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SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS_________________________________________________ 9

RECOMENDAÇÕES_________________________________________________ 11

INTRODUÇÃO ______________________________________________________ 13

CAPÍTULO 1 - O PACIENTE INFINITO _________________________________ 15

Dra. Christine Guarnieri

CAPÍTULO 2 - TOXINA BOTULÍNICA A ___________________________________ 39

Dra. Alessandra Romiti
Dra. Doris Hexsel

CAPÍTULO 3 - SIGNATURE TECHNIQUES 2.0__________________________ 57

Dr. Fabio Saito
Dr. Luiz Avelar
Dra. Mamy Honda

CAPÍTULO 4 - BUSINESS: CONSULTÓRIO INFINITO _____________________ 107

Dr. David Sena

CAPÍTULO 5 - CONCLUSÃO__________________________________________ 119

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS______________________________________ 125

 MAP 5.0 | Infinity

AGRADECIMENTOS
Agradecemos imensamente a valiosa colaboração e dedicação a este projeto dos especialistas,
dermatologistas e cirurgiões plásticos:

Dra. Alessandra Haddad Dr. Luddi Oliveira

Dra. Alessandra Romiti Dr. Luiz Avelar
Dra. Christine Guarnieri Dr. Marcus Morais
Dra. Cintia Cunha Dra. Maria Paula Del Nero
Dr. Daniel Dziabas Dr. Mauricio Sato
Dr. David Sena Dra. Meire Parada
Dra. Doris Hexsel Dr. Rodrigo Ferraz
Dra. Eliandre Palermo Dr. Walter Loureiro
Dr. Fabiano Magacho
Dra. Juliana Sarubi

APOIO E REVISÃO TÉCNICO-CIENTÍFICOS:

Dra. Ana Carla Mesquita

Dr. Fabio Saito
Dra. Mamy Honda

APOIO MARKETING GALDERMA:

Bruna Pessuto
Rafaella Arantes
Raquel Garcia
Heloisa Fava

9
 MAP 5.0 | Infinity

RECOMENDAÇÕES
O presente material foi elaborado com base na melhor evidência científica disponível, nas boas
práticas clínicas e na experiência dos autores.

Por favor, as instruções de uso dos produtos e as referências bibliográficas devem ser consul-
tadas para mais informações.

As imagens apresentadas são meramente ilustrativas.

11

INTRODUÇÃO
Quais as grandes mudanças e aprendiza-
dos que nós recebemos nos últimos 5 anos?
Como passamos a abordar nossos pacientes,
entendendo suas necessidades físicas e psí-
quicas, entregando resultados em harmonia e
equilíbrio com a individualidade de cada um?
Com a construção de um raciocínio estético
que privilegia a segurança e a otimização de
resultados de procedimentos realizados.
Na primeira edição do MAP em 2017, abor-
damos os principais pilares da gestão do
paciente estético, considerando as diferen-
tes faixas etárias - 30, 40, 50 e 60 anos, por
meio dos conhecimentos de anatomia e do
processo de envelhecimento facial, com a uti-
lização de técnicas seguras.
Em 2018, no MAP 2.0, evoluímos e aprofun-
damos nas diferentes etnias e gêneros e ex-
ploramos também os cinco passos da avalia-
ção facial sistematizada.
Na terceira edição, fomos além. Ultrapassa-
mos as fronteiras ao colocar como centro
do debate não só tratamentos da face, mas
também tratamentos para o corpo de pa-
cientes que buscam se sentir bem por intei-
ro, levando em consideração suas principais
queixas corporais.
MAP 5.0 | Infinity
Já em 2020, no MAP 4.0, voltamos a uma
nova visão da face e trouxemos o conceito de
Beauty Defyners. Discutimos a importância
do Skin Quality, com as opções de tratamento
com o Sculptra® e Skinboosters™ de acordo
com o perfil e necessidade de cada paciente
e lançamos as Signature Techniques.
Considerando que cada tratamento deve ser
individualizado e que cada paciente deve ser
único e especial, o MAP - Managing Aesthetic
Patients 5.0 Infinity tem como objetivo não ser
restrito e nem ao menos premeditado. Tra-
remos uma abordagem de paciente infinito,
sua avaliação clínica e tratamento adequado,
utilizando os produtos Sculptra®, R­ estylane®,
­Restylane® Skinboosters™ e Dysport®.
Somos movidos pelo mesmo propósito: supe-
rar as expectativas e provocar o impacto posi-
tivo na vida de cada paciente. Nosso destino é
o infinito, porque infinitos são os desafios que
nossos pacientes nos apresentam, infinitas são
as abordagens e técnicas propostas para ofe-
recer os melhores resultados e, como tal, infini-
ta deve ser nossa capacidade de olhar o mun-
do ao redor e continuar aprendendo com ele.
Convidamos você a fazer parte desta história:
rumo ao infinito!
13
 O PACIENTE INFINITO
CAPÍTULO 1
O PACIENTE INFINITO
 MAP 5.0 | Infinity

O PACIENTE INFINITO
Emoções estéticas não devem ser reduzidas a um mero aspecto decorativo de experiência de
vida, mas devem ser consideradas parte fundamental do nosso processo de aquisição de co-
nhecimento, permitindo-nos aprender com o ambiente e nos comportarmos de forma inteligente.
Nesse sentido, as emoções estéticas podem estar relacionadas à nossa capacidade de apren-
dizagem e adaptação frente a uma determinada demanda, uma crise ou mesmo um modismo.

A pandemia trouxe a todos um novo olhar:
os pacientes estão pensando além da “su-
perfície” e as crescentes preocupações com
a saúde e como levar uma vida mais segu-
ra mudaram suas expectativas em relação à
beleza: eles esperam que os procedimentos
estéticos os ajudem a se sentir e viver melhor,
não apenas a ter uma aparência melhor; as
prioridades mudaram de apenas corrigir pro-
blemas – como suavizar rugas – para tam-
bém manter a saúde.
Os procedimentos de rápido “downtime”
ganharam maior popularidade à medida que
as pessoas se sentiram liberadas de seus
isolamentos, reunindo-se com amigos, fa-
mília e colegas. No entanto, e talvez mais
importante, esses procedimentos também
estão sendo procurados por pacientes que
enfrentaram o desemprego em 2020 e estão
voltando ao mercado de trabalho. E um dos
grandes ganhos é que, embora aprimorem
a aparência estética do paciente, também
contribuem significativamente para o seu
bem-estar psicológico. Ter uma boa aparên-
cia costuma ser sinônimo de se sentir bem e
isso está em linha com os objetivos de saú-
de almejados atualmente.
Nesse grande caldeirão de pacientes que
procuram procedimentos estéticos, pode-
mos identificar cada vez mais frequente-
mente diferentes grupos e suas demandas
específicas, tais como a geração Z, a “eco-
nomia prateada”, os Zoomers, pacientes
com diversidades de gênero, homens que
procuram melhorar sua aparência e pesso-
as que se deslocaram durante a pandemia
em busca de maior qualidade de vida e que
acessam procedimentos estéticos pontual-
mente e de maneira completa. Como pode-
mos, enquanto médicos, acolher, entender
e proporcionar a cada um destes pacientes
os melhores resultados? Entendendo suas
demandas específicas, suas aspirações e
mais do que isso, como cada um, através
da sua própria individualidade, interage com
seu meio ambiente e escreve em seus rostos
as suas próprias histórias.
As influências das mídias sociais e da auto­
exposição online têm levado cada vez mais

17
a geração do milênio a buscar estes procedi-
mentos em idades mais jovens do que antes.
Por exemplo, “aplicativos de metamorfose”
que são intrínsecos a esses meios de comu-
MÍDIA SOCIAL, GERAÇÃO Z E MILLENNIALS:
ACESSANDO E TRATANDO
Crescendo na era das mídias sociais e selfies,
a Geração Z é mais obcecada por sua apa-
rência do que as gerações anteriores. Pode
parecer um pouco narcisista, mas os motivos
são mais complexos do que se poderia espe-
rar: eles sabem que podem ser fotografados a
qualquer hora, em qualquer lugar e esperam
que essas imagens acabem online. Veem sua
identidade pessoal como uma composição
com curadoria e vão construindo sua própria
marca pessoal ao longo do tempo- a “Marca
Eu Mesmo” – começando em uma idade jo-
vem e em constante evolução. Com identida-
des pessoais cuidadosamente selecionadas
e públicas nas redes sociais, eles são super-
conscientes da maneira como se apresentam.
Em sua busca contínua para se definir como
marca, o público geração Z se diverte expe-
rimentando sua individualidade por meio de
maquiagem, penteados, procedimentos es-
téticos e moda – e compartilhando esse pro-
cesso com seus amigos (tanto online quanto
off-line). Buscam ideias, tendências e tutoriais
passo a passo na mídia digital de alguns de
seus influenciadores favoritos. No entanto, es-
18
nicação social levaram a fenômenos como a
“Dismorfia do SnapChat”, em que os pacien-
tes procuram parecer sua versão “aprimora-
da” ou “transformada”.
ses influenciadores não são os mesmos que
inspiraram os Millennials. A Geração Z está
escrevendo regras modernas que favorecem
visões mais liberais sobre raça, gênero, identi-
dade, sexualidade e autoexpressão, então não
deve ser surpresa que essas regras estejam de
acordo com as tendências de beleza atuais.
As mulheres não monopolizam mais o mer-
cado de beleza. Os jovens do sexo masculino
estão se maquiando agora, cuidando da sua
aparência facial com referências midiáticas e
isso deverá estar no nosso radar.
Além disso, a Geração Z deseja que as mar-
cas de beleza as vejam como indivíduos úni-
cos, trabalhando para juntar as peças de suas
marcas pessoais ao longo do tempo. Eles
preferem ver pessoas reais (“pessoas como
eu”) em vez de celebridades tradicionais na
publicidade. O desafio será determinar o
que “gente como eu” significa para a gera-
ção mais diversa do planeta. No momento,
os influenciadores digitais talvez sejam a coi-
sa mais próxima de “pessoas como eu” com
a Geração Z, que muitas vezes os enxerga
como colegas e amigos pessoais.

Quando comparados a outras gerações, os
Millennials assumem um papel mais ativo
em sua saúde e têm uma abordagem do
tipo “confie, mas verifique” para os profis-
sionais médicos. As gerações anteriores ti-
nham uma visão paternalista dos médicos,
enquanto a geração do milênio vê seus
profissionais de saúde como parceiros ou
iguais. Em geral, esta população tende a
ser bem informada – buscando validação
ou informações de colegas ou fontes exter-
nas antes de agendar a consulta.1,2
A maneira como transmitimos informações
passou do boca a boca para pesquisas
na web e finalmente para as redes sociais.
Cada vez mais pacientes preferem assistir
a vídeos e buscam com frequência conteú-
dos atualizados.
A geração do milênio (com idades entre 25
e 38 anos) foi rotulada como a “geração do
bem-estar” porque valoriza muito a saúde fí-
sica e mental, se alimenta de maneira mais
saudável, faz exercícios regularmente, fuma
menos e não tem medo de tentar qualquer
tratamento cientificamente comprovado que
melhore sua aparência e reflita seu bem-es-
tar. Consideram os procedimentos cosméti-
cos parte de uma abordagem holística para
atingir este bem-estar, como se “ter uma boa
aparência, sentir-se bem” fosse uma espécie
de mantra dessa geração.
Os Millennials também estão cientes dos si-
nais de envelhecimento prematuro da pele e
MAP 5.0 | Infinity
entendem que manter uma boa aparência é
mais fácil e menos caro do que fazer grandes
procedimentos depois (e, talvez até mesmo
uma necessidade nos dias modernos). Nes-
se sentido, são proativos na procura por tra-
tamentos estéticos. Nesta geração, os pedi-
dos são específicos: os pacientes chegam às
nossas clínicas já bastante informados.
Inicialmente, o ‘efeito Kardashian’ – a pre-
sença da mídia social em nossas vidas di-
árias – levou à aceitação pela sociedade de
procedimentos cosméticos em uma idade
muito mais jovem do que vimos no passado.
Mas também estamos vendo uma mudança
dramática nas solicitações destes pacientes
relacionadas aos preenchimentos: resulta-
dos excessivamente aparentes vistos ante-
riormente agora estão mudando para uma
aparência mais natural. E os Millennials fo-
ram os primeiros a reconhecer isso: pedidos
de “lábios de Kylie” em 2016 mudaram em
2020 para pedidos de um visual mais pro-
porcional e embelezador geral, muitas ve-
zes, envolvendo correção de queixo, nariz,
malar e linha mentoniana.
É com isso em mente que a maioria dos
Millennials faz sua lição de casa antes de
­
agendar um procedimento. Os resultados que
eles veem entre os influenciadores nas mídias
sociais os impulsionam e seus pedidos são
bastante específicos: um rosto de aparência
mais magra, embelezamento, “olhos de rapo-
sa”, proporções melhores e assim por diante.
Tendo feito muitas pesquisas e visto tonela-
19
das de fotos de antes e depois, chegam devi-
damente preparados e pedindo um resultado
específico, o que nem sempre é possível.
Fundamentalmente, antes de passarmos por
qualquer intervenção cosmética não cirúrgi-
ca, precisamos descobrir a real motivação
por trás da solicitação. E isso é ainda mais
crítico em pacientes mais jovens.
Durante a avaliação, apontar “imperfeições”
em seus rostos e as limitações em alcançar
a aparência desejada pode ser um assunto
extremamente delicado – que pode ser feito
PREJUVENATION
A essa geração Z e a geração anterior
(­
Millennials), o conceito de “prejuvenation”
vem ao encontro a suas principais deman-
das: correções estéticas pontuais e especí-
ficas, onde o uso de procedimentos pouco
invasivos destina-se à manutenção de uma
aparência jovem e, idealmente, a retardar o
aparecimento de sinais visíveis de envelheci-
mento. Essa tendência destaca o foco des-
tas gerações em tratamentos de manutenção
precoce, a fim de produzir resultados de apa-
rência natural e evitar ou atrasar procedimen-
tos mais invasivos no futuro. Os injetáveis,
especificamente neuromoduladores e preen-
chedores, são os principais produtos utiliza-
dos para atingir esses resultados.4
20
com a ajuda de imagens educacionais antes
e depois.
Avaliar e planejar procedimentos cosméticos
na geração do milênio deve ser feito de uma
forma que os ajude a entender claramente
que harmonizar o rosto, realçar sua própria
beleza natural e alterar proporções geralmen-
te requer técnica, tempo e uso de produtos
de maneira equilibrada.
É por isso que utilizar as ferramentas e preen-
chimentos apropriados para fornecer resulta-
dos adequados é crucial.3
Dentro deste conceito de prejuvenation, o
termo “tweakment” (ajuste) tornou-se cada
vez mais popular: procedimentos cosmiá-
tricos discretos e com mínimo período de
inatividade.
Pesquisa da ASDS* (*American Society for
Dermatologic Surgery) de 2019 sobre pro-
cedimentos dermatológicos revelou que os
procedimentos injetáveis continuam a cres-
cer: com mais de 1 milhão de tratamentos
realizados, aumentaram 76% nos últimos oito
anos e 14% entre 2018-2019. Isso destaca a
popularidade crescente desses procedimen-
tos cosméticos e como os pacientes buscam
expertise em beleza e saúde da pele.
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Neuromoduladores
Procedimentos totais entre 2012 a 2019

Procedimentos
com toxina botulínica
aumentaram
12% desde 2018 e
1.493,147

1.824,150

1.747,650

1.792,767

1.971,195

2.106,415

2..124,921

2.389,982
60% desde 2012.

2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Figura 1: Retirado do ASDS – American Society for Dermatologic Surgery, 2020. NATIONAL PLASTIC SURGERY STATISTICS,
American Society of Plastic Surgeons, 2020. Disponível em: <https://www.plasticsurgery.org/documents/News/Statistics/2020/
plastic-surgery-statistics-report-2020.pdf> acesso em: 05 de Agosto de 2021.

Nas últimas duas décadas, a toxina botulínica rugas faciais por um longo período de tem-
se tornou uma parte indispensável do arse- po não apenas previnem o desenvolvimen-
nal médico estético e a opção pouco invasiva to de novas rugas, mas também melhoram
mais popular para o rejuvenescimento facial. a textura e a aparência da pele e levam à
redução progressiva de rugas já estabele-
Evidências científicas sugerem que sua apli-
cidas. Clinicamente, isso se mostra em me-
cação contínua e regular faz mais do que
lhores resultados estéticos e níveis muito
impedir temporariamente a formação de
mais elevados de satisfação do paciente.3
rugas: ela altera as propriedades biomecâ-
nicas da pele e permitindo a remodelação Para este público geracional, estabelecer con-
dérmica, com melhorias na elasticidade, ceitos de prevenção e de bem envelhecer en-
flexibilidade e brilho.3 Embora as pesquisas globa não só rotinas diárias de skincare, mas
clínicas para o uso profilático da toxina bo- também aplicações regulares e seriadas de
tulínica sejam limitadas, estudos de caso toxina botulínica e preenchedores, que man-
nos dizem o que ainda precisamos provar tenham o suporte cutâneo-facial, a luminosi-
por meio de ensaios controlados: ciclos de dade e a qualidade da pele. Dentro do portfólio
tratamento repetidos para o tratamento das Galderma, o uso seriado de S ­ kinboosters™

21
(­Restylane® Vital e Vital Light) confere hidra-
tação, “glow” e suporte já mencionados pre-
viamente em artigos científicos,5,6 ao mesmo
tempo que o uso de Dysport® antes dos pri-
meiros sinais de rugas perioculares, frontais
e glabelares já teve sua ação “prejuvenation”
comprovada cientificamente.7
Nestas mesmas gerações, podemos aplicar
também o conceito de Beautification por
nós já citado, principalmente quando estes
pacientes buscam tratamentos estéticos para
resolver problemas específicos, como corre-
ção de cicatrizes de acne, tratamentos estéti-
cos não cirúrgicos para embelezar e ressaltar
seus pontos fortes faciais e corporais ou lidar
com a insatisfação em um ponto da sua apa-
rência, geralmente em linha com as últimas
tendências endossadas ou promovidas pela
mídia ou por celebridades. Nesta faixa etária,
ZOOMERS
A maneira como nos comunicamos e como
levamos nossas vidas diárias sofreram mu-
danças significativas nos últimos 12 meses.
No aniversário de um ano e meio desde que
os primeiros casos de SARS-COV-2 foram
detectados na Europa, vemos ainda uma
grande maioria de nós interagindo com ou-
tras pessoas através de videoconferências,
seja para fins de ensino, reuniões de negó-
cios e/ou encontros sociais.11
É certo que o crescimento da vídeocomuni-
cação online levou a um aumento específico
22
os procedimentos mais populares incluem
neuromoduladores, preenchimentos (espe-
cialmente nos lábios, olheiras e contorno fa-
cial) e resurfacing superficial a laser.
Dentro do portfólio Galderma, inúmeras alter-
nativas são apresentadas para o processo de
“beautificar” pacientes, principalmente porque
tornar-se mais belo é uma das razões mais im-
portantes para receber tratamentos cosméti-
cos.8 E a beleza está fortemente associada às
expressões faciais9 que também contribuem
para a primeira impressão e uma expressão
facial feliz geralmente está ligada a um humor
positivo e uma aparência mais atraente. Em
contraste, expressões faciais tristes e raivosas
são consideradas negativas e menos atraen-
tes. Portanto, realçar as características faciais
positivas e reduzir as negativas é uma boa es-
tratégia de embelezamento.10
dos procedimentos e consultas para fins es-
téticos- nos EUA, o aumento foi de 64%.12
Este fenômeno foi cunhado como o ‘‘Zoom
Boom’’ e dá origem a várias considerações
sobre as razões pelas quais mais pacientes
procuraram procedimentos cosméticos du-
rante a pandemia.13
De acordo com uma pesquisa realizada14 com
dermatologistas, neuromoduladores, preen-
chimentos e tratamentos a laser foram apon-
tados como os procedimentos cosméticos
solicitados com mais frequência em seus con-

sultórios. Em uma época em que procedimen-
tos cirúrgicos estéticos mais invasivos são res-
tritos por preocupação com a disseminação
desnecessária do vírus, espera-se um maior
interesse em procedimentos pouco invasivos.
Os pacientes parecem estar mais preocupa-
dos com as regiões do pescoço para cima,
principalmente a testa/ glabela, os olhos, o
pescoço e o cabelo. Preocupações específi-
cas incluem rugas na face superior, olheiras/
bolsas sob os olhos, manchas escuras e flaci-
dez do pescoço. As preocupações abaixo do
pescoço foram relatadas com muito menos
frequência, com o contorno corporal e os tra-
tamentos para celulite observados em alta por
<10% dos dermatologistas pesquisados.
Motivo de atenção para os médicos é que os
pacientes estão solicitando mais procedimen-
tos como resultado de aumento da videocon-
ferência- que pode refletir uma aparência facial
distorcida, ressaltando aspectos que podem
realmente não exigir correção ou a correção na
medida em que o paciente teme. Vale ressaltar
aqui o aspecto da saúde mental descoberto
neste estudo, com 82,7% dos médicos pes-
quisados relatando que seus pacientes se sen-
tiram mais descontentes com sua aparência
agora do que anteriormente. A resposta psico-
lógica à pandemia de COVID-19 foi compreen-
sivelmente negativa, mas por que os pacientes
estão tão insatisfeitos ao se verem no Zoom?
Embora videochamadas possam não ser con-
sideradas mídia social, elas exigem que as
pessoas se exponham de uma maneira virtu-
MAP 5.0 | Infinity
al, à qual muitos não estão acostumados. As
ferramentas de teleconferência geram um nível
adicional de complexidade ao exibir emoções
em tempo real, levando os usuários a se ob-
servarem falando e reagindo aos outros- o que
pode fazer com que uma pessoa perceba li-
nhas de expressão e rugas que não está acos-
tumada a ver ao se olhar no espelho. Além dis-
so, o reflexo de alguém é exibido lado a lado
com os outros membros da chamada, permi-
tindo fácil comparação e autojulgamento.
Essa autoexposição aumentada associada à
imagem distorcida na tela pode levar os pa-
cientes a desenvolver pensamentos de TDC
(transtorno de imagem corporal), com tendên-
cia a se preocupar com defeitos físicos reais ou
imaginários, causando-lhes prejuízo funcional.
Esses pacientes muitas vezes procuram proce-
dimentos estéticos para melhorar sua aparên-
cia percebida, mas raramente ficam satisfeitos
com os resultados, terminando em um ciclo de
autoinsatisfação. Aproximadamente 9% a 14%
dos pacientes em clínicas de dermatologia ge-
ral têm diagnóstico de TDC e, no ambiente de
cirurgia estética, acredita-se que a prevalência
seja ainda maior. Antes da pandemia, os pa-
cientes recorriam aos médicos na esperança
de se parecerem mais com suas selfies filtradas
do Instagram; agora entramos em uma era em
que as pessoas são forçadas a enfrentar uma
versão distorcida e muitas vezes desfavorável
de si mesmas durante horas por dia no Zoom,
e essa reflexão distorcida pode promover o
­fenômeno da “dismorfia do Zoom”.14
23
E como deve ser o nosso olhar frente a essa
nova população de pacientes Zoomers que
nos procuram? Quais suas principais queixas
estéticas e como atendê-las?
A grande maioria destes pacientes procura
correções pontuais e não tratamentos pre-
ventivos. Dentro de um grande guarda-chuva
de possibilidades de melhora da qualidade de
vida elicitada pela pandemia, esses pacien-
tes, independentemente do gênero, querem
um reflexo melhorado da imagem que aces-
sam e isso vem ao encontro do conceito de
­Beautification aqui já mencionado. Em um
artigo recente, realizado com pacientes em
home office, observou-se em mais de 1/3
dos entrevistados que as preocupações
emergentes foram principalmente associadas
à aparência facial, como notar mudanças no
peso ou formato do rosto (por exemplo, “bo-
chechas rechonchudas” ou “queixo duplo”),
manchas na pele, rugas, espinhas, flacidez
ou características faciais específicas (no na-
riz, olhos, lábios e dentes). Por sua vez, os
participantes que identificaram novas preocu-
pações com a aparência na câmera também
relataram maior interesse em se submeter a
procedimentos estéticos em comparação
com antes da pandemia, especificamente tra-
tamentos cosméticos não cirúrgicos, como
procedimentos para amenizar ou evitar rugas
e preenchimentos dérmicos.15
Resultados como esse nos mostram a ne-
cessidade de estarmos conectados às de-
mandas vigentes com o “futuro do trabalho”,
24
uma vez que muitas empresas ainda mante-
rão rotinas de trabalho híbrido.
Considerando as principais demandas
destes pacientes relativas ao conceito de
­Beautification, o foco deve ser em correções
pontuais que tragam refletâncias luminosas
positivas para uma face que está online, bem
como promover melhorias estéticas que im-
pactem nas expressões faciais, objetivando
transmitir positividade, beleza e descanso
com naturalidade. Nesta gama de procedi-
mentos “beautificadores” incluímos inicial-
mente a toxina botulínica.
Para muitos, a região superior da face é uma
área de importância extra no meio da pande-
mia, pois é uma das únicas regiões do rosto
ainda visíveis ao público16 demonstrando es-
tar correlacionada com as emoções de raiva,
tristeza e medo, enquanto a felicidade muitas
vezes é reconhecida por um observador na
metade inferior do rosto.17 Quando todos es-
tão usando uma máscara, nossa capacidade
de detectar emoções negativas, como franzir
a testa, aumenta, induzindo um sentimento
semelhante no indivíduo. A paralisia da região
glabelar superior com neurotoxina pode in-
duzir um maior senso de emoções positivas
devido à incapacidade de avaliar as emoções
faciais negativas. Em um estudo de Dayan,
realizado durante o auge da pandemia, o tra-
tamento com toxina botulínica na face supe-
rior aumentou a felicidade do paciente, a au-
tossatisfação com a aparência e a satisfação
geral com o tratamento.18

