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CIPA 1

SCL Assessoria e Treinamento Ltda


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A SCL Engenharia deseja que por este treinamento você possa contribuir para seu
aprimoramento profissional, através do conhecimento técnico, do desenvolvimento da 2
autoconfiança, da percepção e da conscientização.

Esses fatores são essenciais, pois suas atividades devem ser realizadas com
responsabilidade e comprometimento na preservação da vida.

Acreditamos no RESPEITO AO SER HUMANO;

Acreditamos no TRABALHO EM EQUIPE;

Acreditamos na INTEGRIDADE E ÉTICA;

ALGUNS DOS NOSSOS TREINAMENTOS:


Primeiros Socorros

NR 05 - CIPA

NR 06 EPI

NR 10 Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade

NR 11 - Movimentação de Ponte Rolante, Paleteira, Empilhadeira Elétrica e a Gás,


Retroescavadeira, Bob Cat ,Operador de Guindaste

NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão

NR 18 Obras de Construção, Demolição e Reparos

NR 23 Combate à Incêndio

NR 33 - Espaços Confinados Vigia e Supervisor

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Sumário
3
A segurança e a saúde do trabalhador 5

Acidentes e doenças do trabalho 7

Conceito legal 7

Caracterização do acidente do trabalho 7

Doenças profissionais e do trabalho 10

Conceito prevencionista 10

Saúde e higiene do trabalho 12

Medidas de controle e proteção dos riscos 12

Riscos ambientais 16

Riscos físicos 17

Riscos químicos 24

Riscos biológicos 27

Riscos ergonômicos 28

Riscos de acidentes 28

Verificação de segurança 30

Objetivo 30

Verificações que podem ser realizadas 30

Passos a serem seguidos na verificação de segurança 32

Mapeamento de riscos 34

Ficha de verificação de segurança 36

Processo de trabalho 44

Análise do processo 44

Metodologia da investigação e análise dos acidentes 46

Identificação das causas 46

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A análise do acidente 47
4
Passos a serem seguidos 48

Modelo da CAT Comunicação de Acidente do Trabalho 50

Organização da CIPA 52

Norma regulamentadora NR 5 ( Anexo da Portaria nº 08 de 23 de fevereiro

de 1999 ) 52

Portaria nº 09 de 23 de fevereiro de 1999 ( Dispõe sobre recepção

de propostas de alteração de itens da NR 5 CIPA) 83

Benefícios previdenciários para o acidentado 86

Sobre a Aids 92

Como o vírus é transmitido 92

Como o vírus não é transmitido 94

Prevenção 95

Referências 99

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A segurança e a saúde do trabalhador
5

como um

(Carta de Brasília, 25/08/71, VII Reunião do Conselho da União dos Magistrados).

Não de sabe ao certo quando o homem começou a se preocupar com os acidentes


e doenças relacionadas com o trabalho. Já no séc. IV a. C., faziam-se referências á
existência de moléstias estre mineiros e metalúrgicos. Mas foi com a Revolução
Industrial ocorrida na Inglaterra, no final do séc. XVIII e com o aparecimento das
máquinas de tecelagem, movidas a vapor, que a ocorrência de acidentes
aumentou.

A produção, que antes era artesanal e doméstica, passa a ser realizada em fábricas
mal ventiladas, com ruídos altíssimos em máquinas sem proteção. Mulheres,
homens e principalmente crianças foram as grandes vítimas.

A primeira legislação no campo


surgiu na Inglaterra em 1833, determinando limites de idade mínima e jornada de
trabalho.

No Brasil, onde a industrialização tomou impulso a partir da 2ª Guerra Mundial, a


situação dos trabalhadores não foi diferente: nossas condições de trabalho
mataram e mutilaram mais pessoas que a maioria dos países industrializados do
mundo.

Com o objetivo de melhorar as condições de saúde e trabalho no Brasil, a partir da


década de 30, várias leis sociais foram criadas; dentre elas, ressalta-se a
obrigatoriedade da formação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
CIPA.

A partir daí, a CIPA sofre várias regulamentações, mas a preocupação com a


Segurança e Saúde do trabalhador ainda é pequena. Quando da divulgação das
primeiras estatísticas de Acidentes do Trabalho pelo então Instituto Nacional de
Previdência Social INPS, tem-se conhecimento da gravidade da situação da
Segurança do Trabalho no Brasil 16,75% de trabalhadores acidentados no ano de
1970.

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Diante desses dados, uma série de medidas foram tomadas para tentar reverter a
situação. Dentre elas, ressaltamos: 6

1. Obrigatoriedade da existência de Serviços de Medicina do Trabalho e


Engenharia de Segurança nas Empresas (1972).

2. Alterações do capítulo V da CLT modificando a Legislação Prevencionista (1977)


e Regulamentação das 29 Normas de Segurança e Medicina do Trabalho,
favorecendo uma atuação mais efetiva da CIPA (Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes) nas empresas.

3. Amplo programa de formação de profissionais nas áreas de Segurança e


Medicina do Trabalho.

4. Desenvolvimento de programas de orientação à prevenção de acidentes e de


formação de cipeiros (obrigatório a partir de 1978).

E, mais recentemente, o aparecimento de um empresariado progressista, com uma


visão prevencionista que associa a qualidade de produtos e serviços à qualidade de
vida do trabalhador.

Estas medidas têm colaborado para a redução do número de acidentes e doenças


do trabalho oficialmente divulgado. Porém, a complexidade das questões, relativas
ao registro de acidentes e doenças profissionais, torna difícil precisar o índice dessa
redução, pois uma quantidade muito grande de trabalhadores não é registrada e,
portanto, seus acidentes e doenças não são comunicados ao INSS e á unidade
descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego.

Diante da persistência de elevados índices de acidentes de trabalho, com grandes


perdas humanas e econômicas, surgem o Mapa de Riscos Ambientais, o PPRA
(Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), o PCMSO (Programa de Controle
Médico e Saúde Ocupacional) e, em fevereiro de 199, a Portaria 8, modificando a
redação NR- 5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.

Estes instrumentos representam a busca do comprometimento e envolvimento dos


empresários e dos trabalhadores na solução de um problema que interessa a todos
superar.

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Acidentes e doenças do trabalho
7
Conceito legal
O artigo 131 da Lei 8.213 de 25/7/91 estabelece:

exercício do trabalho a serviço da


empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do
artigo 11 desta Lei (exemplo: autônomos em geral), provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que cause a morte ou perda ou redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o traba

Exercício do trabalho a serviço da empresa


Para que uma lesão ou moléstia seja considerada acidente do trabalho é necessário
que haja entre o resultado e o trabalho uma ligação, ou seja, que o resultado
danoso tenha origem no trabalho desempenhado e em função do serviço.

Assim, por exemplo, se um empregado for assistir a um jogo de futebol e cair da


arquibancada onde sentou não se tratará de acidente do trabalho. Todavia, se com
ele cai o empregado do clube que estava a efetuar a limpeza da arquibancada, a
legislação referida protegerá o funcionário do clube.

Lesão corporal
Por lesão corporal deve ser entendido qualquer dano anatômico. Por exemplo:
uma fratura, um machucado, a perda de um membro.

Perturbação funcional
Por perturbação funcional deve ser entendido o prejuízo ao funcionamento de
qualquer órgão ou sentido, como uma perturbação mental devida a uma pancada,
o prejuízo ao funcionamento de um órgão como o pulmão, por exemplo.

Caracterização do acidente do trabalho


O acidente típico do trabalho ocorre no local e durante o trabalho e é considerado
como um acontecimento súbito, violento e ocasional que provoca no trabalhador
uma incapacidade para prestação do serviço.

A legislação (art 131 da Lei 8.213/91) enquadra como acidentes aqueles que
ocorrem nas seguintes situações:

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Acidente de trajeto
8
Quando um trabalhador sai de casa pra prestar serviço é justo que ele fique protegido
pela legislação de acidente. Assim, no percurso da residência para o trabalho ou deste
para aquela, está o trabalhador protegido pela legislação acidentária. Fica
caracterizado como acidente do trabalho também aquele que ocorre na ida ou na
volta do trabalho, ou o ocorrido no mesmo trajeto quando o trabalhador efetua as
refeições em sua casa. Deixa caracterizar-se o acidente quando o empregador tenha
por interesse próprio, interrompido ou alterado o percurso normal.

Entende-se por percurso normal o caminho ordinariamente seguido, locomovendo-se


a pé ou usando transporte oferecido pela empresa, condução própria ou transporte
coletivo urbano.

Assim, quando ocorrer variação de trajeto, por vontade do trabalhador, ou quando


houver interrupção, também por interesse próprio, deixa caracterizar-se o acidente do
trabalho.

Nos períodos destinados a refeições ou descansos bem como em intervalos destinados


á satisfação de necessidades fisiológicas, no local de trabalho ou durante este, o
empregado é considerado a serviço da empresa para fins de acidente do trabalho.

Ato do terceiro
Quando se fala em acidente do trabalho, nunca nos ocorre a possibilidade de que um
aro de outra pessoa possa caracterizar-se como um acidente.

Esse ato de terceiro pode ser culposo ou doloso. Será considerado culposo quando a
pessoa que deu ensejo ao mesmo não tinha a intenção de que o fato acontecesse. Foi
um ato de imprudência, negligência, imperícia que resultou num dano a outrem. Já o
ato doloso é consciente, e a pessoa que o pratica age de má fé com a vontade dirigida
para a obtenção de um resultado criminoso. Assim, o legislador (pessoa que elabora as
leis) estendeu o conceito de acidente aos atos dolosos que atingem o trabalhador
proveniente da relação de emprego, tais como os casos de sabotagem, ofensa física
lavada a cabo por companheiro de serviço ou terceiro, resultante de disputa originada
na prestação de serviço.

Como vemos, a exclusão que se manifesta é a referente ao ato doloso contra o


empregado, oriundo de terceiro ou de companheiro de serviço, não originado de
disputa relativa ao trabalho. Assim, o ferimento sofrido por um empregado no local e
horário de trabalho, por parte de outro colega de serviço, com origem em questão de

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ciúme ou mesmo de discussão sobre futebol, não se caracteriza como acidente do
trabalho. 9

Força maior
A caracterização de acidente do trabalho vai tão longe que atinge as lesões oriundas
de inundações, incêndios ou qualquer outro motivo de força maior, desde que
ocorrido em horário de trabalho.

Acidente fora do local e horário de trabalho


Além do acidente do trabalho caracterizado pelas causas acima enunciadas e além do
acidente em caminho, sobre o qual já tecemos considerações, o legislador considera
como acidente de trabalho o sofrido pelo trabalhador mesmo fora do local e horário
de trabalho, quando ocorra no cumprimento de ordem ou na realização de serviços
sob a autoridade da empresa. Ou ainda, quando seja espontaneamente prestado o
serviço para evitar prejuízo á empresa.

Quando o empregado acidentar-se realizando uma viagem a serviço da empresa,


estaremos diante de um acidente de trabalho, qualquer seja o meio de condução
utilizado ainda que seja de propriedade do empregado.

O acidente de trabalho, portanto, em sentido amplo, é aquele que causa lesão


corporal, perturbação funcional ou doença que provoque morte, perda ou redução,
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho, ocorrido nas condições
anteriormente enunciadas.

Pode acontecer que o empregado já tivesse condições pessoais que facilitassem o


acontecimento ou resultado. Se um indivíduo tem certa fraqueza óssea e sofre uma
pancada que para outro traria com consequência apenas uma zona dolorida, mas para
ele resulta em fratura, suas condições pessoais não afastam a aplicação da legislação
acidentária pela totalidade do acontecimento.

Se uma lesão com ferimento atinge um diabético, que em face de suas condições de
saúde vem a sofrer a amputação de uma perna ou de um braço, a legislação
acidentária cobre a consequência total.

Por isso, a Lei 8.213 art 21, inciso I também considera como acidente do trabalho:

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contribuído diretamente para a morte do segurado, para a redução ou perda de sua 10
capacidade para o trabalho ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua
.

