Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ISSN: 2595-6825
RESUMO
A bactéria Streptococcus do Grupo B (EGB), também conhecida como Streptococcus agalaciae
é responsável por infecções em mulheres gestantes. São consideradas de alto risco de
transmissão para o neonato no momento do parto, podendo levar ao óbito quando acompanhada
ABSTRACT
Group B Streptococcus (GBS) bacteria, also known as Streptococcus agalaciae is responsible
for infections in pregnant women. They are considered at high risk of transmission to the
neonate at the time of delivery, and can lead to death when accompanied by other
complications. The objective of this work is to present a bibliographic review on Group B
Streptococcus (Streptococcus agalactiae) in pregnant women and neonates. Scientific
publications were selected from databases accessed through Virtual Libraries in the area of
Health Science (highlighting PubMed, Virtual Health Library, VHL) and also Scielo and
Google Scholar, using the following descriptors in Portuguese/English: Streptococcus do Group
B; Streptococcus agalactiae; pregnant women.
1 INTRODUÇÃO
Atualmente as bactérias são uma grande preocupação para a população mundial, sendo
a Streptococcus Agalactiae uma das bactérias mais importantes do grupo B de Lancefield, e
continua sendo a infecção bacteriana neonatal mais comum confirmada por cultura nos Estados
Unidos e é uma fonte significativa de morbidade neonatal em todo o mundo1.
O Streptococus agalactie, é um coco gram-positivo, beta-hemolítico que faz parte da
microbiota de membranas mucosas, colonizando, principalmente, o trato intestinal e o
genitourinário, importante causador de doenças em gestantes, neonatos, idosos (maiores de 65
anos de idade), e portadores de doenças crônicas debilitantes, sendo um patógeno incomum em
pacientes que não se enquadrem nestas faixas etárias ou perfil clínico2.
Streptococcus do grupo B (GBS, Streptococcus agalactiae) é o principal patógeno
causando infecção perinatal grave em mulheres grávidas, resultando em ruptura prematura de
membranas, corioamnionite e outras infecções pós-parto. Streptococcus do grupo B também
pode causar septicemia, meningite, pneumonia e sequelas do sistema nervoso dos fetos3.
Com este propósito, há a recomendação do American College of Obstetricians and
Gynecologist (ACOG) desde 1996 para realizar o acompanhamento e desenvolvimento de
antibiótica intraparto é indicada para mulheres que têm fatores de risco para EGB. 8 Para
prevenir a infecção neonatal pelo Streptococcus agalactiae é necessário que a bactéria seja
identificada e tratada antes do trabalho de parto. Durante a gravidez, toda gestante é submetida
a um exame de urocultura à procura de bactérias na urina. Se for identificada bacteriúria, ou
seja, presença de bactérias na urina, o obstetra estabelecerá tratamento com antibioticoterapia
adequado para combater as mesmas. Entre a trigésima quinta e trigésima sétimas semanas de
gestação é aconselhável os obstetras fazerem o exame de cultura para EGB, que consiste na
coleta de material da vaginal e anal para pesquisar a presença do S. agalactiae8.
Sendo assim, esse trabalho busca ressaltar a importância do investimento da saúde
pública na investigação e da prevenção dessa infecção para que possamos diminuir
drasticamente a incidência de mortes neonatais ou evitar qualquer sequela permanente que a
doença possa causar.
2 OBJETIVO
O objetivo do trabalho de conclusão de curso consistiu na realização de uma revisão
bibliográfica abordando o Streptococcus do Grupo B (EGB), também conhecido como
Streptococcus agalactiae, em gestantes. Como objetivos específicos desta pesquisa destacam-
se os seguintes:
a) Efetuar um levantamento de informações relativos à colonização pelo EGB;
b) Identificar e analisar aspectos relacionados às consequências da infecção por EGB
e à importância da realização do exame para detecção do EGB pré-parto da presença da
bactéria; e
c) Realizar a síntese da revisão apresentando os resultados de maneira clara e
objetiva, com base nos trabalhos científicos selecionados.
