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Apostila Digital Licenciada para Alison Sincorá dos Santos - CPF:077.282.155-07 (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.

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Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística - IBGE

Técnico em Informações
Geográficas e Estatísticas

Língua Portuguesa
Elementos de construção do texto e seu sentido: gênero do texto (literário e não literário, narrativo, descritivo
e argumentativo); interpretação e organização interna ...............................................................................................1
Semântica: sentido e emprego dos vocábulos; campos semânticos; emprego de tempos e modos dos verbos
em português ..................................................................................................................................................................... 14
Morfologia: reconhecimento, emprego e sentido das classes gramaticais; processos de formação de palavras;
mecanismos de flexão dos nomes e verbos .................................................................................................................. 17
Sintaxe: frase, oração e período; termos da oração; processos de coordenação e subordinação; concordância
nominal e verbal; transitividade e regência de nomes e verbos; padrões gerais de colocação pronominal no
português; mecanismos de coesão textual ................................................................................................................... 54
Ortografia............................................................................................................................................................................ 84
Acentuação gráfica ............................................................................................................................................................ 86
Emprego do sinal indicativo de crase ............................................................................................................................ 88
Pontuação ........................................................................................................................................................................... 92
Estilística: figuras de linguagem ..................................................................................................................................... 95
Reescrita de frases: substituição, deslocamento, paralelismo; variação linguística: norma culta ..................... 98

Geografia
Noções básicas de cartografia: Orientação: pontos cardeais; Localização: coordenadas geográficas (latitude,
longitude e altitude); Representação: leitura, escala, legendas e convenções. ........................................................1
Natureza e meio ambiente no Brasil: Grandes domínios climáticos; Ecossistemas. ............................................ 10
As atividades econômicas e a organização do espaço: Espaço agrário: modernização e conflitos; Espaço
urbano: atividades econômicas, emprego e pobreza; A rede urbana e as Regiões Metropolitanas. .................. 19
Formação Territorial e Divisão Político-Administrativa: Divisão Político Administrativa; Organização
federativa. .......................................................................................................................................................................... 29
Dinâmica da população brasileira (fluxos migratórios, áreas de crescimento e de perda populacional). ........ 35

Matemática
Conjuntos: operações e problemas com conjuntos ........................................................................................................1
Conjuntos dos números naturais, inteiros, racionais, reais e suas operações. Representação na reta ................6
Unidades de medida: distância, massa, tempo, área, volume e capacidade ........................................................... 14
Álgebra: produtos notáveis, equações, sistemas e problemas do primeiro grau, inequações, equação e
problemas do segundo grau ............................................................................................................................................ 20
Porcentagem e proporcionalidade direta e inversa ................................................................................................... 31
Sequências, reconhecimento de padrões, progressões aritmética e geométrica .................................................. 34
Juros e noções de matemática financeira...................................................................................................................... 36
Problemas de raciocínio ................................................................................................................................................... 37

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Geometria plana: distâncias e ângulos, polígonos, circunferência, perímetro e área. Semelhança e relações
métricas no triângulo retângulo ..................................................................................................................................... 50
Geometria espacial: poliedros, prismas e pirâmides, cilindro, cone e esfera, áreas e volumes. ......................... 61
Matemática discreta: princípios de contagem, noção de probabilidade, noções de estatística, gráficos e
medidas ............................................................................................................................................................................... 67

Conhecimentos sobre o IBGE


Conhecimentos específicos sobre o IBGE: informações sobre a Instituição, conceitos básicos para o
desenvolvimento do trabalho na Agência e da atividade do Técnico de Coleta .......................................................1
Questões.............................................................................................................................. ....................................................36

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APOSTILAS OPÇÃO
Carta

Esse é um tipo de texto que se caracteriza por envolver um


remetente e um destinatário;
É normalmente escrita em primeira pessoa, e sempre visa
um tipo de leitor;
Elementos de construção do texto e seu É necessário que se utilize uma linguagem adequada com
sentido: gênero do texto (literário e o tipo de destinatário e que durante a carta não se perca a
não literário, narrativo, descritivo visão daquele para quem o texto está sendo escrito.
e argumentativo); interpretação
e organização interna Descrição

É a representação com palavras de um objeto, lugar, situação


Tipos Textuais ou coisa, onde procuramos mostrar os traços mais particulares
ou individuais do que se descreve. É qualquer elemento que seja
Para escrever um texto, necessitamos de técnicas que apreendido pelos sentidos e transformado, com palavras, em
implicam no domínio de capacidades linguísticas. Temos dois imagens.
momentos: o de formular pensamentos (o que se quer dizer) Sempre que se expõe com detalhes um objeto, uma pessoa
e o de expressá-los por escrito (o escrever propriamente dito). ou uma paisagem a alguém, está fazendo uso da descrição. Não
Fazer um texto, seja ele de que tipo for, não significa apenas é necessário que seja perfeita, uma vez que o ponto de vista do
escrever de forma correta, mas sim, organizar ideias sobre observador varia de acordo com seu grau de percepção. Dessa
determinado assunto. forma, o que será importante ser analisado para um, não será
E para expressarmos por escrito, existem alguns modelos de para outro.
expressão escrita: Descrição – Narração – Dissertação. A vivência de quem descreve também influencia na hora de
transmitir a impressão alcançada sobre determinado objeto,
Descrição pessoa, animal, cena, ambiente, emoção vivida ou sentimento.

Exemplos:
Expõe características dos seres ou das coisas, apresenta uma
visão;
(I) “De longe via a aleia onde a tarde era clara e redonda. Mas
É um tipo de texto figurativo; a penumbra dos ramos cobria o atalho.
Ao seu redor havia ruídos serenos, cheiro de árvores,
Retrato de pessoas, ambientes, objetos;
pequenas surpresas entre os cipós. Todo o jardim triturado
Predomínio de atributos; pelos instantes já mais apressados da tarde. De onde vinha o
meio sonho pelo qual estava rodeada? Como por um zunido de
Uso de verbos de ligação;
abelhas e aves. Tudo era estranho, suave demais, grande demais.”
Frequente emprego de metáforas, comparações e outras
figuras de linguagem; (extraído de “Amor”, Laços de Família, Clarice Lispector)
Tem como resultado a imagem física ou psicológica.
(II) Chamavase Raimundo este pequeno, e era mole, aplicado,
inteligência tarda. Raimundo gastava duas horas em reter aquilo
Narração
que a outros levava apenas trinta ou cinquenta minutos; vencia
com o tempo o que não podia fazer logo com o cérebro. Reunia
Expõe um fato, relaciona mudanças de situação, aponta a isso grande medo ao pai. Era uma criança fina, pálida, cara
antes, durante e depois dos acontecimentos (geralmente); doente; raramente estava alegre. Entrava na escola depois do
pai e retiravase antes. O mestre era mais severo com ele do que
É um tipo de texto sequencial; conosco.
Relato de fatos;
(Machado de Assis. “Conto de escola”. Contos. 3ed. São Paulo,
Presença de narrador, personagens, enredo, cenário, tempo; Ática, 1974, págs. 3132.)
Apresentação de um conflito;
Esse texto traça o perfil de Raimundo, o filho do professor da
Uso de verbos de ação; escola que o escritor frequentava.
Geralmente, é mesclada de descrições; Devese notar:
O diálogo direto é frequente. - que todas as frases expõem ocorrências simultâneas (ao
mesmo tempo que gastava duas horas para reter aquilo que os
Dissertação outros levavam trinta ou cinquenta minutos, Raimundo tinha
grande medo ao pai);
Expõe um tema, explica, avalia, classifica, analisa; - por isso, não existe uma ocorrência que possa ser
considerada cronologicamente anterior a outra do ponto de
É um tipo de texto argumentativo. vista do relato (no nível dos acontecimentos, entrar na escola
Defesa de um argumento: é cronologicamente anterior a retirarse dela; no nível do relato,
porém, a ordem dessas duas ocorrências é indiferente: o que o
a) apresentação de uma tese que será defendida, escritor quer é explicitar uma característica do menino, e não
traçar a cronologia de suas ações);
b) desenvolvimento ou argumentação, - ainda que se fale de ações (como entrava, retiravase), todas
elas estão no pretérito imperfeito, que indica concomitância em
c) fechamento; relação a um marco temporal instalado no texto (no caso, o ano
de 1840, em que o escritor frequentava a escola da Rua da Costa)
Predomínio da linguagem objetiva; e, portanto, não denota nenhuma transformação de estado;
Prevalece a denotação. - se invertêssemos a sequência dos enunciados, não
correríamos o risco de alterar nenhuma relação cronológica

Língua Portuguesa 1
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APOSTILAS OPÇÃO
poderíamos mesmo colocar o últímo período em primeiro lugar temporalidade, na relação situação inicial e situação final,
e ler o texto do fim para o começo: O mestre era mais severo com enquanto que o enunciado descritivo, não tendo transformação,
ele do que conosco. Entrava na escola depois do pai e retirava-se é atemporal.
antes... Na dimensão linguística, destacam-se marcas sintático-
semânticas encontradas no texto que vão facilitar a compreensão:
Evidentemente, quando se diz que a ordem dos enunciados - Predominância de verbos de estado, situação ou indicadores
pode ser invertida, está-se pensando apenas na ordem de propriedades, atitudes, qualidades, usados principalmente
cronológica, pois, como veremos adiante, a ordem em que os no presente e no imperfeito do indicativo (ser, estar, haver,
elementos são descritos produz determinados efeitos de sentido. situar-se, existir, ficar).
Quando alteramos a ordem dos enunciados, precisamos - Ênfase na adjetivação para melhor caracterizar o que é
fazer certas modificações no texto, pois este contém anafóricos descrito; Exemplo:
(palavras que retomam o que foi dito antes, como ele, os, aquele, “Era alto, magro, vestido todo de preto, com o pescoço entalado
etc. ou catafóricos (palavras que anunciam o que vai ser dito, num colarinho direito. O rosto aguçado no queixo ia-se alargando
como este, etc.), que podem perder sua função e assim não ser até à calva, vasta e polida, um pouco amolgado no alto; tingia os
compreendidos. Se tomarmos uma descrição como As flores cabelos que de uma orelha à outra lhe faziam colar por trás da
manifestavam todo o seu esplendor. O Sol fazia-as brilhar, nuca - e aquele preto lustroso dava, pelo contraste, mais brilho
ao invertermos a ordem das frases, precisamos fazer algumas à calva; mas não tingia o bigode; tinha-o grisalho, farto, caído
alterações, para que o texto possa ser compreendido: O Sol fazia aos cantos da boca. Era muito pálido; nunca tirava as lunetas
as flores brilhar. Elas manifestavam todo o seu esplendor. escuras. Tinha uma covinha no queixo, e as orelhas grandes
Como, na versão original, o pronome oblíquo as é um anafórico muito despegadas do crânio.”
que retoma flores, se alterarmos a ordem das frases ele perderá (Eça de Queiroz - O Primo Basílio)
o sentido. Por isso, precisamos mudar a palavra flores para a
primeira frase e retomá-la com o anafórico elas na segunda. - Emprego de figuras (metáforas, metonímias, comparações,
Por todas essas características, dizse que o fragmento do sinestesias). Exemplo:
conto de Machado é descritivo. Descrição é o tipo de texto em que
se expõem características de seres concretos (pessoas, objetos, “Era o Sr. Lemos um velho de pequena estatura, não muito
situações, etc.) consideradas fora da relação de anterioridade e gordo, mas rolho e bojudo como um vaso chinês. Apesar de seu
de posterioridade. corpo rechonchudo, tinha certa vivacidade buliçosa e saltitante
que lhe dava petulância de rapaz e casava perfeitamente com os
Características: olhinhos de azougue.”
(José de Alencar - Senhora)
- Ao fazer a descrição enumeramos características,
comparações e inúmeros elementos sensoriais; - Uso de advérbios de localização espacial. Exemplo:
- As personagens podem ser caracterizadas física e
psicologicamente, ou pelas ações; “Até os onze anos, eu morei numa casa, uma casa velha, e
- A descrição pode ser considerada um dos elementos essa casa era assim: na frente, uma grade de ferro; depois você
constitutivos da dissertação e da argumentação; entrava tinha um jardinzinho; no final tinha uma escadinha que
- é impossível separar narração de descrição; devia ter uns cinco degraus; aí você entrava na sala da frente;
- O que se espera não é tanto a riqueza de detalhes, mas sim a dali tinha um corredor comprido de onde saíam três portas; no
capacidade de observação que deve revelar aquele que a realiza; final do corredor tinha a cozinha, depois tinha uma escadinha
- Utilizam, preferencialmente, verbos de ligação. Exemplo: que ia dar no quintal e atrás ainda tinha um galpão, que era o
“(...) Ângela tinha cerca de vinte anos; parecia mais velha pelo lugar da bagunça...”
desenvolvimento das proporções. Grande, carnuda, sanguínea (Entrevista gravada para o Projeto NURC/RJ)
e fogosa, era um desses exemplares excessivos do sexo que
parecem conformados expressamente para esposas da multidão Recursos:
(...)” (Raul Pompéia – O Ateneu);
- Como na descrição o que se reproduz é simultâneo, não - Usar impressões cromáticas (cores) e sensações térmicas.
existe relação de anterioridade e posterioridade entre seus Ex: O dia transcorria amarelo, frio, ausente do calor alegre do
enunciados; sol.
- Devemse evitar os verbos e, se isso não for possível, que - Usar o vigor e relevo de palavras fortes, próprias, exatas,
se usem então as formas nominais, o presente e o pretério concretas. Ex: As criaturas humanas transpareciam um céu
imperfeito do indicativo, dando-se sempre preferência aos sereno, uma pureza de cristal.
verbos que indiquem estado ou fenômeno. - As sensações de movimento e cor embelezam o poder da
- Todavia deve predominar o emprego das comparações, dos natureza e a figura do homem. Ex: Era um verde transparente
adjetivos e dos advérbios, que conferem colorido ao texto. que deslumbrava e enlouquecia qualquer um.
- A frase curta e penetrante dá um sentido de rapidez do
A característica fundamental de um texto descritivo é essa texto. Ex: Vida simples. Roupa simples. Tudo simples. O pessoal,
inexistência de progressão temporal. Podese apresentar, numa muito crente.
descrição, até mesmo ação ou movimento, desde que eles sejam
sempre simultâneos, não indicando progressão de uma situação A descrição pode ser apresentada sob duas formas:
anterior para outra posterior. Tanto é que uma das marcas Descrição Objetiva: quando o objeto, o ser, a cena, a passagem
linguísticas da descrição é o predomínio de verbos no presente são apresentadas como realmente são, concretamente. Ex: “Sua
ou no pretérito imperfeito do indicativo: o primeiro expressa altura é 1,85m. Seu peso, 70 kg. Aparência atlética, ombros largos,
concomitância em relação ao momento da fala; o segundo, em pele bronzeada. Moreno, olhos negros, cabelos negros e lisos”.
relação a um marco temporal pretérito instalado no texto. Não se dá qualquer tipo de opinião ou julgamento. Exemplo:
Para transformar uma descrição numa narração, bastaria “ A casa velha era enorme, toda em largura, com porta central
introduzir um enunciado que indicasse a passagem de um que se alcançava por três degraus de pedra e quatro janelas de
estado anterior para um posterior. No caso do texto II inicial, guilhotina para cada lado. Era feita de pau-a-pique barreado,
para transformá-lo em narração, bastaria dizer: Reunia a isso dentro de uma estrutura de cantos e apoios de madeira-de-lei.
grande medo do pai. Mais tarde, Iibertouse desse medo... Telhado de quatro águas. Pintada de roxo-claro. Devia ser mais
velha que Juiz de Fora, provavelmente sede de alguma fazenda
Características Linguísticas: que tivesse ficado, capricho da sorte, na linha de passagem da
variante do Caminho Novo que veio a ser a Rua Principal, depois
O enunciado narrativo, por ter a representação de a Rua Direita – sobre a qual ela se punha um pouco de esguelha
um acontecimento, fazer-transformador, é marcado pela e fugindo ligeiramente do alinhamento (...).” (Pedro Nava – Baú

Língua Portuguesa 2
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APOSTILAS OPÇÃO
de Ossos) as partes se agrupam para formar o todo.
Descrição Subjetiva: quando há maior participação da - Desenvolvimento: detalhes do objeto visto como um todo
emoção, ou seja, quando o objeto, o ser, a cena, a paisagem são (externamente) formato, dimensões, material, peso, textura, cor
transfigurados pela emoção de quem escreve, podendo opinar e brilho.
ou expressar seus sentimentos. Ex: “Nas ocasiões de aparato é - Conclusão: observações de caráter geral referentes a sua
que se podia tomar pulso ao homem. Não só as condecorações utilidade ou qualquer outro comentário que envolva o objeto em
gritavam-lhe no peito como uma couraça de grilos. Ateneu! Ateneu! sua totalidade.
Aristarco todo era um anúncio; os gestos, calmos, soberanos,
calmos, eram de um rei...” (“O Ateneu”, Raul Pompéia) Descrição de ambientes:
“(...) Quando conheceu Joca Ramiro, então achou outra
esperança maior: para ele, Joca Ramiro era único homem, par- - Introdução: comentário de caráter geral.
de-frança, capaz de tomar conta deste sertão nosso, mandando - Desenvolvimento: detalhes referentes à estrutura global do
por lei, de sobregoverno.” ambiente: paredes, janelas, portas, chão, teto, luminosidade e
(Guimarães Rosa – Grande Sertão: Veredas) aroma (se houver).
- Desenvolvimento: detalhes específicos em relação a objetos
Os efeitos de sentido criados pela disposição dos elementos lá existentes: móveis, eletrodomésticos, quadros, esculturas ou
descritivos: quaisquer outros objetos.
- Conclusão: observações sobre a atmosfera que paira no
Como se disse anteriormente, do ponto de vista da progressão ambiente.
temporal, a ordem dos enunciados na descrição é indiferente,
uma vez que eles indicam propriedades ou características que Descrição de paisagens:
ocorrem simultaneamente. No entanto, ela não é indiferente do
ponto de vista dos efeitos de sentido: descrever de cima para - Introdução: comentário sobre sua localização ou qualquer
baixo ou viceversa, do detalhe para o todo ou do todo para o outra referência de caráter geral.
detalhe cria efeitos de sentido distintos. - Desenvolvimento: observação do plano de fundo
Observe os dois quartetos do soneto “Retrato Próprio”, de (explicação do que se vê ao longe).
Bocage: - Desenvolvimento: observação dos elementos mais
próximos do observador explicação detalhada dos elementos
Magro, de olhos azuis, carão moreno, que compõem a paisagem, de acordo com determinada ordem.
bem servido de pés, meão de altura, - Conclusão: comentários de caráter geral, concluindo acerca
triste de facha, o mesmo de figura, da impressão que a paisagem causa em quem a contempla.
nariz alto no meio, e não pequeno.
Descrição de pessoas (I):
Incapaz de assistir num só terreno,
mais propenso ao furor do que à ternura; - Introdução: primeira impressão ou abordagem de qualquer
bebendo em níveas mãos por taça escura aspecto de caráter geral.
de zelos infernais letal veneno. - Desenvolvimento: características físicas (altura, peso, cor
da pele, idade, cabelos, olhos, nariz, boca, voz, roupas).
Obras de Bocage. Porto, Lello & - Desenvolvimento: características psicológicas
Irmão,1968, pág. 497. (personalidade, temperamento, caráter, preferências,
inclinações, postura, objetivos).
O poeta descrevese das características físicas para as - Conclusão: retomada de qualquer outro aspecto de caráter
características morais. Se fizesse o inverso, o sentido não seria geral.
o mesmo, pois as características físicas perderiam qualquer
relevo. Descrição de pessoas (II):
O objetivo de um texto descritivo é levar o leitor a
visualizar uma cena. É como traçar com palavras o retrato de - Introdução: primeira impressão ou abordagem de qualquer
um objeto, lugar, pessoa etc., apontando suas características aspecto de caráter geral.
exteriores, facilmente identificáveis (descrição objetiva), ou - Desenvolvimento: análise das características físicas,
suas características psicológicas e até emocionais (descrição associadas às características psicológicas (1ª parte).
subjetiva). - Desenvolvimento: análise das características físicas,
Uma descrição deve privilegiar o uso frequente de adjetivos, associadas às características psicológicas (2ª parte).
também denominado adjetivação. Para facilitar o aprendizado - Conclusão: retomada de qualquer outro aspecto de caráter
desta técnica, sugerese que o concursando, após escrever seu geral.
texto, sublinhe todos os substantivos, acrescentando antes ou
depois deste um adjetivo ou uma locução adjetiva. A descrição, ao contrário da narrativa, não supõe ação. É uma
estrutura pictórica, em que os aspectos sensoriais predominam.
Descrição de objetos constituídos de uma só parte: Porque toda técnica descritiva implica contemplação e
apreensão de algo objetivo ou subjetivo, o redator, ao descrever,
- Introdução: observações de caráter geral referentes à precisa possuir certo grau de sensibilidade. Assim como o pintor
procedência ou localização do objeto descrito. capta o mundo exterior ou interior em suas telas, o autor de uma
- Desenvolvimento: detalhes (lª parte) formato (comparação descrição focaliza cenas ou imagens, conforme o permita sua
com figuras geométricas e com objetos semelhantes); dimensões sensibilidade.
(largura, comprimento, altura, diâmetro etc.)
- Desenvolvimento: detalhes (2ª parte) material, peso, cor/ Conforme o objetivo a alcançar, a descrição pode ser não-
brilho, textura. literária ou literária. Na descrição não-literária, há maior
- Conclusão: observações de caráter geral referentes a sua preocupação com a exatidão dos detalhes e a precisão vocabular.
utilidade ou qualquer outro comentário que envolva o objeto Por ser objetiva, há predominância da denotação.
como um todo.
Descrição de objetos constituídos por várias partes: Textos descritivos não-literários: A descrição técnica é
um tipo de descrição objetiva: ela recria o objeto usando uma
- Introdução: observações de caráter geral referentes à linguagem científica, precisa. Esse tipo de texto é usado para
procedência ou localização do objeto descrito. descrever aparelhos, o seu funcionamento, as peças que os
- Desenvolvimento: enumeração e rápidos comentários das compõem, para descrever experiências, processos, etc.
partes que compõem o objeto, associados à explicação de como Exemplo:

Língua Portuguesa 3
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APOSTILAS OPÇÃO
Folheto de propaganda de carro - Enredo: desenrolar dos acontecimentos.
Conforto interno - É impossível falar de conforto sem incluir - Personagens: são seres que se movimentam, se relacionam
o espaço interno. Os seus interiores são amplos, acomodando e dão lugar à trama que se estabelece na ação. Revelam-se por
tranquilamente passageiros e bagagens. O Passat e o Passat meio de características físicas ou psicológicas. Os personagens
Variant possuem direção hidráulica e ar condicionado de podem ser lineares (previsíveis), complexos, tipos sociais
elevada capacidade, proporcionando a climatização perfeita do (trabalhador, estudante, burguês etc.) ou tipos humanos (o
ambiente. medroso, o tímido, o avarento etc.), heróis ou antiheróis,
Porta-malas - O compartimento de bagagens possui protagonistas ou antagonistas.
capacidade de 465 litros, que pode ser ampliada para até 1500 - Narrador: é quem conta a história.
litros, com o encosto do banco traseiro rebaixado. - Espaço: local da ação. Pode ser físico ou psicológico.
Tanque - O tanque de combustível é confeccionado em - Tempo: época em que se passa a ação. Cronológico: o
plástico reciclável e posicionado entre as rodas traseiras, para tempo convencional (horas, dias, meses); Psicológico: o tempo
evitar a deformação em caso de colisão. interior, subjetivo.

Textos descritivos literários: Na descrição literária Elementos Estruturais (II):


predomina o aspecto subjetivo, com ênfase no conjunto de
associações conotativas que podem ser exploradas a partir de Personagens Quem? Protagonista/Antagonista
descrições de pessoas; cenários, paisagens, espaço; ambientes; Acontecimento O quê? Fato
situações e coisas. Vale lembrar que textos descritivos também Tempo Quando? Época em que ocorreu o fato
podem ocorrer tanto em prosa como em verso. Espaço Onde? Lugar onde ocorreu o fato
Modo Como? De que forma ocorreu o fato
Narração Causa Por quê? Motivo pelo qual ocorreu o fato
Resultado - previsível ou imprevisível.
A Narração é um tipo de texto que relata uma história real, Final - Fechado ou Aberto.
fictícia ou mescla dados reais e imaginários. O texto narrativo
apresenta personagens que atuam em um tempo e em um Esses elementos estruturais combinam-se e articulam-se
espaço, organizados por uma narração feita por um narrador. de tal forma, que não é possível compreendê-los isoladamente,
É uma série de fatos situados em um espaço e no tempo, como simples exemplos de uma narração. Há uma relação
tendo mudança de um estado para outro, segundo relações de implicação mútua entre eles, para garantir coerência e
de sequencialidade e causalidade, e não simultâneos como na verossimilhança à história narrada.
descrição. Expressa as relações entre os indivíduos, os conflitos e Quanto aos elementos da narrativa, esses não estão,
as ligações afetivas entre esses indivíduos e o mundo, utilizando obrigatoriamente sempre presentes no discurso, exceto as
situações que contêm essa vivência. personagens ou o fato a ser narrado.
Todas as vezes que uma história é contada (é narrada),
o narrador acaba sempre contando onde, quando, como e Exemplo:
com quem ocorreu o episódio. É por isso que numa narração
predomina a ação: o texto narrativo é um conjunto de ações; Porquinho da índia
assim sendo, a maioria dos verbos que compõem esse tipo de
texto são os verbos de ação. O conjunto de ações que compõem Quando eu tinha seis anos
o texto narrativo, ou seja, a história que é contada nesse tipo de Ganhei um porquinhodaíndía.
texto recebe o nome de enredo. Que dor de coração me dava
As ações contidas no texto narrativo são praticadas pelas Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
personagens, que são justamente as pessoas envolvidas Levava ele pra sala
no episódio que está sendo contado. As personagens são Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos
identificadas (nomeadas) no texto narrativo pelos substantivos Ele não gostava:
próprios. Queria era estar debaixo do fogão.
Quando o narrador conta um episódio, às vezes (mesmo sem Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas...
querer) ele acaba contando “onde” (em que lugar) as ações do O meu porquinhodaíndia foi a minha primeira namorada.
enredo foram realizadas pelas personagens. O lugar onde ocorre
uma ação ou ações é chamado de espaço, representado no texto Manuel Bandeira. Estrela da vida inteira. 4ª ed. Rio de
pelos advérbios de lugar. Janeiro, José Olympio, 1973, pág. 110.
Além de contar onde, o narrador também pode esclarecer
“quando” ocorreram as ações da história. Esse elemento da Observe que, no texto acima, há um conjunto de
narrativa é o tempo, representado no texto narrativo através transformações de situação: ganhar um porquinhodaíndia
dos tempos verbais, mas principalmente pelos advérbios de é passar da situação de não ter o animalzinho para a de têlo;
tempo. É o tempo que ordena as ações no texto narrativo: é ele leválo para a sala ou para outros lugares é passar da situação
que indica ao leitor “como” o fato narrado aconteceu. de ele estar debaixo do fogão para a de estar em outros lugares;
A história contada, por isso, passa por uma introdução ele não gostava: “queria era estar debaixo do fogão” implica a
(parte inicial da história, também chamada de prólogo), pelo volta à situação anterior; “não fazia caso nenhum das minhas
desenvolvimento do enredo (é a história propriamente dita, ternurinhas” dá a entender que o menino passava de uma
o meio, o “miolo” da narrativa, também chamada de trama) situação de não ser terno com o animalzinho para uma situação
e termina com a conclusão da história (é o final ou epílogo). de ser; no último verso temse a passagem da situação de não ter
Aquele que conta a história é o narrador, que pode ser pessoal namorada para a de ter.
(narra em 1ª pessoa: Eu) ou impessoal (narra em 3ª pessoa: Verifica-se, pois, que nesse texto há um grande conjunto
Ele). de mudanças de situação. É isso que define o que se chama
Assim, o texto narrativo é sempre estruturado por verbos o componente narrativo do texto, ou seja, narrativa é uma
de ação, por advérbios de tempo, por advérbios de lugar e pelos mudança de estado pela ação de alguma personagem, é uma
substantivos que nomeiam as personagens, que são os agentes transformação de situação. Mesmo que essa personagem não
do texto, ou seja, aquelas pessoas que fazem as ações expressas apareça no texto, ela está logicamente implícita. Assim, por
pelos verbos, formando uma rede: a própria história contada. exemplo, se o menino ganhou um porquinhodaíndia, é porque
Tudo na narrativa depende do narrador, da voz que conta a alguém lhe deu o animalzinho.
história. Assim, há basicamente, dois tipos de mudança: aquele
em que alguém recebe alguma coisa (o menino passou a ter o
Elementos Estruturais (I): porquinhoda índia) e aquele alguém perde alguma coisa (o
porquinho perdia, a cada vez que o menino o levava para outro

Língua Portuguesa 4
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APOSTILAS OPÇÃO
lugar, o espaço confortável de debaixo do fogão). Assim, temos - Em 3ª pessoa:
dois tipos de narrativas: de aquisição e de privação.
Onisciente: não há um eu que conta; é uma terceira pessoa.
Existem três tipos de foco narrativo: Exemplo:

- Narrador-personagem: é aquele que conta a história na “Devia andar lá pelos cinco anos e meio quando a fantasiaram
qual é participante. Nesse caso ele é narrador e personagem ao de borboleta. Por isso não pôde defender-se. E saiu à rua com
mesmo tempo, a história é contada em 1ª pessoa. ar menos carnavalesco deste mundo, morrendo de vergonha da
- Narrador-observador: é aquele que conta a história como malha de cetim, das asas e das antenas e, mais ainda, da cara
alguém que observa tudo que acontece e transmite ao leitor, a à mostra, sem máscara piedosa para disfarçar o sentimento
história é contada em 3ª pessoa. impreciso de ridículo.”
- Narrador-onisciente: é o que sabe tudo sobre o enredo (Ilka Laurito. Sal do Lírico)
e as personagens, revelando seus pensamentos e sentimentos
íntimos. Narra em 3ª pessoa e sua voz, muitas vezes, aparece Narrador Objetivo: não se envolve, conta a história como
misturada com pensamentos dos personagens (discurso sendo vista por uma câmara ou filmadora. Exemplo:
indireto livre).
Festa
Estrutura: Atrás do balcão, o rapaz de cabeça pelada e avental olha o
crioulão de roupa limpa e remendada, acompanhado de dois
- Apresentação: é a parte do texto em que são apresentados meninos de tênis branco, um mais velho e outro mais novo, mas
alguns personagens e expostas algumas circunstâncias da ambos com menos de dez anos.
história, como o momento e o lugar onde a ação se desenvolverá. Os três atravessam o salão, cuidadosamente, mas
- Complicação: é a parte do texto em que se inicia resolutamente, e se dirigem para o cômodo dos fundos, onde há
propriamente a ação. Encadeados, os episódios se sucedem, seis mesas desertas.
conduzindo ao clímax. O rapaz de cabeça pelada vai ver o que eles querem. O
- Clímax: é o ponto da narrativa em que a ação atinge seu homem pergunta em quanto fica uma cerveja, dois guaranás e
momento crítico, tornando o desfecho inevitável. dois pãezinhos.
- Desfecho: é a solução do conflito produzido pelas ações __ Duzentos e vinte.
dos personagens. O preto concentra-se, aritmético, e confirma o pedido.
__Que tal o pão com molho? – sugere o rapaz.
Tipos de Personagens: __ Como?
__ Passar o pão no molho da almôndega. Fica muito mais
Os personagens têm muita importância na construção de um gostoso.
texto narrativo, são elementos vitais. Podem ser principais ou O homem olha para os meninos.
secundários, conforme o papel que desempenham no enredo, __ O preço é o mesmo – informa o rapaz.
podem ser apresentados direta ou indiretamente. __ Está certo.
A apresentação direta acontece quando o personagem Os três sentam-se numa das mesas, de forma canhestra,
aparece de forma clara no texto, retratando suas características como se o estivessem fazendo pela primeira vez na vida.
físicas e/ou psicológicas, já a apresentação indireta se dá quando O rapaz de cabeça pelada traz as bebidas e os copos e, em
os personagens aparecem aos poucos e o leitor vai construindo seguida, num pratinho, os dois pães com meia almôndega cada
a sua imagem com o desenrolar do enredo, ou seja, a partir de um. O homem e (mais do que ele) os meninos olham para dentro
suas ações, do que ela vai fazendo e do modo como vai fazendo. dos pães, enquanto o rapaz cúmplice se retira.
Os meninos aguardam que a mão adulta leve solene o copo
- Em 1ª pessoa: de cerveja até a boca, depois cada um prova o seu guaraná e
morde o primeiro bocado do pão.
Personagem Principal: há um “eu” participante que conta a O homem toma a cerveja em pequenos goles, observando
história e é o protagonista. Exemplo: criteriosamente o menino mais velho e o menino mais novo
absorvidos com o sanduíche e a bebida.
“Parei na varanda, ia tonto, atordoado, as pernas bambas, Eles não têm pressa. O grande homem e seus dois meninos.
o coração parecendo querer sair-me pela boca fora. Não me E permanecem para sempre, humanos e indestrutíveis, sentados
atrevia a descer à chácara, e passar ao quintal vizinho. Comecei naquela mesa.
a andar de um lado para outro, estacando para amparar-me, e (Wander Piroli)
andava outra vez e estacava.”
(Machado de Assis. Dom Casmurro) Tipos de Discurso:

Observador: é como se dissesse: É verdade, pode acreditar, Discurso Direto: o narrador passa a palavra diretamente
eu estava lá e vi. Exemplo: para o personagem, sem a sua interferência. Exemplo:

“Batia nos noventa anos o corpo magro, mas sempre teso do Caso de Desquite
Jango Jorge, um que foi capitão duma maloca de contrabandista
que fez cancha nos banhados do Ibirocaí. __ Vexame de incomodar o doutor (a mão trêmula na boca).
Esse gaúcho desabotinado levou a existência inteira a cruzar Veja, doutor, este velho caducando. Bisavô, um neto casado.
os campos da fronteira; à luz do Sol, no desmaiado da Lua, na Agora com mania de mulher. Todo velho é sem-vergonha.
escuridão das noites, na cerração das madrugadas...; ainda que __ Dobre a língua, mulher. O hominho é muito bom. Só não
chovesse reiúnos acolherados ou que ventasse como por alma de me pise, fico uma jararaca.
padre, nunca errou vau, nunca perdeu atalho, nunca desandou __ Se quer sair de casa, doutor, pague uma pensão.
cruzada!... __ Essa aí tem filho emancipado. Criei um por um, está bom?
(...) Ela não contribuiu com nada, doutor. Só deu de mamar no
Aqui há poucos – coitado! – pousei no arranchamento dele. primeiro mês.
Casado ou doutro jeito, afamilhado. Não nos víamos desde muito __Você desempregado, quem é que fazia roça?
tempo. (...) __ Isso naquele tempo. O hominho aqui se espalhava. Fui
Fiquei verdeando, à espera, e fui dando um ajutório na jogado na estrada, doutor. Desde onze anos estou no mundo sem
matança dos leitões e no tiramento dos assados com couro.” ninguém por mim. O céu lá em cima, noite e dia o hominho aqui
(J. Simões Lopes Neto – Contrabandista) na carroça. Sempre o mais sacrificado, está bom?
__ Se ficar doente, Severino, quem é que o atende?

Língua Portuguesa 5
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APOSTILAS OPÇÃO
__ O doutor já viu urubu comer defunto? Ninguém morre só. maus).
Sempre tem um cristão que enterra o pobre.
__ Na sua idade, sem os cuidados de uma mulher... Toda narrativa tem essas quatro mudanças, pois elas se
__ Eu arranjo. pressupõem logicamente. Com efeito, quando se constata a
__ Só a troco de dinheiro elas querem você. Agora tem dois realização de uma mudança é porque ela se verificou, e ela
cavalos. A carroça e os dois cavalos, o que há de melhor. Vai me efetuase porque quem a realiza pode, sabe, quer ou deve fazêla.
deixar sem nada? Tomemos, por exemplo, o ato de comprar um apartamento:
__ Você tinha a mula e a potranca. A mula vendeu e a potranca, quando se assina a escritura, realizase o ato de compra; para
deixou morrer. Tenho culpa? Só quero paz, um prato de comida isso, é necessário poder (ter dinheiro) e querer ou dever
e roupa lavada. comprar (respectivamente, querer deixar de pagar aluguel ou
__ Para onde foi a lavadeira? ter necessidade de mudar, por ter sido despejado, por exemplo).
__ Quem? Algumas mudanças são necessárias para que outras se
__ A mulata. deem. Assim, para apanhar uma fruta, é necessário apanhar um
(...) bambu ou outro instrumento para derrubála. Para ter um carro,
(Dalton Trevisan – A guerra Conjugal) é preciso antes conseguir o dinheiro.

Discurso Indireto: o narrador conta o que o personagem Narrativa e Narração


diz, sem lhe passar diretamente a palavra. Exemplo:
Existe alguma diferença entre as duas? Sim. A narratividade
Frio é um componente narrativo que pode existir em textos que
não são narrações. A narrativa é a transformação de situações.
O menino tinha só dez anos. Por exemplo, quando se diz “Depois da abolição, incentivouse
Quase meia hora andando. No começo pensou num bonde. a imigração de europeus”, temos um texto dissertativo, que,
Mas lembrou-se do embrulhinho branco e bem feito que trazia, no entanto, apresenta um componente narrativo, pois contém
afastou a idéia como se estivesse fazendo uma coisa errada. uma mudança de situação: do não incentivo ao incentivo da
(Nos bondes, àquela hora da noite, poderiam roubá-lo, sem que imigração européia.
percebesse; e depois?... Que é que diria a Paraná?) Se a narrativa está presente em quase todos os tipos de texto,
Andando. Paraná mandara-lhe não ficar observando as o que é narração?
vitrines, os prédios, as coisas. Como fazia nos dias comuns. Ia A narração é um tipo de narrativa. Tem ela três características:
firme e esforçando-se para não pensar em nada, nem olhar - é um conjunto de transformações de situação (o texto de
muito para nada. Manuel Bandeira – “Porquinho-da-índia”, como vimos, preenche
__ Olho vivo – como dizia Paraná. essa condição);
Devagar, muita atenção nos autos, na travessia das ruas. Ele - é um texto figurativo, isto é, opera com personagens e fatos
ia pelas beiradas. Quando em quando, assomava um guarda nas concretos (o texto “Porquinho-daíndia» preenche também esse
esquinas. O seu coraçãozinho se apertava. requisito);
Na estação da Sorocabana perguntou as horas a uma mulher. - as mudanças relatadas estão organizadas de maneira tal
Sempre ficam mulheres vagabundeando por ali, à noite. Pelo que, entre elas, existe sempre uma relação de anterioridade e
jardim, pelos escuros da Alameda Cleveland. Ela lhe deu, ele posterioridade (no texto “Porquinhodaíndia» o fato de ganhar
seguiu. Ignorava a exatidão de seus cálculos, mas provavelmente o animal é anterior ao de ele estar debaixo do fogão, que por
faltava mais ou menos uma hora para chegar em casa. Os bondes sua vez é anterior ao de o menino leválo para a sala, que por seu
passavam. turno é anterior ao de o porquinhoda-índia voltar ao fogão).
(João Antônio – Malagueta, Perus e Bacanaço)
Discurso Indireto-Livre: ocorre uma fusão entre a fala do Essa relação de anterioridade e posterioridade é sempre
personagem e a fala do narrador. É um recurso relativamente pertinente num texto narrativo, mesmo que a sequência linear
recente. Surgiu com romancistas inovadores do século XX. da temporalidade apareça alterada. Assim, por exemplo, no
Exemplo: romance machadiano Memórias póstumas de Brás Cubas,
quando o narrador começa contando sua morte para em
A Morte da Porta-Estandarte seguida relatar sua vida, a sequência temporal foi modificada.
No entanto, o leitor reconstitui, ao longo da leitura, as relações
Que ninguém o incomode agora. Larguem os seus braços. de anterioridade e de posterioridade.
Rosinha está dormindo. Não acordem Rosinha. Não é preciso Resumindo: na narração, as três características explicadas
segurá-lo, que ele não está bêbado... O céu baixou, se abriu... acima (transformação de situações, figuratividade e relações
Esse temporal assim é bom, porque Rosinha não sai. Tenham de anterioridade e posterioridade entre os episódios relatados)
paciência... Largar Rosinha ali, ele não larga não... Não! E esses devem estar presentes conjuntamente. Um texto que tenha só
tambores? Ui! Que venham... É guerra... ele vai se espalhar... uma ou duas dessas características não é uma narração.
Por que não está malhando em sua cabeça?... (...) Ele vai tirar
Rosinha da cama... Ele está dormindo, Rosinha... Fugir com ela, Esquema que pode facilitar a elaboração de seu texto
para o fundo do País... Abraçá-la no alto de uma colina... narrativo:
(Aníbal Machado)
- Introdução: citar o fato, o tempo e o lugar, ou seja, o que
Sequência Narrativa: aconteceu, quando e onde.
- Desenvolvimento: causa do fato e apresentação dos
Uma narrativa não tem uma única mudança, mas várias: personagens.
uma coordenase a outra, uma implica a outra, uma subordinase - Desenvolvimento: detalhes do fato.
a outra. - Conclusão: consequências do fato.
A narrativa típica tem quatro mudanças de situação:
- uma em que uma personagem passa a ter um querer ou um Caracterização Formal:
dever (um desejo ou uma necessidade de fazer algo);
- uma em que ela adquire um saber ou um poder (uma Em geral, a narrativa se desenvolve na prosa. O aspecto
competência para fazer algo); narrativo apresenta, até certo ponto, alguma subjetividade,
- uma em que a personagem executa aquilo que queria ou porquanto a criação e o colorido do contexto estão em função
devia fazer (é a mudança principal da narrativa); da individualidade e do estilo do narrador. Dependendo do
- uma em que se constata que uma transformação se deu e enfoque do redator, a narração terá diversas abordagens. Assim
em que se podem atribuir prêmios ou castigos às personagens é de grande importância saber se o relato é feito em primeira
(geralmente os prêmios são para os bons, e os castigos, para os pessoa ou terceira pessoa. No primeiro caso, há a participação

Língua Portuguesa 6
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APOSTILAS OPÇÃO
do narrador; segundo, há uma inferência do último através da Exemplo:
onipresença e onisciência.
Quanto à temporalidade, não há rigor na ordenação dos Há três métodos pelos quais pode um homem chegar a
acontecimentos: esses podem oscilar no tempo, transgredindo ser primeiroministro. O primeiro é saber, com prudência,
o aspecto linear e constituindo o que se denomina “flashback”. como servirse de uma pessoa, de uma filha ou de uma irmã; o
O narrador que usa essa técnica (característica comum no segundo, como trair ou solapar os predecessores; e o terceiro,
cinema moderno) demonstra maior criatividade e originalidade, como clamar, com zelo furioso, contra a corrupção da corte.
podendo observar as ações ziguezagueando no tempo e no Mas um príncipe discreto prefere nomear os que se valem do
espaço. último desses métodos, pois os tais fanáticos sempre se revelam
os mais obsequiosos e subservientes à vontade e às paixões do
Exemplo - Personagens amo. Tendo à sua disposição todos os cargos, conservamse no
poder esses ministros subordinando a maioria do senado, ou
“Aboletado na varanda, lendo Graciliano Ramos, O Dr. grande conselho, e, afinal, por via de um expediente chamado
Amâncio não viu a mulher chegar. anistia (cuja natureza lhe expliquei), garantemse contra futuras
Não quer que se carpa o quintal, moço? prestações de contas e retiramse da vida pública carregados
Estava um caco: mal vestida, cheirando a fumaça, a face com os despojos da nação.
escalavrada. Mas os olhos... (sempre guardam alguma coisa do
passado, os olhos).” Jonathan Swift. Viagens de Gulliver.
(Kiefer, Charles. A dentadura postiça. Porto Alegre: Mercado São Paulo, Abril Cultural, 1979, p. 234235.
Aberto, p. 5O)
Esse texto explica os três métodos pelos quais um homem
Exemplo - Espaço chega a ser primeiroministro, aconselha o príncipe discreto a
escolhêlo entre os que clamam contra a corrupção na corte e
Considerarei longamente meu pequeno deserto, a redondeza justifica esse conselho.
escura e uniforme dos seixos. Seria o leito seco de algum rio. Não Observese que:
havia, em todo o caso, como negarlhe a insipidez.” - o texto é temático, pois analisa e interpreta a realidade
com conceitos abstratos e genéricos (não se fala de um homem
(Linda, Ieda. As amazonas segundo tio Hermann. Porto particular e do que faz para chegar a ser primeiroministro, mas
Alegre: Movimento, 1981, p. 51) do homem em geral e de todos os métodos para atingir o poder);
- existe mudança de situação no texto (por exemplo, a
Exemplo - Tempo mudança de atitude dos que clamam contra a corrupção da corte
no momento em que se tornam primeirosministros);
“Sete da manhã. Honorato Madeira acorda e lembrase: a - a progressão temporal dos enunciados não tem importância,
mulher lhe pediu que a chamasse cedo.” pois o que importa é a relação de implicação (clamar contra a
corrupção da corte implica ser corrupto depois da nomeação
(Veríssimo, Érico. Caminhos Cruzados. p.4) para primeiroministro).

