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"Quando aprendemos algo novo, precisamos revisá-lo logo, antes que as espinhas

dendríticas e as conexões sinápticas (termos técnicos que se referem à atividade em


nossos neurônios durante a aprendizagem) comecem a desaparecer. Se elas
desaparecerem, temos que começar o processo de aprendizagem todo novamente",
explica Oakley no livro.

Por conta disso, ela sugere que, ao longo dos estudos para a prova — e não só na
véspera —, façamos o seguinte:

Revisar o conteúdo assim que ele for aprendido, para reforçar as correntes
cerebrais ligadas a aquele aprendizado, evitando perdê-las;

Manter vivas as ideias-chave daquele conteúdo; tente lembrar dessas ideias em voz
alta, sem lê-las no papel, ou explicá-las a alguém. Isso vai fixar a informação na
sua cabeça.

Estudar um pouco, por vários dias. Isso também ajuda a reforçar o conhecimento
dentro do cérebro.

"Por muitos anos, os alunos ouviram que devem começar a prova pelos problemas
fáceis", explica Oakley. "A neurociência diz que isso não é uma boa ideia." Isso
porque você pode usar as questões mais fáceis a seu favor, quando estiver empacado
nas mais difíceis.

Nosso cérebro, diz Oakley, trabalha de dois jeitos diferentes, que se complementam
no aprendizado: o modo focado (quando estamos prestando atenção a um exercício, a
um filme ou ao professor, por exemplo) e o modo difuso (quando o cérebro está
relaxado).

E relaxar a mente muitas vezes permite encontrar soluções para problemas – é o


motivo pelo qual às vezes temos boas ideias durante caminhadas ou depois de uma boa
noite de sono, período em que o cérebro entra no modo difuso.

Sendo assim, passar de um exercício difícil para um mais fácil pode colocar o
cérebro nesse modo mais relaxado, o que pode ajudá-lo a resolver a questão inicial.

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