Outro estudo investigou o efeito da paralisia
glabelar na intensidade e na legibilidade da
expressão das 6 emoções cardeais. Após o
tratamento com toxina botulínica, a intensi-
dade das expressões de raiva e surpresa di-
minuíram, enquanto a intensidade da repulsa
aumentou. A intensidade das expressões de
diversão, tristeza e medo, por sua vez não fo-
ram significativamente afetadas.19
E dentro desse movimento embelezador para
reuniões online, embora existam muitas te-
orias e muitas opiniões sobre o que torna
uma pessoa mais atraente do que outra, um
ponto permanece verdadeiro: definitivamente
existe uma beleza física que o olho humano
realmente aprecia. Por mais desafiador que
pareça, nós, profissionais da estética, temos
a responsabilidade de oferecer um rosto que
seja esteticamente atraente.
Entre os procedimentos de B
­ EAUTIFICATION
mais procurados destacam-se:
• Reestruturação e volumização da re-
gião malar
recomendado como um tratamento de su-
porte para obter melhores proporções faciais,
para flacidez facial leve, como parte de um
lifting com injetáveis através da neocolagêne-
se, bem como para tratar sombras e perda
volumétrica nessa região.
MAP 5.0 | Infinity
• Projeção e volumização do mento
Recomendado para pessoas que têm menos
volume na área do queixo, o que geralmente
afeta as proporções faciais e diminui a atra-
tividade do rosto. O tratamento com ácido
hialurônico nesta região permite acessar ca-
sos leves de retrognatia, melhorar o contorno
facial e alongar a face.
• Modelagem do nariz (rinoplastia não
cirúrgica)
Um procedimento para quem deseja corrigir
pequenas imperfeições do nariz sem cirurgia.
Geralmente é realizado para lombadas e saliên-
cias, para “afinar” narizes largos e para levan-
tar a ponta do nariz usando ácido hialurônico
como principal substância de preenchimento.
• Profiloplastia
Através de preenchimento em áreas especí-
ficas e simultâneas, como nariz, queixo e lá-
bios, vários ângulos faciais podem ser ajusta-
dos para criar um perfil mais ideal.
• Nefertiti lift
Usado para recriar a linha da mandíbula e
melhorar as linhas cervicais e, para este pro-
cedimento, indica-se neuromoduladores.
Dentro desta gama terapêutica, podemos
adequar o que melhor “cabe” a cada pacien-
te. Os encontros no Zoom certamente se tor-
narão momentos “espelho-espelho meu”.
25
GERAÇÃO PRATEADA
No começo do século 19, nenhum país no
mundo tinha expectativa de vida maior do que
40 anos. No Brasil de 1950, chegar aos 50
anos era viver muito. Em pouco mais de um
século, o país envelheceu 40 anos e, hoje, a
expectativa de vida é de quase 80 anos para
as brasileiras, um milagre para as balzaquia-
nas que se percebiam no fim da vida aos 30,
em uma época não tão distante. Considerada
uma das maiores conquistas da humanidade,
a longevidade é também um grande mistério
e um território pouco explorado.
O envelhecimento da população foi identifica-
do pela ONU como uma das quatro mega-
tendências para o século e as projeções indi-
cam que o Brasil será, em 2050, o sexto país
com maior número de pessoas acima de 60
anos no mundo.20 A chamada Revolução da
Longevidade traz esperança de tempos me-
lhores e também apresenta transformações
e desafios de diferentes tipos para a socie-
dade. Preparar as escolas, os negócios, as
organizações e as pessoas para o aumento
da expectativa de vida da população é uma
tarefa de todos que buscam a construção de
uma nação economicamente próspera e so-
cialmente justa e inclusiva.21
Conforme o mundo está envelhecendo, mais
pessoas na casa dos 50 anos ou mais pare-
cem, sentem e agem de uma maneira muito
mais jovem do que seus avós da mesma ida-
de- e as marcas de consumo estão contri-
26
buindo muito para desenvolver essa imagem
positiva – a imagem que as pessoas querem
ver. Um dos princípios-chave da publicidade
é dar às pessoas uma imagem muito deseja-
da para se identificarem, então provavelmen-
te as marcas estão apenas respondendo ao
desejo implícito das pessoas de ver mode-
los idosos felizes e bem-sucedidos na tela
e experimentar essa imagem. Pode ser algo
como “eu sei que provavelmente terei 80 anos
também, mas ainda quero estar ótimo nesta
idade. Mostre-me como vou ficar bem.” Ante-
riormente, modelos antigos eram associados
à respeitabilidade, sabedoria e cuidado, mas
as coisas mudaram um pouco e, agora, as
marcas de consumo empregam mais duas
abordagens ao falar sobre pessoas idosas
e apresentá-las em suas campanhas – uma
narrativa irônica e uma história séria, às ve-
zes, mesmo com um toque sexy.22
Embora os cosméticos no banheiro não pare-
çam ser a ferramenta definitiva para tornar a
pele envelhecida lisa e elástica, provavelmen-
te procedimentos que restaurem a qualidade
da pele, estimulem a produção de colágeno,
suavizem as rugas estáticas e preencham
vincos profundos, podem fazer com que os
pacientes se sintam e outras pessoas pen-
sem que eles são 10-15 anos mais jovens.23
Esta é a proposta do terceiro pilar de trata-
mento abordado aqui, entre nossos “pacien-
tes infinitos”. Dentre as infinitas possibilidades
terapêuticas vigentes, RECOVERY é focado
primeiramente em restabelecimento de saú-

de da pele em consonância com todo o foco
em saúde e bem-estar que emergiu no mun-
do pós-pandêmico.
Saúde pessoal, assim como a aparência, são
tópicos centrais para os idosos de hoje.
O objetivo de envelhecer com elegância
provavelmente aumentará os gastos com
produtos e procedimentos de beleza e cui-
dados pessoais. No Reino Unido, por exem-
UM MERCADO EM EXPANSÃO
A população idosa é considerada em ex-
pansão porque mulheres e homens idosos
ativos podem ter mais tempo livre e maior
poder aquisitivo do que os mais jovens. Mui-
tos outros setores se interessam por eles:
turismo, saúde, alimentação, dispositivos e
ENVELHECIMENTO MÚLTIPLO, SOLUÇÕES MÚLTIPLAS
Podemos diferenciar três tipos de envelhe-
cimento: envelhecimento cronológico, en-
velhecimento prematuro em razão de cau-
sas internas (estresse, doença, cansaço) ou
externas (sol, vento, exposição à fumaça de
cigarro e poluentes) e envelhecimento psi-
cológico. Podemos atuar contra o envelhe-
cimento cronológico, assim como temos o
MAP 5.0 | Infinity
plo, mulheres com mais de 60 anos já res-
pondem por um quarto de todas as vendas
na categoria de beleza – um número que
mais que dobrou em relação a uma década
atrás – e 50% dos produtos são comprados
por um consumidor com mais de 55 anos
na França. As intenções de gasto são mais
positivas na categoria de cuidados com a
pele, com foco em produtos com rótulos
antienvelhecimento.
aplicativos digitais, lazer e comunicação. O
Instituto Euromonitor mostrou que o orça-
mento anual de beleza de uma mulher com
mais de 65 anos é cerca de 184 € na Fran-
ça, em comparação com 178 € para 50-64
anos e apenas 120 € para 25-34 anos.24
poder de reduzir os efeitos ambientais ou
trabalhar em nosso bem-estar para limitar o
envelhecimento induzido pelo estresse. Este
último representa uma questão fundamental
para a indústria cosmética, pois é muito mais
subjetivo e relacionado à diversidade cultural.
A beleza prateada diz respeito, portanto, aos
três aspectos do envelhecimento.25
27
A BELEZA PRATEADA SERÁ LIDERADA PELA INOVAÇÃO
Fornecedores de cosméticos e injetáveis fo-
cam o desempenho dos seus produtos em
sinais de envelhecimento, como rugas, man-
chas ou perda de firmeza. Na última década,
eles também têm procurado sistemas antipo-
luição e reforçadores da defesa imunológica.
Da mesma forma que a beleza holística tem
se beneficiado do bem-estar ou de cuidados
de saúde alternativos, como medicina tradi-
NECESSIDADES ESPECÍFICAS, MESMO AINDA INEXPLORADAS
À medida que envelhecemos, os processos
biológicos mudam, resultando em diferenças
reais na qualidade da pele e do cabelo. Surge
o desequilíbrio ou perda da homeostase, levan-
do a consequências físicas e moleculares. Por
exemplo, a pele tende a ficar mais fina, mais
frágil e mais seca. Portanto, o cuidado é direcio-
nado ao respeito ao novo estado da pele, en-
MULHERES E HOMENS ESTÃO SUJEITOS A MUDANÇAS BIOLÓGICAS
O desequilíbrio hormonal é comum nos con-
sumidores maduros. A menopausa e a andro-
pausa levam a muitos distúrbios biológicos que
podem ser aliviados por tratamentos de beleza.
Embora os sintomas da menopausa sejam bem
conhecidos hoje, a andropausa também pode
levar a sintomas desagradáveis, como aumento
das mamas, redução da massa muscular e dos
pelos corporais, possivelmente amplificados
por consequências psicológicas, como diminui-
ção da motivação e autoconfiança e aumento
28
cional, massagens, ioga, terapia de relaxa-
mento etc., a redução ou prevenção do en-
velhecimento psicológico virá das marcas já
existentes, que já entenderam as mensagens
que podem ser expressas para os nichos de
mercado prateado: a combinação de eficácia
inovadora às necessidades biológicas para
atender às preferências dos idosos e fazê-los
se sentir o mais jovem possível.26
quanto a suporta em suas reais necessidades,
através da indicação de procedimentos que
restaurem sua saúde, qualidade e finalmente,
promovam beleza. O antienvelhecimento con-
tinuará sendo uma grande preocupação, uma
vez que as rugas representam um alvo cosméti-
co, com ativos firmadores, promotores de elas-
ticidade e qualidade da pele em destaque.27
do nervosismo. Em um mundo onde a beleza
sênior está intimamente relacionada às vitami-
nas e oligoelementos, um olhar temporal para
a pele que apresenta deficiências, que podem
ser complementadas por produtos cosméticos
e injetáveis, deve estar no radar de médicos
que realizam procedimentos estéticos.28
O objetivo do rejuvenescimento facial é reverter
ou prevenir alterações anatômicas que ocorrem
com a idade para restaurar uma aparência jovem

ao rosto. No entanto, o envelhecimento facial é
um processo multifatorial, e outras alterações,
incluindo ptose médio-facial, perda de elasti-
cidade e alterações esqueléticas faciais (perda
de volume ósseo), também são conhecidas por
contribuir para a aparência envelhecida.29
Muitos pacientes procuram tratamentos estéti-
cos pela primeira vez justamente nessa fase da
vida. E cabe a nós entender todo o contexto e di-
COM O PORTFÓLIO GALDERMA, PODEMOS ACESSAR AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
ESTRUTURAIS SOFRIDAS PELA FACE FEMININA ENVELHECIDA:
• Reabsorção óssea: Restylane® Lyft™,
Restylane® Defyne™, Restylane®.
• Reabsorção e /ou reposicionamento
de coxins adiposos: Restylane® Lyft™,
R
­ estylane® Defyne™, Restylane® Volyme™,
Restylane®, Sculptra®.
Compreender a sequência de deflação da gor-
dura compartimental durante o envelhecimento
é parte integrante do pilar RECOVERY. Alguns
compartimentos esvaziam mais cedo do que
outros e, no espectro do envelhecimento facial,
os compartimentos malar lateral e médio são
geralmente afetados mais precocemente, se-
guido pela deflação malar por volta da quinta
década. A borda orbital inferior torna-se visível
e a região malar côncava abaixo da depressão,
resulta na clássica deformidade em V. Essas
mudanças podem ser tratadas por preenchi-
mento do coxim malar medial profundo, lateral
MAP 5.0 | Infinity
nâmica de seus envelhecimentos faciais para en-
tão propor ações de somente ­PREJUVENATION
ou BEAUTIFICATION como já foram previa-
mente descritas, mas na maioria das vezes,
focamos em restaurar o que foi perdido de ma-
neira a promover a juventude. Esse é o nosso
terceiro pilar terapêutico, RECOVERY. Através
de análises clínicas minuciosas, lemos a história
que cada face nos conta e mapeamos ações
direcionadas a cada “capítulo desta história”.
• Flacidez: Sculptra® e Restylane®
­ kinboosters™ Vital.
S
• Atrofia dérmica: Restylane® S ­ kinboosters™
Vital e Vital Light, Sculptra®.
• Rugas de expressão decorrentes de
hipercontratilidade dos músculos da
mímica facial: Dysport®.
profundo e SOOF (­Suborbicularis O ­ culi Fat) me-
dial. O aumento do coxim malar lateral profundo
pode ser usado para projetar e suavizar a transi-
ção entre a região malar anterior e lateral. Essas
alterações podem começar já ao redor dos 40
anos e progredir ao longo das décadas seguin-
tes na vida. Os compartimentos mandibulares e
nasolabial mostram pouca tendência a esvaziar
e se tornam mais proeminentes como supor-
te.30 Décadas subsequentes estão associadas
à perda de volume nas áreas malares laterais
profundas, temporais laterais e frontal, que tam-
bém são passíveis de preenchimento.
29
Usando a ciência do envelhecimento e o
conhecimento dos compartimentos de gor-
dura, as opções de rejuvenescimento facial
tendem a aumentar com a idade e se tornar
mais invasivas, por isso o tratamento mul-
tifacetado e específico para o paciente nos
permite abordar a pele, o suporte tecidual e
a atrofia de gordura para resultados ideais.
Os compartimentos de gordura facial influen-
ciam diretamente tanto o volume quanto a
forma facial por meio de sua relação anatô-
mica com os ligamentos retentores.31 Assim,
a restauração do volume do compartimento
profundo com preenchimentos faciais é um
componente crítico para o rejuvenescimen-
to facial e é usada tanto no início como em
momentos posteriores do envelhecimen-
to facial, ou seja, em linha com os pilares
de P ­REJUVENATION, BEAUTIFICATION e
­RECOVERY aqui propostos. Ao adaptar o
tratamento de um paciente, o volume facial e
a forma facial são sempre abordados. E o au-
mento de volume pode ser classificado ainda
mais como aumento de volume ou restaura-
ção de volume. Pacientes mais jovens, em
sua segunda e terceiras décadas geralmente
buscam aumento de volume. Eles ainda não
experimentaram os primeiros achados de
atrofia profunda do compartimento adiposo.
Preenchimentos teciduais (ácido hialurôni-
co) servem para aumentar o volume desses
pacientes em áreas anatômicas específicas
(lábios, eminência malar, linha da mandíbula
e ponto do queixo). À medida que esses pa-
cientes entram na quarta e quinta décadas,
30
ocorre uma atrofia da gordura do comparti-
mento profundo e a necessária restauração
de volume. Restaurar o volume onde ele é
perdido é a abordagem preferida de médi-
cos que realizam procedimentos pouco in-
vasivos e os pacientes que desejam opções
não cirúrgicas podem buscar aumento de
volume adicional com preenchimentos de
ácido hialurônico (AH). Aprofundando o con-
ceito de tratamento combinado, o envelhe-
cimento facial ocorre de forma assimétrica e
global em todo o rosto. Todos os pacientes
apresentam assimetria: lado estreito e largo;
olho maior e menor; posição da sobrance-
lha; desvio nasal; assimetria da mandíbula.
O entendimento de componentes individua-
lizados leva em consideração essas assime-
trias regionais e aplica os conceitos de lifting
em preenchimento para rejuvenescimento
facial.32 Os compartimentos de gordura fa-
cial servem como um mapa tridimensional
ou sistema de reposicionamento global para
restauração de volume de compartimentos
de gordura profundos específicos. Com a
compreensão da localização de cada com-
partimento de gordura, o aumento seletivo
é realizado para compensar a assimetria de
volume. Da mesma forma, manipulações
diferenciais do SMAS (­Superficial ­Muscular
­Aponeurotic ­System) são realizadas em cada
lado promover o balanço de distribuição de
volume. O ponto final é simetria, forma e vo-
lume aprimorados. E uma beleza que res-
plandece muito além da cor prateada que
nomeia essa geração.

BELEZA MASCULINA
Vamos falar sobre a estética masculina, que
está definitivamente em ascensão em todos
os mercados- assim como as mulheres recor-
rem a um conjunto de procedimentos, muito
mais homens estão adotando tratamentos
estéticos para atender às suas próprias ne-
cessidades, com o intuito de aumentar sua
confiança e melhorar sua aparência física até
durante a pandemia. As estatísticas mais re-
centes da Sociedade Americana de Cirurgi-
ões Plásticos revelam que mais de 1,3 milhão
de procedimentos cosméticos foram realiza-
dos em homens só no ano passado duran-
te a pandemia, quando muitas clínicas foram
fechadas ou trabalharam com agendamento
muito condensado. Isso representa um au-
mento de 29% desde o ano 2000 e podemos
prever que os números para 2021 vão mos-
trar um grande aumento, já que o estigma de
homens fazerem esses tratamentos foi clara-
mente reduzido.
Agora, o que está impulsionando essa ten-
dência?
O número de homens mais jovens da geração
Y em seus 20 e 30 anos que usam injetáveis
e outros tratamentos estéticos parece que
está aumentando. A tendência do “Daddy-
Do” certamente aumentou em popularidade
durante a pandemia. E isso não está aconte-
cendo apenas em Los Angeles, Londres ou
Paris. Todos querem valorizar suas imagens
na vida pessoal. Os homens não querem es-
MAP 5.0 | Infinity
perar para obter resultados, querem obtê-los
instantaneamente. Eles também tendem a
estar mais interessados em escolher trata-
mentos específicos que alcancem os resulta-
dos que desejam.
A partir dos 30 anos, os homens têm uma re-
dução média de testosterona de 1% ao ano,
redução essa que está correlacionada com
uma diminuição da espessura da pele mas-
culina.33 A combinação de fatores genéticos,
hormonais e extrínsecos leva ao afrouxamen-
to das fibras elásticas e do colágeno, produ-
zindo rugas e flacidez da pele.34 Com relação
à queda de cabelo, uma grande preocupação
entre os homens, os homens diferem das mu-
lheres na medida em que a testosterona e a
di-hidrotestosterona desempenham um pa-
pel na perda de cabelo androgenética.35 Uma
pesquisa com homens sobre sua percepção
dos procedimentos cosméticos revelou que
40% estavam interessados em se subme-
ter a um deles.36 Para muitos homens, uma
consulta inicial é sempre o melhor momento
para discutir suas preocupações sem a an-
tecipação da realização de um procedimento
específico. Isso ocorre porque os homens es-
tão menos familiarizados com procedimentos
estéticos e podem pedir ao médico ajuda em
uma área específica ou simplesmente solici-
tar uma redução global dos sinais visuais de
envelhecimento.37 Quando questionados por
que relutam em se submeter a procedimen-
tos cosméticos, um motivo comum para a he-
sitação dos homens era o medo de parecer
31
feminilizado: eles têm plena consciência do
dimorfismo sexual das características faciais e
desejam manter ou realçar as tradicionalmen-
te masculinas.38 À medida que os homens
adquirem confiança de que os médicos são
capazes de manter uma aparência masculi-
na, o número dos que procuram tratamentos
cosméticos continuará a aumentar. Apesar
da lacuna existente entre mulheres e homens
submetidos a estes procedimentos, a partir de
2015, os homens consomem cerca de 10%
de todos os tratamentos cosméticos.39 Isso
equivale a um aumento de 325% nos proce-
dimentos cosméticos recebidos por homens
desde 1997.40 Há uma tendência crescente
de intervenções não cirúrgicas e diminuição
de intervenções cirúrgicas. Para aqueles ho-
mens submetidos a procedimentos cosmé-
ticos cirúrgicos, a Academia Americana de
Cirurgia Plástica e Reconstrutiva Facial relata
que o procedimento mais frequentemente re-
alizado foi transplante de cabelo, seguido por
rinoplastia, blefaroplastia, revisão de cicatriz e
facelift.41 Dermatologistas relatam que o pro-
cedimento cosmético pouco invasivo mais fre-
quente são injeções de neuromodulador.41 Em
um estudo de Jagdeo e cols42, realizado com
600 homens, principalmente caucasianos,
com idades entre 30 e 65 anos, as preocupa-
ções cosméticas que eles tinham: 48% pre-
ocupavam-se com as rugas faciais; a queda
de cabelo foi uma preocupação para 40% e o
aparecimento de bolsas sob os olhos foi uma
preocupação para 44%. As olheiras afetaram
34%; flacidez da pele facial foi uma preocu-
32
pação para 29% e a gordura submentoniana
foi uma preocupação para 28%. Os homens
desejam obter resultados que minimizem a
idade aparente, mas manter uma anatomia
facial masculina, exigindo técnicas diferentes
das utilizadas para tratar as mulheres.43
Desde a época de ouro do cinema, atores
com queixos fortes, como Kirk Douglas e
Cary Grant, são vistos como símbolos se-
xuais. Isso pode ajudar a explicar por que
a parte inferior da face é uma área com a
qual os homens estão particularmente pre-
ocupados: 70% deles estão preocupados
com o aparecimento de gordura submento-
niana.44 De 2014 a 2015, houve um aumento
de 58% no tratamento não cirúrgico da pa-
pada, incluindo redução desta e da gordura
submentoniana. Não deve ser surpresa que
os homens continuarão a buscar melhorias
nesta área enquanto uma mandíbula demar-
cada, simbolizada por atores que as apre-
sentem, continuar sendo o ideal masculino.45
Portanto, a estética masculina é única e mui-
to comumente vemos e vimos nas celebri-
dades e em nossos pacientes que, quando
a estética masculina e as proporções faciais
não são respeitadas, temos uma aparência
muito desproporcional, não natural e femini-
lizada. Quando olhamos para um rosto mas-
culino, o que o torna atraente é o equilíbrio
entre os terços. E esses são os pontos que
devem ser reforçados tanto em procedimen-
tos não cirúrgicos quanto cirurgicamente.
Vamos olhar para o terço médio da face, es-