Tipologia da Narrativa Ficcional: Características:

- Romance - ao contrário do texto narrativo e do descritivo, ele é


- Conto temático;
- Crônica - como o texto narrativo, ele mostra mudanças de situação;
- Fábula - ao contrário do texto narrativo, nele as relações de
- Lenda anterioridade e de posterioridade dos enunciados não têm maior
- Parábola importância o que importa são suas relações lógicas: analogia,
- Anedota pertinência, causalidade, coexistência, correspondência,
- Poema Épico implicação, etc.
- a estética e a gramática são comuns a todos os tipos de
Tipologia da Narrativa NãoFiccional: redação. Já a estrutura, o conteúdo e a estilística possuem
características próprias a cada tipo de texto.
- Memorialismo
- Notícias Dissertação Expositiva e Argumentativa:
- Relatos
- História da Civilização A dissertação expositiva é voltada para aqueles fatos que
estão sendo focados e discutidos pela grande mídia. É um tipo de
Apresentação da Narrativa: acontecimento inquestionável, mesmo porque todos os detalhes
já foram expostos na televisão, rádio e novas mídias.
- visual: texto escrito; legendas + desenhos (história em Já o texto dissertativo argumentativo vai fazer uma reflexão
quadrinhos) e desenhos. maior sobre os temas. Os pontos de vista devem ser declarados
- auditiva: narrativas radiofonizadas; fitas gravadas e discos. em terceira pessoa, há interações entre os fatos que se aborda.
- audiovisual: cinema; teatro e narrativas televisionadas. Tais fatos precisam ser esclarecidos para que o leitor se sinta
convencido por tal escrita. Quem escreve uma dissertação
Dissertação argumentativa deve saber persuadir a partir de sua crítica de
determinado assunto. A linguagem jamais poderá deixar de ser
A dissertação é uma exposição, discussão ou interpretação objetiva, com fatos reais, evidências e concretudes.
de uma determinada ideia. É, sobretudo, analisar algum tema.
Pressupõe um exame crítico do assunto, lógica, raciocínio, São partes da dissertação: Introdução / Desenvolvimento
clareza, coerência, objetividade na exposição, um planejamento / Conclusão.
de trabalho e uma habilidade de expressão.
É em função da capacidade crítica que se questionam Introdução: em que se apresenta o assunto; se apresenta a
pontos da realidade social, histórica e psicológica do mundo ideia principal, sem, no entanto, antecipar seu desenvolvimento.
e dos semelhantes. Vemos também, que a dissertação no seu Tipos:
significado diz respeito a um tipo de texto em que a exposição
de uma ideia, através de argumentos, é feita com a finalidade - Divisão: quando há dois ou mais termos a serem discutidos.
de desenvolver um conteúdo científico, doutrinário ou artístico. Ex: “Cada criatura humana traz duas almas consigo: uma que

Língua Portuguesa 7
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APOSTILAS OPÇÃO
olha de dentro para fora, outra que olha de fora para dentro...” as ideias anteriormente desenvolvidas.
- Alusão Histórica: um fato passado que se relaciona a um
fato presente. Ex: “A crise econômica que teve início no começo - Conclusão Fechada: recupera a ideia da tese.
dos anos 80, com os conhecidos altos índices de inflação que - Conclusão Aberta: levanta uma hipótese, projeta um
a década colecionou, agravou vários dos históricos problemas pensamento ou faz uma proposta, incentivando a reflexão de
sociais do país. Entre eles, a violência, principalmente a urbana, quem lê.
cuja escalada tem sido facilmente identificada pela população
brasileira.” Exemplo:
- Proposição: o autor explicita seus objetivos.
- Convite: proposta ao leitor para que participe de alguma Direito de Trabalho
coisa apresentada no texto. Ex: Você quer estar “na sua”? Quer
se sentir seguro, ter o sucesso pretendido? Não entre pelo cano! Com a queda do feudalismo no século XV, nasce um novo
Faça parte desse time de vencedores desde a escolha desse modelo econômico: o capitalismo, que até o século XX agia por
momento! meio da inclusão de trabalhadores e hoje passou a agir por meio
- Contestação: contestar uma ideia ou uma situação. Ex: “É da exclusão. (A)
importante que o cidadão saiba que portar arma de fogo não é a A tendência do mundo contemporâneo é tornar todo
solução no combate à insegurança.” o trabalho automático, devido à evolução tecnológica e a
- Características: caracterização de espaços ou aspectos. necessidade de qualificação cada vez maior, o que provoca o
- Estatísticas: apresentação de dados estatísticos. Ex: desemprego. Outro fator que também leva ao desemprego de
“Em 1982, eram 15,8 milhões os domicílios brasileiros com um sem número de trabalhadores é a contenção de despesas,
televisores. Hoje, são 34 milhões (o sexto maior parque de de gastos. (B)
aparelhos receptores instalados do mundo). Ao todo, existem Segundo a Constituição, “preocupada” com essa crise
no país 257 emissoras (aquelas capazes de gerar programas) e social que provém dessa automatização e qualificação, obriga
2.624 repetidoras (que apenas retransmitem sinais recebidos). que seja feita uma lei, em que será dada absoluta garantia
(...)” aos trabalhadores, de que, mesmo que as empresas sejam
- Declaração Inicial: emitir um conceito sobre um fato. automatizadas, não perderão eles seu mercado de trabalho. (C)
- Citação: opinião de alguém de destaque sobre o assunto do Não é uma utopia?!
texto. Ex: “A principal característica do déspota encontra-se no Um exemplo vivo são os boias-frias que trabalham na
fato de ser ele o autor único e exclusivo das normas e das regras colheita da cana de açúcar que devido ao avanço tecnológico
que definem a vida familiar, isto é, o espaço privado. Seu poder, e a lei do governador Geraldo Alkmin, defendendo o meio
escreve Aristóteles, é arbitrário, pois decorre exclusivamente de ambiente, proibindo a queima da cana de açúcar para a colheita
sua vontade, de seu prazer e de suas necessidades.” e substituindo-os então pelas máquinas, desemprega milhares
- Definição: desenvolve-se pela explicação dos termos que deles. (D)
compõem o texto. Em troca os sindicatos dos trabalhadores rurais dão cursos
- Interrogação: questionamento. Ex: “Volta e meia se faz a de cabelereiro, marcenaria, eletricista, para não perderem
pergunta de praxe: afinal de contas, todo esse entusiasmo pelo o mercado de trabalho, aumentando, com isso, a classe de
futebol não é uma prova de alienação?” trabalhos informais.
- Suspense: alguma informação que faça aumentar a Como ficam então aqueles trabalhadores que passaram
curiosidade do leitor. à vida estudando, se especializando, para se diferenciarem e
- Comparação: social e geográfica. ainda estão desempregados? como vimos no último concurso da
- Enumeração: enumerar as informações. Ex: “Ação à prefeitura do Rio de Janeiro para “gari”, havia até advogado na
distância, velocidade, comunicação, linha de montagem, triunfo fila de inscrição. (E)
das massas, Holocausto: através das metáforas e das realidades Já que a Constituição dita seu valor ao social que todos têm
que marcaram esses 100 últimos anos, aparece a verdadeira o direito de trabalho, cabe aos governantes desse país, que
doença do século...” almeja um futuro brilhante, deter, com urgência esse processo
- Narração: narrar um fato. de desníveis gritantes e criar soluções eficazes para combater
a crise generalizada (F), pois a uma nação doente, miserável e
Desenvolvimento: é a argumentação da ideia inicial, desigual, não compete a tão sonhada modernidade. (G)
de forma organizada e progressiva. É a parte maior e mais
importante do texto. Podem ser desenvolvidos de várias formas: 1º Parágrafo – Introdução

- Trajetória Histórica: cultura geral é o que se prova com A. Tema: Desemprego no Brasil.
este tipo de abordagem. Contextualização: decorrência de um processo histórico
- Definição: não basta citar, mas é preciso desdobrar a ideia problemático.
principal ao máximo, esclarecendo o conceito ou a definição.
- Comparação: estabelecer analogias, confrontar situações 2º ao 6º Parágrafo – Desenvolvimento
distintas.
- Bilateralidade: quando o tema proposto apresenta pontos B. Argumento 1: Exploram-se dados da realidade que
favoráveis e desfavoráveis. remetem a uma análise do tema em questão.
- Ilustração Narrativa ou Descritiva: narrar um fato ou C. Argumento 2: Considerações a respeito de outro dado da
descrever uma cena. realidade.
- Cifras e Dados Estatísticos: citar cifras e dados estatísticos. D. Argumento 3: Coloca-se sob suspeita a sinceridade de
- Hipótese: antecipa uma previsão, apontando para quem propõe soluções.
prováveis resultados. E. Argumento 4: Uso do raciocínio lógico de oposição.
- Interrogação: Toda sucessão de interrogações deve
apresentar questionamento e reflexão. 7º Parágrafo: Conclusão
- Refutação: questiona-se praticamente tudo: conceitos, F. Uma possível solução é apresentada.
valores, juízos. G. O texto conclui que desigualdade não se casa com
- Causa e Consequência: estruturar o texto através dos modernidade.
porquês de uma determinada situação.
- Oposição: abordar um assunto de forma dialética. É bom lembrarmos que é praticamente impossível opinar
- Exemplificação: dar exemplos. sobre o que não se conhece. A leitura de bons textos é um dos
recursos que permite uma segurança maior no momento de
Conclusão: é uma avaliação final do assunto, um fechamento dissertar sobre algum assunto. Debater e pesquisar são atitudes
integrado de tudo que se argumentou. Para ela convergem todas que favorecem o senso crítico, essencial no desenvolvimento de

Língua Portuguesa 8
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APOSTILAS OPÇÃO
um texto dissertativo. 3-
- A Santa Missa em seu lar.
Ainda temos: - Terço Bizantino.
- Despertar da Fé.
Tema: compreende o assunto proposto para discussão, o - Palavra de Vida.
assunto que vai ser abordado. - Igreja da Graça no Lar.
Título: palavra ou expressão que sintetiza o conteúdo
discutido. 4-
Argumentação: é um conjunto de procedimentos - Inúmeras são as dificuldades com que se defronta o governo
linguísticos com os quais a pessoa que escreve sustenta suas brasileiro diante de tantos desmatamentos, desequilíbrios
opiniões, de forma a torná-las aceitáveis pelo leitor. É fornecer sociológicos e poluição.
argumentos, ou seja, razões a favor ou contra uma determinada - Existem várias razões que levam um homem a enveredar
tese. pelos caminhos do crime.
- A gravidez na adolescência é um problema seríssimo,
Estes assuntos serão vistos com mais afinco posteriormente. porque pode trazer muitas consequências indesejáveis.
- O lazer é uma necessidade do cidadão para a sua
Alguns pontos essenciais desse tipo de texto são: sobrevivência no mundo atual e vários são os tipos de lazer.
- O Novo Código Nacional de trânsito divide as faltas em
- toda dissertação é uma demonstração, daí a necessidade de várias categorias.
pleno domínio do assunto e habilidade de argumentação;
- em consequência disso, impõem-se à fidelidade ao tema; Comparação: A frase nuclear pode-se desenvolver através
- a coerência é tida como regra de ouro da dissertação; da comparação, que confronta ideias, fatos, fenômenos e
- impõem-se sempre o raciocínio lógico; apresenta-lhes a semelhança ou dessemelhança.
- a linguagem deve ser objetiva, denotativa; qualquer Exemplo:
ambiguidade pode ser um ponto vulnerável na demonstração
do que se quer expor. Deve ser clara, precisa, natural, original, “A juventude é uma infatigável aspiração de felicidade; a
nobre, correta gramaticalmente. O discurso deve ser impessoal velhice, pelo contrário, é dominada por um vago e persistente
(evitar-se o uso da primeira pessoa). sentimento de dor, porque já estamos nos convencendo de que a
felicidade é uma ilusão, que só o sofrimento é real”.
O parágrafo é a unidade mínima do texto e deve apresentar: (Arthur Schopenhauer)
uma frase contendo a ideia principal (frase nuclear) e uma ou
mais frases que explicitem tal ideia. Causa e Consequência: A frase nuclear, muitas vezes,
Exemplo: “A televisão mostra uma realidade idealizada encontra no seu desenvolvimento um segmento causal (fato
(ideia central) porque oculta os problemas sociais realmente motivador) e, em outras situações, um segmento indicando
graves. (ideia secundária)”. consequências (fatos decorrentes).
Vejamos: Exemplos:
Ideia central: A poluição atmosférica deve ser combatida
urgentemente. - O homem, dia a dia, perde a dimensão de humanidade que
abriga em si, porque os seus olhos teimam apenas em ver as
Desenvolvimento: A poluição atmosférica deve ser coisas imediatistas e lucrativas que o rodeiam.
combatida urgentemente, pois a alta concentração de elementos
tóxicos põe em risco a vida de milhares de pessoas, sobretudo - O espírito competitivo foi excessivamente exercido entre
daquelas que sofrem de problemas respiratórios: nós, de modo que hoje somos obrigados a viver numa sociedade
fria e inamistosa.
- A propaganda intensiva de cigarros e bebidas tem levado
muita gente ao vício. Tempo e Espaço: Muitos parágrafos dissertativos marcam
- A televisão é um dos mais eficazes meios de comunicação temporal e espacialmente a evolução de ideias, processos.
criados pelo homem. Exemplos:
- A violência tem aumentado assustadoramente nas cidades
e hoje parece claro que esse problema não pode ser resolvido Tempo - A comunicação de massas é resultado de uma lenta
apenas pela polícia. evolução. Primeiro, o homem aprendeu a grunhir. Depois deu
- O diálogo entre pais e filhos parece estar em crise um significado a cada grunhido. Muito depois, inventou a escrita
atualmente. e só muitos séculos mais tarde é que passou à comunicação de
- O problema dos sem-terra preocupa cada vez mais a massa.
sociedade brasileira. Espaço - O solo é influenciado pelo clima. Nos climas
úmidos, os solos são profundos. Existe nessas regiões uma forte
O parágrafo pode processar-se de diferentes maneiras: decomposição de rochas, isto é, uma forte transformação da
rocha em terra pela umidade e calor. Nas regiões temperadas
Enumeração: Caracteriza-se pela exposição de uma série de e ainda nas mais frias, a camada do solo é pouco profunda.
coisas, uma a uma. Presta-se bem à indicação de características, (Melhem Adas)
funções, processos, situações, sempre oferecendo o complemento
necessário à afirmação estabelecida na frase nuclear. Pode-se Explicitação: Num parágrafo dissertativo pode-se
enumerar, seguindo-se os critérios de importância, preferência, conceituar, exemplificar e aclarar as ideias para torná-las mais
classificação ou aleatoriamente. compreensíveis.
Exemplo: Exemplo: “Artéria é um vaso que leva sangue proveniente do
coração para irrigar os tecidos. Exceto no cordão umbilical e na
1- O adolescente moderno está se tornando obeso por várias ligação entre os pulmões e o coração, todas as artérias contém
causas: alimentação inadequada, falta de exercícios sistemáticos sangue vermelho-vivo, recém-oxigenado. Na artéria pulmonar,
e demasiada permanência diante de computadores e aparelhos porém, corre sangue venoso, mais escuro e desoxigenado, que o
de Televisão. coração remete para os pulmões para receber oxigênio e liberar
gás carbônico”.
2- Devido à expansão das igrejas evangélicas, é grande o
número de emissoras que dedicam parte da sua programação à Antes de se iniciar a elaboração de uma dissertação, deve
veiculação de programas religiosos de crenças variadas. delimitar-se o tema que será desenvolvido e que poderá ser
enfocado sob diversos aspectos. Se, por exemplo, o tema é a

Língua Portuguesa 9
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APOSTILAS OPÇÃO
questão indígena, ela poderá ser desenvolvida a partir das lembrança.”
seguintes ideias: (C) ocorre uma descrição objetiva narrativa no trecho todo.
(D) é formado basicamente de descrições subjetivas.
- A violência contra os povos indígenas é uma constante na
história do Brasil. 02. (PREFEITURA DE RIO NOVO DO SUL/ES – AGENTE
- O surgimento de várias entidades de defesa das populações FISCAL – IDECAN/2015)
indígenas.
- A visão idealizada que o europeu ainda tem do índio Como cuidar de seu dinheiro em 2015
brasileiro. Gustavo
- A invasão da Amazônia e a perda da cultura indígena. Cerbasi.

Depois de delimitar o tema que você vai desenvolver, deve Em 2015, cuidarei bem do meu dinheiro. Organizarei bem os
fazer a estruturação do texto. números e as verbas. Esses números mudarão bastante ao longo
do ano. Um monstro chamado inflação ronda o país. Só que,
A estrutura do texto dissertativo constitui-se de: agora, ele usa um manto da invisibilidade, que ganhou de seu
criador, o governo. Quando morder meu bolso, eu nem saberei
Introdução: deve conter a ideia principal a ser desenvolvida de onde terá vindo o ataque, não terei tempo de me defender.
(geralmente um ou dois parágrafos). É a abertura do texto, por Por isso, deixarei boas gorduras no orçamento para atirar a ele,
isso é fundamental. Deve ser clara e chamar a atenção para dois quando aparecer. Essas gorduras serão chamadas de verba para
itens básicos: os objetivos do texto e o plano do desenvolvimento. lazer e reservas de emergência.
Contém a proposição do tema, seus limites, ângulo de análise e a Em 2015, não farei apostas. Já há gente demais apostando
hipótese ou a tese a ser defendida. em imóveis, ações e outros investimentos especulativos. Farei
Desenvolvimento: exposição de elementos que vão escolhas certeiras. Deixarei a maior parte de meu investimento
fundamentar a ideia principal que pode vir especificada na renda fixa. Ela está com uma generosidade única no mundo.
através da argumentação, de pormenores, da ilustração, da Enquanto isso, estudo o desespero de especuladores que
causa e da consequência, das definições, dos dados estatísticos, aguardarão a improvável recuperação dos imóveis, da Petrobras,
da ordenação cronológica, da interrogação e da citação. No da credibilidade dos mercados. Quando esses especuladores
desenvolvimento são usados tantos parágrafos quantos jogarem a toalha, usarei parte de minhas reservas para fazer
forem necessários para a completa exposição da ideia. E esses investimentos bons e baratos. Mas não na Petrobras.
parágrafos podem ser estruturados das cinco maneiras expostas Muita gente fala que, com a inflação e a recessão, pode perder
acima. o emprego ou os clientes. Faltará renda, faltarão consumidores.
Conclusão: é a retomada da ideia principal, que agora deve O ano de 2015 será, mais uma vez, ruim para quem vende. Será
aparecer de forma muito mais convincente, uma vez que já um ano bom para quem pensa em comprar. Estarei atento aos
foi fundamentada durante o desenvolvimento da dissertação bons negócios para quem tem dinheiro na mão. Se a renda fixa
(um parágrafo). Deve, pois, conter de forma sintética, o paga bem, a compra à vista tende a me dar descontos maiores.
objetivo proposto na instrução, a confirmação da hipótese É por esse mesmo motivo que, em 2015, evitarei as dívidas.
ou da tese, acrescida da argumentação básica empregada no Os juros estão altos e isso me convida a poupar, e não a alugar
desenvolvimento. dinheiro dos bancos. Dívidas de longo prazo são corrigidas
pela inflação, também em alta. Por isso, aproveitarei os ganhos
Questões extras de fim de ano para liquidar dívidas e me policiar para não
contrair novas.
01. (SHDIAS – ANALISTA ADMINISTRATIVO JÚNIOR – No ano que começa, também não quero fazer papel de otário
IMA/2015) e deixar nas mãos do governo mais impostos do que preciso.
Não sonegarei. Mas aproveitarei o fim do ano para organizar
(...) Há um pôr-do-sol de primavera e uma velha meus papéis e comprovantes, planejar a declaração de Imposto
casa abandonada. Está em ruínas. de Renda de março e tentar a maior restituição que puder, ou
A velha casa não mais abriga vidas em seu interior. o mínimo pagamento necessário. Listarei meus gastos com
Tudo é passado. Tudo é lembrança. dependentes, educação e saúde, doarei para instituições que
Hoje, apenas almas juvenis brincam fazem o bem, aplicarei num PGBL o que for necessário para o
despreocupadas e felizes entre suas paredes máximo benefício. Entregarei minha declaração quanto antes,
trêmulas. no início de março. Quero ver minha restituição na conta mais
Em seu chão, despido da madeira polida que a cedo, já que 2015 será um ano bom para quem tiver dinheiro
cobriam, brotam ervas daninhas. Entre a vegetação na mão.
que busca minimizar as doces recordações do Para quem lamenta, recomendo cuidado com o monstro e
passado, surge a figura amarela e suave da com o governo. Para quem está atento às oportunidades, desejo
margarida, flor-mulher. As nuanças de suas cores boas compras.
sorriem e denunciam lembranças de seus
ocupantes. (Disponívelem:http://epoca.globo.com/colunas‐e‐blogs/
A velha casa está em ruínas. Pássaros saltitam e gustavo‐cerbasi/noticia/2015/01/como‐cuidar‐de‐bseu‐
gorjeiam nas amuradas que a cercam. Seus trinados dinheirob‐em‐2015.html Acesso em: 06/02/2015.)
são melodias no altar do tempo à espera de
redentoras orações. Raízes vorazes de grandes De acordo com a tipologia textual, o objetivo principal do
árvores infiltraram-se entre as pedras do alicerce e autor é:
abalam suas estruturas. (A) narrar.
Agoniza a velha casa. Agora, somente imagens (B) instruir.
desfilam, ao longo das noites. As janelas são bocas (C) descrever.
escancaradas. A casa velha em ruínas clama por (D) argumentar.
vozes e movimentos...
(Geraldo M. de Carvalho) 03. (UFRJ – Assistente em Administração – PR-4
CONCURSOS /2015)
De acordo com a tipologia textual, o texto acima:
(A) é descritivo, com traços dissertativos compondo um
ambiente nostálgico.
(B) possui descrição subjetiva apenas no trecho “A velha casa
não mais abriga vidas em seu interior. Tudo é passado. Tudo é

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APOSTILAS OPÇÃO
Respostas

01. Resposta D
Objetividade – Análise, crítica imparcial, opinar sem interferir
no assunto, linguagem predominantemente dissertativa.

Subjetividade – Analisar um fato, criticar, escrever sobre algo


emitindo sua opinião pessoal ou seu sentimento sobre o assunto
em questão, o que vem de dentro do narrador.

02. Resposta D
Argumentar é expressar uma convicção, um ponto de vista,
que é desenvolvido e explicado de forma a persuadir o ouvinte/
leitor. Para isso é necessário que apresentemos um raciocínio
coerente e convincente, baseado na verdade, e que influencie o
outro, levando-o a agir/pensar em conformidade com os nossos
“Ao final dos anos 80, a Petrobras se encontrava diante do objetivos.
desafio de produzir petróleo em águas abaixo de 500 metros,
feito não conseguido então por nenhuma companhia no mundo. 03. Resposta: A.
Num gesto de ousadia, decidiu desenvolver no Brasil a tecnologia Narrar é contar um fato, e como todo fato ocorre em
necessária para produzir em águas até mil metros. O sucesso determinado tempo, em toda narração há sempre um começo
foi total. Menos de uma década depois, a Petrobras dispõe de um meio e um fim. São requisitos básicos para que a narração
tecnologia comprovada para produção de petróleo em águas esteja completa. (CORRETA)
muito profundas. O último recorde foi obtido em janeiro de 1999 Predição: Processo de determinação de acontecimentos
no campo de Roncador, na bacia de Campos, produzindo a 1.853 futuros com base em dados subjetivos.
metros de profundidade. Mas a escalada não para. Ao encerrar- Instrução é explicação, esclarecimentos dados para uso
se a década, a empresa prepara-se para superar, mais uma vez, especial: leiam as instruções da bula, antes de tomar o remédio.
seus próprios limites. A meta, agora, são os 3 mil metros de Descrição: sempre que você expõe com detalhes um objeto,
profundidade, a serem alcançados mediante projetos que aliam uma pessoa ou uma paisagem a alguém, está fazendo uso da
a inovação tecnológica à redução de custos. “ descrição.
Argumentar é a capacidade de relacionar fatos, teses,
Exposição PETROBRAS em 60 momentos. Agência Petrobras estudos, opiniões, problemas e possíveis soluções a fim de
embasar determinado pensamento ou ideia.
O tipo textual predominante que caracteriza o texto é a:
(A) narração. 04. Resposta: A.
(B) predição É possível perceber no poema uma sutil ideia de sucessão
(C) instrução temporal, caracterizando-o, assim, como narração.
(D) descrição.
(E) argumentação Interpretação de texto

04. (ELETROBRAS – Eletricista/Motorista – IADES É muito comum, entre os candidatos a um cargo público,
/2015) a preocupação com a interpretação de textos. Isso acontece
porque lhes faltam informações específicas a respeito desta
Por isso foi à luz de uma vela mortiça tarefa constante em provas relacionadas a concursos públicos.
Que li, inserto na cama, Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no
O que estava à mão para ler -- momento de responder às questões relacionadas a textos.
(...)
Em torno de mim o sossego excessivo de noite de província Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas
Fazia um grande Barulho ao contrário, entre si, formando um todo significativo capaz de produzir
Dava-me uma tendência do choro para a desolação. interação comunicativa (capacidade de codificar e decodificar).
A “Primeira Epístola aos Coríntios” ...
Relia-a à luz de uma vela subitamente antiquíssima, Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em
E um grande mar de emoção ouvia-se dentro de mim... cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se
Sou nada... com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a
Sou uma ficção... estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação
Que ando eu a querer de mim ou de tudo neste mundo? dá-se o nome de contexto. Nota-se que o relacionamento entre as
“Se eu não tivesse a caridade.” frases é tão grande que, se uma frase for retirada de seu contexto
E a soberana luz manda, e do alto dos séculos, original e analisada separadamente, poderá ter um significado
A grande mensagem com que a alma é livre... diferente daquele inicial.
“Se eu não tivesse a caridade...”
Meu Deus, e eu que não tenho a caridade. Intertexto - comumente, os textos apresentam referências
diretas ou indiretas a outros autores através de citações. Esse
CAMPOS, Álvaro de. (Heterônimo de Fernando Pessoa). Ali tipo de recurso denomina-se intertexto.
não havia eletricidade. In: “Poemas”. Disponível em:< http://
www.citador.pt/poemas/>. Acesso em: 5 jan. 2015, com Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma
adaptações. interpretação de um texto é a identificação de sua ideia
A respeito da tipologia textual, é correto afirmar que o principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou
poema representa uma fundamentações, as argumentações, ou explicações, que levem
(A) narração. ao esclarecimento das questões apresentadas na prova.
(B) argumentação.
(C) descrição. Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:
(D) caracterização. 1. Identificar – é reconhecer os elementos fundamentais
(E) dissertação. de uma argumentação, de um processo, de uma época (neste
caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem
o tempo).

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APOSTILAS OPÇÃO
2. Comparar – é descobrir as relações de semelhança ou de relativos têm, cada um, valor semântico, por isso a necessidade
diferenças entre as situações do texto. de adequação ao antecedente.
3. Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado com uma Os pronomes relativos são muito importantes na
realidade, opinando a respeito. interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de
4. Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou secundárias coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe
em um só parágrafo. um pronome relativo adequado a cada circunstância, a saber:
5. Parafrasear – é reescrever o texto com outras palavras. que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, mas
depende das condições da frase.
Condições básicas para interpretar qual (neutro) idem ao anterior.
quem (pessoa)
Fazem-se necessários: cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois o
a) Conhecimento histórico–literário (escolas e gêneros objeto possuído.
literários, estrutura do texto), leitura e prática; como (modo)
b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do onde (lugar)
texto) e semântico; quando (tempo)
Observação – na semântica (significado das palavras) quanto (montante)
incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e conotação,
sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de linguagem, entre Exemplo:
outros. Falou tudo QUANTO queria (correto)
c) Capacidade de observação e de síntese e Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria
d) Capacidade de raciocínio. aparecer o demonstrativo O ).

Interpretar X compreender Dicas para melhorar a interpretação de textos

Interpretar significa - Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;
- explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir. - Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a
- Através do texto, infere-se que... leitura;
- É possível deduzir que... - Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo
- O autor permite concluir que... menos duas vezes;
- Qual é a intenção do autor ao afirmar que... - Inferir;
- Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
Compreender significa - Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor;
- intelecção, entendimento, atenção ao que realmente está - Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor
escrito. compreensão;
- o texto diz que... - Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada
- é sugerido pelo autor que... questão;
- de acordo com o texto, é correta ou errada a afirmação... - O autor defende ideias e você deve percebê-las;
- o narrador afirma...
Questões
Erros de interpretação
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de ( Agente Estadual de Trânsito – DETRAN - SP – Vunesp)
erros de interpretação. Os mais frequentes são:
O uso da bicicleta no Brasil
a) Extrapolação (viagem)
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil
não estão no texto, quer por conhecimento prévio do tema quer ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países
pela imaginação. como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta
é um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez
b) Redução mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um comparação entre todos os meios de transporte, um dos que
aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de ideias, o oferecem mais vantagens.
que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas
desenvolvido. e a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais
na calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos
c) Contradição considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e
Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, prioridade sobre os automotores.
fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, consequentemente, Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à bicicleta
errando a questão. no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, pois as bikes
não emitem gases nocivos ao ambiente, não consomem petróleo
Observação - Muitos pensam que há a ótica do escritor e produzem muito menos sucata de metais, plásticos e borracha;
e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de a diminuição dos congestionamentos por excesso de veículos
concurso, o que deve ser levado em consideração é o que o autor motorizados, que atingem principalmente as grandes cidades; o
diz e nada mais. favorecimento da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito
bom; e a economia no combustível, na manutenção, no seguro e,
Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que claro, nos impostos.
relacionam palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre No Brasil, está sendo implantado o sistema de
si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por exemplo,
pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pronome o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da Prefeitura, em
oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai dizer parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, com quase um
e o que já foi dito. ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São Paulo, Santos,
Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país aderirem a
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia esse sistema, mais duas capitais já estão com o projeto pronto
e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e do pronome em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do compartilhamento é
oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do seu semelhante em todas as cidades. Em Porto Alegre, os usuários
antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes devem fazer um cadastro pelo site. O valor do passe mensal é

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APOSTILAS OPÇÃO
R$ 10 e o do passe diário, R$ 5, podendo-se utilizar o sistema Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto
durante todo o dia, das 6h às 22h, nas duas modalidades. Em concluir que um dos temas diretamente explorados no cartum é
todas as cidades que já aderiram ao projeto, as bicicletas estão (A) o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas.
espalhadas em pontos estratégicos. (B) a má qualidade da pavimentação em algumas ruas.
A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção (C) a arbitrariedade na definição dos valores das multas.
não está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não (D) o número excessivo de automóveis nas ruas.
sabem que a bicicleta já é considerada um meio de transporte, (E) o uso de novas tecnologias no transporte público.
ou desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de
um trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas, 04. Considere o cartum de Douglas Vieira.
ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando, muitas vezes,
discussões e acidentes que poderiam ser evitados. Televisão
Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A
verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão
totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso
é tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A
maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e
caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos
ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos
e deveres. Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de
vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender
que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para
poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro,
as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com
campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos
pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo. (http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br.
Adaptado)
(Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. Adaptado)
É correto concluir que, de acordo com o cartum,
01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de (A) os tipos de entretenimento disponibilizados pelo livro ou
locomoção nas metrópoles brasileiras pela TV são equivalentes.
(A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra (B) o livro, em comparação com a TV, leva a uma imaginação
devido à falta de regulamentação. mais ativa.
(B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido (C) o indivíduo que prefere ler a assistir televisão é alguém
incentivado em várias cidades. que não sabe se distrair.
(C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela (D) a leitura de um bom livro é tão instrutiva quanto assistir
maioria dos moradores. a um programa de televisão.
(D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com os (E) a televisão e o livro estimulam a imaginação de modo
demais meios de transporte. idêntico, embora ler seja mais prazeroso.
(E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade
arriscada e pouco salutar. (Oficial Estadual de Trânsito - DETRAN-SP - Vunesp) Leia
o texto para responder às questões:
02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos
objetivos centrais do texto é Propensão à ira de trânsito
(A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do
ciclista. Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente
(B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais seguro
mais seguro do que dirigir um carro. do mundo, existem muitas variáveis de risco no trânsito, como
(C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas.
no Brasil.
(D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio de E com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas
locomoção se consolidou no Brasil. não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir, mas
(E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista deve também se engajam num comportamento de risco – algumas até
dar prioridade ao pedestre. agem especificamente para irritar o outro motorista ou impedir
que este chegue onde precisa.
03. (Agente Estadual de Trânsito – DETRAN - SP –
Vunesp) Considere o cartum de Evandro Alves. Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá
ter antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando um
Afogado no Trânsito motorista a tomar decisões irracionais.

Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocionante.


Para muitos de nós, os carros são a extensão de nossa
personalidade e podem ser o bem mais valioso que possuímos.
Dirigir pode ser a expressão de liberdade para alguns, mas
também é uma atividade que tende a aumentar os níveis de
estresse, mesmo que não tenhamos consciência disso no
momento.

Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez que


entra no trânsito, você se junta a uma comunidade de outros
motoristas, todos com seus objetivos, medos e habilidades ao
volante. Os psicólogos Leon James e Diane Nahl dizem que um
dos fatores da ira de trânsito é a tendência de nos concentrarmos
em nós mesmos, descartando o aspecto comunitário do ato de
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br) dirigir.

Língua Portuguesa 13
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APOSTILAS OPÇÃO
Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito, o
Dr. James acredita que a causa principal da ira de trânsito não
são os congestionamentos ou mais motoristas nas ruas, e sim Semântica: sentido e emprego dos vocábulos;
como nossa cultura visualiza a direção agressiva. As crianças campos semânticos; emprego
aprendem que as regras normais em relação ao comportamento de tempos e modos dos verbos
e à civilidade não se aplicam quando dirigimos um carro. Elas em português
podem ver seus pais envolvidos em comportamentos de disputa
ao volante, mudando de faixa continuamente ou dirigindo em
alta velocidade, sempre com pressa para chegar ao destino.
Caro candidato;
Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos O emprego de tempos e modos verbais em português
sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era descarregar será estudado no próximo tópico, dentro de “Classes de
a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a descarga de Palavras”.
frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma situação de ira
de trânsito, a descarga de frustrações pode transformar um Semântica
incidente em uma violenta briga.
A semântica é o estudo do significado. Incide sobre a relação
Com isso em mente, não é surpresa que brigas violentas entre significantes, tais como palavras, frases, sinais e símbolos,
aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas está e o que eles representam, a sua denotação. A semântica
predisposta a apresentar um comportamento irracional quando linguística estuda o significado usado por seres humanos para
dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a maior parte das se expressar através da linguagem. Outras formas de semântica
pessoas fica emocionalmente incapacitada quando dirige. O que incluem a semântica nas linguagens de programação, lógica
deve ser feito, dizem os psicólogos, é estar ciente de seu estado formal, e semiótica.
emocional e fazer as escolhas corretas, mesmo quando estiver Em sentido largo, pode-se entender semântica como um
tentado a agir só com a emoção. ramo dos estudos linguísticos que se ocupa dos significados
produzidos pelas diversas formas de uma língua. Dentro dessa
(Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw. definição ampla, pertence ao domínio da semântica tanto a
uol.com.br/furia-no-transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013. preocupação com determinar o significado dos elementos
Adaptado) constituintes das palavras (prefixo, radical, sufixo) como o das
palavras no seu todo e ainda o de frases inteiras.
05. Tomando por base as informações contidas no texto, é Segundo o Professor Fabiano Sales, Preposição é uma classe
correto afirmar que de palavras com o objetivo de ligar palavras e orações. Nessas
ligações, as preposições podem, ou não, acrescentar valor
(A) os comportamentos de disputa ao volante acontecem à semântico ao período.
medida que os motoristas se envolvem em decisões conscientes. Preposições que são apenas uma exigência do termo
(B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são causadas antecedente, isto é, que não acrescentam qualquer valor
pela constante preocupação dos motoristas com o aspecto semântico, são chamadas de relacionais. As preposições
comunitário do ato de dirigir. relacionais introduzem o objeto indireto ou o complemento
(C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas é nominal.
o principal motivo que provoca, nos motoristas, uma direção Exemplos:
agressiva. Necessito de chocolate. (de chocolate = objeto indireto)
(D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de Ele é essencial para o grupo. (para o grupo = complemento
experiências e atividades não só individuais como também nominal)
sociais.
(E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle das Preposições essenciais: a, ante, após, até, com, contra, de,
emoções positivas por parte dos motoristas. desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás.

06. A ira de trânsito A


A persistirem os sintomas, o médico deve ser consultado.
(A) aprimora uma atitude de reconhecimento de regras. (condição)
(B) implica tomada de decisões sem racionalidade. O filho puxou ao pai. (conformidade, semelhança)
(C) conduz a um comportamento coerente. Nas férias passadas, viajamos a Roma. (destino)
(D) resulta do comportamento essencialmente comunitário Candidatos, façam a prova a caneta. (instrumento)
dos motoristas.
(E) decorre de imperícia na condução de um veículo. COM
Os moradores perderam tudo o que tinham com as
07. De acordo com o perito Dr. James, enchentes. (causa)
Amanhã sairei com amigos. (companhia)
(A) os congestionamentos representam o principal fator No próximo domingo, o Flamengo jogará com o Botafogo.
para a ira no trânsito. (oposição)
(B) a cultura dos motoristas é fator determinante para o A idosa bateu no ladrão com a bengala. (instrumento)
aumento de suas frustrações. A moça estava atrasada; caminhava com pressa. (modo)
(C) o motorista, ao dirigir, deve ser individualista em suas Com certeza, iremos ao teatro no feriado. (afirmação)
ações, a fim de expressar sua liberdade e garantir que outros No sistema capitalista, as pessoas somente sobrevivem com
motoristas não o irritem. recursos. (condição)
(D) a principal causa da direção agressiva é o
desconhecimento das regras de trânsito. DE
(E) o comportamento dos pais ao dirigirem com ira contradiz Saí de casa. (origem)
o aprendizado das crianças em relação às regras de civilidade. Falaram de você. (assunto)
Veio de táxi. (meio)
Respostas A menina chorou de raiva. (causa)
Os siris andam de lado. (modo)
1. (B) / 2. (A) / 3. (D) / 4. (B) / 5. (D) / 6. (B) / 7. (E) Voltemos de noite. (tempo)
Comprei um relógio de ouro. (matéria)
Aquele livro é de Marcelo. (posse)

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APOSTILAS OPÇÃO
Ontem, bebemos dois copos de vinho. (conteúdo) Certeza: é evidente que; certamente; decerto; com toda a
Estou sob a mesa. (lugar) certeza; naturalmente; evidentemente;...
O bicheiro caminhava de anel no dedo. (companhia) Hipótese / Condição: se; a menos que; supondo que;
admitindo que; salvo se; exceto;...
EM
Hoje à noite, estarei em casa. (lugar) Chamar a atenção: note-se que; atente-se em; repare-se;
Formou-se em Direito. (especialidade) veja-se; constate-se;...
O relógio é feito em ouro. (matéria)
Tenho que apresentar o tema em quinze minutos. (tempo) Enfatizar: efetivamente; com efeito; na verdade; como
vimos;...
PARA
O bombeiro veio para socorrê-lo. (finalidade) Opinar: a meu ver; estou em crer que; em nosso entender;
Viajou para a Itália. (destino) parece-me que;...
Para João, Flamengo é o melhor time do campeonato.
(conformidade) Reafirmar / Resumir: por outras palavras; ou melhor; ou
É proibida a venda de bebidas para menores de dezoito seja; em resumo; em suma;...
anos. (restrição)
Semelhança: do mesmo modo; tal como; assim como; pela
POR mesma razão;...
Comprei o livro por cem reais. (preço)
Distantes, os namorados falavam-se por internet. (meio) Organizadores do discurso: são as expressões que, mais
Viajamos por diversas cidades. (lugar) do que conectar ideias, contribuem para a organização dos
“Eu sei que vou te amar / por toda a minha vida” (tempo) – planos textuais.
Vinícius de Moraes
Organizar no espaço: à direita; atrás; sobre; sob; de um
Conectores: são palavras ou expressões que servem para lado; no meio; naquele lugar;...
conectar (ligar, unir) vários segmentos
Linguísticos, como exemplo: as frases no período, os Organizar no tempo: depois; então; após; de seguida;
períodos no parágrafo e os parágrafos no texto. seguidamente; dias mais tarde; agora; já; antes; até que;
Incluem-se no grupo de conectores as seguintes subclasses quando;...
gramaticais de palavras:
- conjunções (e; pois...) Organizar o plano textual:
- locuções conjuncionais (além disso; no entanto...) - Abrir uma série: por um lado; de um lado; primeiramente;
- advérbios (depois; finalmente...) em primeiro lugar; para começar; começando;...
- locuções adverbiais (em seguida; por último...) - Acentuar a continuidade: por outro lado; de outro lado;
- algumas orações reduzidas – orações sem conjunção e com seguidamente; em segundo lugar;...
o verbo numa forma nominal – gerúndio, infinitivo ou particípio - Encerrar: por último; concluindo; para terminar;
– (concluindo; para terminar; feito isto). em conclusão; em último lugar; em síntese; finalizando;
recapitulando;...
Funções:
Questões
Adicionar / Enumerar: e; além disso; não só...mas também;
depois; finalmente; seguidamente; em primeiro lugar; em 01. A preposição DE traduz FINALIDADE no verso:
seguida; por um lado...por outro; adicionalmente; ainda; do (A) “Andar e pilotar um pássaro de aço”;
mesmo modo; pela mesma razão; igualmente; também; de (B) “Todos os turistas são de Belo Horizonte”;
novo;... (C) “Preparamo-nos para os festejos natalinos”;
(D) “Após o terremoto, várias crianças morreram de
Sintetizar / Concluir: logo; pois; assim; por isso; por desnutrição”;
conseguinte; portanto; enfim; em conclusão; concluindo; em
suma;... 02. Assinale a assertiva em que a preposição COM exprime a
mesma ideia que possui em “Surge a lua cheia para chorar com
Particularizar: especificamente; nomeadamente; por os poetas”.
exemplo; em particular;... (A) O menino machucou-se com a faca.
(B) Ela se afastou com um súbito choro.
Explicar / Exemplificar: pois; porque; porquanto; por (C) Tinha empobrecido com as secas.
causa de; uma vez que; especificamente; nomeadamente; isto é; (D) Deve-se rir com alguém, não de alguém.
ou seja; quer dizer; por exemplo; em particular; como se pode (E) Ele se confundiu com a minha resposta.
ver; é o caso de; é o que se passa com;...
03. (UFRN – ADMINISTRADOR – COMPERVE/2015)
Inferir: assim; consequentemente; daí; então; logo; pois; Considere o trecho:
deste modo; portanto; em consequência; por conseguinte; por “O desenvolvimento do cérebro é de natureza biológica e
esta razão; por isso;... cultural. O cérebro se forma, se desenvolve e amadurece com
Substituir / Reformular: mais corretamente; mais base na genética da espécie e pelas experiências de vida de cada
precisamente; ou melhor; quer dizer; dito de outro modo; por um.”
outras palavras;... Fonte: www.cartanaescola.com.br

Contrariar / Opor / Restringir: porém; contrariamente; Há, entre os dois períodos, uma relação semântica de:
em vez de; pelo contrário; por oposição; ainda assim; mesmo (A) condição, que poderia ser explicitada pelo conector
assim; apesar de; contudo; no entanto; por outro lado;... desde que.
(B) explicação, que poderia ser explicitada pelo conector
Fim: para; para que; com o intuito de; a fim de; com o porque.
objetivo de;... (C) oposição, que poderia ser explicitada pelo conector
entretanto.
Dúvida: talvez; é provável; é possível; provavelmente; (D) concessão, que poderia ser explicitada pelo conector
porventura;... ainda que.

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APOSTILAS OPÇÃO
04. (BANPARÁ – TÉCNICO BANCÁRIO – PAC/2014 - que está ocorrendo no Brasil: infecção, virose? A resposta foi
Adaptada) perfeita: “Falência múltipla dos órgãos”.
Nada mais acertado. Há quase dez anos realizo aqui na coluna
Cérebro de adolescente minhas passeatas: estas páginas são minha avenida, as palavras
são cartazes. Falo em relações humanas e seus dramas, porém
Quando o adolescente sai escondido para uma festa ou mais frequentemente nas coisas inaceitáveis na nossa vida
responde a uma pergunta inocente dos pais com uma explosão pública. Esgotei a paciência dos leitores reclamando da péssima
emocional, a culpa não é só dos hormônios. Descobertas educação — milhares de alunos sem escola ou abrigados em
científicas recente provam que não apenas o corpo, mas também galpões e salinhas de fundo de igrejas, para chegarem aos 9, 10
a mente passa por grandes mudanças na adolescência. Do sexo anos sem saber ler nem escrever.
sem preservativo à imprudência na direção, os adolescentes Professores desesperados tentando ensinar sem material
assume comportamentos irresponsáveis em parte porque as básico, sem estrutura, salários vergonhosos, estímulo nenhum.
estruturas mentais que inibem resposta intempestivas ainda não Universidades cujo nível é seguidamente baixado: em lugar de
se consolidaram. As alterações mais importantes por que passa darem boas escolas a todas as crianças e jovens para que possam
o cérebro nos últimos anos da adolescência têm lugar no córtex entrar em excelentes universidades por mérito e esforço,
pré-frontal, área que é responsável pelo planejamento de longo oferecem-lhes favorecimentos prejudiciais.
prazo e pelo controle das emoções. “Antes dessas mudanças, o Tenho clamado contra o horror da saúde pública, mulheres
adolescente nem sempre está pronto para processar todas as parindo e velhos morrendo em colchonetes no corredor,
informações que precisa considerar quando toma uma decisão”, consultas para doenças graves marcadas para vários meses
explica o neurologista americano Paul Thompson, do Laboratório depois, médicos exaustos trabalhando além dos seus limites,
de Neuromapeamento da Universidade da Califórnia. tentando salvar vidas e confortar os pacientes, sem condições
Thompson faz parte de uma equipe de cientistas que vem mínimas de higiene, sem aparelhamento e com salário
mapeando o cérebro de cerca de 1000 adolescentes com técnicas humilhante.
avançadas de tomografia. As descobertas são surpreendentes, Em lugar de importarmos não sei quantos mil médicos
especialmente se considerarmos que até há alguns anos era estrangeiros, quem sabe vamos ser sensatos e oferecer condições
consenso científico que o cérebro completava seu crescimento e salários decentes aos médicos brasileiros que querem cuidar
na infância e não se alterava mais. Hoje se sabe que várias de nós?
estruturas cerebrais seguem evoluindo durante a adolescência, Tenho reclamado das condições de transporte, como no
embora nem todas cresçam. A idade em que essas mudanças se recente artigo “Três senhoras sentadas”: transporte caro para
processam varia. O cérebro das meninas desenvolve-se cerca o calamitoso serviço oferecido. “Nos tratam como animais”,
de dois anos mais cedo, mas homens e mulheres costumam reclamou um usuário já idoso. A segurança inexiste, somos
emparelhar lá pelos 20 anos. De forma geral, no início da mortos ao acaso em nossas ruas, e se procuramos não sair de
adolescência ainda está em processo uma mudança que começa casa à noite somos fuzilados por um bando na frente de casa às
entre 7 e 11 anos. É quando crescem certas regiões cerebrais 10 da manhã.
ligadas à linguagem, como a área de Broca, uma pequena E, quando nossa tolerância ou resignação chegou ao limite,
estrutura dentro do córtex pré-frontal. O processo costuma brota essa onda humana de busca de dignidade para todos. Não
chegar ao fim antes dos 15 anos. No período de desenvolvimento, se trata apenas de centavos em passagens, mas de respeito.
notam-se grandes progressos no uso da escrita – é a idade ideal As vozes dizem NÃO: não aos ônibus sujos e estragados,
para aprender novas línguas. A mudança maior começa pelos impontuais, motoristas sobrecarregados; não às escolas
18 anos e pode avançar até os 25. Quando o córtex pré-frontal fechadas ou em ruínas; não aos professores e médicos
amadurece, consolidando o senso de responsabilidade que falta impotentes, estradas intransitáveis, medo dentro e fora de casa.
a tanto adolescentes. “O córtex funciona como o presidente Não a um ensino em que a palavra “excelência” chega a parecer
de uma grande empresa, centralizando as decisões. É por isso abuso ou ironia. Não ao mercado persa de favores e cargos em
que às vezes o cérebro adolescente parece uma empresa sem que transformam nossa política, não aos corruptos às vezes
presidente”, brinca Thompson. condenados ocupando altos cargos, não ao absurdo número de
A ciência ainda não entendeu completamente essas partidos confusos.
alterações. O detalhe misterioso é que nem sempre o As reclamações da multidão nas ruas são tão variadas
desenvolvimento cerebral se dá por crescimento, como acontece quanto nossas mazelas: por onde começar? Talvez pelo prático,
com todos os outros órgãos de nosso corpo. Na verdade, muitas e imediato, sem planos mirabolantes. Algo há de se poder fazer:
sinapses – ligações entre os neurônios – são simplesmente não creio que políticos e governo tenham sido apanhados
cortadas durante a adolescência. Supõe-se que esse processo desprevenidos, por mais que estivessem alienados em torres de
obedeça a uma certa economia de conexões: aquelas sinapses marfim.
que não são usadas simplesmente se perdem. Quem toca um Infelizmente todo movimento de massas provoca e abriga
instrumento musical desde a infância vai desenvolver certas sem querer grupos violentos e anárquicos: que isso não nos
conexões neurais que se perderão em quem nunca chegou prejudique nem invalide nossas reivindicações.
perto de uma partitura. De qualquer modo, a notícia de que o Não sei como isso vai acabar: espero que transformando o
cérebro adolescente ainda não está “pronto” é alentadora. “Isso Brasil num lugar melhor para viver. Quase com atraso, a voz das
significa que temos mais tempo de aprendizado do que antes ruas quer lisura, ética, ações, cumprimento de deveres, realização
pensávamos”, diz Thompson. dos mais básicos conceitos de decência e responsabilidade
cívica, que andavam trocados por ganância monetária ou ânsia
A noção semântica que a preposição de opera no título desse eleitoreira.
texto é a mesma a que ocorre em: Que sobrevenham ordem e paz. Que depois desse chamado
(A) cadeira de ferro à consciência de quem lidera e governa não se absolvam os
(B) cintura de ovo mensaleiros, não se deixem pessoas medíocres ou de ética
(C) pijama de Carlos duvidosa em altos cargos, acabem as gigantescas negociatas
(D) caiu de joelhos meio secretas, e se apliquem decentemente somas que poderão
(E) burro de carga salvar vidas, educar jovens, abrir horizontes.
Sou totalmente contrária a qualquer violência, mas este
05. (PREFEITURA DE CAMAÇARI/BA– FISIOTERAPEUTA povo chegou ao extremo de sua tolerância, percebeu que tem
– AOCP/2014) poder, não quer mais ser enganado e explorado: que não se
destrua nada, mas se abram horizontes reais de melhoria e
Falência múltipla contentamento.
Lya Luft http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tag/lya-luft/
Um jornalista comentou recentemente num programa de Em “...que isso não nos prejudique nem invalide nossas
televisão que pediu a um médico seu amigo um diagnóstico do reivindicações”, as expressões destacadas estabelecem relação

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APOSTILAS OPÇÃO
semântica de:
(A) contraste.
(B) negação. Morfologia: reconhecimento, emprego
(C) adição. e sentido das classes gramaticais;
(D) alternância. processos de formação de palavras;
(E) explicação. mecanismos de flexão dos
nomes e verbos
06. (PC / PI – ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL – UESPI/2014)

A violência não é uma fantasia Artigo

A violência nasce conosco. Faz parte da nossa bagagem Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica
psíquica, do nosso DNA, assim como a capacidade de cuidar, de se ele está sendo empregado de maneira definida ou indefinida.
ser solidário e pacífico. Somos esse novelo de dons. O equilíbrio Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o
ou desequilíbrio depende do ambiente familiar, educação, número dos substantivos.
exemplos, tendência pessoal, circunstâncias concretas, algumas
escolhas individuais. Vivemos numa época violenta. Temos Classificação dos Artigos
medo de sair às ruas, temos medo de sair à noite, temos medo
de ficar em casa sem grades, alarmes e câmeras, ou bons e Artigos Definidos: determinam os substantivos de maneira
treinados porteiros. As notícias da imprensa nos dão medo em precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu matei o animal.
geral. Não são medos fantasiosos: são reais. E, se não tivermos
nenhum medo, estaremos sendo perigosamente alienados. A Artigos Indefinidos: determinam os substantivos
segurança, como tantas coisas, parece ter fugido ao controle de de maneira vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo: Eu
instituições e autoridades. matei um animal.
Nestes dias começamos a ter medo também dentro dos
shoppings, onde, aliás, há mais tempo aqui e ali vêm ocorrendo Combinação dos Artigos
furtos, às vezes assaltos, raramente noticiados. O que preocupa É muito presente a combinação dos artigos definidos e
são movimentos adolescentes que reivindicam acesso aos indefinidos com preposições. Este quadro apresenta a forma
shoppings para seus grupos em geral organizados na internet. assumida por essas combinações:
(...)
(Revista Veja. Editora ABRIL. Edição 2358 - ano 47 - nº 5. 29
de janeiro de 2014. Por Lya Luft - p. 20) Preposições Artigos
- o, os
Se não tivermos nenhum medo, estaremos sendo
perigosamente alienados. a ao, aos
A relação sintático-semântica que se verifica entre as orações de do, dos
principal e subordinada desse excerto é de:
(A) causa em no, nos
(B) condição por (per) pelo, pelos
(C) conformidade
(D) consequência a, as um, uns uma, umas
(E) explicação à, às - -

Respostas da, das dum, duns duma, dumas


na, nas num, nuns numa, numas
01. Resposta C
A) A preposição “DE” indica matéria. pela, pelas - -
B) A preposição “DE” indica origem.
C) Alternativa Correta: Preparamo-nos com a finalidade de - As formas à e às indicam a fusão da preposição a com o
aproveitar as comemorações natalinas. artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhecida
D) A preposição “DE” indica causa. por crase.

02. Resposta D Constatemos as circunstâncias em que os artigos se


Na frase citada no enunciado do exercício a preposição “com” manifestam:
indica companhia, o mesmo ocorre na alternativa “D”: Deve-se - Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do numeral
rir na companhia de alguém. “ambos”:
Ambos os garotos decidiram participar das olimpíadas.
03. Resposta B - Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso do
A segunda oração estabelece uma relação de explicação com artigo, outros não:
relação a oração anterior, esclarecendo os motivos de se ter São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza, A Bahia...
afirmado que o cérebro é de natureza biológica e cultural. - Quando indicado no singular, o artigo definido pode indicar
toda uma espécie:
04. Alternativa C
A preposição “DE” presente no título do texto estabelece O trabalho dignifica o homem.
uma relação de posse, o mesmo ocorre na alternativa “C”. - No caso de nomes próprios personativos, denotando a ideia
de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso do artigo:
05. Resposta C O Pedro é o xodó da família.
Os vocábulos “não” e “nem” possuem valor negativo, ao serem - No caso de os nomes próprios personativos estarem no
colocados na mesma sentença, eles assumem semanticamente plural, são determinados pelo uso do artigo:
o sentido de adição, assim, não pode acontecer alguma coisa e Os Maias, os Incas, Os Astecas...
nem outra. - Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todo(a) para
conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (o artigo), o
06. Resposta B pronome assume a noção de qualquer.
A conjunção “SE” que inicia a sentença tem a função de Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda)
estabelecer a ideia de condição. Toda classe possui alunos interessados e desinteressados.