Doenças profissionais e do trabalho


O legislador equiparou ao acidente do trabalho as doenças que, oriundas do trabalho,
acarretem incapacidade laboratorial. Para tanto, vem estabelecido no artigo 20 da Lei
8.213, incisos I e II:

Doença profissional
É a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada
atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e
Emprego. Assim, o saturnismo (intoxicação provocada em quem trabalha com
chumbo), e a silicose (pneumoconiose provocada em quem trabalha com sílica) são
doenças tipicamente profissionais.

Doenças do trabalho
É adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é
realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no
inciso I.

Como exemplo, poderia ser citada a surdez como doença do trabalho tendo em conta
o serviço executado em local extremamente ruidoso.

De outra parte, não são consideradas como doença profissional ou do trabalho as


doenças degenerativas, as inerentes a grupo etário e as que não acarretem
incapacidade para o trabalho.

Conceito prevencionista
O acidente de trabalho no conceito legal só é caracterizado quando dele decorre uma
lesão física, perturbação funcional ou doença, levando á morte, perda total ou parcial,
permanente ou temporária da capacidade para o trabalho.

Os prevencionista, em especial o cipeiro, não devem se ater somente ao conceito legal,


mas procurar conhecer o acidente do trabalho em toda a sua extensão e
principalmente em suas possibilidades de prevenção.

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Os acidentes que não causam ferimentos pessoais devem ser considerados acidentes
do trabalho do ponto de vista técnico prevencionista, visando evitar os danos físicos 11
que possam por eles ser provocados.

Assim, o conce
ocorrência não programada estranha ao andamento normal do trabalho, da qual possa
resultar danos físicos e/ou funcionais, ou morte do trabalhador e/ou danos materiais e

Nessa definição, o acidente não fica condicionado à lesão física. Sob o aspecto
prevencionista, todo acidente deve ser considerado importante, pois não é possível
prever se ele provocará ou não lesões no trabalhador.

Esta conceituação ampla leva ao registro de todos os acidentes do trabalho ocorridos,


permitindo a exploração de suas causas e consequentemente prevenção, que
caracteriza a verdadeira atuação da CIPA.

Um exemplo seria o caso de uma ferramenta que cai do alto deum andaime. Fica
caracterizado o acidente sob o enforque prevencionista, mesmo que esta não atinja
ninguém.

Com base nos conceitos apresentados, liste os acidentes ocorridos na empresa nos
últimos anos, classificando os que se enquadram no conceito legal e os que se
enquadram no conceito prevencionista.

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Saúde e higiene do trabalho
12
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o conceito de saúde está
associado ao completo bem- estar físico, mental e social e não apenas a ausência de
doenças, ou seja, a saúde ocupacional seria a ausência de desvios de saúde causados
pelas condições de vida no ambiente de trabalho. Quanto mais sólidos forem os
processos de medicina e higiene do trabalho relativos a uma determinada atividade
laboral, mais completa será a saúde ocupacional.

Higiene do trabalho é definida como:

A ciência e a arte devotada à antecipação, ao reconhecimento, à avaliação e ao


controle dos
trabalho, os quais podem causar enfermidades, prejuízos à saúde e bem-estar, ou
significante desconforto e ineficiência entre os trabalhadores ou entre cidadãos da
comunidade .

O termo antecipação mostra a necessidade de buscarmos sempre identificar os


potenciais riscos à saúde antes que um determinado processo industrial seja
implementado ou modificado, ou que novos agentes sejam introduzidos no ambiente
de trabalho.

O termo reconhecimento refere-se a toda análise e observação do ambiente de


trabalho a fim de identificarmos os agentes existentes, os potenciais de risco a eles
associados e qual prioridade de avaliação ou controle existe nesse ambiente de
trabalho.

Os termos avaliação e controle designam principalmente as monitorações que serão


conduzidas no ambiente de trabalho. Estes termos expressa, resumidamente, o
método de trabalho da higiene ocupacional: antecipação, reconhecimento, avaliação e
controle.

De modo mais amplo, a higiene não se refere apenas ao ambiente industrial, mas a
qualquer tipo de atividade laboral, sendo mais apropriado, na língua portuguesa, o
termo higiene ocupacional.

Medidas de controle e proteção dos riscos


Cabe também à CIPA identificar os riscos e propor medidas de controle para situações
perigosas ou insalubres da empresa. Há uma série de medidas de controle, utilizadas

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no ambiente e/ou no homem. A prioridade deve ser dada às medidas de proteção
coletiva. 13

Medidas de proteção coletiva


Neste sentido, três alternativas podem ser adotadas:

Eliminação do risco
Do ponto de vista da segurança, esta deve ser a atitude prioritária da empresa diante
da situação de risco. A eliminação pode ocorrer em vários níveis da produção:

Na substituição de uma matéria- prima tóxica por uma inócua, que ofereça
menos riscos à saúde do trabalhador.

Na alteração nos processos produtivos;

Realizando modificações na construção e instalações físicas de empresa.

Produzindo alterações no arranjo físico.

Neutralização do risco
Na impossibilidade temporária ou definitiva da eliminação de um risco, por motivo de
ordem técnica, busca-se a neutralização do risco, que pode ser feita de três maneiras:

Proteção do risco

Ex.: Grade para proteção de polias.

Isolamento do risco no tempo e no espaço.

Ex.: Instalação de compressor de ar fora das linhas de produção (desta maneira,


o ruído não atingirá os trabalhadores).

Enclausuramento do risco.

Ex.: Fechar completamente um forno com paredes isolantes térmicas (esta


medida protegerá os trabalhadores do calor excessivo).

Sinalização de risco

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A sinalização do risco é recurso que se usa quando não há alternativas que se
apliquem às duas medidas anteriores: eliminação e neutralização do risco pela 14
proteção coletiva.

A sinalização deve ser usada como alerta de determinados perigos e riscos ou


em caráter temporário, enquanto tomam-se medidas definitivas

Medidas de proteção individual


Esgotadas as possibilidades de adoção de medidas de proteção coletivas, ou como
forma de complementação destas medidas, a empresa adotará as medidas de
proteção individual (EPIs).

De acordo com o artigo 166 da CLT, a empresa é obrigada a fornecer aos empregados,
gratuitamente, equipamento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito
estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não
ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos
empregados.

A seguir alguns itens da NR-6 Equipamento de Proteção Individual:

6.1 Para fins de aplicação desta Norma Regulamentadora NR, considera-se


Equipamento de Proteção Individual EPI todo dispositivo de uso individual, de
fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade física
do trabalhador.

6.2- A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado


ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes
circunstâncias:

a) Sempre que as medidas de proteção coletivas forem tecnicamente inviáveis ou não


oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes de trabalho e/ou de
doenças profissionais e do trabalho;

b) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;

c) Para atender situações de emergência.

6.5 O EPI, de fabricação nacional ou importada, só poderá ser colocado á venda,


comercializado ou utilizado, quando possuir o Certificado de Aprovação CA, expedido
pelo Ministério do Trabalho e da Administração MTA, atendido o disposto no
subitem 6.9.3.

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6.6- Obrigações do empregado.
15
6.6.1 Obriga-se o empregador, quanto ao EPI, A:

a) Adquirir o tipo adequado à atividade do empregado;

b) Fornecer ao empregado somente EPI aprovado pelo MTS e de empresa cadastrada


no DNSST/MTA;

c) Treinar o trabalhador sobre o seu uso adequado;

d) Tornar obrigatório o seu uso;

e) Substitui-lo, imediatamente, quando danificado ou extraviado;

f) Responsabilizar-se pela sua higienização e manutenção periódica;

g) Comunicar ao MTA qualquer irregularidade observada no EPI.

6.7- Obrigações do empregado

6.7.1 Obriga-se o empregado, quanto ao EPI, a:

a) Usá-lo apenas para a finalidade que o destina;

b) Responsabilizar-se por sua guarda e conservação;

c) Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para o uso;

6.9.3- Todo EPI deverá apresentar, em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome
comercial da empresa fabricante ou importador, e o número de CA.

Além das medidas técnicas citadas, existem outras formas de controle dos acidentes e
das doenças. As Medidas Médicas, por exemplo, se constituem em exames
admissionais, periódicos, alteração de função, para mudança de setor (ambiente) e
demissionais e que indicam o estado de saúde dos trabalhadores.

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Riscos Ambientais
16

Para que a CIPA atinjam seus objetivos de prevenção de acidentes e doenças do


trabalho, ela precisa conhecer e controlar os riscos presentes no ambiente de trabalho.

Para isso, iniciamos, neste capítulo, uma análise dos riscos ambientais.

Tabela I Anexo IV da Portaria 25 SSST, de 29.12.94.

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5


Verde Vermelho Marrom Amarelo Azul

Riscos

Físicos Químicos Biológicos Ergonômicos Acidentes

Esforço Físico Arranjo Físico


Ruídos Poeiras Vírus
intenso inadequado

Levantamento
Máquinas e
e transporte
Vibrações Fumos Bactérias equipamentos
manual de
sem proteção
peso

Exigência de Ferramentas
Radiações
Névoas Protozoários postura inadequadas ou
ionizantes
inadequada defeituosas

Controle rígido
Radiações não Iluminação
Neblinas Fungos de
ionizantes inadequada
produtividade

Imposição de
Frio Gases Parasitas ritmos Eletricidade
excessivos

Calor Vapores Bacilos Trabalho em Probabilidade


turno e de incêndio ou

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noturno explosão
17
Substâncias,
compostos ou Jornadas de
Pressões Armazenamento
produtos - trabalho
anormais inadequado
químicos em prolongadas
geral

Monotonia e Animais
Umidade - -
repetitividade peçonhentos

Outras situações
Outras
de risco que
situações
poderão
- - - causadoras de
contribuir para a
ocorrência de
e/ou psíquico
acidentes

Riscos físicos
São considerados riscos físicos:

Ruídos;

Calor e frio;

Vibrações;

Pressões anormais;

Radiações;

Umidade.

Ruídos
As máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas produzem ruídos que podem
atingir níveis excessivos, podendo a curto, médio e longo prazo provocar sérios
prejuízos à saúde.

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Dependendo do tempo de exposição, nível sonoro e da sensibilidade individual, as
alterações danosas poderão manifestar-se imediatamente ou gradualmente. 18

Quanto maior o nível de ruído, menor deverá ser o tempo de exposição ocupacional.

Tabela- Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente.

Nível de ruídos dB (A) Máxima exposição diária Permissível

85 8 horas

86 7 horas

87 6 horas

88 5 horas

89 4 horas e 30 minutos

90 4 horas

91 3 horas e 30 minutos

92 3 horas

93 2 horas e 40 minutos

94 2 horas e 15 minutos

95 2 horas

96 1 hora e 45 minutos

98 1 hora e 15 minutos

100 1 hora

102 45 minutos

104 35 minutos

105 30 minutos

106 25 minutos

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108 20 minutos
19
110 15 minutos

112 10 minutos

114 8 minutos

115 7 minutos

Consequências
O ruído age diretamente sobre o sistema nervoso, ocasionando:

Fadiga nervosa;

Alterações mentais: perda de memória, irritabilidade, dificuldade em coordenar


idéias;

Hipertensão;

Modificação do ritmo cardíaco;

Modificação do calibre dos vasos sanguíneos;

Modificação do ritmo respiratório;

Perturbações gastrintestinais;

Diminuição da visão noturna;

Dificuldade na percepção de cores.

Além destas consequências, o ruído atinge também o aparelho auditivo causando a


perda temporária ou definitiva da audição.

Medidas de controle
Para evitar ou diminuir os danos provocados pelo ruído nos locais de trabalho, podem
ser adotadas as seguintes medidas:

Medidas de proteção coletiva: Enclausuramento da máquina produtora do


ruído;

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Isolamento do ruído;
20
Medida de proteção individual: fornecimento de Equipamento de Proteção
Individual (EPI) (no caso, protetor auricular). O EPI deve ser fornecido na
impossibilidade de eliminar o ruído ou como medida complementar.

Medidas médicas: exames audiométricos periódicos; afastamento do local do


trabalho; revezamento.

Medidas educacionais: orientação para o uso correto do EPI; campanha de


conscientização.

Medidas administrativas: tornar obrigatório o uso do EPI: controlar o seu uso.

Observação:

Medidas médicas, educacionais e administrativas devem ser adotadas em todas


as situações de risco.

Vibrações:
Na indústria é comum o uso de máquinas e equipamentos que produzem
vibrações, as quais podem ser nocivas ao trabalhador.