pecificamente para o zigoma. O zigoma no
homem tem mais ou menos a mesma lar-
gura do ângulo mandibular e isso é muito
importante quando usamos preenchimentos
dérmicos para aumentar essa área, porque
o que objetivamos no sexo masculino é um
rosto quadrado, enquanto o rosto feminino é
normalmente mais arredondado. Você pode
ver que a proeminência zigomática é mais la-
teral nas mulheres, se estendendo além dos
seus ângulos mandibulares, para criar uma
forma de V, mas nos homens é importante
respeitar uma posição mais superiormente
orientada nesta área.
Quando olhamos para o queixo, comparan-
do diretamente homens e mulheres, pode-
mos ver que os primeiros têm uma altura
vertical maior e são mais largos e um ângulo
gônico mais agudo que se traduz em maior
definição da mandíbula.46
A razão para um aumento no número de ho-
mens que buscam tratamentos cosméticos
não é clara. Estudos descobriram que há uma
associação entre aumento de renda e maior
atratividade. Também foi levantada a hipóte-
MAP 5.0 | Infinity
se de que, assim como as mulheres, há uma
pressão crescente da mídia sobre os homens
para manter uma certa aparência física.47 A
televisão e as revistas celebram a aparência
jovem e rejeitam os idosos. Seja qual for o
motivo, assim como as mulheres, os homens
procuram competir social e financeiramente
melhorando sua aparência. E aqui, os 3 pila-
res terapêuticos deste MAP se fazem presen-
tes: PREJUVENATION para a geração Y e Z,
BEAUTIFICATION principalmente para a ge-
ração X e Baby Boomer, porque atualmente,
o principal consumidor masculino de procedi-
mentos cosméticos tem entre 40 e 59 anos,
com renda discricionária.48 Essa idade mé-
dia deve aumentar quando a geração Baby
­Boomer chegar aos 60 e 70 anos, quando
provavelmente procurará procedimentos de
estruturação e alterações faciais mais im-
portantes, ou seja, RECOVERY.49 E embora
haja um lento aumento na adoção de proce-
dimentos cosméticos entre os homens, mais
educação pode ser necessária para reduzir a
ansiedade em relação à segurança e aparên-
cia não natural ou masculina. E nós, médicos,
devemos estar prontos para isso.
33
SOBRE DIVERSIDADES
21 de maio é o Dia Mundial da Diversidade
Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento,
um dia reservado pelas Nações Unidas em
2002 como uma oportunidade para “aprofun-
dar nossa compreensão dos valores da diver-
sidade cultural e avançar os quatro objetivos
da Convenção da UNESCO sobre a Proteção
e Promoção da Diversidade das Expressões
Culturais.” Quando se trata de diversidade e
inclusão, muitas vezes pensamos na mídia,
bem como na representação nas indústrias
da moda e da beleza, mas onde estamos
agora... quase 20 anos depois?
Em 1989, Naomi Campbell apareceu na capa
de setembro da Vogue. Foi a primeira vez
que uma mulher negra apareceu na capa da
edição de setembro (tradicionalmente a mais
importante do ano) da revista. Um ano antes,
em agosto de 1988, ela também foi a primeira
mulher negra a ser capa da Vogue francesa.
Esse acontecimento foi revolucionário, mas
também é surpreendente se considerarmos
que foi há apenas 32 anos.
Avance para 2017, quando uma pequena re-
volução tomou conta da indústria da beleza.
Rihanna lançou sua marca de maquiagem F ­ enty
Beauty, que impressionou pela ampla seleção
de tons de base. Fenty Beauty foi a primeira
marca de cosméticos a representar diversidade
e inclusão nessa medida – uma marca de bele-
za com 40 cores de maquiagem diferentes em
sua gama, no lançamento, era inédita.50
34
Uma marca que foi fundada no mesmo ano e
que merece reconhecimento na indústria da
beleza é o rótulo Live Tinted: em um vídeo
do YouTube de 2015, ela mostrou como es-
conde as sombras sob os olhos com batom
vermelho. Seus seguidores ficaram tão intri-
gados com seu hack de beleza que o vídeo
se tornou viral e, de acordo com um artigo
da revista Forbes, o clipe gerou 10 milhões
de visualizações em 2019 – prova de que o
marketing de uma rotina de beleza envolve
muito mais do que várias bases e cores de
batom; trata-se de ouvir seus clientes e com-
preender o “zeitgeist” mais do que nunca.
A Launchmetrics analisou recentemente os
dados de várias campanhas de beleza, e os
resultados sugerem que a diversidade e a in-
clusão se tornaram, de fato, uma parte essen-
cial da mensagem de uma marca altamente
relevante e bem-sucedida. Na campanha de
beleza da Gucci chamada “Beleza não con-
vencional”, lançada em junho de 2020, ela
celebra a diversidade, a positividade corpo-
ral e a inclusão ao escolher, entre outras, Ellie
Goldstein, uma modelo com síndrome de
Down, para promover sua máscara de cílios.
A campanha não apenas recebeu uma res-
posta incrivelmente positiva do público, mas
a postagem no Instagram daquela sessão de
fotos em particular também foi considerada
uma das mais populares da marca. O conhe-
cido programa M-A-C VIVA GLAM, da MAC

Cosmetics, arrecadou mais de US $ 500 mi-
lhões para a luta contra o HIV / AIDS e tam-
bém trabalha para “apoiar futuros saudáveis
e direitos iguais para mulheres, meninas e co-
munidades LGBTQIA+.”51
O que todas essas histórias de sucesso têm em
comum e o que podemos aprender com elas e
aplicar em nossas atividades profissionais?
• Autenticidade: os pacientes procuram
ações e procedimentos que cumpram os
valores prometidos para que possam de-
sempenhar um papel significativo na so-
ciedade. Se entregamos valores através
dos nossos atendimentos e esclarecimen-
tos, contribuímos com aqueles que trata-
mos de uma forma orgânica e autêntica.
• Abordagem “de cima para baixo, de
baixo para cima”: a comunicação entre o
médico e o paciente deve ser um proces-
so de mão dupla; ao se posicionar sobre
as questões que impactam a decisão por
um procedimento, o médico pode des-
tacar sua importância e criar mudanças
reais. Ele deve, no entanto, ouvir o que
seu público tem a dizer.
• Aproveite a voz certa: para simplificar as
principais mensagens do seu tratamento
e se tornarem procedimentos bem-su-
cedidos. Algumas vezes, lançar mão de
exemplos de resultados que merecem
destaque, como celebridades ou parcei-
ros conhecidos, pode ajudar suas ações a
atingirem um público mais amplo.
MAP 5.0 | Infinity
As pessoas não estão mais apenas compran-
do um produto, elas querem se alinhar com
uma marca. E os valores da sua marca são
muito importantes. Os consumidores querem
saber o que você está fazendo com sustenta-
bilidade, como você trata seus funcionários.
As pessoas realmente começaram a se inte-
ressar não apenas pelo procedimento, mas
por quem é a pessoa por trás dele, quais são
seus valores. Estou colocando meu dinheiro
nas mãos de uma pessoa que fará o bem?
Os dermatologistas estão expandindo seus
conjuntos de habilidades e explorando no-
vas técnicas para permitir que pacientes de
gêneros diversos atinjam seus objetivos mé-
dicos e estéticos.
Realizar procedimentos estéticos em pa-
cientes LGBTQIA+, bem como em pacien-
tes de minorias sexuais e de gênero SGM
(Sexual and Gender Minorities – Minorias
Sexuais e de Gênero), requer mais do que
perícia médica e estética, de acordo com
um painel de especialistas na ­ American
Academy of D
­ ­ermatology 2021 Virtual
­Meeting ­Experience, em abril. Atender esses
pacientes também exige uma compreensão
do ambiente psicológico que envolve tais
ações, bem como questões de seguro mé-
dico exclusivas para essas populações.
Mesmo com mudanças modestas em um pa-
ciente transgênero ou em transição de gênero,
a autopercepção dele pode proporcionar gran-
des melhorias em sua qualidade de vida (QV).52
35
“É importante reconhecer que a disforia de
gênero é um diagnóstico avaliado no M ­ anual
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais (DSM-5®)” e é categorizada como
um sentimento de angústia passível de ocor-
rer naqueles cuja identidade de gênero difere
de seu sexo atribuído ao nascimento ou de
características físicas relacionadas ao sexo,
de acordo com a Mayo Clinic.
Como acontece com qualquer comunidade
de pacientes, cuidar de pacientes LGBTQIA+
/ SGM (Sexual and Gender Minorities) requer
uma compreensão das necessidades holís-
ticas dessa população. Os dermatologistas
devem estar cientes do fato de que taxas de
suicídio entre transgêneros superam em mui-
to a da população em geral – 41% vs. 4,6%,
respectivamente – e a melhora de QV para
pessoas trans que passaram pela transição.53
“O que isso significa para um dermatologista
que não realiza esse tipo de procedimento?”
“Sabemos que existem abordagens que po-
demos usar para ajudar o paciente a conseguir
uma aparência mais masculina ou feminina. Nós,
como dermatologistas cosméticos, podemos
empregar uma estratégia injetável que realce as
características masculinas ou femininas com o
propósito de ajudar a aliviar a incongruência de
gênero que os pacientes transexuais sentem.”54
Meshkov Bonati e cols realizaram um estudo
experimental envolvendo 9 pacientes que não
haviam se submetido a tratamentos injetáveis
anteriores. O ensaio, uma métrica chamada
36
Escala de Autopercepção Contínua de Gêne-
ro, acompanha os pacientes para identificar
sua autopercepção de gênero antes e depois
do tratamento em comparação com os ideais
sociais de homens e mulheres.53
“Os pacientes em geral desejavam ter uma
aparência 65% a 100% mais masculino ou fe-
minino do que pareciam no momento”.53 “No
entanto, 8 de 9 pacientes ficariam felizes com
a mesma aparência ou até menos do que o
que consideravam o ideal da sociedade.”
Esses pacientes eram realistas em sua opinião
e não tinham grandes expectativas de ter uma
testa ou um queixo totalmente novo, entendiam
que os injetáveis não poderiam atingir os resul-
tados dramáticos que podem ser alcançados
com a cirurgia. Esse resultado pode trazer um
grande direcionamento para a nossa prática
diária e mostra como o esclarecimento prévio
através de uma consulta atenta faz a diferença.
Após o tratamento, os pacientes alcançaram
uma mudança média de 44% em direção aos
ideais de gênero. Três pacientes mudaram sua
percepção de gênero completamente masculi-
no para feminino ou vice-versa. Os resultados
da Escala Global de Melhoria Estética e do Índi-
ce de Qualidade de Vida em Dermatologia refle-
tiram esses achados. “A maioria dos pacientes
relatou melhora da autoconsciência e redução
do constrangimento”, disse Meshkov Bonati.
Ainda mais reveladores foram os comentários
dos pacientes. Por exemplo, um sujeito relatou
que amigos notaram que postava com mais

frequência nas redes sociais. Outros pacientes
relataram se sentir mais confortáveis com rou-
pas e estilos de cabelo específicos para cada
gênero. “Um paciente disse: ‘Não tenho certe-
za se é o tratamento em si ou apenas saber que
estou fazendo algo que faz a diferença’. É disso
que se trata: capacitar pacientes transgêneros
para que se sintam mais no controle de seus
gêneros e melhorando sua qualidade de vida.54
Como os padrões de cuidado da Associação
Profissional Mundial para Saúde Transgênero
(WPATH) não abordam os procedimentos não
invasivos ou reversíveis de afirmação de gê-
nero,55 um artigo recente de Waldman et al re-
comenda o estabelecimento de tais padrões,
especialmente para adolescentes transgêne-
ros.56 Os médicos especialistas têm a oportu-
nidade de definir esses padrões, que podem
incluir permitir que adolescentes maduros
consintam em procedimentos reversíveis.
Ao compreender os aspectos distintos do rosto
masculino e feminino, um médico especialista
pode ajudar os pacientes transgêneros a atingi-
rem seus objetivos estéticos. Uma advertência
CONSIDERAÇÕES FINAIS
E assim, após 5 longos anos de trabalho e
aprendizado contínuos, chegamos ao fim des-
sa jornada. Será? Assim como o Universo, nos-
so desejo de aprendizado e desenvolvimento é
infinito: evolução contínua, técnicas específicas
BR-OTH-2100238 | Material destinado à classe médica. Proibida a reprodução.
MAP 5.0 | Infinity
importante, entretanto, é que embora neurotoxi-
nas e os agentes de preenchimento possam au-
xiliar na remodelação das características faciais,
os pacientes devem ser informados de que uma
mudança dramática na estrutura esquelética da
face requer cirurgia. As recomendações a seguir
para transformação facial com preenchedores
e neurotoxina devem ser individualizadas, uma
vez que existe uma variabilidade substancial e
diferenças nas características faciais entre os in-
divíduos e entre diferentes etnias.57
Portanto, estes pacientes podem ser trata-
dos com a utilização dos 3 pilares terapêuti-
cos propostos aqui no MAP 5.0:
PREJUVENATION, considerando pequenas
e pontuais mudanças.
BEAUTIFICATION, quando já existem alte-
rações previamente realizadas e o objetivo é
mantê-las e/ou ressaltá-las.
RECOVERY, quando lidamos com pacientes
transgênero que desejam através de procedi-
mentos injetáveis transformar padrões femini-
nos em masculinos e vice-versa.
e resultados de excelência serão sempre nos-
sas ferramentas ao atendermos pacientes com
infinitas demandas e crescentes expectativas.
Até breve!
37
 TOXINA BOTULÍNICA A
CAPÍTULO 2
TOXINA BOTULÍNICA A
• Subdivisão de dose (microdose):
Dra. Alessandra Romiti
• Reposicionamento de sobrancelhas:
Dra. Doris Hexsel

SUBDIVISÃO DE DOSE (MICRODOSE)
Na área da estética, a toxina botulínica A é
o procedimento injetável mais realizado nos
consultórios médicos, com alto índice de sa-
tisfação dos pacientes.1 O sucesso do trata-
mento depende da avaliação facial adequada,
do conhecimento da anatomia e do domínio
das técnicas de injeção. Na mesma linha de
pensamento de todo o MAP 5.0, rumo ao in-
finito, essas técnicas de aplicação têm sido
cada vez mais aprimoradas e refinadas para
poder oferecer os melhores resultados aos
pacientes, incluindo os casos desafiadores.
Já é bem definido o conceito de que o cam-
po de ação da toxina botulínica A é determi-
nado pela dose aplicada e limitado pelo alvo
tratado. Portanto, uma relação adequada en-
tre a dose e o alvo é fundamental para que
o tratamento tenha boa eficácia e duração
adequada. Os músculos mais espessos e
fortes devem ser tratados com doses mais
altas dos que músculos mais finos e fracos.
Músculos profundos como porção medial do
corrugador, mentual e masseter devem ser
tratados com aplicação em planos profun-
dos. Já músculos finos e próximos à pele,
como frontal e orbiculares, devem ser abor-
dados com pontos superficiais.2
A região frontal é comumente tratada com
toxina botulínica A para amenizar as rugas
MAP 5.0 | Infinity
horizontais causadas pela contração repeti-
da do músculo frontal. Como esse músculo é
considerado o grande elevador do terço su-
perior da face e tem papel bem definido na
manutenção da posição das sobrancelhas,
seu bloqueio com toxina botulínica A deve
ser feito com muita precisão, para não cau-
sar sensação de “fronte congelada”, ptose
dos supercílios e mudança inestética do po-
sicionamento das sobrancelhas. A elevação
do supercílio é realizada principalmente pela
porção inferior do músculo frontal, portanto
o tratamento de rugas frontais mais próxi-
mas às sobrancelhas deve ser realizado com
atenção, usando doses adequadas. Pacien-
tes mais idosos ou que apresentem flacidez
facial importante nas regiões de pálpebra e
supercílios devem ser tratados com cautela
porque têm mais chances de complicações
com doses elevadas de toxina botulínica A.3
Outra área frequentemente tratada é a região
periorbitária, já que a contração repetida do
músculo orbicular dos olhos leva à formação
das rítides perioculares. A porção lateral do
músculo é a mais abordada, mas, em alguns
casos, pode ser necessário tratamento tam-
bém da porção infrapalpebral, para melhorar
as rugas da região palpebral inferior e a hiper-
trofia tarsal. Como essa porção tarsal do mús-
culo orbicular é importante na contenção dos
41
coxins intrapalpebrais de gordura, pacientes
que apresentem flacidez palpebral inferior ou
que tenham sido submetidos à blefaroplastia
prévia não se enquadram nesse tratamento.4
Em alguns casos, como pacientes que apre-
sentam flacidez de pálpebra e supercílios, o
CONCEITO DA SUBDIVISÃO DE DOSE (MICRODOSE)
Aplicar toxina botulínica A em microdose signi-
fica dividir a dose proposta para tratamento de
determinado músculo em pequenas frações,
para que a dose total seja distribuída de manei-
ra difusa no músculo, evitando áreas sem tra-
tamento (Figura 1). A microdose não deve ser
confundida com subdose, que é utilizar uma
quantidade total de toxina botulínica A inferior à
adequada para determinado músculo, levando
a resultados ineficazes ou pouco duradouros.
Como o halo de ação da toxina botulínica A
é tridimensional, devemos entender a micro-
Figura 1a: halo de ação nas doses tradicionais.
42
tratamento do músculo frontal e da porção
inferior do músculo orbicular dos olhos pode
ser muito desafiador. Para tornar os resulta-
dos mais estéticos e naturais, pode-se utilizar
a aplicação da toxina botulínica A na forma de
subdivisão de dose, popularmente conhecida
como microdose.
dose como uma técnica que permite aplicar
pequenas quantidades de produto por ponto,
mantendo a injeção superficial. A técnica foi
inicialmente descrita em 20155 e vem sendo
citada na literatura para tratamento de rugas
superficiais, diminuição de oleosidade e me-
lhora de textura da pele, melhora global da
pele na face e pescoço.6-10
Para tornar possível a aplicação da toxina bo-
tulínica A em microdose, é necessário que se
aumente a diluição do produto, acrescentan-
do maior volume de soro fisiológico. Analisan-
Figura 1b: halo de ação na microdose.

do a literatura disponível, fica claro que não
existe uma padronização estabelecida para
essa diluição e cada autor sugere uma técni-
ca baseada em sua experiência pessoal.
PASSO A PASSO PARA DILUIÇÃO DA TOXINA
BOTULÍNICA A PARA UTILIZAÇÃO DE MICRODOSE
(FIGURA 2)
1. Inicialmente, cada médico deve fazer
a reconstituição do frasco de Dysport®
que utiliza habitualmente. Por exemplo:
considerando-se a correlação sugerida
de 2,5  s.U*: 1  U entre as unidades do
­ ysport® e as unidades das outras toxi-
D derando-se 1 U em 0,01 mL, o volume
nas botulínicas, reconstituindo o frasco
de Dysport® de 500 s.U em 2 mL de soro
fisiológico (SF) 0,9%, cada 0,01 mL terá 1
unidade volumétrica de toxina botulínica
A. Utilizando a seringa de 0,3  mL, cada
pequena graduação (0,01 mL) terá 1 U.
2. Coloca-se na seringa de 0,03 mL as uni-
dades necessárias para o tratamento.
5U
0,01 mL / 1 U

Figura 2: esquemas das seringas com dose e microdose.
*Unidades Speywood ou unidades de Dysport®.
MAP 5.0 | Infinity
A sugestão apresentada no MAP 5.0 é que o
volume originalmente utilizado para reconstituir
a toxina botulínica A seja multiplicado por 4,
para que seja possível aplicar ¼ de unidade.
3. Multiplica-se o volume presente na se-
ringa por 4. Para isso, deve-se acres-
centar mais 3 partes iguais de soro fi-
siológico. Por exemplo, se o tratamento
for necessitar de 5  U de toxina, consi-
inicial da seringa será 0,05  mL. Acres-
centa-se mais 3 partes de SF (0,15 mL)
e o volume final estará multiplicado por
4 (0,2  mL). Se o volume foi multiplica-
do por 4, a unidade foi dividida por 4 e
agora cada pequena graduação da se-
ringa (0,01 mL) tem ¼ de U.
5U
0,01 mL / 1/4 de U ou 0,25 U

43
TRATAMENTO DA REGIÃO FRONTAL
O músculo frontal é o grande elevador do
terço superior da face. Sua contração é res-
ponsável pela elevação das sobrancelhas e
também pela formação das rugas horizon-
tais da fronte. O tratamento com toxina bo-
tulínica A relaxa a musculatura e previne que,
com o passar do tempo e os movimentos
repetidos, as rugas dinâmicas se transfor-
mem em rugas estáticas. Por outro lado, a
dose de toxina utilizada deve ser adequada
para que o bloqueio da elevação do super-
cílio não interfira negativamente da forma e
posicionamento das sobrancelhas.
Com o passar dos anos, há perda de su-
porte ósseo na face e aumento da flacidez
da pele, podendo ocorrer deflação de vá-
rias estruturas, incluindo a região do super-
cílio (Figura 3).
Figura 3: Supercílio mais caído no rosto mais idoso.
44
Em muitos pacientes, o músculo frontal vai fi-
cando mais hipertônico para manter a posição
das sobrancelhas, o que piora as rugas fron-
tais horizontais. Nesses casos, deve ser feita
avaliação facial minuciosa e adequação da
dose total de toxina botulínica A aplicada, por-
que se doses altas são utilizadas, embora as
rugas fiquem melhores, pode ocorrer piora da
ptose das sobrancelhas, sensação de peso na
fronte e aparência mais triste, cansada.
De acordo com publicação de 2020,3 a con-
tração do músculo frontal ocorre de maneira
bidirecional, com porções inferiores do mús-
culo sendo as mais responsáveis por elevar
o supercílio e porções superiores abaixando
o couro cabeludo. Essas forças elevadoras e
depressoras convergem em uma linha definida
como “C line” (linha de convergência) (Figura 4).
Figura 4: C Line.