Língua Portuguesa 17
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APOSTILAS OPÇÃO
(qualquer classe)
- Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é facultativo: 06.Em uma destas frases, o artigo definido está empregado
Adoro o meu vestido longo. Adoro meu vestido longo. erradamente. Em qual?
- A utilização do artigo indefinido pode indicar uma ideia de A) A velha Roma está sendo modernizada.
aproximação numérica: B) A “Paraíba” é uma bela fragata.
O máximo que ele deve ter é uns vinte anos. C) Não reconheço agora a Lisboa de meu tempo.
- O artigo também é usado para substantivar palavras D) O gato escaldado tem medo de água fria.
oriundas de outras classes gramaticais: E) O Havre é um porto de muito movimento.
Não sei o porquê de tudo isso.
- Nunca deve ser usado artigo depois do pronome relativo 07. O trecho: “Os acrobatas, até que tentam, mas só têm
cujo (e flexões). umas bolas murchas”, possui:
Este é o homem cujo amigo desapareceu. A) dois artigos definidos e um indefinido.
Este é o autor cuja obra conheço. B) um artigo definido e um indefinido.
- Não se deve usar artigo antes das palavras casa (no sentido C) somente artigos definidos.
de lar, moradia) e terra (no sentido de chão firme), a menos que D) somente artigos indefinidos.
venham especificadas. E) não tem artigos.
Eles estavam em casa.
Eles estavam na casa dos amigos. 08. Assinale a alternativa em que um(uma) é usado como
Os marinheiros permaneceram em terra. artigo indefinido e não como numeral:
Os marinheiros permanecem na terra dos anões. A) Um pássaro na mão vale mais do que dois voando.
- Não se emprega artigo antes dos pronomes de tratamento, B) O homem ali não é um maluco.
com exceção de senhor(a), senhorita e dona. C) Ele ficou parado no cinema, segurando o chapéu com uma
Vossa excelência resolverá os problemas de Sua Senhoria. das mãos.
- Não se une com preposição o artigo que faz parte do nome D) Camila preparou uma salada maravilhosa.
de revistas, jornais, obras literárias.
Li a notícia em O Estado de S. Paulo. 09.Assinale a alternativa em que há erro.
A) Li a noticia no Estado de S. Paulo.
Morfossintaxe B) Li a noticia em O Estado de S. Paulo.
C) Essa notícia, eu a vi em A Gazeta.
Para definir o que é artigo é preciso mencionar suas relações D) Vi essa notícia em A Gazeta.
com o substantivo. Assim, nas orações da língua portuguesa, E) Foi em O Estado de S. Paulo que li a notícia.
o artigo exerce a função de adjunto adnominal do substantivo
a que se refere. Tal função independe da função exercida pelo 10. Assinale a palavra cujo gênero está indevidamente
substantivo: indicado pelo artigo.
A existência é uma poesia. A) a cal
Uma existência é a poesia. B) a dinamite
C) o suéter
Questões D) o champanhe
E) a dó
01. Determine o caso em que o artigo tem valor qualificativo:
A) Estes são os candidatos que lhe falei. Respostas
B) Procure-o, ele é o médico! Ninguém o supera.
C) Certeza e exatidão, estas qualidades não as tenho. 1-B / 2-C / 3-D / 4-D / 5-B / 6-D / 7-B / 8-B / 9-A / 10-E
D) Os problemas que o afligem não me deixam descuidado.
E) Muito é a procura; pouca é a oferta. Comentários

02. (ESAN-SP) Em qual dos casos o artigo denota 1-) Procure-o, ele é o médico! Ninguém o supera!
familiaridade? Entende-se que ele não qualquer médico, mas O médico!
A) O Amazonas é um rio imenso.
B) D. Manuel, o Venturoso, era bastante esperto. 2-) O Antônio comunicou-se com o João.
C) O Antônio comunicou-se com o João. Segundo a regra: Emprega-se o artigo definido antes de
D) O professor João Ribeiro está doente. nomes de pessoas quando são usados no trato familiar para
E) Os Lusíadas são um poema épico indicar afetividade.

03.Assinale a alternativa em que o uso do artigo está 3-) Haroldo ficou encantado com o andar de bailado de
substantivando uma palavra. Joana.
A) A liberdade vai marcar a poesia social de Castro Alves. Andar é verbo, mas nesse caso, por estar antecedida do
B) Leitor perspicaz é aquele que consegue ler as entrelinhas. artigo “o”, pertence à classe gramatical: substantivo.
C) A navalha ia e vinha no couro esticado.
D) Haroldo ficou encantado com o andar de bailado de Joana. 4-) Não conhecia nenhum episódio de Os Lusíadas.
E) Bárbara dirigia os olhos para a lua encantada.
5-) Tinha, na época, uns dezoito anos. = aproximadamente
04.Assinale a alternativa em que há erro:
A) O anúncio foi publicado em O Estado São Paulo. 6-) “Gato escaldado tem medo de água fria.”
B) Está na hora de os trabalhadores saírem. O uso do artigo definido “reduziria” o ditado a um gato
C) Todas as pessoas receberam a notícia. específico.
D) Não conhecia nenhum episódio dos Lusíadas.
E) Avisei a Simone de que não haveria a reunião. 7-) Os acrobatas, até que tentam, mas só têm umas bolas
murchas.
05. Em que alternativa o termo grifado indica aproximação? Artigo definido e indefinido, respectivamente.
A) Ao visitar uma cidade desconhecida, vibrava.
B) Tinha, na época, uns dezoito anos. 8-) A única alternativa que apresenta “um” como artigo
C) Ao aproximar de uma garota bonita, seus olhos brilhavam. indefinido é a B; nas demais, numeral.
D) Não havia um só homem corajoso naquela guerra.
E) Uns diziam que ela sabia tudo, outros que não. 9-) Não é correto fazer a contração da preposição com o

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APOSTILAS OPÇÃO
artigo, já que este faz parte do nome do jornal. Além de que, vez que, como (= porque).
semanticamente, entende-se que a notícia foi lida quando o Ele não fez o trabalho porque não tem livro.
leitor estava NO Estado de São Paulo.
- COMPARATIVAS
10-) “Dó” é substantivo de gênero masculino, portanto, Principais conjunções comparativas: que, do que, tão...como,
requer artigo “o”: um dó. mais...do que, menos...do que.
Ela fala mais que um papagaio.
Conjunção
- CONCESSIVAS
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou Principais conjunções concessivas: embora, ainda que,
dois termos semelhantes de uma mesma oração. Por exemplo: mesmo que, apesar de, se bem que.
Indicam uma concessão, admitem uma contradição, um fato
A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as inesperado. Traz em si uma ideia de “apesar de”.
amiguinhas.
Deste exemplo podem ser retiradas três informações: Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de estar
cansada)
1-) segurou a boneca 2-) a menina mostrou 3-) viu as Apesar de ter chovido fui ao cinema.
amiguinhas
- CONFORMATIVAS
Cada informação está estruturada em torno de um verbo: Principais conjunções conformativas: como, segundo,
segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três orações: conforme, consoante
1ª oração: A menina segurou a boneca 2ª oração: e mostrou Cada um colhe conforme semeia.
3ª oração: quando viu as amiguinhas. Expressam uma ideia de acordo, concordância, conformidade.
A segunda oração liga-se à primeira por meio do “e”, e a
terceira oração liga-se à segunda por meio do “quando”. As - CONSECUTIVAS
palavras “e” e “quando” ligam, portanto, orações. Expressam uma ideia de consequência.
Principais conjunções consecutivas: que (após “tal”, “tanto”,
Observe: Gosto de natação e de futebol. “tão”, “tamanho”).
Nessa frase as expressões de natação, de futebol são partes Falou tanto que ficou rouco.
ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra “e” está
ligando termos de uma mesma oração. - FINAIS
Expressam ideia de finalidade, objetivo.
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações Todos trabalham para que possam sobreviver.
ou dois termos semelhantes de uma mesma oração. Principais conjunções finais: para que, a fim de que, porque
(=para que),
Morfossintaxe da Conjunção
- PROPORCIONAIS
As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem Principais conjunções proporcionais: à medida que, quanto
propriamente uma função sintática: são conectivos. mais, ao passo que, à proporção que.
À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha.
Classificação - Conjunções Coordenativas- Conjunções
Subordinativas - TEMPORAIS
Principais conjunções temporais: quando, enquanto, logo
Conjunções coordenativas que.
Dividem-se em: Quando eu sair, vou passar na locadora.

- ADITIVAS: expressam a ideia de adição, soma. Importante:


Ex. Gosto de cantar e de dançar.
Principais conjunções aditivas: e, nem, não só...mas também, Diferença entre orações causais e explicativas
não só...como também.
Quando estudamos Orações Subordinadas Adverbiais (OSA)
- ADVERSATIVAS: Expressam ideias contrárias, de oposição, e Coordenadas Sindéticas (CS), geralmente nos deparamos
de compensação. com a dúvida de como distinguir uma oração causal de uma
Ex. Estudei, mas não entendi nada. explicativa. Veja os exemplos:
Principais conjunções adversativas: mas, porém, contudo, 1º) Na frase “Não atravesse a rua, porque você pode ser
todavia, no entanto, entretanto. atropelado”:
a) Temos uma CS Explicativa, que indica uma justificativa ou
- ALTERNATIVAS: Expressam ideia de alternância. uma explicação do fato expresso na oração anterior.
Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho. b) As orações são coordenadas e, por isso, independentes
Principais conjunções alternativas: Ou...ou, ora...ora, quer... uma da outra. Neste caso, há uma pausa entre as orações que
quer, já...já. vêm marcadas por vírgula.
Não atravesse a rua. Você pode ser atropelado.
- CONCLUSIVAS: Servem para dar conclusões às orações. Ex. b) Outra dica é, quando a oração que antecede a OC (Oração
Estudei muito, por isso mereço passar. Coordenada) vier com verbo no modo imperativo, ela será
Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois explicativa.
(depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim. Façam silêncio, que estou falando. (façam= verbo imperativo)

- EXPLICATIVAS: Explicam, dão um motivo ou razão. Ex. É 2º) Na frase “Precisavam enterrar os mortos em outra cidade
melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá fora. porque não havia cemitério no local.”
Principais conjunções explicativas: que, porque, pois (antes a) Temos uma OSA Causal, já que a oração subordinada
do verbo), porquanto. (parte destacada) mostra a causa da ação expressa pelo
Conjunções subordinativas verbo da oração principal. Outra forma de reconhecê-
la é colocá-la no início do período, introduzida pela
- CAUSAIS conjunção como - o que não ocorre com a CS Explicativa.
Principais conjunções causais: porque, visto que, já que, uma Como não havia cemitério no local, precisavam enterrar os mortos

Língua Portuguesa 19
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APOSTILAS OPÇÃO
em outra cidade. expressão das paixões mais íntimas quanto pela atuação de um
b) As orações são subordinadas e, por isso, totalmente convicto socialista. Em seu poema, o diálogo entre as duas partes
dependentes uma da outra. é desenvolvido de modo a nos fazer pensar que são incompatíveis.

Questões Mas no último momento do poema deparamo-nos com esta


estrofe:
01. (Administrador – FCC). Leia o texto a seguir. “Traduzir uma parte na outra parte − que é uma questão de
vida ou morte − será arte?”
A música alcançou uma onipresença avassaladora em nosso
mundo: milhões de horas de sua história estão disponíveis em O poeta levanta a possibilidade da “tradução” de uma parte
disco; rios de melodia digital correm na internet; aparelhos na outra, ou seja, da interação de ambas, numa espécie de
de mp3 com 40 mil canções podem ser colocados no bolso. No espelhamento. Isso ocorreria quando o indivíduo conciliasse
entanto, a música não é mais algo que fazemos nós mesmos, ou verdadeiramente a instância pessoal e os interesses de uma
até que observamos outras pessoas fazerem diante de nós. comunidade; quando deixasse de haver contradição entre a razão
particular e a coletiva. Pergunta-se o poeta se não seria arte esse
Ela se tornou um meio radicalmente virtual, uma arte sem tipo de integração. Realmente, com muita frequência a arte se
rosto. Quando caminhamos pela cidade num dia comum, nossos mostra capaz de expressar tanto nossa subjetividade como nossa
ouvidos registram música em quase todos os momentos − pedaços identidade social.
de hip-hop vazando dos fones de ouvido de adolescentes no metrô, Nesse sentido, traduzir uma parte na outra parte significaria
o sinal do celular de um advogado tocando a “Ode à alegria”, de vencer a parcialidade e chegar a uma autêntica participação,
Beethoven −, mas quase nada disso será resultado imediato de de sentido altamente político. O poema de Gullar deixa-nos essa
um trabalho físico de mãos ou vozes humanas, como se dava no hipótese provocadora, formulada com um ar de convicção.
passado.
Desde que Edison inventou o cilindro fonográfico, em1877, (Belarmino Tavares, inédito)
existe gente que avalia o que a gravação fez em favor e desfavor
da arte da música. Inevitavelmente, a conversa descambou para Os seguintes fatos, referidos no texto, travam entre si uma
os extremos retóricos. No campo oposto ao dos que diziam que a relação de causa e efeito:
tecnologia acabaria com a música estão os utópicos, que alegam A) ser poeta e militante político / confronto entre
que a tecnologia não aprisionou a música, mas libertou-a, levando subjetividade e atuação social
a arte da elite às massas. Antes de Edison, diziam os utópicos, B) ser poeta e militante político / divisão permanente em
as sinfonias de Beethoven só podiam ser ouvidas em salas de cada um de nós
concerto selecionadas. Agora, as gravações levam a mensagem C) ser movido pelas paixões / esposar teses socialistas
de Beethoven aos confins do planeta, convocando a multidão D) fazer arte / obliterar uma questão de vida ou morte
saudada na “Ode à alegria”: “Abracem-se, milhões!”. Glenn Gould, E) participar ativamente da política / formular hipóteses
depois de afastar-se das apresentações ao vivo em 1964, previu com ar de convicção
que dentro de um século o concerto público desapareceria no éter
eletrônico, com grande efeito benéfico sobre a cultura musical. 04. (Agente de Apoio Operacional – VUNESP). Leia o texto
a seguir.
(Adaptado de Alex Ross. Escuta só. Tradução Pedro Maia Soares.
São Paulo, Cia. das Letras, 2010, p. 76-77) Temos o poder da escolha

No entanto, a música não é mais algo que fazemos nós mesmos, Os consumidores são assediados pelo marketing a todo
ou até que observamos outras pessoas fazerem diante de nós. momento para comprarem além do que necessitam, mas
somente eles podem decidir o que vão ou não comprar. É como
Considerando-se o contexto, é INCORRETO afirmar que o se abrissem em nós uma “caixa de necessidades”, mas só nós
elemento grifado pode ser substituído por: temos o poder da escolha.
A) Porém. Cada vez mais precisamos do consumo consciente. Será
B) Contudo. que paramos para pensar de onde vem o produto que estamos
C) Todavia. consumindo e se os valores da empresa são os mesmos em que
D) Entretanto. acreditamos? A competitividade entre as empresas exige que
E) Conquanto. elas evoluam para serem opções para o consumidor. Nos anos
60, saber fabricar qualquer coisa era o suficiente para ter uma
02. (Escrevente TJ SP – Vunesp) Observando as ocorrências empresa. Nos anos 70, era preciso saber fazer com qualidade
da palavra “como” em – Como fomos programados para ver o e altos índices de produção. Já no ano 2000, a preocupação
mundo como um lugar ameaçador… – é correto afirmar que se era fazer melhor ou diferente da concorrência e as empresas
trata de conjunção passaram a atuar com responsabilidade socioambiental.
(A) comparativa nas duas ocorrências. O consumidor tem de aprender a dizer não quando a sua
(B) conformativa nas duas ocorrências. relação com a empresa não for boa. Se não for boa, deve comprar
(C) comparativa na primeira ocorrência. o produto em outro lugar. Os cidadãos não têm ideia do poder
(D) causal na segunda ocorrência. que possuem.
(E) causal na primeira ocorrência. É importante, ainda, entender nossa relação com a empresa
ou produto que vamos eleger. Temos uma expectativa, um
03. (Analista de Procuradoria – FCC). Leia o texto a seguir. envolvimento e aceitação e a preferência dependerá das ações
que aprovamos ou não nas empresas, pois podemos mudar de
Participação ideia.
Há muito a ser feito. Uma pesquisa mostrou que 55,4% das
Num belo poema, intitulado “Traduzir-se”, Ferreira Gullar pessoas acreditam no consumo consciente, mas essas mesmas
aborda o tema de uma divisão muito presente em cada um de pessoas admitem que já compraram produto pirata. Temos de
nós: a que ocorre entre o nosso mundo interior e a nossa atuação refletir sobre isso para mudar nossas atitudes.
junto aos outros, nosso papel na ordem coletiva. A divisão não é
simples: costuma-se ver como antagônicas essas duas “partes” (Jornal da Tarde 24.04.2007. Adaptado)
de nós, nas quais nos dividimos. De fato, em quantos momentos No trecho – Temos de refletir sobre isso para mudar nossas
da nossa vida precisamos escolher entre o atendimento de um atitudes. –, a palavra destacada apresenta sentido de
interesse pessoal e o cumprimento de um dever ético? Como poeta A) tempo.
e militante político, Ferreira Gullar deixou-se atrair tanto pela B) modo.

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APOSTILAS OPÇÃO
C) origem. formado.
D) assunto. Experiências internacionais, porém, mostram que não é tão
E) finalidade. fácil assim. Na Alemanha, mesmo com a exigência da proficiência
na língua, um estudo constatou atraso de diagnósticos pelo fato
05. (Escrevente TJ SP –Vunesp) No período – A pesquisa de o médico estrangeiro não conseguir entender direito os
do Dieese é um medidor importante, pois sua metodologia leva sintomas de pacientes.
em conta não só o desemprego aberto (quem está procurando Além disso, há queixa dos profissionais alemães, que se
trabalho), como também o oculto (pessoas que desistiram de sentem sobrecarregados por terem de atuar como intérpretes
procurar ou estão em postos precários). –, os termos em destaque dos colegas de fora.
estabelecem entre as orações relação de Nada contra a vinda dos estrangeiros, desde que estejam
(A) alternância. aptos para o trabalho. Tenho dúvidas, porém, se três semanas de
(B) oposição. treinamento, como aventou o ministro, é tempo suficiente para
(C) causa. isso.
(D) adição.
(E) explicação. (Cláudia Collucci, Barreira da língua. Folha de S.Paulo, 03.07.2013.
Adaptado)
06. (Agente Policial – Vunesp) Considerando que o termo
em destaque em – Segundo especialistas, recusar o bafômetro Considere o parágrafo final do texto:
não vai mais impedir o processo criminal... – introduz ideia de Nada contra a vinda dos estrangeiros, desde que estejam
conformidade, assinale a alternativa que apresenta a frase aptos para o trabalho. Tenho dúvidas, porém, se três semanas de
corretamente reescrita, e com seu sentido inalterado. treinamento, como aventou o ministro, é tempo suficiente para
(A) A fim de que para especialistas, recusar o bafômetro isso.
não vai mais impedir o processo criminal... Mantendo-se os sentidos originais, ele está corretamente
(B) A menos que para especialistas, recusar o bafômetro reescrito de acordo com a norma- -padrão em:
não vai mais impedir o processo criminal... A) Nada contra a vinda dos estrangeiros, se estiverem aptos
(C) De acordo com especialistas, recusar o bafômetro não para o trabalho. Tenho dúvidas, no entanto: três semanas de
vai mais impedir o processo criminal... treinamento, como aventou o ministro, é suficiente para isso?
(D) Apesar de que para especialistas, recusar o bafômetro B) Nada contra a vinda dos estrangeiros, caso estão aptos
não vai mais impedir o processo criminal... para o trabalho. Tenho dúvidas, todavia: três semanas de
(E) Desde que para especialistas, recusar o bafômetro não treinamento, como aventou o ministro, são suficiente para isso?
vai mais impedir o processo criminal... C) Nada contra a vinda dos estrangeiros, quando estarão
aptos para o trabalho. Tenho dúvidas, portanto: três semanas de
07. (Agente Policial – Vunesp) Considerando que o treinamento, como aventou o ministro, são suficientes para isso?
termo em destaque em – Esse valor é dobrado caso o motorista D) Nada contra a vinda dos estrangeiros, mas estariam aptos
seja reincidente em um ano. – estabelece relação de condição para o trabalho. Tenho dúvidas, apesar disso: três semanas de
entre as orações, assinale a alternativa que apresenta o trecho treinamento, como aventou o ministro, é suficiente para isso.
corretamente reescrito, e com seu sentido inalterado. E) Nada contra a vinda dos estrangeiros, pois estarão aptos
(A) Porque o motorista é reincidente em um ano, esse valor para o trabalho. Tenho dúvidas, por conseguinte: três semanas
é dobrado. de treinamento, como aventou o ministro, são suficiente para
(B) Como o motorista é reincidente em um ano, esse valor isso.
é dobrado.
(C) Conforme o motorista for reincidente em um ano, esse 10. (Agente Policial - Vunesp) Considere o trecho: – Leve
valor é dobrado. para casa – ponderou meu conselheiro, como quem diz: – É sua.
(D) Se o motorista for reincidente em um ano, esse valor é Mas acrescentou: – procure direito e o endereço aparece.
dobrado. Sem que seja alterado o sentido do texto e de acordo com a
(E) À medida que o motorista é reincidente em um ano, esse norma-padrão da língua portuguesa, o termo em destaque pode
valor é dobrado. ser corretamente substituído por:
(A) Por isso.
08. Em – O projeto “Começar de Novo” busca sensibilizar (B) Portanto.
entidades públicas e privadas para promover a ressocialização (C) Pois.
dos presos... – o termo em destaque estabelece uma relação de (D) Porquanto.
A) causa. (E) Porém.
B) tempo.
C) lugar. Respostas
D) finalidade.
E) modo. 1-E / 2-E / 3-A / 4-E / 5-D / 6-C / 7-D / 8-D / 9-A / 10-E

09. (Agente de Promotoria – Assessoria – VUNESP). Leia Comentários


o texto a seguir.
1-) Conquanto é uma conjunção concessiva – abre uma
Barreira da língua exceção à regra. Portanto, a troca correta é por uma outra
conjunção adversativa.
A barreira da língua e dos regionalismos parece um
mero detalhe em meio a tantas outras questões mais sérias 2-) Como fomos programados para ver o mundo como um
já levantadas, como a falta de remédios, de equipes e de lugar ameaçador…
infraestrutura, mas não é. Causal na primeira ocorrência e comparativa na segunda.
Como é possível estabelecer uma relação médico-paciente,
um diagnóstico correto, se o médico não compreende o paciente 3-) ser poeta e militante político / confronto entre
e vice-versa? subjetividade e atuação social.
Sim, essa dificuldade já existe no Brasil mesmo com médicos O fato de ser poeta e militante político gera confronto entre
e pacientes falando português, mas ela só tende a piorar com o seu lado subjetivo e racional.
“portunhol” que se vislumbra pela frente. 4-) Temos de refletir sobre isso para mudar nossas atitudes.
O ministro da Saúde já disse que isso não será problema, Apresenta a finalidade da reflexão. Devemos refletir para
que é mais fácil treinar um médico em português do que ficar quê?
esperando sete ou oito anos até um médico brasileiro ser

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APOSTILAS OPÇÃO
5-) Uma junção, soma de ideias. Há a presença de conjunções A + à(s) = à(s)
aditivas. Por + o = pelo(s)
Por + a = pela(s)
6-) De acordo com especialistas, recusar o bafômetro não
vai mais impedir o processo criminal... Preposição + Pronomes
Apresenta a mesma ideia que a do enunciado – além de ser De + ele(s) = dele(s)
a mais coerente. De + ela(s) = dela(s)
De + este(s) = deste(s)
7-) Esse valor é dobrado caso o motorista seja reincidente De + esta(s) = desta(s)
em um ano. – estabelece relação de condição, portanto devemos De + esse(s) = desse(s)
utilizar uma conjunção condicional: SE. De + essa(s) = dessa(s)
Se o motorista for reincidente em um ano, esse valor é De + aquele(s) = daquele(s)
dobrado. De + aquela(s) = daquela(s)
De + isto = disto
8-) A finalidade da sensibilização. De + isso = disso
De + aquilo = daquilo
9-) A) Nada contra a vinda dos estrangeiros, se estiverem De + aqui = daqui
aptos para o trabalho. Tenho dúvidas, no entanto: três semanas De + aí = daí
de treinamento, como aventou o ministro, é suficiente para isso? De + ali = dali
= correta De + outro = doutro(s)
O único item que não altere o que foi dito no enunciado. De + outra = doutra(s)
Em + este(s) = neste(s)
10-) Porém = conjunção adversativa. Em + esta(s) = nesta(s)
Em + esse(s) = nesse(s)
Preposição Em + aquele(s) = naquele(s)
Em + aquela(s) = naquela(s)
Preposição é uma palavra invariável que serve para ligar Em + isto = nisto
termos ou orações. Quando esta ligação acontece, normalmente Em + isso = nisso
há uma subordinação do segundo termo em relação ao Em + aquilo = naquilo
primeiro. As preposições são muito importantes na estrutura A + aquele(s) = àquele(s)
da língua, pois estabelecem a coesão textual e possuem valores A + aquela(s) = àquela(s)
semânticos indispensáveis para a compreensão do texto. A + aquilo = àquilo

Tipos de Preposição Dicas sobre preposição


1. Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente
como preposições. 1. O “a” pode funcionar como preposição, pronome pessoal
A, ante, perante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, oblíquo e artigo. Como distingui-los?
para, por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro de, para com. - Caso o “a” seja um artigo, virá precedendo a um substantivo.
2. Preposições acidentais: palavras de outras classes Ele servirá para determiná-lo como um substantivo singular
gramaticais que podem atuar como preposições. e feminino.
Como, durante, exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão, A dona da casa não quis nos atender.
visto. Como posso fazer a Joana concordar comigo?
3. Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo - Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois
como uma preposição, sendo que a última palavra é uma delas. termos e estabelece relação de subordinação entre eles.
Abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de Cheguei a sua casa ontem pela manhã.
acordo com, em cima de, embaixo de, em frente a, ao redor de, Não queria, mas vou ter que ir à outra cidade para procurar
graças a, junto a, com, perto de, por causa de, por cima de, por um tratamento adequado.
trás de. - Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o lugar e/
A preposição, como já foi dito, é invariável. No entanto pode ou a função de um substantivo.
unir-se a outras palavras e assim estabelecer concordância em Temos Maria como parte da família. / A temos como parte
gênero ou em número. Ex: por + o = pelo por + a = pela da família
Vale ressaltar que essa concordância não é característica da Creio que conhecemos nossa mãe melhor que ninguém. /
preposição, mas das palavras às quais ela se une. Creio que a conhecemos melhor que ninguém.
Esse processo de junção de uma preposição com outra
palavra pode se dar a partir de dois processos: 2. Algumas relações semânticas estabelecidas por meio das
1. Combinação: A preposição não sofre alteração. preposições:
preposição a + artigos definidos o, os Destino = Irei para casa.
a + o = ao Modo = Chegou em casa aos gritos.
preposição a + advérbio onde Lugar = Vou ficar em casa;
a + onde = aonde Assunto = Escrevi um artigo sobre adolescência.
Tempo = A prova vai começar em dois minutos.
2. Contração: Quando a preposição sofre alteração. Causa = Ela faleceu de derrame cerebral.
Preposição + Artigos Fim ou finalidade = Vou ao médico para começar o
De + o(s) = do(s) tratamento.
De + a(s) = da(s) Instrumento = Escreveu a lápis.
De + um = dum Posse = Não posso doar as roupas da mamãe.
De + uns = duns Autoria = Esse livro de Machado de Assis é muito bom.
De + uma = duma Companhia = Estarei com ele amanhã.
De + umas = dumas Matéria = Farei um cartão de papel reciclado.
Em + o(s) = no(s) Meio = Nós vamos fazer um passeio de barco.
Em + a(s) = na(s) Origem = Nós somos do Nordeste, e você?
Em + um = num Conteúdo = Quebrei dois frascos de perfume.
Em + uma = numa Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso.
Em + uns = nuns Preço = Essa roupa sai por R$ 50 à vista.
Em + umas = numas

Língua Portuguesa 22
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APOSTILAS OPÇÃO
Questões 02. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP)
Considere o trecho a seguir.
01. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – O metrô paulistano, ________quem a banda recebe apoio,
VUNESP). Leia o texto a seguir. garante o espaço para ensaios e os equipamentos; e a estabilidade
no emprego, vantagem________ que muitos trabalhadores sonham,
“Xadrez que liberta”: estratégia, concentração e reeducação é o que leva os integrantes do grupo a permanecerem na
instituição.
João Carlos de Souza Luiz cumpre pena há três anos e dois As preposições que preenchem o trecho, correta,
meses por assalto. Fransley Lapavani Silva está há sete anos respectivamente e de acordo com a norma-padrão, são:
preso por homicídio. Os dois têm 30 anos. Além dos muros, A) a ...com
grades, cadeados e detectores de metal, eles têm outros pontos B) de ...com
em comum: tabuleiros e peças de xadrez. C) de ...a
O jogo, que eles aprenderam na cadeia, além de uma válvula D) com ...a
de escape para as horas de tédio, tornou-se uma metáfora para o E) para ...de
que pretendem fazer quando estiverem em liberdade.
“Quando você vai jogar uma partida de xadrez, tem que pensar 03. (Agente Policial – Vunesp). Assinale a alternativa cuja
duas, três vezes antes. Se você movimenta uma peça errada, preposição em destaque expressa ideia de finalidade.
pode perder uma peça de muito valor ou tomar um xeque-mate, (A) Além disso, aumenta a punição administrativa, de R$
instantaneamente. Se eu for para a rua e movimentar a peça 957,70 para R$ 1.915,40.
errada, eu posso perder uma peça muito importante na minha (B) ... o STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu que
vida, como eu perdi três anos na cadeia. Mas, na rua, o problema o bafômetro e o exame de sangue eram obrigatórios para
maior é tomar o xeque-mate”, afirma João Carlos. comprovar o crime.
O xadrez faz parte da rotina de cerca de dois mil internos (C) “... Ele é encaminhado para a delegacia para o perito
em 22 unidades prisionais do Espírito Santo. É o projeto “Xadrez fazer o exame clínico”...
que liberta”. Duas vezes por semana, os presos podem praticar (D) Já para o juiz criminal de São Paulo, Fábio Munhoz
a atividade sob a orientação de servidores da Secretaria de Soares, um dos que devem julgar casos envolvendo pessoas
Estado da Justiça (Sejus). Na próxima sexta-feira, será realizado embriagadas ao volante, a mudança “é um avanço”.
o primeiro torneio fora dos presídios desde que o projeto foi (E) Para advogados, a lei aumenta o poder da autoridade
implantado. Vinte e oito internos de 14 unidades participam da policial de dizer quem está embriagado...
disputa, inclusive João Carlos e Fransley, que diz que a vitória
não é o mais importante. 04. (Agente Policial - VUNESP). Em – Jamais em minha vida
“Só de chegar até aqui já estou muito feliz, porque eu não achei na rua ou em qualquer parte do globo um objeto qualquer.
esperava. A vitória não é tudo. Eu espero alcançar outras coisas –, o termo em destaque introduz ideia de
devido ao xadrez, como ser olhado com outros olhos, como (A) tempo.
estou sendo olhado de forma diferente aqui no presídio devido (B) lugar.
ao bom comportamento”. (C) modo.
Segundo a coordenadora do projeto, Francyany Cândido (D) posse.
Venturin, o “Xadrez que liberta” tem provocado boas mudanças (E) direção.
no comportamento dos presos. “Tem surtido um efeito positivo
por eles se tornarem uma referência positiva dentro da unidade, 05. Na frase - As duas sobrinhas quase desmaiam de enjoo... -
já que cumprem melhor as regras, respeitam o próximo e a preposição de, destacada, tem sentido de
pensam melhor nas suas ações, refletem antes de tomar uma A) causa.
atitude”. B) tempo.
Embora a Sejus não monitore os egressos que ganham a C) assunto.
liberdade, para saber se mantêm o hábito do xadrez, João Carlos D) lugar.
já faz planos. “Eu incentivo não só os colegas, mas também E) posse.
minha família. Sou casado e tenho três filhos. Já passei para a
minha família: xadrez, quando eu sair para a rua, todo mundo 06. No trecho: “(O Rio) não se industrializou, deixou explodir a
vai ter que aprender porque vai rolar até o torneio familiar”. questão social, fermentada por mais de dois milhões de favelados,
“Medidas de promoção de educação e que possibilitem que o e inchou, à exaustão, uma máquina administrativa que não
egresso saia melhor do que entrou são muito importantes. Nós funciona...”, a preposição a (que está contraída com o artigo a)
não temos pena de morte ou prisão perpétua no Brasil. O preso traduz uma relação de:
tem data para entrar e data para sair, então ele tem que sair A) fim B) causa C) concessão D) limite E) modo
sem retornar para o crime”, analisa o presidente do Conselho
Estadual de Direitos Humanos, Bruno Alves de Souza Toledo. 07. (Agente Policial – Vunesp) Assinale a alternativa em
que o termo em destaque expressa circunstância de posse.
(Disponível em: www.inapbrasil.com.br/en/noticias/xadrez-que- (A) Por isso, grande foi a minha emoção ao deparar, no
liberta-estrategia-concentracao-e-reeducacao/6/noticias. assento do ônibus, com uma bolsa preta de senhora.
Acesso em: 18.08.2012. Adaptado) (B) Era razoável, e diante da testemunha abri a bolsa, não
sem experimentar a sensação de violar uma intimidade.
No trecho –... xadrez, quando eu sair para a rua, todo mundo (C) Hesitei: constrangia-me abrir a bolsa de uma
vai ter que aprender porque vai rolar até o torneio familiar.– o desconhecida ausente; nada haveria nela que me dissesse
termo em destaque expressa relação de respeito.
(D) ...e sei de um polonês que achou um piano na praia do
A) espaço, como em – Nosso diretor foi até Brasília para falar Leblon.
do projeto “Xadrez que liberta”. (E) Mas eu não estava preparado para achar uma bolsa, e
B) inclusão, como em – O xadrez mudou até o nosso modo comuniquei a descoberta ao passageiro mais próximo
de falar.
C) finalidade, como em – Precisamos treinar até junho para 08. Assinale a alternativa em que ocorre combinação de uma
termos mais chances de vencer o torneio de xadrez. preposição com um pronome demonstrativo:
D) movimento, como em – Só de chegar até aqui já estou A) Estou na mesma situação.
muito feliz, porque eu não esperava. B) Neste momento, encerramos nossas transmissões.
E) tempo, como em – Até o ano que vem, pretendo conseguir C) Daqui não saio.
a revisão da minha pena. D) Ando só pela vida.
E) Acordei num lugar estranho.

Língua Portuguesa 23
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APOSTILAS OPÇÃO
09. (Papiloscopista Policial – Vunesp) Considerando as A) Estou na mesma situação. (+ artigo)
regras de regência verbal, assinale a alternativa que completa, C) Daqui não saio. (+advérbio)
correta e respectivamente, as lacunas da frase. D) Ando só pela vida. (+advérbio)
A ONG Anjos do Verão colabora _______ trabalho do Corpo E) Acordei num lugar estranho (+artigo)
de Bombeiros, empenhando-se ____________ encontrar crianças
perdidas. 9-) A ONG Anjos do Verão colabora com o trabalho
(A) do ... sobre do Corpo de Bombeiros, empenhando-se para encontrar
(B) com o ... para crianças perdidas.
(C) no ... ante
(D) o ... entre 10-)
(E) pelo ... de A) Aos prantos, despedi-me dela. (ela = objeto)
C) Falava das colegas em público. (elas = objeto)
10. Assinale a alternativa em que a norma culta não aceita a D) Retirei os livros das prateleiras para limpá-los. (=artigo)
contração da preposição de: E) O local da chacina estava interditado. (=artigo)
A) Aos prantos, despedi-me dela.
B) Está na hora da criança dormir. É incorreto contrair a preposição de com o artigo que inicia
C) Falava das colegas em público. o sujeito de um verbo, bem como com o pronome ele(s), ela(s),
D) Retirei os livros das prateleiras para limpá-los. quando estes funcionarem como sujeito de uma oração.
E) O local da chacina estava interditado.
Pronome
Respostas
Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele
1-B / 2-B / 3-B / 4-B / 5-A / 6-E / 7-C / 8-B / 9-B / 10-B se refere, ou ainda, que acompanha o nome qualificando-o de
alguma forma.
Comentários A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos!
[substituição do nome]
1-) xadrez, quando eu sair para a rua, todo mundo vai ter A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bonita!
que aprender porque vai rolar até o torneio familiar.– o termo [referência ao nome]
em destaque expressa relação de inclusão: rolará, inclusive, o Essa moça morava nos meus sonhos!
torneio familiar. [qualificação do nome]

2-) O metrô paulistano, de quem a banda recebe apoio, Grande parte dos pronomes não possuem significados
garante o espaço para ensaios e os equipamentos; e a estabilidade fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação dentro de
no emprego, vantagem com que muitos trabalhadores sonham, é um contexto, o qual nos permite recuperar a referência exata
o que leva os integrantes do grupo a permanecerem na instituição. daquilo que está sendo colocado por meio dos pronomes no
As preposições que preenchem o trecho, correta, ato da comunicação. Com exceção dos pronomes interrogativos
respectivamente e de acordo com a norma-padrão, são: e indefinidos, os demais pronomes têm por função principal
apontar para as pessoas do discurso ou a elas se relacionar,
3-) indicando-lhes sua situação no tempo ou no espaço. Em virtude
(A) Além disso, aumenta a punição administrativa, de R$ dessa característica, os pronomes apresentam uma forma
957,70 para R$ 1.915,40. = preço específica para cada pessoa do discurso.
(C) “... Ele é encaminhado para a delegacia para o perito Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.
fazer o exame clínico”... = lugar [minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala]
(D) Já para o juiz criminal de São Paulo, Fábio Munhoz Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?
Soares, um dos que devem julgar casos envolvendo pessoas [tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se fala]
embriagadas ao volante, a mudança “é um avanço”. = posse A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
(E) Para advogados, a lei aumenta o poder da autoridade [dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem se fala]
policial de dizer quem está embriagado = posse
Em termos morfológicos, os pronomes são palavras
4-) Jamais em minha vida achei na rua ou em qualquer parte variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em número
do globo um objeto qualquer. –, o termo em destaque introduz (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência através
ideia de lugar. do pronome seja coerente em termos de gênero e número
(fenômeno da concordância) com o seu objeto, mesmo quando
5-) As duas sobrinhas quase desmaiam de enjoo... - a este se apresenta ausente no enunciado.
preposição de, destacada, tem sentido de causa (do desmaio). Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile
da nossa escola neste ano.
6-) “(O Rio) não se industrializou, deixou explodir a questão [nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância
social, fermentada por mais de dois milhões de favelados, e inchou, adequada]
à exaustão, uma máquina administrativa que não funciona...”, a [neste: pronome que determina “ano” = concordância
preposição a (que está contraída com o artigo a) traduz uma adequada]
relação de modo (=exaustivamente). [ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concordância
inadequada]
7-) Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos,
(A) Por isso, grande foi a minha emoção ao deparar, no demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
assento do ônibus, com uma bolsa preta de senhora. = lugar
Pronomes Pessoais
(B) Era razoável, e diante da testemunha abri a bolsa, não São aqueles que substituem os substantivos, indicando
sem experimentar a sensação de violar uma intimidade. = lugar diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve
(D) ... e sei de um polonês que achou um piano na praia do assume os pronomes “eu” ou “nós”, usa os pronomes “tu”, “vós”,
Leblon. =assunto “você” ou “vocês” para designar a quem se dirige e “ele”, “ela”,
(E) Mas eu não estava preparado para achar uma bolsa, “eles” ou “elas” para fazer referência à pessoa ou às pessoas de
e comuniquei a descoberta ao passageiro mais próximo. = quem fala.
finalidade Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções
que exercem nas orações, podendo ser do caso reto ou do caso
8-) oblíquo.

Língua Portuguesa 24
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APOSTILAS OPÇÃO
Pronome Reto - Trouxeste o pacote? - Não contaram a novidade a
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença,
vocês?
exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito.
Nós lhe ofertamos flores. - Sim, entreguei-to ainda há - Não, no-la contaram.
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero pouco.
(apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal
flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa forma, o No português do Brasil, essas combinações não são usadas;
quadro dos pronomes retos é assim configurado: até mesmo na língua literária atual, seu emprego é muito raro.
- 1ª pessoa do singular: eu
- 2ª pessoa do singular: tu Atenção:
- 3ª pessoa do singular: ele, ela Os pronomes o, os, a, as assumem formas especiais depois
- 1ª pessoa do plural: nós de certas terminações verbais. Quando o verbo termina em -z,
- 2ª pessoa do plural: vós -s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo
- 3ª pessoa do plural: eles, elas tempo que a terminação verbal é suprimida.
Por exemplo: fiz + o = fi-lo
Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como fazei + o = fazei-os
complementos verbais na língua-padrão. Frases como “Vi dizer + a = dizê-la
ele na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram eu até aqui”,
comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume
formal escrita ou falada. Na língua formal, devem ser usados os as formas no, nos, na, nas. Por exemplo:
pronomes oblíquos correspondentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a viram + o: viram-no
na praça”, “Trouxeram-me até aqui”. repõe + os = repõe-nos
Obs.: frequentemente observamos a omissão do pronome retém + a: retém-na
reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias formas tem + as = tem-nas
verbais marcam, através de suas desinências, as pessoas do
verbo indicadas pelo pronome reto. Pronome Oblíquo Tônico
Fizemos boa viagem. (Nós) Os pronomes oblíquos tônicos são sempre
precedidos por preposições, em geral as preposições a, para, de
Pronome Oblíquo e com. Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença, de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica forte.
exerce a função de complemento verbal (objeto direto ou O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim
indireto) ou complemento nominal. configurado:

Ofertaram-nos flores. (objeto indireto) - 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo


Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma variante - 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
do pronome pessoal do caso reto. Essa variação indica a função - 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela
diversa que eles desempenham na oração: pronome reto marca - 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
o sujeito da oração; pronome oblíquo marca o complemento da - 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
oração. - 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com
a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou tônicos. Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico
são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As demais
Pronome Oblíquo Átono repetem a forma do pronome pessoal do caso reto.
São chamados átonos os pronomes oblíquos que não são - As preposições essenciais introduzem sempre pronomes
precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica  fraca. pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso reto. Nos
Ele me deu um presente. contextos interlocutivos que exigem o uso da língua formal, os
O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim configurado: pronomes costumam ser usados desta forma:
- 1ª pessoa do singular (eu): me Não há mais nada entre mim e ti.
- 2ª pessoa do singular (tu): te Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe Não há nenhuma acusação contra mim.
- 1ª pessoa do plural (nós): nos Não vá sem mim.
- 2ª pessoa do plural (vós): vos
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes Atenção:
Há construções em que a preposição, apesar de surgir
Observações: anteposta a um pronome, serve para introduzir uma oração cujo
O “lhe” é o único pronome oblíquo átono que já se verbo está no infinitivo. Nesses casos, o verbo pode ter sujeito
apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união entre o expresso; se esse sujeito for um pronome, deverá ser do caso
pronome “o” ou “a” e preposição “a” ou “para”. Por acompanhar reto.
diretamente uma preposição, o pronome “lhe” exerce sempre a
função de objeto indireto na oração. Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.
Não vá sem eu mandar.
Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos
diretos como objetos indiretos. - A combinação da preposição “com” e alguns pronomes
Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como originou as formas especiais comigo, contigo, consigo,
objetos diretos. conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos
frequentemente exercem a função de adjunto adverbial de
Saiba que: companhia.
Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-se Ele carregava o documento consigo.
com os pronomes o, os, a, as, dando origem a formas como mo, - As formas “conosco” e “convosco” são substituídas por “com
mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, lhas; no-lo, no-los, no- nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais são reforçados
la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las. Observe o uso dessas formas por palavras como outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou
nos exemplos que seguem: algum numeral.
Você terá de viajar com nós todos.
Estávamos com vós outros quando chegaram as más notícias.
Ele disse que iria com nós três.

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APOSTILAS OPÇÃO
Pronome Reflexivo b) 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento dirijam-
São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem se à 2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita com a 3ª
como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito da oração. pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os
Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação expressa pelo pronomes oblíquos empregados em relação a eles devem ficar
verbo. na 3ª pessoa.
O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado: Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas,
para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.
- 1ª pessoa do singular (eu): me, mim. c) Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou
Eu não me vanglorio disso. nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo do
Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi. texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim,
por exemplo, se começamos a chamar alguém de “você”, não
- 2ª pessoa do singular (tu): te, ti. poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto exigirá, ainda, verbo
Assim tu te prejudicas. na terceira pessoa.
Conhece a ti mesmo. Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus
cabelos. (errado)
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo. Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus
Guilherme já se preparou. cabelos. (correto)
Ela deu a si um presente. Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus
Antônio conversou consigo mesmo. cabelos. (correto)

- 1ª pessoa do plural (nós): nos. Pronomes Possessivos


Lavamo-nos no rio. São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical
(possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa
- 2ª pessoa do plural (vós): vos. possuída).
Vós vos beneficiastes com a esta conquista. Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular)

- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo. Observe o quadro:


Eles se conheceram.
Elas deram a si um dia de folga. Número Pessoa Pronome
singular primeira meu(s), minha(s)
A Segunda Pessoa Indireta
A chamada segunda pessoa indireta manifesta-se quando singular segunda teu(s), tua(s)
utilizamos pronomes que, apesar de indicarem nosso singular terceira seu(s), sua(s)
interlocutor ( portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na
terceira pessoa. É o caso dos chamados pronomes de tratamento, plural primeira nosso(s), nossa(s)
que podem ser observados no quadro seguinte: plural segunda vosso(s), vossa(s)

Pronomes de Tratamento plural terceira seu(s), sua(s)

Vossa Alteza V. A. príncipes, duques Note que: A forma do possessivo depende da pessoa
Vossa Eminência V. Ema.(s) cardeais gramatical a que se refere; o gênero e o número concordam com
Vossa Reverendíssima V. Revma.(s) sacerdotes e bispos o objeto possuído.
Vossa Excelência V. Ex.ª (s) altas autoridades e Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento
oficiais-generais difícil.
Vossa Magnificência V. Mag.ª (s) reitores de
universidades Observações:
Vossa Majestade V. M. reis e rainhas 1 - A forma “seu” não é um possessivo quando resultar da
Vossa Majestade Imperial V. M. I. Imperadores alteração fonética da palavra senhor.
Vossa Santidade V. S. Papa - Muito obrigado, seu José.
Vossa Senhoria V. S.ª (s) tratamento 2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse.
cerimonioso Podem ter outros empregos, como:
Vossa Onipotência V. O. Deus a) indicar afetividade.
- Não faça isso, minha filha.
Também são pronomes de tratamento o senhor, a b) indicar cálculo aproximado.
senhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empregados Ele já deve ter seus 40 anos.
no tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no tratamento c) atribuir valor indefinido ao substantivo.
familiar. Você e vocês são largamente empregados no português Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.
do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é de uso frequente;
em outras, pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito à 3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o
linguagem litúrgica, ultraformal ou literária. pronome possessivo fica na 3ª pessoa.
Observações: Vossa Excelência trouxe sua mensagem?
a) Vossa Excelência X Sua Excelência: os pronomes de 4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo
tratamento que possuem “Vossa (s)” são empregados em concorda com o mais próximo.
relação à pessoa com quem falamos. Trouxe-me seus livros e anotações.
Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este 5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos
encontro. átonos assumem valor de possessivo.
Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito da pessoa. Vou seguir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos.)
Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o
Senhor Presidente da República, agiu com propriedade. Pronomes Demonstrativos
Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a
- Os pronomes de tratamento representam uma forma posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao contexto.
indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, no tempo ou
tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo, discurso.
estamos nos endereçando à excelência que esse deputado
supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa. No espaço:

Língua Portuguesa 26
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APOSTILAS OPÇÃO
Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta, disso,
está perto da pessoa que fala. nisso, no, etc.
Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o carro Não acreditei no que estava vendo. (no = naquilo)
está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que
fala. Pronomes Indefinidos
Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o carro São palavras que se referem à terceira pessoa do discurso,
está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo. dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quantidade
indeterminada.
Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém-
por meio de correspondência, que é uma modalidade escrita de plantadas.
fala), são particularmente importantes o este e o esse - o primeiro Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa
localiza os seres em relação ao emissor; o segundo, em relação de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma
ao destinatário. Trocá-los pode causar ambiguidade. imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser humano
que seguramente existe, mas cuja identidade é desconhecida ou
Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar não se quer revelar.
informações sobre o concurso vestibular. (trata-se da universidade
destinatária). Classificam-se em:
Reafirmamos a disposição desta universidade em participar
no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universidade que - Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lugar
envia a mensagem). do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase. São
eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, ninguém,
No tempo: outrem, quem, tudo.
Este ano está sendo bom para nós. O pronome este se refere Algo o incomoda?
ao ano presente. Quem avisa amigo é.
Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse se refere a
um passado próximo. - Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser
Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade
referindo a um passado distante. aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s).
Cada povo tem seus costumes.
- Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou Certas pessoas exercem várias profissões.
invariáveis, observe:
Note que: Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s). pronomes indefinidos adjetivos:
Invariáveis: isto, isso, aquilo. algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos),
demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns,
- Também aparecem como pronomes demonstrativos: nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer,
- o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e puderem quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s),
ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo. tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias.
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela que Menos palavras e mais ações.
te indiquei.) Alguns se contentam pouco.
- mesmo(s), mesma(s):
Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem. Os pronomes indefinidos podem ser divididos
- próprio(s), própria(s): em variáveis e invariáveis. Observe:
Os próprios alunos resolveram o problema.
Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário, tanto,
- semelhante(s): outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca, vária,
Não compre semelhante livro. tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer, alguns, nenhuns,
- tal, tais: todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros, quantos, algumas,
Tal era a solução para o problema. nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas, outras, quantas.
Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, algo,
Note que: cada.

a) Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em São locuções pronominais indefinidas: cada qual, cada um,
construções redundantes, com finalidade expressiva, para qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que), seja quem for,
salientar algum termo anterior. Por exemplo: seja qual for, todo aquele (que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou
Manuela, essa é que dera em cheio casando com o José Afonso. qual, um ou outro, uma ou outra, etc.
Desfrutar das belezas brasileiras, isso é que é sorte! Cada um escolheu o vinho desejado.
b) O pronome demonstrativo neutro ou pode representar
um termo ou o conteúdo de uma oração inteira, caso em que Indefinidos Sistemáticos
aparece, geralmente, como objeto direto, predicativo ou aposto. Ao observar atentamente os pronomes indefinidos,
O casamento seria um desastre. Todos o pressentiam. percebemos que existem alguns grupos que criam oposição
c) Para evitar a repetição de um verbo anteriormente de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm sentido
expresso, é comum empregar-se, em tais casos, o verbo fazer, afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm sentido negativo;
chamado, então, verbo vicário (= que substitui, que faz as vezes todo/tudo, que indicam uma totalidade afirmativa, e nenhum/
de). nada, que indicam uma totalidade negativa; alguém/ninguém,
Ninguém teve coragem de falar antes que ela o fizesse. que se referem à pessoa, e algo/nada, que se referem à coisa;
d) Em frases como a seguinte, este se refere à pessoa certo, que particulariza, e qualquer, que generaliza.
mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em primeiro Essas oposições de sentido são muito importantes na
lugar. construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas
O referido deputado e o Dr. Alcides eram amigos íntimos; vezes dependem a solidez e a consistência dos argumentos
aquele casado, solteiro este. [ou então: este solteiro, aquele casado] expostos. Observe nas frases seguintes a força que os pronomes
e) O pronome demonstrativo tal pode ter conotação irônica. indefinidos destacados imprimem às afirmações de que fazem
A menina foi a tal que ameaçou o professor? parte:
f) Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em com Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado

Língua Portuguesa 27
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APOSTILAS OPÇÃO
prático. precedido de preposição.
Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são
pessoas quaisquer. É um professor a quem muito devemos.
(preposição)
Pronomes Relativos
São aqueles que representam nomes já mencionados g) “Onde”, como pronome relativo, sempre possui
anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem as antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar.
orações subordinadas adjetivas. A casa onde morava foi assaltada.
O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um
grupo racial sobre outros. h) Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em
(afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros = que.
oração subordinada adjetiva). Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no
O pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema” e exterior.
introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra “sistema”
é antecedente do pronome relativo que. i) Podem ser utilizadas como pronomes relativos as palavras:
O antecedente do pronome relativo pode ser o pronome - como (= pelo qual)
demonstrativo o, a, os, as. Não me parece correto o modo como você agiu semana
Não sei o que você está querendo dizer. passada.
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem - quando (= em que)
expresso. Bons eram os tempos quando podíamos jogar videogame.
Quem casa, quer casa.
j) Os pronomes relativos permitem reunir duas orações
Observe: numa só frase.
Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os quais, O futebol é um esporte.
cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas, quantas. O povo gosta muito deste esporte.
Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde. O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.