3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 BACTÉRIAS E SUAS CARACTERÍSTICAS
As bactérias, pertencentes ao grupo de agentes de doenças infecciosas, são organismos
celulares procariontes. Morfologicamente, são classificadas em três grupos: cocos, bacilos e
espiroquetas. Os cocos, que possuem formato esférico, podem variar de redondos a ovais ou
achatados. Os bacilos assumem a forma de bastonete e espiroquetas, apresentam uma
configuração espiralada. A diferenciação laboratorial dessas categorias é realizada por meio da
técnica de Coloração de Gram, que permite classifica-las em dois grupos: Gram-negativas e
Gram-positivas5. Nesta revisão concentrou-se na atenção nos cocos, com ênfase nos
estreptococos.
Os cocus podem se organizar de diversas maneiras, incluindo a formação de pares,
denominados diplococos, a disposição em cadeias, caracterizando os estreptococos, e a
aglomeração semelhante ao um cacho de uva, que é típica dos estafilococos5.
A diferenciação entre as bactérias Gram-positivas e Gram-negativas baseia-se em
diferenças na composição química, estrutura e espessura da parede celular. As bactérias Gram+
apresentam uma parede celular com várias camadas de peptideoglicano e ácidos teicóicos,
enquanto as Gram- possuem apenas uma ou poucas camadas de peptideoglicano e não possui
ácidos teicóicos, estas também possuem uma camada de lipopolissacarídeo e um espaço
perplasmático5.
A coloração de Gram, por si só, não possibilita uma diferenciação e identificação
completa das bactérias. Para atingir esse objetivo, são necessários testes bioquímicos
específicos para cada grupo de bactérias, incluindo testes como EPM, MILI, citrato, DNAse,
coagulase, catalase, oxidase, etc5.
Dentre as bactérias Gram+, os Staphylococcus e os Streptococcus são comumente
isolados em amostras biológicas. Eles são frequentemente encontrados na pele e mucosa. A
identificação de espécies importantes dentro desses gêneros pode ser realizada por meio de
testes específicos, sendo o teste de coagulação do plasma amplamente aceito para a
identificação de Staphylococcus patogênicos associados com infecções agudas.
Os Streptococcus são patógenos com capacidade de induzir diversas doenças nos seres
humanos. As mais comuns, incluem-se infecções do trato respiratório, pele, tecidos moles,
endocardites, sepse e meningites. Para a identificação desses microrganismos, várias
abordagens de nomenclatura foram desenvolvidas, destacando-se as que se baseiam nas
características hemolíticas, ou seja, sendo observadas quando o Streptococcus são cultivados
em meios de cultura contendo ágar sangue de carneiro a 5%, permite-se a classificação de
acordo com o tipo de hemólise apresentado5.
Existem três classificações de hemólise fundamentadas no halo resultante da ação
hemolítica bacteriana: (1) α-hemólise, que se caracteriza como uma hemólise parcial,
ocorrendo uma zona cinza esverdeada; (2) β-hemólise que é marcada pela lise completa das
hemácias, e consequentemente com formação de uma zona transparente ao redor da colônia, e
a γ-hemólise que é caracterizada pela ausência de hemólise5.
O teste de catalase desempenha papel importante na diferenciação entre
Staphylococcus (catalase positiva) e Streptococcus (catalase negativa). No entanto, apesar da
predominância de S. aureus catalase positiva, existem relatos raros abordados em literatura, que
mencionam casos de S. aureus catalase negativa associados a processos infecciosos. A catalase
representa um mecanismo de defesa para a bactéria contra células fagocitárias, porém não é um
fator essencial para a sobrevivência do S. aureus5.
Dentro deste enorme grupo, o Streptococcus agalactiae, também conhecido
como Streptococcus β-hemolítico ou Streptococcus do Grupo B (EGB), tornou-se o agente
bacteriano de maior frequência e maior importância clínica para as infecções perinatais e
neonatais5.
Trata-se de um coco Gram-positivo disposto em cadeias que se agrupa em colônias
lineares em pares com tamanhos variáveis. São anaeróbios facultativos, catalase e oxidase
negativa. São imóveis e possuem parede celular grossa constituída por peptideoglicano,
carboidratos, proteínas, ácido teicóicos e membrana simples5.
Os EGB crescem em meio nutricionalmente enriquecido em ágar sangue. Suas colônias
são pequenas, de cor alaranjada ou vermelho-tijolo, e ela apresenta característica hidrolítica
formando uma zona de β-hemólise5.