As vibrações podem ser:

Localizadas (em certas partes do corpo) São provocadas por ferramentas


manuais, elétricas e pneumáticas.

Consequências alterações neurovasculares nas mãos; problemas nas


articulações das mãos e braços; osteoporose (perda da substância óssea).

Generalizadas (ou do corpo inteiro).

As lesões ocorrem com os operadores de grandes máquinas, como motoristas


de caminhões, ônibus e tratores.

Consequências
Lesões na coluna vertebral, dores lombares.

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Medidas de controle
21
Para evitar ou diminuir as consequências das vibrações é recomendado o
revezamento dos trabalhadores expostos aos riscos (menor tempo de
exposição).

Radiações
São formas de energia que se transmitem por ondas eletromagnéticas. A
absorção das radiações pelo organismo é responsável pelo aparecimento de
diversas lesões. Podem ser classificadas em dois grupos:

Radiações ionizantes Os operadores de RX e de Radioterapia estão,


frequentemente, expostos a este tipo de radiação, que pode afetar o
organismo ou se manifestar nos descendentes das pessoas expostas.

Radiações não ionizantes São radiações não ionizantes a radiação


infravermelha, proveniente de operações em fornos, ou de solda oxiacetilênica,
radiação ultravioleta como a gerada por operações em solda elétrica, ou ainda
raios laser, microondas, etc. Seus efeitos são perturbações visuais
(conjuntivites, cataratas), queimaduras, lesões na pele, etc.

Medidas de controle

Medidas de proteção coletiva: isolamento da fonte de radiação. (Ex.: biombo


protetor para operação de solda); Enclausuramento da fonte de radiação (ex.:
pisos e paredes revestidas de chumbo em salas de RX).

Medidas de proteção individual: fornecimento de EPI adequado ao risco (Ex.:


avental, luva, perneira e mangote de raspa para soldador, óculos para
operadores de forno).

Medida administrativa: (Ex.: dosímetro de bolso para técnico de RX).

Medida médica: exames periódicos.

Calor

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Altas temperaturas podem provocar:
22
Desidratação;

Erupção da pelo;

Câimbras;

Fadiga física

Distúrbios psiconeuróticos;

Problemas cardiovasculatórios;

Insolação.

Frio
Baixas temperaturas podem provocar:

Feridas;

Rachaduras e necrose da pele;

Enregelamento: ficar congelado;

Agravamento de doenças reumáticas;

Predisposição para acidentes;

Predisposição para doenças respiratórias.

Medidas de controle

Medidas de proteção coletiva: ventilação local exaustora com a função de


retirar calor e gases dos ambientes; isolamento das fontes de calor/frio.

Medidas de proteção individual: fornecimento de EPI (Ex.: avental, bota, capuz,


luvas especiais para trabalhar no frio avental e luvas de amianto para
trabalhar no calor).

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Pressões anormais
23
Há uma série de atividades em que os trabalhadores ficam sujeitos a pressões
ambientais acime ou abaixo das pressões normais, isto é, da pressão atmosférica e
que normalmente estamos expostos.

Baixas pressões
São as que se situam abaixo da pressão atmosférica normal e ocorrem com
trabalhadores que realizam tarefas em grandes altitudes. No Brasil, são raros os
trabalhadores expostos a este risco.

Altas pressões
São as que se situam acima da pressão atmosférica normal. Ocorrem em trabalhos
realizados em tubulações de ar comprimido, máquinas de perfuração (SHIELD),
caixões pneumáticos e trabalhos executados por mergulhadores. Exemplos:
Caixões pneumáticos, compartimentos estanques instalados no fundo de mares,
rios e represas onde é injetado ar comprimido que expulsa a água do interior do
caixão, possibilitando o trabalho. São usados na construção de pontes e barragens.

Consequências

Ruptura do tímpano quando o aumento da pressão for brusco;

Liberação de nitrogênio nos tecidos e vasos sanguíneos, causando dores


abdominais, obstrução dos vasos sanguíneos e morte.

Medidas de controle
Por ser uma atividade de alto risco, existe legislação específica (NR- 15) a ser
obedecida.

Umidade
As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com
umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, são
situações insalubres e devem ter a atenção dos prevencionista por meio de
verificações realizadas nesses locais para estudar a implantação de medidas de
controle.

Consequência

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Doenças do aparelho respiratório;
24
Quedas;

Doenças de pele;

Doenças circulatórias.

Medidas de controle

Medidas de proteção coletiva: estudo de modificações no processo do


trabalho; colocação de estrados de madeira, ralos para escoamento.

Medidas de proteção individual: fornecimento do EPI (Ex.: botas, avental e


luvas de borracha para trabalhadores em galvanoplastia, cozinha, limpeza, etc).

Riscos químicos
Os riscos químicos presentes nos locais de trabalho são encontrados na forma sólida,
líquida ou gasosa e classificam-se em: poeiras; fumos; névoas; gases; vapores; neblinas
e substâncias, compostos ou produtos químicos em geral.

Poeiras, fumos, névoas, gases e vapores estão dispersos no ar (aerodispersóides).

Poeiras
São partículas sólidas geradas mecanicamente por ruptura de partículas maiores. As
poeiras são classificadas em:

Poeiras minerais

Ex.: sílica, asbesto, carvão mineral

Consequências: Silicose (quartzo), abestose (amianto), pneumoconiose dos


minérios de carvão (mineiral).

Poeiras vegetais

Ex.: algodão, bagaço de cana-de-açúcar

Consequências: Bissinose (algodão), bagaçose (cana-de-açucar) etc.

Poeiras alcalinas

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Ex.: calcário
25
Consequências: Doenças pulmonares obstrutivas crônicas, enfisema pulmonar

Poeiras incômodas

Consequência: Interação com outros agentes nocivos presentes no ambiente


de trabalho, potencializando sua nocividade.

Fumo
Partículas sólidas produzidas por condensação de vapores metálicos. Ex.: fumos de
óxido de zinco nas operações de soldagem com ferro.

Consequências: Doença pulmonar obstrutiva, febre de fumos metálicos, intoxicação


específica de acordo com o metal.

Os metais que oferecem maior risco nos processos industriais são: chumbo, mercúrio,
arsênico, estanho, cobre, níquel, cromo, zinco e ferro.

Névoas
Partículas líquidas da condensação de vapores ou da dispersão mecânica de líquidos.
Ex.: névoa resultante do processo de pintura a revólver; monóxido de carbono liberado
pelos escapamentos dos carros.

Gases
Estado natural das substâncias nas condições usuais de temperatura e pressão. Ex.:
GLP (gás liquefeito de petróleo), hidrogênio, ácido nítrico, butano, ozona, etc.

Vapores
São dispersões de moléculas no ar que podem condensar-se para formar líquidos ou
sólidos em condições normais de temperatura e pressão. Ex.: nafta, gasolina, naftalina,
etc.

Névoas, Gases e Vapores podem ser classificados em:

Irritantes: irritação das vias áereas superiores. (Ex.: ácido clorídrico, ácido
sulfúrico, soda cáustica, cloro, etc).

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Asfixiantes: dos de cabeça, náuseas, sonolência, convulsões, coma e morte.
(Ex.: hidrogênio, nitrogênio, hélio, metano, acetileno, dióxido de carbono, 26
monóxido de carbono, etc).

Anestésicos: (a maioria dos solventes orgânicos). Ação depressiva sobre o


sistema nervoso, danos aos diversos órgãos, ao sistema formador de sangue
(benzeno) etc. (Ex.: butano, propanos, aldeiros, cetonas, cloreto de carbono,
tricloroetileno. Benzeno, tolueno, álcoois, perclorotileno, xileno, etc).

Vias de penetração dos agentes químicos


Os agentes químicos podem penetrar no organismo de 3 maneiras:

Via cutânea (pele)

Via digestiva (boca)

Via respiratória (nariz)

a penetração dos agentes químicos no organismo depende de sua forma de utilização.

Fatores que influenciam a toxidade dos contaminantes ambientais


Para avaliar o potencial tóxico das substâncias químicas, alguns fatores devem ser
levados em consideração:

Concentração: quanto maior a concentração, mais rapidamente seus efeitos


nocivos manifestar-se-ão no organismo:

Índice respiratório: representa a quantidade de ar inalado pelo trabalhador


durante a jornada de trabalho:

Sensibilidade individual: o nível de resistência varia de indivíduo para indivíduo:

Toxidade: é o potencial tóxico da substância no organismo;

Tempo de exposição: é o tempo que o organismo fica exposto ao


contaminante.

Medidas de controle

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As medidas sugeridas abaixo pretendem dar apenas uma idéia do que pode ser
adotado, pois existe uma grande quantidade de produtos químicos em uso e as 27
medidas de proteção devem ser adaptadas a cada tipo:

Medidas de proteção coletiva: Ventilação e exaustão do local; ventilação e


exaustão do ponto de operação; armazenamento adequdo, substituição do
produto químico realizado por outro menos tóxico; redução do tempo de
exposição; estudo de alteração de processo de trabalho; conscientização
dos riscos no ambiente.

Medidas de proteção individual: Fornecimento de EPI como medida


complementar (Ex.: máscara de proteção respiratória para poeira, para
gases e fumos; luvas de borracha, neoprene para trabalhos com produtos
químicos em geral, aventais e botas).

Medidas médicas: Exames médicos periódicos para controle da exposição


do trabalhador aos riscos químicos; afastamento do local ou do trabalho.

Riscos biológicos
São considerados riscos biológicos: vírus, bactérias, protozoários, fungos,
parasitas e bacilos.

Os riscos biológicos ocorrem por meio de microorganismos que, em contato


com o homem, podem provocar inúmeras doenças. Muitas atividades
profissionais favorecem o contato com tais riscos. É o caso das indústrias de
alimentação, hospitais, limpeza pública (coleta de lixo), laboratórios, etc.

Entre as inúmeras doenças profissionais provocadas por microorganismos


incluem-se: tuberculose, brucelose, malária, febre amarela. Para que estas
doenças possam ser consideradas doenças profissionais é preciso que haja
exposição do funcionário a estes microorganismos.

São necessárias medidas preventivas para que as condições de higiene e


segurança nos diversos setores de trabalho sejam adequadas.

Medidas de controle
As mais comuns são: saneamento básico (água e esgoto); controle médico
permanente; uso de EPI; higiene rigorosa nos locais de trabalho; hábitos de
higiene pessoal; uso de roupas adequadas; vacinação; treinamento; sistema de
ventilação/exaustão.

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Para que uma substância seja nociva ao homem, é necessário que ela entre em
contato com seu corpo. Existem diferentes vias de penetração no organismo 28
humano com relação à ação dos riscos biológicos:

Cutânea: (Ex.: a leptospirose é adquirida pelo contato com águas


contaminadas pela urina do rato).

Digestiva: (Ex.: ingestão de alimentos deteriorados).

Respiratória: (Ex.: a pneumonia é transmitida pela aspiração de ar


contaminado).

Riscos ergonômicos
São considerados riscos ergonômicos: esforço físico, levantamento de peso; postura
inadequada; controle rígido de produtividade; situação de estresse; trabalhos em
período noturno; jornada de trabalho prolongada; monotonia e repetitividade;
imposição de rotina intensa.

A ergonomia ou engenharia humana é uma ciência relativamente recente que estuda


as relações entre o homem e seu ambiente de trabalho.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) define


das ciências biológicas humanas em conjunto com os recursos e técnicas da
engenharia para alcançar o ajustamento mútuo, ideal entre o homem e seu trabalho, e
cujos resultados se medem em termos de eficiência humana e bem-esta

Consequências
Os riscos ergonômicos podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos e provocar
sérios danos á saúde do trabalhador porque produzem alterações no organismo e no
estado emocional, comprometendo sua produtividade, saúde e segurança, tai como:
cansaço físico, dores musculares, hipertensão arterial, alteração do sono, diabetes,
doenças nervosas, taquicardia, doenças do aparelho digestivo (gastrite e úlcera),
tensão, ansiedade, problemas de coluna, etc.