Assim, pode-se concluir que a maior dificul-
dade no tratamento do músculo frontal ocor-
re quando é necessário tratamento de rugas
nas porções mais inferiores da fronte, sendo
ideal diminuir a dose total dessa região, prin-
cipalmente em paciente que já apresenta si-
nais de ptose e flacidez no supercílio.
Para otimizar os resultados de tratamento da
fronte e proporcionar melhores resultados, po-
de-se associar a aplicação de pontos com a
dose convencional (1-2 U) nas porções mais
altas do músculo frontal (acima da “C line”)
com pontos de microdose nas porções infe-
riores (abaixo da “C line”) (Figura 5a). Pacientes
Figura 5a: pontos de dose acima da C line e microdose
abaixo da C line.
Figura 5c: microdose somente inferior.
MAP 5.0 | Infinity
que têm o músculo frontal muito fraco (Figura
5b) ou que apresentam rugas somente abaixo
na “C line” (Figura 5c) podem ser tratados so-
mente com pontos de microdose. É importante
ressaltar que, independentemente da maneira
de fracionamento dos pontos em dose ou mi-
crodose, a dose final total utilizada no músculo
deve ser adequada para cada caso.
Com essas diferentes abordagens, é possí-
vel diminuir a força de contração do músculo
frontal mantendo o tônus das porções inferio-
res, o que proporciona menor risco de ptose
do supercílio e leva ao posicionamento esteti-
camente adequado das sobrancelhas.
Figura 5b: microdose em toda fronte.
45
TRATAMENTO DA REGIÃO PERIOCULAR
O músculo orbicular dos olhos é uma estrutura
circular ao redor da órbita e sua contração du-
rante o sorriso leva à formação das rugas pe-
riorbitárias laterais (pés-de-galinha) e inferiores,
além de tracionar para baixo a porção lateral das
sobrancelhas. O tratamento com toxina botulí-
nica A relaxa a musculatura e diminui as rítides.
Existem diferentes padrões de contração do
músculo orbicular dos olhos. Alguns pacien-
tes apresentam rugas somente nas porções
superiores (próximas às sobrancelhas), ou-
tros nas porções centrais ou inferiores e al-
Figura 6: rugas orbiculares estendendo-se para região zigomática.
46
guns apresentam padrão de contração com-
pleto.11 Portanto, é fundamental que todos os
pacientes sejam avaliados de maneira dinâ-
mica, para que os pontos de toxina botulínica
A sejam distribuídos de acordo com a força e
contração muscular.
Os casos mais desafiadores de tratamento
da região periorbicular com toxina botulínica
A são os pacientes que apresentam rugas
nas porções inferiores da região orbicular,
estendendo-se muitas vezes até as regiões
zigomáticas da face (Figura 6).

Quando se utiliza doses altas de toxina bo-
tulínica A nos pontos inferiores, pode ocorrer
paralisação da movimentação da região pe-
riorbitária, levando à projeção malar exagera-
da durante o sorriso (sinal da prateleira). Para
evitar esse efeito indesejado, o ideal é que as
doses sejam menores nos pontos inferiores
do músculo orbicular dos olhos e uma opção
é utilizar a distribuição em microdose, for-
mando campos de ação pequenos e superfi-
ciais.11 Assim, pode-se associar aplicação de
Figura 7a: pontos de dose nas porções superiores e
microdose nas porções inferiores.
CONCLUSÃO
A aplicação da dose total de toxina botulíni-
ca A em porções fracionadas de microdose
leva à formação de campos de ação peque-
nos e superficiais, com distribuição mais ho-
mogênea e adequada do produto, podendo
beneficiar áreas de músculos finos e super-
ficiais, como frontal e periocular. A avaliação
facial adequada, com análise dos pacientes
de maneira dinâmica, além da observação
BR-OTH-2100224 - Material destinado à classe médica. Proibida a reprodução.
MAP 5.0 | Infinity
pontos com doses convencionais de toxina
botulínica A nas porções superiores e centrais
da região orbicular lateral (2 a 4 U por ponto)
com pontos de microdose nas porções infe-
riores (1/4 U por ponto) para proporcionar
resultados mais bonitos e naturais (Figura 7a).
Também pode ser utilizada aplicação em mi-
crodose para tratamento da porção tarsal do
músculo orbicular dos olhos, para melhorar
hipertrofia ou rugas tarsais (Figura 7b).
Figura 7b: microdose tarsal.
da flacidez facial e da força de contração
muscular vai direcionar a utilização de pon-
tos de dose convencional ou de microdose e
a associação das duas técnicas para otimi-
zar os resultados.
Rumo ao infinito, aprimorando técnicas e
pensando soluções para proporcionar ótimos
resultados e pacientes felizes e satisfeitos.
47
REPOSICIONAMENTO DAS SOBRANCELHAS
INTRODUÇÃO
As sobrancelhas são estruturas importantes
da face e exercem um papel fundamental na
expressão facial. A forma da sobrancelha e,
principalmente, a sua posição, são de extre-
ma importância como características de em-
belezamento e rejuvenescimento facial, além
de atuarem como um diferencial de gênero.
As sobrancelhas têm, também, a função de
proteger os olhos contra luminosidade, poei-
ra e transpiração.
A forma das sobrancelhas pode ser alterada
por maquiagem transitória ou definitiva (tatu-
agens). A quantidade de pelos pode ser au-
mentada por tatuagens e por técnicas mo-
dernas de implantes fio-a-fio. Procedimentos
cirúrgicos invasivos ou minimamente invasi-
vos podem ser utilizados para alterar tanto
sua forma quanto sua posição.
A posição das sobrancelhas tem um pro-
tagonismo indiscutivelmente importante no
conjunto estético da face. Ela é determina-
da pelo equilíbrio das ações do complexo
depressor da glabela, formado pelos mús-
culos corrugadores superciliares, prócero,
depressor dos supercílios e orbicular dos
olhos, e dos músculos elevadores, que são
os músculos frontais.1 Com o envelheci-
48
mento, ocorre a ptose das sobrancelhas e
pálpebras pela ação depressora dos mús-
culos da glabela, pelo aumento da flacidez
da pele e músculo frontal, que agravam com
o envelhecimento. Essas mudanças anatô-
micas costumam ser percebidas pelos pa-
cientes como esteticamente indesejáveis,
por causar um “olhar de cansaço” e gerar
acúmulo de pele nas pálpebras superiores,
levando os pacientes a buscar tratamentos
de reposicionamento das sobrancelhas2,
além de blefaroplastias para a remoção do
excesso de pele.
A abordagem cirúrgica da ptose de sobran-
celhas pode ser feita por meio da remoção
do excesso de tecido local ou por técnicas
endoscópicas que buscam a fixação e o
reposicionamento das estruturas locais de
sustentação. Há diversas técnicas descritas
na literatura, cada uma delas com indica-
ções distintas. Apesar de serem eficazes e
apresentarem resultado duradouro, as abor-
dagens invasivas possuem um tempo de
recuperação prolongado e efeitos adversos
desfavoráveis, como cicatrizes, infecções,
parestesias e assimetrias faciais.3 Por esse
motivo, esse tipo de abordagem vem per-
dendo espaço para procedimentos pouco

invasivos, como as aplicações de toxina
botulínica A, de ácido hialurônico e de fios
de sustentação, especialmente os fios de
polidioxanona (PDO) e para o ultrassom mi-
crofocado, uma vez que estes possuem um
tempo de recuperação menor e um perfil de
efeitos adversos mais favorável.4
As toxinas botulínicas A são neuromodulado-
res que enfraquecem a contração dos mús-
culos tratados. Ao serem aplicadas seletiva-
mente em músculos da mímica facial, são
capazes não apenas de tratar as rítides, mas
também de alterar a posição das sobrance-
lhas. Já o ácido hialurônico é um glicosami-
FORMA E POSICIONAMENTO IDEAIS DAS SOBRANCELHAS
A posição e a forma das sobrancelhas de
homens e mulheres são diferentes. Nas
mulheres, as sobrancelhas têm um formato
arqueado, com a borda medial iniciando em
uma linha imaginária que cruza a região la-
teral da asa nasal e a comissura medial das
pálpebras e com uma borda lateral que se
encerra em uma linha imaginária que cruza
a região lateral da asa nasal e a comissura
lateral das pálpebras (Figura 1). As extremi-
dades mediais e distais localizam-se apro-
ximadamente no mesmo nível, mas a região
lateral da sobrancelha encontra-se acima
da região medial em um ângulo de 10 a 20
graus, com seu ápice diretamente acima do
MAP 5.0 | Infinity
noglicano que ocorre naturalmente no corpo
e está disponível em formulações comerciais
que podem ser utilizadas para aumentar o
volume da região periorbital.5 A polidioxano-
na é uma substância sintética utilizada para
confeccionar fios de sutura absorvíveis que
podem ser aplicados na face para estimular
a produção de colágeno e para reposicionar
de forma sutil as estruturas faciais, como as
sobrancelhas.5 O ultrassom microfocado uti-
liza energia acústica para causar dano teci-
dual controlado em diferentes profundidades
da pele, estimulando a produção de coláge-
no e melhorando sua textura e sua firmeza.5
limbo lateral, na zona de transição entre a
íris e a esclera. A proporção ideal entre as
regiões medial e lateral das sobrancelhas é
a chamada “proporção de ouro”, 1:1,618.
A porção medial da sobrancelha deve ser
mais espessa, tornando-se menos densa
à medida que progride lateralmente. Nos
homens, as sobrancelhas são tipicamente
mais grossas e espessas que nas mulhe-
res, quase invariavelmente retas transver-
salmente, com arqueamento mínimo ou
ausente e localizadas na borda óssea su-
praorbital (Figura 2). A posição das sobran-
celhas nos homens costuma ser mais baixa
que nas mulheres.6,7
49
 Figura 1: posicionamento sobrancelha – mulheres.

Figura 2: posicionamento sobrancelha - homens.

CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS DA REGIÃO DAS SOBRANCELHAS

​ s sobrancelhas são compostas por diversas
A inferior da pálpebra. Ao redor dos olhos, há o
camadas de tecidos. Do mais superficial ao
mais profundo, encontramos a pele, a gordu-
ra subcutânea, o músculo frontal, o periósteo
e o crânio. O músculo frontal é o único eleva-
dor das sobrancelhas, ao passo que os de-
pressores das sobrancelhas são o orbicular
do olho, o prócero, o corrugador do supercílio
e o depressor do supercílio, este último con-
siderado por alguns autores como um seg-
mento do orbicular do olho. Alguns autores
subdividem os depressores em depressores
mediais (corrugador, prócero e fibras mediais
do orbicular do olho) e depressores laterais
(fibras laterais do orbicular do olho).3
​ região anatômica do olho tem uma forma
A o depressor do supercílio e a região medial
amendoada, definida pelas partes superior e
músculo orbicular do olho, que apresenta uma
porção orbital e uma porção palpebral. A por-
ção orbital, mais periférica e funcional, é res-
ponsável por abaixar as sobrancelhas e pelo
fechamento voluntário dos olhos. Sua contra-
ção gera as rugas periorbitárias, conhecidas
popularmente como “pés-de-galinha”. A por-
ção palpebral é responsável pelo movimento
involuntário de abrir e fechar as pálpebras.8
A inervação motora dos músculos da face
provém do nervo facial. O ramo frontal inerva
o músculo frontal e a porção lateral do orbicu-
lar do olho, ao passo que o ramo zigomático
inerva o prócero, o corrugador do supercílio,
do orbicular do olho.3 A inervação sensitiva

50

Figura 3: anatomia da região.
da região das sobrancelhas e de seus mús-
culos provém dos ramos oftálmico e maxilar
do nervo trigêmeo.9
A porção lateral da fronte, incluindo a região
lateral do músculo frontal, é vascularizada
pelo ramo anterior da artéria temporal super-
ficial. A artéria zigomática orbital, também um
ramo da artéria temporal superficial, supre a
porção lateral do músculo orbicular do olho.
A porção medial do músculo frontal, a porção
medial do músculo orbicular do olho e do pró-
ANATOMIA FUNCIONAL DOS MÚSCULOS DO TERÇO SUPERIOR
DA FACE
No terço superior da face, os músculos eleva-
dores são responsáveis por manter elevadas
as estruturas anatômicas, como as sobran-
MAP 5.0 | Infinity
cero, contudo, são vascularizadas por ramos
da artéria oftálmica, que se origina da artéria
carótida interna. Dentre os ramos da artéria
oftálmica estão a artéria supraorbitária, que
supre o músculo frontal e o couro cabeludo,
a supratroclear, que supre a fronte inferior e
a raiz do nariz, a artéria do dorso nasal e a
artéria nasal externa. A drenagem venosa da
face tem posicionamento paralelo às artérias,
mais linear e mais posterior. As veias faciais
não possuem válvulas, o que possibilita que
o sangue flua em duas direções.9
celhas, enquanto os músculos depressores
rebaixam ou deprimem as estruturas da face.1
Apesar do músculo masseter ser o músculo
51
com maior força muscular do corpo huma-
no, é o complexo depressor dos supercílios e
das pálpebras, composto pelos músculos da
glabela, o conjunto de músculos que exer-
cem a maior força de movimentos na face.
A ação deste complexo muscular determina
a descida fisiológica progressiva das estrutu-
ras faciais ao longo do tempo, como as pál-
pebras e as sobrancelhas.
O músculo que eleva as sobrancelhas é o
músculo frontal, cuja contração causa as ru-
gas horizontais da fronte. O rebaixamento
das sobrancelhas ocorre pela ação das por-
ções laterais dos músculos orbiculares, do
corrugador do supercílio, do prócero e dos
depressores do supercílio.4
TÉCNICAS MINIMAMENTE INVASIVAS PARA REPOSICIONAMENTO
DAS SOBRANCELHAS
I. TOXINAS BOTULÍNICAS A
​ toxina botulínica é um neuromodulador ca-
A vo mais utilizado para o reposicionamento
paz de inibir contrações musculares por meio
da inibição da liberação de acetilcolina na jun-
ção neuromuscular. Existem vários sorotipos,
mas a toxina botulínica A (TB-A) é a única
aprovada para fins estéticos. Há diferentes
TB-A aprovadas pela Anvisa, cada uma delas
com características próprias quanto à dosa-
gem e duração de efeitos.4
Devido à sua eficácia e à sua segurança,
é o procedimento estético pouco invasi-
52
A posição das sobrancelhas resulta do
equilíbrio dinâmico entre as forças exer-
cidas pelos músculos elevadores e de-
pressores. Dessa forma, sempre que um
músculo for inibido de forma isolada ou as-
simétrica pela aplicação de toxina botulíni-
ca, as estruturas da face poderão mudar
de posição de acordo com tônus basal dos
grupos musculares que não foram afetados
pela aplicação da toxina. Ao se inibir iso-
ladamente os depressores da glabela, por
exemplo, as sobrancelhas serão elevadas
pela ação do músculo frontal, ação esta
que se torna mais efetiva por não ter que
atuar para neutralizar a força muscular dos
músculos da glabela.10
das sobrancelhas. Idealmente, o tratamen-
to com TB-A deve ser planejado de acordo
com a anatomia facial do paciente e com o
efeito que se deseja obter com o uso desta
medicação. Na literatura médica, são des-
critas múltiplas técnicas de injeção de TB-A
para o reposicionamento das sobrancelhas.
O efeito do tratamento dura cerca de 4 me-
ses, podendo se estender até 6 meses em
alguns pacientes.4,11​

J​ abbour et al.12 conduziram um ensaio clínico
randomizado com 45 mulheres. Todas elas re-
ceberam 5 pontos de aplicação de TB-A na re-
gião lateral e 2 pontos na região medial de cada
músculo orbicular do olho. No músculo frontal,
15 delas receberam 5 pontos em um formato
em V, 15 receberam 5 pontos horizontais na
região mediana do músculo frontal e as outras
15 receberam 5 pontos horizontais próximos à
linha de implantação capilar. Em cada ponto,
foram aplicadas 5 U de Dysport®. Os autores
concluíram que aplicações de toxina botulíni-
ca A em posições mais superiores do músculo
frontal geram maior elevação das sobrancelhas.
Angelo-Khattar et al.7 realizaram uma série de
casos retrospectiva com 700 participantes, so-
mados os homens e as mulheres. Os pacien-
tes foram tratados com cinco pontos de 4 U de
TB-A nos músculos prócero, corrugador e de-
pressor do supercílio, distribuídos em formato
de V, dois pontos de 2 U na região frontal, cerca
de 3,5  cm acima das sobrancelhas e 4,5  cm
laterais à linha média da face, e mais dois pon-
tos de 2 U no terço superior da face para tratar
as rítides decorrentes da contração do múscu-
lo frontal. Nos homens, o tratamento foi capaz
de atenuar as rugas horizontais e verticais do
terço superior sem alterar a forma masculina
da sobrancelha, dado que os pontos da região
frontal foram executados a cerca de 3,5 cm das
sobrancelhas. Nas mulheres, esses pontos fo-
ram aplicados mais superiormente, a cerca de
4,5 cm das sobrancelhas. Assim, além do efeito
de atenuação das rítides, obteve-se a elevação
MAP 5.0 | Infinity
discreta da porção lateral das sobrancelhas, re-
sultando em um olhar mais aberto.
Schlager et al.13 conduziram um estudo pros-
pectivo não randomizado comparando diferen-
tes padrões de aplicação de toxina botulínica A
na glabela e na fronte. Nele, comparou-se 9 pa-
cientes que receberam 5 pontos de aplicação
de 10 U de Dysport® na região da glabela, nos
músculos corrugadores, a 20 pacientes que
receberam o mesmo padrão de aplicação na
glabela e mais 6 pontos em V na região frontal,
com 5 U de Dysport®. Os autores utilizaram tec-
nologia de mapeamento 3D da face para ava-
liar a posição das sobrancelhas antes do trata-
mento e 2 semanas, 3 meses e 6 meses após
a aplicação. No grupo que realizou tratamento
apenas na região da glabela, não se notou ne-
nhuma tendência de mudança da posição das
sobrancelhas. No grupo que recebeu injeções
no músculo frontal, entretanto, em todas as da-
tas avaliadas, verificou-se ptose da sobrancelha
estatisticamente significativa em suas porções
medial e central, resultando em um padrão mais
arqueado que foi percebido positivamente pe-
las pacientes. 100% das pacientes do estudo
disseram estar satisfeitas ou muito satisfeitas
com o resultado do tratamento recebido. Os
autores concluem que o músculo frontal exerce
um papel crucial no posicionamento e na forma
das sobrancelhas e que isso deve ser levado
em consideração, junto às expectativas dos pa-
cientes, sempre que se deseja tratar esta região.
Outro estudo demonstrou os efeitos cumulati-
vos de longo prazo na posição da sobrancelha
53
promovidos pelas injeções repetidas de TB-A
ao longo dos anos. Este estudo, de Hexsel et
al.14 realizou uma coorte de 26 pacientes que
receberam repetidamente injeções de TB-A
apenas nas regiões glabelar e periorbital, pelo
menos 1 a 3 vezes por ano, nos últimos 5 a
20. Fotografias antes do primeiro e do último
tratamento foram utilizadas para comparar as
posições das sobrancelhas antes do primei-
ro e do último tratamento, feito pelo menos 6
meses antes, através de medidas em 4 pon-
tos obtidas por um software (Mirror, Canfield,
USA). Os resultados demonstraram que, dos
26 pacientes pesquisados, 30,8% (n=8) apre-
sentaram elevação em todos os pontos medi-
dos; em 73,1% (n=19), foi observada elevação
em pelo menos 2 dos 4 pontos medidos. Um
fato curioso observado no estudo foi o achado
de uma elevação maior das sobrancelhas do
lado direito, apesar da administração de técni-
cas e doses simétricas, com elevação máxima
no ponto externo das sobrancelhas direitas na
maioria dos pacientes incluídos no estudo. Os
autores relacionaram tal achado ao fato de que
a maioria dos pacientes da amostra era destra
e essa pode ser a razão pela qual os pacientes
II. PREENCHEDORES
​ á décadas, diferentes tipos de preenchedores
H produtos mais utilizados para preenchimento
são utilizados para tratar a perda de volume fa-
cial relacionada à idade, inclusive na região das
sobrancelhas. Colágeno bovino e transplante
autólogo de gordura já foram muito utilizados
como preenchedores. Atualmente, um dos
54
tendem a elevar mais a sobrancelha do lado
dominante. Outro achado relevante desse es-
tudo é que a elevação média da sobrancelha
foi maior em pacientes tratados por 10 ou mais
anos comparados com os tratados por menos
de 10 anos. No entanto, a amostra dos pacien-
tes estudados não é grande o suficiente para
tirar conclusões.14 Os resultados deste estudo
sugerem que pacientes tratados regularmen-
te nas regiões da glabela e periorbitais com a
TB-A e sem tratamento dos músculos da fron-
te apresentam diferenças sutis que passam a
ser perceptíveis e evidentes com o passar dos
anos, resultando em benefícios cumulativos a
longo prazo e atenuando a ptose fisiológica
das sobrancelhas. Tais resultados demons-
tram ser possível adiar a necessidade de pro-
cedimentos mais invasivos, como as blefaro-
plastias. Este estudo trouxe um novo conceito
quanto à duração dos efeitos das toxinas re-
petidamente aplicadas no terço superior da
face, mais especificamente nos músculos da
glabela, antes descritos apenas em cerca de
4 a 6 meses, demonstrando os benefícios do
uso de uma técnica correta, além dos já men-
cionados na literatura.14
facial é o ácido hialurônico. Ele é uma substân-
cia presente naturalmente em nosso organismo
e que é degradada pela enzima hialuronidase.
As formulações comerciais são manipuladas
por meio de um processo de ligação cruzada

para alterar as características físicas do ácido
hialurônico e prolongar sua durabilidade, ge-
rando preenchedores com diferentes proprie-
dades viscoelásticas indicados para o preen-
chimento de regiões faciais distintas.4
O preenchimento das sobrancelhas com ácido
hialurônico é capaz de melhorar a altura e a pro-
jeção, eliminar sombras indesejadas que pos-
sam gerar um aspecto envelhecido e aprimo-
rar a harmonia da face. A aplicação do produto
pode ser realizada no plano subdérmico ou su-
praperiosteal, de acordo com as propriedades
viscoelásticas do produto utilizado. O preenchi-
mento deve ser realizado na porção lateral das
sobrancelhas e deve ser aplicado preferencial-
mente com o uso de cânulas calibrosas para
minimizar o risco de complicações vasculares.
CONCLUSÃO
As sobrancelhas exercem um papel muito im-
portante na percepção de beleza e harmonia
facial dos indivíduos. Apesar de tratamentos
cirúrgicos invasivos terem sido muito popula-
res no passado, atualmente há métodos pou-
co invasivos capazes de atuar positivamente
no reposicionamento das sobrancelhas e na
perda de volume periorbital.
A toxina botulínica A tem papel preponderante,
por apresentar resultados muito efetivos e rápi-
dos, além de cumulativos a longo prazo. O ácido
hialurônico, os fios de sustentação e o ultrassom
BR-OTH-2100196 | Material destinado à classe médica. Proibida a reprodução.
MAP 5.0 | Infinity
Edema e sensibilidade locais transitórios são
os eventos adversos mais frequentes.10 Ao se
injetar o produto, deve-se atentar ao plano de
injeção para não causar o efeito Tyndall, colo-
ração azul esverdeada decorrente da aplicação
superficial do ácido hialurônico. Caso isso ocor-
ra, pode ser revertido com a injeção de hialuro-
nidase ou realizando-se uma pequena incisão
local seguida da excisão manual do excesso do
produto. Um evento adverso raro, porém mui-
to temido, é a oclusão vascular decorrente de
injeção intravascular de ácido hialurônico, que
pode levar à necrose ou mesmo causar a per-
da da visão, de acordo com o vaso acometido.
Seu tratamento é complexo, envolve múltiplas
injeções de hialuronidase e nem sempre leva a
uma resolução completa dos sintomas.4
microfocado são outras opções terapêuticas
usadas atualmente, isoladas ou em diferentes
combinações com a toxina botulínica A.
A variedade de protocolos de aplicação dispo-
nível para cada um desses produtos, associada
ao conhecimento do profissional, permite que
este estabeleça um plano de tratamento perso-
nalizado para cada paciente, direcionado à re-
solução de suas principais queixas, com bons
resultados, ótimo grau de satisfação e, até mes-
mo, eliminando a necessidade de realizar pro-
cedimentos cirúrgicos invasivos precocemente.
55
CAPÍTULO 3