Note que: k) Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode


a) O pronome “que” é o relativo de mais largo emprego, ocorrer a elipse do relativo “que”.
sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser substituído A sala estava cheia de gente que conversava, (que) ria,
por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu antecedente for (que) fumava.
um substantivo.
Pronomes Interrogativos
O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual) São usados na formulação de perguntas, sejam elas diretas
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual) ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos, referem-
Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais) se à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso. São pronomes
As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais) interrogativos: que, quem, qual (e variações), quanto (e variações).

b) O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço.
pronomes relativos: por isso, são utilizados didaticamente para Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas
verificar se palavras como “que”, “quem”, “onde” (que podem ter preferes.
várias classificações) são pronomes relativos. Todos eles são Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte quantos
usados com referência à pessoa ou coisa por motivo de clareza passageiros desembarcaram.
ou depois de determinadas preposições:
Sobre os pronomes:
Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o O pronome pessoal é do caso reto quando tem função de
qual me deixou encantado. (O uso de “que”, neste caso, geraria sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo quando
ambiguidade.) desempenha função de complemento. Vamos entender,
primeiramente, como o pronome pessoal surge na frase e que
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas função exerce. Observe as orações:
dúvidas? (Não se poderia usar “que” depois de sobre.) 1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar.
2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia ajudá-
c) O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que, e se lo.
refere a uma oração.
Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele”
Não chegou a ser padre, mas deixou de ser poeta, que era a exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso reto.
sua vocação natural. Já na segunda oração, observamos o pronome “lhe” exercendo
função de complemento, e, consequentemente, é do caso oblíquo.
d) O pronome “cujo” não concorda com o seu antecedente, Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso,
mas com o consequente. Equivale a do qual, da qual, dos quais, o pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta para a
das quais. segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia se devia
ajudar.... Ajudar quem? Você (lhe).
Este é o caderno cujas folhas estão rasgadas. Importante: Em observação à segunda oração, o emprego do
(antecedente) (consequente) pronome oblíquo “lhe” é justificado antes do verbo intransitivo
“ajudar” porque o pronome oblíquo pode estar antes, depois ou
e) “Quanto” é pronome relativo quando tem por antecedente entre locução verbal, caso o verbo principal (no caso “ajudar”)
um pronome indefinido: tanto (ou variações) e tudo: estiver no infinitivo ou gerúndio.
Eu desejo lhe perguntar algo.
Emprestei tantos quantos foram necessários. Eu estou perguntando-lhe algo.
(antecedente)
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou tônicos:
Ele fez tudo quanto havia falado. os primeiros não são precedidos de preposição, diferentemente
(antecedente) dos segundos que são sempre precedidos de preposição.
- Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que eu
f) O pronome “quem” se refere a pessoas e vem sempre estava fazendo.

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APOSTILAS OPÇÃO
- Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim o que Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que
eu estava fazendo. dependem de outros para se manifestar ou existir.
Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser
Substantivo observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa ou coisa
que seja bela. A beleza depende de outro ser para se manifestar.
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é Portanto, a palavra beleza é um substantivo abstrato.
a classe gramatical de palavras variáveis, as quais denominam Os substantivos abstratos designam estados, qualidades,
os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser abstraídos,
também nomeiam: e sem os quais não podem existir.
-lugares: Alemanha, Porto Alegre... vida (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade
-sentimentos: raiva, amor... (sentimento).  
-estados: alegria, tristeza...
-qualidades: honestidade, sinceridade... 3 - Substantivos Coletivos
-ações: corrida, pescaria... Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra
abelha, mais outra abelha.
Morfossintaxe do substantivo Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral
exerce funções diretamente relacionadas com o verbo: atua Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi necessário
como núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, mais outra
direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode ainda funcionar abelha...
como núcleo do complemento nominal ou do aposto, como No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural.
núcleo do predicativo do sujeito ou do objeto ou como núcleo No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular
do vocativo. Também encontramos substantivos como núcleos (enxame) para designar um conjunto de seres da mesma espécie
de adjuntos adnominais e de adjuntos adverbiais - quando essas (abelhas).
funções são desempenhadas por grupos de palavras. O substantivo enxame é um substantivo coletivo.

Classificação dos Substantivos Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, mesmo


estando no singular, designa um conjunto de seres da mesma
1- Substantivos Comuns e Próprios espécie.
Observe a definição:
Formação dos Substantivos
s.f. 1: Povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios,
dispostos em ruas e avenidas (no Brasil, toda a sede de município Substantivos Simples e Compostos
é cidade). 2. O centro de uma cidade (em oposição aos bairros).
Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra.
Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas e
edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada cidade. O substantivo chuva é formado por um único elemento ou
Isso significa que a palavra cidade é um substantivo comum. radical. É um substantivo simples.
Substantivo Comum é aquele que designa os seres de uma Substantivo Simples: é aquele formado por um único
mesma espécie de forma genérica. elemento.
cidade, menino, homem, mulher, país, cachorro. Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja agora:
O substantivo guarda-chuva é formado por dois elementos
Estamos voando para Barcelona. (guarda + chuva). Esse substantivo é composto.
Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou mais
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espécie elementos.
cidade. Esse substantivo é próprio. Substantivo Próprio: é Outros exemplos: beija-flor, passatempo.
aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma
particular. Substantivos Primitivos e Derivados
Meu limão meu limoeiro,
Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil. meu pé de jacarandá...

2 - Substantivos Concretos e Abstratos O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de


nenhum outro dentro de língua portuguesa.
LÂMPADA MALA Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de nenhuma
outra palavra da própria língua portuguesa.
Os substantivos lâmpada e mala designam seres com O substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir
existência própria, que são independentes de outros seres. São da palavra limão.
assim, substantivos concretos. Substantivo Derivado: é aquele que se origina de outra
Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que existe, palavra.
independentemente de outros seres.
Flexão dos substantivos
Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo O substantivo é uma classe variável. A palavra é variável
real e do mundo imaginário. quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por exemplo,
pode sofrer variações para indicar:
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília,
etc. Plural: meninos
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantasma, etc. Feminino: menina
Aumentativo: meninão
Observe agora: Diminutivo: menininho
Beleza exposta Flexão de Gênero
Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual. Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar
sexo real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa,
O substantivo beleza designa uma qualidade. há dois gêneros: masculino e feminino. Pertencem ao

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APOSTILAS OPÇÃO
gênero masculino os substantivos que podem vir precedidos dos h) Substantivos que formam o feminino de maneira especial,
artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos de filmes: isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores:
O velho e o mar czar – czarina réu - ré
Um Natal inesquecível
Os reis da praia Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes

Pertencem ao gênero feminino os substantivos que podem - Epicenos:


vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas: Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.
A história sem fim Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso ocorre
Uma cidade sem passado porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma para indicar
As tartarugas ninjas o masculino e o feminino.
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma para
Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes designar os dois sexos. Esses substantivos são chamados de
Substantivos Biformes (= duas formas):  ao indicar nomes epicenos. No caso dos epicenos, quando houver a necessidade
de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está relacionado de especificar o sexo, utilizam-se palavras macho e fêmea.
ao sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, uma para o A cobra macho picou o marinheiro.
masculino e outra para o feminino. Observe: gato – gata, homem A cobra fêmea escondeu-se na bananeira.
– mulher, poeta – poetisa, prefeito - prefeita
Sobrecomuns:
Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam uma Entregue as crianças à natureza.
única forma, que serve tanto para o masculino quanto para o A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo masculino,
feminino. Classificam-se em: quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem o artigo nem
- Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos. um possível adjetivo permitem identificar o sexo dos seres a que
a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré se refere a palavra. Veja:
fêmea. A criança chorona chamava-se João.
- Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas. A criança chorona chamava-se Maria.
a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, Outros substantivos sobrecomuns:
o indivíduo. a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa
criatura.
- Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas por o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O
meio do artigo. cônjuge de Marcela faleceu
o colega e a colega, o doente e a doente, o artista e a artista.
Comuns de Dois Gêneros:
Saiba que: Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois.
- Substantivos de origem grega terminados em ema ou oma, Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher?
são masculinos. É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma vez
o axioma, o fonema, o poema, o sistema, o sintoma, o teorema. que a palavra motorista é um substantivo uniforme. O restante
- Existem certos substantivos que, variando de gênero, da notícia informa-nos de que se trata de um homem.
variam em seu significado. A distinção de gênero pode ser feita através da análise do
o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora) o artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substantivo.
capital (dinheiro) e a capital (cidade) o colega - a colega
o imigrante - a imigrante
Formação do Feminino dos Substantivos Biformes um jovem - uma jovem
a) Regra geral: troca-se a terminação -o por -a. artista famoso - artista famosa
aluno - aluna repórter francês - repórter francesa

b) Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao - A palavra personagem é usada indistintamente nos dois
masculino. gêneros.
freguês - freguesa a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada
preferência pelo masculino:
c) Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino de três O menino descobriu nas nuvens os personagens dos contos de
formas: carochinha.
- troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa b) Com referência a mulher, deve-se preferir o feminino:
- troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã O problema está nas mulheres de mais idade, que não aceitam
- troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona a personagem.
Não cheguei assim, nem era minha intenção, a criar uma
Exceções: barão – baronesa ladrão- ladra sultão - sultana personagem.
- Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo
d) Substantivos terminados em -or: fotográfico Ana Belmonte.
- acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora
- troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz Observe o gênero dos substantivos seguintes:
Masculinos
e) Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: o tapa
cônsul - consulesa abade - abadessa poeta - o eclipse
poetisa o lança-perfume
duque - duquesa conde - condessa o dó (pena)
profeta - profetisa o sanduíche
o clarinete
f) Substantivos que formam o feminino trocando o -e final o champanha
por -a: o sósia
elefante - elefanta o maracajá
g) Substantivos que têm radicais diferentes no masculino e o clã
no feminino: o hosana
bode – cabra boi - vaca o herpes
o pijama

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APOSTILAS OPÇÃO
o suéter o cinza (a cor cinzenta)
o soprano a cinza (resíduos de combustão)
o proclama
o pernoite o capital (dinheiro)
o púbis a capital (cidade)

Femininos o coma (perda dos sentidos)


a dinamite a coma (cabeleira)
a áspide
a derme o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro)
a hélice a coral (cobra venenosa)
a alcíone
a filoxera o crisma (óleo sagrado, usado na administração da crisma e
a clâmide de outros sacramentos)
a omoplata a crisma (sacramento da confirmação)
a cataplasma
a pane o cura (pároco)
a mascote a cura (ato de curar)
a gênese
a entorse o estepe (pneu sobressalente)
a libido a estepe (vasta planície de vegetação)
a cal
a faringe o guia (pessoa que guia outras)
a cólera (doença) a guia (documento, pena grande das asas das aves)
a ubá (canoa)
o grama (unidade de peso)
- São geralmente masculinos os substantivos de origem a grama (relva)
grega terminados em -ma:
o grama (peso) o caixa (funcionário da caixa)
o quilograma a caixa (recipiente, setor de pagamentos)
o plasma
o apostema o lente (professor)
o diagrama a lente (vidro de aumento)
o epigrama
o telefonema o moral (ânimo)
o estratagema a moral (honestidade, bons costumes, ética)
o dilema
o teorema o nascente (lado onde nasce o Sol)
o apotegma a nascente (a fonte)
o trema
o eczema o maria-fumaça (trem como locomotiva a vapor)
o edema a maria-fumaça (locomotiva movida a vapor)
o magma
o anátema o pala (poncho)
o estigma a pala (parte anterior do boné ou quepe, anteparo)
o axioma
o tracoma o rádio (aparelho receptor)
o hematoma a rádio (estação emissora)

Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc. o voga (remador)


a voga (moda, popularidade)
Gênero dos Nomes de Cidades:
Com raras exceções, nomes de cidades são femininos.
A histórica Ouro Preto. Flexão de Número do Substantivo
A dinâmica São Paulo. Em português, há dois números gramaticais: o singular, que
A acolhedora Porto Alegre. indica um ser ou um grupo de seres, e
Uma Londres imensa e triste. o plural, que indica mais de um ser ou grupo de seres. A
característica do plural é o “s” final.
Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
Plural dos Substantivos Simples
Gênero e Significação: a) Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e “n”
Muitos substantivos têm uma significação no masculino e fazem o plural pelo acréscimo de “s”.
outra no feminino. pai – pais ímã - ímãs hífen - hifens (sem acento, no
Observe: plural).
Exceção: cânon - cânones.
o baliza (soldado que, que à frente da tropa, indica os b) Os substantivos terminados em “m” fazem o plural em
movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai à frente “ns”.
de um bloco carnavalesco, manejando um bastão) homem - homens.
a baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou c) Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plural
proibição de trânsito) pelo acréscimo de “es”.
revólver – revólveres raiz - raízes
o cabeça (chefe) Atenção: O plural de caráter é caracteres.
a cabeça (parte do corpo) d) Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-se
o cisma (separação religiosa, dissidência) no plural, trocando o “l” por “is”.
a cisma (ato de cismar, desconfiança) quintal - quintais caracol – caracóis hotel - hotéis

Língua Portuguesa 31
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APOSTILAS OPÇÃO
Exceções: mal e males, cônsul e cônsules. flexões próprias dos substantivos.
e) Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de duas Pese bem os prós e os contras.
maneiras: O aluno errou na prova dos noves.
- Quando oxítonos, em “is”: canil - canis Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.
- Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis. Obs.: numerais substantivados terminados em “s” ou “z” não
Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas variam no plural.
maneiras: répteis ou reptis (pouco usada). Nas provas mensais consegui muitos seis e alguns dez.
f) Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de duas
maneiras: Plural dos Diminutivos
- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o acréscimo Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” final e
de “es”: ás – ases / retrós - retroses acrescenta-se o sufixo diminutivo.
- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam invariáveis: pãe(s) + zinhos = pãezinhos
o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus. animai(s) + zinhos = animaizinhos
g) Os substantivos terminados em “ao” fazem o plural de três botõe(s) + zinhos = botõezinhos
maneiras. chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
- substituindo o -ão por -ões: ação - ações farói(s) + zinhos = faroizinhos
- substituindo o -ão por -ães: cão - cães tren(s) + zinhos = trenzinhos
- substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos colhere(s) + zinhas = colherezinhas
h) Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis: o flore(s) + zinhas = florezinhas
látex - os látex. mão(s) + zinhas = mãozinhas
papéi(s) + zinhos = papeizinhos
Plural dos Substantivos Compostos nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas
A formação do plural dos substantivos compostos depende funi(s) + zinhos = funizinhos
da forma como são grafados, do tipo de palavras que formam túnei(s) + zinhos = tuneizinhos
o composto e da relação que estabelecem entre si. Aqueles que pai(s) + zinhos = paizinhos
são grafados sem hífen comportam-se como os substantivos pé(s) + zinhos = pezinhos
simples: pé(s) + zitos = pezitos
aguardente e aguardentes girassol e girassóis
pontapé e pontapés malmequer e malmequeres Plural dos Nomes Próprios Personativos
Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas sempre
O plural dos substantivos compostos cujos elementos são que a terminação preste-se à flexão.
ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e discussões. Os Napoleões também são derrotados.
Algumas orientações são dadas a seguir: As Raquéis e Esteres.

a) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de: Plural dos Substantivos Estrangeiros
substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores Substantivos ainda não aportuguesados devem ser escritos
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos como na língua original, acrescentando -se “s” (exceto quando
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens terminam em “s” ou “z”).
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras os shows os shorts os jazz
Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acordo com
b) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando as regras de nossa língua:
formados de: os clubes os chopes
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas os jipes os esportes
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto- as toaletes os bibelôs
falantes os garçons os réquiens
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos
Observe o exemplo:
c) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando Este jogador faz gols toda vez que joga.
formados de: O plural correto seria gois (ô), mas não se usa.
substantivo + preposição clara + substantivo = água-de-
colônia e águas-de-colônia Plural com Mudança de Timbre
substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo- Certos substantivos formam o plural com mudança de
vapor e cavalos-vapor timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato fonético
substantivo + substantivo que funciona como determinante chamado metafonia (plural metafônico).
do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo do termo
anterior.
palavra-chave - palavras-chave Singular Plural Singular Plural
bomba-relógio - bombas-relógio corpo (ô) corpos (ó) osso (ô) ossos (ó)
notícia-bomba - notícias-bomba esforço esforços ovo ovos
fogo fogos poço poços
homem-rã - homens-rã forno fornos porto portos
fosso fossos posto postos
d) Permanecem invariáveis, quando formados de: imposto impostos rogo rogos
verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora olho olhos tijolo tijolos
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-rolhas

e) Casos Especiais
o louva-a-deus e os louva-a-deus Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bolsos,
o bem-te-vi e os bem-te-vis esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc.
o bem-me-quer e os bem-me-queres Obs.: distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne), de
o joão-ninguém e os joões-ninguém. molho (ó) = feixe (molho de lenha).

Plural das Palavras Substantivadas Particularidades sobre o Número dos Substantivos


As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras classes a) Há substantivos que só se usam no singular:
gramaticais usadas como substantivo, apresentam, no plural, as o sul, o norte, o leste, o oeste, a fé, etc.

Língua Portuguesa 32
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APOSTILAS OPÇÃO
b) Outros só no plural: d) O cabeça = o chefe;
as núpcias, os víveres, os pêsames, as espadas/os paus A cabeça = parte do corpo;
(naipes de baralho), as fezes. e) A cura = o médico.
c) Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do singular: O cura = ato de curar.
bem (virtude) e bens (riquezas)
honra (probidade, bom nome) e honras (homenagem, 06. Correlacione os substantivos com os respectivos
títulos) coletivos, e indique a alternativa correta:
d) Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas com
sentido de plural: I - Bispos.
Aqui morreu muito negro. II - Cães de caça.
Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas III -Vadios.
improvisadas. IV -Papéis.

Flexão de Grau do Substantivo ( ) Resma.


Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir as ( ) Concílio.
variações de tamanho dos seres. Classifica-se em: ( ) Corja.
- Grau Normal - Indica um ser de tamanho considerado ( ) Matilha.
normal. Por exemplo: casa
- Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho do ser. A) IV, I, III, II.
Classifica-se em: B) III, I, II, IV.
C) I, III, II, IV.
Analítico = o substantivo é acompanhado de um adjetivo que D) III, I, IV, II.
indica grandeza. Por exemplo: casa grande.
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de 07. Indique a alternativa que apresenta erro na formação do
aumento. Por exemplo: casarão. plural:
- Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho do ser. A) Os boias-frias participaram da manifestação na estrada.
Pode ser: B) Colocaram tanto alpiste, que o quintal ficou cheio de
Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo que beija-flores.
indica pequenez. Por exemplo: casa pequena. C) Aqueles pães de ló estavam deliciosos.
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de D) Os abaixos-assinados foram entregues ao diretor.
diminuição. Por exemplo: casinha.
08. Das palavras abaixo, faz plural como “assombrações”
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf12.php A) perdão.
B) bênção.
Questões C) alemão.
D) cristão.
01. (Escrevente TJ SP Vunesp) A flexão de número do E) capitão.
termo “preços-sombra” também ocorre com o plural de
(A) reco-reco. 9. Entre os substantivos selecionados nas alternativas
(B) guarda-costa. a seguir, há apenas um que pertence ao gênero masculino.
(C) guarda-noturno. Indique-o:
(D) célula-tronco. A) alface B) omoplata C) comichão D) lança-perfume
(E) sem-vergonha.
10. Assinale a frase correta quanto ao emprego do gênero
02. (Escrevente TJ SP Vunesp) Assinale a alternativa cujas dos substantivos.
palavras se apresentam flexionadas de acordo com a norma- A) A perda das esperanças provocou uma profunda dó na
padrão. personagem.
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento. B) O advogado não deu o ênfase necessário às milhares de
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. solicitações.
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local. C) Ele vestiu o pijama e sentou-se para beber uma champanha
(D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos. gelada.
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos! D) O omelete e o couve foram acompanhados por doses do
melhor aguardente.
03. Indique a alternativa em que a flexão do substantivo está E) O beliche não coube na quitinete recém-comprada pelos
errada: estudantes.
A) Catalães. B) Cidadãos. C) Vulcães. D) Corrimões.
Respostas
04. Assinale o par de vocábulos que fazem o plural da mesma
forma que “balão” e “caneta-tinteiro”: 1-D / 2-D / 3-C / 4-C / 5-E / 6-A / 7-D / 8-A / 9-D / 10-E
a) vulcão, abaixo-assinado;
b) irmão, salário-família; Comentários
c) questão, manga-rosa;
d) bênção, papel-moeda; 1-) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando
e) razão, guarda-chuva. formado de substantivo + substantivo que funciona como
determinante do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo
05. Sabendo-se que há substantivos que no masculino têm do termo anterior. = células-tronco
um significado e no feminino têm outro, diferente, marque a
alternativa em que há um substantivo que não corresponde ao 2-)
seu significado: A) Os tabeliãos devem preparar o documento. = tabeliães
a) O capital = dinheiro; B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. =
A capital = cidade principal; cidadãos
b) O grama = unidade de medida; C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local. =
A grama = vegetação rasteira; certidões
c) O rádio = aparelho transmissor; E) Cuidado com os degrais, que são perigosos! =degraus
A rádio = estação geradora;

Língua Portuguesa 33
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APOSTILAS OPÇÃO
3-) Vulcões Aracaju aracajuano ou aracajuense
4-) Assinale o par de vocábulos que fazem o plural da mesma Amazonas amazonense ou baré
forma que “balão” e “caneta-tinteiro”:
Belo Horizonte belo-horizontino
Balões / canetas-tinteiro Brasília brasiliense
a) vulcões, abaixo-assinados;
Cabo Frio cabo-friense
b) irmãos, salários-família;
d) bênçãos, papéis-moeda; Campinas campineiro ou campinense
e) razões, guarda-chuvas.
Adjetivo Pátrio Composto
5-) o cura: sacerdote a cura: ato ou efeito de curar Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro
elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita.
6-) Observe alguns exemplos:
I - Bispos.
II - Cães de caça.
III -Vadios. África afro- / Por exemplo: Cultura afro-americana
IV -Papéis. Alemanha germano- ou teuto- / Por exemplo:
( ) Resma = papéis IV Competições teuto-inglesas
( ) Concílio. = bispos I
( ) Corja. = vadios III América américo- / Por exemplo: Companhia américo-
( ) Matilha. = cães de caça II africana
Bélgica belgo- / Por exemplo: Acampamentos belgo-
7-) Os abaixo-assinados foram entregues ao diretor. franceses

8-) China sino- / Por exemplo: Acordos sino-japoneses


b) bênçãos. Espanha hispano- / Por exemplo: Mercado hispano-
c) alemães. português
d) cristãos.
e) capitães. Europa euro- / Por exemplo: Negociações euro-
americanas
9-) França franco- ou galo- / Por exemplo: Reuniões
A) a alface franco-italianas

B) a omoplata Grécia greco- / Por exemplo: Filmes greco-romanos


C) a comichão Inglaterra anglo- / Por exemplo: Letras anglo-
D) o lança-perfume portuguesas

10-) Itália ítalo- / Por exemplo: Sociedade ítalo-


A) A perda das esperanças provocou um profundo dó na portuguesa
personagem. Japão nipo- / Por exemplo: Associações nipo-
B) O advogado não deu a ênfase necessário às milhares de brasileiras
solicitações.
C) Ele vestiu o pijama e sentou-se para beber um champanha Portugal luso- / Por exemplo: Acordos luso-brasileiros
gelado.
D) A omelete e a couve foram acompanhadas por doses da Flexão dos adjetivos
melhor aguardente.
O adjetivo varia em gênero, número e grau.
Adjetivo
Gênero dos Adjetivos
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem
característica do ser e se relaciona com o substantivo. (masculino e feminino). De forma semelhante aos substantivos,
Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, percebemos classificam-se em:
que, além de expressar uma qualidade, ela pode ser colocada ao Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e
lado de um substantivo: homem bondoso, moça bondosa, pessoa outra para o feminino.
bondosa.
Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade, Por exemplo: ativo e ativa, mau e má, judeu e judia.
não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem bondade,
moça bondade, pessoa bondade. Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino
Bondade, portanto, não é adjetivo, mas substantivo. somente o último elemento.
Por exemplo: o moço norte-americano, a moça norte-
Morfossintaxe do Adjetivo: americana.
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função dentro Exceção: surdo-mudo e surda-muda.
de uma oração) relativas aos substantivos, atuando como adjunto
adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto). Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como
para o feminino. Por exemplo: homem feliz e mulher feliz.
Adjetivo Pátrio Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no
Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe feminino. Por exemplo: conflito político-social e desavença
alguns deles: político-social.
Estados e cidades brasileiros:
Número dos Adjetivos

Alagoas alagoano Plural dos adjetivos simples


Amapá amapaense Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo com
as regras estabelecidas para a flexão numérica dos substantivos

Língua Portuguesa 34
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APOSTILAS OPÇÃO
simples. pequeno-menor
Por exemplo: mau-pior
mau e maus alto-superior
feliz e felizes grande-maior
ruim e ruins baixo-inferior
boa e boas
Observe que:
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função a) As formas menor e pior são comparativos de superioridade,
de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que estiver pois equivalem a mais pequeno e mais mau, respectivamente.
qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas
ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra cinza é (melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações feitas
originalmente um substantivo; porém, se estiver qualificando entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se usar
um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, então, invariável. as formas analíticas mais bom, mais mau, mais grande e mais
Logo: camisas cinza, ternos cinza. pequeno.
Veja outros exemplos: Por exemplo: Pedro é maior do que Paulo - Comparação de
dois elementos.
Motos vinho (mas: motos verdes) Pedro é mais grande que pequeno - comparação de duas
Paredes musgo (mas: paredes brancas). qualidades de um mesmo elemento.

Comícios monstro (mas: comícios grandiosos). 4) Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de
Inferioridade
Adjetivo Composto Sou menos passivo (do) que tolerante.

É aquele formado por dois ou mais elementos. Normalmente, Superlativo


esses elementos são ligados por hífen. Apenas o último elemento
concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam O superlativo expressa qualidades num grau muito
na forma masculina, singular. Caso um dos elementos que elevado ou em grau máximo. O grau superlativo pode ser
formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado, absoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades:
todo o adjetivo composto ficará invariável. Por exemplo: a Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um
palavra rosa é originalmente um substantivo, porém, se estiver ser é intensificada, sem relação com outros seres. Apresenta-se
qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Caso se nas formas:
ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo composto; Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de palavras
como é um substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro que dão ideia de intensidade (advérbios). Por exemplo: O
ficará invariável. Por exemplo: secretário é muito inteligente.
Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo de
Camisas rosa-claro. sufixos.
Ternos rosa-claro. Por exemplo:
Olhos verde-claros. O secretário é inteligentíssimo.
Calças azul-escuras e camisas verde-mar.
Telhados marrom-café e paredes verde-claras. Observe alguns superlativos sintéticos:

Observe
- Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo benéfico beneficentíssimo
composto iniciado por cor-de-... são sempre invariáveis. bom boníssimo ou ótimo
- Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha têm
os dois elementos flexionados. comum comuníssimo
cruel crudelíssimo
Grau do Adjetivo
difícil dificílimo
Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a doce dulcíssimo
intensidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo:
o comparativo e o superlativo. fácil facílimo
fiel fidelíssimo
Comparativo
Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser
Nesse grau, comparam-se a mesma característica é intensificada em relação a um conjunto de seres. Essa relação
atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais características pode ser:
atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igualdade, De Superioridade: Clara é a mais bela da sala.
de superioridade ou de inferioridade. Observe os exemplos De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala.
abaixo:
1) Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade Note bem:
No comparativo de igualdade, o segundo termo da 1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio
comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou quão. dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente, etc.,
2) Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de antepostos ao adjetivo.
Superioridade Analítico 2) O superlativo absoluto sintético apresenta-se sob duas
No comparativo de superioridade analítico, entre os dois formas : uma erudita, de origem latina, outra popular, de origem
substantivos comparados, um tem qualidade superior. A forma é vernácula. A forma erudita é constituída pelo radical do adjetivo
analítica porque pedimos auxílio a “mais...do que” ou “mais...que”. latino + um dos sufixos -íssimo, -imo ou érrimo. Por exemplo:
3) O Sol é maior (do) que a Terra. = Comparativo de fidelíssimo, facílimo, paupérrimo.
Superioridade Sintético A forma popular é constituída do radical do adjetivo
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de português + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo.
superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. 3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, precariíssimo,
necessariíssimo, preferem-se, na linguagem atual, as formas
São eles: seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo, sem o desagradável
bom-melhor hiato i-í.

Língua Portuguesa 35
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APOSTILAS OPÇÃO
Questões C) vida rupestre – vida do campo.
D) notícias brasileiras – notícias de Brasília.
01. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – E) costela bovina – costela de porco.
VUNESP). Leia o texto a seguir.
02.Não se pluraliza os adjetivos compostos abaixo, exceto:
Violência epidêmica A) azul-celeste
B) azul-pavão
A violência urbana é uma enfermidade contagiosa. Embora C) surda-muda
possa acometer indivíduos vulneráveis em todas as classes D) branco-gelo
sociais, é nos bairros pobres que ela adquire características
epidêmicas. 03.Assinale a única alternativa em que os adjetivos não
A prevalência varia de um país para outro e entre as cidades estão no grau superlativo absoluto sintético:
de um mesmo país, mas, como regra, começa nos grandes A) Arquimilionário/ ultraconservador;
centros urbanos e se dissemina pelo interior. B) Supremo/ ínfimo;
As estratégias que as sociedades adotam para combater a C) Superamigo/ paupérrimo;
violência variam muito e a prevenção das causas evoluiu muito D) Muito amigo/ Bastante pobre
pouco no decorrer do século 20, ao contrário dos avanços
ocorridos no campo das infecções, câncer, diabetes e outras 04.Na frase: “Trata-se de um artista originalíssimo”, o
enfermidades. adjetivo grifado encontra-se no grau:
A agressividade impulsiva é consequência de perturbações A) comparativo de superioridade.
nos mecanismos biológicos de controle emocional. Tendências B) superlativo absoluto sintético.
agressivas surgem em indivíduos com dificuldades adaptativas C) superlativo relativo de superioridade.
que os tornam despreparados para lidar com as frustrações de D) comparativo de igualdade.
seus desejos. E) superlativo absoluto analítico.
A violência é uma doença. Os mais vulneráveis são os que
tiveram a personalidade formada num ambiente desfavorável ao 05.Aponte a alternativa em que o superlativo do adjetivo
desenvolvimento psicológico pleno. está incorreto:
A revisão de estudos científicos permite identificar três A) Meu tio está elegantíssimo.
fatores principais na formação das personalidades com maior B) Joana, ela é minha amicíssima.
inclinação ao comportamento violento: C) Esta panela está cheissíssima de água.
1) Crianças que apanharam, foram vítimas de abusos, D) A prova foi facílima.
humilhadas ou desprezadas nos primeiros anos de vida.
2) Adolescentes vivendo em famílias que não lhes 06. Indique nas alternativas a seguir o adjetivo incorreto da
transmitiram valores sociais altruísticos, formação moral e não locução adjetiva em negrito:
lhes impuseram limites de disciplina. A) mulher muito magra = macérrima
3) Associação com grupos de jovens portadores de B) pessoa muito amiga = amicíssima
comportamento antissocial. C) pessoa muito inimiga = inimicíssimo
Na periferia das cidades brasileiras vivem milhões de crianças D) atitude muito benéfica = beneficientíssima
que se enquadram nessas três condições de risco. Associados à
falta de acesso aos recursos materiais, à desigualdade social, 07. “Ele era tão pequeno que recebeu o apelido de miúdo”.
esses fatores de risco criam o caldo de cultura que alimenta a A palavra miúdo possui, no grau superlativo absoluto sintético,
violência crescente nas cidades. duas formas. Uma delas é miudíssimo (regular) e a outra,
Na falta de outra alternativa, damos à criminalidade a irregular, é:
resposta do aprisionamento. Porém, seu efeito é passageiro: o A) minutíssimo
criminoso fica impedido de delinquir apenas enquanto estiver B) miudinitíssimo
preso. C) midunitíssimo
Ao sair, estará mais pobre, terá rompido laços familiares D) miduníssimo
e sociais e dificilmente encontrará quem lhe dê emprego. Ao
mesmo tempo, na prisão, terá criado novas amizades e conexões 08. Quantos adjetivos existem na frase “Essa lanchonete é
mais sólidas com o mundo do crime. famosa na cidade?”
Construir cadeias custa caro; administrá-las, mais ainda. A)1.
Obrigados a optar por uma repressão policial mais ativa, B)2.
aumentaremos o número de prisioneiros. As cadeias continuarão C)3.
superlotadas. D)4.
Seria mais sensato investir em educação, para prevenir a E)5.
criminalidade e tratar os que ingressaram nela.
Na verdade, não existe solução mágica a curto prazo. 09.Indique a alternativa incorreta quanto à correspondência
Precisamos de uma divisão de renda menos brutal, motivar os entre a locução adjetiva e o adjetivo equivalente:
policiais a executar sua função com dignidade, criar leis que A) de pele = cutâneo
acabem com a impunidade dos criminosos bem-sucedidos e B) de professor = docente
construir cadeias novas para substituir as velhas. C) de face = facial
Enquanto não aprendermos a educar e oferecer medidas D) de lua = lunático
preventivas para que os pais evitem ter filhos que não serão
capazes de criar, cabe a nós a responsabilidade de integrá-los 10.O plural correto da expressão: “alemão capaz” é:
na sociedade por meio da educação formal de bom nível, das A) alemãos capazes
práticas esportivas e da oportunidade de desenvolvimento B) alemões capazes
artístico. C) alemães capazes
D) os alemão capaz
(Drauzio Varella. In Folha de S.Paulo, 9 mar.2002. Adaptado)
Em – características epidêmicas –, o adjetivo epidêmicas Respostas
corresponde a – características de epidemias.
Assinale a alternativa em que, da mesma forma, o adjetivo 1-B / 2-C / 3-D / 4-B / 5-C / 6-D / 7-A / 8-A / 9-D / 10-C
em destaque corresponde, corretamente, à expressão indicada.
A) água fluvial – água da chuva. Comentários
B) produção aurífera – produção de ouro.

Língua Portuguesa 36
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APOSTILAS OPÇÃO
1- desaparecido do infinitivo, revela-se em algumas formas do
A) fluvial – do rio verbo: põe, pões, põem, etc.
B) correta
C) brasileiras – do brasil Formas Rizotônicas e Arrizotônicas
D) vida campestre Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos
E) suína verbos com o conceito de acentuação tônica, percebemos com
facilidade que nas formas rizotônicas, o acento tônico cai no
2- Surdas-mudas radical do verbo: opino, aprendam, nutro, por exemplo. Nas
formas arrizotônicas, o acento tônico não cai no radical, mas sim
3- D) estão no superlativo absoluto analítico na terminação verbal: opinei, aprenderão, nutriríamos.

4- originalíssimo – grau superlativo absoluto sintético Classificação dos Verbos


Classificam-se em:
5- C) Esta panela está cheissíssima de água. a) Regulares: são aqueles que possuem as desinências
O correto é cheíssima. normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca alterações
no radical.
6- D) atitude muito benéfica = beneficientíssima
O correto é beneficentíssima (sem o “i” em cien) Por exemplo: canto     cantei      cantarei     cantava      cantasse
b) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações
7- minutíssimo é a forma correta. no radical ou nas desinências.
Por exemplo: faço     fiz      farei     fizesse
8- “Essa lanchonete é famosa na cidade?” c) Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação
Essa – pronome completa. Classificam-se em impessoais, unipessoais e pessoais.
Lanchonete – substantivo
É – verbo - Impessoais: são os verbos que não têm sujeito.
Famosa – adjetivo Normalmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os
na – preposição principais verbos impessoais são:
cidade – substantivo a) haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se
ou fazer (em orações temporais).
9- De lua – lunar Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam)
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)
10- Alemães capazes Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão)
Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz)
Verbo
b) fazer, ser e estar (quando indicam tempo)
Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil.
número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros Era primavera quando a conheci.
processos: ação (correr); estado (ficar); fenômeno (chover); Estava frio naquele dia.
ocorrência (nascer); desejo (querer).
O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus c) Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza
possíveis significados. Observe que palavras como corrida, são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer,
chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo ao de alguns escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “Amanheci mal-
verbos mencionados acima; não apresentam, porém, todas as humorado”, usa-se o verbo “amanhecer” em sentido figurado.
possibilidades de flexão que esses verbos possuem. Qualquer verbo impessoal, empregado em sentido figurado,
deixa de ser impessoal para ser pessoal.
Estrutura das Formas Verbais Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu)
Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
apresentar os seguintes elementos: Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
a) Radical: é a parte invariável, que expressa o significado
essencial do verbo. Por exemplo: d) São impessoais, ainda:
fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical fal-) 1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo.
Ex.: Já passa das seis.
b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a 2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição de,
conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo: fala-r indicando suficiência. Ex.:
Basta de tolices. Chega de blasfêmias.
São três as conjugações: 3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está bem,
1ª - Vogal Temática - A - (falar) Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal, sem referência
2ª - Vogal Temática - E - (vender) a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda, nesse caso,
3ª - Vogal Temática - I - (partir) classificar o sujeito como hipotético, tornando-se, tais verbos,
então, pessoais.
c) Desinência modo-temporal: é o elemento que designa o 4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de “ser
tempo e o modo do verbo. possível”. Por exemplo:
Por exemplo: Não deu para chegar mais cedo.
falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.) Dá para me arrumar uns trocados?
falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.)
- Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se
d) Desinência número-pessoal: é o elemento que designa apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural.
a pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (singular ou A fruta amadureceu.
plural). As frutas amadureceram.
falamos (indica a 1ª pessoa do plural.) Obs.: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos
falavam (indica a 3ª pessoa do plural.) pessoais na linguagem figurada:

Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados Teu irmão amadureceu bastante.
(compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação, pois a Entre os unipessoais estão os verbos que significam vozes de
forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”, apesar de haver animais; eis alguns:

Língua Portuguesa 37
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APOSTILAS OPÇÃO
bramar: tigre f) Auxiliares
bramir: crocodilo São aqueles que entram na formação dos tempos
cacarejar: galinha compostos e das locuções verbais. O verbo principal, quando
coaxar: sapo acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas
cricrilar: grilo nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
                        
Os principais verbos unipessoais são: Vou                       espantar           as          moscas.
(verbo auxiliar)       (verbo principal no infinitivo)
1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer,
ser (preciso, necessário, etc.). Está                            chegando                       a         hora     do    debate.
Cumpre trabalharmos bastante. (Sujeito: trabalharmos (verbo auxiliar)      (verbo principal no gerúndio)                 
bastante.)                    
Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover.) Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e
É preciso que chova. (Sujeito: que chova.) haver.

2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da Conjugação dos Verbos Auxiliares
conjunção que.
SER - Modo Indicativo
Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de
fumar.) Presente: eu sou, tu és, ele é, nós somos, vós sois, eles são.
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo Cláudia. Pretérito Imperfeito: eu era, tu eras, ele era, nós éramos,
(Sujeito: que não vejo Cláudia) vós éreis, eles eram.
Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais. Pretérito Perfeito Simples: eu fui, tu foste, ele foi, nós
fomos, vós fostes, eles foram.
- Pessoais: não apresentam algumas flexões por motivos Pretérito Perfeito Composto: tenho sido.
morfológicos ou eufônicos. Por exemplo: Mais-que-perfeito simples: eu fora, tu foras, ele fora, nós
fôramos, vós fôreis, eles foram.
verbo falir. Este verbo teria como formas do presente do Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tinha sido.
indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar - o que Futuro do Pretérito simples: eu seria, tu serias, ele seria,
provavelmente causaria problemas de interpretação em certos nós seríamos, vós seríeis, eles seriam.
contextos. Futuro do Pretérito Composto: terei sido.
Futuro do Presente: eu serei, tu serás, ele será, nós seremos,
verbo computar. Este verbo teria como formas do presente do vós sereis, eles serão.
indicativo computo, computas, computa - formas de sonoridade Futuro do Pretérito Composto: Teria sido.
considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas
razões muitas vezes não impedem o uso efetivo de formas SER - Modo Subjuntivo
verbais repudiadas por alguns gramáticos: exemplo disso é
o próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento e a Presente: que eu seja, que tu sejas, que ele seja, que nós
popularização da informática, tem sido conjugado em todos os sejamos, que vós sejais, que eles sejam.
tempos, modos e pessoas. Pretérito Imperfeito: se eu fosse, se tu fosses, se ele fosse,
se nós fôssemos, se vós fôsseis, se eles fossem.
d) Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse sido.
forma com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno costuma Futuro Simples: quando eu for, quando tu fores, quando ele
ocorrer no particípio, em que, além das formas regulares for, quando nós formos, quando vós fordes, quando eles forem.
terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas Futuro Composto: tiver sido.
curtas (particípio irregular). Observe:
SER - Modo Imperativo
Infinitivo Particípio regular Particípio irregular Imperativo Afirmativo: sê tu, seja ele, sejamos nós, sede
Anexar Anexado Anexo vós, sejam eles.
Imperativo Negativo: não sejas tu, não seja ele, não sejamos
Dispersar Dispersado Disperso nós, não sejais vós, não sejam eles.
Eleger Elegido Eleito Infinitivo Pessoal: por ser eu, por seres tu, por ser ele, por
sermos nós, por serdes vós, por serem eles.
Envolver Envolvido Envolto
Imprimir Imprimido Impresso SER - Formas Nominais
Matar Matado Morto Formas Nominais
Morrer Morrido Morto Infinitivo: ser
Gerúndio: sendo
Pegar Pegado Pego Particípio: sido
Soltar Soltado Solto Infinitivo Pessoal : ser eu, seres tu, ser ele, sermos
nós, serdes vós, serem eles.
e) Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical
em sua conjugação. ESTAR - Modo Indicativo
Por exemplo:
Presente: eu estou, tu estás, ele está, nós estamos, vós estais,
eles estão.
Ir Pôr Ser Saber Pretérito Imperfeito: eu estava, tu estavas, ele estava, nós
vou ponho sou sei estávamos, vós estáveis, eles estavam.
vais pus és sabes Pretérito Perfeito Simples: eu estive, tu estiveste, ele
ides pôs fui soube esteve, nós estivemos, vós estivestes, eles estiveram.
fui punha foste saiba Pretérito Perfeito Composto: tenho estado.
foste seja Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu estivera, tu
estiveras, ele estivera, nós estivéramos, vós estivéreis, eles

Língua Portuguesa 38
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APOSTILAS OPÇÃO
estiveram. Modo Imperativo
Pretérito Mais-que-perfeito Composto: tinha estado Imperativo Afirmativo: haja ele, hajamos nós, havei vós,
Futuro do Presente Simples: eu estarei, tu estarás, ele hajam eles.
estará, nós estaremos, vós estareis, eles estarão. Imperativo Negativo: não hajas tu, não haja ele, não
Futuro do Presente Composto: terei estado. hajamos nós, não hajais vós, não hajam eles.
Futuro do Pretérito Simples: eu estaria, tu estarias, ele Infinitivo Pessoal: por haver eu, por haveres tu, por haver
estaria, nós estaríamos, vós estaríeis, eles estariam. ele, por havermos nós, por haverdes vós, por haverem eles.
Futuro do Pretérito Composto: teria estado.
HAVER - Formas Nominais
ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo
Infinitivo Impessoal: haver, haveres, haver, havermos,
Presente: que eu esteja, que tu estejas, que ele esteja, que haverdes, haverem.
nós estejamos, que vós estejais, que eles estejam. Infinitivo Pessoal: haver
Pretérito Imperfeito: se eu estivesse, se tu estivesses, se Gerúndio: havendo
ele estivesse, se nós estivéssemos, se vós estivésseis, se eles Particípio: havido
estivessem.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse estado TER - Modo Indicativo
Futuro Simples: quando eu estiver, quando tu estiveres,
quando ele estiver, quando nós estivermos, quando vós Presente: eu tenho, tu tens, ele tem, nós temos, vós tendes,
estiverdes, quando eles estiverem. eles têm.
Futuro Composto: Tiver estado. Pretérito Imperfeito: eu tinha, tu tinhas, ele tinha, nós
tínhamos, vós tínheis, eles tinham.
Imperativo Afirmativo: está tu, esteja ele, estejamos nós, Pretérito Perfeito Simples: eu tive, tu tiveste, ele teve, nós
estai vós, estejam eles. tivemos, vós tivestes, eles tiveram.
Imperativo Negativo: não estejas tu, não esteja ele, não Pretérito Perfeito Composto: tenho tido.
estejamos nós, não estejais vós, não estejam eles. Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu tivera, tu tiveras,
Infinitivo Pessoal: por estar eu, por estares tu, por estar ele, ele tivera, nós tivéramos, vós tivéreis, eles tiveram.
por estarmos nós, por estardes vós, por estarem eles. Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tinha tido.
Futuro do Presente Simples: eu terei, tu terás, ele terá, nós
Formas Nominais teremos, vós tereis, eles terão.
Infinitivo: estar Futuro do Presente: terei tido.
Gerúndio: estando Futuro do Pretérito Simples: eu teria, tu terias, ele teria,
Particípio: estado nós teríamos, vós teríeis, eles teriam.
Futuro do Pretérito composto: teria tido.
ESTAR - Formas Nominais
TER - Modo Subjuntivo e Imperativo
Infinitivo Impessoal: estar
Infinitivo Pessoal: estar, estares, estar, estarmos, estardes, Modo Subjuntivo
estarem. Presente: que eu tenha, que tu tenhas, que ele tenha, que
Gerúndio: estando nós tenhamos, que vós tenhais, que eles tenham.
Particípio: estado Pretérito Imperfeito: se eu tivesse, se tu tivesses, se ele
tivesse, se nós tivéssemos, se vós tivésseis, se eles tivessem.
HAVER - Modo Indicativo Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse tido.
Futuro: quando eu tiver, quando tu tiveres, quando ele tiver,
Presente: eu hei, tu hás, ele há, nós havemos, vós haveis, eles quando nós tivermos, quando vós tiverdes, quando eles tiverem.
hão. Futuro Composto: tiver tido.
Pretérito Imperfeito: eu havia, tu havias, ele havia, nós
havíamos, vós havíeis, eles haviam. Modo Imperativo
Pretérito Perfeito Simples: eu houve, tu houveste, ele Imperativo Afirmativo: tem tu, tenha ele, tenhamos nós,
houve, nós houvemos, vós houvestes, eles houveram. tende vós, tenham eles.
Pretérito Perfeito Composto: tenho havido. Imperativo Negativo: não tenhas tu, não tenha ele, não
Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu houvera, tu tenhamos nós, não tenhais vós, não tenham eles.
houveras, ele houvera, nós houvéramos, vós houvéreis, eles Infinitivo Pessoal: por ter eu, por teres tu, por ter ele, por
houveram. termos nós, por terdes vós, por terem eles.
Pretérito Mais-que-Prefeito Composto: tinha havido.
Futuro do Presente Simples: eu haverei, tu haverás, ele g) Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com
haverá, nós haveremos, vós havereis, eles haverão. os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na mesma
Futuro do Presente Composto: terei havido. pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais
Futuro do Pretérito Simples: eu haveria, tu haverias, ele acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no próprio
haveria, nós haveríamos, vós haveríeis, eles haveriam. sentido do verbo (reflexivos essenciais). Veja:
Futuro do Pretérito Composto: teria havido. - 1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os
pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos: abster-se,
HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos
verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já está implícita
Modo Subjuntivo no radical do verbo. Por exemplo:
Presente: que eu haja, que tu hajas, que ele haja, que nós Arrependi-me de ter estado lá.
hajamos, que vós hajais, que eles hajam. A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem
Pretérito Imperfeito: se eu houvesse, se tu houvesses, se um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mesma,
ele houvesse, se nós houvéssemos, se vós houvésseis, se eles pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o
houvessem. pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante do
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse havido. verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-
Futuro Simples: quando eu houver, quando tu houveres, se que o pronome apenas serve de reforço da ideia reflexiva
quando ele houver, quando nós houvermos, quando vós expressa pelo radical do próprio verbo.  
houverdes, quando eles houverem. Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e
Futuro Composto: tiver havido. respectivos pronomes):

Língua Portuguesa 39
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APOSTILAS OPÇÃO
Eu me arrependo Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de
Tu te arrependes advérbio)
Ele se arrepende Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função adjetivo)
Nós nos arrependemos Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso;
Vós vos arrependeis na forma composta, uma ação concluída. Por exemplo:
Eles se arrependem Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro.
Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro.
- 2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que
a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto representado por - d) Particípio: quando não é empregado na formação dos
pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito tempos compostos, o particípio indica geralmente o resultado
faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em geral, os verbos de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e
transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser grau. Por exemplo:
conjugados com os pronomes mencionados, formando o que se Terminados os exames, os candidatos saíram.
chama voz reflexiva. Por exemplo: Maria se penteava. Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode relação temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo
ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo: Maria (adjetivo verbal). Por exemplo:
penteou-me. Ela foi a aluna escolhida para representar a escola.