A principal característica do EGB é a presença do antígeno do grupo B, polissacarídeo
da parede celular. Em 1933, Lancefield desenvolveu uma classificação para
os Streptococcus baseada nas características antigênicas de um carboidrato de parede celular
denominado de carboidrato C. Em 1934, Lancefield diferenciou o Streptococcus hemolítico
bovino, classificando-o como pertencente ao grupo B. Em 1937, Sherman classificou
os Streptococcus em quatro grupos: pirogênicos, viridans, láctico e enterococcus, sendo que
o agalactiae ficou no grupo B dos pirogênicos5.
Figura 2: Características coloniais em meio ágar sangue de carneiro (A), morfotintoriais após coloração pelo
método de Gram (B), e celulares em microscopia eletrônica (C) de EGT e representação esquemática das
estruturas e antígenos de sua superfície (D)5.
sendo mais frequente em neonatos prematuros. É classificada de acordo com o tempo de início
da doença em: sepse de início precoce e sepse de início tardio 4.
O diagnóstico da septicemia em recém-nascidos é um processo que requer a integração
de dados clínicos e microbiológicos:
a) O diagnóstico clínico pode ser desafiador devido à natureza inespecífica dos
sintomas. Clinicamente, a doença manifesta-se por meio de sinais como queda do estado
geral, hipotermia ou hipertermia, hiperglicemia, apneia, insuficiência respiratória,
choque e sangramento, e
b) O diagnóstico laboratorial incluindo hemograma completo, nível de plaquetas,
proteína C reativa e dados microbiológicos (hemoculturas e cultura de líqüor para
auxiliar o fechamento do diagnóstico) e se determinar a melhor conduta terapêutica4.
De acordo com o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), todas as infecções
no período perinatal são consideradas infecções hospitalares com exceção das transmitidas por
via transplacentária, que são consideradas infecções comunitárias. Dentro desse conceito, são
consideradas infecções hospitalares de origem materna as infecções cujas manifestações
clínicas ocorram até 48h de vida. As infecções hospitalares com manifestação clínica a partir
de 48h são consideradas adquiridas na unidade neonatal. Esta definição do CDC é adotada por
muitos serviços de controle de infecções hospitalares no Brasil11.
No caso da sepse de início precoce pode ocorrer, geralmente, por transmissão vertical
em decorrência da contaminação do neonato por patógenos do canal do parto (via ascendente)
ou da contaminação secundária à bacteremia materna (via transplacentária) 10.
Entre os microrganismos associados à sepse de início precoce consideram-se
Streptococcus agalactiae, Escherichia coli, Haemophilus influenzae e Listeria monocitogenes,
embora os S. agalactiae figurem como as bactérias mais freqüentemente associadas4. Cerca de
85% deste tipo de doença infecciosa têm início nas primeiras 24 horas de vida, podem progredir
rapidamente e acometer múltiplos órgãos. A mortalidade varia entre 5% e 50%4.
7 e 90 dias após o nascimento. O principal fator de risco para a ocorrência da infecção precoce
é a colonização por EGB do trato genital materno11.
O principal fator de risco para a ocorrência da infecção precoce é a colonização por EGB
do trato genital materno. Dados de diferentes regiões geográficas indicam que 10% a 30% das
gestantes são colonizadas de forma assintomática. Já a infecção tardia pode ser adquirida da
mãe e do ambiente hospitalar ou comunitário12.
Trata-se de um dos mais importantes agentes ocasionais de infecções neonatais graves
que apresenta morfologia de cocos em cadeia e reação tintorial gram-positiva. Pode colonizar
os tratos gastrointestinal e geniturinário de mulheres, de forma assintomática, e causar infecções
graves em recém-nascidos12.
A triagem universal de mulheres colonizadas e a profilaxia intraparto representam as
medidas mais eficazes para a prevenção, uma vez que resultam em uma drástica redução da
ocorrência da infecção precoce10.
Conhecer a epidemiologia das infecções por EGB e os padrões locais de sensibilidade
aos antimicrobianos, bem como o conhecimento da distribuição dos sorotipos pode contribuir
com a orientação na escolha da antibioticoterapia e consequentemente, na eficácia das vacinas
disponíveis13.
4 METODOLOGIA
Para a construção desta revisão bibliográfica foi feita a seleção de artigos publicados em
banco de dados eletrônicos, destacando a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), na National
Library of Medicine National Institute of Health (PubMed), na Scientific Eletronic Library
Online (Scielo), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), e
outros trabalhos disponibilizados no Google Acadêmico.