TECHNIQUES 2.0
SIGNATURE
SIGNATURE
TECHNIQUES 2.0
• Firm & Up: Dra. Mamy Honda
• Defyning Technique & Defyning PRO
Technique: Dr. Fabio Saito
• Kyssability 2.0: Dr. Luiz Avelar

SIGNATURE TECHNIQUES
Os capítulos anteriores mostraram que o tra-
tamento com injetáveis compreende alguns
passos críticos. Hoje, o tratamento não se
limita a apenas preencher sulcos; com o
refinamento da avaliação facial, foi possível
expandir a indicação do uso dos injetáveis
para o tratamento de deformidades que an-
tes poderiam ser corrigidas apenas de forma
cirúrgica, uma revolução na maneira como
podemos tratar os pacientes. Dessa forma,
é possível entregar resultados com grande
impacto e sem a necessidade de afasta-
mento das atividades diárias.
• A - Assessment e anatomia: a compreen-
Revisando a sistematização proposta para
MAP, temos:
• M - Missão e queixa principal: com-
preende e endereça as motivações e
desejos dos pacientes. Desta forma, é
possível atuar não só pontualmente, mas
dentro de um continuum, privilegiando as-
pectos e alterações nem sempre obser-
vadas pelo paciente, mas que resultam
• P - Plano de tratamento e produtos: a
na queixa principal. Após essa conversa
inicial, é possível estabelecer o objetivo de
tratamento: “beautification”, “prejuvena-
tion” ou “recovery”.
• Beautification: refinar o contorno e
melhorar as proporções faciais, ressal-
tando as características que tornam a
face mais atraente.
MAP 5.0 | Infinity
• Prejuvenation: contribuir para um
processo de envelhecimento menos
evidente com o tratamento de áreas-
-chave, que ajudam a conferir as carac-
terísticas de uma face bem estruturada.
• Recovery: recuperar os elementos
perdidos durante os anos de envelhe-
cimento e oferecer a reestruturação de
partes ósseas e tratamento das par-
tes moles. Muitas vezes, necessário o
tratamento associado da flacidez e do
uso de neuromoduladores.
são da estética facial e dos elementos que
trazem equilíbrio e beleza aos diferentes
tipos de face antecede qualquer proposta
de intervenção. A avaliação do equilíbrio
entre os terços faciais, as projeções ou re-
trusões, déficits ou excessos fazem parte
de uma análise detalhada, e isso contribui
para o resultado final do paciente.
avaliação facial correta, a compreensão da
anatomia e do processo de envelhecimen-
to nos ajudam a elaborar o plano de tra-
tamento mais adequado para o paciente.
A escolha de produtos com propriedades
físico-químicas mais adequadas para
cada área e região a ser tratada é chave
para o sucesso do tratamento.
59
FIRM & UP BY SCULPTRA®
A preocupação com o corpo, a saúde e a
forma física fazem parte da identidade e da
cultura do povo brasileiro. Em um país tro-
pical de tantas belezas naturais, um corpo
bem cuidado também se destaca na pai-
SCULPTRA®
A injeção do ácido poli-L-lático (PLLA) é ex-
tensivamente recomendada para tratamento
da flacidez e melhora da qualidade da pele em
áreas faciais e não faciais.1 O ácido poli-L-lá-
tico é um polímero sintético bioestimulador de
colágeno, cujos efeitos decorrem de uma res-
posta inflamatória controlada, subclínica, que
culmina com a deposição de colágeno no te-
cido.2 Ao ser injetado, leva ao recrutamento de
monócitos, que se diferenciam em macrófa-
gos, liberam citocinas que estimulam a migra-
ção de fibroblastos e, consequentemente, a
produção de colágeno. À medida que o ácido
poli-L-lático (PLLA) é metabolizado, permane-
ce a deposição de novo colágeno, com conse-
quente aumento da espessura tecidual.3 Este
processo se inicia 10 dias após a aplicação,
aumentando progressivamente até 12 meses.
Goldberg e cols4 investigaram a resposta te-
cidual humana ao PLLA injetável, por meio da
avaliação da formação de colágeno e da rea-
ção inflamatória. O nível médio de colágeno do
tipo I teve um aumento significativo aos três e
seis meses em relação ao basal. A avaliação
histológica da inflamação indicou que nenhum
60
sagem. Por isso, o tratamento e o cuidado
com a região glútea é tão importante. O áci-
do poli-L-lático (PLLA) de SCULPTRA® é um
aliado poderoso para que esse cuidado seja
seguro e eficaz.
participante apresentou inflamação moderada
ou grave nas análises de três, seis e 12 me-
ses.4 Essa capacidade de estimular neoco-
lagênese de forma controlada resulta em es-
pessamento dérmico.5 Em decorrência dessa
ação estar bem estabelecida com a aplicação
facial, demonstrando eficiência no tratamento
da flacidez da pele relacionada com a idade, o
ácido poli-L-lático tem sido atualmente utiliza-
do em áreas não faciais, como pescoço, colo,
mãos, abdome, braços, coxas e glúteos, com
o objetivo de melhora da flacidez e restaura-
ção de volume.5-7
Nos últimos anos, tem se observado um nú-
mero crescente de estudos avaliando o uso
do ácido-poli-L-lático em outras áreas do
corpo, além da face. Em 2016, Coimbra e
cols8 avaliaram os efeitos do PLLA nas re-
giões medial e inferior dos braços, coxas,
abdome e glúteos. Em glúteos, as injeções
foram realizadas em áreas de celulite e fla-
cidez, no plano entre a derme profunda e o
tecido subcutâneo superficial. As diluições
foram semelhantes em todos os locais de

aplicação. Cada paciente recebeu de 2-4
sessões de tratamento, com espaçamen-
to de 4-6 semanas entre elas, com 1 fras-
co por sessão. Não foram relatados efeitos
adversos. Os resultados encontrados foram:
melhora da textura da pele, do volume, da
flacidez e da celulite, principalmente após a
segunda sessão. Em 2017, Sadick e Arruda9
avaliaram o uso do PLLA na região abdomi-
nal, em um estudo em que cada paciente
recebeu um total de 2 frascos ao longo do
tratamento. Além de hematomas locais que
se resolveram em 3 semanas, não foi relata-
do nenhum outro efeito adverso. Após um
período de 12 meses de avaliação, as áreas
tratadas na região abdominal apresentaram
melhora significativa na firmeza e qualidade
da pele. Em publicações mais recentes, ob-
servamos um aumento dos estudos envol-
vendo o tratamento da região glútea com
PLLA. Em 2019, Lin e cols10 demonstraram
a eficácia do uso do PLLA como um trata-
MAP 5.0 | Infinity
mento para aumento do volume dos glúteos,
sendo um procedimento minimamente inva-
sivo, sem nenhum relato de efeitos adversos.
Já em 2020, Durairaj e cols11 fizeram uma
revisão clínica de 60 pacientes, que foram
acompanhados por um período de 2 anos,
por 2 investigadores. Pacientes receberam
de 1-3 sessões de tratamento, com espaço
de 4-6 semanas entre elas, utilizando 2-12
frascos por sessão. Os resultados encontra-
dos foram aumento visível de volume, me-
lhora da textura da pele e da celulite, quando
utilizados no mínimo 20 frascos no total.
A procura por procedimentos pouco invasi-
vos para o rejuvenescimento das áreas além
da face tem aumentado nos últimos anos,
pois é uma queixa cada vez mais frequente
e o tratamento com PLLA tem se demons-
trado eficiente e seguro, tornando-se um ar-
senal importante no combate dos sinais de
envelhecimento cutâneo dessas regiões.
61
RECONSTITUIÇÃO SCULPTRA®
Uma das dificuldades na utilização do ­Sculptra®
em consultórios consiste na reconstituição 24-
72 horas antes da aplicação. Após diversas
publicações científicas demonstrando o uso
do Sculptra® utilizado imediatamente após sua
reconstituição1-3 e um estudo clínico realizado
nos EUA entre 2018 e 2020, envolvendo 80
pacientes, com 48 semanas de seguimento,
comparando a utilização do S ­ culptra® com
as duas maneiras de reconstituição, demons-
trando ausência de diferenças nos estudos de
eficácia e eventos adversos,3 a reconstituição
imediata foi aprovada para ser incluída na bula
do produto no ano de 2021, no Brasil.

DIVERSAS PUBLICAÇÕES APROVAÇÃO DA

CIENTÍFICAS UTILIZANDO RECONSTITUIÇÃO 5.4.2021
RECONSTITUIÇÃO IMEDIATA NA
RECONSTITUIÇÃO IMEDIATA DE SCULPTRA® EUROPA RECONSTITUIÇÃO
SCULPTRA® SCULPTRA®
24-72H IMEDIATA
IFU BRASIL IFU BRASIL
2018 Q4 2020
ESTUDO CLÍNICO FEITO NOS
EUA ENTRE 2018 E 2020
COM 80 PACIENTES E 48
SEMANAS DE SEGUIMENTO
COMPARANDO AS DUAS
RECONSTITUIÇÕES:
IMEDIATA VS. 24/72H

62
 MAP 5.0 | Infinity

Sendo assim, ficamos com a seguinte recomendação para reconstituição imediata do Sculptra®:

RECONSTITUIÇÃO IMEDIATA FACIAL RECONSTITUIÇÃO IMEDIATA CORPORAL

Volume Total: 8-10 mL FACE Volume Total: 16 mL CORPO

5 mL 3 mL de água 2 mL Aspirar a Dobrar o

5 mL volume de
Água estéril estéril + 1-2 mL Água de água solução
cada seringa
para injeção Agite o frasco de lidocaína Agite o
estéril frasco estéril em
por 1 minuto por + 1 mL seringas com água
para estéril
injeção 1 minuto de de 3
totalizando
lidocaína ou 5 mL
16 mL
5 mL AE +3 mL AE
+1-2 mL Lido + 8 mL AE
5 mL AE +2 mL AE
SERINGA
+1 mL Lido 3 mL
TOTAL
8 mL
1,5 mL 1 mL
SERINGA
5 mL

2 mL

Assista aos vídeos sobre

reconstituição imediata

63
REGIÃO GLÚTEA: AVALIAÇÃO ESTÉTICA ANATÔMICA
O conceito de beleza corporal sofreu algu-
mas mudanças ao longo dos anos, mas a
região glútea permanece como um símbolo
de feminilidade.1
Atualmente, com a acessibilidade à internet
e a influência da mídia social em nosso co-
tidiano, observamos um crescente interesse
e foco na imagem corporal, com pessoas
querendo alcançar um padrão ideal de be-
leza corporal.
SINAIS DE BELEZA
da região glútea
DEPRESSÃO
LATERAL
SULCO
INFRAGLÚTEO
Figura 1: Sinais de beleza da região glútea.
64
Cuenca e cols, no estudo: Beautiful ­Buttocks:
Characteristics and Surgical Techniques2, ana-
lisaram 2.400 fotografias de mulheres nuas,
com idade entre 20-35 anos, na visão poste-
rior, em diferentes posições e ações, com o
objetivo de reconhecer os elementos anatômi-
cos que tornam a região glútea atraente e se-
dutora. Após essa análise, algumas estruturas
tiveram maior significância, determinando al-
guns sinais de beleza nessa região. (Figura 1).
FOSSETAS
SUPRAGLÚTEAS
PREGA GLÚTEA
(ZONA V)
PROJEÇÃO
 MAP 5.0 | Infinity

I. Depressão lateral. Uma concavidade na proporção ideal, é necessário determi-

região lateral de cada nádega, formada
pelo trocânter maior e inserções de mús-
culos da coxa e nádegas, incluindo o
glúteo médio, vasto lateral, quadrado fe-
moral e glúteo máximo. Essa depressão
é importante na estética dessa área. Al-
guns grupos étnicos por exemplo, como
afro-americanos e hispânicos, preferem
que as depressões trocantéricas não se-
jam enfatizadas ou pronunciadas.3
II. Sulco infraglúteo. Corresponde à borda
inferior das nádegas e é formado pela in-
serção da parte espessa das fáscias pro-
venientes do fêmur e da pelve, através da
fáscia intermuscular para pele. Um sulco
mais longo sugere um envelhecimento,
flacidez dessa região, e ptose. Um sulco
mais curto sugere a aparência mais jo-
vem, menor flacidez.3
nar esses pontos fixos: A. Trocânter. B.
Pontos de maior projeção do pubis. C.
Ponto de maior projeção do glúteo. D.
Parte anterior e superior da crista ilíaca.
Com esses pontos fixos, traçamos: 1.
Uma linha vertical passando pelo ponto
A. 2. Uma linha paralela a essa entre os
pontos B e D. 3. Uma linha horizontal
pelos pontos A, B e C, essa última li-
nha nos dá a máxima projeção da região
glútea. A projeção ideal é quando a dis-
tância entre A e C corresponde a 2x a
distância de A e B, como demonstrado
na figura 2.

III. Fossetas supraglúteas. Correspondem a D

duas depressões localizadas em ambos
os lados da região medial sacral.3 B A C

IV. Prega glútea. Depressão em forma de

“V” na região sacral. É uma área este-
ticamente bonita, sendo preservada AC = 2 AB
quando realizados procedimentos esté-
ticos nessa região.3

V. Projeção anteroposterior. (Figura 2) É a

maior responsável pela beleza dessa re-
gião. Para avaliar se essa região tem uma Figura 2: Projeção anteroposterior.

65
FLACIDEZ E CELULITE
O processo de flacidez envolvendo os glúteos
foi amplamente explicado no livro 3 do MAP,
vamos aqui relembrar alguns pontos.
O exame físico é essencial para verificar o
grau de flacidez presente e a extensão do
acometimento. A distensão da pele afetada
no sentido contrário à gravidade tende a di-
minuir o aspecto drapeado e as alterações do
relevo da derme, incluindo linhas e sulcos.
A avaliação do aspecto flácido da pele de
algumas áreas específicas já foi reporta-
da. Por ser um componente importante na
celulite, a Cellulite Severity Scale1 compu-
ta, em sua avaliação do grau de celulite, a
GRAU I: GRAU II:
Aspecto dentro da normalida- Flacidez leve da pele.
de, ausência de flacidez.
Figura 3: Graus de Flacidez.
66
gravidade da flacidez a partir da graduação
do aspecto drapeado da pele dos glúteos.
Esse item da escala é graduado de 0 a 3,
sendo 0 a ausência de flacidez e 3 um as-
pecto drapeado grave.
Outras avaliações do grau de flacidez por
escalas já foram reportadas como parte das
avaliações de determinados estudos.2,3
Na ilustração abaixo, apresentamos uma pro-
posta de graus de flacidez, sendo essa uma
divisão didática, para auxiliar no entendimen-
to da intensidade da flacidez a que estamos
nos referindo. Não é uma escala validada
cientificamente. (Figura 3)
GRAU III: GRAU IV:
Flacidez moderada da pele. Flacidez grave da pele.

Definir os limites de flacidez que apresentam
melhores respostas clínicas ao bioestimulador
de colágeno é muito importante. Em relação
à área dos glúteos, sabemos que as respos-
tas melhores à injeção do bioestimulador são
os Graus I, II e III de flacidez. Pacientes que
apresentam grau IV de flacidez são mais de-
safiadores e precisarão de maior quantidade
de produto e número de sessões e provavel-
mente associações de tratamentos.
Ao avaliar a flacidez, é também importante
avaliar o componente tecido gorduroso. Este
componente pode ser avaliado principalmen-
te pelo método da prega cutânea. Ele deve
ser sempre menos evidente que o com-
ponente de flacidez da pele, para que os
resultados do tratamento da flacidez da pele
sejam mais aparentes e satisfatórios.
A prega ideal deve ter até 3 a 4 centímetros,
pois denota flacidez cutânea preponderan-
te sobre a quantidade de tecido adiposo.
Quando o componente subcutâneo for pre-
ponderante, é fundamental orientar e alinhar
as expectativas do tratamento. Nesses ca-
sos, é necessária uma combinação de tra-
MAP 5.0 | Infinity
tamentos e os resultados tendem a ser mais
difíceis de serem obtidos, para qualquer
método que for escolhido. É fundamental a
orientação quanto às medidas nutricionais e
de atividade física. Quanto melhor o tônus
muscular e menor a hipoderme, mais evi-
dentes serão os resultados do tratamento
da flacidez cutânea na superfície.
Na avaliação dos glúteos, é extremamen-
te importante o diagnóstico diferencial com
a celulite, que pode estar associada à flaci-
dez. Caracteriza-se por alterações no relevo
da pele, com áreas elevadas e deprimidas4
que não necessariamente seguem as linhas
de tensão da derme e que ficam mais eviden-
tes sob contração muscular. A celulite é uma
condição multifatorial onde a presença de
septos fibrosos subcutâneos está associada
às lesões deprimidas de celulite, enquanto
que o excesso de tecido adiposo subcutâneo
pode estar relacionado à presença das lesões
elevadas.5-7 A flacidez pode estar ou não as-
sociada à celulite, agravando sua aparência
e sendo responsável pelo aspecto linear de
algumas lesões deprimidas.
67
FIRM & UP BY SCULPTRA®

DESCRIÇÃO DA TÉCNICA:
A técnica Firm & Up tem o objetivo de melho- 1. Skin quality (melhora da qualidade da pele)
rar a projeção, os contornos e a qualidade da
2. Contorno e lifting (melhora do contorno e
pele da região glútea, de acordo com a ne-
efeito lifting)
cessidade de cada paciente e seus objetivos.
3. Volume e projeção (aumento do volume e
A avaliação clínica e anatômica dessa região projeção)
é extremamente importante, para que os re-
sultados obtidos com as técnicas descritas Para iniciar a aplicação, é preciso delimitar
sejam satisfatórios. Abaixo, os pontos impor- as áreas tratadas. As áreas são divididas em
tantes de avaliação: moldura e alvo para facilitar o entendimento
da região da injeção.
1. Projeção
• Moldura
2. Contornos
A área de moldura corresponde à região su-
3. Grau de flacidez
perior e lateroinferior de cada nádega, e está
4. Presença ou não de celulite contemplada no tratamento da região glútea,
independentemente do objetivo citado acima.
A intenção é melhorar a qualidade da pele na
região glútea, assim como tornar seus con-
tornos mais atraentes, sempre levando em
consideração a anatomia local, os formatos
de cada glúteo e as características individuais
dos pacientes.

TÉCNICA DE APLICAÇÃO

Firm & up Technique by ­Sculptra® consiste

em uma técnica de aplicação do ácido po-
li-L-lático na região glútea baseada em três
objetivos principais:

68

• Alvo
A área que denominamos alvo consiste na
região em que a aplicação do produto será
concentrada de acordo com o objetivo do
tratamento. Essa região varia conforme esse
objetivo. Quando o objetivo é efeito lifting
da região glútea, a delimitação do alvo é na
região laterosuperior. Quando o objetivo é
maior, volume e projeção, o alvo corresponde
ao ponto de maior projeção dos glúteos, ou
1. Alvo para efeito lifting:
3. Alvo para melhora da qualidade da pele
(varia conforme a área de maior flacidez):
MAP 5.0 | Infinity
seja, a porção superior medial de cada náde-
ga. Quando a intenção é melhorar a qualidade
da pele e a flacidez da região das nádegas, o
alvo corresponde às áreas de maior flacidez,
de maior necessidade de tratamento.
Quando o objetivo é a melhora da celulite, o
alvo corresponde às áreas de maior concen-
tração de celulite.
Essas regiões estão representadas nas figu-
ras abaixo:
2. Alvo para projeção e volume:
69
• Marcação
Descrição da marcação:
Inicialmente, marcamos a moldura da região
glútea, região sempre contemplada no trata-
mento com ­Sculptra®, uma vez que contribui
para efeito lifting e projeção.
A moldura tem o formato do número 7, sen-
do que a borda superior situa-se ao longo da
crista ilíaca, 2 a 3 cm abaixo da mesma, e
a borda inferior, em diagonal, é a região que
concentra as áreas de celulite e onde se con-
segue vetorização para efeito lifting.
O próximo passo é marcar o alvo. E o alvo
depende do objetivo do tratamento.
Se o objetivo é volume e projeção, o alvo é
marcado na região superomedial da nádega
(se dividirmos a região glútea em 4 quadran-
tes, o alvo será o quadrante superointerno).
Se o objetivo é contorno e lifting, o alvo é
marcado na região superolateral, ou quadran-
te superoexterno.
Se o objetivo é qualidade de pele, o alvo en-
volve toda a região de flacidez de pele, ou de
depressões relacionadas à celulite.