Observações: Tempos Verbais


1- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes
oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função Tomando-se como referência o momento em que se fala,
sintática. a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos.
2- Há verbos que também são acompanhados de pronomes Veja:
oblíquos átonos, mas que não são essencialmente pronominais,
são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes, 1. Tempos do Indicativo
apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do sujeito, - Presente - Expressa um fato atual. Por exemplo:
exercem funções sintáticas. Eu estudo neste colégio.
Por exemplo: - Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num
Eu me feri. = Eu(sujeito) - 1ª pessoa do singular me (objeto momento anterior ao atual, mas que não foi completamente
direto) - 1ª pessoa do singular terminado. Por exemplo: Ele estudava as lições quando foi
interrompido.
Modos Verbais - Pretérito Perfeito (simples) - Expressa um fato ocorrido
num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado.
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo Por exemplo: Ele estudou as lições ontem à noite.
verbo na expressão de um fato. Em Português, existem três - Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato que teve
modos: início no passado e que pode se prolongar até o momento atual.
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade. Por exemplo: Por exemplo: Tenho estudado muito para os exames.
Eu sempre estudo. - Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade. Por antes de outro fato já terminado. Por exemplo: Ele já tinha
exemplo: Talvez eu estude amanhã. estudado as lições quando os amigos chegaram. (forma
Imperativo - indica uma ordem, um pedido. Por composta) Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram.
exemplo: Estuda agora, menino. (forma simples)
- Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que deve
Formas Nominais ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual.
Por exemplo: Ele estudará as lições amanhã.
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas - Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato que deve
que podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo, ocorrer posteriormente a um momento atual, mas já terminado
advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais. antes de outro fato futuro. Por exemplo: Antes de bater o sinal,
Observe: os alunos já terão terminado o teste.
- a) Infinitivo Impessoal: exprime a significação do verbo - Futuro do Pretérito (simples) - Enuncia um fato que pode
de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de ocorrer posteriormente a um determinado fato passado. Por
substantivo. Por exemplo: Viver é lutar. (= vida é luta) exemplo: Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias.
É indispensável combater a corrupção. (= combate à) - Futuro do Pretérito (composto) - Enuncia um fato que
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente poderia ter ocorrido posteriormente a um determinado fato
(forma simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo: passado. Por exemplo: Se eu tivesse ganho esse dinheiro, teria
É preciso ler este livro. viajado nas férias.
Era preciso ter lido este livro.
2. Tempos do Subjuntivo
- Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento
b) Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três atual. Por exemplo: É conveniente que estudes para o exame.
pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não - Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; posterior a outro já ocorrido. Por exemplo: Eu esperava que
nas demais, flexiona- -se da seguinte maneira: ele vencesse o jogo.

2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu) Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções
1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.: termos em que se expressa a ideia de condição ou desejo. Por exemplo:
(nós) Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.
2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.: terdes (vós) - Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato totalmente
3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.: terem (eles) terminado num momento passado. Por exemplo: Embora tenha
estudado bastante, não passou no teste.
Por exemplo: - Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que pode
Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação. ocorrer num momento futuro em relação ao atual. Por exemplo:
Quando ele vier à loja, levará as encomendas.
- c) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que
advérbio. Por exemplo: indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se ele vier à loja,

Língua Portuguesa 40
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APOSTILAS OPÇÃO
levará as encomendas. Presente do Subjuntivo
- Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato posterior
ao momento atual mas já terminado antes de outro fato Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a
futuro. Por exemplo: Quando ele tiver saído do hospital, nós o desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
visitaremos. indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou
pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação).
Presente do Indicativo
1ª conj. / 2ª conj. / 3ª conju. / Des.Temp./Des.temp./Des. pessoal
1ª conjugação / 2ª conjugação / 3ª conjugação / Desinência 1ª conj. 2ª/3ª conj.
pessoal CANTAR VENDER PARTIR
CANTAR VENDER PARTIR cantE vendA partA E A Ø
cantO vendO partO O cantES vendAS partAS E A S
cantaS vendeS parteS S cantE vendA partA E A Ø
canta vende parte - cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantaIS vendeIS partIS IS cantEM vendAM partAM E A M
cantaM vendeM parteM M
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
Pretérito Perfeito do Indicativo
Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a
1ª conjugação / 2ª conjugação / 3ª conjugação / Desinência desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito,
pessoal obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse
CANTAR VENDER PARTIR tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número
canteI vendI partI I e pessoa correspondente.
cantaSTE vendeSTE partISTE STE
cantoU vendeU partiU U 1ª conj. 2ª conj. 3ª conj. Des. temporal Desin. pessoal
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS 1ª /2ª e 3ª conj.
cantaSTES vendeSTES partISTES STES CANTAR VENDER PARTIR
cantaRAM vendeRAM partiRAM AM cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
Pretérito mais-que-perfeito cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíssemos SSE MOS
1ª conj. / 2ª conj. / 3ª conj. /Desin. Temp. /Desin. Pessoal cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
1ª/2ª e 3ª conj. cantaSSE vendeSSEM partiSSEM SSE M
CANTAR VENDER PARTIR - -
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø Futuro do Subjuntivo
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendo-
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M desinência temporal -R mais a desinência de número e pessoa
correspondente.
Pretérito Imperfeito do Indicativo
1ª conj. / 2ª conj. / 3ª conj. / Des. temporal /Desin. pessoal
1ª conjugação / 2ª conjugação / 3ª conjugação 1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR CANTAR VENDER PARTIR
cantAVA vendIA partIA cantaR vendeR partiR Ø
cantAVAS vendIAS partAS cantaRES vendeRES partiRES R ES
CantAVA vendIA partIA cantaR vendeR partiR R Ø
cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantAVAM vendIAM partIAM cantaREM vendeREM PartiREM R EM

Futuro do Presente do Indicativo Imperativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Imperativo Afirmativo


CANTAR VENDER PARTIR
cantar ei vender ei partir ei Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente
cantar ás vender ás partir ás do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda pessoa do
cantar á vender á partir á plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm,
cantar emos vender emos partir emos sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:
cantar eis vender eis partir eis
cantar ão vender ão partir ão Pres. do Indicativo Imperativo Afirm. Pres. do Subjuntivo
Eu canto --- Que eu cante
Futuro do Pretérito do Indicativo Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Ele canta Cante você Que ele cante
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos
CANTAR VENDER PARTIR Vós cantais CantAI vós Que vós canteis
cantarIA venderIA partirIA Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem
cantarIAS venderIAS partirIAS
cantarIA venderIA partirIA Imperativo Negativo
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a
cantarIAM venderIAM partirIAM negação às formas do presente do subjuntivo.

Língua Portuguesa 41
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APOSTILAS OPÇÃO
Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo virtual.
Que eu cante --- (C) Isso acarreta uma textualidade que funciona por
Que tu cantes Não cantes tu associação, e não mais por sequências fixas previamente
Que ele cante Não cante você estabelecidas.
Que nós cantemos Não cantemos nós (D) Desde o surgimento da ideia de hipertexto, esse conceito
Que vós canteis Não canteis vós está ligado a uma nova concepção de textualidade...
Que eles cantem Não cantem eles (E) Criou, então, o “Xanadu”, um projeto para disponibilizar
toda a literatura do mundo...
Observações:
05. (Analista – Arquitetura – FCC). Está adequada a
- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa correlação entre tempos e modos verbais na frase:
(singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido
ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se A) Os que levariam a vida pensando apenas nos valores
fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês. absolutos talvez façam melhor se pensassem no encanto dos
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), pequenos bons momentos.
sede (vós). B) Há até quem queira saber quem fosse o maior bandido
entre os que recebessem destaque nos popularescos programas
Infinitivo Impessoal da TV.
C) Não admira que os leitores de Manuel Bandeira gostam
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação tanto de sua poesia, sobretudo porque ela não tenha aspirações
CANTAR VENDER PARTIR a ser metafísica.
D) Se os adeptos da fama a qualquer custo levarem em conta
Infinitivo Pessoal nossa condição de mortais, não precisariam preocupar-se com
os degraus da notoriedade.
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação E) Quanto mais aproveitássemos o que houvesse de grande
CANTAR VENDER PARTIR nos momentos felizes, menos precisaríamos nos preocupar com
cantar vender partir conquistas superlativas.
cantarES venderES partirES
cantar vender partir 06. (Escrevente TJ SP Vunesp) Assinale a alternativa em
cantarMOS venderMOS partirMOS que todos os verbos estão empregados de acordo com a norma-
cantarDES venderDES partirDES padrão.
cantarEM venderEM partirEM
(A) Enviaram o texto, para que o revíssemos antes da
Questões impressão definitiva.
(B) Não haverá prova do crime se o réu se manter em silêncio.
01. (Agente Policia Vunesp) Considere o trecho a seguir. (C) Vão pagar horas-extras aos que se disporem a trabalhar
É comum que objetos ___ esquecidos em locais públicos. Mas no feriado.
muitos transtornos poderiam ser evitados se as pessoas (D) Ficarão surpresos quando o verem com a toga...
______ a atenção voltada para seus pertences, conservando-os (E) Se você quer a promoção, é necessário que a requera a
junto ao corpo. Assinale a alternativa que preenche, correta e seu superior.
respectivamente, as lacunas do texto.
07. (Papiloscopista Policial Vunesp) Assinale a alternativa
(A) sejam … mantesse que substitui, corretamente e sem alterar o sentido da frase,
(B) sejam … mantivessem a expressão destacada em – Se a criança se perder, quem
(C) sejam … mantém encontrá-la verá na pulseira instruções para que envie uma
(D) seja … mantivessem mensagem eletrônica ao grupo ou acione o código na internet.
(E) seja … mantêm
(A) Caso a criança se havia perdido…
02. (Escrevente TJ SP Vunesp) Na frase –… os níveis de (B) Caso a criança perdeu…
pessoas sem emprego estão apresentando quedas sucessivas de (C) Caso a criança se perca…
2005 para cá. –, a locução verbal em destaque expressa ação (D) Caso a criança estivera perdida…
(A) concluída. (E) Caso a criança se perda…
(B) atemporal.
(C) contínua. 08. (Agente de Apoio Operacional – VUNESP). Assinale a
(D) hipotética. alternativa em que o verbo destacado está no tempo futuro.
(E) futura.
A) Os consumidores são assediados pelo marketing …
03. (Escrevente TJ SP Vunesp) Sem querer estereotipar, B) … somente eles podem decidir se irão ou não comprar.
mas já estereotipando: trata--se de um ser cujas interações sociais C) É como se abrissem em nós uma “caixa de necessidades”
terminam, 99% das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”. D) … de onde vem o produto…?
Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de E) Uma pesquisa mostrou que 55,4% das pessoas…

(A) considerar ao acaso, sem premeditação. 09. (Papiloscopista Policial – VUNESP). Assinale a
(B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido dela. alternativa em que a concordância das formas verbais destacadas
(C) adotar como referência de qualidade. se dá em conformidade com a norma-padrão da língua.
(D) julgar de acordo com normas legais.
(E) classificar segundo ideias preconcebidas. (A) Chegou, para ajudar a família, vários amigos e vizinhos.
(B) Haviam várias hipóteses acerca do que poderia ter
04. (Escrevente TJ SP Vunesp) Assinale a alternativa acontecido com a criança.
contendo a frase do texto na qual a expressão verbal destacada (C) Fazia horas que a criança tinha saído e os pais já estavam
exprime possibilidade. preocupados.
(A) ... o cientista Theodor Nelson sonhava com um sistema (D) Era duas horas da tarde, quando a criança foi encontrada.
capaz de disponibilizar um grande número de obras literárias... (E) Existia várias maneiras de voltar para casa, mas a criança
(B) Funcionando como um imenso sistema de informação se perdeu mesmo assim.
e arquivamento, o hipertexto deveria ser um enorme arquivo

Língua Portuguesa 42
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APOSTILAS OPÇÃO
10. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – pretérito perfeito
VUNESP).
Leia as frases a seguir. 9-)
I. Havia onze pessoas jogando pedras e pedaços de madeira (A) Chegaram, para ajudar a família, vários amigos e
no animal. vizinhos.
II. Existiam muitos ferimentos no boi. (B) Havia várias hipóteses acerca do que poderia ter
III. Havia muita gente assustando o boi numa avenida acontecido com a criança.
movimentada. (D) Eram duas horas da tarde, quando a criança foi
encontrada.
Substituindo-se o verbo Haver pelo verbo Existir e este pelo (E) Existiam várias maneiras de voltar para casa, mas a
verbo Haver, nas frases, têm-se, respectivamente: criança se perdeu mesmo assim.

A) Existia – Haviam – Existiam 10-)


B) Existiam – Havia – Existiam I. Havia onze pessoas jogando pedras e pedaços de madeira
C) Existiam – Haviam – Existiam no animal.
D) Existiam – Havia – Existia II. Existiam muitos ferimentos no boi.
E) Existia – Havia – Existia III. Havia muita gente assustando o boi numa avenida
movimentada.
Respostas
Haver – sentido de existir= invariável, impessoal; existir =
1-B / 2-C / 3-E / 4-B / 5-E / 6-A / 7-C / 8-B / 9-C / 10-D variável. Portanto, temos:
I – Existiam onze pessoas...
Comentários II – Havia muitos ferimentos...
III – Existia muita gente...
1-) É comum que objetos sejam esquecidos em locais
públicos. Mas muitos transtornos poderiam ser evitados se as Advérbio
pessoas mantivessem a atenção voltada para seus pertences,
conservando-os junto ao corpo. O advérbio, assim como muitas outras palavras existentes
na Língua Portuguesa, advém de outras línguas. Assim sendo,
2-) os níveis de pessoas sem emprego estão apresentando tal qual o adjetivo, o prefixo “ad-” indica a ideia de proximidade,
quedas sucessivas de 2005 para cá. –, a locução verbal em contiguidade.
destaque expressa ação contínua (=não concluída)
Essa proximidade faz referência ao processo verbal, no
3-) Sem querer estereotipar, mas já estereotipando: trata- sentido de caracterizá-lo, ou seja, indicando as circunstâncias
se de um ser cujas interações sociais terminam, 99% das vezes, em que esse processo se desenvolve.
diante da pergunta “débito ou crédito?”.
Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de O advérbio relaciona-se aos verbos da língua, no sentido de
classificar segundo ideias preconcebidas. caracterizar os processos expressos por ele. Contudo, ele não
é modificador exclusivo desta classe (verbos), pois também
4-) (B) Funcionando como um imenso sistema de informação modifica o adjetivo e até outro advérbio. Seguem alguns
e arquivamento, o hipertexto deveria ser um enorme arquivo exemplos:
virtual. = verbo no futuro do pretérito Para quem se diz distantemente alheio a esse assunto,
você está até bem informado.
5-)
A) Os que levam a vida pensando apenas nos valores Temos o advérbio “distantemente” que modifica o adjetivo
absolutos talvez fariam melhor se pensassem no encanto dos alheio, representando uma qualidade, característica.
pequenos bons momentos.
B) Há até quem queira saber quem é o maior bandido entre O artista canta muito mal.
os que recebem destaque nos popularescos programas da TV.
C) Não admira que os leitores de Manuel Bandeira gostem Nesse caso, o advérbio de intensidade “muito” modifica outro
tanto de sua poesia, sobretudo porque ela não tem aspirações advérbio de modo – “mal”. Em ambos os exemplos pudemos
a ser metafísica. verificar que se tratava de somente uma palavra funcionando
D) Se os adeptos da fama a qualquer custo levassem em como advérbio. No entanto, ele pode estar demarcado por
conta nossa condição de mortais, não precisariam preocupar-se mais de uma palavra, que mesmo assim não deixará de ocupar
com os degraus da notoriedade. tal função. Temos aí o que chamamos de locução adverbial,
representada por algumas expressões, tais como: às vezes, sem
6-) dúvida, frente a frente, de modo algum, entre outras.
(B) Não haverá prova do crime se o réu se mantiver em
silêncio. Mediante tais postulados, afirma-se que, dependendo das
(C) Vão pagar horas-extras aos que se dispuserem a circunstâncias expressas pelos advérbios, eles se classificam em
trabalhar no feriado. distintas categorias, uma vez expressas por:    
(D) Ficarão surpresos quando o virem com a toga...
(E) Se você quiser a promoção, é necessário que a requeira de modo: Bem, mal, assim, depressa, devagar, às pressas, às
a seu superior. claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse
jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado
7-) Caso a criança se perca… (perda = substantivo: Houve a lado, a pé, de cor, em vão, e a maior parte dos que terminam
uma grande perda salarial...) em -mente: calmamente, tristemente, propositadamente,
pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente,
8-) bondosamente, generosamente
A) Os consumidores são assediados pelo marketing … =
presente de intensidade: Muito, demais, pouco, tão, menos, em
C) É como se abrissem em nós uma “caixa de necessidades”… excesso, bastante, pouco, mais, menos, demasiado, quanto, quão,
= pretérito do Subjuntivo tanto, que(equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo, de
D) … de onde vem o produto…? = presente muito, por completo.
E) Uma pesquisa mostrou que 55,4% das pessoas… =

Língua Portuguesa 43
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APOSTILAS OPÇÃO
de tempo: Hoje, logo, primeiro, ontem, tarde outrora,
amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes,
doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim,
afinal, breve, constantemente, entrementes, imediatamente,
primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às vezes,
à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de
quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos,
em breve, hoje em dia

de lugar: Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás,


além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aonde,
longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora,
alhures, nenhures, aquém, embaixo, externamente, a distância,
à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda,
ao lado, em volta

de negação : Não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de


forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum

de dúvida: Acaso, porventura, possivelmente,


provavelmente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe

de afirmação: Sim, certamente, realmente, decerto,


efetivamente, certo, decididamente, realmente, deveras,
indubitavelmente

de exclusão: Apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente,


simplesmente, só, unicamente
(Leila Lauar Sarmento e Douglas Tufano. Português. Volume
Único)
de inclusão: Ainda, até, mesmo, inclusivamente, também
No primeiro e segundo quadrinhos, estão em destaque dois
de ordem: Depois, primeiramente, ultimamente
advérbios: AÍ e ainda.
Considerando que advérbio é a palavra que modifica
de designação: Eis
um verbo, um outro advérbio ou um adjetivo, expressando
a circunstância em que determinado fato ocorre, assinale
de interrogação: onde?(lugar), como?(modo),
a alternativa que classifica, correta e respectivamente, as
quando?(tempo), por quê?(causa), quanto?(preço e intensidade),
circunstâncias expressas por eles.
para quê?(finalidade)
A) Lugar e negação.
B) Lugar e tempo.
Locução adverbial
C) Modo e afirmação.
D) Tempo e tempo.
É reunião de duas ou mais palavras com valor de advérbio.
E) Intensidade e dúvida.
Exemplo:
02. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP). Leia o
texto a seguir.
Carlos saiu às pressas. (indicando modo)
Maria saiu à tarde. (indicando tempo)
Impunidade é motor de nova onda de agressões
Há locuções adverbiais que possuem advérbios
Repetidos episódios de violência têm sido noticiados nas
correspondentes.
últimas semanas. Dois que chamam a atenção, pela banalidade
com que foram cometidos, estão gerando ainda uma série de
Exemplo:
repercussões.
Carlos saiu às pressas. = Carlos saiu apressadamente.
Em Natal, um garoto de 19 anos quebrou o braço da
estudante de direito R.D., 19, em plena balada, porque ela teria
Apenas os advérbios de intensidade, de lugar e de modo são
recusado um beijo. O suposto agressor já responde a uma ação
flexionados, sendo que os demais são todos invariáveis. A única
penal, por agressão, movida por sua ex-mulher.
flexão propriamente dita que existe na categoria dos advérbios
No mesmo final de semana, dois amigos que saíam de uma
é a de grau:
boate em São Paulo também foram atacados por dois jovens
que estavam na mesma balada, e um dos agredidos teve a perna
Superlativo: aumenta a intensidade. Exemplos: longe
fraturada. Esses dois jovens teriam tentado se aproximar, sem
- longíssimo, pouco - pouquíssimo, inconstitucionalmente -
sucesso, de duas garotas que eram amigas dos rapazes que
inconstitucionalissimamente, etc;
saíam da boate. Um dos suspeitos do ataque alega que tudo não
passou de um engano e que o rapaz teria fraturado a perna ao
Diminutivo: diminui a intensidade.
cair no chão.
Curiosamente, também é possível achar um blog que diz
Exemplos: perto - pertinho, pouco - pouquinho, devagar -
que R.D., em Natal, foi quem atacou o jovem e que seu braço se
devagarinho,
quebrou ao cair no chão.
Em ambos os casos, as câmeras dos estabelecimentos
Questões felizmente comprovam os acontecimentos, e testemunhas vão
ajudar a polícia na investigação.
01. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – O fato é que é difícil acreditar que tanta gente ande se
VUNESP). Leia os quadrinhos para responder a questão. quebrando por aí ao cair no chão, não é mesmo? As agressões
devem ser rigorosamente apuradas e, se houver culpados, que
eles sejam julgados e condenados.

Língua Portuguesa 44
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APOSTILAS OPÇÃO
A impunidade é um dos motores da onda de violência que C) modo e de lugar.
temos visto. O machismo e o preconceito são outros. O perfil D) lugar e de tempo.
impulsivo de alguns jovens (amplificado pela bebida e por E) intensidade e de negação.
outras substâncias) completa o mecanismo que gera agressões.
Sem interferir nesses elementos, a situação não vai mudar. 04. (Analista Administrativo – VUNESP). Leia o texto para
Maior rigor da justiça, educação para a convivência com o outro, responder às questões
aumento da tolerância à própria frustração e melhor controle
sobre os impulsos (é normal levar um “não”, gente!) são alguns Mais denso, menos trânsito
dos caminhos. Henrique Meirelles
(Jairo Bouer, Folha de S.Paulo, 24.10.2011. Adaptado)
As grandes cidades brasileiras estão congestionadas e
Assinale a alternativa cuja expressão em destaque apresenta em processo de deterioração agudizado pelo crescimento
circunstância adverbial de modo. econômico da última década. Existem deficiências evidentes em
A) Repetidos episódios de violência (...) estão gerando ainda infraestrutura, mas é importante também considerar e estudar
uma série de repercussões. em profundidade o planejamento urbano.
B) ...quebrou o braço da estudante de direito R. D., 19, em Muitas grandes cidades adotaram uma abordagem de
plena balada… desconcentração, incentivando a criação de diversos centros
C) Esses dois jovens teriam tentado se aproximar, sem urbanos, na visão de que isso levaria a uma maior facilidade de
sucesso, de duas amigas… deslocamento.
D) Um dos suspeitos do ataque alega que tudo não passou Mas o efeito tem sido o inverso. A criação de diversos centros
de um engano... e o aumento das distâncias multiplicam o número de viagens,
E) O fato é que é difícil acreditar que tanta gente ande se dificultando o escasso investimento em transporte coletivo e
quebrando por aí… aumentando a necessidade do transporte individual.
Se olharmos Los Angeles como a região que levou a
03. (Agente Educacional – VUNESP). Leia o texto a seguir. desconcentração ao extremo, ficam claras as consequências.
Numa região rica como a Califórnia, com enorme investimento
Cultura matemática viário, temos engarrafamentos gigantescos que viraram
Hélio Schwartsman característica da cidade.
Os modelos urbanos bem-sucedidos são aqueles com
SÃO PAULO – Saiu mais um estudo mostrando que o ensino elevado adensamento e predominância do transporte coletivo,
de matemática no Brasil não anda bem. A pergunta é: podemos como mostram Manhattan, Tóquio e algumas novas áreas
viver sem dominar o básico da matemática? Durante muito urbanas chinesas.
tempo, a resposta foi sim. Aqueles que não simpatizavam muito Apesar da desconcentração e do aumento da extensão
com Pitágoras podiam simplesmente escolher carreiras nas urbana verificados no Brasil, é importante desenvolver e adensar
quais os números não encontravam muito espaço, como direito, ainda mais os diversos centros já existentes com investimentos
jornalismo, as humanidades e até a medicina de antigamente. no transporte coletivo.
Como observa Steven Pinker, ainda hoje, nos meios O centro histórico de São Paulo é demonstração inequívoca
universitários, é considerado aceitável que um intelectual se do que não deve ser feito. É a região da cidade mais bem servida
vanglorie de ter passado raspando em física e de ignorar o beabá de transporte coletivo, com infraestrutura de telecomunicação,
da estatística. Mas ai de quem admitir nunca ter lido Joyce ou água, eletricidade etc. Conta ainda com equipamentos de
dizer que não gosta de Mozart. Sobre ele recairão olhares tão importância cultural e histórica que dão identidade aos
recriminadores quanto sobre o sujeito que assoa o nariz na aglomerados urbanos. Seria natural que, como em outras grandes
manga da camisa. cidades, o centro de São Paulo fosse a região mais adensada da
Joyce e Mozart são ótimos, mas eles, como quase toda a metrópole. Mas não é o caso. Temos, hoje, um esvaziamento
cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida gradual do centro, com deslocamento das atividades para
prática. Já a cultura científica, que muitos ainda tratam com uma diversas regiões da cidade.
ponta de desprezo, torna-se cada vez mais fundamental, mesmo É fundamental que essa visão de adensamento com uso
para quem não pretende ser engenheiro ou seguir carreiras abundante de transporte coletivo seja recuperada para que
técnicas. possamos reverter esse processo de uso cada vez mais intenso
Como sobreviver à era do crédito farto sem saber calcular as do transporte individual devorando espaços viários que não
armadilhas que uma taxa de juros pode esconder? Hoje, é difícil têm a capacidade de absorver a crescente frota de automóveis,
até posicionar-se de forma racional sobre políticas públicas sem fruto não só do novo acesso da população ao automóvel mas
assimilar toda a numeralha que idealmente as informa. também da necessidade de maior número de viagens em função
Conhecimentos rudimentares de estatística são pré-requisito da distância cada vez maior entre os destinos da população.
para compreender as novas pesquisas que trazem informações
relevantes para nossa saúde e bem-estar. (Folha de S.Paulo, 13.01.2013. Adaptado)
A matemática está no centro de algumas das mais intrigantes
especulações cosmológicas da atualidade. Se as equações da Em – … mas é importante também considerar e estudar
mecânica quântica indicam que existem universos paralelos, em profundidade o planejamento urbano. –, a expressão em
isso basta para que acreditemos neles? Ou, no rastro de Eugene destaque é empregada na oração para indicar circunstância de
Wigner, podemos nos perguntar por que a matemática é tão A) lugar.
eficaz para exprimir as leis da física. B) causa.

Releia os trechos apresentados a seguir. C) origem.


- Aqueles que não simpatizavam muito com Pitágoras D) modo.
podiam simplesmente escolher carreiras nas quais os números E) finalidade.
não encontravam muito espaço... (1.º parágrafo)
- Já a cultura científica, que muitos ainda tratam com uma 05. (UFC) A opção em que há um advérbio exprimindo
ponta de desprezo, torna-se cada vez mais fundamental...(3.º circunstância de tempo é:
parágrafo)
A) Possivelmente viajarei para São Paulo.
Os advérbios em destaque nos trechos expressam, correta e B) Maria tinha aproximadamente 15 anos.
respectivamente, circunstâncias de C) As tarefas foram executadas concomitantemente.
A) afirmação e de intensidade. D) Os resultados chegaram demasiadamente atrasados.
B) modo e de tempo.

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APOSTILAS OPÇÃO
06. Indique a alternativa que completa a frase a seguir, B) Tânia foi almoçar com seus primos. = companhia
respectivamente, com as circunstâncias de intensidade e de C) Cortou-se com o alicate. = instrumento
modo. Após o telefonema, o motorista partiu... D) Chorou de dor. = causa
A) às 18 h com o veículo.
B) rapidamente ao meio-dia. 8-) “A concessão de refúgio político ao italiano Cesare
C) bastante alerta. Battisti, decidida...”. = complemento nominal
D) apressadamente com o caminhão.
E) agora calmamente. 9-):
A) Ele permaneceu muito calado.
07. Em qual das alternativas abaixo o adjunto adverbial B) Amanhã, não iremos ao cinema.
expressa o sentido de instrumento: C) O menino, ontem, cantou desafinadamente.
A) Viajou de trem. D) Tranquilamente, realizou-se, hoje, o jogo.
B) Tânia foi almoçar com seus primos. E) Ela falou calma e sabiamente. ( Nesse caso, subentende-
C) Cortou-se com o alicate. se calmamente. È a maneira correta de se escrever quando
D) Chorou de dor. utilizarmos dois advérbios de modo: o primeiro é escrito sem o
sufixo “mente”, deixando este apenas no segundo elemento. Por
08. Assinale a alternativa em que o elemento destacado NÃO exemplo: “Apresentou-se breve e pausadamente.”)
é um adjunto adverbial.
A) “...ameaçou até se acorrentar à porta da embaixada 10-)
brasileira em Roma.” a) Só quero meio quilo. = numeral
B) “...decidida na semana passada por Tarso Genro...”. b) Achei-o meio triste. = um pouco (advérbio)
C) “Hoje Mutti vive com identidade trocada e em lugar não c) Descobri o meio de acertar. = substantivo
sabido.” d) Parou no meio da rua. = numeral
D) “A concessão de refúgio político ao italiano Cesare Battisti, e) Comprou um metro e meio de tecido. = numeral
decidida...”.
E) “...decida se é o caso de reabrir o processo e julgá-lo Interjeição
novamente?”
Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções,
09. Em todas as alternativas há dois advérbios, exceto em: sensações, estados de espírito, ou que procura agir sobre o
A) Ele permaneceu muito calado. interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que,
B) Amanhã, não iremos ao cinema. para isso, seja necessário fazer uso de estruturas linguísticas
C) O menino, ontem, cantou desafinadamente. mais elaboradas. Observe o exemplo:
D) Tranquilamente, realizou-se, hoje, o jogo. Droga! Preste atenção quando eu estou falando!
E) Ela falou calma e sabiamente. No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo. Toda sua
raiva se traduz numa palavra: Droga!
10. Assinale a frase em que meio funciona como advérbio:
A) Só quero meio quilo. Ele poderia ter dito: - Estou com muita raiva de você! Mas usou
B) Achei-o meio triste. simplesmente uma palavra. Ele empregou a interjeição Droga!
C) Descobri o meio de acertar. As sentenças da língua costumam se organizar de forma
D) Parou no meio da rua. lógica: há uma sintaxe que estrutura seus elementos e os distribui
E) Comprou um metro e meio de tecido. em posições adequadas a cada um deles. As interjeições, por
outro lado, são uma espécie de “palavra-frase”, ou seja, há uma
Respostas ideia expressa por uma palavra (ou um conjunto de palavras -
locução interjetiva) que poderia ser colocada em termos de uma
1-B / 2-C / 3-B / 4-D / 5-C / 6-C / 7-C / 8-D / 9-A / 10-B sentença.
Veja os exemplos:
Comentários Bravo! Bis!
bravo e bis: interjeição / sentença (sugestão): «Foi muito
1-) AÍ = LUGAR AINDA = TEMPO bom! Repitam!»
Ai! Ai! Ai! Machuquei meu pé...
2-) a-) ainda = tempo ai: interjeição / sentença (sugestão): “Isso está doendo!” ou
B) em plena balada = lugar “Estou com dor!”
C) sem sucesso = modo
D) não = negação. A interjeição é um recurso da linguagem afetiva, em que
E) por aí = lugar não há uma ideia organizada de maneira lógica, como são as
sentenças da língua, mas sim a manifestação de um suspiro,
um estado da alma decorrente de uma situação particular, um
3-) Simplesmente = modo / ainda = tempo momento ou um contexto específico. Exemplos:
Ah, como eu queria voltar a ser criança!
4-) em profundidade = profundamente = advérbio de modo ah: expressão de um estado emotivo = interjeição
Hum! Esse pudim estava maravilhoso!
5-) concomitantemente = Diz-se do que acontece, hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição
desenvolve-se ou é expresso ao mesmo tempo com outra(s)
coisa(s); simultâneo. O significado das interjeições está vinculado à maneira
como elas são proferidas. Desse modo, o tom da fala é que dita
6-) A alternativa deve começar com advérbio que expresse o sentido que a expressão vai adquirir em cada contexto de
INTENSIDADE. Vá por eliminação: enunciação. Exemplos:
A) às 18h = tempo Psiu!
B) rapidamente = modo contexto: alguém pronunciando essa expressão na rua;
C) bastante= intensidade significado da interjeição (sugestão): “Estou te chamando! Ei,
D) apressadamente = modo espere!”
E) agora = tempo Psiu!
contexto: alguém pronunciando essa expressão em um
7-) hospital; significado da interjeição (sugestão): “Por favor, faça
A) Viajou de trem. = meio silêncio!”

Língua Portuguesa 46
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APOSTILAS OPÇÃO
Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio! Muito bem!
puxa: interjeição; tom da fala: euforia
Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte! Observações:
puxa: interjeição; tom da fala: decepção 1) As interjeições são como frases resumidas, sintéticas. Por
exemplo:
As interjeições cumprem, normalmente, duas funções: Ué! = Eu não esperava por essa!
a) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria, Perdão! = Peço-lhe que me desculpe.
tristeza, dor, etc.
Você faz o que no Brasil? 2) Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é o seu
Eu? Eu negocio com madeiras. tom exclamativo; por isso, palavras de outras classes gramaticais
Ah, deve ser muito interessante. podem aparecer como interjeições.
b) Sintetizar uma frase apelativa Viva! Basta! (Verbos)
Cuidado! Saia da minha frente. Fora! Francamente! (Advérbios)
As interjeições podem ser formadas por:
a) simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô. 3) A interjeição pode ser considerada uma “palavra-frase”
b) palavras: Oba!, Olá!, Claro! porque sozinha pode constituir uma mensagem.
c) grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!, Ora Socorro!
bolas! Ajudem-me!
A ideia expressa pela interjeição depende muitas vezes Silêncio!
da entonação com que é pronunciada; por isso, pode ocorrer que Fique quieto!
uma interjeição tenha mais de um sentido. Por exemplo:
Oh! Que surpresa desagradável! (ideia de contrariedade) 4) Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imitativas,
Oh! Que bom te encontrar. (ideia de alegria) que exprimem ruídos e vozes.
Pum! Miau! Bumba! Zás! Plaft! Pof!
Classificação das Interjeições
Catapimba! Tique-taque! Quá-quá-quá!, etc.
Comumente, as interjeições expressam sentido de:
- Advertência: Cuidado!, Devagar!, Calma!, Sentido!,
5) Não se deve confundir a interjeição de apelo “ó” com a sua
Atenção!, Olha!, Alerta!
homônima “oh!”, que exprime admiração, alegria, tristeza, etc.
- Afugentamento: Fora!, Passa!, Rua!, Xô!
Faz-se uma pausa depois do” oh!” exclamativo e não a fazemos
- Alegria ou Satisfação: Oh!, Ah!,Eh!, Oba!, Viva!
depois do “ó” vocativo.
- Alívio: Arre!, Uf!, Ufa! Ah!
- Animação ou Estímulo: Vamos!, Força!, Coragem!, Eia!,
“Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!» (Olavo Bilac)
Ânimo!, Adiante!, Firme!, Toca!
Oh! a jornada negra!» (Olavo Bilac)
- Aplauso ou Aprovação: Bravo!, Bis!, Apoiado!, Viva!, Boa!
- Concordância: Claro!, Sim!, Pois não!, Tá!, Hã-hã!
6) Na linguagem afetiva, certas interjeições, originadas
de palavras de outras classes, podem aparecer flexionadas no
- Repulsa ou Desaprovação: Credo!, Irra!, Ih!, Livra!, Safa!,
diminutivo ou no superlativo.
Fora!, Abaixo!, Francamente!, Xi!, Chega!, Basta!, Ora!
Calminha! Adeusinho! Obrigadinho!
- Desejo ou Intenção: Oh!, Pudera!, Tomara!, Oxalá!
Interjeições, leitura e produção de textos
- Desculpa: Perdão!
- Dor ou Tristeza: Ai!, Ui!, Ai de mim!, Que pena!, Ah!, Oh!,
Usadas com muita frequência na língua falada informal,
Eh!
quando empregadas na língua escrita, as interjeições costumam
- Dúvida ou Incredulidade: Qual!, Qual o quê!, Hum!, Epa!,
conferir-lhe certo tom inconfundível de coloquialidade. Além
Ora!
disso, elas podem muitas vezes indicar traços pessoais do falante
- Espanto ou Admiração: Oh!, Ah!, Uai!, Puxa!, Céus!, Quê!,
- como a escassez de vocabulário, o temperamento agressivo ou
Caramba!, Opa!, Virgem!, Vixe!, Nossa!, Hem?!, Hein?, Cruz!, Putz!
dócil, até mesmo a origem geográfica. É nos textos narrativos -
- Impaciência ou Contrariedade: Hum!, Hem!, Irra!, Raios!,
particularmente nos diálogos - que comumente se faz uso
Diabo!, Puxa!, Pô!, Ora!
das interjeições com o objetivo de caracterizar personagens
- Pedido de Auxílio: Socorro!, Aqui!, Piedade!
e, também, graças à sua natureza sintética, agilizar as falas.
- Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!, Viva!,
Natureza sintética e conteúdo mais emocional do que
Adeus!, Olá!, Alô!, Ei!, Tchau!, Ô, Ó, Psiu!, Socorro!, Valha-me,
racional fazem das interjeições presença constante nos textos
Deus!
publicitários.
- Silêncio: Psiu!, Bico!, Silêncio!
- Terror ou Medo: Credo!, Cruzes!, Uh!, Ui!, Oh!
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/
Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis, isto é, morf89.php
não sofrem variação em gênero, número e grau como os nomes,
nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto e voz como os Numeral
verbos. No entanto, em uso específico, algumas interjeições
sofrem variação em grau. Deve-se ter claro, neste caso, que Numeral é a palavra que indica os seres em termos
não se trata de um processo natural dessa classe de palavra, numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa
mas tão só uma variação que a linguagem afetiva permite. em determinada sequência.
Exemplos: oizinho, bravíssimo, até loguinho. Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco.
[quatro: numeral = atributo numérico de “ingresso”]
Locução Interjetiva
Eu quero café duplo, e você?
[duplo: numeral = atributo numérico de “café”]
Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma
A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor!
expressão com sentido de interjeição. Por exemplo
[primeira: numeral = situa o ser “pessoa” na sequência de
Ora bolas!
“fila”]
Quem me dera!
Virgem Maria!
Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que
Meu Deus!
os números indicam em relação aos seres. Assim, quando a
Ai de mim!
expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata
Valha-me Deus!
de numerais, mas sim de algarismos.
Graças a Deus!
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a
Alto lá!
ideia expressa pelos números, existem mais algumas palavras

Língua Portuguesa 47
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APOSTILAS OPÇÃO
consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção *Ambos/ambas são considerados numerais. Significam “um
ou ordenação. São alguns exemplos: década, dúzia, par, e outro”, “os dois” (ou “uma e outra”, “as duas”) e são largamente
ambos(as), novena. empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez
referência.
Classificação dos Numerais Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico: da solidariedade. Ambos agora participam das atividades
um, dois, cem mil, etc. comunitárias de seu bairro.
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada:
primeiro, segundo, centésimo, etc. Obs.: a forma “ambos os dois” é considerada enfática.
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão Atualmente, seu uso indica afetação, artificialismo.
dos seres: meio, terço, dois quintos, etc.
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários
seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada: um primeiro - -
dobro, triplo, quíntuplo, etc. dois segundo dobro, duplo meio
três terceiro triplo, tríplice terço
Leitura dos Numerais quatro quarto quádruplo quarto
Separando os números em centenas, de trás para frente, cinco quinto quíntuplo quinto
obtêm-se conjuntos numéricos, em forma de centenas e, no seis sexto sêxtuplo sexto
início, também de dezenas ou unidades. Entre esses conjuntos sete sétimo sétuplo sétimo
usa-se vírgula; as unidades ligam-se pela conjunção “e”. oito oitavo óctuplo oitavo
1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecentos e vinte nove nono nônuplo nono
e seis. dez décimo décuplo décimo
45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte. onze décimo primeiro - onze avos
doze décimo segundo - doze avos
Flexão dos numerais treze décimo terceiro - treze avos
Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma, catorze décimo quarto - catorze avos
dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/duzentas em quinze décimo quinto - quinze avos
diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas, etc. dezesseis décimo sexto - dezesseis avos
Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, variam em número: dezessete décimo sétimo - dezessete avos
milhões, bilhões, trilhões. Os demais cardinais são invariáveis. dezoito décimo oitavo - dezoito avos
dezenove décimo nono - dezenove avos
Os numerais ordinais variam em gênero e número: vinte vigésimo - vinte avos
primeiro segundo milésimo trinta trigésimo - trinta avos
primeira segunda milésima quarenta quadragésimo - quarenta avos
cinqüenta quinquagésimo - cinquenta avos
primeiros segundos milésimos sessenta sexagésimo - sessenta avos
primeiras segundas milésimas setenta septuagésimo - setenta avos
oitenta octogésimo - oitenta avos
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam noventa nonagésimo - noventa avos
em funções substantivas: cem centésimo cêntuplo centésimo
Fizeram o dobro do esforço e conseguiram o triplo de produção. duzentos ducentésimo - ducentésimo
Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais trezentos trecentésimo - trecentésimo
flexionam-se em gênero e número: quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo
Teve de tomar doses triplas do medicamento. quinhentos quingentésimo - quingentésimo
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número. seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo
Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/duas terças setecentos septingentésimo - septingentésimo
partes oitocentos octingentésimo - octingentésimo
Os numerais coletivos flexionam-se em número. Veja: uma novecentos nongentésimo
dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros. ou noningentésimo - nongentésimo
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos mil milésimo - milésimo
numerais, traduzindo afetividade ou especialização de sentido. milhão milionésimo - milionésimo
É o que ocorre em frases como: bilhão bilionésimo - bilionésimo
“Me empresta duzentinho...”
É artigo de primeiríssima qualidade! Questões
O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda
divisão de futebol) 01.Na frase “Nessa carteira só há duas notas de cinco reais”
temos exemplos de numerais:
Emprego dos Numerais A) ordinais;
B) cardinais;
*Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em C) fracionários;
que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo e a D) romanos;
partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do E) Nenhuma das alternativas.
substantivo:
Ordinais Cardinais 02.Aponte a alternativa em que os numerais estão bem
João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze) empregados.
D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis) A) Ao papa Paulo Seis sucedeu João Paulo Primeiro.
Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte) B) Após o parágrafo nono virá o parágrafo décimo.
Século VIII (oitavo) Século XX (vinte) C) Depois do capítulo sexto, li o capitulo décimo primeiro.
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e D) Antes do artigo dez vem o artigo nono.
três) E) O artigo vigésimo segundo foi revogado.

*Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal 03. Os ordinais referentes aos números 80, 300, 700 e 90
até nono e o cardinal de dez em diante: são, respectivamente
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez) A) octagésimo, trecentésimo, septingentésirno,
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um) nongentésimo

Língua Portuguesa 48
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APOSTILAS OPÇÃO
B) octogésimo, trecentésimo, septingentésimo, nonagésimo 700 (septingentésimo) 90 (nonagésimo)
C) octingentésimo, tricentésimo, septuagésimo, nonagésimo
D) octogésimo, tricentésimo, septuagésimo, nongentésimo 4-) 82ª Feira = Octogésima segunda.

04. (Contador – IESES) “Em maio, um abaixo-assinado, para 5-)


que o parlamento extinga a lei ortográfica, tomou a 82ª Feira do A) século III (terceiro)
Livro de Lisboa.” O numeral ordinal destacado está corretamente B) página 102 (cento e dois)
escrito na alternativa: C) 80º (octogésimo)
A) Oitogésima segunda. D) capítulo XI (onze)
B) Octogésima segunda. E) X tomo (décimo)
C) Oitagésima segunda.
D) Octagésima segunda. 6-) triplo e tríplice = ambos são numerais multiplicativos

05.Marque o emprego incorreto do numeral: 7-)


A) século III (três) B) Três mil, e setecentos e vinte e seis. = retirar o “e”
B) página 102 (cento e dois) C) Três mil e setecentos e vinte e seis. = faltou a vírgula;
C) 80º (octogésimo) retirar o “e”
D) Três mil, setecentos, vinte, seis. = substituir as duas
D) capítulo XI (onze) últimas vírgulas pela conjunção “e”
E) X tomo (décimo)
8-) Este terremoto ocorreu no século décimo antes de Cristo.
06.Triplo e tríplice são numerais:
A) multiplicativo o primeiro e ordinal o segundo 9-) Ontem à tarde, um rapaz procurou por você? = artigo
B) ambos ordinais indefinido
C) ambos cardinais
D) ambos multiplicativos. 10-) Ele é o duodécimo colocado. = (posição 12)

07. Indique a grafia e leitura corretas do seguinte numeral Estrutura e formação das palavras
cardinal: 3.726.
A) Três mil, setecentos e vinte e seis. Observe as seguintes palavras:
B) Três mil, e setecentos e vinte e seis. escol-a
C) Três mil e setecentos e vinte e seis. escol-ar
D) Três mil, setecentos, vinte, seis. escol-arização
escol-arizar
08.Em todas as frases abaixo, os numerais foram sub-escol-arização
corretamente empregados, exceto em:
A) O artigo vinte e cinco deste código foi revogado. Percebemos que há um elemento comum a todas elas: a
B) Seu depoimento foi transcrito na página duzentos e vinte forma escol-. Além disso, em todas há elementos destacáveis,
e dois. responsáveis por algum detalhe de significação. Compare, por
C) Ainda o capítulo sétimo desta obra. exemplo, escola e escolar: partindo de escola, formou-se escolar
D) Este terremoto ocorreu no século dez antes de Cristo. pelo acréscimo do elemento destacável: ar.
Por meio desse trabalho de comparação entre as diversas
09. Em todas as frases abaixo, a palavra grifada é um palavras que selecionamos, podemos depreender a existência
numeral, exceto em: de diferentes elementos formadores. Cada um desses elementos
A) Ele só leu um livro este semestre. formadores é uma unidade mínima de significação, um elemento
B) Não é preciso mais que uma pessoa para fazer este significativo indecomponível, a que damos o nome de morfema.
serviço.
C) Ontem à tarde, um rapaz procurou por você? Classificação dos morfemas:
D) Você quer uma ou mais caixas deste produto?
Radical
10.Assinale o caso em que não haja expressão numérica de Há um morfema comum a todas as palavras que estamos
sentido indefinido: analisando: escol-.
A) Ele é o duodécimo colocado. É esse morfema comum – o radical – que faz com que as
B) Quer que veja este filme pela milésima vez? consideremos palavras de uma mesma família de significação –
C) “Na guerra os meus dedos dispararam mil mortes”. os cognatos. O radical é a parte da palavra responsável por sua
D) “A vida tem uma só entrada; a saída é por cem portas”. significação principal.
E) N.D.A.
Afixos
Respostas Como vimos, o acréscimo do morfema – ar - cria uma
nova palavra a partir de escola. De maneira semelhante,
1-B / 2-D / 3-B / 4-B / 5-A / 6-A / 7-A / 8-D / 9-C / 10-A o acréscimo dos morfemas sub e arização à forma escol
criou subescolarização. Esses morfemas recebem o nome de
Comentários afixos.
Quando são colocados antes do radical, como acontece
1-) Nessa carteira só há duas notas de cinco reais = numerais com sub, os afixos recebem o nome de prefixos. Quando, como
cardinais arização, surgem depois do radical os afixos são chamados
de sufixos.
2-) Prefixos e sufixos, além de operar mudança de classe
A) Ao papa Paulo Sexto sucedeu João Paulo Primeiro. gramatical, são capazes de introduzir modificações de
B) Após o parágrafo nono virá o parágrafo dez. significado no radical a que são acrescentados.
C) Depois do capítulo sexto, li o capítulo onze.
D) Antes do artigo dez vem o artigo nono. = correta Desinências
E) O artigo vinte e dois foi revogado. Quando se conjuga o verbo amar, obtêm-se formas como
amava, amavas, amava, amávamos, amáveis, amavam. Essas
3-) 80 (octogésimo), 300 (trecentésimo ou tricentésimo), modificações ocorrem à medida que o verbo vai sendo flexionado

Língua Portuguesa 49
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APOSTILAS OPÇÃO
em número (singular e plural) e pessoa (primeira, segunda ou atac-a-va cr-e-ra imped-i-sse
terceira). Também ocorrem se modificarmos o tempo e o modo realiz-a-sse mex-e-rá ag-i-mos
do verbo (amava, amara, amasse, por exemplo).
Podemos concluir, assim, que existem morfemas que indicam Vogal ou consoante de ligação
as flexões das palavras. Esses morfemas sempre surgem no fim As vogais ou consoantes de ligação são morfemas que
das palavras variáveis e recebem o nome de desinências. Há surgem por motivos eufônicos, ou seja, para facilitar ou mesmo
desinências nominais e desinências verbais. possibilitar a leitura de uma determinada palavra. Temos um
exemplo de vogal de ligação na palavra escolaridade: o - i - entre
Desinências nominais: indicam o gênero e o número dos os sufixos -ar- e -dade facilita a emissão vocal da palavra. Outros
nomes. Para a indicação de gênero, o português costuma opor as exemplos: gasômetro, alvinegro, tecnocracia, paulada, cafeteira,
desinências -o/-a: garoto/garota; menino/menina. chaleira, tricota.
Para a indicação de número, costuma-se utilizar o
morfema –s, que indica o plural em oposição à ausência de Processos de formação de palavras:
morfema, que indica o singular: garoto/garotos; garota/garotas; 1-) Composição
menino/meninos; menina/meninas. Haverá composição quando se juntarem dois ou mais
No caso dos nomes terminados em –r e –z, a desinência de radicais para formar nova palavra. Há dois tipos de composição;
plural assume a forma -es: justaposição e aglutinação.
mar/mares; 1.1-) Justaposição: ocorre quando os elementos que
revólver/revólveres; formam o composto são postos lado a lado, ou seja, justapostos:
cruz/cruzes. Corre-corre, guarda-roupa, segunda-feira, girassol.
1.2-) Aglutinação: ocorre quando os elementos que
Desinências verbais: em nossa língua, as desinências formam o composto se aglutinam e pelo menos um deles perde
verbais pertencem a dois tipos distintos. Há aqueles que indicam sua integridade sonora: Aguardente (água + ardente), planalto
o modo e o tempo (desinências modo-temporais) e aquelas que (plano + alto), pernalta (perna + alta), vinagre (vinho + acre)
indicam o número e a pessoa dos verbos (desinência número-
pessoais): Derivação por acréscimo de afixos
É o processo pelo qual se obtêm palavras novas (derivadas)
pela anexação de afixos à palavra primitiva. A derivação pode
cant-á-va-mos ser: prefixal, sufixal e parassintética.
cant-á-sse-is
1-) Prefixal (ou prefixação): a palavra nova é obtida por
cant: radical acréscimo de prefixo.
cant: radical In------ --feliz        des----------leal
Prefixo radical prefixo radical
-á-: vogal temática
-á-: vogal temática 2-) Sufixal (ou sufixação): a palavra nova é obtida por
acréscimo de sufixo.
-va-:desinência modo-temporal(caracteriza o pretérito
imperfeito do indicativo) Feliz---- mente leal------dade
-sse-:desinência modo-temporal (caracteriza o pretérito Radical sufixo   radical sufixo
imperfeito do subjuntivo)
3-) Parassintética: a palavra nova é obtida pelo acréscimo
-mos:desinência número-pessoal (caracteriza a primeira pessoa simultâneo de prefixo e sufixo (não posso retirar o prefixo nem o
do plural) sufixo que estão ligados ao radical, pois a palavra não “existiria”).
-is: desinência número-pessoal (caracteriza a segunda pessoa Por parassíntese formam-se principalmente verbos.
do plural) En-- -----trist- ----ecer
Prefixo radical sufixo
Vogal temática
Observe que, entre o radical cant- e as desinências verbais, en----- ---tard--- --ecer
surge sempre o morfema –a. prefixo radical sufixo
Esse morfema, que liga o radical às desinências, é chamado
de vogal temática. Sua função é ligar-se ao radical, constituindo Outros tipos de derivação
o chamado tema. É ao tema (radical + vogal temática) que se Há dois casos em que a palavra derivada é formada sem que
acrescentam as desinências. Tanto os verbos como os nomes haja a presença de afixos. São eles: a derivação regressiva e a
apresentam vogais temáticas. derivação imprópria.
1-) Derivação regressiva: a palavra nova é obtida por
Vogais temáticas nominais: São -a, -e, e -o, quando átonas redução da palavra primitiva. Ocorre, sobretudo, na formação
finais, como em mesa, artista, busca, perda, escola, triste, base, de substantivos derivados de verbos. Exemplo: A pesca está
combate. Nesses casos, não poderíamos pensar que essas proibida. (pescar). Proibida a caça. (caçar)
terminações são desinências indicadoras de gênero, pois a mesa, 2-) Derivação imprópria: a palavra nova (derivada)
escola, por exemplo, não sofrem esse tipo de flexão. É a essas é obtida pela mudança de categoria gramatical da palavra
vogais temáticas que se liga a desinência indicadora de plural: primitiva. Não ocorre, pois, alteração na forma, mas tão somente
mesa-s, escola-s, perda-s. Os nomes terminados em vogais na classe gramatical.
tônicas (sofá, café, cipó, caqui, por exemplo) não apresentam Não entendi o porquê da briga. (o substantivo porquê deriva
vogal temática. da conjunção porque)
Seu olhar me fascina! (o verbo olhar tornou-se, aqui,
Vogais temáticas verbais: São -a, -e e -i, que caracterizam substantivo)
três grupos de verbos a que se dá o nome de conjugações.
Assim, os verbos cuja vogal temática é -a pertencem à primeira Outros processos de formação de palavras:
conjugação; aqueles cuja vogal temática é -e pertencem à - Hibridismo: é a palavra formada com elementos oriundos
segunda conjugação e os que têm vogal temática -i pertencem à de línguas diferentes.
terceira conjugação. automóvel (auto: grego; móvel: latim)
sociologia (socio: latim; logia: grego)
primeira conjug. segunda conjug. terceira conjug. sambódromo (samba: dialeto africano; dromo: grego)
govern-a-va estabelec-e-sse defin-i-ra

Língua Portuguesa 50
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APOSTILAS OPÇÃO
Fonte: http://www.brasilescola.com/gramatica/estrutura- (D) ilegalidade.
e-formacao-de-palavras-i.htm (E) cidadania.