Foram empregadas as seguintes palavras-chaves: Streptococcus agalactiae, gestantes,
infecção bacteriana.
As publicações que abordaram a temática “Streptococcus agalactiae em gestantes”
foram selecionadas e revisadas pelas autoras deste trabalho de conclusão de curso e em seguida
extraídas as informações das publicações, como autores, ano da publicação, resumo e
considerações finais.
5 RESULTADOS
Durante o período pré-natal, são conduzidas investigações sobre diversos processos
infecciosos maternos, incluindo a toxoplasmose, sífilis, hepatite B e HIV. Essa abordagem é
uma parte dos Programas de Atenção à Saúde da Mulher, que visam a prevenção e o tratamento
tanto para a mãe quanto para o feto e o neonato, resultando em um impacto na redução da
morbimortalidade neonatal14.
Estudos internacionais apontaram que a colonização materna pelo EGB é considerada o
principal fator de risco para a infecção ou colonização de neonatos, com uma taxa
média de transmissão vertical de 50%, e chances de desenvolvimento de doenças
invasivas entre 1 a 2% dos casos15.
No Brasil, os dados sobre a colonização são semelhantes, com taxas de 11,1% no Rio
Grande do Sul, 20% na Região Nordeste do país e 25,4% em São Paulo. Sendo que a
prevalência média brasileira de colonização por EGB tem se mostrado menor do que países
asiáticos como a China, que possui prevalência entre 3,7% a 14,5% da população7.
As mulheres grávidas colonizadas assintomaticamente pela EGB nos tratos
geniturinário e/ou gastrointestinal são o principal reservatório deste microrganismo e sepse
neonatal por EGB de início precoce, que representa quase 80% dos todas as síndromes
neonatais de EGB, geralmente é uma consequência da transmissão vertical durante o trabalho
de parto16.
Em 2010, a American Academy of Pediatrics elaborou um guia com objetivo de
recomenda a prescrição de quimioprofilaxia em duas situações específicas: (1) para todas as
gestantes colonizadas por EGB, conforme indicado pelos resultados da cultura realizada no
final da gestação a partir das 35a semana, e (2) para as gestantes que não tenham sido
submetidas à pesquisa da colonização pelo EGB e que apresentem as condições de tempo de
ruptura de membrana maior que 18 horas, temperatura igual ou superior a 38ºC durante o parto
e/ou prematuridade7.
Apesar de fazer parte das diretrizes da Sociedade Brasileira de Ginecologia e
Obstetrícia, este exame nem sempre é realizado por todas as gestantes, por diversos
fatores. Quando a cultura de EGB não é realizada ou é desconhecida, recomenda-se o uso de
antibióticos profiláticos, nas seguintes situações: trabalho de parto com menos de 37a semana
de gestação, rotura das membranas ovulares a 18 horas ou mais, temperatura materna intraparto
maior ou igual a 38ºC. Nesses casos o uso da profilaxia intraparto com drogas antimicrobianas
tem-se mostrado efetivo como estratégia para a prevenção da transmissão vertical7.
Mota e colaboradores18 relataram que foi lançado em 2011 estratégia pelo Ministério da
Saúde, que indicava a pesquisa para detecção da presença de EGB em gestantes preconizada
pela Rede Cegonha. Esse programa visa garantir às mulheres o direito da atenção humanizada
durante a gestação, parto e puerpério. Assegura também o direito de crescimento e
desenvolvimento saudáveis às crianças.
A realização do antibiograma no momento do diagnóstico da infecção é de suma
importância clínica. Através dele é possível analisar a sensibilização do EGB frente a gama de
antibióticos disponíveis e escolher o mais adequado ao tratamento7.
Conforme apontado por Abichabki19, a probabilidade de transmissão vertical é mais
significativa em gestantes que não foram previamente diagnosticadas, apresentam elevada
colonização genital no momento do parto e/ou que não receberam quimioprofilaxia intraparto.
Ribeiro e colaboradores20 mencionaram que os medicamentos utilizados para o
tratamento do EGB devem ter a capacidade de inibir a síntese da parede celular, a síntese
proteica e a DNA girase; todavia, alguns antimicrobianos não podem ser prescritos durante a
gestação por apresentarem capacidade de romper a barreira placentária e causar prejuízos à
saúde da mãe e do feto. Dessa forma, recomenda-se a utilização de penicilina, amoxacilina,
ampicilina, cefalexina e nitrofurantoína durante a gestação e, em caso de alergias à penicilina,
a clindamicina ou eritromicina.