MOLDURA ALVO

70
 MAP 5.0 | Infinity

MODO DE APLICAÇÃO DE ACORDO COM CADA OBJETIVO

1. Skin Quality

Nesse modo de aplicação, o objetivo é a do que o alvo corresponde à área de maior

melhora da qualidade da pele, da flacidez, flacidez ou celulite. A distribuição do volume
das áreas de celulite, abordando toda a re- corresponde a 50% do ­Sculptra® na área da
gião acometida. A aplicação do produto será moldura e 50% na área de alvo, conforme
na área da moldura e na área do alvo, sen- figura abaixo:

PRODUTO DISPOSITIVO TÉCNICA DE APLICAÇÃO

Sculptra® Injeções em leque em região de
Cânula em moldura e alvo moldura e alvo.
DISTRIBUIÇÃO DO VOLUME
PLANO DE NÚMERO DE SESSÕES
50% moldura, 50% alvo
APLICAÇÃO 2-3
QUANTIDADE DE PRODUTO Subcutâneo
superficial
De meio a 2 frascos por lado

CELULITE ASSOCIADA À FLACIDEZ

Atenção, em todas as maneiras de aplicação, podemos ainda associar a técnica de subcisão

e nas áreas de celulite, para potencializar a melhora da celulite associada à flacidez.

71
2. Contorno e Lifting

Nessa técnica, a injeção do produto é feita na contorno da região glútea e provocar um efeito
área da moldura e na área do alvo, sendo que lifting da região. O volume é distribuído da se-
o alvo está localizado na região superior e la- guinte forma: 60% na região da moldura e 40%
teral da nádega, com objetivo de melhorar o na região do alvo, conforme figura abaixo:

PRODUTO DISPOSITIVO TÉCNICA DE APLICAÇÃO

Sculptra® Injeções em leque na região de
Cânula. Agulha em moldura. Retroinjeção em áreas de
áreas de celulite celulite
DISTRIBUIÇÃO DO VOLUME
60% moldura, 40% alvo PLANO DE NÚMERO DE SESSÕES
APLICAÇÃO
2-3
QUANTIDADE DE PRODUTO Subcutâneo
superficial
De meio a 2 frascos por lado

CELULITE ASSOCIADA À FLACIDEZ

Atenção, em todas as maneiras de aplicação, podemos ainda associar a técnica de subcisão

e nas áreas de celulite, para potencializar a melhora da celulite associada à flacidez.

72
 MAP 5.0 | Infinity

3. Projeção e Volume

Essa técnica tem como foco o aumento do da moldura. Quando o objetivo é volumiza-
volume da região glútea e maior projeção. A ção, é preciso estar ciente de que a quantida-
distribuição do produto é feita da seguinte for- de de produto aplicada deve ser maior para
ma: 60% na região do alvo e 40% na região atingir os melhores resultados.

PRODUTO DISPOSITIVO TÉCNICA DE APLICAÇÃO

Sculptra® Injeções em leque em região de alvo
Cânula. Agulha em e moldura. Retroinjeção em áreas de
áreas de celulite celulite
DISTRIBUIÇÃO DO VOLUME
60% no alvo, 40% na moldura PLANO DE NÚMERO DE SESSÕES
APLICAÇÃO
2-3
QUANTIDADE DE PRODUTO Subcutâneo
superficial
No mínimo 1 a 2 frascos por lado

CELULITE ASSOCIADA À FLACIDEZ

Atenção, em todas as maneiras de aplicação, podemos ainda associar a técnica de subcisão

e nas áreas de celulite, para potencializar a melhora da celulite associada à flacidez.

BR-OTH-2100192 | Material destinado à classe médica. Proibida a reprodução.

73
DEFYNING TECHNIQUE & DEFYNING PRO TECHNIQUE
O terço inferior é muito importante para o equilí-
brio da face. Os contornos definidos de mandí-
bula e mento são desejáveis tanto em homens
como mulheres, conferindo beleza e jovialida-
de. Um dos aspectos da beleza é a proporção
entre os elementos da face; quando isso não
ocorre, é preciso avaliar a necessidade do au-
mento volumétrico no terço facial despropor-
cional e a sistematização MAP pode ajudar:
• Assessment e anatomia: para o terço
inferior, é necessário avaliar a proporcio-
nalidade entre os terços faciais, as ca-
racterísticas da região, a relação entre
as distâncias bigonial e bizigomática, o
PLANOS ANATÔMICOS DAS REGIÕES E DIMORFISMO
SEXUAL
Um rosto bem proporcionado pode ser di-
vidido horizontalmente em terços e verti-
calmente em quintos.3 Esses terços faciais,
classicamente obedecem a uma relação
mínima, com características diferentes en-
tre homens e mulheres.1
74
formato do rosto, a avaliação do perfil,
incluindo a mordida, e o processo de en-
velhecimento.
• Plano de tratamento e produto: é es-
colhido levando em conta a queixa do pa-
ciente e a avaliação facial feita anteriormen-
te. Para o tratamento do terço inferior, é
recomendado o uso de produtos com alto
G Prime (G’) e alta coesividade. Por isso, o
Restylane® Lyft™ (NASHA®) e o ­Restylane®
Defyne™ (OBT™) são produtos ideais
para a região. Na escolha do produto, de-
ve-se levar em consideração a cobertura
cutânea do paciente.
Existem características que contribuem para
o dimorfismo sexual definindo as caracterís-
ticas de gênero. A linha mandibular na mu-
lher deve ser contínua terminando no lóbulo
da orelha, com um ângulo mandibular mais
aberto. Já no homem esse ângulo é mais fe-
chado e com uma definição maior.1
 MAP 5.0 | Infinity

1/3

1/3

1/3

a b

>
b c d
Figura 1: Dimorfismo facial – um dos aspectos da beleza é a proporção entre os elementos da face. (a) Nas mulheres, a altura dos
três terços é similar. (b) Nos homens, existe uma certa predominância do terço inferior. (c) Com relação aos diâmetros faciais, nas
mulheres, costuma haver um predomínio da distância bizigomática sobre a bigonial. (d) Enquanto nos homens essa distância tende
a uma relação de 1:1.

75
A relação entre as distâncias bigonial e bizigomática, na vista frontal, nos ajuda a identificar
formatos de face já classificados e discutidos nos livros anteriores do MAP.

Projeção
malar
horizontal
Projeção
malar
Ogee diagonal
curve
mais plana Nariz mais
Nariz mais curto
longo e mais Com
largo e estreito
projeção
Mandíbula malar
Mandíbula
Mento mais bem marcada mais delicada
Mento mais
largo estreito
Lábio mais Lábio mais
largo e fino estreito
e volumoso

Figura 2: Diferenças entre a face masculina e face feminina.

76
 MAP 5.0 | Infinity

Relembre o conteúdo
no livro MAP 1.0

77
» Formato do Rosto
Os formatos do rosto são definidos pela lar-
gura da mandíbula e podem ser trabalhados
com o uso dos injetáveis. Esses formatos,
como um reflexo na superfície das estruturas
Quadrado Coração
Figura 3: Formatos do rosto.
É necessário avaliar a projeção do mento, al-
tura, largura, o sulco labiomentual, o ângulo
da mandíbula, a região do pré-jowl, o jowl e o
ângulo cervicomentual. Muitas vezes, preci-
saremos tratar áreas que passariam desper-
cebidas em uma avaliação inicial.
» Avaliação do perfil
Na avaliação do perfil, podemos classificar a
face em diferentes padrões, de acordo com
suas características (Figura 4):4
78
mais profundas, ajudam a identificar elemen-
tos que podem vir a precisar de uma inter-
venção para reverter ou retardar os sinais do
processo de envelhecimento.2,3
Triangular
• Padrão I: caracterizado por um grau mo-
derado de convexidade facial. A expressão
da maxila na face é identificada pela pre-
sença da projeção zigomática e depressão
infraorbitária, que podem ser verificadas
também na visão frontal. A linha de implan-
tação do nariz, levemente inclinada para
anterior, denota adequada posição maxilar.
• Padrão II: apresenta convexidade facial
aumentada em consequência do exces-

so maxilar, mais raro, ou pela deficiên-
cia mandibular. Normalmente, observa-se
uma maxila com boa expressão na face,
enquanto o terço inferior está deficiente e
com a linha queixo-pescoço curta.
• Padrão III: a convexidade facial apresen-
ta-se reduzida, resultando em um perfil
reto ou mais raramente côncavo devido à
deficiência maxilar, ao prognatismo mandi-
bular ou à associação de ambos. O terço
médio da face tende a parecer deficiente
mesmo que ele esteja normal, pois o ex-
cesso mandibular desloca para anterior o
tecido mole da maxila, mascarando a leitu-
ra da projeção zigomática. O terço inferior
da face tende ao aumento, principalmente
Padrão I
Figura 4: Perfil de indivíduos com os diferentes padrões.
MAP 5.0 | Infinity
no prognatismo, e a linha queixo-pescoço
apresenta-se normal nos deficientes maxi-
lares ou em excesso nos prognatas.
Os pacientes classificados como Padrões
face longa e face curta apresentam uma dis-
crepância vertical visível nas avaliações de
frente e perfil. O Padrão face longa é caracte-
rizado pelo excesso na altura facial, resultan-
do em ausência de selamento labial, conve-
xidade facial aumentada, expressão maxilar
deficiente e linha queixo-pescoço curta. O
paciente Padrão face curta é identificado pela
deficiência nas dimensões verticais, lábios
comprimidos, maxila com expressão ade-
quada e excesso da linha queixo-pescoço,
devido à rotação anti-horária da mandíbula.4
Padrão II Padrão III
79
Além disso, é preciso avaliar também a mordida
do paciente. A classificação de Angle ajuda a
entender de forma fácil a relação da mordida,
posicionamento dos dentes e, por fim, as carac-
terísticas externas da face do paciente (Figura 5).
Os pacientes com classe 2 geralmente têm
uma face mais convexa (Padrão facial II) e os
pacientes de classe 3 uma face côncava (Pa-
drão facial III).4

Classe 1 Classe 2 Classe 3

Figura 5: Classe 1, 2 e 3 de Angle associadas a deficiências ou excessos verticais da maxila podem produzir características dife-
rentes para cada paciente.

Soma-se a isso as particularidades da região mentual. As alterações ósseas do mento podem

ocorrer independentemente da sua relação com a mandíbula. Pode haver hipomentonismo ou
hipermentonismo.4,5

Classe 1: excesso maxilar vertical Classe 1: deficiência maxilar vertical

Figura 6: Mordida classe I e projeção do mento podem ocorrer em combinações de deficiência ou excesso maxilar vertical. O perfil
anteroposterior é normal, mas a altura da face pode ser longa ou encurtada.

80
 MAP 5.0 | Infinity

Classe 2: retrusão mandibular Classe 2: excesso maxilar vertical

Figura 7: Mordida classe II e projeção do mento podem ser decorrentes de diferentes alterações ósseas: retrusão mandibular ou
excesso maxilar vertical podem produzir perfis semelhantes.

Classe 3: protrusão mandibular Classe 3: deficiência maxilar vertical

Figura 8: Mordida classe III e projeção do mento podem ser decorrentes de diferentes alterações ósseas: retrusão maxilar, protru-
são mandibular ou deficiência maxilar vertical podem produzir perfis semelhantes.

81
PROCESSO DE ENVELHECIMENTO
O processo de envelhecimento é multifatorial
e ocorre em ritmos diferentes para cada pa-
ciente. Existe impacto nas diferentes cama-
das, desde o osso até a pele.
Diferentes mecanismos explicam a perda de
contorno da mandíbula, existe uma redis-
Figura 9: Processo de envelhecimento - feminino.
82
tribuição dos compartimentos de gordura,
atrofia dos compartimentos mandibulares
superior e inferior e especialmente do com-
partimento submandibular. A flacidez do sep-
to mandibular promove o deslizamento dos
compartimentos inferiores para o pescoço,
com o apagamento do contorno.

A mandíbula passa por um processo de ab-
sorção inferior e anterior, a perda de dentes
causará perda de osso ao longo da metade
inferior da maxila e do processo alveolar. A
mudança principal é a redução da altura alve-
olar causada pela reabsorção, acentuando o
sulco mentolabial.
Figura 10: Processo de envelhecimento - masculino.
MAP 5.0 | Infinity
Além disso, o ângulo da mandíbula aumenta
com a idade, como resultado da reabsorção
da sua parte mais inferior e o mento se torna
mais curto e anteriorizado.
O envelhecimento também contribui para
mudanças no formato facial, devido à remo-
delação óssea, reabsorção e deslizamento
dos coxins adiposos e flacidez.
83
DEFYNING TECHNIQUE – ESCOLHA DO PRODUTO

Para o tratamento do terço inferior, é recomen- maior G´ e que consiga uma maior projeção,
dado utilizar produtos com alto G Prime (G’). portanto, ­Restylane® Lyft™, da linha NASHA®.
Para a decisão do produto, é preciso avaliar Já pacientes com cobertura de pele mais del-
também a cobertura cutânea. Pacientes com gada precisam de um produto com integração
cobertura cutânea mais espessa serão benefi- tecidual suave e gel com maior flexibilidade,
ciados pela utilização de um produto que tenha Restylane® Defyne™, da linha OBT™.

TYLAN TYLAN
ES ES
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R
E

E
®

®
TE C NO L O G I A O P T I M A L B A L A N C E T M TE C N OL OGIA N A S HA ®

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y™
OB

ol
Te n
S
c h n olo A®
g

Te c h

ais e eleva para criar definição

Molda contornos faciais definição. Fornece sustentação e estrutura para um efeito pronunciado.

VERIFICANDO A COBERTURA DE TECIDO

As necessidades de cada paciente são diferenciadas com base em sua cobertura de tecido, perda de volume e resultado de
tratamento desejado. Tecido macio a cobertura em todas as áreas do rosto também pode variar para cada paciente.

Cobertura mínima de tecido (pele fina) Cobertura moderada de tecido (pele normal) Cobertura total de tecido (pele espessa)

ESPESSURA DA PELE
OBT T M NASHA ®
Áreas faciais com pele fina e flácida ou com mais pronunciados As áreas faciais com bom suporte de tecido requerem um
sinais de envelhecimento geralmente têm cobertura mínima de ácido hialurônico com textura mais firme para garantir maior
tecido e requerem um ácido hialurônico com textura mais capacidade de elevação e ótimos resultados.
macia para naturalmente integrar no tecido.

84

DEFYNING TECHNIQUE – TÉCNICA
A Defyning Technique é a técnica para trata-
mento da mandíbula. Seus principais objeti-
vos são: estabelecer equilíbrio entre os ele-
mentos faciais, redefinir a linha da mandíbula
e melhorar ângulos e contorno.
São necessários tratamentos específicos
para cada área dessa região:
• Ângulo da mandíbula: área de transição
entre o corpo e o ramo da mandíbula.
MAP 5.0 | Infinity
• Para a definição desse ângulo, pode-se
aumentar a distância bigonial.
• Linha mandibular: definida pelo corpo
da mandíbula, entre o ângulo e o limite
anterior do jowl.
• É possível aumentar a altura e a largu-
ra da mandíbula, definir o corpo man-
dibular e melhorar a transição cervico-
mandibular.
85
 PASSO 1: ÂNGULO DA MANDÍBULA

PRODUTO DISPOSITIVO TÉCNICA

Restylane® Lyft™ Aplicação supraperiosteal, em bolus
Agulha do
produto 27 G
VOLUME Atenção: nervo,
Ângulo da mandíbula: glândula parótida,
0,2-0,3 mL bolus PLANO DE artéria submentoniana
APLICAÇÃO e artéria mentual

86
 MAP 5.0 | Infinity

PASSO 2: LINHA MANDIBULAR

PRODUTO DISPOSITIVO TÉCNICA

Restylane® Lyft™ Posterior “V”, 2 fios retrógrados: um
Cânula ao longo da borda da mandíbula até o
Restylane® Defyne™ 22 a 25 G ângulo da mandíbula; um superior aos
fios anteriores direcionados ao tragus
VOLUME inferior
PLANO DE
1 mL por lado APLICAÇÃO Atenção: cuidado com a
glândula parótida, o nervo
PONTO DE ENTRADA mandibular e artéria facial

Linha mandibular, altura do jowl

87
PASSO 2: LINHA MANDIBULAR

PRODUTO DISPOSITIVO
Atenção: região de jowl
Restylane® Defyne™
Restylane® Lyft™ Cânula
22 a 25 G

VOLUME PLANO DE
APLICAÇÃO
1 mL por lado

PONTO DE ENTRADA
2 cm superior ao ângulo da mandíbula

Retroinjeção

88
 MAP 5.0 | Infinity

ÁREA DE TRANSIÇÃO MENTO-MANDÍBULA - TÉCNICA

• Pré-jowl e linhas de marionete: área de
transição entre mento e mandíbula. A área
entre o mento e o jowl. O limite anterior do
jowl é a linha de marionete e corresponde
à área do ligamento mandibular.
• Acentuado pelo processo de envelhecimen-
to, o posicionamento inferior do modíolo pode
conferir um aspecto de cansaço ou tristeza.
• É uma área estratégica que faz a co-
nexão entre mento e mandibula. Nessa
área, podemos também aumentar a al-
tura e redefinir essa área.
• Seu tratamento deve ser realizado
como complementação da área de
mandíbula ou do mento.

PRODUTO DISPOSITIVO TÉCNICA

Restylane Lyft™
®
Direcionado anteriormente em “V”,
Cânula Agulha do
Restylane Defyne™
®
22 a 25 G produto 2 fios retrógrados: um ao longo da
dobra mentual, um ao longo da
borda mandibular
VOLUME PLANO DE APLICAÇÃO
0,5 mL retroinjeção ou bolus Atenção: cuidado com a
glândula parótida e o nervo
mandibular
PONTO DE ENTRADA
Linha mandibular, coxim de gordura
da mandíbula média

89
DEFYNING PRO TECHNIQUE – TÉCNICA
No mento, é possível trabalhar com a pro- no ápice do mento, na região corresponden-
jeção e a altura, além de criar ou diminuir o tre ao ­Menton, e no Pogônio.
sulco labiomentual e alargar ou estreitar a di-
A área de transição do pré-jowl é essencial para
mensão do mento. Geralmente, trabalha-se
a complementação e refinamento da técnica.

PRODUTO DISPOSITIVO PLANO DE APLICAÇÃO/TÉCNICA

Restylane® Defyne™
Restylane® Lyft™ Agulha do Cânula
produto 22 a 25 G

PONTO DE ENTRADA
Linha mandibular (mais inferior)

VOLUME Bolus Retroinjeção

2–4 mL total

90
 MAP 5.0 | Infinity

PRODUTO DISPOSITIVO PLANO DE APLICAÇÃO/TÉCNICA

Restylane® Defyne™
Restylane® Lyft™ Agulha do Cânula
produto 22 a 25 G
Restylane® Volyme™

PONTO DE ENTRADA
Linha mandibular (mais inferior)

VOLUME Bolus Retroinjeção

2–4 mL total

BR-OTH-2100185 | Material destinado exclusivamente à classe médica. Proibida a reprodução.

91
KYSSABILITY 2.0
Quando se tem o interesse de tratar os lábios,
é preciso, previamente, levar em consideração
o entendimento de alguns fatores que muito
interferirão no resultado, tais como o proces-
so de envelhecimento local, o conhecimento
dos planos anatômicos da região, o plano to-
pográfico de posicionamento das artérias, as
diferenças sexuais dos lábios e a necessidade
de tratar também toda a região perioral.
Obedecendo a metodologia MAP de avalia-
ção facial, também nos lábios, deve-se se-
guir a sequência de avaliação proposta para
toda a face:
• Missão:
Beautification é inclusive uma das técni-
cas recomendadas pela Kyssability Tech-
nique. É utilizada em pessoas, geralmente
mais jovens, que já possuem uma boa for-
ma dos lábios no que se refere a contorno,
volumização e projeção, mas que gosta-
riam de um impulsionamento para deixá-
-los mais bonitos, sensuais, atrativos.
Prejuvenation é uma missão de trata-
mento onde a pessoa começa a observar
uma diferença na aparência global dos lá-
92
bios e região perioral e, preventivamente,
gostaria de fazer alguma coisa para evitar
a progressão dos sinais de envelhecimen-
to. Nessa modalidade, observa-se muito a
prevenção da perda de volume como um
dos principais objetivos de tratamento – a
reposição de volume que se começa a per-
der a partir dos 30-35 anos de idade. Mui-
tas vezes, ainda dentro dessa missão, exis-
te também o objetivo de se projetar mais
os lábios, a perda dessa projeção pode ser
por conta da idade ou pelo fator genético
de pouca eversão.
Recovery é uma missão para se tentar
tratar os sinais de envelhecimento já pre-
sentes em toda a região perioral. O ob-
jetivo de tratamento nessa modalidade é
o rejuvenescimento, amenizando sinais
como o alongamento labial, a perda do
filtro e arco do cupido, uma falta de defi-
nição do vermelhão, o volume (muitas ve-
zes muito diminuído), entre outros. Dentro
dessa missão de tratamento, problemas
periorais, tanto lateralmente quanto em
diferentes planos topográficos (como ve-
remos a seguir) são muito comuns e deve-
rão também ser corrigidos.
Relembre o conteúdo
no livro MAP 4.0
 MAP 5.0 | Infinity

• Assessment e anatomia: avaliação de A escolha pode ser feita com agulha ou

todas as camadas topográficas da região.
A estruturação óssea, a arcada dentária,
o plano muscular, os compartimentos de
gordura e mesmo as proporções labiais de-
vem ser minuciosamente estudados para
oferecer um diagnóstico correto e efetivo.
• Plano de tratamento e produtos: uma
vez escutada a queixa do paciente e após
avaliação de toda a região perioral, é pos-
sível escolher a melhor técnica de injeção.
cânula, à preferência do injetor, baseada
no objetivo de tratamento. A escolha do
produto é de fundamental importância
e, acreditando nisso, a Galderma possui
um amplo e completo portfólio de ácido
hialurônico. Apesar de o injetor poder es-
colher algumas alternativas para o trata-
mento, o Restylane® Kysse™ é o produto
desenvolvido especificamente para essa
região, conforme veremos adiante.

ENVELHECIMENTO PERIORAL
Muito se valoriza os lábios volumosos, projetados e bem definidos, mas essa é uma das regiões
que mais sofre com o processo de envelhecimento, deixando na região uma série de sinais,
entre os quais:1-3

• Intensa desidratação local, predispondo a for-
mação dos conhecidos “códigos de barras”;
• Alongamento do lábio superior;
• Deflação das gorduras labiais, diminuindo
o volume dos lábios;
• Achatamento dos filtros;
• Perda de definição e projeção;
• Acentuação dos sulcos como as linhas de
marionete e nasolabiais;
• Queda do canto da boca;
• Predisposição de problemas ósseo-den-
tários;
• Sorriso envelhecido, escondendo os den-
tes incisivos superiores; entre outros.

O segredo seria exatamente a sua prevenção e, para tal, o tratamento deve se iniciar nos
primeiros sinais de envelhecimento (prejuvenation). Uma vez já presentes, a necessidade
de um tratamento mais intenso é fundamental (recovery), para restaurar a impressão dos
sinais evidentes.