- Abreviação vocabular, cujo traço peculiar manifesta- 07. Assinale a letra em que as palavras são formadas por
se por meio da eliminação de um segmento de uma palavra derivação regressiva, derivação parassintética e composição por
no intuito de se obter uma forma mais reduzida, geralmente aglutinação, respectivamente.
aquelas mais longas. Vejamos alguns exemplos: a) neurose, infelizmente, pseudônimo;
b) ajuste, aguardente, arco-íris;
metropolitano – metrô c) amostra, alinhar, girassol;
extraordinário – extra d) corte, emudecer, outrora;
otorrinolaringologista – otorrino e) pesca, deslealdade, vinagre.
telefone – fone
pneumático – pneu 08. Na frase “Ele tem um quê especial como gestor”, o
processo de formação da palavra destacada chama-se:
- Onomatopeia: Consiste em criar palavras, tentando A)composição
imitar sons da natureza ou sons repetidos. Por exemplo: zum- B)justaposição
zum, cri-cri, tique-taque, pingue-pongue, blá-blá-blá. C)aglutinação
D)derivação imprópria
- Siglas: As siglas são formadas pela combinação das
letras iniciais de uma sequência de palavras que constitui um 09. Brasília comemorou seu aniversário com uma superfesta.
nome. Por exemplo:IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e A cinquentona planejada por Lúcio Costa é hoje uma metrópole
Estatística); IPTU (Imposto Predial, Territorial e Urbano). que oferece alta qualidade de vida.

As siglas escrevem-se com todas as letras maiúsculas, a não (Fonte: O Globo, 21/04/2010, com adaptações)
ser que haja mais de três letras e a sigla seja pronunciável sílaba
por sílaba. Por exemplo: Unicamp, Petrobras. Na notícia do jornal, as palavras “superfesta” e “cinquentona”
exemplificam, respectivamente, casos de formação de palavras
Questões por
A)hibridismo e neologismo.
01. Assinale a opção em que todas as palavras se formam B)justaposição e aglutinação.
pelo mesmo processo: C)composição e derivação.
A) ajoelhar / antebraço / assinatura D)prefixação e sufixação.
B) atraso / embarque / pesca E)conversão e regressão.
C) o jota / o sim / o tropeço
D) entrega / estupidez / sobreviver 10.Quero acordar sem tristeza.
E) antepor / exportação / sanguessuga O sufixo eza, usado na palavra em destaque na oração acima
completará corretamente a grafia de:
02. A palavra “aguardente” formou-se por: A)limp...
A) hibridismo B)baron...
B) aglutinação C)desp...
C) justaposição D)nenhuma das alternativas anteriores
D) parassíntese
E) derivação regressiva Respostas

03. Que item contém somente palavras formadas por 1. (B) / 2. (B) / 3. (B) / 4. (C) / 5. (B) / 6. (D) / 7. (D) /
justaposição? 8. (D) / 9. (D) / 10. (A)
A) desagradável - complemente
B) vaga-lume - pé-de-cabra
C) encruzilhada - estremeceu Comentários
D) supersticiosa - valiosas
E) desatarraxou - estremeceu 1-) atraso / embarque / pesca = formadas pelo processo de
derivação regressiva
04. “Sarampo” é:
A) forma primitiva 2-) água + ardente = aguardente ( aglutinação)
B) formado por derivação parassintética
C) formado por derivação regressiva 3-) vaga-lume - pé-de-cabra = não houve alteração em
D) formado por derivação imprópria nenhuma delas (nem acréscimo, nem redução, estão apenas
E) formado por onomatopeia “postas” uma ao lado da outra, justaposição).

05.As palavras são formadas através de derivação 4-) formado por derivação regressiva = a palavra primitiva
parassintética em é sarampão!
A)infelizmente, desleal, boteco, barraco.
B)ajoelhar, anoitecer, entristecer, entardecer. 5-) ajoelhar, anoitecer, entristecer, entardecer =
C)caça, pesca, choro, combate. nenhuma delas pode ter o prefixo ou o sufixo retirados, pois elas
D)ajoelhar, pesca, choro, entristecer. só têm significado com ambos, juntos, ligados a elas.
06.(Escrevente TJ SP –Vunesp/2011) Leia o trecho. (Tardecer? Noitecer? Tristecer? Entarde?)

Estudo da ONG Instituto Pólis mostra que, infelizmente, sem 6-) infelizmente = derivação prefixal e sufixal – existe infeliz
o tratamento e a destinação corretos,… e felizmente, portanto não é caso de derivação parassintética.
O outro vocábulo que também apresenta tal formação é
Assinale a alternativa que contém uma palavra formada pelo ilegalidade (ilegal e legalidade).
mesmo processo do termo destacado.
(A) infiel. 7-) corte, emudecer, outrora
(B) democracia. Cortar / emudecer (não posso retirar nem o prefixo Nemo
(C) lobisomem. sufixo) / outra hora.

Língua Portuguesa 51
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APOSTILAS OPÇÃO
8-) Ele tem um quê especial como gestor. no plural, corta-se o s e acrescenta-se zinhos (ou zinhas):
Dentre suas várias classificações (pronome, interjeição, coraçãozinho – corações – coraçõe – coraçõezinhos.
conjunção), nessa frase o “que” pertence à classe do substantivo,
pois vem precedido de um artigo. Quando alteramos a classe Plural com metafonia (ô - ó): Algumas palavras, quando
gramatical de uma palavra sem realizar nenhuma mudança na vão ao plural, abrem o timbre da vogal “o”, outras não. Com
palavra, dá-se o nome de derivação imprópria (não é a classe metafonia singular (ô) plural (ó): coro-coros; corvo-corvos;
gramatical “própria” dela. Outro exemplo: olhar é verbo, mas em destroço-destroços. Sem metafonia singular (ô) plural (ô):
“Seu olhar mexe comigo”, temos um substantivo)). adorno-adornos; bolso-bolsos; transtorno-transtornos.

9-) superfesta” e “cinquentona Casos especiais: aval, avales e avaiscal − cales e caiscós −
coses e cós – fel, feles e féis – mal e males – cônsul e cônsules.
= super + festa (prefixação) / cinquenta + ona (sufixação)
Os dois elementos variam: Quando os compostos são
10-) A)limpeza... formados por substantivo mais palavra variável (adjetivo,
B)baronesa... substantivo, numeral, pronome): amor-perfeito − amores-
C)despesa... perfeitos; couve-flor − couves-flores; segunda-feira − segundas-
feiras.
Flexão Nominal
Só o primeiro elemento varia:
Flexão de número Quando há preposição no composto, mesmo que oculta: pé-
Os nomes (substantivo, adjetivo etc.), de modo geral, de-moleque − pés-de-moleque; cavalo-vapor − cavalos-vapor
admitem a flexão de número: singular e plural: animal – animais. (de ou a vapor).
Quando o segundo substantivo determina o primeiro (fim
Na maioria das vezes, acrescenta-se S: ponte – pontes; ou semelhança): banana-maçã − bananas-maçã (semelhante a
bonito – bonitos. maçã); navio-escola − navios-escola (a finalidade é a escola).

Palavras terminadas em R ou Z: acrescenta-se ES: éter – Alguns autores admitem a flexão dos dois elementos. É uma
éteres; avestruz – avestruzes. O pronome qualquer faz o plural situação polêmica: mangas-espada (preferível) ou mangas-
no meio: quaisquer espadas. Quando dizemos (e isso vai ocorrer outras vezes) que
é uma situação polêmica, discutível, convém ter em mente que a
Palavras oxítonas terminadas em S: acrescenta-se ES: questão do concurso deve ser resolvida por eliminação, ou seja,
ananás – ananases. analisando bem as outras opções.

Apenas o último elemento varia:


As paroxítonas e as proparoxítonas são invariáveis Quando os elementos são adjetivos: hispano-americano −
hispano-americanos. A exceção é surdo-mudo, em que os dois
Exemplos: adjetivos se flexionam: surdos-mudos.
o pires − os pires, o ônibus − os ônibus Nos compostos em que aparecem os adjetivos grão, grã e bel:
grão-duque − grão-duques; grã-cruz − grã-cruzes; bel-prazer −
bel-prazeres.
Palavras terminadas em IL: Quando o composto é formado por verbo ou qualquer
átono: trocam IL por EIS: fóssil – fósseis. elemento invariável (advérbio, interjeição, prefixo etc.) mais
tônico: trocam L por S: funil – funis. substantivo ou adjetivo: arranha-céu − arranha-céus; sempre-
viva − sempre-vivas; super-homem − super-homens.
Palavras terminadas em EL: Quando os elementos são repetidos ou onomatopaicos
átono: plural em EIS: nível – níveis. (representam sons): reco-reco − reco-recos; pingue-pongue −
tônico: plural em ÉIS: carretel – carretéis. pingue-pongues; bem-te-vi − bem-te-vis.
Como se vê pelo segundo exemplo, pode haver alguma
Palavras terminadas em X são invariáveis: o clímax − os alteração nos elementos, ou seja, não serem iguais. Se forem
clímax. verbos repetidos, admite-se também pôr os dois no plural:
pisca-pisca − pisca-piscas ou piscas-piscas
Há palavras cuja sílaba tônica avança: júnior − juniores;
caráter – caracteres. Nenhum elemento varia:
A palavra Caracteres é plural tanto de caractere quanto de Quando há verbo mais palavra invariável: O cola-tudo – os
caráter. cola-tudo.
Quando há dois verbos de sentido oposto: o perde-ganha –
Palavras terminadas em ão fazem o plural em ãos, ães e os perde-ganha.
ões. Nas frases substantivas (frases que se transformam em
Em ões: balões, corações, grilhões, melões, gaviões. substantivos): O maria-vai-com-as-outras − os maria-vai-com-
Em ãos: pagãos, cristãos, cidadãos, bênçãos, órgãos. Os as-outras.
paroxítonos, como os dois últimos, sempre fazem o plural em
ãos.
São invariáveis: arco-íris, louva-a-deus, sem-vergonha, sem-
Em ães: escrivães, tabeliães, capelães, capitães, alemães. teto e sem-terra: Os sem-terra apreciavam os arco-íris.

Em ões ou ãos: corrimões/corrimãos, verões/verãos, anões/ Admitem mais de um plural: pai-nosso − pais-nossos ou
anãos. pai-nossos; padre-nosso − padres-nossos ou padre-nossos;
terra-nova − terras-novas ou terra-novas; salvo-conduto −
Em ões ou ães: charlatões/charlatães, guardiões/guardiães, salvos-condutos ou salvo-condutos; xeque-mate − xeques-
cirurgiões/cirurgiães. mates ou xeques-mate; fruta-pão − frutas-pães ou frutas-pão;
guarda-marinha − guardas-marinhas ou guardas-marinha.
Em ões, ãos ou ães: anciões/anciãos/anciães, ermitões/ Casos especiais: palavras que não se encaixam nas regras:
ermitãos/ermitães o bem-me-quer − os bem-me-queres; o joão-ninguém − os
joões-ninguém; o lugar-tenente − os lugar-tenentes; o mapa-
Plural dos diminutivos com a letra z: Coloca-se a palavra múndi − os mapas-múndi.

Língua Portuguesa 52
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APOSTILAS OPÇÃO
Flexão de Gênero Flexão Verbal
Os substantivos e as palavras que o acompanham na frase
admitem a flexão de gênero: masculino e feminino: Meu amigo As flexões verbais são expressas por meio dos tempos,
diretor recebeu o primeiro salário. Minha amiga diretora modo e pessoa da seguinte forma: O tempo indica o momento
recebeu a primeira prestação. A flexão de feminino pode ocorrer em que ocorre o processo verbal; O modo indica a atitude do
de duas maneiras. falante (dúvida, certeza, impossibilidade, pedido, imposição,
Com a troca de o ou e por a: lobo – loba; mestre – mestra. etc.); A pessoa marca na forma do verbo a pessoa gramatical do
Por meio de diferentes sufixos nominais de gênero: muitas sujeito.
vezes comalterações do radical: ateu – ateia; bispo – episcopisa;
conde – condessa; duque – duquesa; frade – freira; ilhéu – Tempos: Há tempos do presente, do passado (pretérito) e
ilhoa; judeu – judia; marajá – marani; monje – monja; pigmeu do futuro.
– pigmeia; píton – pitonisa; sandeu – sandia; sultão – sultana.
Modo
Alguns substantivos são uniformes quanto ao gênero, ou
seja, possuem uma única forma para masculino e feminino. Modo Indicativo: Indica uma certeza relativa do falante com
Podem ser: referência ao que o verbo exprime; pode ocorrer no tempo pre-
Sobrecomuns: admitem apenas um artigo, podendo sente, passado ou futuro:
designar os dois sexos: a pessoa, o cônjuge, a testemunha.
Comuns de dois gêneros: admitem os dois artigos, podendo Presente: Processo simultâneo ao ato da fala, fato
então ser masculinos ou femininos: o estudante − a estudante, o corriqueiro, habitual: Compro livros nesta livraria. Usa-se
cientista − a cientista, o patriota − a patriota. também o presente com o valor de passado, passado histórico
Epicenos: admitem apenas um artigo, designando os (nos contos, narrativas)
animais: O jacaré, a cobra, o polvo
Tempos do Pretérito (passado): Exprimem processos an-
O feminino de elefante é elefanta, e não elefoa. Aliás, é teriores ao ato da fala. São eles:
correto, mas designa apenas uma espécie de elefanta. - Pretérito Imperfeito: Exprime um
processo habitual, ou com duração no tempo:
Mamão, para alguns gramáticos, deve ser considerado Naquela época eu cantava como um pássaro.
epiceno. É algo discutível. - Pretérito Perfeito: Exprime uma ação acabada: Paulo
quebrou meu violão de estimação.
Há substantivos de gênero duvidoso, que as pessoas - Pretérito Mais-que-Perfeito: Exprime um processo
costumam trocar: champanha, aguardente, dó, alface, eclipse, anterior a um processo acabado: Embora tivera deixado a escola,
calformicida, cataplasma, grama (peso), grafite, milhar libido, ele nunca deixou de estudar.
plasma, soprano, musse, suéter, preá, telefonema.
Tempos do Futuro: Indicam processos que irão acontecer:
Existem substantivos que admitem os dois gêneros: diabetes - Futuro do Presente: Exprime um processo que ainda não
(ou diabete), laringe, usucapião etc. aconteceu: Farei essa viagem no fim do ano.
- Futuro do Pretérito: Exprime um processo posterior a um
Flexão de Grau processo que já passou: Eu faria essa viagem se não tivesse com-
Grau do substantivo prado o carro.
Normal ou Positivo: sem nenhuma alteração.
Aumentativo: Sintético: chapelão. Analítico: chapéu grande, Modo Subjuntivo: Expressa incerteza, possibilidade ou
chapéu enorme etc. dúvida em relação ao processo verbal e não está ligado com a
Diminutivo: Sintético: chapeuzinho. Analítico: chapéu noção de tempo. Há três tempos: presente, imperfeito e futuro.
pequeno, chapéu reduzido etc. Quero que voltes para mim; Não pise na grama; É possível que
Um grau é sintético quando formado por sufixo; analítico, ele seja honesto; Espero que ele fique contente; Duvido que
por meio de outras palavras. ele seja o culpado; Procuro alguém que seja meu companheiro
para sempre; Ainda que ele queira, não lhe será concedida a
Grau do adjetivo vaga; Se eu fosse bailarina, estaria na Rússia; Quando eu tiver
Normal ou Positivo: João é forte. dinherio, irei para as praias do nordeste.
Comparativo: de superioridade: João é mais forte que
André. (ou do que); de inferioridade: João é menos forte que Modo Imperativo: Exprime atitude de ordem, pedido ou so-
André. (ou do que); de igualdade: João é tão forte quanto André. licitação: Vai e não voltes mais.
(ou como)
Superlativo: Absoluto: sintético: João é fortíssimo; analítico: Pessoa: A norma da língua portuguesa estabelece três pes-
João é muito forte (bastante forte, forte demais etc.); Relativo: soas: Singular: eu , tu , ele, ela. Plural: nós, vós, eles, elas. No
de superioridade: João é o mais forte da turma; de inferioridade: português brasileiro é comum o uso do pronome de tratamento
João é o menos forte da turma. você (s) em lugar do tu e vós.

O grau superlativo absoluto corresponde a um aumento Questões


do adjetivo. Pode ser expresso por um sufixo (íssimo, érrimo
ou imo) ou uma palavra de apoio, como muito, bastante, 01. Assinale o par de vocábulos que formam o plural como
demasiadamente, enorme etc. As palavras maior, menor, melhor, órfão e mata-burro, respectivamente:
e pior constituem sempre graus de superioridade: O carro (A) cristão / guarda-roupa
é menor que o ônibus; menor (mais pequeno): comparativo (B) questão / abaixo-assinado
de superioridade. Ele é o pior do grupo; pior (mais mau): (C) alemão / beija-flor
superlativo relativo de superioridade. (D) tabelião / sexta-feira
Alguns superlativos absolutos sintéticos que podem (E) cidadão / salário-família
apresentar dúvidas: acre – acérrimo, amargo – amaríssimo;
amigo – amicíssimo; antigo – antiqüíssimo; cruel – crudelíssimo; 02. Relativamente à concordância dos adjetivos compostos
doce – dulcíssimo; fácil – facílimo; feroz – ferocíssimo; fiel – indicativos de cor, uma, dentre as seguintes, está errada. Qual?
fidelíssimo; geral – generalíssimo; humilde – humílimo; magro (A) saia amarelo-ouro
– macérrimo; negro – nigérrimo; pobre – paupérrimo; sagrado (B) papel amarelo-ouro
– sacratíssimo; sério – seriíssimo; soberbo – superbíssimo. (C) caixa vermelho-sangue
(D) caixa vermelha-sangue

Língua Portuguesa 53
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APOSTILAS OPÇÃO
(E) caixas vermelho-sangue 01. A/ 02. D/ 03.C/ 04. D/ 05. E/ 06. A/ 07. A/ 08. B

03. Indique a frase correta: 09. Resposta E


(A) Mariazinha e Rita são duas leva-e-trazes. Alternativa “A”: “Ainda bem que existem os Parques” ...
(B) Os filhos de Clotilde são dois espalhas-brasas. Alternativa “B”: ...exclamam os vaqueiros...
(C) O ladrão forçou a porta com dois pés-de-cabra. Alternativa “C”: ...onde acontecem os surpreendentes
(D) Godofredo almoçou duas couves-flor. espetáculos da bioluminiscência...
(E) Alfredo e Radagásio são dois gentilhomens. Alternativa “D”: ...e os processos de desertificação do país
continuam em crescimento assombroso.
04. Flexão incorreta: Alternativa “E”: Só haverá esperanças para os vastos espaços
(A) os cidadãos das Geraes... (Quando o verbo “”haver”” funciona como “existir”,
(B) os açúcares “tempo decorrido” ele é impessoal, não-flexionável, ou seja, fica
(C) os cônsules sempre no singular.)
(D) os tóraxes
(D) os fósseis 10. Resposta A
Na letra “A”, o verbo “viver,” foi corretamente flexionado para
05. Não varia no plural: concordar com o antecedente “pessoas” que está no plural. Na
(A) tique-taque letra “B”, o verbo “reuniram-se” deveria ter concordado com o
(B) guarda-comida sujeito “G8”, permanecendo na forma singular “reuniu-se”; nesta
(C) beija-flor mesma alternativa, a locução prepositiva “a fim de” deveria ter
(D) para-lama sido empregada ao invés de “afim de”, pois indica uma finalidade
(E) cola-tudo e equivale a “para”, “com o propósito de” e “com a intenção de”.
Com relação à opção “C”, não se pode usar os artigos “o, a, os,
06. Está mal flexionado o adjetivo na alternativa: as” depois do pronome relativo “cujo”, por isso eles deveriam
(A) Tecidos verde-olivas contrair-se, ficando: “cujo + os = cujos”. Na letra “D”, temos o
(B) Festas cívico-religiosas substantivo composto “financeiras-técnicas” que teve sua forma
(C) Guardas noturnos luso-brasileiros plural e sua ordem de palavras feitas incorretamente. Primeiro,
(D) Ternos azul-marinho quando formamos um substantivo composto por duas palavras
(E) Vários porta-estandartes ligadas por hífen, devemos posicionar a menor palavra em
primeiro lugar na sequência (técnicas-), e, depois do hífen, a
07. Na sentença “Há frases que contêm mais beleza do que palavra maior (-financeiras). Como estamos falando de algo no
verdade”, temos grau: plural (Ajudas) e precisamos, agora, fazer o adjetivo (técnicas-
(A) comparativo de superioridade financeiras) concordar com ele. Para isso, devemos observar
(B) superlativo absoluto sintético se a última palavra da direita isoladamente é um adjetivo. Se
(C) comparativo de igualdade for, coloque-a no plural (-financeiras). Em relação à palavra da
(D) superlativo relativo esquerda, sempre a mantenha no singular (técnico-). Assim,
(E) superlativo por meio de acréscimo de sufixo teríamos obtido “Ajudas técnico-financeiras”. O mesmo ocorre
nos conhecidos casos: medidas sócio-culturais, relações luso-
08. Assinale a alternativa em que a flexão do substantivo brasileiras, atritos nipo-britânicos, etc.
composto está errada:
(A) os pés-de-chumbo
(B) os corre-corre Sintaxe: frase, oração e período; termos
(C) as públicas-formas da oração; processos de coordenação e
(D) os cavalos-vapor subordinação; concordância nominal
(E) os vaivéns e verbal; transitividade e regência
de nomes e verbos; padrões gerais
09. Se for passado para o plural o termo grifado, deverá de colocação pronominal no
permanecer no singular o verbo que está em: português; mecanismos de
(A) “Ainda bem que existe o Parque”... coesão textual
(B) ...exclama o vaqueiro...
(C) ...onde acontece o surpreendente espetáculo da
bioluminiscência... Frase
(D) ...e o processo de desertificação do país continua em
crescimento assombroso. Frase é todo enunciado de sentido completo, podendo ser
(E) Só haverá esperança para os vastos espaços das Geraes... formada por uma só palavra ou por várias, podendo ter verbos
ou não. A frase exprime, através da fala ou da escrita: ideias,
10. Assinale a opção que apresenta o período que obedece emoções, ordens, apelos.
completamente à norma padrão da língua. A frase define-se pelo seu propósito comunicativo, ou seja,
(A) Mesmo havendo uma estimativa anterior alarmante, o pela sua capacidade de, num intercâmbio linguístico, transmitir
número de pessoas que vivem na mais extrema pobreza é bem um conteúdo satisfatório para a situação em que é utilizada.
maior que o esperado, consoante dados divulgados pela ONU.
(B) O G8 (grupo dos sete países mais ricos e a Rússia) Exemplos:
reuniram-se no mês de Julho afim de discutir a questão da ajuda
aos países mais pobres, conforme é destacado no jornal Folha O Brasil possui um grande potencial turístico.
de S. Paulo. Espantoso!
(C) Conforme o que os doadores oferecerem, a ajuda aos mais Não vá embora.
pobres é inegável, mesmo para os países cujos os governantes Silêncio!
sejam contrários à decisões impostas pela ONU. O telefone está tocando.
(D) Ajudas financeiras-técnicas são indispensáveis aos mais
pobres, especialmente à África, continente que apresenta os Observação: a frase que não possui verbo denomina-se
maiores índices de doenças, especialmente como a desnutrição Frase Nominal.
infantil e mortalidade infantil. Na língua falada, a frase é caracterizada pela entoação, que
indica nitidamente seu início e seu fim. A entoação pode vir
Respostas acompanhada por gestos, expressões do rosto, do olhar, além de
ser complementada pela situação em que o falante se encontra.

Língua Portuguesa 54
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APOSTILAS OPÇÃO
Esses fatos contribuem para que frequentemente surjam frases d) Frases Declarativas: ocorrem quando o emissor constata
muito simples, formadas por apenas uma palavra. Observe: um fato. Esse tipo de frase informa ou declara alguma coisa.
Podem ser afirmativas ou negativas.
Rua!
Ai! Obrigaram o rapaz a sair. (Afirmativa)
Ela não está em casa. (Negativa)
Essas palavras, dotadas de entoação própria, e acompanhadas
de gestos peculiares, são suficientes para satisfazer suas e) Frases Optativas: são usadas para exprimir um desejo.
necessidades expressivas.
Por Exemplo:
Na língua escrita, a entoação é representada pelos sinais
de pontuação, os quais procuram sugerir a melodia frasal. Deus te acompanhe!
Desaparecendo a situação viva, o contexto é fornecido pelo Bons ventos o levem!
próprio texto, o que acaba tornando necessário que as frases
escritas sejam linguisticamente mais completas. Essa maior De acordo com a construção, as frases classificam-se em:
complexidade linguística leva a frase a obedecer às regras gerais
da língua. Portanto, a organização e a ordenação dos elementos Frase Nominal: é a frase construída sem verbos. Exemplos:
formadores da frase devem seguir os padrões da língua. Por isso
é que: Fogo!
Cuidado!
As meninas estavam alegres. Belo serviço o seu!
Trabalho digno desse feirante.
constitui uma frase, enquanto:
Frase Verbal: é a frase construída com verbo. Por Exemplo:
Alegres meninas estavam as.
O sol ilumina a cidade e aquece os dias.
não é considerada uma frase da língua portuguesa. Os casais saíram para jantar.
A bola rolou escada abaixo. Estrutura da Frase
Tipos de Frases
As frases que possuem verbo são geralmente estruturadas
Muitas vezes, as frases assumem sentidos que só podem ser a partir de dois elementos essenciais: sujeito e predicado. Isso
integralmente captados se atentarmos para o contexto em que não significa, no entanto, que tais frases devam ser formadas, no
são empregadas. É o caso, por exemplo, das situações em que se mínimo, por dois vocábulos. Na frase “Saímos”, por exemplo, há
explora a ironia. Pense, por exemplo, na frase “Que educação!”, um sujeito implícito na terminação do verbo: nós.
usada quando se vê alguém invadindo, com seu carro, a faixa de
pedestres. Nesse caso, ela expressa exatamente o contrário do O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em
que aparentemente diz. número e pessoa. É normalmente o “ser de quem se declara
A entoação é um elemento muito importante da frase falada, algo”, “o tema do que se vai comunicar”.
pois nos dá uma ampla possibilidade de expressão. Dependendo
de como é dita, uma frase simples como “É ela.” pode indicar O predicado é a parte da frase que contém “a informação
constatação, dúvida, surpresa, indignação, decepção, etc. nova para o ouvinte”. Normalmente, ele se refere ao sujeito,
Na língua escrita, os sinais de pontuação podem agir como constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito. É sempre
definidores do sentido das frases. Veja: muito importante analisar qual é o núcleo significativo da
declaração: se o núcleo da declaração estiver no verbo, teremos
balõezinhos um predicado verbal (ocorre nas frases verbais); se o núcleo
da declaração estiver em algum nome, teremos um predicado
Existem alguns tipos de frases cuja entoação é mais ou menos nominal (ocorre nas frases nominais que possuem verbo de
previsível, de acordo com o sentido que transmitem. São elas: ligação).

a) Frases Interrogativas: ocorrem quando uma pergunta é Observe:


feita pelo emissor da mensagem. São empregadas quando se
deseja obter alguma informação. A interrogação pode ser direta O amor é eterno.
ou indireta.
O tema, o ser de quem se declara algo, o sujeito, é “O amor”.
Você aceita um copo de suco? (Interrogação direta) A declaração referente a “o amor”, ou seja, o predicado, é “é
Desejo saber se você aceita um copo de suco. (Interrogação eterno”. É um predicado nominal, pois seu núcleo significativo é
indireta) o nome “eterno”. Já na frase:

b) Frases Imperativas: ocorrem quando o emissor da Os rapazes jogam futebol.


mensagem dá uma ordem, um conselho ou faz um pedido,
utilizando o verbo no modo imperativo. Podem ser afirmativas O sujeito é “Os rapazes”, que identificamos por ser o termo
ou negativas. que concorda em número e pessoa com o verbo “jogam”. O
predicado é “jogam futebol”, cujo núcleo significativo é o verbo
Faça-o entrar no carro! (Afirmativa) “jogam”. Temos, assim, um predicado verbal.
Não faça isso. (Negativa)
Dê-me uma ajudinha com isso! (Afirmativa) Oração

c) Frases Exclamativas: nesse tipo de frase o emissor Uma frase verbal pode ser também uma oração. Para isso é
exterioriza um estado afetivo. Apresentam entoação ligeiramente necessário:
prolongada.
- que o enunciado tenha sentido completo;
Por Exemplo:
Que prova difícil! - que o enunciado tenha verbo (ou locução verbal).
É uma delícia esse bolo!
Por Exemplo:

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APOSTILAS OPÇÃO
Camila terminou a leitura do livro. ( ) Banco do Brasil.

Obs.: Na oração as palavras estão relacionadas entre si, 3-) Classifique os períodos abaixo em simples ou compostos.
como partes de um conjunto harmônico: elas são os termos ou a) Nestas férias, fomos conhecer Ouro Preto.____________________
as unidades sintáticas da oração. Assim, cada termo da oração b) Ninguém perguntou se ele virá ao concerto.____________________
desempenha uma função sintática. c) Quando chove, a cidade fica insuportável.______________________
d) Não gostei do filme, os acontecimentos são muito
Atenção: previsíveis.________
e) Não empresto meus CDs a ninguém.__
Nem toda frase é oração.
4-) Classifique em: (PS) Período Simples ou (PC) Período
Por Exemplo: Composto. Grife os verbos.
a) Neste ano elegeremos nosso presidente.
Que dia lindo! b) O vira-lata latiu e espantou o quero-quero.
Esse enunciado é frase, pois tem sentido. c) Poucas pessoas concordaram com nossa proposta.
Esse enunciado não é oração, pois não possui verbo. d) Vocês falam muito e agem pouco.
e) Confie em você, brigue por suas ideias, seja persistente!
Assim, não possuem estrutura sintática, portanto não são f) Ficou descontente com o resultado.
orações, frases como: g) Aproximou-se do telefone, iniciou a ligação, mas desistiu.
h) Não escreverei nada nem darei entrevista.
Socorro! - Com Licença! - Que rapaz ignorante! i) Se tu a amasses, serias feliz.
j) A simpática jovem é atriz.
A frase pode conter uma ou mais orações. Veja: k) Muitos confiaram em sua pesquisa.
l) Vibramos, quando soubemos o resultado
Brinquei no parque. (uma oração)
Entrei na casa e sentei-me. (duas orações) Respostas
Cheguei, vi, venci. (três orações)
1-)
Período A-) Que dia quente! Frase (não há verbo)
B-) Belas, as manhãs sertanejas! Frase = não há verbo
Período é a frase constituída de uma ou mais orações, C-) Estou em Monteiro há onze anos. = oração (2)
formando um todo, com sentido completo. O período pode ser D-) O aluno compreende perfeitamente o olhar do professor
simples ou composto. . = oração (1)
E-) Silêncio! = frase
Período Simples: é aquele constituído por apenas uma F-) O sol brilhava no céu nordestino. = oração
oração, que recebe o nome de oração absoluta. Exemplos:
2-)
O amor é eterno. ( X ) Socorro!
As plantas necessitam de cuidados especiais. (X ) Que tristeza!
Quero aquelas rosas. (X ) Atenção, curva sinuosa!
O tempo é o melhor remédio. (X) Banco do Brasil.

Período Composto: é aquele constituído por duas ou mais 3-) Classifique os períodos abaixo em simples ou compostos.
orações. Exemplos: a) Nestas férias, fomos conhecer Ouro Preto. = período
simples (locução verbal)
Quando você partiu minha vida ficou sem alegrias. b) Ninguém perguntou se ele virá ao concerto. = período
Quero aquelas flores para presentear minha mãe. composto
Vou gritar para todos ouvirem que estou sabendo o que c) Quando chove, a cidade fica insuportável. = período
acontece ao anoitecer. composto
Cheguei, jantei e fui dormir. d) Não gostei do filme, os acontecimentos são muito
previsíveis. = período composto
Saiba que: Como toda oração está centrada num verbo ou e) Não empresto meus CDs a ninguém. = período simples
numa locução verbal, a maneira prática de saber quantas orações
existem num período é contar os verbos ou locuções verbais. O princípio é o verbo.

Fonte: : http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint1.php Essa é a premissa fundamental da sintaxe, que é a parte


da gramática que estuda as palavras enquanto elementos de
Questões uma frase, as suas relações de concordância, de subordinação
e de ordem. Significa que, ao se realizar a análise sintática de
1-) Das frases abaixo relacionadas, indique as que contêm uma oração, sempre se inicia pelo verbo. É a partir dele que se
oração ou orações: descobre qual o sujeito da oração, se há a indicação de qualidade,
A-) Que dia quente! estado ou modo de ser do sujeito, se ele pratica uma ação ou se
B-) Belas, as manhãs sertanejas! a sofre, se há complemento verbal, se há circunstância (adjunto
C-) Estou em Monteiro há onze anos. adverbial), etc.
D-) O aluno compreende perfeitamente o olhar do professor . Nem sempre o verbo se apresenta sozinho em uma oração.
E-) Silêncio! Em muitos casos, surgem dois ou mais verbos juntos, para
F-) O sol brilhava no céu nordestino. indicar que se pratica ou se sofre uma ação, ou que o sujeito possui
uma qualidade. A essa junção, dá-se o nome de locução verbal.
2. Assinale as alternativas em que não há oração: Toda locução verbal é formada por um verbo auxiliar (ou mais
( ) Havia muita gente naquela festa. de um) e um verbo principal (somente um).
( ) Socorro!
( ) Que tristeza! O verbo auxiliar é o que se relaciona com o sujeito, por isso
( ) Aquele aluno não se saiu bem na avaliação. concorda com este, ou seja, se o sujeito estiver no singular, o
( ) Despediu‑se da esposa antes de viajar para a Itália. verbo auxiliar também ficará no singular; se o sujeito estiver
( ) Atenção, curva sinuosa! no plural, o verbo auxiliar também ficará no plural. Na Língua

Língua Portuguesa 56
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APOSTILAS OPÇÃO
Portuguesa os verbos auxiliares são os seguintes: ser, estar, ter, em, por, para, sem e com.
haver, dever, poder, ir, dentre outros.
- Quem ............ , ................. algo/alguém + prep. +
O verbo principal é o que indica se o sujeito possui uma algo/alguém: Todo verbo que se encaixar nessa frase
qualidade, se ele pratica uma ação ou se a sofre. É o mais será TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO - também denominado
importante da locução. Na Língua Portuguesa, o verbo principal de BITRANSITIVO. Por exemplo, o verbo mostrar: Quem
surge sempre no infinitivo (terminado em –ar, -er, ou –ir), no mostra, mostra algo a alguém; ou o verbo informar: Quem
gerúndio (terminado em –ndo) ou no particípio (terminado informa, informa alguém de algo ou Quem informa, informa
em –ado ou –ido, dentre outras terminações). algo a alguém.

Veja alguns exemplos de locuções verbais: É importante salientar que um verbo só será TRANSITIVO se
houver complemento (objeto direto ou objeto indireto). A
Os funcionários FORAM CONVOCADOS pelo diretor. (aux.: análise de um verbo depende, portanto, do ambiente sintático
SER; princ.: CONVOCAR) em que ele se encontra. Um verbo que aparentemente seja
Os estudantes ESTÃO RESPONDENDO às questões. (aux.: transitivo direto pode ser, na realidade, intransitivo, caso não
ESTAR; princ.: RESPONDER) haja complemento. Por exemplo, observe a seguinte frase:
Os trabalhadores TÊM ENFRENTADO muitos problemas. O pior cego é aquele que não quer ver.
(aux.: TER; princ.: ENFRENTAR) O verbo ver é, aparentemente, transitivo direto, uma vez que
O vereador HAVIA DENUNCIADO seus companheiros. (aux.: se encaixa na frase Quem vê, vê algo. Ocorre, porém, que não
HAVER; princ.: DENUNCIAR) há o “algo”. O pior cego é aquele que não quer ver o quê? Não
Os alunos DEVEM ESTUDAR todos os dias. (aux.: DEVER; aparece na oração; não há, portanto, o objeto direto. Como não
princ.: ESTUDAR) o há, o verbo não pode ser transitivo direto, e sim intransitivo.
Observe, agora, esta frase: Quem dá aos pobres, empresta a
Sujeito: Deus.
Os verbos dar e emprestar são, aparentemente, transitivos
Para se descobrir qual o sujeito do verbo (ou da locução diretos e indiretos, uma vez que se encaixam nas frases Quem
verbal), deve-se perguntar a ele (ou a ela) o seguinte: Que(m) é dá, dá algo a alguém e Quem empresta, empresta algo a
que ..........? A resposta será o sujeito. Por exemplo, analisemos alguém. Ocorre, porém, que não há o “algo”. Quem dá o que
a primeira frase dentre as apresentadas acima: aos pobres empresta o que a Deus? Não aparece na oração;
Os funcionários foram convocados pelo diretor. não há, portanto, o objeto direto. Como não o há, os verbos
O princípio é o verbo. Procura-se, portanto, o verbo: é a não podem ser transitivos diretos e indiretos, e sim somente
locução verbal foram convocados. - - Pergunta-se a ela: Que(m) transitivos indiretos.
é que foi convocado?
- Resposta: Os funcionários. FONTE: http://www.gramaticaonline.com.br/texto/1231
- O sujeito da oração, então, é o seguinte: os funcionários.
Questões
Encontrado o sujeito, parte-se para a análise do verbo: Se
ele indicar que o sujeito possui uma qualidade, um estado ou 01. (Agente de Apoio Administrativo – FCC). Os
um modo de ser, sem praticar ação alguma, será denominado de trabalhadores passaram mais tempo na escola...
VERBO DE LIGAÇÃO. Os verbos de ligação mais comuns são os O segmento grifado acima possui a mesma função sintática
seguintes: ser, estar, parecer, ficar, permanecer e continuar. que o destacado em:
Não se esqueça, porém, de que só será verbo de ligação o que A) ...o que reduz a média de ganho da categoria.
indicar qualidade, estado ou modo de ser do sujeito, sem praticar B) ...houve mais ofertas de trabalhadores dessa classe.
ação alguma. Observe as seguintes frases: C) O crescimento da escolaridade também foi impulsionado...
D) ...elevando a fatia dos brasileiros com ensino médio...
O político continuou seu discurso mesmo com todas as vaias E) ...impulsionado pelo aumento do número de universidades...
recebidas.
02.(Agente de Defensoria Pública – FCC). Donos de uma
Continuar, nesta frase, não é de ligação já que não indica capacidade de orientação nas brenhas selvagens [...], sabiam os
qualidade do sujeito, e sim ação. paulistas como...
A professora estava na sala de aula quando sofreu o infarto. O segmento em destaque na frase acima exerce a mesma
Estar, nesta frase, não é de ligação já que não indica função sintática que o elemento grifado em:
qualidade do sujeito, e sim fato. A) Nas expedições breves serviam de balizas ou mostradores
A garota estava muito alegre uma vez que havia conseguido para a volta.
a aprovação. B) Às estreitas veredas e atalhos [...], nada acrescentariam
Estar é verbo de ligação porque indica qualidade do sujeito. aqueles de considerável...
C) Só a um olhar muito exercitado seria perceptível o sinal.
Se o verbo indicar que o sujeito pratica uma ação, ou que D) Uma sequência de tais galhos, em qualquer floresta, podia
participa ativamente de um fato, será denominado de VERBO significar uma pista.
INTRANSITIVO ou VERBO TRANSITIVO, de acordo com o E) Alguns mapas e textos do século XVII apresentam-nos a vila
seguinte: de São Paulo como centro...

- Quem ............ , ................. : Todo verbo que se encaixar nessa 03. Há complemento nominal em:
frase será INTRANSITIVO. Por exemplo, o verbo correr: Quem A)Você devia vir cá fora receber o beijo da madrugada.
corre, corre. B)... embora fosse quase certa a sua possibilidade de ganhar
a vida.
- Quem ............ , ................. algo/alguém: Todo verbo que se C)Ela estava na janela do edifício.
encaixar nessa frase será TRANSITIVO DIRETO. Por exemplo, o D)... sem saber ao certo se gostávamos dele.
verbo comer: Quem come, come algo; ou o verbo amar: Quem E)Pouco depois começaram a brincar de bandido e mocinho
ama, ama alguém. de cinema.

- Quem ............ , ................. + prep. + algo/alguém: Todo 04. (ESPM-SP) Em “esta lhe deu cem mil contos”, o termo
verbo que se encaixar nessa frase será TRANSITIVO INDIRETO. destacado é:
Por exemplo, o verbo gostar: Quem gosta, gosta de algo ou de A) pronome possessivo
alguém. As preposições mais comuns são as seguintes: a, de, B) complemento nominal

Língua Portuguesa 57
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APOSTILAS OPÇÃO
C) objeto indireto = agente da passiva
D) adjunto adnominal
E) objeto direto 2-) Donos de uma capacidade de orientação nas brenhas
selvagens [...], sabiam os paulistas como... = SUJEITO
05. Assinale a alternativa correta e identifique o sujeito A) Nas expedições breves = ADJUNTO ADVERBIAL
das seguintes orações em relação aos verbos destacados: B) nada acrescentariam aqueles de considerável...= adjunto
- Amanhã teremos uma palestra sobre qualidade de vida. adverbial
- Neste ano, quero prestar serviço voluntário. C) seria perceptível o sinal. = predicativo
D) Uma sequência de tais galhos = sujeito
A)Tu – vós E) apresentam-nos a vila de São Paulo como = objeto direto
B)Nós – eu
C)Vós – nós 3-)
D) Ele - tu A) o beijo da madrugada. = adjunto adnominal
B)a sua possibilidade de ganhar a vida. = complemento
06.Classifique o sujeito das orações destacadas no texto nominal (possibilidade de quê?)
seguinte e, a seguir, assinale a sequência correta. C)na janela do edifício. = adjunto adnominal
É notável, nos textos épicos, a participação do sobrenatural. D)... sem saber ao certo se gostávamos dele. = objeto indireto
É frequente a mistura de assuntos relativos ao nacionalismo E) a brincar de bandido e mocinho de cinema = objeto
com o caráter maravilhoso. Nas epopeias, os deuses tomam indireto
partido e interferem nas aventuras dos heróis, ajudando-os ou
atrapalhando-os. 4-) esta lhe deu cem mil contos = o verbo DAR é bitransitivo,
A)simples, composto ou seja, transitivo direto e indireto, portanto precisa de dois
B)indeterminado, composto complementos – dois objetos: direto e indireto.
C)simples, simples Deu o quê? = cem mil contos (direto)
D) oculto, indeterminado Deu a quem? lhe (=a ele, a ela) = indireto

07. (ESPM-SP) “Surgiram fotógrafos e repórteres”. 5-) - Amanhã ( nós ) teremos uma palestra sobre qualidade
Identifique a alternativa que classifica corretamente a função de vida.
sintática e a classe morfológica dos termos destacados: - Neste ano, ( eu ) quero prestar serviço voluntário.
A) objeto indireto – substantivo
B) objeto direto - substantivo 6-) É notável, nos textos épicos, a participação do
C) sujeito – adjetivo sobrenatural. É frequente a mistura de assuntos relativos ao
D) objeto direto – adjetivo nacionalismo com o caráter maravilhoso. Nas epopeias, os
E) sujeito - substantivo deuses tomam partido e interferem nas aventuras dos heróis,
ajudando-os ou atrapalhando-os.
08.Na frase: O terremoto causou muitos mortos, coisa já Ambos os termos apresentam sujeito simples
esperada;
O termo destacado é um: 7-) Surgiram fotógrafos e repórteres.
A)Complemento Nominal; O sujeito está deslocado, colocado na ordem indireta
B)Aposto; (final da oração). Portanto: função sintática: sujeito
C)Adjunto Adverbial; (composto); classe morfológica (classe de palavras):
D)Adjunto Adnominal. substantivos.

