abordagem mais sensível , reconhecendo as reações emocionais dos Educandos. Conclui-
se ,portanto que ,o melhor seria se todos os docentes conhecessem os conceitos de
transferência, para melhor entender a sua relação em sala de aula. Pois, ele pode ser um
suporte dos investimentos de seus alunos, porque e um objeto de uma transferência. Em
resumo criando um ambiente de aprendizagem seguro e acolhedor.
Privilegiar a singularidade do aluno e um aspecto que deve merecer atenção central.
3)Disserte sobre o conceito de normal e anormal em relação à aprendizagem, analisados na
Dissertação da Juliana Guarrido Pereira. (MEIA LAUDA)
Segundo a dissertação da Juliana Guarri do Pereira o conceito de normal é qualificado tudo
aquilo aceito numa dada sociedade, numa determinada época.
Ou seja o mesmo se passa com a normalidade estatística, relacionada à dimensão de um
evento dado em sua ocorrência sendo expresso em números que não carregam valor ou
julgamento em si mesmo, fazendo com que às pessoas que estudam determinado evento
julgar correlações, possíveis ou classifica-lo em uma escala de normalidade, mostrando que
está interligada atribuição de valor, portanto é uma construção teórica e também história.
Mais que a normalidade não é um dado da natureza, mas um conceito construído
socialmente ou seja que através desse construir podemos nos deparamos com três aspectos
distintos, aquilo que esta dentro das regras sociais, ou seja reflexo de seus valores e formas de
pensar, aquilo que é certo ou errado em determinado contexto de aprendizagem e o que não
é considerado aceitável por um grande número de pessoas.
Aquilo que é estatisticamente corriqueiro e aquilo que designa a distinção saúde e doença.
Exemplo: “ As viagens que ela faz entre São Paulo e Rio de Janeiro são bastante
corriqueiras”, ou seja depende da região, esta palavra também pode ser interpretada como
uma característica do comportamento de um indivíduo presunçoso, afetado e atrevido. No
conceito de anormal é o que está fora do padrão de comportamento, que desvia claramente de
normas ou vivências, na qual são tomadas como medidas da natureza, daí as afirmativas de
que os distúrbios de aprendizagem, supostas expressões de tal anormalidade, sejam de origem
médica e localizadas no indivíduo “O anormal só pode ser apreciado em uma relação”.
Portanto, cada processo classificatório é possível pensar que tais rótulos sejam naturais ao
invés de sociais, constituídos a partir de um conceito de normas que, por uma razão
inegavelmente ideológica, não abarca as expressões da natureza humana. Ou seja, “ normal e
anormal” são objetivos que só podem ser atribuídos quando esclarecidos os parâmetros com
que se pretende definir suposta escala de normalidade.

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