93
PLANOS ANATÔMICOS DA REGIÃO
Todas as camadas anatômicas da região in-
terferem diretamente na projeção labial e po-
derão contribuir para o resultado do tratamen-
to.¹ O plano ósseo sofre muita remodelação
com o envelhecimento, tornando-se mais ab-
sorvido com os anos, diminuindo o diâmetro
vertical de toda a face, sobretudo do terço in-
ferior. A mandíbula que também absorve mui-
ta altura vertical, por ser um osso móvel bas-
tante adaptativo, necessita apresentar uma
maior rotação anterior para manter o contato
com a maxila remodelada (absorvida), e isso
causa uma projeção da extremidade do men-
to. A aparência de perfil dessa região perioral
Classe 2
Figura 1: Articulação dentária.
A avaliação da musculatura local é importan-
tíssima. Os músculos orbiculares da boca,
por serem circulares, quando hipercinéticos,
muito contribuem para a formação do códi-
go de barras local, sobretudo quando asso-
ciados a hábitos deletérios de vida como o
94
em uma pessoa envelhecida é de maior obli-
quidade, que se torna ainda pior, quando o
paciente possui perda dentária.
Outra estrutura profunda que muito interfere
no perfil perioral é o arco dentário. A perda
de um ou mais elementos dentários, propor-
cionam uma invaginação das partes moles
locais, sugerindo a ideia de um lábio murcho,
sem projeção. A articulação dentária entre os
arcos superiores e os inferiores também mo-
dificam o perfil da região: mordidas classe 2
projetam mais os lábios superiores, enquanto
as da classe 3, os inferiores.4
Classe 3
tabagismo, ou à desidratação da pele. Nes-
sas situações, podem ser miomodulados
por meio do uso de preenchedores de áci-
do hialurônico, normalmente mais flexíveis,
injetados em um plano mais superficial, ou
relaxados com o uso da toxina botulínica A.

Outra subunidade muscular que também in-
terfere no próprio lábio seria a ação constan-
te e, muitas vezes, hipercinética, dos múscu-
los depressores do ângulo oral (DAO). Esse
músculo, que emite fibras para o modíolo e
para o canto lateral dos lábios, quando mui-
to hiperativo, leva à queda lateral da boca
(comissura), interferindo na estética final do
tratamento labial. A miomodulação, ou o uso
da toxina botulínica A nesse músculo, blo-
queia ou diminui sua atividade hipercinética
favorecendo uma melhor estética local.
O vermelhão labial possui compartimentos
gordurosos divididos por septos, tanto nos
lábios superiores quanto nos inferiores, e uma
importante deflação dessas gorduras é ob-
servada após os quarenta anos de idade. A
volumização labial dessa forma é importante
para a restauração volumétrica, deixando os
lábios rejuvenescidos e mais atrativos.
O vermelhão é considerado pelos patologis-
tas uma pele e não mucosa, cujo tecido cutâ-
neo dessa região possui muito menos cama-
das de células que o restante da face, daí por
transparência ser mais avermelhado (verme-
lhão), sem a presença de glândulas – razão
pela qual possui uma tendência tão forte para
a desidratação, e por essa razão, muitas ve-
zes, um dos objetivos de tratamento.
Em uma vista lateral (perfil), observa-se uma
maior projeção dos lábios em relação ao res-
tante da face, projeção essa tão desejada
pela maior parte das mulheres, e um dos ob-
MAP 5.0 | Infinity
jetivos de tratamento. Traçando a linha de
Ricketts (linha que vai da ponta nasal à ex-
tremidade anterior do mento - pogônio), ob-
serva-se que os lábios inferiores tocam essa
linha imaginária ou estão até a 2 mm dela; e
os superiores até 4 mm.2,5
Os lábios de uma maneira geral não obede-
cem a uma mesma proporção. A “Golden
Ratio” (proporção 1:1,6) é comumente en-
contrada e desejada (sendo os inferiores de
maior volume), não necessariamente sen-
do uma regra (o importante seria a harmo-
nia com o conjunto facial).5 Verifica-se ainda
uma proporção dos lábios com relação ao
terço inferior da face, sendo a altura do lábio
superior equivalente a 1/3; e o lábio inferior
e o mento de 2/3 de todo o terço inferior da
face (Figura 2).
1/3
b 18-20 mm
3,5 mm
a
2,2 mm
2/3 36-40 mm
Figura 2: Proporções labiais – perfil.
95
ARTÉRIAS LABIAIS
Baseado sobretudo nos estudos mais recentes
de dissecções de cadáveres e de estudos reali-
zados com imagens ultrassonográficas, embo-
ra que mostrando porcentagens diferentes, as
artérias possuem uma distribuição mais comum
atrás dos músculos orbiculares da boca, ou
muitas vezes no seu interior, permanecendo em
plano subcutâneo em uma grande minoria dos
casos – razão pela qual o tratamento labial ser
recomendado em injeções mais superficiais.1,6,7
Figura 3: Ilustração de corte sagital da região dos lábios.
96
As artérias labiais superiores são geralmente
mais espessas e entram mais lateralmente no
vermelhão que as inferiores. A profundidade
média de localização é de cerca de 3 mm de
profundidade, ao longo do vermelhão.1,8
Alterações anatômicas são comumente en-
contradas.
O uso de agulhas ou cânulas fica a critério de
cada injetor.

KYSSABILITY™ – ESCOLHA DO PRODUTO
Embora diante de um completo portfólio,
e vários produtos podendo contribuir para
a melhoria do tratamento dessa região, o
­Restylane® Kysse™ é o ácido hialurônico
desenvolvido especificamente para essa re-
gião. Oriundo de uma tecnologia chamada
Optimal Balance Technology™ ­ (OBT™), o
­Restylane® Kysse™ possui muita flexibilidade
e integração aos tecidos labiais. O ­Restylane®
­Kysse™ possui ainda um tamanho de partí-
culas pequeno, podendo ser aplicado muito
superficialmente, como em caso de defini-
ções do contorno do vermelhão, e um grau
de ­crosslink III, que significa ser um produto
bastante resistente, tão útil para áreas mó-
veis e de tanta mímica como os lábios. É o
produto certo feito para essa área específica.
É, portanto, o produto recomendado para a
grande maioria dos tratamentos labiais.
MAP 5.0 | Infinity
Com o objetivo de reidratação labial, o
­Restylane® Skinboosters™ Vital e Vital ­Light são
produtos de eleição para a técnica K
­ yssability™
Boosters. Tudo dependerá do objetivo de tra-
tamento. O ­ Restylane® S­kinboosters™ Vital
possui uma concentração de 20 mg/mL de
ácido hialurônico, tornando-se muito útil para
um maior efeito de hidratação, recomendado
para pacientes com maior espessura cutânea,
maior grau de desidratação, ou para quan-
do se quer obter um maior efeito estético da
região (luminosidade e brilho). O Restylane®
Skinboosters™ Vital Light Lidocaine possui
­
apenas 12 mg/mL de concentração e se torna
muito útil para lábios de pele muito fina, pouca
necessidade de reidratação, ou quando não se
deseja maior efeito estético. Ambos são ácidos
hialurônicos (tecnologia NASHA® ) de tamanho
de partícula muito pequeno.
97
KYSSABILITY™
Conforme amplamente estudado no MAP 4.0, inversão, o plano de injeção ideal seria
quatro são os objetivos do tratamento labial: o mais interno, próximo ao limite entre o
vermelhão úmido e o seco. Independen-
1. Beautification – Tratamento realizado
temente da escolha do injetor em utilizar
quando o objetivo é o embelezamento
agulhas ou cânulas, a consideração im-
labial, mesmo sem a necessidade de se
portante ao injetar nesse plano é saber
restaurar nada. Normalmente solicitado
que as artérias labiais podem estar pró-
pelos “Millennials”, a intenção principal
ximas, requerendo uma atenção especial
desse tratamento seria realçar a beleza
para a sua aplicação. Com a finalidade
dos lábios. Essa tendência se tornou mais
de eversão, um bom suporte ósseo-den-
evidente na era digital e presente em inú-
tário é fundamental, servindo como uma
meros países do mundo. Sem exageros, o
plataforma de apoio para a projeção, daí
realce da beleza dos lábios deixa a região
a necessidade de sua avaliação prévia.
mais atrativa, sensual, realçando o volu-
me, contorno e projeção. 4. Contorno – A definição dos lábios é um
procedimento mais comum em mulhe-
2. Volumização – A partir dos 30 anos de
res com região perioral mais envelheci-
idade, consegue-se verificar uma deflação
da, muitas vezes, com muitas rugas fi-
lenta, porém gradativa, dos compartimen-
nas na região (“código de barras”). Uma
tos de gordura dos lábios. O tratamento
queixa frequente é o “borramento” da
volumétrico labial tende a utilizar produtos
região quando se passa o batom, mos-
mais flexíveis. O total a ser injetado depen-
trando a necessidade de maior definição
de da necessidade individual e o resultado
do contorno. A técnica visa sobretudo
deve tender sempre à naturalidade.
realçar a linha branca – linha que separa
3. Eversão – Quando se deseja projetar o vermelhão do restante da pele facial,
um lábio invertido, ou em processo de ressaltando-a.

98

Todos esses objetivos foram apresentados
no MAP 4.0 e, por conta da sua importân-
cia, continuam sendo utilizados para o tra-
tamento de diferentes necessidades e faixas
etárias. O conhecimento dos diferentes ob-
jetivos nos ajuda a tratar casos desafiadores
como assimetrias ou lábios com retrações,
como o “M-Lip” shape ou cicatriciais. Diver-
5ª TÉCNICA: BOOSTER
O maior objetivo dessa técnica é a proprie-
dade de hidratação desta região que tão co-
mumente se desidrata, por razões citadas
anteriormente, e de revitalização local. Den-
tro do propósito do MAP, possui como prin-
cipal Missão (M) a “prejuvenation”. Mesmo
que desejada por muitos pacientes ainda
jovens para aumentar seu efeito “Glow”, po-
dendo ser confundida com a ­“beautification”,
a Kyssability Booster promove muito mais a
prevenção do envelhecimento, aumentan-
do a atividade do meio extracelular. Além
da importante ação de hidratação, o ácido
hialurônico, mesmo que de tamanho de par-
tículas muito pequeno, atua sobre os fibro-
blastos existentes na região, reestruturando
e revitalizando a quantidade de fibras e gli-
cosaminoglicanos locais.
Dessa forma, a Kyssability Booster não é um
tratamento preenchedor, uma vez que nor-
malmente é utilizada para lábios já com boa
MAP 5.0 | Infinity
sas são as técnicas que poderão ser utiliza-
das (com agulha, cânula, em bolus, retroinje-
ção, em palitos, transversais ou longitudinais,
entre outras), razão essa pela qual o injetor
deveria conhecer as mais variadas possíveis
para escolher a de sua preferência. Este ano,
dois novos objetivos serão apresentados: o
­Kyssability Booster e o Kyssability Men.
volumetria, trazendo mais brilho, hidratação
e luminosidade ao vermelhão – tão desejado
pela maioria das pessoas.
Atuando como procedimento de entrada do
paciente aos tratamentos da região, uma
vez que muitos deles apresentam sinais mí-
nimos de envelhecimento local ou têm re-
ceio de alcançar um resultado mais artificial,
a Kyssability Booster é uma ótima alternativa
de tratamento.
O protocolo de tratamento orienta a aplicação
no D1 e, ao contrário de outras áreas faciais,
apenas uma reavaliação 6 meses depois, fa-
zendo esse tratamento simples e eficaz.
Avaliações periorais são também cruciais
para o aprimoramento estético da região e a
área extravermelhão sempre tratada na imi-
nência de desidratações, perdas volumétri-
cas discretas e formações de linhas periorais
(códigos de barra).
99
 TÉCNICA CÂNULA – RETILÍNEO SUBCUTÂNEO

PRODUTO DISPOSITIVO TÉCNICA

Restylane® Skinboosters™ Vital Aplicação longitudinal, com orifícios
ou Restylane® Skinboosters™ Cânula de entrada laterais a cada quadrante
Vital Light Lidocaine 22 G a 25 G e a aplicação linear, normalmente em
número de duas linhas
VOLUME PLANO DE
0,5 a 1 mL total (distribuídos APLICAÇÃO
nos 4 quadrantes - 8 linhas) Subcutâneo
superficial
em área do
vermelhão seco

100
 MAP 5.0 | Infinity

TÉCNICA AGULHA - PERPENDICULAR AO SENTIDO DO LÁBIO

PRODUTO DISPOSITIVO TÉCNICA

Restylane® Skinboosters™ Vital A aplicação normalmente é realizada
ou Restylane® Skinboosters™ Agulha do por retroinjeção em microdepósitos,
Vital Light Lidocaine produto com o “smart click” ativado

VOLUME PLANO DE Atenção: maior possibilidade

0,5 a 1 mL total APLICAÇÃO de edema, equimose e de dor
Anteromuscular,
PONTO DE ENTRADA subcutâneo

1 mm abaixo da linha branca

(white roll)

101
 Este ano introduzimos a Kyssability™ for Men:
KYSSABILITY™ FOR MEN – TÉCNICA
Por conta da crescente procura dos pacien-
tes masculinos, o tratamento do lábio do
homem também deve ser estudado. Para
esse público, há três possibilidades de tra-
tamento: a volumização, a beautification e o
efeito booster (reidratação). Queixas de ne-
cessidade maior de eversão e contorno são
mais incomuns.
DIMORFISMO SEXUAL
Enquanto os lábios femininos são mais vo-
lumosos com maior diâmetro vertical, mais
definidos, tubérculos mais evidentes e com
Figura 4: Lábio feminino.
102
mais projeção; os lábios masculinos são
bem mais afilados, retificados, sem tanto
desenho dos filtros, e de maiores extensões
laterais (boca mais larga).5
Embora ainda de menor incidência nos con-
sultórios, o público masculino aos poucos
começa a procurar auxílio para tratamento
também dessa região. O conhecimento da
diferenciação anatômica é fundamental, bem
como o entendimento do melhor objetivo de
resultado para eles, uma vez que a volumi-
zação sobressai para o público masculino
sobre eversões e contornos labiais apenas.
Figura 5: Lábio masculino.
 MAP 5.0 | Infinity

O efeito de reidratação foi descrito na técni- utilizando o Restylane® Skinboosters Vital. A

ca Kyssability™ Booster, lembrando apenas missão de tratamento para a reidratação, M
que normalmente é recomendada sua apli- do MAP, seria o “prejuvenation” – prevenção
cação com o uso de cânulas, longitudinais e do envelhecimento.

TÉCNICA BOOSTER CÂNULA - RETILÍNEO SUBCUTÂNEO

PRODUTO DISPOSITIVO TÉCNICA

Restylane® Skinboosters™ Vital Aplicação longitudinal, com orifícios
Cânula de entrada laterais a cada quadrante
22 a 25 G e a aplicação linear, normalmente em
VOLUME número de duas linhas
0,5 a 1 mL total (distribuídos nos
4 quadrantes - 8 linhas) PLANO DE
APLICAÇÃO
Subcutâneo
superficial
em área do
vermelhão seco

103
 TÉCNICA VOLUMIZAÇÃO

PRODUTO DISPOSITIVO TÉCNICA

Restylane® Kysse™ Aplicar em “V Retilíneo”. Trilho 1
Cânula (posicionado a 2 mm abaixo da
22 G a 25 G white roll) e Trilho 2 (posicionado
VOLUME a 1 mm acima da transição
0,5 mL a 1 mL total vermelhão úmido/seco). Aplicar o
PLANO DE total entre 0,5 a 1,0 mL distribuídos
APLICAÇÃO nos 4 quadrantes (8 trilhos)
PONTO DE ENTRADA
Anteromuscular,
Região da comissura subcutâneo
Ponto de atenção (riscos):
artéria labial

104
 MAP 5.0 | Infinity

TÉCNICA BEAUTIFICATION

PRODUTO DISPOSITIVO TÉCNICA: 2 PASSOS DE

APLICAÇÃO
Restylane® Kysse™
Cânula 1. Linhas retas: aplicar conforme
22 G a 25 G imagem no subcutâneo com cânula.
VOLUME Linha do lábio superior – 0,1 mL
0,4 a 0,6 mL total em retroinjeção; Linha do Lábio
PLANO DE Inferior – 0,1 mL em retroinjeção
APLICAÇÃO
PONTO DE ENTRADA 2. Triângulos: aplicar em microbolus
Anteromuscular, conforme imagem no subcutâneo
Região da comissura subcutâneo com cânula. Até 0,2 mL por triângulo

OBSERVAÇÕES
• Para manter a largura do lábio – preencher o trilho de • Para aumentar a largura do lábio – preencher o trilho de
tubérculo a tubérculo comissura a comissura

BR-OTH-2100183 | Material destinado à classe médica. Proibida a reprodução.

105
CAPÍTULO 4
BUSINESS:
CONSULTÓRIO INFINITO

CONSULTÓRIO INFINITO
Dr. David Sena

BUSINESS:

CONSULTÓRIO INFINITO
QUANDO O SEU MUNDO MUDA
Em 1980, um casal de colegas recém-forma-
dos da mesma turma do curso de medicina da
Universidade Federal de Pernambuco resolvem
tentar a sorte em uma então pequena cidade
do interior do Maranhão com seu filho de 1 ano.
Era senso comum que qualquer um com um
diploma de medicina podia se considerar real-
mente alguém privilegiado, pois sem dúvidas
teria grandes oportunidades em qualquer lugar
do Brasil. Era um período de incertezas econô-
micas e políticas, com inflação alta e moeda fra-
ca, mas isso nunca foi problema para um casal
como aquele. Rapidamente se estabeleceram
como médicos proeminentes da cidade e com
uma carreira bem definida em um lugar onde
faltavam médicos tão talentosos como eles.
Passaram-se 20 anos e o filho daquele casal
inspirado por seus pais recebia o diploma de
formação em medicina agora no ano de 2002
pela Universidade Federal do Rio Grande do
Norte. Seguindo o exemplo de seus pais, nos
anos seguintes, usou toda sua energia e pai-
xão para ser o melhor médico que o mundo
acadêmico poderia ter. Afinal de contas, essa
era a fórmula do sucesso.
Fez uma boa residência médica, mestrado,
doutorado, revalidou diploma em outros pa-
MAP 5.0 | Infinity
íses, publicou trabalhos científicos, escreveu
o seu próprio livro e ainda investiu em uma
pós-graduação internacional. Ele tinha a cer-
teza de que, como seus pais lhe ensinaram e
viveram, bastava ser um médico competente,
para ter uma grande carreira.
Mas alguma coisa deu errada no caminho.
Uma boa residência, mestrado, doutorado e
muito menos uma pós-graduação não foram
suficientes para ter um consultório lotado.
Mas afinal o que teria mudado?
No ano de 2016, logo depois do nascimento
de sua filha, ele parou para pensar qual era
o caminho que ele estava tomando naquele
momento. Parecia que tudo o que ele tinha
aprendido e ouvido por todo aquele tempo
nos últimos 36 anos não funcionava mais,
como funcionou para seus pais e professores.
Será que haviam mentido para ele esse tempo
todo? Ou será que ele somente não quis ver
a verdade que o mundo mudou, e se alguém
mentiu para alguém, foi ele para si mesmo
durante todos esses anos para não ter que
sair da sua zona de conforto?
Com tristeza e decepção, ele percebeu que
a velha receita de ter uma boa formação
nem era mais um pré-requisito para o suces-
109
 so profissional. Ele via colegas e até outros
profissionais, que não tinham dedicado nem
10% do tempo que ele se dedicou para ser
alguém capaz, rapidamente se destacando
em um mercado que imaginava que só acei-
taria os que realmente tivessem trilhado o ca-
minho que ele fez. Mas como dizem: “o pior
cego é o que não quer ver”.
Foi quando entendeu que mais do que ser um
bom médico, deveria ser um bom empresário.
Que ao invés de ficar chateado, amargurado e
criticando os outros que julgava ser inferiores,
deveria cuidar da sua vida, estudar e aprender
habilidades de mercado para crescer.
QUAL O SEU PORQUÊ?
Ninguém deveria abrir um negócio se não
for verdadeiramente apaixonado por resolver
problemas. Afinal de contas, o único propósi-
to de uma empresa existir é solucionar algum
tipo de problema, demanda ou contribuir para
um mundo melhor de alguma forma.
Com o consultório não é diferente. Por isso,
para avançar nas próximas páginas, você
verdadeiramente deveria se perguntar o que
realmente alegra o seu coração e se isso
resolve algum problema.
O ser humano é essencialmente emocional e
apenas uma pequena parte sua é racional. Se
você não souber por que quer ter o seu consul-
tório e como isso se encaixa no seu plano de
110
Ele entendeu que sua formação lhe deu a
base sólida para sua autoconfiança, mas
apenas a humildade de aprender outras ha-
bilidades e a vulnerabilidade de voltar a ser
um eterno aluno iriam lhe levar além.
Ele entendeu que a atividade de um médico
é infinita e seu potencial é exponencial e, por-
tanto, deveria se dedicar a aprender sobre fi-
nanças, vendas, marketing e inovação.
Ele entendeu que deveria jogar o jogo infinito,
utilizando ferramentas exponenciais.
E é sobre esse jogo e essas ferramentas que
este capítulo focará.
realização pessoal e felicidade, não terá moti-
vação suficiente para ser humilde e vulnerável
para aprender o necessário para alcançá-lo.
Um exercício particularmente simples, mas
poderoso, é você responder nessa sequência
às seguintes perguntas:
1. O que você ama fazer?
2. Você é tecnicamente bom nisso ou está
verdadeiramente disposto a ser?
3. O mundo precisa do que você ama e
sabe fazer?
4. As pessoas estão dispostas a pagar
por isso?