09Qual o sujeito da oração: “E o tempo não passava...”? 8-) Aposto – uma informação a mais sobre o assunto
A)Inexistente. exposto; no caso, apresenta uma opinião do autor.
B)Oculto.
C)Tempo. 9-) “E o tempo não passava...”? = sujeito simples: o tempo
D)Não.
10-) Venceu o Santos ao São Paulo = Santos venceu (verbo
10.Considere a frase: “Venceu o Santos ao São Paulo na transitivo direto) o São Paulo (objeto direto). Por apresentar
semifinal do Campeonato Paulista”. O trecho em destaque possui preposição (ao), classificado como objeto direto preposicionado.
a função sintática de
A)objeto indireto. Período composto por coordenação
B)sujeito simples.
O período composto caracteriza-se por possuir mais de uma
C)predicativo do objeto. oração em sua composição. Sendo Assim:
D)objeto direto preposicionado. - Eu irei à praia. (Período Simples = um verbo, uma oração)
- Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia.
Respostas (Período Composto =locução verbal, verbo, duas orações)
- Já me decidi: só irei à praia, se antes eu comprar um
01. C/ 02. D / 03. B / 04. C / 05. B / 06. C / 07. E / 08. B / protetor solar. (Período Composto = três verbos, três orações).
09. C / 10. D
Cada verbo ou locução verbal sublinhada acima corresponde
Comentários a uma oração. Isso implica que o primeiro exemplo é um período
simples, pois tem apenas uma oração, os dois outros exemplos
1-) Os trabalhadores passaram mais tempo na escola... = são períodos compostos, pois têm mais de uma oração.
SUJEITO Há dois tipos de relações que podem se estabelecer entre as
A) ...o que reduz a média de ganho da categoria. = objeto direto orações de um período composto: uma relação de coordenação
B) ...houve mais ofertas de trabalhadores dessa classe. = objeto ou uma relação de subordinação.
direto Duas orações são coordenadas quando estão juntas em um
C) O crescimento da escolaridade também foi impulsionado... mesmo período, (ou seja, em um mesmo bloco de informações,
= sujeito paciente marcado pela pontuação final), mas têm, ambas, estruturas
D) ...elevando a fatia dos brasileiros com ensino médio... = individuais, como é o exemplo de:
objeto direto - Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia.
E) ...impulsionado pelo aumento do número de universidades... (Período Composto)

Língua Portuguesa 58
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APOSTILAS OPÇÃO
Podemos dizer: c) coordenada aditiva
1. Estou comprando um protetor solar. d) coordenada conclusiva
2. Irei à praia. e) coordenada assindética

Separando as duas, vemos que elas são independentes. 03. (Agente Educacional – VUNESP – 2013). Leia o texto
É desse tipo de período que iremos falar agora: o Período a seguir.
Composto por Coordenação.
Quanto à classificação das orações coordenadas, temos dois Cultura matemática
tipos: Coordenadas Assindéticas e Coordenadas Sindéticas. Hélio Schwartsman

Coordenadas Assindéticas SÃO PAULO – Saiu mais um estudo mostrando que o ensino
São orações coordenadas entre si e que não são ligadas de matemática no Brasil não anda bem. A pergunta é: podemos
através de nenhum conectivo. Estão apenas justapostas. viver sem dominar o básico da matemática? Durante muito
tempo, a resposta foi sim. Aqueles que não simpatizavam muito
Coordenadas Sindéticas com Pitágoras podiam simplesmente escolher carreiras nas
Ao contrário da anterior, são orações coordenadas entre si, quais os números não encontravam muito espaço, como direito,
mas que são ligadas através de uma conjunção coordenativa. Esse jornalismo, as humanidades e até a medicina de antigamente.
caráter vai trazer para esse tipo de oração uma classificação. As Como observa Steven Pinker, ainda hoje, nos meios
orações coordenadas sindéticas são classificadas em cinco tipos: universitários, é considerado aceitável que um intelectual se
aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas. vanglorie de ter passado raspando em física e de ignorar o beabá
da estatística. Mas ai de quem admitir nunca ter lido Joyce ou
Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas: suas principais dizer que não gosta de Mozart. Sobre ele recairão olhares tão
conjunções são: e, nem, não só... mas também, não só... como, recriminadores quanto sobre o sujeito que assoa o nariz na
assim... como. manga da camisa.
- Não só cantei como também dancei. Joyce e Mozart são ótimos, mas eles, como quase toda a
- Nem comprei o protetor solar, nem fui à praia. cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida
- Comprei o protetor solar e fui à praia. prática. Já a cultura científica, que muitos ainda tratam com uma
ponta de desprezo, torna-se cada vez mais fundamental, mesmo
Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas: suas para quem não pretende ser engenheiro ou seguir carreiras
principais conjunções são: mas, contudo, todavia, entretanto, técnicas.
porém, no entanto, ainda, assim, senão. Como sobreviver à era do crédito farto sem saber calcular as
- Fiquei muito cansada, contudo me diverti bastante. armadilhas que uma taxa de juros pode esconder? Hoje, é difícil
- Ainda que a noite acabasse, nós continuaríamos dançando. até posicionar-se de forma racional sobre políticas públicas
- Não comprei o protetor solar, mas mesmo assim fui à praia. sem assimilar toda a numeralha que idealmente as informa.
Conhecimentos rudimentares de estatística são pré-requisito
Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas: suas para compreender as novas pesquisas que trazem informações
principais conjunções são: ou... ou; ora...ora; quer...quer; seja... relevantes para nossa saúde e bem-estar.
seja. A matemática está no centro de algumas das mais intrigantes
- Ou uso o protetor solar, ou uso o óleo bronzeador. especulações cosmológicas da atualidade. Se as equações da
- Ora sei que carreira seguir, ora penso em várias carreiras mecânica quântica indicam que existem universos paralelos,
diferentes. isso basta para que acreditemos neles? Ou, no rastro de Eugene
- Quer eu durma quer eu fique acordado, ficarei no quarto. Wigner, podemos nos perguntar por que a matemática é tão
eficaz para exprimir as leis da física.
Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas: suas (Folha de S.Paulo. 06.04.2013. Adaptado)
principais conjunções são: logo, portanto, por fim, por
conseguinte, consequentemente, pois (posposto ao verbo) Releia o seguinte trecho do 3.º parágrafo do texto:
- Passei no vestibular, portanto irei comemorar. Joyce e Mozart são ótimos, mas eles, como quase toda a cultura
- Conclui o meu projeto, logo posso descansar. humanística, têm pouca relevância para nossa vida prática.
- Tomou muito sol, consequentemente ficou adoentada.
- A situação é delicada; devemos, pois, agir Sem que haja alteração de sentido, e de acordo com a norma-
padrão da língua portuguesa, ao se substituir o termo em
Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas: suas destaque, o trecho estará corretamente reescrito em:
principais conjunções são: isto é, ou seja, a saber, na verdade, pois A) Joyce e Mozart são ótimos, portanto eles, como quase
(anteposto ao verbo). toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nossa
- Só passei na prova porque me esforcei por muito tempo. vida prática.
- Só fiquei triste por você não ter viajado comigo. B) Joyce e Mozart são ótimos, conforme eles, como quase
- Não fui à praia, pois queria descansar durante o Domingo. toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nossa
vida prática.
Fonte: http://www.infoescola.com/portugues/oracoes- C) Joyce e Mozart são ótimos, assim eles, como quase toda
coordenadas-assindeticas-e-sindeticas/ a cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida
prática.
Questões D) Joyce e Mozart são ótimos, todavia eles, como quase toda
a cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida
01. A oração “Não se verificou, todavia, uma transplantação prática.
integral de gosto e de estilo” tem valor: E) Joyce e Mozart são ótimos, pois eles, como quase toda
A) conclusivo a cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida
B) adversativo prática.
C) concessivo
D) explicativo 04. (Analista Administrativo – VUNESP – 2013). Leia o
E) alternativo texto a seguir.

02. “Estudamos, logo deveremos passar nos exames”. A Mais denso, menos trânsito
oração em destaque é: Henrique Meirelles
a) coordenada explicativa
b) coordenada adversativa As grandes cidades brasileiras estão congestionadas e

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APOSTILAS OPÇÃO
em processo de deterioração agudizado pelo crescimento 07. Assinale a alternativa em que o sentido da conjunção
econômico da última década. Existem deficiências evidentes em sublinhada está corretamente indicado entre parênteses.
infraestrutura, mas é importante também considerar e estudar A) Meu primo formou-se em Direito, porém não pretende
em profundidade o planejamento urbano. trabalhar como advogado. (explicação)
Muitas grandes cidades adotaram uma abordagem de B) Não fui ao cinema nem assisti ao jogo. (adição)
desconcentração, incentivando a criação de diversos centros C) Você está preparado para a prova; por isso, não se
urbanos, na visão de que isso levaria a uma maior facilidade de preocupe. (oposição)
deslocamento. D) Vá dormir mais cedo, pois o vestibular será amanhã.
Mas o efeito tem sido o inverso. A criação de diversos centros (alternância)
e o aumento das distâncias multiplicam o número de viagens, E) Os meninos deviam correr para casa ou apanhariam toda
dificultando o escasso investimento em transporte coletivo e a chuva. (conclusão)
aumentando a necessidade do transporte individual.
Se olharmos Los Angeles como a região que levou a 08. Analise sintaticamente as duas orações destacadas
desconcentração ao extremo, ficam claras as consequências. no texto “O assaltante pulou o muro, mas não penetrou na
Numa região rica como a Califórnia, com enorme investimento casa, nem assustou seus habitantes.” A seguir, classifique-as,
viário, temos engarrafamentos gigantescos que viraram respectivamente, como coordenadas:
característica da cidade. A) adversativa e aditiva.
Os modelos urbanos bem-sucedidos são aqueles com B) explicativa e aditiva.
elevado adensamento e predominância do transporte coletivo, C) adversativa e alternativa.
como mostram Manhattan, Tóquio e algumas novas áreas D) aditiva e alternativa.
urbanas chinesas.
Apesar da desconcentração e do aumento da extensão 09. Um livro de receita é um bom presente porque ajuda as
urbana verificados no Brasil, é importante desenvolver e adensar pessoas que não sabem cozinhar.
ainda mais os diversos centros já existentes com investimentos A palavra porque pode ser substituída, sem alteração de
no transporte coletivo. sentido, por
O centro histórico de São Paulo é demonstração inequívoca A) entretanto. B) então. C) assim. D) pois. E) porém.
do que não deve ser feito. É a região da cidade mais bem servida
de transporte coletivo, com infraestrutura de telecomunicação, 10- Na oração “PEDRO NÃO JOGA E NEM ASSISTE”, temos a
água, eletricidade etc. Conta ainda com equipamentos de presença de uma oração
importância cultural e histórica que dão identidade aos coordenada que pode ser classificada em:
aglomerados urbanos. Seria natural que, como em outras grandes A) Coordenada assindética;
cidades, o centro de São Paulo fosse a região mais adensada da B) Coordenada assindética aditiva;
metrópole. Mas não é o caso. Temos, hoje, um esvaziamento C) Coordenada sindética alternativa;
gradual do centro, com deslocamento das atividades para D) Coordenada sindética aditiva.
diversas regiões da cidade.
É fundamental que essa visão de adensamento com uso Respostas
abundante de transporte coletivo seja recuperada para que
possamos reverter esse processo de uso cada vez mais intenso 1-B / 2-E / 3-D / 4-E / 5-D / 6-A / 7-B / 8-A / 9-D / 10-D
do transporte individual devorando espaços viários que não
têm a capacidade de absorver a crescente frota de automóveis, Comentários
fruto não só do novo acesso da população ao automóvel mas
também da necessidade de maior número de viagens em função 1-) “Não se verificou, todavia, uma transplantação integral
da distância cada vez maior entre os destinos da população. de gosto e de estilo” = conjunção adversativa, portanto: oração
coordenada sindética adversativa
(Folha de S.Paulo, 13.01.2013. Adaptado)
2-) Estudamos, logo deveremos passar nos exames = a
Em – ...fruto não só do novo acesso da população ao automóvel oração em destaque não é introduzida por conjunção, então:
mas também da necessidade de maior número de viagens... –, os coordenada assindética
termos em destaque estabelecem relação de
A) explicação. 3-) Joyce e Mozart são ótimos, mas eles... = conjunção (e ideia)
B) oposição. adversativa
C) alternância. A) Joyce e Mozart são ótimos, portanto eles, como quase
D) conclusão. toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nossa
E) adição. vida prática. = conclusiva
B) Joyce e Mozart são ótimos, conforme eles, como quase
05. Analise a oração destacada: Não se desespere, que toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nossa
estaremos a seu lado sempre. vida prática. = conformativa
Marque a opção correta quanto à sua classificação: C) Joyce e Mozart são ótimos, assim eles, como quase toda
A) Coordenada sindética aditiva. a cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida
B) Coordenada sindética alternativa. prática. = conclusiva
C) Coordenada sindética conclusiva. E) Joyce e Mozart são ótimos, pois eles, como quase toda
D) Coordenada sindética explicativa. a cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida
prática. = explicativa
06. A frase abaixo em que o conectivo E tem valor
adversativo é: Dica: conjunção pois como explicativa = dá para eu substituir
A) “O gesto é fácil E não ajuda em nada”. por porque; como conclusiva: substituo por portanto.
B )“O que vemos na esquina E nos sinais de trânsito...”.
C) “..adultos submetem crianças E adolescentes à tarefa de 4-) fruto não só do novo acesso da população ao automóvel
pedir esmola”. mas também da necessidade de maior número de viagens...
D) “Quem dá esmola nas ruas contribui para a manutenção estabelecem relação de adição de ideias, de fatos
da miséria E prejudica o desenvolvimento da sociedade”.
E) “A vida dessas pessoas é marcada pela falta de dinheiro, 5-) Não se desespere, que estaremos a seu lado sempre.=
de moradia digna, emprego, segurança, lazer, cultura, acesso à conjunção explicativa (= porque) - coordenada sindética
saúde E à educação”. explicativa

Língua Portuguesa 60
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APOSTILAS OPÇÃO
6-) Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também
A) “O gesto é fácil E não ajuda em nada”. = mas não ajuda introduzem as orações subordinadas substantivas, bem como os
(ideia contrária) advérbios interrogativos (por que, quando, onde, como). Veja os
B )“O que vemos na esquina E nos sinais de trânsito...”. = exemplos:
adição
C) “..adultos submetem crianças E adolescentes à tarefa de O garoto perguntou qual era o telefone da moça.
pedir esmola”. = adição Oração Subordinada Substantiva
D) “Quem dá esmola nas ruas contribui para a manutenção
da miséria E prejudica o desenvolvimento da sociedade”. = Não sabemos por que a vizinha se mudou.
adição Oração Subordinada Substantiva
E) “A vida dessas pessoas é marcada pela falta de dinheiro,
de moradia digna, emprego, segurança, lazer, cultura, acesso à Classificação das Orações Subordinadas Substantivas
saúde E à educação”. = adição
De acordo com a função que exerce no período, a oração
7-) subordinada substantiva pode ser:
A) Meu primo formou-se em Direito, porém não pretende
trabalhar como advogado. (explicação) = adversativa a) Subjetiva
C) Você está preparado para a prova; por isso, não se É subjetiva quando exerce a função sintática de sujeito do
preocupe. (oposição) = conclusão verbo da oração principal. Observe:
D) Vá dormir mais cedo, pois o vestibular será amanhã.
(alternância) = explicativa É fundamental o seu comparecimento à reunião.
E) Os meninos deviam correr para casa ou apanhariam toda Sujeito
a chuva. (conclusão) = alternativa
É fundamental que você compareça à reunião.
8-) Oração Principal Oração Subordinada Substantiva
- mas não penetrou na casa = conjunção adversativa Subjetiva
- nem assustou seus habitantes = conjunção aditiva
Atenção:
9-) Um livro de receita é um bom presente porque ajuda as
pessoas que não sabem cozinhar. Observe que a oração subordinada substantiva pode ser
= conjunção explicativa: pois substituída pelo pronome “ isso”. Assim, temos um período
simples:
10-) E NEM ASSISTE= conjunção aditiva (ideia de adição,
soma de fatos) = Coordenada sindética aditiva. É fundamental isso. ou Isso é fundamental.

Período composto por subordinação Dessa forma, a oração correspondente a “isso” exercerá a
função de sujeito
Observe o exemplo abaixo de Vinícius de Moraes:
       Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração
“Eu sinto        que em meu gesto existe o teu gesto.” principal:
Oração Principal            Oração Subordinada
1- Verbos de ligação + predicativo, em construções do
Observe que na oração subordinada temos o verbo “existe”, tipo:
que está conjugado na terceira pessoa do singular do presente É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo - É claro
do indicativo. As orações subordinadas que apresentam - Está evidente - Está comprovado
verbo em qualquer dos tempos finitos (tempos do modo do
indicativo, subjuntivo e imperativo), são chamadas de orações É bom que você compareça à minha festa.
desenvolvidas ou explícitas.
Podemos modificar o período acima. Veja: 2- Expressões na voz passiva, como:
        Sabe-se - Soube-se - Conta-se - Diz-se - Comenta-se - É sabido
Eu sinto                 existir em meu gesto o teu gesto.. - Foi anunciado - Ficou provado
Oração Principal              Oração Subordinada
Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.
A análise das orações continua sendo a mesma: “Eu
sinto” é a oração principal, cujo objeto direto é a oração 3- Verbos como:
subordinada  “existir em meu gesto o teu gesto”. Note que a convir - cumprir - constar - admirar - importar - ocorrer -
oração subordinada apresenta agora verbo no infinitivo. Além acontecer
disso, a conjunção “que”, conectivo que unia as duas orações,
desapareceu. As orações subordinadas cujo verbo surge numa Convém que não se atrase na entrevista.
das formas nominais (infinitivo - flexionado ou não -, gerúndio
ou particípio) chamamos orações reduzidas ou implícitas. Obs.: quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, o
Obs.:  as orações reduzidas não são introduzidas por verbo da oração principal está sempre na 3ª. pessoa do singular.
conjunções nem pronomes relativos. Podem ser, eventualmente,
introduzidas por preposição. b) Objetiva Direta
A oração subordinada substantiva objetiva direta exerce
1) ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS função de objeto direto do verbo da oração principal.

A oração subordinada substantiva tem valor de substantivo Todos querem sua aprovação no vestibular.
e vem introduzida, geralmente, por conjunção integrante (que,                                           Objeto Direto                                   
se).                                                                                                       
Suponho que você foi à biblioteca hoje. Todos querem        que você seja aprovado. (Todos
Oração Subordinada Substantiva querem isso)
Oração Principal      Oração Subordinada Substantiva
Você sabe se o presidente já chegou? Objetiva Direta
Oração Subordinada Substantiva

Língua Portuguesa 61
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APOSTILAS OPÇÃO
As orações subordinadas substantivas objetivas diretas Fernanda tinha um grande sonho: que o dia do seu casamento
desenvolvidas são iniciadas por: chegasse.
1- Conjunções integrantes “que” (às vezes elíptica) e “se”: Oração Subordinada Substantiva
A professora verificou se todos alunos estavam presentes. Apositiva

2- Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às vezes 2) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS
regidos de preposição), nas interrogações indiretas: Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui valor
O pessoal queria saber quem era o dono do carro importado. e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale. As orações
vêm introduzidas por pronome relativo e exercem a função de
3- Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às vezes adjunto adnominal do antecedente. Observe o exemplo:
regidos de preposição), nas interrogações indiretas:
Eu não sei por que ela fez isso. Esta foi uma redação     bem-sucedida.
         Substantivo         Adjetivo (Adjunto Adnominal)
c) Objetiva Indireta
A oração subordinada substantiva objetiva indireta atua Note que o substantivo redação foi caracterizado pelo
como objeto indireto do verbo da oração principal. Vem adjetivo bem-sucedida. Nesse caso, é possível formarmos outra
precedida de preposição. construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel. Veja:
Esta foi uma redação     que fez sucesso.
Meu pai insiste em meu estudo. Oração Principal                Oração Subordinada Adjetiva
                               Objeto Indireto
Perceba que a conexão entre a oração subordinada adjetiva e
Meu pai insiste em que eu estude. (Meu pai insiste nisso) o termo da oração principal que ela modifica é feita pelo pronome
           Oração Subordinada Substantiva Objetiva relativo “que”. Além de conectar (ou relacionar) duas orações, o
Indireta pronome relativo desempenha uma função sintática na oração
subordinada: ocupa o papel que seria exercido pelo termo que
Obs.: em alguns casos, a preposição pode estar elíptica na o antecede.
oração. Obs.: para que dois períodos se unam num período composto,
altera-se o modo verbal da segunda oração.
Marta não gosta (de) que a chamem de senhora.
                Oração Subordinada Substantiva Objetiva Atenção:
Indireta Vale lembrar um recurso didático para reconhecer o
pronome relativo que: ele sempre pode ser substituído por: o
d) Completiva Nominal qual - a qual - os quais - as quais
A oração subordinada substantiva completiva Refiro-me ao aluno que é estudioso.
nominal completa um nome que pertence à oração principal e Essa oração é equivalente a:
também vem marcada por preposição. Refiro-me ao aluno o qual estuda.

Sentimos orgulho de seu comportamento. Forma das Orações Subordinadas Adjetivas


                                  Complemento Nominal   Quando são introduzidas por um pronome relativo e
                         apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as orações
Sentimos orgulho de que você se comportou. (Sentimos subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvidas. Além delas,
orgulho disso.) existem as orações subordinadas adjetivas reduzidas, que não são
              Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal introduzidas por pronome relativo (podem ser introduzidas por
Lembre-se: preposição) e apresentam o verbo numa das formas nominais
Observe que as orações subordinadas substantivas (infinitivo, gerúndio ou particípio).
objetivas indiretas integram o sentido de um verbo,enquanto Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
que orações subordinadas substantivas completivas Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
nominais integram o sentido de um nome.Para distinguir uma
da outra, é necessário levar em conta o termo complementado. No primeiro período, há uma oração subordinada
Essa é, aliás, a diferença entre o objeto indireto e o complemento adjetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome
nominal: o primeiro complementa um verbo, o segundo, um relativo “que” e apresenta verbo conjugado no pretérito perfeito
nome. do indicativo. No segundo, há uma oração subordinada adjetiva
reduzida de infinitivo: não há pronome relativo e seu verbo está
e) Predicativa no infinitivo.
A oração subordinada substantiva predicativa exerce papel
de predicativo do sujeito do verbo da oração principal e vem Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas
sempre depois do verbo ser.
Nosso desejo era sua desistência. Na relação que estabelecem com o termo que caracterizam, as
Predicativo do Sujeito orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas maneiras
diferentes. Há aquelas que restringem ou especificam o sentido
Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo era do termo a que se referem, individualizando-o. Nessas orações
isso) não há marcação de pausa, sendo chamadas subordinadas
Oração Subordinada Substantiva Predicativa adjetivas restritivas. Existem também orações que realçam um
detalhe ou amplificam dados sobre o antecedente, que já se
Obs.: em certos casos, usa-se a preposição expletiva “de” encontra suficientemente definido, as quais denominam-
para realce. Veja o exemplo: se subordinadas adjetivas explicativas.
A impressão é de que não fui bem na prova.
Exemplo 1:
f) Apositiva Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um
A oração subordinada substantiva apositiva exerce função homem que passava naquele momento.
de aposto de algum termo da oração principal. Oração
Fernanda tinha um grande sonho: a chegada do dia de seu Subordinada Adjetiva Restritiva
casamento.
Aposto Nesse período, observe que a oração em destaque restringe
(Fernanda tinha um grande sonho: isso.) e particulariza o sentido da palavra “homem”: trata-se de um

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APOSTILAS OPÇÃO
homem específico, único. A oração limita o universo de homens, Principal conjunção subordinativa causal: PORQUE
isto é, não se refere a todos os homens, mas sim àquele que
estava passando naquele momento. Outras conjunções e locuções causais: como (sempre
introduzido na oração anteposta à oração principal), pois, pois
Exemplo 2: que, já que, uma vez que, visto que.
As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi muito forte.
O homem, que se considera racional, muitas vezes age Como ninguém se interessou pelo projeto, não houve
animalescamente. alternativa a não ser cancelá-lo.
            Oração Subordinada Adjetiva Explicativa Já que você não vai, eu também não vou.

Nesse período, a oração em destaque não tem sentido b) Consequência


restritivo em relação à palavra “homem”; na verdade, essa As orações subordinadas adverbiais consecutivas exprimem
oração apenas explicita uma ideia que já sabemos estar contida um fato que é consequência, que é efeito do que se declara
no conceito de “homem”. na oração principal. São introduzidas pelas conjunções e
locuções: que, de forma que, de sorte que, tanto que, etc., e pelas
Saiba que: estruturas tão...que, tanto...que, tamanho...que.
A oração subordinada adjetiva explicativa é separada da Principal conjunção subordinativa consecutiva: QUE
oração principal por uma pausa, que, na escrita, é representada (precedido de tal, tanto, tão, tamanho)
pela vírgula. É comum, por isso, que a pontuação seja indicada
como forma de diferenciar as orações explicativas das restritivas; É feio que dói. (É tão feio que, em consequência, causa dor.)
de fato, as explicativas vêm sempre isoladas por vírgulas; as Nunca abandonou seus ideais, de sorte que acabou
restritivas, não. concretizando-os.
Não consigo ver televisão sem bocejar. (Oração Reduzida de
3) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS Infinitivo)

Uma oração subordinada adverbial é aquela que c) Condição


exerce a função de adjunto adverbial do verbo da oração Condição é aquilo que se impõe como necessário para
principal. Dessa forma, pode exprimir circunstância a realização ou não de um fato. As orações subordinadas
de tempo, modo, fim, causa, condição, hipótese, etc. Quando adverbiais condicionais exprimem o que deve ou não ocorrer
desenvolvida, vem introduzida por uma das conjunções para que se realize ou deixe de se realizar o fato expresso na
subordinativas (com exclusão das integrantes). Classifica-se de oração principal.
acordo com a conjunção ou locução conjuntiva que a introduz. Principal conjunção subordinativa condicional: SE

Durante a madrugada, eu olhei você dormindo. Outras conjunções condicionais: caso, contanto que, desde
Oração Subordinada Adverbial que, salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que, sem que, uma
vez que (seguida de verbo no subjuntivo).
Observe que a oração em destaque agrega uma circunstância Se o regulamento do campeonato for bem
de tempo. É, portanto, chamada de oração subordinada elaborado, certamente o melhor time será campeão.
adverbial temporal. Os adjuntos adverbiais são termos Uma vez que todos aceitem a proposta, assinaremos o contrato.
acessórios que indicam uma circunstância referente, via de Caso você se case, convide-me para a festa.
regra, a um verbo. A classificação do adjunto adverbial depende
da exata compreensão da circunstância que exprime. Observe os d) Concessão
exemplos abaixo: As orações subordinadas
Naquele momento, senti uma das maiores emoções de minha adverbiais concessivas indicam concessão às ações do verbo da
vida. oração principal, isto é, admitem uma contradição ou um fato
Quando vi a estátua, senti uma das maiores emoções de minha inesperado. A ideia de concessão está diretamente ligada ao
vida. contraste, à quebra de expectativa.
Principal conjunção subordinativa concessiva: EMBORA
No primeiro período, “naquele momento” é um adjunto
adverbial de tempo, que modifica a forma verbal “senti”. No Utiliza-se também a conjunção: conquanto e as locuções ainda
segundo período, esse papel é exercido pela oração “Quando vi que, ainda quando, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de
a estátua”, que é, portanto, uma oração subordinada adverbial que.
temporal. Essa oração é desenvolvida, pois é introduzida por Só irei se ele for.
uma conjunção subordinativa (quando) e apresenta uma A oração acima expressa uma condição: o fato de “eu” ir só se
forma verbal do modo indicativo (“vi”, do pretérito perfeito do realizará caso essa condição seja satisfeita.
indicativo). Seria possível reduzi-la, obtendo-se: Compare agora com:
Ao ver a estátua, senti uma das maiores emoções de minha Irei mesmo que ele não vá.
vida.
A distinção fica nítida; temos agora uma concessão: irei de
A oração em destaque é reduzida, pois apresenta uma qualquer maneira, independentemente de sua ida. A oração
das formas nominais do verbo (“ver” no infinitivo) e não é destacada é, portanto, subordinada adverbial concessiva.
introduzida por conjunção subordinativa, mas sim por uma Observe outros exemplos:
preposição (“a”, combinada com o artigo “o”). Embora fizesse calor, levei agasalho.
Conquanto a economia tenha crescido, pelo menos metade da
Obs.: a classificação das orações subordinadas adverbiais é população continua à margem do mercado de consumo.
feita do mesmo modo que a classificação dos adjuntos adverbiais. Foi aprovado sem estudar (= sem que estudasse / embora não
Baseia-se na circunstância expressa pela oração. estudasse). (reduzida de infinitivo)

Circunstâncias Expressas pelas Orações Subordinadas e) Comparação


Adverbiais As orações subordinadas
adverbiais comparativas estabelecem uma comparação com a
a) Causa ação indicada pelo verbo da oração principal.
A ideia de causa está diretamente ligada àquilo que provoca Principal conjunção subordinativa comparativa: COMO
um determinado fato, ao motivo do que se declara na oração
principal. “É aquilo ou aquele que determina um acontecimento”. Ele dorme como um urso.

Língua Portuguesa 63
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APOSTILAS OPÇÃO
Saiba que: 02. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária –
É comum a omissão do verbo nas orações subordinadas VUNESP). No trecho – Tem surtido um efeito positivo por eles
adverbiais comparativas. Por exemplo: se tornarem uma referência positiva dentro da unidade, já que
Agem como crianças. (agem) cumprem melhor as regras, respeitam o próximo e pensam melhor
Oração Subordinada Adverbial Comparativa nas suas ações, refletem antes de tomar uma atitude. – o termo
No entanto, quando se comparam ações diferentes, isso não em destaque estabelece entre as orações uma relação de
ocorre. A) condição.
Por exemplo: Ela fala mais do que faz. (comparação do B) causa.
verbo falar e do verbo fazer). C) comparação.
D) tempo.
f) Conformidade E) concessão.
As orações subordinadas adverbiais conformativas indicam
ideia de conformidade, ou seja, exprimem uma regra, um modelo 03. (UFV-MG) As orações subordinadas substantivas que
adotado para a execução do que se declara na oração principal. aparecem nos períodos abaixo são todas subjetivas, exceto:
Principal conjunção subordinativa conformativa: CONFORME A) Decidiu-se que o petróleo subiria de preço.
B) É muito bom que o homem, vez por outra, reflita sobre
Outras conjunções conformativas: como, sua vida.
consoante e segundo (todas com o mesmo valor de conforme). C) Ignoras quanto custou meu relógio?                  
Fiz o bolo conforme ensina a receita. D) Perguntou-se ao diretor quando seríamos recebidos.
Consoante reza a Constituição, todos os cidadãos têm direitos E) Convinha-nos que você estivesse presente à reunião
iguais.
04. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP).
g) Finalidade Considere a tirinha em que se vê Honi conversando com seu
As orações subordinadas adverbiais finais indicam a Namorado Lute.
intenção, a finalidade daquilo que se declara na oração principal.
Principal conjunção subordinativa final: A FIM DE QUE
Outras conjunções finais: que, porque (= para que) e a
locução conjuntiva para que.
Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigos.
Felipe abriu a porta do carro para que sua namorada entrasse.

h) Proporção
As orações subordinadas adverbiais proporcionais exprimem
ideia de proporção, ou seja, um fato simultâneo ao expresso na
oração principal.
Principal locução conjuntiva subordinativa proporcional: À
PROPORÇÃO QUE

Outras locuções conjuntivas proporcionais:  à medida


que, ao passo que. Há ainda as estruturas: quanto maior...(maior),
quanto maior...(menor), quanto menor...(maior), quanto menor...
(menor), quanto mais...(mais), quanto mais...(menos), quanto
menos...(mais), quanto menos...(menos).
À proporção que estudávamos, acertávamos mais questões.
Visito meus amigos à medida que eles me convidam.
Quanto maior for a altura, maior será o tombo.
(Dik Browne, Folha de S. Paulo, 26.01.2013)
i) Tempo
As orações subordinadas adverbiais temporais acrescentam É correto afirmar que a expressão contanto que estabelece
uma ideia de tempo ao fato expresso na oração principal, entre as orações relação de
podendo exprimir noções de simultaneidade, anterioridade ou A) causa, pois Honi quer ter filhos e não deseja trabalhar
posterioridade. depois de casada.
Principal conjunção subordinativa temporal: QUANDO B) comparação, pois o namorado espera ter sucesso como
cantor romântico.
Outras conjunções subordinativas temporais: enquanto, mal e C) tempo, pois ambos ainda são adolescentes, mas já pensam
locuções conjuntivas: assim que, logo que, todas as vezes que, em casamento.
antes que, depois que, sempre que, desde que, etc. D) condição, pois Lute sabe que exercendo a profissão de
Quando você foi embora, chegaram outros convidados. músico provavelmente ganhará pouco.
Sempre que ele vem, ocorrem problemas. E) finalidade, pois Honi espera que seu futuro marido torne-
Mal você saiu, ela chegou. se um artista famoso.
Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando terminou a
festa) (Oração Reduzida de Particípio) 05. (Analista Administrativo – VUNESP). Em – Apesar
da desconcentração e do aumento da extensão urbana
Questões verificados no Brasil, é importante desenvolver e adensar
ainda mais os diversos centros já existentes... –, sem que tenha
01. (Papiloscopista Policial – Vunesp). As expressões seu sentido alterado, o trecho em destaque está corretamente
mais denso e menos trânsito, no título, estabelecem entre si reescrito em:
uma relação de
A) Mesmo com a desconcentração e o aumento da
(A) comparação e adição. Extensão urbana verificados no Brasil, é importante
(B) causa e consequência. desenvolver e adensar ainda mais os diversos centros já
(C) conformidade e negação. existentes...
(D) hipótese e concessão. B) Uma vez que se verifica a desconcentração e o aumento
(E) alternância e explicação da extensão urbana no Brasil, é importante desenvolver e
adensar ainda mais os diversos centros já existentes...

Língua Portuguesa 64
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APOSTILAS OPÇÃO
C) Assim como são verificados a desconcentração e momento oboé era apenas uma pausa para repor as energias,
o aumento da extensão urbana no Brasil, é importante logo mais voltará à sua mesa e a seus logotipos, à soja ou ao
desenvolver e adensar ainda mais os diversos centros já minério de ferro.
existentes... “Onze mil, cento e cinquenta”, diz o taxista, me mostrando
D) Visto que com a desconcentração e o aumento o celular. Não entendo. “É o SMS do meu cunhado: 11.150
da extensão urbana verificados no Brasil, é importante tomadas.”
desenvolver e adensar ainda mais os diversos centros já Olho o prédio mais uma vez, admirado com a instalação
existentes... elétrica e nossa heteróclita humanidade, enquanto seguimos,
E) De maneira que, com a desconcentração e o aumento feito cágados, pela marginal.
da extensão urbana verificados no Brasil, é importante
desenvolver e adensar ainda mais os diversos centros já (Antonio Prata, Folha de S.Paulo, 06.03.2013. Adaptado)
existentes...
No trecho do primeiro parágrafo – “Fio, disjuntor, tomada,
06. (Analista Administrativo – VUNESP). Em – É tudo!”, insiste o motorista, com tanto orgulho que chega a
fundamental que essa visão de adensamento com uso abundante contaminar-me. –, a construção tanto ... que estabelece entre as
de transporte coletivo seja recuperada para que possamos construções [com tanto orgulho] e [que chega acontaminar-me]
reverter esse processo de uso… –, a expressão em destaque uma relação de
estabelece entre as orações relação de A) condição e finalidade.
A) consequência. B) conformidade e proporção.
B) condição. C) finalidade e concessão.
C) finalidade. D) proporção e comparação.
D) causa. E) causa e consequência.
E) concessão.
09. “Os Estados Unidos são considerados hoje um país bem
07. (Analista de Sistemas – VUNESP). Considere o trecho: mais fechado – embora em doze dias recebam o mesmo número
“Como as músicas eram de protesto, naquele mesmo ano foi de imigrantes que o Brasil em um ano.” A alternativa que substitui
enquadrado na lei de segurança nacional pela ditadura militar a expressão em negrito, sem prejuízo ao conteúdo, é:
e exilado.” O termo Como, em destaque na primeira parte do A) já que.
enunciado, expressa ideia de B) todavia.
C) ainda que.
A) contraste e tem sentido equivalente a porém. D) entretanto.
B) concessão e tem sentido equivalente a mesmo que. E) talvez.
C) conformidade e tem sentido equivalente a conforme.
D) causa e tem sentido equivalente a visto que. 10. (Escrevente TJ SP – Vunesp) Assinale a alternativa que
E) finalidade e tem sentido equivalente a para que. substitui o trecho em destaque na frase – Assinarei o documento,
contanto que garantam sua autenticidade. – sem que haja
08. (Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças prejuízo de sentido.
Públicas – VUNESP). Leia o texto a seguir. (A) desde que garantam sua autenticidade.
(B) no entanto garantam sua autenticidade.
Tomadas e oboés (C) embora garantam sua autenticidade.
(D) portanto garantam sua autenticidade.
“O do meio, com heliponto, tá vendo?”, diz o taxista, (E) a menos que garantam sua autenticidade.
apontando o enorme prédio espelhado, do outro lado da
marginal: “Aparte elétrica, inteirinha, meu cunhado que fez”. Respostas
Ficamos admirando o edifício parcialmente iluminado ao cair
da tarde e penso menos no tamanho da empreitada do que em 1-B / 2-B / 3-C / 4-D / 5-A / 6-C / 7-D / 8-E / 9-C / 10-A
nossa variegada humanidade: uns se dedicam à escrita, outros
a instalações elétricas, lembro- -me do meu tio Augusto, Comentários
que vive de tocar oboé. “Fio, disjuntor, tomada, tudo!”, insiste o
motorista, com tanto orgulho que chega a contaminar-me. 1-) mais denso e menos trânsito = mais denso,
Pergunto quantas tomadas ele acha que tem, no prédio todo. consequentemente, menos trânsito, então:
Há quem ria desse tipo de indagação. Meu taxista, não. É um causa e consequência
homem sério, eu também, fazemos as contas: uns dez escritórios
por andar, cada um com umas seis salas, vezes 30 andares. “Cada 2-) já que cumprem melhor as regras = estabelece entre as
sala tem o quê? Duas tomadas?” orações uma relação de causa com a consequência de “tem um
“Cê tá louco! Muito mais! Hoje em dia, com computador, efeito positivo”.
essas coisas? Depois eu pergunto pro meu cunhado, mas pode
botar aí pra uma média de seis tomadas/sala.” 3-) Ignoras quanto custou meu relógio?       = oração
Ok: 10 x 6 x 6 x 30 = 10.800. Dez mil e oitocentas tomadas! subordinada substantiva objetiva direta
Há 30, 40 anos, uma hora dessas, a maior parte das tomadas A oração não atende aos requisitos de tais orações, ou
já estaria dormindo o sono dos justos, mas a julgar pelo número seja, não se inicia com verbo de ligação, tampouco pelos
de janelas acesas, enquanto volto para casa, lentamente, pela verbos “convir”, “parecer”, “importar”, “constar” etc. Segundo,
marginal, centenas de trabalhadores suam a camisa, ali no considerado como o principal motivo, por não iniciar com as
prédio: criam logotipos, calculam custos para o escoamento da conjunções integrantes “que” e “se”.
soja, negociam minério de ferro. Talvez até, quem sabe, deitado
num sofá, um homem escute em seu iPod as notas de um oboé. 4-) a expressão contanto que estabelece uma relação de
Alegra-me pensar nesse sujeito de olhos fechados, ouvindo condição (condicional)
música. Bom saber que, na correria geral, em meio a tantos
profissionais que acreditam estar diretamente envolvidos 5-) Apesar da desconcentração e do aumento da extensão
no movimento de rotação da Terra, esse aí reservou-se cinco urbana verificados no Brasil = conjunção concessiva
minutos de contemplação. B) Uma vez que se verifica a desconcentração e o aumento da
Está tarde, contudo. Algo não fecha: por que segue no extensão urbana no Brasil, = causal
escritório, esse homem? Por que não voltou para a mulher e C) Assim como são verificados a desconcentração e o
os filhos, não foi para o chope ou o cinema? O homem no sofá, aumento da extensão urbana no Brasil = comparativa
entendo agora, está ainda mais afundado do que os outros. O D) Visto que com a desconcentração e o aumento da extensão

Língua Portuguesa 65
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APOSTILAS OPÇÃO
urbana verificados no Brasil = causal aluno, mais de um professor contribuíram na campanha de
E) De maneira que, com a desconcentração e o aumento da doação de alimentos.
extensão urbana verificados no Brasil = consecutivas Mais de um formando se abraçaram durante as solenidades
de formatura.
6-) para que possamos = conjunção final (finalidade)
6) Quando o sujeito for composto da expressão “um dos
7-) “Como as músicas eram de protesto = expressa ideia de que”, o verbo permanecerá no plural: Esse jogador foi um dos
causa da consequência “foi enquadrado” = causa e tem sentido que atuaram na Copa América.
equivalente a visto que.
7) Em casos relativos à concordância com locuções
8-) com tanto orgulho que chega a contaminar-me. – a pronominais, representadas por “algum de nós, qual de vós,
construção estabelece entre as construções uma relação de causa quais de vós, alguns de nós”, entre outras, faz-se necessário nos
e consequência. (a causa da “contaminação” – consequência) atermos a duas questões básicas:
- No caso de o primeiro pronome estar expresso no plural,
9-) Os Estados Unidos são considerados hoje um país bem o verbo poderá com ele concordar, como poderá também
mais fechado – embora em doze dias recebam o mesmo número concordar com o pronome pessoal: Alguns de nós o receberemos.
de imigrantes que o Brasil em um ano.” / Alguns de nós o receberão.
= conjunção concessiva: ainda que - Quando o primeiro pronome da locução estiver expresso
no singular, o verbo permanecerá, também, no singular: Algum
10-) contanto que garantam sua autenticidade. = de nós o receberá.  
conjunção condicional = desde que
8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo pronome
Concordância Verbal “quem”, o verbo permanecerá na terceira pessoa do singular
ou poderá concordar com o antecedente desse pronome:   
Ao falarmos sobre a concordância verbal, estamos nos Fomos nós quem contou toda a verdade para ela. / Fomos
referindo à relação de dependência estabelecida entre um termo nós quem contamos toda a verdade para ela.
e outro mediante um contexto oracional. Desta feita, os agentes
principais desse processo são representados pelo sujeito, que no 9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela palavra
caso funciona como subordinante; e o verbo, o qual desempenha “que”, o verbo deverá concordar com o termo que antecede essa
a função de subordinado. palavra: Nesta empresa somos nós que tomamos as decisões. /
Dessa forma, temos que a concordância verbal caracteriza- Em casa sou eu que decido tudo.   
se pela adaptação do verbo, tendo em vista os quesitos “número
e pessoa” em relação ao sujeito. Exemplificando, temos: O aluno 10) No caso de o sujeito aparecer representado por
chegou expressões que indicam porcentagens, o verbo concordará com o
Temos que o verbo apresenta-se na terceira pessoa do numeral ou com o substantivo a que se refere essa porcentagem:   
singular, pois faz referência a um sujeito, assim também expresso 50% dos funcionários aprovaram a decisão da diretoria. / 50%
(ele). Como poderíamos também dizer: os alunos chegaram do eleitorado apoiou a decisão.
atrasados. Observações:
Temos aí o que podemos chamar de princípio básico. - Caso o verbo aparecer anteposto à expressão de
Contudo, a intenção a que se presta o artigo em evidência é porcentagem, esse deverá concordar com o numeral: Aprovaram
eleger as principais ocorrências voltadas para os casos de sujeito a decisão da diretoria 50% dos funcionários.     
simples e para os de sujeito composto. Dessa forma, vejamos: - Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no singular:
1% dos funcionários não aprovou a decisão da diretoria.  
Casos referentes a sujeito simples - Em casos em que o numeral estiver acompanhado de
1) Em caso de sujeito simples, o verbo concorda com o determinantes no plural, o verbo permanecerá no plural: Os
núcleo em número e pessoa: O aluno chegou atrasado. 50% dos funcionários apoiaram a decisão da diretoria.

2) Nos casos referentes a sujeito representado por 11) Nos casos em que o sujeito estiver representado por
substantivo coletivo, o verbo permanece na terceira pessoa do pronomes de tratamento, o verbo deverá ser empregado na terceira
singular: A multidão, apavorada, saiu aos gritos. pessoa do singular ou do plural: Vossas Majestades gostaram das
Observação: homenagens. Vossa Majestade agradeceu o convite.  
- No caso de o coletivo aparecer seguido de adjunto adnominal
no plural, o verbo permanecerá no singular ou poderá ir para o 12) Casos relativos a sujeito representado por substantivo
plural: Uma multidão de pessoas saiu aos gritos. próprio no plural se encontram relacionados a alguns aspectos
Uma multidão de pessoas saíram aos gritos. que os determinam:
- Diante de nomes de obras no plural, seguidos do verbo ser,
3) Quando o sujeito é representado por expressões partitivas, este permanece no singular, contanto que o predicativo também
representadas por “a maioria de, a maior parte de, a metade de, esteja no singular: Memórias póstumas de Brás Cubas é uma
uma porção de, entre outras”, o verbo tanto pode concordar criação de Machado de Assis.   
com o núcleo dessas expressões quanto com o substantivo - Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo também
que a segue: A maioria dos alunos resolveu ficar.   A maioria permanece no plural: Os Estados Unidos são uma potência
dos alunos resolveram ficar. mundial.
- Casos em que o artigo figura no singular ou em que ele nem
4) No caso de o sujeito ser representado por expressões aparece, o verbo permanece no singular:  Estados Unidos é uma
aproximativas, representadas por “cerca de, perto de”, o verbo potência mundial.
concorda com o substantivo determinado por elas: Cerca de
vinte candidatos se inscreveram no concurso de piadas. Casos referentes a sujeito composto
1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas
5) Em casos em que o sujeito é representado pela expressão gramaticais diferentes, o verbo deverá ir para o plural, estando
“mais de um”, o verbo permanece no singular: Mais de relacionado a dois pressupostos básicos:
um candidato se inscreveu no concurso de piadas.   - Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as
Observação: demais: Eu, tu e ele faremos um lindo passeio.
- No caso da referida expressão aparecer repetida ou - Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá
associada a um verbo que exprime reciprocidade, o verbo, flexionar na 2ª ou na 3ª pessoa: Tu e ele sois primos.
necessariamente, deverá permanecer no plural: Mais de um Tu e ele são primos.

Língua Portuguesa 66
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APOSTILAS OPÇÃO
2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer anteposto As cartas estão anexas.
ao verbo, este permanecerá no plural: O pai e seus dois A bebida está inclusa.
filhos compareceram ao evento.   Precisamos de nomes próprios.
Obrigado, disse o rapaz.
3) No caso em que o sujeito aparecer posposto ao verbo, este
poderá concordar com o núcleo mais próximo ou permanecer f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a)
no plural: Compareceram ao evento o pai e seus dois filhos. 1 - Após essas expressões o substantivo fica sempre no
Compareceu ao evento o pai e seus dois filhos. singular e o adjetivo no plural.
Renato advogou um e outro caso fáceis.
4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém com Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe.
mais de um núcleo, o verbo deverá permanecer no singular:
Meu esposo e grande companheiro merece toda a felicidade do g) É bom, é necessário, é proibido
mundo. 1- Essas expressões não variam se o sujeito não vier
precedido de artigo ou outro determinante.
5) Casos relativos a sujeito composto de palavras sinônimas Canja é bom. / A canja é boa.
ou ordenado por elementos em gradação, o verbo poderá É necessário sua presença. / É necessária a sua presença.
permanecer no singular ou ir para o plural: Minha vitória, É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A entrada
minha conquista, minha premiação são frutos de meu esforço. é proibida.
/ Minha vitória, minha conquista, minha premiação é fruto de
meu esforço. h) Muito, pouco, caro
1- Como adjetivos: seguem a regra geral.
Concordância Nominal Comi muitas frutas durante a viagem.
Pouco arroz é suficiente para mim.
Concordância nominal é que o ajuste que fazemos aos Os sapatos estavam caros.
demais termos da oração para que concordem em gênero e
número com o substantivo. Teremos que alterar, portanto, o 2- Como advérbios: são invariáveis.
artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome. Além disso, temos Comi muito durante a viagem.
também o verbo, que se flexionará à sua maneira. Pouco lutei, por isso perdi a batalha.
Comprei caro os sapatos.
Regra geral: O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome
concordam em gênero e número com o substantivo. i) Mesmo, bastante
- A pequena criança é uma gracinha. 1- Como advérbios: invariáveis
- O garoto que encontrei era muito gentil e simpático. Preciso mesmo da sua ajuda.
Fiquei bastante contente com a proposta de emprego.
Casos especiais: Veremos alguns casos que fogem à regra
geral mostrada acima. 2- Como pronomes: seguem a regra geral.
Seus argumentos foram bastantes para me convencer.
a) Um adjetivo após vários substantivos Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou.
1 - Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o plural
ou concorda com o substantivo mais próximo. j) Menos, alerta
- Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui. 1- Em todas as ocasiões são invariáveis.
- Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui. Preciso de menos comida para perder peso.
Estamos alerta para com suas chamadas.
2 - Substantivos de gêneros diferentes: vai para o
plural masculino ou concorda com o substantivo mais próximo. k) Tal Qual
- Ela tem pai e mãe louros. 1- “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o
- Ela tem pai e mãe loura. consequente.
As garotas são vaidosas tais qual a tia.
3 - Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoriamente Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos.
para o plural.
- O homem e o menino estavam perdidos. l) Possível
- O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui. 1- Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “melhor”
ou “pior”, acompanha o artigo que precede as expressões.
b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos A mais possível das alternativas é a que você expôs.
1 - Adjetivo anteposto normalmente concorda com o mais Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa.
próximo. As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da
Comi delicioso almoço e sobremesa. cidade.
Provei deliciosa fruta e suco.
2 - Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: m) Meio
concorda com o mais próximo ou vai para o plural. 1- Como advérbio: invariável.
Estavam feridos o pai e os filhos. Estou meio (um pouco) insegura.
Estava ferido o pai e os filhos. 2- Como numeral: segue a regra geral.
Comi meia (metade) laranja pela manhã.
c) Um substantivo e mais de um adjetivo
1- antecede todos os adjetivos com um artigo. n) Só
Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola. 1- apenas, somente (advérbio): invariável.
2- coloca o substantivo no plural. Só consegui comprar uma passagem.
Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola. 2- sozinho (adjetivo): variável.
Estiveram sós durante horas.
d) Pronomes de tratamento
1 - sempre concordam com a 3ª pessoa. Questões
Vossa Santidade esteve no Brasil.
01. (Administrador – FCC). Leia o texto a seguir.
e) Anexo, incluso, próprio, obrigado Os governos e os parlamentos devem achar que a astronomia
1 - Concordam com o substantivo a que se referem. é uma das ciências que custam mais caro: o menor instrumento

Língua Portuguesa 67
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APOSTILAS OPÇÃO
custa centenas de milhares de francos; o menor observatório preços-sombra.
custa milhões; cada eclipse acarreta depois de si despesas
suplementares. E tudo isso para astros que ficam tão distantes, Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma maneira de
que são completamente estranhos às nossas lutas eleitorais, e quantificar adequadamente os insumos básicos. E sem eles a
provavelmente jamais desempenharão qualquer papel nelas. É maioria das políticas de crescimento verde sempre ___________ a
impossível que nossos homens políticos não tenham conservado segunda opção.
um resto de idealismo, um vago instinto daquilo que é grande; (Carta Capital, 27.06.2012. Adaptado)
realmente, creio que eles foram caluniados; convém encorajá-
los, e lhes mostrar que esse instinto não os engana, e que não são De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa,
logrados por esse idealismo. as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e
Bem poderíamos lhes falar da navegação, cuja importância respectivamente, com:
ninguém ignora, e que tem necessidade da astronomia. Mas isso (A) Restam… faça… será
seria abordar a questão por seu lado menos importante. (B) Resta… faz… será
A astronomia é útil porque nos eleva acima de nós mesmos; (C) Restam… faz... serão
é útil porque é grande; é útil porque é bela; é isso que se precisa (D) Restam… façam… serão
dizer. É ela que nos mostra o quanto o homem é pequeno no (E) Resta… fazem… será
corpo e o quanto é grande no espírito, já que essa imensidão
resplandecente, onde seu corpo não passa de um ponto obscuro, 04 (Escrevente TJ SP – Vunesp) Assinale a alternativa em
sua inteligência pode abarcar inteira, e dela fruíra silenciosa que o trecho – Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma
harmonia. Atingimos assim a consciência de nossa força, e isso é maneira de quantificar adequadamente os insumos básicos. –
uma coisa pela qual jamais pagaríamos caro demais, porque essa está corretamente reescrito, de acordo com a norma-padrão da
consciência nos torna mais fortes. língua portuguesa.
Mas o que eu gostaria de mostrar, antes de tudo, é a que ponto a (A) Ainda assim, temos certeza que ninguém encontrou
astronomia facilitou a obra das outras ciências, mais diretamente até agora uma maneira adequada de se quantificar os insumos
úteis, porque foi ela que nos proporcionou um espírito capaz de básicos.
compreender a natureza. (B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou
até agora uma maneira adequada de os insumos básicos ser
[Adaptado de Henri Poincaré (1854-1912). O valor da ciência. quantificados.
Tradução Maria Helena Franco Martins. Rio de Janeiro: Contraponto, (C) Ainda assim, temos certeza que ninguém encontrou
1995, p.101] até agora uma maneira adequada para que os insumos básicos
sejam quantificado.
Mantém-se o respeito às normas de concordância verbal (D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou
caso a forma do verbo grifado seja substituída pela que está até agora uma maneira adequada para que os insumos básicos
entre parênteses ao final da frase: seja quantificado.
(A) Os governos e os parlamentos devem achar que... (deve) (E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou
(B) ...porque essa consciência nos torna mais fortes. (tornam) até agora uma maneira adequada de se quantificarem os
(C) ...a astronomia é uma das ciências que custam mais caro insumos básicos.
... (custa)
(D) E tudo isso para astros que [...] jamais desempenharão 05. (Agente de Apoio Operacional – VUNESP). Assinale a
qualquer papel nelas. (desempenhará) alternativa em que a concordância da palavra destacada está de
(E) ...é isso que se precisa dizer. (precisam) acordo com a norma culta da língua.
(A) Ela mesmo reclamou com o gerente do mercado.
02. (Agente Técnico – FCC). As normas de concordância (B) A vendedora ficou meia atrapalhada com o excesso de
verbal e nominal estão inteiramente respeitadas em: clientes na loja.
(A) Alguns dos aspectos mais desejáveis de uma boa leitura, (C) É proibido a entrada de animais no estabelecimento.
que satisfaça aos leitores e seja veículo de aprimoramento (D) Ela voltou para dizer obrigada ao vendedor.
intelectual, estão na capacidade de criação do autor, mediante (E) Anexo aos comprovantes de pagamento, vão duas
palavras, sua matéria-prima. amostras grátis.
(B) Obras que se considera clássicas na literatura sempre
delineia novos caminhos, pois é capaz de encantar o leitor ao 06. (Agente de Apoio Socioeducativo – VUNESP). Assinale
ultrapassar os limites da época em que vivem seus autores, a alternativa que completa, correta e respectivamente, de acordo
gênios no domínio das palavras, sua matéria-prima. com a norma-padrão da língua, as lacunas das frases, quanto à
(C) A palavra, matéria-prima de poetas e romancistas, lhe concordância verbal e à colocação pronominal.
permitem criar todo um mundo de ficção, em que personagens ______muitos lares destroçados, mas______ pessoas boas
se transformam em seres vivos a acompanhar os leitores, numa prontas para ajudar.
verdadeira interação com a realidade. Inteligente e informativa a reportagem que_____________ a
(D) As possibilidades de comunicação entre autor e leitor transformar aborrecimentos em aprendizagem.
somente se realiza plenamente caso haja afinidade de ideias (A) Havia ...existiam ... nos ensina
entre ambos, o que permite, ao mesmo tempo, o crescimento (B) Haviam ... existia ... ensina-nos
intelectual deste último e o prazer da leitura. (C) Havia ...existia ... nos ensina
(E) Consta, na literatura mundial, obras-primas que constitui (D) Haviam ... existiam ... ensina-nos
leitura obrigatória e se tornam referências por seu conteúdo que (E) Havia ...existiam ... ensina-nos
ultrapassa os limites de tempo e de época.
07. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP).
03. (Escrevente Tj SP – Vunesp) Leia o texto para responder Assinale a alternativa em que o verbo foi empregado
à questão. corretamente.
(A) Se a proprietária manter o valor do aluguel, poderemos
_________dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não permanecer no apartamento.
está claro até onde pode realmente chegar uma política baseada (B) Se os operários fazerem o acordo, a greve terminará.
em melhorar a eficiência sem preços adequados para o carbono, (C) Se a empresa propuser um estágio no exterior, ele não
a água e (na maioria dos países pobres) a terra. É verdade que recusará.
mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da água em si (D) Se estas caixas caberem no armário, a sala ficará
___________diferença, as companhias não podem suportar ter de organizada.
pagar, de repente, digamos, 40 dólares por tonelada de carbono, (E) Se o microempresário querer, poderá fazer futuros
sem qualquer preparação. Portanto, elas começam a usar investimentos.