O uso de medicamentos de forma indiscriminada pode promover o surgimento de
bactérias multirresistentes, as quais estão associadas a índices elevados de morbimortalidade20.
6 DISCUSSÃO
Investigar e prevenir a infecção pelo EGB durante o período pré-natal é de extrema
importância no contexto da saúde materna e neonatal. Estes microrganismos, embora façam
parte da microbiota comum das membranas das mucosas, pode desencadear infecções graves
com altas taxas de morbidade e mortalidade em recém-nascidos e adultos
imunocomprometidos. No entanto, muitas vezes, a pesquisa do EGB não e realizada
rotineiramente durante o pré-natal.
A abordagem preventiva e terapêutica de infecções maternas durante a gravidez, como
toxoplasmose, sífilis, hepatite B e HIV, tem sido uma prática bem estabelecida nos programas
de atenção à saúde da mulher. Esses programas visam não apenas proteger a mãe, mas também
garantir a saúde do feto e do neonato, o que tem contribuído significativamente para a redução
da morbimortalidade neonatal.
No entanto, o EGB é uma exceção a essa prática rotineira de triagem e tratamento.
Mesmo sendo uma causa importante de letalidade neonatal, a pesquisa do EGB não é realizada
de maneira ampla durante o pré-natal no Brasil. Isso levanta questões importantes sobre a
necessidade de considerar a inclusão da triagem para o EGB nos protocolos de cuidados pré-
natais.
É essencial destacar a importância da conscientização e implementação de protocolos
de triagem e tratamento para o EGB no pré-natal, considerando seu potencial impacto na
morbimortalidade neonatal. A pesquisa e intervenção precoces podem ajudar a garantir a saúde
tanto da mãe quanto do recém-nascido, contribuindo para uma gravidez mais segura e um início
saudável para a vida do bebê. Portanto, a consideração de políticas de saúde que abordem essa
questão é fundamental para a melhoria dos cuidados pré-natais no Brasil e em outras regiões.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A abordagem durante o período pré-natal desempenha papel fundamental na prevenção
e tratamento de diversas infecções maternais que podem afetar tanto a mãe quanto o feto,
contribuindo para a redução da morbimortalidade neonatal. Entre as infecções, destaca-se o
EGB, cuja colonização materna é um fator de risco para a transmissão vertical e o
desenvolvimento de doenças em neonatos.
O manejo da colonização por EGB durante a gravidez envolve uma série de medidas
preventivas e terapêutica, com o objetivo de garantir a saúde materna e neonatal, entretanto a
implementação eficaz dessas medidas e a promoção do uso responsável de antibióticos
continuam sendo desafios na área da saúde materno-infantil.
REFERÊNCIAS
1
RAABE VN; SHANE AL. Streptococcus do Grupo B: Streptococcus agalactiae. Logotipo do
Espectro de Microbiologia. ASM Journal, 2019;7(2).
2
DB MOLECULAR. Streptococcus agalactie. [S. l.], 22 fev. 2023. Disponível em:
https://www.dbmolecular.com.br/materiais-tecnicos. Acesso em: 01/03/2023.
3 CHEN X-J, WANG T-W, CHAO Q-T, TENG L-G,... HSUE P-R. Applicability of an in-
house extraction protocol in a Bruker Biotyper matrix-assisted laser desorption/ionization time-
of-flight mass spectrometry system for the identification of Streptococcus agalactiae from
broth-enriched vaginal/rectal swab specimens. Journal of Microbiology, Immunology and
Infection, 2023;56(4):815-821.
4 HAMAD AL, FARRAG AA, EL-WASEIF AA. ALMAWLA SOB. Novel molecular
diagnosis of Cyl E, Spb 1 and bib A virulence genes of Streptococcus agalactiae from pregnant
women. Materialstoday: Proceedings. 2023;80(3):2347-2352.
5
SALAME AL, CATTANI F. Avaliação de colonização por Streptococcus agalactiae em
gestantes atendidas em um laboratório de análises clínicas da Serra Gaúcha/Rio Grande do Sul.
Clinical and Biomedical Reserarch, 2022; 42(1):27-32.