AMA
MERCADO CAPACIDADE
PAGADOR TÉCNICA
MERCADO
CONSUMIDOR
QUAL O SEU DIÁLOGO INTERNO?
Todo mundo já assistiu a algum desenho ani-
mado onde o herói tem um diabinho e um an-
jinho em seus ombros lhe dando conselhos.
É uma forma lúdica de representar os nossos
diálogos internos negativos ou destrutivos e
os positivos ou construtivos.
Basicamente, esses nossos pequenos con-
selheiros existem como frases bem formadas
e que às vezes já são convicções ou até parte
da nossa personalidade.
Você já parou para pensar em qual dos con-
selheiros você está dando ouvidos e como
isso está impactando a sua vida? Quais fra-
ses passam pela sua cabeça normalmente e
como elas estão lhe impactando como um
empreendedor?²
MAP 5.0 | Infinity
Se você foi sincero nas respostas anteriores,
acabou de encontrar o que os japoneses co-
nhecem como “Ikigai”, ou como tradução li-
vre “razão para ser”.1
Podemos acrescentar também: você muda-
ria suas respostas anteriores ou faria algo
diferente se soubesse que só tem mais 1
ano de vida? Essa última pergunta em espe-
cial vai te dar um senso de urgência.
E agora para avançarmos, vamos para outro
exercício de autoconhecimento necessário.
Se pensa e fala frases
negativas (-) como:
• Eu não sei vender;
• Eu não sei lidar com tecnologia;
• Eu acho que redes sociais são só para
marketeiros e blogueiros;
• Todos os outros profissionais e colegas
que eu considero incapazes e mal-inten-
cionados deveriam ser punidos.
Convido você a reescrever
de maneira positiva (+) o
mesmo sentimento
• Eu estou aprendendo a vender melhor to-
dos os dias;
• Eu a cada dia me familiarizo mais com a
tecnologia;
• As redes sociais são uma ferramenta fan-
tástica para eu mostrar meu trabalho;
111
 • É meu dever moral e social investir em
marketing e vendas do meu negócio para
que os pacientes não sejam atraídos por
incompetentes.
Há mais de dois mil anos, Marcus Aurelius,
grande imperador romano e um dos maiores
filósofos, já postulava que “a nossa vida é
1. MINDSET - JOGOS INFINITOS
“É importante comemorar nossas vitórias,
mas não podemos nos deter nelas. Pois
o Jogo Infinito ainda está acontecendo
e ainda há muito trabalho a ser feito.”
— Simon Sinek
Era uma manhã de domingo naquele dia. Em
1994, se você era brasileiro e tinha acesso a
uma televisão ou a um rádio, provavelmente
estava acompanhando aquela competição.
Muitos se lembram da voz firme e empolgada
do Galvão Bueno a cada volta da corrida.
Foi quando na curva Tamburello no Autódromo
Enzo e Dino Ferrari, em Ímola na Itália um carro
bate forte contra a mureta de proteção durante
o Grande Prêmio de San Marino de Fórmula 1.
Até ali tudo bem, já havíamos visto isso aconte-
cer outras vezes, mas de alguma forma agora
era diferente. O piloto de capacete amarelo es-
tava imóvel ainda dentro do cockpit.
Minutos depois, um carro cinza da marca
Mercedes entra na pista e começa a guiar
os outros competidores enquanto médicos,
bombeiros e um helicóptero se aproxima-
112
aquilo que os nossos pensamentos fize-
ram dela”. Apenas focando no que você pode
controlar é que você pode mudar o mundo
ao seu redor. Foque na sua atitude perante os
problemas e na forma de pensar as soluções.³
Desse ponto em diante, você já está pronto
para o que vamos abordar a seguir.
vam do local do acidente. Era possível ver
um homem sem reação ser carregado em
uma maca e rapidamente retirado da pista.
Daquele momento em diante, um país inteiro
não se preocupava com outra coisa, a não
ser o bem-estar daquele piloto.
No dia 1º de maio de 1994, morre um homem
e nasce uma lenda. O piloto de Fórmula 1,
Ayrton Senna, permaneceria vivo até hoje na
memória de um povo por seus feitos com-
petitivos em um jogo finito, mas o seu lega-
do seria levado adiante por sua irmã Viviane
Senna, baseado em sua mentalidade de um
jogo infinito de melhoria contínua.
O conceito de mentalidade de melhoria contí-
nua foi primeiramente popularizado por Jorge
Camper e recentemente revisitado por Simon
Sinek em seu livro “O jogo infinito”.4
De acordo com Sinek, grandes líderes e
exemplos utilizam a mentalidade de jogo in-
finito mesmo ao praticarem um jogo finito,
como fazia Ayrton Senna, que se baseia em
quatro características fundamentais:4
 MAP 5.0 | Infinity

1. CAUSA JUSTA

A causa justa tem a ver com o nosso porquê emocional, que nos motiva a ir além e
que pode influenciar outros ao nosso redor. É o conceito de fazer parte de algo maior
que traga orgulho de fazer parte disso.

2. TIMES DE CONFIANÇA

Ao se desenvolver uma narrativa de causa justa ao redor do seu porquê, você

vai precisar de pessoas que tenham o mesmo propósito que você de ir além.
Como o conhecimento está disperso na sociedade, é preciso atrair aqueles que
podem contribuir para um potencial coletivo.

3. COMPETIÇÃO

A competição é uma forma saudável de elevar o nível de um determinado merca-

do, além de obrigar você a dar o seu melhor para atingir seus objetivos. A partir
do momento que seu oponente consegue fazer algo, o seu diálogo interno passa
a ser: “Se ele pode, eu também posso”. A partir disso, você passa a buscar dominar as téc-
nicas necessárias para essa evolução.

4. FLEXIBILIDADE EXISTENCIAL

Nesse ponto, estamos medindo sua capacidade de adaptabilidade e de enxergar os

potenciais ganhos em ser mais flexível à mudança. A expressão mundo V.U.C.A (volá-
til, incerto, complexo e ambíguo) que inicialmente foi definido para descrever o mundo
pós-Guerra Fria, hoje vale para o mundo de rápida evolução tecnológica e de desafios.

113
 2. TECNOLOGIA - ANTES DA DISRUPÇÃO VEM A
DECEPÇÃO
“Um dia antes de algo ser um grande avan-
ço, é uma ideia maluca.” — Peter Diamandis
Para falar sobre disrupção, precisamos entender
o poder de crescimentos exponenciais e como
eles são diferentes de crescimento simples linear.
» Crescimento exponencial
O crescimento linear ou incremental tem
como característica um comportamento adi-
tivo e contínuo. Quando você coloca em um
gráfico um padrão de crescimento linear ver-
sus um exponencial, percebemos que o li-
near no início é bem previsível e visivelmente
maior, mas após cruzar o ponto de intersec-
ção com uma curva de crescimento exponen-
cial fica clara a diferença entre eles daquele
ponto em diante. Esse ponto de intersecção
é um ponto de disrupção de um mercado.
304 m
Quantidade
60 m
24 min
Gráfico 1: Crescimento linear vs. exponencial.
114
Imagine que coloquemos duas máquinas uma
do lado da outra, uma máquina vermelha que
produz fitas vermelhas e uma máquina azul
que produz fitas azuis.
A máquina de fitas vermelhas inicia sua produ-
ção com uma fita de um metro de comprimento
e que a cada minuto cresce um metro. Ao final
de uma hora, você terá 60 metros de fita.
Já a máquina azul com poder exponencial
de produção inicia com uma fita azul com 10
centímetros, dez vezes menor que a fita an-
terior, mas que a cada minuto produz outra
10% maior que a anterior a cada minuto.
Até o minuto 24, a fita azul ainda é ligeiramen-
te menor que a vermelha, mas no minuto 60,
a fita azul terá 304 metros e se alongarmos
isso por duas horas teremos 120 metros de
Crescimento
exponencial
Crescimento
linear
Tempo
60 min

fita vermelha versus 9 quilômetros e 270 me-
tros de fita azul.
Esse é o poder do crescimento exponencial.
No início é bem menor que crescimentos line-
ares, mas quando ultrapassam a barreira da
disrupção, um novo modelo se estabelece.
» Os 6 Ds das tecnologias exponenciais
Peter Diamandis, um bilionário americano,
médico, engenheiro, fundador e presidente
da X Prize Foundation, cofundador da Singu-
larity University e coautor de vários The New
York Times best-sellers, uma vez foi questio-
nado qual seria a maneira mais fácil de se tor-
nar um bilionário. Diamandis respondeu que
a maneira mais fácil seria solucionando o pro-
blema de um bilhão de pessoas. E que para
isso você deveria dominar o uso das tecnolo-
gias exponenciais.
Em seu livro BOLD, traduzido para o portu-
guês como “Oportunidades exponenciais”,
ele nos apresenta ao conceito dos 6 Ds das
tecnologias exponenciais que são: digitaliza-
ção, decepção, disrupção, democratiza-
ção, desmonetização e desmaterização.5
A ideia básica do conceito estabelece que,
como vimos no exemplo das máquinas de
MAP 5.0 | Infinity
produzir fitas coloridas, no início o cresci-
mento exponencial de algo centesimal é
muito pequeno, decepcionante e pouco
aplicável. Só a partir do momento em que
ocorre uma dirupção onde a curva de cresci-
mento cruza a que existe como modelo pa-
drão, é que esse novo modelo passa a ser
mais acessível a todos (democratização),
mais barato (desmonetização) e menos físi-
co (desmaterialização) e, portanto, o modelo
anterior deixa de existir como padrão. Nós já
vimos isso acontecer com as charretes ver-
sus automóveis, lampiões a querosene ver-
sus luz elétrica e mais recentemente filmes
fotográficos e fotos digitais.
Se a disrupção acontece quando a evolu-
ção tecnológica rompe e supera as tecnolo-
gias existentes, as perguntas mais relevantes
que você deveria fazer nesse momento são:
1. Quantos ciclos (n) são necessários para
a disrupção no meu mercado?
2. Como enxergar antes da disrupção ain-
da na fase de decepção?
3. Como identificar as oportunidades en-
tre a decepção e a disrupção?
4. Como aplicar isso na prática hoje?
115

Digitalização Decepção Disrupção
3. LIDERANÇA
“Os líderes médios elevam o nível de si
próprios; bons líderes elevam a barra
para os outros; grandes líderes inspiram
outros a elevar seus próprios padrões.”
— Orrin Woodward
Era 8 de julho de 2014, em Minas Gerais,
no estádio Mineirão que acontecia mais um
jogo da Copa do Mundo no Brasil. Só que
não era um jogo qualquer, era o um jogo en-
tre os donos da casa, o Brasil favorito e a
ascendente Alemanha.
O que começou com um gol aos onze minu-
tos de jogo fechou o primeiro tempo com um
placar de 5 x 0 para a Alemanha, provocan-
do o desespero do povo brasileiro. Daquele
116
$$ $
$$
$
Desmaterialização Desmonetização Democratização
momento em diante, foi o testemunho de um
massacre futebolístico e ao final do segundo
tempo, o placar foi de 7 x 1 para a Alemanha.
Os 7 gols da Alemanha foram feitos por joga-
dores merecidamente reconhecidos em seu
país, mas ainda desconhecidos para o gran-
de público internacional, e o nosso único gol
foi feito por Oscar, um jogador relativamen-
te desconhecido quando comparado com
Neymar que não estava em campo.
Naquele dia, o time alemão não deu uma aula
só de futebol, mas de trabalho em equipe que
seguia uma causa justa, flexível, com um time
de confiança e que soube estudar e superar
seu oponente na competição.
 MAP 5.0 | Infinity

Se você acompanhou até aqui, já deve ter rar outras pessoas a entrarem em seu time e
percebido que, para construir um consultório assim potencializar seu alcance com o poder
médico infinito, deve ter claro em sua mente das tecnologias exponenciais.
porque você deseja isso para engajar e inspi-

Dito isso, responda às seguintes perguntas:

1. Qual problema você resolve e por que rio eletrônico, sistemas de pagamento,
você é a pessoa certa para resolvê-lo telemedicina, CRMs, entre outros.
além das suas habilidades meramen-
4. Qual a melhor configuração de time
te técnicas?
você precisa recrutar e treinar?
2. Qual o tipo de clínica ou modelo de ne-
5. Quais habilidades você precisa desen-
gócio você precisa desenvolver para
volver e quem você precisa que este-
solucionar esse problema?
ja ao seu lado para ultrapassar essa
3. Quais tecnologias podem potencializar barreira de medo e aprendizado para a
o seu negócio? Redes sociais, prontuá- fase de crescimento?

Apenas a imprevisibilidade é previsível. Por isso, em um jogo infinito, o objetivo não é ganhar o
jogo em si, mas jogá-lo o maior tempo possível e ter o benefício do fator tempo utilizando todos
os elementos que lhe forem disponíveis.

E como diziam os imperadores romanos em frente aos gladiadores: “que comecem os jogos”.

BR-OTH-2100191 - Material destinado exclusivamente à classe médica. Proibida a reprodução.

117
CAPÍTULO 5
CONCLUSÃO

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
No presente material, destacamos a abor-
dagem dos pacientes infinitos, sua avaliação
clínica e tratamento adequado, com a utili-
zação dos produtos Sculptra®, Restylane®,
R
­ estylane® Skinboosters™ e Dysport®.
Vimos que a procura por procedimentos pou-
co invasivos para o rejuvenescimento das áreas
além da face tem aumentado nos últimos anos.
Pensando nisso, trouxemos novas soluções
na aplicação de injetáveis que entregam re-
sultados em harmonia e equilíbrio com a in-
MAP 5.0 | Infinity
dividualidade de cada paciente e auxiliam na
conquista de uma longevidade saudável.
Reforçamos nosso compromisso em con-
tribuir para o seu contínuo desenvolvimento
técnico-científico, em busca dos melhores re-
sultados nos procedimentos estéticos de sua
prática clínica diária, sempre prezando pela
individualização do tratamento e respeitando
a história da pele de cada paciente.
Continue fazendo parte desta história: rumo
ao infinito!
121
 MINIBULA DYSPORT®
DYSPORT® toxina botulínica A 300 U e 500 U.
Apresentação: embalagem contendo frasco-ampola com 300 U ou 500 U de pó liofilizado para uso intramuscular ou
subcutâneo. Indicações: distonia cervical/torcicolo espasmódico; blefaroespasmo; espasmo hemifacial; hiperidrose
axilar e palmar em adultos; linhas faciais hiperfuncionais, incluindo linhas glabelares ou látero-cantais; espasticidade de
membros superiores e/ou inferiores em pacientes adultos pós-AVC; deformidade do pé equino espástico em pacientes
adultos com espasticidade pós-AVC; deformidade em pé equino dinâmico em pacientes pediátricos portadores de
paralisia cerebral com capacidade de deambulação e idade superior a 2 anos. Contraindicações: hipersensibilidade à
toxina botulínica A ou a qualquer outro componente da formulação. Cuidados e advertências: as unidades de DYSPORT®
(unidades Speywood) são específicas para a preparação e não são intercambiáveis com outras preparações de toxina
botulínica A. A eficácia e a segurança de DYSPORT® dependem do armazenamento adequado, seleção correta da dose
e técnicas apropriadas de reconstituição e administração. A reconstituição somente deve ser feita com solução salina a
0,9% (soro fisiológico). Uma avaliação cautelosa deve ser feita antes de nova aplicação em pacientes que apresentaram
reação alérgica prévia. A aplicação de DYSPORT® pode provocar reações anafiláticas. Por isso, devem estar disponíveis
as medicações para combatê-las. DYSPORT® deve ser usado com cautela e sob cuidadosa supervisão em pacientes
com evidências subclínicas ou clínicas de deficiência na transmissão neuromuscular (e.g. miastenia grave). Em geral,
pacientes idosos devem ser observados para avaliar sua tolerabilidade ao DYSPORT®, devido à maior frequência de
doença concomitante e outras terapias medicamentosas. DYSPORT® deve ser usado com cautela em tratamento de
pacientes adultos, especialmente pacientes idosos, com espasticidade focal afetando os membros inferiores, e que
podem apresentar um risco aumentado de quedas. DYSPORT® deve ser administrado com cautela a pacientes com
problemas respiratórios ou de deglutição, pois estes problemas podem piorar se a toxina atingir os músculos relevantes.
Broncoaspiração ocorreu em raros casos, e é um risco em pacientes portadores de patologia respiratória crônica. Os
pacientes e seus cuidadores devem ser alertados sobre a necessidade de tratamento médico imediato em caso de
problemas respiratórios, de deglutição ou fala. Para o tratamento de pacientes com paralisia cerebral, DYSPORT®
somente deve ser usado a partir de 2 anos de idade. A posologia e a frequência de administração recomendadas para
DYSPORT® não devem ser ultrapassadas. Raramente, foi observada a formação de anticorpos contra a toxina botulínica
em pacientes em uso de DYSPORT®. Os médicos que fizerem uso de DYSPORT® em seus pacientes devem conhecer
profundamente a anatomia e a fisiologia neuromuscular, bem como estar a par de quaisquer alterações anatômicas que
potencialmente podem ocorrer após procedimentos cirúrgicos anteriores. Devem conhecer também técnicas-padrão de
eletromiografia. É essencial conhecer a anatomia facial do paciente antes de administrar DYSPORT® para correção de
linhas glabelares. Deve ser considerada a possibilidade de assimetria facial, ptose, dermatocalasia excessiva, cicatrizes,
bem como quaisquer alterações em relação a essa anatomia como um resultado de intervenções cirúrgicas prévias. Os
pacientes a serem tratados quanto a linhas hiperfuncionais na região glabelar devem ser cuidadosamente avaliados e
desencorajados a prosseguir com o tratamento, caso as linhas hiperfuncionais não sejam causadas pela contratura dos
músculos subjacentes. Recomenda-se que o frasco-ampola de DYSPORT® seja usado para tratar um único paciente,
durante uma única sessão. Qualquer resíduo remanescente do produto que não tenha sido utilizado deve ser descartado.
Nos casos de hiperidrose, antes de se iniciar o tratamento, deve-se considerar causas secundárias, como menopausa,
obesidade, uso de drogas (e.g. antidepressivos), distúrbios endócrinos (e.g. hipoglicemia, hipertiroidismo, feocromocitoma),
distúrbios neurológicos que envolvem desregulação autonômica, e psiquiátricos, como a fobia social. DYSPORT® deve
ser usado somente quando estritamente necessário, em pacientes com tempo de sangramento prolongado, ou infecção
ou inflamação local sobre a área a ser injetada. Cuidados especiais devem ser tomados nos pacientes portadores de
coagulopatia ou em uso de anticoagulantes. Há um risco potencial de fraqueza muscular ou distúrbios visuais que, se
ocorrer, pode temporariamente prejudicar a capacidade de dirigir ou de operar máquinas. Este medicamento não deve
ser utilizado por mulheres grávidas, sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Não é recomendado o uso
durante a lactação. Interações medicamentosas: possível potencialização por fármacos que interfiram direta ou
indiretamente na função neuromuscular. Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deve ser
misturado com outros medicamentos. Cuidados no armazenamento do medicamento: conservar entre 2°C e 8°C
(sob refrigeração). Não congelar. Posologia: em adultos, doses acima de 1.500 U por sessão não são recomendadas.

122
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Injeções podem ser repetidas conforme necessário para manter resposta adequada, mas não mais frequentemente do
que a cada 12 semanas. Espasticidade de membros inferiores em adultos (incluindo pós-AVC): até 1.500 U. Espasticidade
de membros superiores em adultos (incluindo pós-AVC): até 1.000 U. Espasticidade na paralisia cerebral pediátrica: dose
máxima de 15 U/kg para injeções unilaterais de membros inferiores ou 30 U/kg para injeções bilaterais. A dose total
máxima administrada não deve exceder 1.000 U/paciente ou 30 U/kg, o que for menor. Distonia cervical / torcicolo
espasmódico: dose inicial de 500 U, dividida e administrada em 2 a 3 músculos distônicos do pescoço e doses
subsequentes na faixa de 250 a 1.000 unidades. Não são recomendadas doses acima de 1.000 U. Blefaroespasmo e
espasmo hemifacial: dose máxima: 120 U por olho. Hiperidrose axilar: dose inicial de 100 U por axila, 10 U por ponto. A
dose máxima administrada não deve exceder 200 unidades por axila. Hiperidrose palmar: dose total por palma 120 U,
sendo 10 U por ponto. Linhas faciais hiperfuncionais – linhas glabelares moderadas a graves: 50 U dividida em 5 pontos.
Linhas faciais hiperfuncionais – linhas latero-cantais moderadas a graves: 30 U por olho em pacientes com até 50 anos
e 45 U por olho em pacientes acima de 50 anos. Linhas horizontais da região frontal: 30 a 45 U para tratamento parcial,
e de 60 a 80 U para paralisia total. Reações adversas: reações adversas a DYSPORT® estão relacionadas, em geral, à
fraqueza temporária da musculatura adjacente, que pode ser minimizada mediante uso das mínimas doses eficazes, nos
respectivos grupamentos. Gerais: astenia, fadiga, sintomas como os da gripe, dor/hematoma no local da injeção, prurido,
amiotrofia neurálgica, erupções cutâneas. Espasticidade de membros inferiores em adultos pós-AVC: disfagia, fraqueza
muscular nos membros inferiores, mialgia, incontinência urinária, astenia, fadiga, sintomas como os da gripe, reações no
local da injeção, lesão acidental/quedas. Espasticidade de membros superiores em adultos pós-AVC: astenia, fadiga,
sintomas como os da gripe, reações no local da injeção, fraqueza muscular, dor musculoesquelética, dor nas extremidades,
disfagia. Espasticidade na paralisia cerebral pediátrica: fraqueza muscular nos membros inferiores, mialgia, incontinência
urinária, marcha anormal, sintomas como os da gripe, reações no local da injeção, fadiga, astenia, lesão acidental/
quedas. Distonia cervical / torcicolo espasmódico: cefaleia, vertigem, fraqueza do músculo facial, visão turva, acuidade
visual reduzida, diplopia, ptose, disfonia, dispneia, aspiração, disfagia, boca seca, náusea, fraqueza muscular, dor no
pescoço, dor musculoesquelética, mialgia, dor nas extremidades, rigidez musculosquelética, atrofia muscular, distúrbio
da mandíbula. Blefaroespasmo e espasmo hemifacial: fraqueza do músculo facial, paralisia facial, ptose, diplopia, secura
dos olhos, lacrimejamento, oftalmoplegia, edema palpebral, entrópio. Hiperidrose axilar: sudorese compensatória,
erupção cutânea, reações no local da injeção. Hiperidrose palmar: Sudorese compensatória, rash, fraqueza dos músculos
adjacentes e dor, hematomas, prurido, edema no local da aplicação da injeção. Linhas faciais hiperfuncionais – linhas
glabelares moderadas a graves: astenopia, ptose palpebral, edema palpebral, aumento de lacrimejamento, secura dos
olhos, contrações musculares ao redor dos olhos, diminuição visual, visão turva, diplopia, distúrbios do movimento
ocular, reações no local da injeção, hipersensibilidade, fraqueza do músculo adjacente à área da injeção, cefaleia, fraqueza
temporária do músculo facial, tontura, erupção cutânea, prurido, urticária. Linhas faciais hiperfuncionais – linhas latero-
cantais moderadas a graves: cefaleia, fraqueza facial temporária, edema palpebral, ptose palpebral, secura dos olhos,
reações no local da injeção. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. USO RESTRITO A HOSPITAIS E CLÍNICAS
MÉDICAS. Para mais informações, consulte a bula completa do produto. MS 1.6977.0001. Bula aprovada pela ANVISA
em 31/03/2021. SAC 0800 770 1820. www.ipsen.com.br.

Contraindicação: hipersensibilidade conhecida à toxina botulínica A ou a qualquer

outro componente da formulação.
Interação medicamentosa: possível potencialização por fármacos que interfiram
direta ou indiretamente na função neuromuscular.

BR-OTH-2100251 - Material destinado exclusivamente à classe médica. Proibida a reprodução.

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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS

BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS
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5. Kotler, Steven., H. Diamandis, Peter. BOLD: Oportunidades Exponenciais: Um Manual Prático Para Transformar os Maiores
Problemas do Mundo nas Maiores Oportunidades de Negócio... e Causar Impacto Positivo na Vida de Bilhões. Brasil: Alta
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BR-OTH-2100251 - Material destinado exclusivamente à classe médica. Proibida a reprodução.

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