Riscos de acidentes
São considerados como riscos geradores de acidentes: arranjo físico deficiente;
máquinas e equipamentos sem proteção; ferramentas inadequadas ou defeituosas;

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eletricidade; incêndio ou explosão; animais peçonhentos; armazenamento
inadequado. 29

Arranjo físico deficiente


É resultante de: prédios com área insuficiente; localização imprópria de máquinas e
equipamentos; má arrumação e limpeza; sinalização incorreta ou inexistente; pisos
fracos e/ou irregulares.

Máquinas e equipamentos sem proteção


Máquinas obsoletas; máquinas sem proteção em pontos de transmissão e de
operação; comandos de liga/desliga fora do alcance do operador; máquinas e
equipamentos com defeitos ou inadequados; EPI inadequado ou não fornecido.

Ferramentas inadequadas ou defeituosas


Ferramentas usadas de forma incorreta; falta de fornecimento de ferramentas
adequadas; falta de manutenção.

Eletricidade
Instalação elétrica imprópria, com defeito ou exposta; fios desencapados; falta de
aterramento elétrico; falta de manutenção.

Incêndio ou explosão
Armazenamento inadequado de inflamáveis e/ou gases; manipulação e transporte
inadequado de produtos inflamáveis e perigosos; sobrecarga em rede elétrica; falta de
sinalização; falta de equipamentos de combate ou equipamentos defeituosos.

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30
Verificação de segurança
Objetivo
A verificação de segurança tem por objetivo detectar as possíveis causas que
propiciem a ocorrência de acidentes, visando tomar ou propor medidas que eliminem
ou neutralizem os riscos de acidentes do trabalho. Desta forma, inspeção de segurança
é uma prática contínua em busca de:

Métodos de trabalhos inadequados

Riscos ambientais

Verificação da eficácia das medidas preventivas rotineiras e especiais em


funcionamento.

A verificação de segurança está prevista como atribuição da CIPA no item 5.16, alínea

O cipeiro deve realizar verificações nos ambientes e condições de trabalho.

A base de toda inspeção de segurança e análise dos riscos sob os aspectos já citados
deve envolver indivíduos, grupos, operações e processos. Dento do objetivo de análise
dos vários fatores de risco e acidentes, as propostas metodológicas mais aceitas
envolvem a identificação do agente do acidente. O agente do acidente é todo fator
humano, físico ou ambiental que provoca perdas. Controlar ou neutralizar o agente é
muito mais importante do que simplesmente atribuir a culpa a este ou àquele fato ou
pessoa.

Verificações que podem ser realizadas


As verificações de segurança não são feitas somente, pela CIPA, mas também pelos
profissionais dos Serviços Especializados. Podem ser feitas por diversos motivos, com
objetivos diferentes e programadas em épocas e em intervalos variáveis. Podem ser
gerais, parciais, de rotina, periódicos, eventuais, oficiais e especiais.

Verificações gerais
São aquelas feitas em todos os setores da empresa e que se preocupam com todos os
problemas relativos à Segurança e à Medicina do Trabalho. Dessas verificações podem

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participar engenheiros, técnicos de segurança, médicos, assistentes sociais e membros
da CIPA. Essas verificações devem ser repetidas a intervalos regulares e, onde não 31
existirem Serviços Especializados em Segurança e Medicina do Trabalho, a tarefa
caberá à Cipa da empresa.

Verificações parciais
elas podem limitar-se em relação a áreas específicas, sendo verificados apenas
determinados setores da empresa, e podem limitar-se em relação às atividades, sendo
verificados certos tipos de trabalho, certas máquinas ou certos equipamentos.

Verificações de rotina
Cabem aos encarregados dos setores de segurança, aos membros da CIPA, ao pessoal
que cuida da manutenção de máquinas, equipamentos e condutores de energia. É
muito importante que os próprios trabalhadores façam verificações em suas
ferramentas, nas máquinas que operam e nos equipamentos que utilizam.

Naturalmente, em verificações de rotina, são mais procurados os riscos que se


manifestam com mais frequência e que constituem as causas mais comuns dos
acidentes.

Verificações periódicas
Como é natural que ocorram desgastes dos meios materiais utilizados na produção, de
tempos em tempos devem ser marcadas, com regularidade, verificações destinadas a
descobrir riscos que o uso de ferramentas, de máquinas, de equipamentos e de
instalações energéticas pode provocar.

Os setores de manutenção e de produção normalmente se ocupam dessas inspeções


periódicas. Algumas dessas verificações são determinadas em lei, principalmente as de
equipamentos perigosos, como caldeiras e elevadores e mesmo as de equipamentos
de segurança como extintores, mangueiras e outros. Materiais móveis de maior uso e
desgaste devem merecer verificações periódicas.

Verificações eventuais
Não tem datas ou períodos determinados. Podem ser feitas por técnicos vários,
incluindo médicos e engenheiros, e se destinam a controles especiais de problemas
importantes dos diversos setores da empresa. O médico pode, por exemplo, realizar

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verificações em ambientes ligados á saúde do trabalhador, como refeitórios, cozinhas,
instalações sanitárias, vestiários e outros. 32

Verificações oficiais
São realizadas por agentes dos órgãos e das empresas de seguro.

Verificações especiais
Destinam-se a fazer controles técnicos que exigem profissionais especializados,
aparelhos de teste e de medição. Pode-se dar o exemplo de medição do ruído
ambiental, da quantidade de partículas tóxicas em suspensão no ar, da pesquisa de
germes que podem provocar doenças.

A presença de representantes da CIPA nas verificações de segurança é sempre


recomendável, pois a assimilação de conhecimentos cada vez mais amplos sobre as
questões de Segurança e Medicina no Trabalho vai tomar mais completa o trabalho
educativo que a comissão desenvolve.

Além disso, a renovação dos membros da CIPA faz com que um número sempre maior
de empregador passe a aprofundar os conhecimentos exigidos para a solução dos
problemas relativos a acidentes e doenças de trabalho.

Passos a serem seguidos na verificação de segurança


Existem alguns passos que devem ser seguidos para o desenvolvimento dessa
atividade. São eles: observação, registro, análise de riscos, priorização, implantação e
acompanhamento.

Observação
Neste primeiro passo, os elementos da CIPA devem observar criteriosamente as
condições de trabalho e de atuação das pessoas. Essa observação deve ser
complementada com dados obtidos por meio de entrevistas e preenchimento de
questionários junto aos encarregados e trabalhadores.

Registro
O registro dos riscos observados sobre saúde e segurança do trabalho deve ser feito
em formulários que favoreçam a análise dos problemas apontados.

Análise de riscos

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Da verificação de segurança resulta a necessidade de um estudo mais aprofundado de
determinada operação. Trata-se da análise de riscos. Para realiza-lo, o interessado 33
deve decompor e separar as fases da operação, para verificação cuidadosa dos riscos
que estão presentes em cada fase. O quadro abaixo orienta a decomposição de uma
operação para este fim.

Quadro - Decomposição de uma operação

DADOS ANÁLISE DOS RISCOS

O que é feito? Deve ser feito isso que está sendo observado ou existe algum risco
que sugere alteração.

Como é feito? A técnica desenvolvida está correta?


Contém riscos que podem ser eliminados com pequenas alterações?

Porque é feito? O objetivo da atividade será alcançado corretamente em segurança?

Priorização
A partir da análise de riscos, priorizar os problemas de forma a atender aqueles mais
graves e/ou iminentes.

Implantação
Nesta fase, os relatórios com as medidas corretivas definidas deverão ser
encaminhados ao departamento responsável por sua efetivação. A operacionalização
das medidas deverá ser negociada no próprio setor responsável, em prazos
determinados com prioridade.

Acompanhamento
Consistem na verificação e cobrança das medidas preventivas propostas. Devem ser
realizados, junto á unidade responsável, setores afins e com o SESMT.

Toda verificação de segurança possui um ciclo de procedimentos básicos.

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34

Para que a CIPA tenha uma atuação mais efetiva, sugerimos que mensalmente sejam
realizadas verificações de segurança. Cada setor da empresa seria verificado por
subcomissão da CIPA, com o objetivo de controlar as condições ambientais sanando
riscos imediatos com a ajuda das Chefias e do SESMT. Dessas comissões participam o
cipeiro titular, o suplente de área e o supervisor de segurança.

Mapeamento de riscos
É uma metodologia de verificação nos locais de trabalho, tomada obrigatória a partir
da publicação da Portaria nº25, de 29/12/94, da SSST, e que consiste numa análise do
processo de produção e das condições de trabalho.

O seu objetivo é reunir informações necessárias para que seja estabelecido o


diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho da empresa, além de
possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e a divulgação de informações entre os
trabalhadores, estimulando a sua participação, nas atividades de prevenção e
contribuindo para a conscientização a respeito dos riscos no ambiente de trabalho. É
um instrumento que pode ajudar a diminuir a ocorrência de acidentes do trabalho e a
incidência de doenças ocupacionais, que interessa sobremaneira aos empresários e
trabalhadores.

Para a realização do Mapa de Riscos, deve-se contar com a participação dos cipeiros e
dos trabalhadores além dos profissionais de segurança e medicina do trabalho
(SESMT). É uma metodologia que busca a participação dos envolvidos no processo
produtivo para determinar os riscos existentes.

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A partir da Portaria nº 25, de 29/12/94, da SSST, a realização do Mapeamento de riscos
tornou-se uma atribuição da CIPA. 35

A nova NR 5 (Portaria 8, de 23/02/99), ratificou essa atribuição do item 5.16, alínea

participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, quando

O Mapa de Riscos deve, então, ser executado pela CIPA, por seus membros,
observadas as seguintes etapas:

Conhecimento do processo de trabalho no local analisado;

Identificação dos riscos existentes (Tabela I anexo IV da Portaria 25 SSST, de


29.12.94);

Identificação das medidas preventivas existentes e verificação de sua eficácia;

Identificação dos indicadores de saúde;

Conhecimento dos levantamentos ambientais já realizados no local;

Elaboração do Mapa de Riscos, sobre layout da empresa.

O Mapa é a representação gráfica do reconhecimento dos riscos existentes nos


locais de trabalho, por meio de círculos de diferentes tamanhos e cores.

Simbologia utilizada
Círculos com diâmetros diferentes

Risco grave Risco médio Risco pequeno

o tamanho do círculo expressa a gravidade do risco, que é representado por uma cor:

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Riscos ambientais Cores
36
Agentes físicos Verde

Agentes químicos Vermelho

Agentes biológicos Marrom

Agentes ergonômicos Amarelo

Agentes de acidentes Azul

Ficha de verificação de segurança


Área ou Seção: __________________________________________

Data: ___________________ Hora: __________________

Responsável pela verificação: ______________________________

Local (especificar) medida corretiva sugerida

1. Piso

a. Escorregadio
_________________________________________________________

b. Sujo
________________________________________________________________

c. Irregular
____________________________________________________________

Observações
____________________________________________________________

2. Escadas, rampas e parapeitos

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a. Inclinação perigosa
___________________________________________________ 37

b. Em mau estado
______________________________________________________

c. Inadequada
_________________________________________________________

d. Fora de uso
_________________________________________________________

e. Sem proteção lateral


_________________________________________________

3. Iluminação

a. Excessiva
__________________________________________________________

b. Gases
_____________________________________________________________

c. Correntes de ar
_____________________________________________________

Observações:
__________________________________________________________

4. Ventilação

a. Excessiva
___________________________________________________________

b. Gases ______________________________________________________

c. Correntes de ar
______________________________________________________

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d. Insuficiente
38
______________________________________________________

Observações:
__________________________________________________________

5. Edifícios

a. Janelas

__________________________________________________

b. Portas

__________________________________________________

c. Saídas de emergência

__________________________________________________

d. Cond. de construção

__________________________________________________

Observações:

___________________________________________________

6. Instalação elétrica

a. Inadequada

___________________________________________________

b. Sem isolação

___________________________________________________

c. Em mau estado

__________________________________________________

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Observações:
39
____________________________________________________

7. Maquinaria

a. Mal instalada

__________________________________________________

b. Com defeito perigoso

___________________________________________________

c. Sem proteção

___________________________________________________

Observações:

___________________________________________________

8. Ferramentas

a. Em mau estado

_____________________________________________________

b. Com funcionamento deficiente

______________________________________________________

c. Desgastadas

_______________________________________________________

d. Inadequadas

______________________________________________________

Observações:

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__________________________________________________
40

9. Inflamáveis

a. Fora do lugar

___________________________________________________

b. Armazenamento inadequado

__________________________________________________

c. Recipiente inadequado

__________________________________________________

Observações:

__________________________________________________

10. Equipamentos contra incêndio

a. Mal localizado

_____________________________________________________

b. Obstruído

______________________________________________________

c. Válvulas, alimentação, hidrantes

_____________________________________________________

d. Falta de extintor em lugar demarcado

____________________________________________________

Observações: ___________________________________________

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11. Ordem e limpeza
41
a. Materiais inflamáveis

__________________________________________________

b. Refugos espalhados

__________________________________________________

c. Materiais em desordem

__________________________________________________

d. Ferramentas espalhadas

__________________________________________________

e. Corredores

__________________________________________________

Observações:

_________________________________________________

12. Sinalização

a. Falta de sinalização

_________________________________________________

b. Falta de faixas

_________________________________________________

c. Falta de cartazes

___________________________________________________

Observações:

___________________________________________________

Equipamento proteção individual

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a. Não é fornecido
42
___________________________________________________

b. Não é usado

____________________________________________________

c. Uso

_____________________________________________________

Observações:

_____________________________________________________

13. Práticas inseguras

a. Roupa inadequada

_________________________________________________________

b. Brincadeiras

_________________________________________________________

c. Normas de segurança

_________________________________________________________

Observações:

__________________________________________________________

14. Empilhamento

a. Mal feito

_______________________________________________________

b. Muito alto

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_______________________________________________________
43
c. Estrados quebrados

_______________________________________________________

d. Em local impróprio

______________________________________________________

Observações:

_______________________________________________________

Assinatura dos responsáveis pela verificação:


________________________________________________________

Encaminhar cópias ao chefe imediato, ao técnico de segurança e à CIPA.