6
AGOSTINHO DKMO, OLIVEIRA ILD, GUZEN FP, ANDRADE NETO FVA. Colonização
por Streptococcus do Grupo b no período gestacional. Universidade Potiguar. Artigo Científico
apresentado à Universidade Potiguar, como parte dos requisitos para obtenção do Título de
Bacharel em Farmácia. 2021. 17p.
7
FEDOZZI MM, ALMEIDA JFM. Incidência de Streptococcus β-Hemolítico em Gestantes
do Município de Campinas, São Paulo. Revista Brasileira de Análises Clínicas. 2021.
https://www.rbac.org.br/artigos/incidencia-de-streptococcus-%CE%B2-hemolitico-em-
gestantes-do-municipio-de-campinas-sao-paulo/
8
RIBEIRO EA, TOMICH GM, COSTA BA, OLIVEIRA RA, JESUS LKB. Streptococcus
agalactiae: colonização de gestantes de alto risco em um hospital regional da Amazônia
brasileira e perfil de sensibilidade aos antimicrobianos. Rev Pan Amaz Saúde. 2021; 12: e
202100542. Acesso em: 11 jun. 2023.
9
LEVINSON W. Bacteriologia Básica. In: LEVINSON, Warren. Microbiologia Médica e
Imunologia. [S. l.: s. n.], 2010. cap. 1 2010.
10
CASTELLANO FILHO DS, TIBIRIÇÁ SHC, DINIZ CG. Doença Perinatal associada aos
estreptococos do Grupo B: aspectos clínico-microbiológicos e prevenção. HU Revista.
2008;34(2):127-34.
11
ALTERHUM F. Microbiologia. 6. ed. [S. l.: s. n.], 2006.
12
JACOMINI DLJ, MURAYAMA HB. A importância do diagnóstico precoce no período
neonatal para Estreptococo do grupo B / The importance of early diagnosis in the neonatal
period for group B Streptococcus. Rev Med (São Paulo). 2023; 102(1 ed. esp.):e-204159.
13
GENOVESE CA, D’ANGELI F, ALVATORE V, TEMPERA G, NICOLOSI
D. Streptococcus agalactiae em mulheres grávidas: sorotipo e padrões de suscetibilidade
antimicrobiana ao longo de cinco anos no leste da Sicília (Itália). Eur J Clin Microbiol Infect
Dis. 2020;39(12): 2387-2396.
14
SÃO PAULO – SECRETARIA DA SAÚDE. Linha de cuidado gestante e puérpera: manual
técnico do pré-natal, parto e puerpério. Org. Carmem Cecília de Campos Lavras. São Paulo.
SES/SP. 2018. 276p.
15
EDWARDS MS, BAKER CJ. Streptococcus agalactiae (Group B Streptococci).Bennet J,
Dolin R, Blaser M. Mandell, Douglas, and Bennett’s Principles and Practice of Infectious
Diseases. 9th ed. Philadelphia, PA: Elsevier, p. 2205-251, 2020.
16
BOTELHO ACN, OLIVEIRA JG, DAMASCO AP, SANTOS KTB, FERREIRA AFM,
ROCHA GT, … TEIXEIRA LM. Streptococcus agalactiae carriage among pregnant women
living in Rio de Janeiro, Brazil, over a period of eight years. PLOS ONE, 2018;13(5): e0196925.
17
CASU K, FERREIRA FMD. Prevalência de Streptococus agalactiaeem gestantes do
município de Maringá-Paraná: um estudo retrospectivo. e-Acadêmica. 2022;3(3): e2833308.
18
MOTA GA, PRINCE KA, LAFETÁ BN, FRANÇA DS, ROCHA MF. Prevalência de
colonização por Streptococcus agalactiae em gestantes. Braz. J. ofDevelop. 2020;6(7):45611-
45620.
19
ABICHABKI NLM. Importância do streptococcus agalactiae como agente etiológico de
meningite neonatal.Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização-Vigilância
Laboratorial em Saúde Pública)-Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, CEFOR/SUS-
SP, Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, 2019. 40 p.
20
RIBEIRO EA, TOMICH GM, COSTA BA, OLIVEIRA RA, JESUS LKB. Streptococcus
agalactiae: colonização de gestantes de alto risco em um hospital regional da Amazônia
brasileira e perfil de sensibilidade aos antimicrobianos. Rev Pan Amaz Saúde
2021;12:e202100542 – e-ISSN: 2176-6223