Obs: Podemos concluir que as verificações de segurança são de fundamental


importância para a prevenção de acidentes na empresa. Quando repetidas,
alcançarão resultados que favorecem a formação e o fortalecimento do espírito
prevencionista que os empregados precisam ter e servem de exemplo para que os
próprios trabalhadores exerçam, em seus serviços, controles de segurança.
Proporcionam uma cooperação mais aprofundada entre os serviços especializados,
CIPAs e os diversos setores da empresa.

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44
Processo de trabalho
Análise do processo
Para facilitar o levantamento de riscos faz-se necessário o conhecimento dos processos
de trabalho e sua análise, ou seja, o seu desdobramento em partes.

inadas feitas para gerar

Exemplo de uma das fases do processo de

Fabricação de Dobradiças para Portas:

As chapas saem do almoxarifado

As chapas são cortas em guilhotinas

As chapas são estampadas em prensas

As chapas são furadas simultaneamente

As chapas são cromadas

As chapas são embaladas

Um processo de trabalho se divide em fases.

Exemplo

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1ª fase corte
45
2ª fase prensagem

3ª fase furação

4ª fase cromeação

5ª fase embalagem

As fases se subdividem em operações. Considerando a fase de corte das chapas,


temos:

1ª operação colocar a chapa na guilhotina;

2ª operação acionar o comando da guilhotina.

A análise do processo de trabalho é executada fase por fase.

Todas as fases do processo deverão ser analisadas cuidadosamente com o objetivo de


detectar os riscos presentes. Ex: Na fase de corte das chapas podem estar presentes os
seguintes riscos:

Corte de mãos e dedos no ponto de operação (quando não há proteção);

Cortes nas mãos e braços (se não houver o uso de luvas na manipulação das
chapas);

Problemas de levantamento de peso (ao se colocar as chapas na guilhotina).


Metodologia da investigação.

Com base nas informações sobre Riscos Ambientais, Verificação de Segurança e


Processo de Trabalho, escolha um trabalho de seu setor, identifique os riscos
existentes e sugira, nas páginas seguintes, algumas medidas de prevenção ou
controle.

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Metodologia da investigação e análise dos acidentes
46
A prevenção de acidentes deve obedecer a um processo dinâmico e constante que
se caracterize por ações efetivamente prevencionista que devem ser tomadas no
sentido de evitar, eliminar, controlar ou impedir a evolução e consolidação dos
riscos no ambiente de trabalho.

Assim, a ação prevencionista correta e ideal é aquela que procura eliminar ou


minimizar as causas dos acidentes antes que os mesmos aconteçam,
proporcionando aos trabalhadores condições eficazes de sobrevivência no
exercício do trabalho. No entanto, mesmo dentro deste sistema, os acidentes

consequências.

Identificação das causas

cipeiros, que são:

Ato inseguro
É todo ato do trabalhador que contraria normas e procedimentos que visam a
prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. A Portaria 3214 NR 1, item 1.7
subitem I, define a responsabilidade com relação ao ato inseguro; Cabe ao empregador
prevenir atos inseguros no desempenho do trabalho. Deve ficar claro que o importante
não é eliminar a ação ou ato e sim modificar a atitude.

Atitude decisão mental de fazer ou não algo

Condição insegura
É outro termo técnico usado na prevenção de acidentes que tem como definição as
circunstâncias externas de que dependem os trabalhadores para executarem suas
atividades e que sejam contrárias às normas e procedimentos de segurança.

Deve ser lembrado que essas condições estão presentes no ambiente de trabalho pelo
simples fato que foi instalado por decisão, acompanhamento inadequado e/ou mau
comportamento das pessoas que observaram ou não o desenvolvimento das situações
de risco daquelas que estão exercendo ou vão exercer atividades. Portanto, as
condições inseguras são, frequentemente, geradas pelo comportamento do homem.

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Deve-se evitar o uso dos termos condição insegura e/ou ato inseguro em uma
investigação e análise de acidentes. O objetivo é identificar as falhas no processo que 47
levaram ao ato e/ou condição insegura.

Coletadas as informações, incluindo fatores que precederam e sucederam o acidente,


poderemos comparar os depoimentos, apurar as causas reais e propor esforços para a
eliminação das mesmas.

Em resumo, as investigações de acidente visam apurar:

O que aconteceu;

Como aconteceu;

Porque aconteceu;

O que deve ser feito ou providenciado para evitar casos semelhantes.

Desse último item deve resultar a recomendação das medidas que deverão ser
tomadas para prevenir novas ocorrências semelhantes.

A anatomia dos acidentes nem sempre é fácil de ser estudada, pois não se resume nos
fatos aparentes ou visíveis, exigindo o levantamento de todos os fatores que o
precederam, até o último que resultou no acidente.

A situação é muitas vezes complexa, envolve diversos itens ligados às instalações,


maquinarias, ferramentas, horário de trabalho etc., ligados às ações negligentes dos
trabalhadores ou problemas pessoais de ordem emocional, de saúde ou econômica.
Há necessidade de tentar revelar todas essas causas, suas relações e
interdependências.

A análise do acidente
A cuidadosa investigação de um acidente oferece elementos valiosos para a análise
que deve ser feita, concluindo-se sobre suas causas e suas consequências. Tal trabalho
provoca a adoção de uma série de medidas ou providências administrativas, técnicas,
psicológicas ou educativas dentro da empresa. A CIPA deve participar dos vários
aspectos relacionados com o estudo dos acidentes, preocupando-se em analisa-los e
elaborando relatórios, registros, comunicações e sugestões entre outras providências.

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O estudo dos acidentes não deve limitar-se àqueles considerados graves. Pequenos
acidentes devem revelar riscos grandes; acidentes sem lesão podem transformar-se 48
em ocorrências com vítimas. A CIPA deve investir na identificação de perigos que
parecem sem gravidade, mas que poderão tornar-se fontes de acidentes graves.

A análise dos acidentes fornece dados que se acumulam e possibilitam uma visão mais
correta sobre as condições de trabalho da empresa, com indicações sobre os tipos de
acidentes mais comuns, sobre as causas mais atuantes, medindo a gravidade das
consequências e revelando os setores que necessitam de maior atenção da CIPA e do
SESMT.

Considerando-se dimensão das consequências dos acidentes (físicas, econômicas,


psicológicas, sociais etc.) para o trabalhador e analisando de forma real os benefícios
devidos, os efetivados pela legislação, e a real perspectiva de reabilitação profissional,
reintegração social e familiar, revela-se a necessidade de realizar com seriedade e
competência a investigação e análise dos acidentes, como trabalho prevencionista.

Passos a serem seguidos


Levantar os fatos:

Fazer pesquisa no local de trabalho;

Fazer entrevistas com pessoas envolvidas com o objetivo de levantar os fatos


reais e não fazer prejulgamentos ou interpretações pessoais.

Ordenar os fatos:

Identificar o último fato, ou seja, o acidente;

Identificar as causas, perguntando:

- O que causou esse fato?

- Esse mesmo causador foi suficiente para que o acidente ocorresse, ou há


outras causas?

Procurar medidas preventivas que:

Estejam de conformidade com a lei;

Apresentem relação custo/benefício positiva;

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Providenciem a eliminação do risco.
49
Priorizar e acompanhar a implantação das medidas.

Ter sempre como requisito básico rigor, lógica, objetividade e eficácia.

Modelo da CAT Comunicação de Acidente do Trabalho


Deve ser emitida sempre que ocorra acidente do trabalho e doença ocupacional.

A CAT pode ter como emitente responsável:

O empregador;

O sindicato da categoria profissional;

O médico assistente;

O segurado ou seus dependentes;

A autoridade pública.

Para o correto preenchimento da CAT, deve ser observado o Manual de Orientação


editado pelo INSS.

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50

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51
Identifique um acidente ocorrido na empresa nos últimos anos e proceda à sua análise,
conforme os passos apresentados.

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Organização da CIPA
52
Norma regulamentadora NR 5 (Anexo da Portaria nº 08 de 23 de
fevereiro de 1999)

Do objetivo
5.1- A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CIPA tem como objetivo a
prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar
compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da
saúde do trabalhador.

Da constituição
5.2 Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular
funcionamento as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos
da administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações recreativas,
cooperativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores como
empregados.

5.3 - As disposições contidas nesta NR aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores


avulsos e às entidades que lhes tomem serviços, observadas as disposições
estabelecidas em Normas Regulamentadoras de setores econômicos específicos.

5.4 A empresa que possuir em um mesmo município dois ou mais estabelecimentos,


deverá garantir a integração das CIPA e dos designados, conforme o caso, com o
objetivo de harmonizar as políticas se segurança e saúde do trabalho.

5.5 As empresas instaladas em centro comercial ou industrial estabelecerão, através


de membros da CIPA ou designados, mecanismos de integração com objetivo de
promover o desenvolvimento de ações de prevenção de acidentes e doenças do
ambiente e instalações de uso coletivo, podendo contar com a participação da
administração do mesmo.

Da organização
5.6 A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados, de
acordo com o dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as
alterações disciplinadas em atos normativos para setores econômicos específicos.

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5.6.1 Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes serão por eles
designados. 53

5.6.2 Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em


escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical,
exclusivamente os empregados interessados.

5.6.3 O número de membros titulares e suplentes da CIPA, considerando a ordem


decrescente de votos recebidos, observará o dimensionamento previsto no Quadro I
desta NR, ressalvado as alterações disciplinadas em atos normativos de setores
econômicos específicos.

6.5.4 Quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I, a empresa designará


um responsável pelo cumprimento dos objetivos desta NR, podendo ser adotados
mecanismos de participação dos empregados, através de negociação coletiva.

5.7 O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida
uma reeleição.

5.8 É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para
cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o registro de
sua candidatura até um ano após o final de seu mandato.

5.9 Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não descaracterizem suas
atividades normais na empresa, sendo vedada a transferência para outro
estabelecimento sem a sua anuência, ressalvando o dispositivo nos parágrafos
primeiro e segundo do artigo 469, da CLT.

5.10 O empregador deverá garantir que seus indicados tenham a representação


necessária para a conclusão e encaminhamento das soluções de questões de
segurança e saúde no trabalho analisadas na CIPA.

5.11 O empregador designará entre seus representantes o Presidente da CIPA, e os


representantes dos empregados escolherão entre os titulares o vice-presidente.

5.12 Os membros da CIPA, eleitos e designados, serão empossados no primeiro dia


útil após o término do mandato anterior.

5.13 Será indicado, de comum acordo com os membros da CIPA, um secretário e seu
substituto, entre os componentes ou não da comissão, sendo neste caso necessária a
concordância do empregador.

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5.14 Empossados os membros da CIPA, a empresa deverá protocolizar, em até dez
dias, na unidade descentralizada do Ministério do Trabalho, cópias das atas de eleição 54
e de posse e o calendário anual de reuniões ordinárias.

5.15 Protocolizada na unidade descentralizada do Ministério de Trabalho e Emprego,


a CIPA não poderá ter seu número de representantes reduzido, bem como não poderá
ser desativada pelo empregador, antes do término do mandato de seus membros,
ainda que haja redução do número de empregados da empresa, exceto no caso de
encerramento das atividades do estabelecimento.

Das atribuições
5.16 A CIPA terá por atribuição:

a. Identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com


a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT,
onde houver;

b. Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de


problemas de segurança e saúde do trabalho;

c. Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de


prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos
locais de trabalho;

d. Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho,


visando à identificação de situações que venham a trazer riscos para a
segurança e saúde dos trabalhadores;

e. Realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu


plano de trabalho e discutir as situações de risco que forem indicadas;

f. Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no


trabalho;

g. Participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo


empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de
trabalhos relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores;

h. Requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de


máquina ou setor onde considere haver risco grave e eminente à segurança e
saúde dos trabalhadores;

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i. Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros
programas relacionados à segurança e saúde no trabalho; 55

j. Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem


como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à
segurança e saúde no trabalho;

k. Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da


análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de
solução dos problemas identificados;

l. Requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que


tenham interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;

m. Requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;

n. Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana


Interna de Prevenção de Acidentes SIPAT;

o. Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de


Prevenção da AIDS.

5.17 Cabe ao empregador proporcionar aos membros da CIPA os meios


necessários ao desempenho de suas atribuições, garantindo tempo suficiente para
a realização das tarefas constantes no plano de trabalho.

5.18 Cabe aos empregados:

a. Participar da eleição de seus representantes;

b. Colaborar com a gestão da CIPA;

c. Indicar à CIP, ao SESMT e ao empregador situações de risco e apresentar


sugestões para melhoria das condições de trabalho;

d. Observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendações quanto a


prevenção de acidentes e doenças decorrente do trabalho.

5.19 Cabe ao presidente da CIPA:

a. Convocar os membros para reuniões da CIPA;

b. Coordenar as reuniões da CIPA, encaminhando ao empregador e ao SESMT,


quando houver, as decisões da comissão;

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c. Manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA;
56
d. Coordenar e supervisionar as atividades da secretaria;

e. Delegar atribuições ao Vice- Presidente.

5.20 Cabe ao Vice - Presidente:

a. Executar atribuições que lhe forem delegadas;

b. Substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais e nos seus


afastamentos temporários.

5.21 O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA, em conjunto, terão as seguintes


atribuições:

a. Cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o


desenvolvimento de seus trabalhos;

b. Coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os objetivos


propostos sejam alcançados;

c. Delegar atribuições aos membros da CIPA;

d. Promover o relacionamento da CIPA com o SESMT, quando houver;

e. Divulgar as decisões da CIPA para todos os trabalhadores do estabelecimento;

f. Encaminhar os pedidos de reconsideração das decisões da CIPA;

g. Constituir a comissão eleitoral.

5.22 O Secretário da CIPA terá por atribuições:

a. Acompanhar as reuniões da CIPA, e redigir as atas apresentando-as para


aprovação e assinatura dos membros presente;

b. Preparar a correspondência;

c. Outras que lhe forem conferidas.

Do funcionamento
5.23 A CIPA terá reuniões mensais, de acordo com calendário preestabelecido.

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5.24 As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expediente normal da
empresa e em local apropriado. 57

5.25 As reuniões da CIPA terão as atas assinadas pelos presentes com


encaminhamento de cópias para todos os membros.

5.26 As atas ficarão no estabelecimento à disposição dos Agentes da Inspeção do


Trabalho AIT.

5.27 Reuniões extraordinárias deverão ser realizadas quando:

a. Houver denúncia de risco grave ou iminente que determine aplicação de


medidas corretivas de emergência;

b. Ocorrer acidentes do trabalho grave ou fatal;

c. Houver solicitação expressa de uma das representações.

5.28 As decisões da CIPA serão preferencialmente por consenso.

5.28.1 Não havendo consenso, e frustradas as tentativas de negociação direta ou


com mediação, será instalado processo de votação, registrando-se a ocorrência na ata
da reunião.

5.29 Das decisões da CIPA caberá pedido de reconsideração, mediante requerimento


justificado.

5.29.1 O pedido de reconsideração será apresentado à CIPA até a próxima reunião


ordinária, quando será analisado, devendo o presidente e o Vice-Presidente efetivar os
encaminhamentos necessários.

5.30 O membro titular perderá o mandato, sendo substituído pelo suplente, quando
faltar a mais de quatro reuniões sem justificativa.

5.31 A vacância definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, será suprida por
suplente, obedecida a ordem de colocação decrescente registrada na ata de eleição,
devendo o empregador comunicar à unidade descentralizada do Ministério do
Trabalho e Emprego as alterações e justificar os motivos.

5.31.1 No caso de afastamento definitivo do Presidente, o empregador indicará o


substituto, em dois dias úteis, preferencialmente entre os membros da CIPA.

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5.31.2 No caso de afastamento definitivo do Vice-Presidente, os membros titulares
da representação dos empregados, escolherão o substituto, entre seus titulares, em 58
dois dias úteis.

Do treinamento
5.32 A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e
suplentes, antes da posse.

5.32.1 O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo máximo


de trinta dias, contados a partir dessa posse.

5.32.2 As empresas que não se enquadrem no Quadro I, promoverão anualmente,


treinamento para o designado responsável pelo cumprimento do objetivo desta NR.

5.33 O treinamento para a CIPA deverá complementar, no mínimo, os Seguintes


itens:

a. Estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos


originados no processo produtivo;

b. Metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho;

c. Noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos


riscos existentes na empresa;

d. Noções sobre a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida AIDS, e medidas de


prevenção;

e. Noções de legislações trabalhistas e previdenciárias relativas à segurança e


saúde do trabalho;

f. Princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos;

g. Organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das atribuições


da Comissão.

5.34 O treinamento terá carga horária de vinte horas, distribuídas em no máximo


oito horas diárias e será realizado durante o expediente normal da empresa.

5.35 O treinamento poderá ser ministrado pelo SESMT da empresa, entidade


patronal, entidade de trabalhadores ou por profissional que possua conhecimentos
sobre os temas ministrados.

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5.36 A CIPA será ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive quanto à
entidade ou profissional que o ministrará, constando sua manifestação em ata, 59
cabendo à empresa escolher a entidade ou profissional que ministrará o treinamento.

5.37 Quando comprovada a não observância ao disposto nos itens relacionados ao


treinamento, a unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego,
determinará a complementação ou a realização de outro, que será efetuado no prazo
máximo de trinta dias, contados da data da ciência da empresa sobre a decisão.

Do processo eleitoral
5.38 Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos representantes
dos empregados da CIPA, no prazo mínimo de sessenta dias antes do término do
mandato em curso.

5.38.1 A empresa estabelecerá mecanismos para comunicar o inicio do processo


eleitoral ao sindicato da categoria profissional.

5.39 O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA constituirão dentre seus membros, no


prazo mínimo de 55 dias antes do término do mandato em curso, a Comissão Eleitoral
CE, que será a responsável pela organização e acompanhamento do processo
eleitoral.

5.39.1 Nos estabelecimentos onde não houver CIPA, a Comissão Eleitoral será
constituída pela empresa.

5.40 O processo eleitoral observará as seguintes condições:

a. Publicação e divulgação de edital, em locais de fácil acesso e visualização, no


prazo mínimo de 45 dias antes do término do mandato em curso;

b. Inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para inscrição será
de quinze dias;

c. Liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento,


independente de setores ou locais de trabalho, com fornecimento de
comprovante;

d. Garantia de emprego para todos os inscritos até a eleição;

e. Realização da eleição no prazo mínimo de trinta dias antes do término do


mandato da CIPA, quando houver;

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f. Realização de eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários de
turnos e em horário que possibilite a participação da maioria dos empregados; 60

g. Voto secreto;

h. Apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com acompanhamento de


representante do empregador e dos empregados, em número a ser definido
pela comissão eleitoral;

i. Faculdade de eleição por meios eletrônicos;

j. Guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos à eleição, por um


período mínimo de cinco anos.

k. 5.41 Havendo a participação inferior a cinquenta por cento dos empregados


na votação, não haverá a apuração dos votos e a comissão eleitoral deverá
organizar outra votação que ocorrerá no prazo máximo de dez dias.

5.42 As denúncias sobre o processo eleitoral deverão ser protocolizadas na unidade


descentralizada do TEM, até trinta dias após a data da posse dos novos membros da
CIPA.

5.42.1 Compete a unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego,


confirmadas irregularidades no processo eleitoral, determinar a sua correção ou
proceder a anulação quando for o caso.

5.42.2 Em caso de anulação a empresa convocará nova eleição no prazo máximo de


cinco dias, a contar da data de ciência, garantidas as inscrições anteriores.

5.42.3 Quando a anulação se der antes da posse dos membros da CIPA, ficará
asseguradas a prorrogação do mandato anterior, quando houver, até a
complementação do processo eleitoral.

5.43 Assumirão a condição de membros titulares e suplentes, os candidatos mais


votados.

5.44 Em caso de empate, assumirá aquele que tiver maior tempo de serviço no
estabelecimento.

5.45 Os candidatos votados e não eleitos serão relacionados na ata de eleição e


apuração, em ordem decrescente de votos, possibilitando nomeação posterior, em
caso de vacância de suplentes.

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Das contratantes e contratadas
61
5.46 Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços
considera-se estabelecimento, para fins de aplicação desta NR, o local em que seus
empregados estiverem exercendo suas atividades.

5.47 Sempre que duas ou mais empresas atuarem em um mesmo estabelecimento, a


CIPA ou designado da empresa contratante deverá, em conjunto com as das
contratadas ou com os designados, definir mecanismos de integração e de
participação de todos os trabalhadores em relação às atividades das CIPA existentes no
estabelecimento.

5.48 A contratante e as contratadas, que atuem num mesmo estabelecimento,


deverão implementar, de forma integrada, medidas de prevenção de acidentes e
doenças do trabalho, decorrentes da presente NR, de forma a garantir o mesmo nível
de proteção em matéria de segurança e saúde a todos os trabalhadores do
estabelecimento.

5.49 A empresa contratante adotará medidas necessárias para que as empresas


contratadas, suas CIPA, os designados e os demais trabalhadores lotados naquele
estabelecimento recebam as informações sobre os riscos presentes nos ambientes de
trabalho, bem como sobre as medidas de proteção adequadas.

5.50 A empresa contratante adotará as providências necessárias para acompanhar o


cumprimento pelas empresas contratadas que atuam no seu estabelecimento, das
medidas de segurança saúde no trabalho.

Disposições finais
5.51 Esta norma poderá ser aprimorada mediante negociação, nos termos de
portaria específica.

A seguir: Quadro I

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Quadro I Dimensionamento de CIPA
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Observações:
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Nos grupos C - 18 e C -18ª constituir CIPA por estabelecimento a partir de 70
trabalhadores e quando o estabelecimento possuir menos de 70 trabalhadores
observar o dimensionamento descrito na NR 18 subitem 18.33.1.

Os membros efetivos e suplentes terão representantes dos Empregadores e


Empregados.

Quadro II Agrupamento de setores econômicos pela Classificação Nacional de


Atividades Econômicas CNAE, para dimensionamento de CIPA.

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Quadro III Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas
CNAE, com correspondente agrupamento para dimensionamento de CIPA. 67

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Hospitalares e Odontológicos:
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Ferrosos e suas Ligas:

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Médicos- hospitalares, Odontológicos e de Laboratórios e Aparelhos
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Ortopédicos

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Portaria nº 09 de 23 de fevereiro de 1999 (Dispõe sobre recepção
83
de propostas de alteração de itens da NR 5 - CIPA)
O SECRETÁRIO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO, no uso das atribuições
que lhe confere o artigo 10, inciso II, da Estrutura Regimental do Ministério do
Trabalho, aprovada pelo Decreto nº 1.643, de 25 de setembro de 1995, resolve:

Art. 1º Estabelecer critérios para recepção de propostas formuladas por


instâncias bipartites permanentes de negociação em segurança e saúde no
trabalho, de âmbito nacional, para alteração de dispositivos da NR 5, da
Portaria 3.214, de 08 de junho de 1978, que trata da Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes CIPA, objetivando adequá-las às características
peculiares dos diversos setores econômicos.

Parágrafo único. As propostas deverão ser compatíveis com as disposições da


CLT.

Art 2º Entende-se por instância bipartite permanente de negociação aquela


composta por representantes dos trabalhadores e dos empregadores, que
visam promover a melhoria das condições de segurança e saúde nos ambientes
de trabalho.

Parágrafo único. Os critérios de instalação e funcionamento das instâncias


serão definidos pelas partes constituintes.

Art 3º As alterações propostas pelas instâncias bipartites permanentes de


negociação, relacionadas ao disposto nos itens da NR 5 CIPA consignados no
quadro anexo a esta Portaria, serão submetidas à Secretaria de Segurança e
Saúde no Trabalho para negociação tripartite.

Art 4º A Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho submeterá as propostas


de alteração de que trata o artigo anterior à apreciação da Comissão Tripartite
Paritária Permanente CTPP, na forma estabelecida pela Portaria MTb nº 393,
de 09 de abril de 1996.

Art 5º As alterações decorrentes de negociação desenvolvidas com a


participação de instâncias regionais, quanto aos itens não especificados no
quadro, deverão ser consignadas em Convenções Coletivas de Trabalho.

Art 6º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Quadro (anexo da Portaria nº 09) Itens de negociação nacional.

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5.1 5.12 5.19 5.28 5.31.1 5.39 5.41 5.48
84
5.6 5.13 5.20 5.28.1 5.31.2 5.31.1 5.42 5.49

5.6.3 5.14 5.21 5.29 5.32 5.42.2 5.50

5.6.4 5.15 2.23 5.29.1 5.32.2 5.42.2 5.50

5.9 5.16 5.25 5.30 5.37 5.45 -

5.10 5.18 5.27 5.31 5.38 5.46 -

Plano de Trabalho
A NR-5 refere-se, em vários momentos, ao Plano de Trabalho da CIPA e à sua
importância para o adequado funcionamento da Comissão.

Um plano tem, como objetivo, prever e organizar as ações de um grupo.

Para que este plano seja válido, ele precisa responder a três questões básicas:

Como estamos?

O que pretendemos?

Como chegar lá?

Como estamos?
partir de um prévio levantamento de dados obtidos pelo estudo das:

a. Atividades realizadas e das pendências do Plano de Trabalho da CIPA anterior.

b. Conclusões levantadas no último Mapa de Risco e das propostas sugeridas (as


realizadas ou não).

c. Análise dos últimos acidentes e doenças ocorridos e das medidas sugeridas.

Com base neste material, a CIPA terá uma fotografia da situação real da empresa em
termos de segurança.

O passo seguinte será o estabelecimento dos objetivos e das metas, respondendo a


O que pretendemos -se que o objetivo da CIPA é a

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prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar
compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da 85
saúde do trabalhador, a Comissão estabelece metas intermediárias e define
prioridades a serem atingidas, durante o seu mandato.

Como chegar lá?


atividades que deverão ser realizadas, sempre acompanhadas de previsões e
responsáveis por suas execuções.

A avaliação deve ser feita a cada reunião da CIPA. O Plano de Trabalho não é fixo. Ele
sofre alterações a medida que surgem novas situações ou forem solucionados os
problemas. A fim de facilitar o trabalho das CIPAs, sugerimos um modelo de Plano de
Trabalho.

Plano de trabalho CIPA


Gestão: _________________ de 19 a _________________ de 20 ______.

(mês) (mês)

Objetivos:
Reduzir em 30% o número de acidentes do trabalho ocorridos no ano anterior.

Metas:
Adotar medidas de proteção nos equipamentos; Conscientizar chefias; Realizar
campanhas educativas; Outros.

Data: ______________________ Presidente: _________________________

Objetivo Atividades básicas Responsáveis previsão

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Chefe de
Adoção de proteção nas 86
manutenção
máquinas (seção de 60 dias
Chefe de
estamparia)
estamparia
Redução de 30% no
número de Chefe do

acidentes Treinamentos de SESMT


chefias intermediárias Presidente da
90 dias
(cursos para chefias) CIPA
Gerente Geral
outros - 120 dias

Benefícios previdenciários para o acidentado


A prevenção de acidentes é o objetivo fundamental da CIPA. Analisando-se resultados
dos acidentes de trabalho, podemos concluir que eles podem provocar muitos
prejuízos ao trabalhador, à empresa e à comunidade.
A extensão e gravidade dessas conseqüências justificam todo o empenho da
prevenção de acidentes dentro das organizações.
Vamos começar nossa análise com a vítima do acidente: o trabalhador. A real
dimensão do acidente de trabalho determina que a violência das conseqüências não se
limita ao momento do acidentes, mas prolonga-se, marcando profundamente o
trabalhador.
A primeira conseqüência é o sofrimento físico que pode levar à incapacidade
temporária ou permanente para o trabalho. A partir daí, começa um caminho para a
desagregação social e profissional que atinge a família, deixando desamparada
economicamente e abalada social e psicologicamente. O acidente de trabalho pode
representar para o trabalhador e sua família a suspensão de seus direitos à integridade
física, à saúde, ao trabalho, à sobrevivência digna, ou mesmo à própria vida.

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Para a empresa, o acidente de trabalho gera problemas com o desempenho dos
87
empregados, comprometimento na produção, atraso na entrega dos produtos, gastos
com o acidentado, tensão nas relações interpessoais, danos materiais,
comprometimento com a imagem pública da empresa, etc.
Para a comunidade, o acidente de trabalho ocasiona aumento do custo de vida e dos
impostos, desperdício ou perdas irreversíveis da produtividade das pessoas. Esses
problemas representam prejuízos graves para a sociedade.
Podemos concluir que os acidentes de trabalho são nocivos sob todos os aspectos. O
lado humano deve ser evidenciado por atingir o elemento mais importante de todos os
que o acidente pode prejudicar: o trabalhador.
O acidente de trabalho, portanto, apresenta múltiplas conseqüências que, muitas
vezes tornam-se invisíveis ao trabalhador, à empresa e a sociedade. É necessário
conceber o acidente como uma grave forma de violência, exigindo de todos uma
intensa participação na sua prevenção.
A Lei 8.213, de 25/07/91, regulamenta a Lei de Acidente do Trabalho. A partir do seu
artigo, trata-se das prestações devidas ao acidentado, pela instituição previdenciária
que hoje tem o monopólio do seguro de acidentes do trabalho.
Para que o trabalhador tenha direito a prestações da Previdência Social, é necessário
que ele preencha determinadas condições, entre elas, a de ter contribuído durante
certo período, para o Instituto. Embora seja a instituição Previdenciária que assegura
prestações ao acidentado, na hipótese de acidente de trabalho tais prestações
impedem do dito período de carência da Lei 8.213, de 25/07/91.
A Lei mencionada assegura ao acidentado as seguintes prestações e serviços:
I. Auxílio doença
II. Aposentadoria por invalidez
III. Auxílio acidente
IV. Pensão por morte
V. Assistência médica
VI. Reabilitação profissional

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VII. Abono anual (13º salário)
88

Os acidentados que estejam em gozo dos benefícios previstos nos itens I a IV terão
direito ao abono anual (13º salário). De notar que não se admite a acumulação dos
benefícios assegurados ao acidentado, referido nos três primeiros itens, ou benefícios
assemelhados que estejam assegurados pela Previdência Social, isto é, o empregado
que, por via de acidente do trabalho, adquira direito á aposentadoria por invalidez não
terá, simultaneamente, direito a auxilio doença ou aposentadoria assegurada pela
Previdência. Esse é, evidentemente, apenas um dos muitos exemplos possíveis de
vedação de acumulação.
Muitos aposentados pela Previdência Social voltam ao trabalho e podem ser vítimas de
acidentes. A norma assegura aos que tenham sido aposentados por tempo de serviço,
especial ou por idade, que permaneçam ou voltem a exercer atividade abrangida pelo
Regime Geral de Previdência Social, o direito, em caso de acidente do trabalho, à
reabilitação profissional, ao auxílio acidente, não fazendo jus a outras prestações, salvo
as decorrentes de sua condição de aposentado.

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Quadro Benefícios para o trabalhador urbano vítima de acidente do trabalho (Com as
89
alterações da Lei 8.213, de 25/07/91)

Auxílio doença
Importância devida ao acidentado incapacitado para o trabalho por mais de 15 dias,
cabendo ao empregador o pagamento do salário do dia do acidente e dos 15 dias
seguintes.
Renda mensal
91% (noventa e um por cento) do salário de benefício ou do salário de contribuição
vigente.
Início do pagamento pela Previdência Social
A partir do 16º dia seguinte ao afastamento do trabalho. Tratando-se de trabalhador
avulso, será devido pela Previdência Social e a partir do dia seguinte do acidente.
Cessação do pagamento
Pela concessão do auxílio acidente ou aposentadoria por invalidez.
Pela recuperação da capacidade, comprovada por perícia médica.

Aposentadoria por invalidez


Importância devida ao acidentado que, estando em gozo de auxílio doença, for
considerado incapaz para o trabalho e insuscetível de reabilitação para o exercício da
atividade que lhe garanta a subsistência.
Renda mensal

Valor igual ao do salário de benefício vigente no dia do acidente, podendo ser


acrescido de 25% quando o aposentado, em conseqüência do acidente, necessitar de
assistência permanente de outra pessoa.
Início do pagamento pela Previdência Social
No dia imediato ao da concessão do benefício em cujo gozo se encontrava o
acidentado, ou a contar da data em que deveria iniciar o auxilio doença.

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Cessação do pagamento
90
Pela recuperação da capacidade comprovada por perícia médica.

Auxílio acidente
Importância devida ao acidente que, após a consolidação das lesões resultantes do
acidente, permanecer incapacitado para a atividade que exercia na época do acidente,
mas não para outra.
Renda mensal
O auxílio acidente mensal é vitalício corresponderá a 50% (cinqüenta por cento) do
salário do beneficio do acidentado.
Início do pagamento pela Previdência Social
A contar do dia seguinte aos da cessação do auxílio doença.
Cessação do pagamento
Benefícios vitalícios.

Pensão por morte


Importância devida aos dependentes do segurado falecido em decorrência de acidente
do trabalho. Havendo mais de um pensionista, a importância é rateada em partes
iguais.
Renda mensal
Igual ao do salário de benefício vigente no dia do acidente.
Início do pagamento pela Previdência Social
Dentro de 30 dias a contar da data de óbito do segurado.
Após 30 dias conta o dia do pedido feito.
Cessação do pagamento
Quando todos os dependentes perderem o direito ao recebimento das respectivas
cotas. A cota do dependente que perder o direito reverte em favor dos demais.

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Abono anual (13º salário)
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Importância devida ao segurado e ao dependente que, durante o ano, recebeu auxílio
doença, auxílio acidente, aposentadoria, pensão por morte ou auxílio reclusão. (Só até
360,00). A previdência só paga se a empresa não arcar com o salário mensal.
Observação: É pedida uma declaração da empresa, como comprovante.
Renda mensal
Pagamento anual a ser calculado no que couber, da mesma forma que a gratificação
de Natal dos trabalhadores, tendo por base o valor da renda mensal do benefício do
mês de dezembro de cada ano.
Início do pagamento pela Previdência Social
O abono anual é pago até o dia 15 de janeiro de cada ano.
Cessação do pagamento
Quando cessar o pagamento dos respectivos benefícios.

Relação das situações em que o aposentado tem direito à majoração de 25%:


Cegueira total; Perda de Nove dedos das mãos ou superior à esta; Paralisia dos dois
membros superiores ou inferiores; Perda dos membros inferiores, acima dos pés,
quando a prótese for impossível; Perda de uma das mãos e de dois dos pés, ainda que
a prótese seja possível; Perda de um membro superior e outro inferior, quando a
prótese for impossível; Alteração das faculdades mentais com grave perturbação da
vida orgânica e social; Doença que exija a permanente para as atividades da vida
diária.

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... Sobre a AIDS
92
A AIDS é uma doença contagiosa causada por um vírus chamado Vírus da
imunodeficiência Humana HIV. Também chamado de vírus da AIDS, ele penetra no
corpo humano por vias bem definidas e ataca as células importantes que fazem parte
do sistema de defesa do nosso organismo.
Enfraquecido o organismo, a pessoa fica sujeita à doenças graves, as chamadas
doenças oportunistas que têm esse nome exatamente porque se aproveitam desse
enfraquecimento.
Mas, nem todas as pessoas infectadas com o vírus desenvolvem a doença. Mesmo
assim, podem transmiti-lo para outras. A pessoa portadora do vírus é também
conhecida por soropositivo.
A AIDS só pode ser constatada por um medido e com um exame laboratorial. Os
sintomas dessa doença podem aparecer também em muitas outras. Por isso, não
devem ser identificados como sendo sintomas exclusivos da AIDS.

Como o vírus é transmitido


Somente no sangue, esperma, secreção vaginal e leite materno o vírus da AIDS
aparece em quantidade suficiente para causar a infecção.
Para haver a transmissão, o líquido contaminado de uma pessoa que tem penetrar no
organismo da outra. Isso pode acontecer das seguintes formas:
O vírus da AIDS pode ser transmitido através de relações sexuais com parceiros
contaminados, se não for usado preservativo (camisinha) durante a
penetração.
A transmissão pode ser do homem para a mulher, do homem para o homem e
mulher para homem. Em todos os casos de penetração há riscos para os dois
parceiros. Para quem penetra e para quem é penetrado.
Já o sexo oral oferece pouquíssimo risco de transmissão. Deve-se, porém,
evitar o contato com o esperma.

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Muitas pessoas contraem o vírus da AIDS ao fazerem o uso da mesma seringa e
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agulha. Isso acontece quando o sangue de uma pessoa infectada está na agulha
ou seringa e entra no sangue de outra pessoa. É necessário não compartilhar
seringas.
Recebimento de transfusão de sangue contaminado com o vírus da AIDS. É
obrigatório que tanto o sangue quanto seus derivados hemoderivados
sejam rigorosamente testados.
A mãe contaminada pode transmitir o vírus para a criança durante a gestação,
no parto e possivelmente na amamentação.

A transmissão vertical, decorrente da exposição da criança durante a gestação,


parto ou aleitamento materno, vem aumentando devido à maior transmissão
heterossexual.
Na África, são encontradas as maiores taxas desta forma de infecção pelo HIV, da
ordem de 30 a 40%; entretanto, em outras partes do mundo, como na América no
Norte e Europa, situam-se em torno de 15 a 29%. Os principais motivos dessa
diferença devem-se ao fato de que, na África, a transmissão heterossexual é mais
intensa, e que neste continente, o aleitamento materno é mais freqüente do que
nos países industrializados.
A transmissão intra-uterina é possível em qualquer fase da gravidez; porém é
menos freqüente no primeiro trimestre. As infecções ocorridas nesse período não
têm sido associadas a malformações fetais. O risco de transmissão do HIV da mãe
para o filho pode ser reduzido em até 67% com o uso de AZT durante a gravidez e
no momento do parto, associado à administração da mesma droga ao recém-
nascido por seis semanas. Um estudo realizado nos Estados Unidos (Aids Clinical
Trial Group 076) demonstrou redução na transmissão vertical de 25,6% para 8,3%
com o uso de AZT durante a gravidez. A transmissão pelo leite materno é evitada
com o uso de leite artificial ou de leite humano processado em bancos de leite, que
fazem aconselhamento e triagem das doadoras.

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A transmissão ocupacionais ocorre quando profissionais da área da saúde sofrem
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ferimentos com instrumentos perfuro-cortantes contaminados com sangue de
pacientes portadores do HIV.
Outras possíveis formas de transmissão:
Embora o vírus tenha sido isolado de vários fluídos corporais, como saliva, urina,
lágrimas, somente o contato com sangue, sêmen, secreções genitais e leite
materno têm sido implicados como fontes de infecção.
O risco da transmissão do HIV por saliva foi avaliado em vários estudos
laboratoriais e epidemiológicos. Esses estudos demonstraram que a concentração
e a infectividade dos vírus as saliva de indivíduos portadores do HIV é
extremamente baixa.
Até o momento, não foi possível evidenciar, com segurança, nenhum caso de
infecção por HIV adquirido por qualquer das seguintes vias teóricas de
transmissão: contato interpessoal não-sexual e não-percutâneo (contato casual),
vetores artrópodes (picadas de insetos), fontes ambientais (aerossóis, por
exemplo) e objetos inanimados (fômites), além de instalações sanitárias.
Há raros relatos anedóticos de hipotética transmissão horizontal do HIV; porém,
estes não resistem a uma análise mais cuidadosa, e as evidências são insuficientes
para caracterizar formas não-tradicionais de transmissão.
Conclui-se que formas alternativas de transmissão são altamente improváveis, e
que a experiência cumulativa é suficientemente ampla para se assegurar
enfaticamente que não há qualquer justificativa para restringir a participação de
indivíduos infetados nos seus ambientes domésticos, escolares, sociais ou
profissionais.

Como o vírus não é transmitido


O vírus HIV não é transmitido das seguintes formas:
Beijando ou abraçando;
Compartilhando copos ou talheres;

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Utilizando mesmas roupas, lençóis ou toalhas;
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Usando o mesmo banheiro;
Banhando-se em piscinas;
Convivendo no mesmo trabalho;
Através de espirros ou tosse;
Através do suor ou lágrimas;
Através de picadas de insetos;
Através de práticas sexuais com preservativos (Camisinha).

Prevenção
Mais vale prevenir do que remediar
A maioria das Doenças Sexualmente Transmissíveis DST tem cura, ou podem ser
controladas, como é o caso de quem tem o vírus da AIDS. Mas qualquer doença
enfraquece a pessoa, diminui sua vontade de trabalhar, de se distrair. Logo, prevenir é
o melhor que se pode fazer. Por outro lado, uma pessoa com DST, que se trata logo e
fica curada, além de quebrar a cadeia de transmissão da doença, também estará se
prevenindo do HIV.
A melhor forma de prevenção é fazer sexo seguro, para não pegar DST. Use
corretamente a camisinha.
É preciso que todas as pessoas da comunidade, que tenham vida sexual, sejam
orientadas sobre o uso da camisinha em todas as relações sexuais em que um parceiro
penetra o outro. Essa penetração tanto pode ser na vagina, quanto no ânus ou na
boca. Na relação sexual com penetração, essa é a única maneira de evitar as DST e o
HIV, inclusive porque muitas pessoas podem estar com uma DST e não apresentarem
sintomas.
O encaminhamento de pessoas com algum sinal ou sintoma de DST, também é uma
ação de prevenção, porque quando a pessoa com DST se trata e fica logo curada, evita
passar a doença para seu parceiro sexual. Por outro lado, uma DST facilita pegar outra
DST, inclusive o HIV.

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Já vimos que algumas DST não apresentam sintomas, e, na mulher, por ter seus órgãos
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genitais mais internos (dentro do corpo), poderá ser mais difícil visualizar os sinais de
uma DST.

Ações de prevenção
São ações de prevenção:
A gestante fazer o pré-natal, para que sejam feitos todos os exames.
Mulher fazer exame ginecológico pelo menos uma vez ao ano, e o exame
preventivo de câncer de colo de útero, mantendo-o em dia, conforme
indicação de seu médico.
Os profissionais de saúde já identificaram algumas situações que aumentam o risco da
pessoa pegar uma DST. Estas situações são:
Pessoas quem têm vários parceiros sexuais e não usam camisinha na relação;
Pessoas cujo parceiro ou parceira tem outros contatos sexuais sem usar
camisinha;
Pessoas que usam drogas injetáveis, compartilhando agulhas e seringas; a AIDS
e hepatite B e C são doenças que podem se pegar desta maneira.

Pessoas que estão ou estiveram nessas situações devem ser orientadas a procurar o
serviço de saúde, para verificar se estão com alguma DST.
Outra situação que pode trazer risco é a transfusão de sangue e seus derivados,
quando estes não são testados. Os derivados do sangue podem ser, por exemplo,
plaquetas ou hemácias. Sendo assim, as pessoas que necessitarem de sangue e seus
derivados, devem ser orientadas a verificar se eles foram testados, ou recomendar
alguém de sua família que faça essa verificação.
É importante notar que: não há risco em doar sangue, e sim em receber sangue que
não foi testado.

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Exigir que o sangue e seus derivados sejam testados e denunciar às autoridades de
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saúde de seu município ou de estado de não o são, é prevenção de saúde para toda a
comunidade
Não é uma tarefa fácil informar sobre DST e AIDS. Mas precisamos fazer isso. A cada
dia mais pessoas pegam essas doenças e a maioria delas, por falta de informação.

Preservativos
Os preservativos masculinos e femininos são a única barreira comprovadamente
efetiva contra o HIV, e o uso correto e consistente deste método pode reduzir
substancialmente o risco de transmissão do HIV e das outras DST.
O uso regular de preservativos pode levar ao aperfeiçoamento na sua técnica de
utilização, reduzindo a frequência de ruptura e escape, e consequentemente,
aumentando sua eficácia. Estudos recentes demonstram que o uso correto e
sistemático do preservativo masculino reduz o risco de aquisição do HIV e outras DST
em até 95%.

Espermicidas
Os produtos espermicidas à base de nonoxinol-9 são capazes de inativar o HIV e

transmissão sexual do HIV, se usados em associação com os preservativos. Estudos


recentes sugerem que a concentração de nonoxinol-9, normalmente preconizada nos
preservativos, seria insuficiente para inativar o HIV, sendo que o uso de concentrações
mais elevadas poderia apresentar toxidade. Entretanto, a segurança e eficácia dos
espermicidas atualmente disponíveis, nas condições de uso corrente, não estão bem
estabelecidas, e mais estudos clínicos controlados são necessários para esta
determinação.
Prevenção em usuários de drogas injetáveis (UDI)
Desde 1986, ficou claro que os UDI representavam um grupo focal particularmente
importante, devido ao risco específico de ocorrência de epidemias de HIV nesta

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população, e ao potencial de representarem a interface através da qual a infecção oir
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HIV se difundiria para a população heterossexual não usuária de drogas e
consequentemente para as crianças.
A disseminação da infecção pelo HIV entre UDI em muitos países com características
diferentes, levantou importantes questões sobre a natureza do comportamento dos
dependentes, e da possibilidade de modifica-la mediante a intervenções preventivas,
de modo a reduzir a transmissão do HIV.
Houve ceticismo inicial acerca da eficácia de ações educativas nessa população. O
temor que a estratégia de redução de danos, baseadas na facilitação do acesso a
equipamento estéril de injeções pudesse levar ao aumento da população de usuários
de drogas injetáveis, não se concretizou,
Contudo, demonstrou-se que os UDI podem ser sensíveis às ações preventivas e
capazes de reduzir a frequência das situações de risco. Porém, se todos os estudos
demonstrarem redução de risco, evidenciam, infelizmente, a persistência de níveis
importantes do comportamento de risco, mesmo nas cidades onde se obteve razoável
impacto contra as ações preventivas.

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Referências
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FIESP/CIESP/SESI/SENAI/RS. Comissão interna de prevenção de acidentes. 1994.

COMISSÃO/PERNAMENTE AIDS CIEEESP. Educando para a vida. Posigraf. 2 ed. 1992.


FIESP/CIESP/SESI/SENAI/RS. Manual da CIPA 28 ed. 1996.

FIESP/CIESP/SESI/SENAI/RS. Metodologia para Implantação e Desenvolvimento do


Programa de prevenção de Riscos Ambientais PPRA 1996 Portaria nº 08/99
alterando a NR 05 da Portaria nº 3.214

HOME PAGE DO GAPA Grupo de Apoio e Prevenção à AIDS no Norte de Minas

Norma Regulamentadora NR 5 (Anexo da portaria nº 08 de 23 de fevereiro de 1999).


Ministério do trabalho. Disponível em:
< http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_05.asp>. Acesso
em: 13 jan. 2009

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