Língua Portuguesa 68
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APOSTILAS OPÇÃO
08. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP). Assinale é respeitada, onde a dúvida não é um mal em si, onde existe
a frase correta quanto à concordância verbal e nominal. disposição, coragem e humildade para mudar de trajetória
(A) Com os shows da banda, os músicos propõem um quando essa parece ser a melhor opção.
momento de descontração para os passageiros.
(B) Por causa da paralisação, as férias dos alunos terminou (Cláudia Vassallo, http://exame.abril.com.br, 07.07.2013. Adaptado)
mais cedo.
(C) Na cidade, já se esgotou as vagas nos hotéis para o Considere as frases:
período de Carnaval. - Kass foi o chato escolhido para alertá-lo sobre eventuais
(D) Ela próprio passou o uniforme de trabalho. erros que ninguém havia enxergado.
(E) Seguem anexadas ao e-mail o cronograma do curso e o - Por isso, só existem chatos em lugares onde há alguma
currículo dos inscritos. perspectiva de futuro.
As expressões destacadas podem ser substituídas, correta e
09. (Agente Educacional – VUNESP). Assinale a alternativa respectivamente, seguindo as regras de concordância da norma-
correta quanto à concordância, de acordo com a norma-padrão padrão da língua portuguesa, por:
da língua portuguesa.
(A) Estudos recente demonstram a necessidade de se (A) não havia sido enxergado ...pode haver
investir no ensino de matemática nos níveis fundamentais de (B) não havia sido enxergados ...podem haver
aprendizagem. (C) não haviam sido enxergado ...pode haver
(B) Muito concorrida, carreiras como as de advogado e de (D) não havia sido enxergado ...podem haver
jornalista também requerem conhecimento matemático. (E) não haviam sido enxergados ...pode haver
(C) A cultura científica, apesar de fundamental para muitas
carreiras, ainda é visto com certo desprezo entre alguns Respostas
estudantes.
(D) Conhecimentos básicos de estatística é de fundamental 1. (C) / 2. (A) / 3. (A) / 4. (E) / 5. (D) / 6. (A) / 7. (C) / 8.
importância para a compreensão de algumas informações do (A) / 9. (E) / 10. (E)
nosso cotidiano.
(E) A matemática pode ser considerada a base para algumas Comentários
das mais intrigantes especulações científicas da atualidade.
1. a astronomia é uma das ciências que custam mais caro.
10. (Agente de Apoio – Microinformática – VUNESP). Leia Nas gramáticas aborda-se sempre a expressão UM DOS QUE
o texto a seguir. como determinante de duas concordâncias. O verbo fica no
singular só nas poucas vezes em que a ação se refere a um só
O chato é um chato, mas é essencial nos negócios agente:
O Sol é um dos astros que dá luz e calor à Terra.
O chato é um chato. Não é o tipo de companhia que se quer
para tomar um vinho ou ir ao cinema. O chato tem a insuportável 2.
mania de apontar o dedo para as coisas, enxergar os problemas A) Alguns dos aspectos mais desejáveis de uma boa leitura,
que não queremos ver, fazer comentários desconcertantes. que satisfaça aos leitores e seja veículo de aprimoramento
Por isso, é pouco recomendável ter um deles por perto intelectual, estão na capacidade de criação do autor, mediante
nos momentos nos quais tudo o que você não quer fazer é palavras, sua matéria-prima. = correta
tomar decisões. Para todos os outros – e isso envolve o dia a B) Obras que se considera clássicas na literatura sempre
dia dos negócios – é bom ter um desses cada vez mais raros e delineiam novos caminhos, pois são capazes de encantar o
discriminados exemplares da fauna empresarial por perto. leitor ao ultrapassarem os limites da época em que vivem seus
Conselho dado por alguém que entende muito de ganhar autores, gênios no domínio das palavras, sua matéria-prima.
dinheiro, Warren Buffett, um dos homens mais ricos do mundo: C) A palavra, matéria-prima de poetas e romancistas, lhes
“Ouça alguém que discorda de você”. No início de maio, Buffett permite criar todo um mundo de ficção, em que personagens
convidou um sujeito chamado Doug Kass para participar de um se transformam em seres vivos a acompanhar os leitores, numa
dos painéis que compuseram a reunião anual de investidores de verdadeira interação com a realidade.
sua empresa, a Berkshire Hathaway. D) As possibilidades de comunicação entre autor e leitor
Como executivo de um fundo de investimento, Kass havia somente se realizam plenamente caso haja afinidade de ideias
apostado contra as ações da Berkshire. Buffett queria entender o entre ambos, o que permite, ao mesmo tempo, o crescimento
porquê. Kass foi o chato escolhido para alertá-lo sobre eventuais intelectual deste último e o prazer da leitura.
erros que ninguém havia enxergado. E) Constam, na literatura mundial, obras-primas que
Buffett conhece o valor desse tipo de pessoa. O chato é o constituem leitura obrigatória e se tornam referências por seu
sujeito que ainda acha que as perguntas simples são o melhor conteúdo que ultrapassa os limites de tempo e de época.
caminho para chegar às melhores respostas, é alguém que não
tem medo. Não se importa de ser tachado de inábil no trato com 3.
as pessoas ou de ser politicamente incorreto. Questiona. Coloca _Restam___dúvidas
o dedo na ferida. Insiste em ser um animal pensante, quando mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da água em
todo mundo sabe que dá menos trabalho deixar tudo como está. si __faça __diferença
Quase sempre, as coisas que o chato diz fazem um tremendo a maioria das políticas de crescimento verde sempre ____
sentido. Nada pode ser mais devastador para seus críticos do será_____ a segunda opção.
que a constatação de que o chato, feitas as contas, tem razão.
Pobre do chefe que não reconhece, não escuta e não tolera Em “a maioria de”, a concordância pode ser dupla: tanto no
os chatos que cruzam seu caminho. Ele acredita que está seguro plural quanto no singular. Nas alternativas não há “restam/faça/
num mundo de certezas próprias, de verdades absolutas. Ora, o serão”, portanto a A é que apresenta as opções adequadas.
controle total de um negócio é uma miragem. Coisas boas e ruins
acontecem o tempo todo nas empresas sem que ele se dê conta. 4.
Pensar que é possível estar no comando de tudo, o tempo todo, (A) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou
só vai torná-lo mais vulnerável como líder. E vai, mais dia ou até agora uma maneira adequada de se quantificar os insumos
menos dia, afastar definitivamente os chatos, os questionadores, básicos.
aqueles que fazem as perguntas incômodas e necessárias. (B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou
Por isso, só existem chatos em lugares onde há alguma até agora uma maneira adequada de os insumos básicos serem
perspectiva de futuro. Esse espécime de profissional só prolifera quantificados.
em ambientes onde a liberdade de pensamento e expressão (C) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou

Língua Portuguesa 69
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APOSTILAS OPÇÃO
até agora uma maneira adequada para que os insumos básicos No primeiro caso, havia empregado com sentido de ter:
sejam quantificados. sofre flexão (vai para o plural concordando com o termo que
(D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou o antecede (erros); já no caso do haver com sentido de existir:
até agora uma maneira adequada para que os insumos básicos invariável - ele e seu auxiliar (poder).
sejam quantificados.
(E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou Regência Verbal e Nominal
até agora uma maneira adequada de se quantificarem os
insumos básicos. = correta Dá-se o nome de regência à relação de subordinação que
ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus complementos.
5. Ocupa-se em estabelecer relações entre as palavras, criando
(A) Ela mesma reclamou com o gerente do mercado. frases não ambíguas, que expressem efetivamente o sentido
(B) A vendedora ficou meio atrapalhada com o excesso de desejado, que sejam corretas e claras.
clientes na loja.
(C) É proibida a entrada de animais no estabelecimento. Regência Verbal
(D) Ela voltou para dizer obrigada ao vendedor. = correta
(E) Anexas aos comprovantes de pagamento, vão duas Termo Regente:  VERBO
amostras grátis.
A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre
6. os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos e
__Havia _muitos lares destroçados, mas__existiam__ pessoas objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais).
boas prontas para ajudar. O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa
Inteligente e informativa a reportagem que _nos ensina_ a capacidade expressiva, pois oferece oportunidade de
transformar aborrecimentos em aprendizagem. conhecermos as diversas significações que um verbo pode
assumir com a simples mudança ou retirada de uma preposição.
Verbo haver usado no sentido de existir = impessoal, Observe:
invariável (não sofre flexão); já o verbo existir concorda com o A mãe agrada o filho. -> agradar significa acariciar, contentar.
sujeito. A mãe agrada ao filho. -> agradar significa “causar agrado ou
Quanto à colocação pronominal: a presença do pronome prazer”, satisfazer.
relativo (que) “atrai” o pronome oblíquo, ocorrendo, então,
próclise (pronome antes do verbo). Logo, conclui-se que “agradar alguém” é diferente de
“agradar a alguém”.
7.
(A) Se a proprietária mantiver o valor do aluguel, poderemos Saiba que:
permanecer no apartamento. O conhecimento do uso adequado das preposições é um
(B) Se os operários fizerem o acordo, a greve terminará. dos aspectos fundamentais do estudo da regência verbal (e
(C) Se a empresa propuser um estágio no exterior, ele não também nominal). As preposições são capazes de modificar
recusará. =correta completamente o sentido do que se está sendo dito. Veja os
(D) Se estas caixas couberem no armário, a sala ficará exemplos:
organizada. Cheguei ao metrô.
(E) Se o microempresário quiser, poderá fazer futuros Cheguei no metrô.
investimentos.
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo
8. caso, é o meio de transporte por mim utilizado. A oração “Cheguei
(A) Com os shows da banda, os músicos propõem um no metrô”, popularmente usada a fim de indicar o lugar a que se
momento de descontração para os passageiros. = correta vai, possui, no padrão culto da língua, sentido diferente. Aliás, é
(B) Por causa da paralisação, as férias dos alunos terminaram muito comum existirem divergências entre a regência coloquial,
mais cedo. cotidiana de alguns verbos, e a regência culta.
(C) Na cidade, já se esgotaram as vagas nos hotéis para o
período de Carnaval. Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos de
(D) Ela própria passou o uniforme de trabalho. acordo com sua transitividade. A transitividade, porém, não é
(E) Seguem anexados ao e-mail o cronograma do curso e o um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes
currículo dos inscritos. formas em frases distintas.

9. Verbos Intransitivos
(A) Estudos recentes demonstram a necessidade de se Os verbos intransitivos não possuem complemento. É
investir no ensino de matemática nos níveis fundamentais de importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos
aprendizagem. aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los.
(B) Muito concorridas, carreiras como as de advogado e de a) Chegar, Ir
jornalista também requerem conhecimento matemático. Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais
(C) A cultura científica, apesar de fundamental para muitas de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para
carreiras, ainda é vista com certo desprezo entre alguns indicar destino ou direção são: a, para.
estudantes. Fui ao teatro.
(D) Conhecimentos básicos de estatística são de fundamental       Adjunto Adverbial de Lugar
importância para a compreensão de algumas informações do
nosso cotidiano. Ricardo foi para a Espanha.
(E) A matemática pode ser considerada a base para algumas                   Adjunto Adverbial de Lugar
das mais intrigantes especulações científicas da atualidade. = b) Comparecer
correta O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido
por em ou a.
10. Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último
- Kass foi o chato escolhido para alertá-lo sobre eventuais jogo.
erros que não haviam sido enxergados.
- Por isso, só pode haver chatos em lugares onde há alguma Verbos Transitivos Diretos
perspectiva de futuro. Os verbos transitivos diretos são complementados por
objetos diretos. Isso significa que não exigem preposição para

Língua Portuguesa 70
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APOSTILAS OPÇÃO
o estabelecimento da relação de regência. Ao empregar esses                    Objeto Indireto      Objeto Direto
verbos, devemos lembrar que os pronomes oblíquos o, a, os, Cristo ensina que é preciso perdoar     o pecado       ao pecador.
as atuam como objetos diretos. Esses pronomes podem assumir                                                                 Obj. Direto       Objeto Indireto
as formas lo, los, la, las (após formas verbais terminadas em -r, Paguei     o débito        ao cobrador.
-s ou -z) ou no, na, nos, nas (após formas verbais terminadas em                Objeto Direto      Objeto Indireto
sons nasais), enquanto lhe e lhes são, quando complementos
verbais, objetos indiretos. - O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com
São verbos transitivos diretos, dentre outros: abandonar, particular cuidado. Observe:
abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, admirar, Agradeci o presente. / Agradeci-o.
adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, castigar, Agradeço a você. / Agradeço-lhe.
condenar, conhecer, conservar,convidar, defender, eleger, estimar, Perdoei a ofensa. / Perdoei-a.
humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar, proteger, respeitar, Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe.
socorrer, suportar, ver, visitar. Paguei minhas contas. / Paguei-as.
Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente como o Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.
verbo amar:
Amo aquele rapaz. / Amo-o. Informar
Amo aquela moça. / Amo-a. - Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto
Amam aquele rapaz. / Amam-no. indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa.
Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la. Informe os novos preços aos clientes.
Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos
Obs.: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos para preços)
indicar posse (caso em que atuam como adjuntos adnominais).
Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto) - Na utilização de pronomes como complementos, veja as
Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira) construções:
Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau humor) Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços.
Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou sobre
Verbos Transitivos Indiretos eles)
Os verbos transitivos indiretos são complementados por Obs.: a mesma regência do verbo  informar é usada para os
objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exigem uma seguintes: avisar, certificar, notificar, cientificar, prevenir.
preposição para o estabelecimento da relação de regência.
Os pronomes pessoais do caso oblíquo de terceira pessoa que Comparar
podem atuar como objetos indiretos são o “lhe”, o “lhes”, para Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as
substituir pessoas. Não se utilizam os pronomes o, os, a, as como preposições “a” ou “com” para introduzir o complemento
complementos de verbos transitivos indiretos. Com os objetos indireto.
indiretos que não representam pessoas, usam-se pronomes Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma criança.
oblíquos tônicos de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos
pronomes átonos lhe, lhes. Pedir
Os verbos transitivos indiretos são os seguintes: Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na forma
a) Consistir - Tem complemento introduzido pela de oração subordinada substantiva) e indireto de pessoa.
preposição “em”. Pedi-lhe                 favores.
A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais para   Objeto Indireto    Objeto Direto
todos.                                      
Pedi-lhe                     que mantivesse em silêncio.
b) Obedecer e Desobedecer - Possuem seus complementos Objeto Indireto           Oração Subordinada Substantiva
introduzidos pela preposição “a”.                                                            Objetiva Direta
Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais.
Eles desobedeceram às leis do trânsito. Saiba que:
1) A construção “pedir para”, muito comum na linguagem
c) Responder - Tem complemento introduzido pela cotidiana, deve ter emprego muito limitado na língua culta. No
preposição “a”. Esse verbo pede objeto indireto para indicar “a entanto, é considerada correta quando a palavra licença estiver
quem” ou “ao que” se responde. subentendida.
Respondi ao meu patrão. Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa.
Respondemos às perguntas. Observe que, nesse caso, a preposição “para” introduz uma
Respondeu-lhe à altura. oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo (para
Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indireto ir entregar-lhe os catálogos em casa).
quando exprime aquilo a que se responde, admite voz passiva 2) A construção “dizer para”, também muito usada
analítica. Veja: popularmente, é igualmente considerada incorreta.
O questionário foi respondido corretamente.
Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente. Preferir
d) Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus complementos Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto
introduzidos pela preposição “com”. indireto introduzido pela preposição “a”. Por Exemplo:
Antipatizo com aquela apresentadora. Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais.
Simpatizo com os que condenam os políticos que governam Prefiro trem a ônibus.
para uma minoria privilegiada. Obs.: na língua culta, o verbo “preferir” deve ser usado sem
termos intensificadores, tais como: muito, antes, mil vezes, um
Verbos Transitivos Diretos e Indiretos milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo prefixo existente
Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompanhados no próprio verbo (pre).
de um objeto direto e um indireto. Merecem destaque, nesse
grupo: Mudança de Transitividade versus Mudança de
Significado
Agradecer, Perdoar e Pagar Há verbos que, de acordo com a mudança de transitividade,
São verbos que apresentam objeto direto apresentam mudança de significado. O conhecimento das
relacionado a coisas e objeto indireto relacionado a pessoas. diferentes regências desses verbos é um recurso linguístico
Veja os exemplos: muito importante, pois além de permitir a correta interpretação
Agradeço   aos ouvintes         a audiência. de passagens escritas, oferece possibilidades expressivas a

Língua Portuguesa 71
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APOSTILAS OPÇÃO
quem fala ou escreve. Dentre os principais, estão: Observe o exemplo abaixo:
Custei para entender o problema.
AGRADAR Forma correta: Custou-me entender o problema.
1) Agradar é transitivo direto no sentido de fazer carinhos,
acariciar. IMPLICAR
Sempre agrada o filho quando o revê. / Sempre o agrada 1) Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
quando o revê. a) dar a entender, fazer supor, pressupor
Cláudia não perde oportunidade de agradar o gato. / Cláudia Suas atitudes implicavam um firme propósito.
não perde oportunidade de agradá-lo. b) Ter como consequência, trazer como consequência,
2) Agradar é transitivo indireto no sentido de causar agrado acarretar, provocar
a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento introduzido Liberdade de escolha implica amadurecimento político de um
pela preposição “a”. povo.
O cantor não agradou aos presentes.
O cantor não lhes agradou. 2) Como transitivo direto e indireto, significa comprometer,
envolver
ASPIRAR Implicaram aquele jornalista em questões econômicas.
1) Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar Obs.: no sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo
(o ar), inalar. indireto e rege com preposição “com”.
Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o) Implicava com quem não trabalhasse arduamente.
2) Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter
como ambição. PROCEDER
Aspirávamos a melhores condições de vida. (Aspirávamos a 1) Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo,
elas) ter cabimento, ter fundamento ou portar-se, comportar-se,
Obs.: como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pessoa, agir. Nessa segunda acepção, vem sempre acompanhado de
mas coisa, não se usam as formas pronominais átonas “lhe” adjunto adverbial de modo.
e “lhes” e sim as formas tônicas “a ele (s)”, “ a ela (s)”. Veja o As afirmações da testemunha procediam, não havia como
exemplo: refutá-las.
Aspiravam a uma existência melhor. (= Aspiravam a ela) Você procede muito mal.
2) Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a preposição”
ASSISTIR de”) e fazer, executar (rege complemento introduzido pela
1) Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, prestar preposição “a”) é transitivo indireto.
assistência a, auxiliar. Por Exemplo: O avião procede de Maceió.
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos. Procedeu-se aos exames.
As empresas de saúde negam-se a assisti-los. O delegado procederá ao inquérito.
2) Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presenciar,
estar presente, caber, pertencer. QUERER
1) Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter
Exemplos: vontade de, cobiçar.
Assistimos ao documentário. Querem melhor atendimento.
Não assisti às últimas sessões. Queremos um país melhor.
Essa lei assiste ao inquilino. 2) Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição,
Obs.: no sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é estimar, amar.
intransitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de lugar Quero muito aos meus amigos.
introduzido pela preposição “em”. Ele quer bem à linda menina.
Assistimos numa conturbada cidade. Despede-se o filho que muito lhe quer.

CHAMAR VISAR
1) Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, 1) Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mirar,
solicitar a atenção ou a presença de. fazer pontaria e de pôr visto, rubricar.
Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá chamá-la. O homem visou o alvo.
Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes. O gerente não quis visar o cheque.
2) Chamar no sentido de denominar, apelidar pode 2) No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como
apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere predicativo objetivo, é transitivo indireto e rege a preposição “a”.
preposicionado ou não. O ensino deve sempre visar ao progresso social.
A torcida chamou o jogador mercenário. Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar
A torcida chamou ao jogador mercenário. público.
A torcida chamou o jogador de mercenário.
A torcida chamou ao jogador de mercenário. Regência Nominal
   
CUSTAR É o nome da relação existente entre um nome (substantivo,
1) Custar é intransitivo no sentido de ter determinado valor adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa
ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial. relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo
Frutas e verduras não deveriam custar muito. da regência nominal, é preciso levar em conta que vários nomes
2) No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo ou apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que
transitivo indireto. derivam. Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos,
Muito custa        viver tão longe da família. conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo:
            Verbo Oração Subordinada Substantiva Subjetiva Verbo obedecer e os nomes correspondentes: todos regem
       Intransitivo                       Reduzida de Infinitivo complementos introduzidos pela preposição «a”.Veja:
Obedecer a algo/ a alguém.
Custa-me (a mim) crer que tomou realmente aquela atitude. Obediente a algo/ a alguém.
        Objeto                 Oração Subordinada Substantiva Subjetiva
        Indireto                                     Reduzida de Infinitivo Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados
da preposição ou preposições que os regem. Observe-os
Obs.: a Gramática Normativa condena as construções que atentamente e procure, sempre que possível, associar esses
atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado por pessoa. nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece.

Língua Portuguesa 72
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APOSTILAS OPÇÃO
Substantivos Advérbios

Admiração a, por Longe de Perto de


Devoção a, para, com, por
Medo a, de Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir
Aversão a, para, por o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a;
Doutor em paralelamente a; relativa a; relativamente a.
Obediência a
Atentado a, contra Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php
Dúvida acerca de, em, sobre
Ojeriza a, por Questões
Bacharel em
Horror a 01. (Administrador – FCC – 2013-adap.).
Proeminência sobre ... a que ponto a astronomia facilitou a obra das outras
Capacidade de, para ciências ...
Impaciência com
Respeito a, com, para com, por O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o
grifado acima está empregado em:
Adjetivos
A) ...astros que ficam tão distantes ...
Acessível a B) ...que a astronomia é uma das ciências ...
Diferente de C) ...que nos proporcionou um espírito ...
Necessário a D) ...cuja importância ninguém ignora ...
Acostumado a, com E) ...onde seu corpo não passa de um ponto obscuro ...
Entendido em
Nocivo a 02.(Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013-adap.).
Afável com, para com
Equivalente a ... pediu ao delegado do bairro que desse um jeito nos filhos
Paralelo a do sueco.
Agradável a
Escasso de O verbo que exige, no contexto, o mesmo tipo de
Parco em, de complementos que o grifado acima está empregado em:
Alheio a, de A) ...que existe uma coisa chamada EXÉRCITO...
Essencial a, para B) ...como se isso aqui fosse casa da sogra?
Passível de C) ...compareceu em companhia da mulher à delegacia...
Análogo a D) Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro...
Fácil de E) O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevimento.
Preferível a
Ansioso de, para, por 03.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013-adap.).
Fanático por
Prejudicial a ... constava simplesmente de uma vareta quebrada em partes
Apto a, para desiguais...
Favorável a
Prestes a O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o
Ávido de grifado acima está empregado em:
Generoso com A) Em campos extensos, chegavam em alguns casos a extremos
Propício a de sutileza.
Benéfico a B) ...eram comumente assinalados a golpes de machado nos
Grato a, por troncos mais robustos.
Próximo a C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados desorientam,
Capaz de, para não raro, quem...
Hábil em D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho na
Relacionado com serra de Tunuí...
Compatível com E) ...em que tão bem se revelam suas afinidades com o gentio,
Habituado a mestre e colaborador...
Relativo a
Contemporâneo a, de 04. (Agente Técnico – FCC – 2013-adap.).
Idêntico a
Satisfeito com, de, em, por ... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça...
Contíguo a
Impróprio para O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o da
Semelhante a frase acima se encontra em:
Contrário a A) A palavra direito, em português, vem de directum, do verbo
Indeciso em latino dirigere...
Sensível a B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das
Curioso de, por sociedades...
Insensível a C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado pela
Sito em justiça.
Descontente com D) Essa problematicidade não afasta a força das aspirações
Liberal com da justiça...
Suspeito de E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o sentimento
Desejoso de de justiça.
Natural de
Vazio de 05. Leia a tira a seguir.

Língua Portuguesa 73
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APOSTILAS OPÇÃO
B) nos … entre a
C) aos … para a
D) sobre os … pela
E) pelos … sob a

09. (Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças


Públicas – VUNESP – 2013). Considerando a norma-padrão da
língua, assinale a alternativa em que os trechos destacados estão
corretos quanto à regência, verbal ou nominal.
A) O prédio que o taxista mostrou dispunha de mais de dez
mil tomadas.
B) O autor fez conjecturas sob a possibilidade de haver um
homem que estaria ouvindo as notas de um oboé.
C) Centenas de trabalhadores estão empenhados de criar
logotipos e negociar.
D) O taxista levou o autor a indagar no número de tomadas
do edifício.
E) A corrida com o taxista possibilitou que o autor reparasse
a um prédio na marginal.
Considerando as regras de regência da norma-padrão
da língua portuguesa, a frase do primeiro quadrinho está
10. (Assistente de Informática II – VUNESP – 2013).
corretamente reescrita, e sem alteração de sentido, em:
Assinale a alternativa que substitui a expressão destacada
A) Ter amigos ajuda contra o combate pela depressão.
na frase, conforme as regras de regência da norma-padrão da
B) Ter amigos ajuda o combate sob a depressão.
língua e sem alteração de sentido.
C) Ter amigos ajuda do combate com a depressão.
Muitas organizações lutaram a favor da igualdade de direitos
D) Ter amigos ajuda ao combate na depressão.
dos trabalhadores domésticos.
E) Ter amigos ajuda no combate à depressão.
A) da
B) na
06. (Escrevente TJ SP – Vunesp 2012) Assinale a alternativa
C) pela
em que o período, adaptado da
D) sob a
revista Pesquisa Fapesp de junho de 2012, está correto
E) sobre a
quanto à regência nominal e à pontuação.
(A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapidamente,
Respostas
seu espaço na carreira científica ainda que o avanço seja mais
notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, do que em
1-D / 2-D / 3-A / 4-A / 5-E / 6-D / 7-A / 8-C / 9-A / 10-C
outros.
(B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam rapidamente
Comentários
seu espaço na carreira científica; ainda que o avanço seja mais
notável, em alguns países, o Brasil é um exemplo!, do que em
1-) ... a que ponto a astronomia facilitou a obra das outras
outros.
ciências ...
(C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam rapidamente
Facilitar – verbo transitivo direto
seu espaço, na carreira científica, ainda que o avanço seja mais
notável, em alguns países: o Brasil é um exemplo, do que em
A) ...astros que ficam tão distantes ... = verbo de ligação
outros.
B) ...que a astronomia é uma das ciências ... = verbo de
(D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapidamente
ligação
seu espaço na carreira científica, ainda que o avanço seja mais
C) ...que nos proporcionou um espírito ... = verbo transitivo
notável em alguns países – o Brasil é um exemplo – do que em
direto e indireto
outros.
E) ...onde seu corpo não passa de um ponto obscuro = verbo
(E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente,
transitivo indireto
seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais
notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em
2-) ... pediu ao delegado do bairro que desse um jeito nos filhos
outros.
do sueco.
Pedir = verbo transitivo direto e indireto
07. (Papiloscopista Policial – VUNESP – 2013). Assinale a
alternativa correta quanto à regência dos termos em destaque.
A) ...que existe uma coisa chamada EXÉRCITO... = transitivo
(A) Ele tentava convencer duas senhoras a assumir a
direto
responsabilidade pelo problema.
B) ...como se isso aqui fosse casa da sogra? =verbo de ligação
(B) A menina tinha o receio a levar uma bronca por ter se
C) ...compareceu em companhia da mulher à delegacia...
perdido.
=verbo intransitivo
(C) A garota tinha apenas a lembrança pelo desenho de um
E) O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevimento.
índio na porta do prédio.
=transitivo direto
(D) A menina não tinha orgulho sob o fato de ter se perdido
de sua família.
3-) ... constava simplesmente de uma vareta quebrada em
(E) A família toda se organizou para realizar a procura à
partes desiguais...
garotinha.
Constar = verbo intransitivo
B) ...eram comumente assinalados a golpes de machado nos
08. (Analista de Sistemas – VUNESP – 2013). Assinale a
troncos mais robustos. =ligação
alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas
C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados desorientam,
do texto, de acordo com as regras de regência.
não raro, quem... =transitivo direto
Os estudos _______ quais a pesquisadora se reportou já
D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho na
assinalavam uma relação entre os distúrbios da imagem corporal
serra de Tunuí... = transitivo direto
e a exposição a imagens idealizadas pela mídia.
E) ...em que tão bem se revelam suas afinidades com o
A pesquisa faz um alerta ______ influência negativa que a mídia
gentio, mestre e colaborador...=transitivo direto
pode exercer sobre os jovens.
A) dos … na
4-) ... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça...

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APOSTILAS OPÇÃO
Lidar = transitivo intransitivo - Palavras com sentido negativo:
B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das Nada me faz querer sair dessa cama.
sociedades... =transitivo direto Não se trata de nenhuma novidade.
C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado pela
justiça. =ligação - Advérbios:
D) Essa problematicidade não afasta a força das aspirações Nesta casa se fala alemão.
da justiça... =transitivo direto e indireto Naquele dia me falaram que a professora não veio.
E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o
sentimento de justiça. =transitivo direto - Pronomes relativos:
A aluna que me mostrou a tarefa não veio hoje.
5-) Considerando as regras de regência da norma-padrão Não vou deixar de estudar os conteúdos que me falaram.
da língua portuguesa, a frase do primeiro quadrinho está
corretamente reescrita, e sem alteração de sentido, em: - Pronomes indefinidos:
Ter amigos ajuda no combate à depressão. Quem me disse isso?
Todos se comoveram durante o discurso de despedida.
6-) A correção do item deve respeitar as regras de pontuação
também. Assinalei apenas os desvios quanto à regência - Pronomes demonstrativos:
(pontuação encontra-se em tópico específico) Isso me deixa muito feliz!
(A) Não há dúvida de que as mulheres ampliam, Aquilo me incentivou a mudar de atitude!
(B) Não há dúvida de que (erros quanto à pontuação)
(C) Não há dúvida de que as mulheres, (erros quanto - Preposição seguida de gerúndio:
à pontuação) Em se tratando de qualidade, o Brasil Escola é o site mais
(E) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapidamente, indicado à pesquisa escolar.
seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais
notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em - Conjunção subordinativa:
outros. Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram.

7-) Ênclise
(B) A menina tinha o receio de levar uma bronca por ter se
perdido. A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta não
(C) A garota tinha apenas a lembrança do desenho de um aceita orações iniciadas com pronomes oblíquos átonos. A
índio na porta do prédio. ênclise vai acontecer quando:
(D) A menina não tinha orgulho do fato de ter se perdido
de sua família. - O verbo estiver no imperativo afirmativo:
(E) A família toda se organizou para realizar a procura pela Amem-se uns aos outros.
garotinha. Sigam-me e não terão derrotas.

8-) - O verbo iniciar a oração:


Os estudos aos quais a pesquisadora se reportou já Diga-lhe que está tudo bem.
assinalavam uma relação entre os distúrbios da imagem corporal Chamaram-me para ser sócio.
e a exposição a imagens idealizadas pela mídia.
A pesquisa faz um alerta para a influência negativa que a - O verbo estiver no infinitivo impessoal regido da preposição
mídia pode exercer sobre os jovens. “a”:
Naquele instante os dois passaram a odiar-se.
9-) Passaram a cumprimentar-se mutuamente.
B) O autor fez conjecturas sobre a possibilidade de haver
um homem que estaria ouvindo as notas de um oboé. - O verbo estiver no gerúndio:
C) Centenas de trabalhadores estão empenhados em criar Não quis saber o que aconteceu, fazendo-se de
logotipos e negociar. despreocupada.
D) O taxista levou o autor a indagar sobre o número de Despediu-se, beijando-me a face.
tomadas do edifício.
E) A corrida com o taxista possibilitou que o autor reparasse - Houver vírgula ou pausa antes do verbo:
em um prédio na marginal. Se passar no vestibular em outra cidade, mudo-me no
mesmo instante.
10-) Muitas organizações lutaram pela igualdade de Se não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas.
direitos dos trabalhadores domésticos.
Mesóclise
Colocação pronominal
A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado no
De acordo com as autoras Rose Jordão e Clenir Bellezi, a futuro do presente ou no futuro do pretérito:
colocação pronominal é a posição que os pronomes pessoais A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã. (= ela se
oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo a que se realizará)
referem. Far-lhe-ei uma proposta irrecusável. (= eu farei uma
proposta a você)
São pronomes oblíquos átonos: me, te, se, o, os, a, as, lhe,
lhes, nos e vos. Fontes:
O pronome oblíquo átono pode assumir três posições na http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf42.php
oração em relação ao verbo: http://www.brasilescola.com/gramatica/colocacao-pronominal.
1. próclise: pronome antes do verbo htm
2. ênclise: pronome depois do verbo
3. mesóclise: pronome no meio do verbo Questões

Próclise 01. (Escrevente TJ SP – Vunesp). Restam dúvidas sobre


A próclise é aplicada antes do verbo quando temos: o crescimento verde. Primeiro, não está claro até onde pode
realmente chegar uma política baseada em melhorar a eficiência

Língua Portuguesa 75
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APOSTILAS OPÇÃO
sem preços adequados para o carbono, a água e (na maioria dos 07. (Agente de Apoio Operacional – VUNESP – 2013). Há
países pobres) a terra. É verdade que mesmo que a ameaça dos pessoas que, mesmo sem condições, compram produtos______
preços do carbono e da água faça em si diferença, as companhias não necessitam e______ tendo de pagar tudo______ prazo.
não podem suportar ter de pagar, de repente, digamos, 40 Assinale a alternativa que preenche as lacunas, correta e
dólares por tonelada de carbono, sem qualquer preparação. respectivamente, considerando a norma culta da língua.
Portanto, elas começam a usar preços-sombra. Ainda assim, (A) a que … acaba … à
ninguém encontrou até agora uma maneira de quantificar (B) com que … acabam … à
adequadamente os insumos básicos. E sem eles a maioria das (C) de que … acabam … a
políticas de crescimento verde sempre será a segunda opção. (D) em que … acaba … a
(CartaCapital, 27.06.2012. Adaptado) (E) dos quais … acaba … à

Os pronomes “elas” e “eles”, em destaque no texto, referem- 08. (Agente de Apoio Socioeducativo – VUNESP –
se, respectivamente, a 2013-adap.). Assinale a alternativa que substitui, correta e
(A) dúvidas e preços. respectivamente, as lacunas do trecho.
(B) dúvidas e insumos básicos. ______alguns anos, num programa de televisão, uma jovem
(C) companhias e insumos básicos. fazia referência______ violência______ o brasileiro estava sujeito
(D) companhias e preços do carbono e da água. de forma cômica.
(E) políticas de crescimento e preços adequados. (A) Fazem... a ... de que
(B) Faz ...a ... que
02. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013- (C) Fazem ...à ... com que
adap.). Leia o texto a seguir. (D) Faz ...à ... que
Fazendo-se as alterações necessárias, o trecho grifado está (E) Faz ...à ... a que
corretamente substituído por um pronome em:
(A) ...sei tratar tipos como o senhor. − sei tratá-lo 09. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária –
(B) ...erguendo os braços desalentado... − erguendo-lhes VUNESP – 2013). Leia o texto a seguir:
desalentado
(C) ...que tem de conhecer as leis do país? − que tem de Violência epidêmica
conhecê-lo?
(D) ...não parecia ser um importante industrial... − não A violência urbana é uma enfermidade contagiosa. Embora
parecia ser-lhe possa acometer indivíduos vulneráveis em todas as classes
(E) incomodaram o general... − incomodaram-no sociais, é nos bairros pobres que ela adquire características
epidêmicas.
03.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013-adap.). A A prevalência varia de um país para outro e entre as cidades
substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, de um mesmo país, mas, como regra, começa nos grandes
com os necessários ajustes, foi realizada de modo INCORRETO centros urbanos e se dissemina pelo interior.
em: As estratégias que as sociedades adotam para combater a
(A) mostrando o rio= mostrando-o. violência variam muito e a prevenção das causas evoluiu muito
(B) como escolher sítio= como escolhê-lo. pouco no decorrer do século 20, ao contrário dos avanços
(C) transpor [...] as matas espessas= transpor-lhes. ocorridos no campo das infecções, câncer, diabetes e outras
(D) Às estreitas veredas[...] nada acrescentariam = nada lhes enfermidades.
acrescentariam. A agressividade impulsiva é consequência de perturbações
(E) viu uma dessas marcas= viu uma delas. nos mecanismos biológicos de controle emocional. Tendências
agressivas surgem em indivíduos com dificuldades adaptativas
04. (Papiloscopista Policial – Vunesp – 2013). Assinale a que os tornam despreparados para lidar com as frustrações de
alternativa em que o pronome destacado está posicionado de seus desejos.
acordo com a norma-padrão da língua. A violência é uma doença. Os mais vulneráveis são os que
(A) Ela não lembrava-se do caminho de volta. tiveram a personalidade formada num ambiente desfavorável ao
(B) A menina tinha distanciado-se muito da família. desenvolvimento psicológico pleno.
(C) A garota disse que perdeu-se dos pais. A revisão de estudos científicos permite identificar três
(D) O pai alegrou-se ao encontrar a filha. fatores principais na formação das personalidades com maior
(E) Ninguém comprometeu-se a ajudar a criança. inclinação ao comportamento violento:
1) Crianças que apanharam, foram vítimas de abusos,
05. (Escrevente TJ SP – Vunesp). Assinale a alternativa humilhadas ou desprezadas nos primeiros anos de vida.
cujo emprego do pronome está em conformidade com a norma 2) Adolescentes vivendo em famílias que não lhes
padrão da língua. transmitiram valores sociais altruísticos, formação moral e não
(A) Não autorizam-nos a ler os comentários sigilosos. lhes impuseram limites de disciplina.
(B) Nos falaram que a diplomacia americana está abalada. 3) Associação com grupos de jovens portadores de
(C) Ninguém o informou sobre o caso WikiLeaks. comportamento antissocial.
(D) Conformado, se rendeu às punições. Na periferia das cidades brasileiras vivem milhões de crianças
(E) Todos querem que combata-se a corrupção. que se enquadram nessas três condições de risco. Associados à
falta de acesso aos recursos materiais, à desigualdade social,
06. (Papiloscopista Policial = Vunesp - 2013). Assinale a esses fatores de risco criam o caldo de cultura que alimenta a
alternativa correta quanto à colocação pronominal, de acordo violência crescente nas cidades.
com a norma-padrão da língua portuguesa. Na falta de outra alternativa, damos à criminalidade a
(A) Para que se evite perder objetos, recomenda-se que eles resposta do aprisionamento. Porém, seu efeito é passageiro: o
sejam sempre trazidos junto ao corpo. criminoso fica impedido de delinquir apenas enquanto estiver
(B) O passageiro ao lado jamais imaginou-se na situação de preso. Ao sair, estará mais pobre, terá rompido laços familiares
ter de procurar a dona de uma bolsa perdida. e sociais e dificilmente encontrará quem lhe dê emprego. Ao
(C) Nos sentimos impotentes quando não conseguimos mesmo tempo, na prisão, terá criado novas amizades e conexões
restituir um objeto à pessoa que o perdeu. mais sólidas com o mundo do crime.
(D) O homem se indignou quando propuseram-lhe que Construir cadeias custa caro; administrá-las, mais ainda.
abrisse a bolsa que encontrara. Obrigados a optar por uma repressão policial mais ativa,
(E) Em tratando-se de objetos encontrados, há uma aumentaremos o número de prisioneiros. As cadeias continuarão
tendência natural das pessoas em devolvê-los a seus donos. superlotadas.
Seria mais sensato investir em educação, para prevenir a

Língua Portuguesa 76
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APOSTILAS OPÇÃO
criminalidade e tratar os que ingressaram nela. 5.
Na verdade, não existe solução mágica a curto prazo. (A) Não nos autorizam a ler os comentários sigilosos.
Precisamos de uma divisão de renda menos brutal, motivar os (B) Falaram-nos que a diplomacia americana está abalada.
policiais a executar sua função com dignidade, criar leis que (D) Conformado, rendeu-se às punições.
acabem com a impunidade dos criminosos bem-sucedidos e (E) Todos querem que se combata a corrupção.
construir cadeias novas para substituir as velhas.
Enquanto não aprendermos a educar e oferecer medidas 6.
preventivas para que os pais evitem ter filhos que não serão (B) O passageiro ao lado jamais se imaginou na situação de
capazes de criar, cabe a nós a responsabilidade de integrá-los ter de procurar a dona de uma bolsa perdida.
na sociedade por meio da educação formal de bom nível, das (C) Sentimo-nos impotentes quando não conseguimos
práticas esportivas e da oportunidade de desenvolvimento restituir um objeto à pessoa que o perdeu.
artístico. (D) O homem indignou-se quando lhe propuseram que
abrisse a bolsa que encontrara.
(Drauzio Varella. In Folha de S.Paulo, 9 mar.2002. Adaptado) (E) Em se tratando de objetos encontrados, há uma tendência
Considere o seguinte trecho: natural das pessoas em devolvê-los a seus donos.
Adolescentes vivendo em famílias que não lhes transmitiram
valores sociais altruísticos, formação moral e não lhes 7. Há pessoas que, mesmo sem condições, compram
impuseram limites de disciplina. produtos de que não necessitam e acabam tendo de pagar
O pronome lhes, nas duas ocorrências, nesse trecho, refere- tudo a prazo.
se, respectivamente, a
(A) adolescentes e adolescentes. 8. Faz alguns anos, num programa de televisão, uma jovem
(B) famílias e adolescentes. fazia referência à violência a que o brasileiro estava sujeito
(C) valores sociais altruísticos e limites de disciplina. de forma cômica.
(D) adolescentes e famílias. Faz, no sentido de tempo passado = sempre no singular
(E) famílias e famílias.
9. Adolescentes vivendo em famílias que não lhes
10. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013- transmitiram valores sociais altruísticos, formação moral e não
adap.). No trecho, – Em ambos os casos, as câmeras dos lhes impuseram limites de disciplina.
estabelecimentos felizmente comprovam os acontecimentos, Famílias que não impuseram aos adolescentes valores
e testemunhas vão ajudar a polícia na investigação. – de sociais, formação moral e limites de disciplina.
acordo com a norma-padrão, os pronomes que substituem,
corretamente, os termos em destaque são: 10. – Em ambos os casos, as câmeras dos estabelecimentos
(A) os comprovam … ajudá-la. felizmente comprovam os acontecimentos, e testemunhas vão
(B) os comprovam …ajudar-la. ajudar a polícia na investigação.
(C) os comprovam … ajudar-lhe. felizmente os comprovam ... ajudá-la
(D) lhes comprovam … ajudar-lhe. (advérbio)
(E) lhes comprovam … ajudá-la.
Coesão
Respostas
Uma das propriedades que distinguem um texto de um
1. C / 2. E / 3. C / 4. D / 5. C / 6. A / 7. C / 8. E / 9. A / 10. amontoado de frases é a relação existente entre os elementos que
A os constituem. A coesão textual é a ligação, a relação, a conexão
entre palavras, expressões ou frases do texto. Ela manifesta-
Comentários se por elementos gramaticais, que servem para estabelecer
vínculos entre os componentes do texto. Observe:
1. Restam dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não
está claro até onde pode realmente chegar uma política baseada “O iraquiano leu sua declaração num bloquinho comum de
em melhorar a eficiência sem preços adequados para o carbono, anotações, que segurava na mão.”
a água e (na maioria dos países pobres) a terra. É verdade que
mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da água faça em Nesse período, o pronome relativo “que” estabelece conexão
si diferença, as companhias não podem suportar ter de pagar, entre as duas orações. O iraquiano leu sua declaração num
de repente, digamos, 40 dólares por tonelada de carbono, sem bloquinho comum de anotações e segurava na mão, retomando
qualquer preparação. Portanto, elas começam a usar preços- na segunda um dos termos da primeira: bloquinho. O pronome
sombra. Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma relativo é um elemento coesivo, e a conexão entre as duas
maneira de quantificar adequadamente os insumos básicos. E orações, um fenômeno de coesão. Leia o texto que segue:
sem eles a maioria das políticas de crescimento verde sempre
será a segunda opção. Arroz-doce da infância

2. Ingredientes
(A) ...sei tratar tipos como o senhor. − sei tratá-los 1 litro de leite desnatado
(B) ...erguendo os braços desalentado... − erguendo-os 150g de arroz cru lavado
desalentado 1 pitada de sal
(C) ...que tem de conhecer as leis do país? − que tem de 4 colheres (sopa) de açúcar
conhecê-las ? 1 colher (sobremesa) de canela em pó
(D) ...não parecia ser um importante industrial... − não
parecia sê-lo Preparo
Em uma panela ferva o leite, acrescente o arroz, a pitada de
3. transpor [...] as matas espessas= transpô-las sal e mexa sem parar até cozinhar o arroz. Adicione o açúcar e
deixe no fogo por mais 2 ou 3 minutos. Despeje em um recipiente,
4. polvilhe a canela. Sirva.
(A) Ela não se lembrava do caminho de volta. Cozinha Clássica Baixo Colesterol, nº4.
(B) A menina tinha se distanciado muito da família. São Paulo, InCor, agosto de 1999, p. 42.
(C) A garota disse que se perdeu dos pais.
(E) Ninguém se comprometeu a ajudar a criança Toda receita culinária tem duas partes: lista dos ingredientes
e modo de preparar. As informações apresentadas na primeira

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APOSTILAS OPÇÃO
são retomadas na segunda. Nesta, os nomes mencionados pela o sentido desse pronome.
primeira vez na lista de ingredientes vêm precedidos de artigo Pode ocorrer, no entanto, que o anafórico não se refira a
definido, o qual exerce, entre outras funções, a de indicar que o nenhuma palavra citada anteriormente no interior do texto, mas
termo determinado por ele se refere ao mesmo ser a que uma que possa ser inferida por certos pressupostos típicos da cultura
palavra idêntica já fizera menção. em que se inscreve o texto. É o caso de um exemplo como este:
No nosso texto, por exemplo, quando se diz que se adiciona
o açúcar, o artigo citado na primeira parte. Se dissesse apenas “O casamento teria sido às 20 horas. O noivo já estava
adicione açúcar, deveria adicionar, pois se trataria de outro desesperado, porque eram 21 horas e ela não havia comparecido.”
açúcar, diverso daquele citado no rol dos ingredientes.
Há dois tipos principais de mecanismos de coesão: Por dados do contexto cultural, sabe-se que o pronome “ela”
retomada ou antecipação de palavras, expressões ou frases e é um anafórico que só pode estar-se referindo à palavra noiva.
encadeamento de segmentos. Num casamento, estando presente o noivo, o desespero só pode
ser pelo atraso da noiva (representada por “ela” no exemplo
Retomada ou Antecipação por meio de uma palavra citado).
gramatical - (pronome, verbos ou advérbios)
- O artigo indefinido serve geralmente para introduzir
“No mercado de trabalho brasileiro, ainda hoje não há total informações novas ao texto. Quando elas forem retomadas,
igualdade entre homens e mulheres: estas ainda ganham menos deverão ser precedidas do artigo definido, pois este é que tem
do que aqueles em cargos equivalentes.” a função de indicar que o termo por ele determinado é idêntico,
em termos de valor referencial, a um termo já mencionado.
Nesse período, o pronome demonstrativo “estas” retoma o
termo mulheres, enquanto “aqueles” recupera a palavra homens. “O encarregado da limpeza encontrou uma carteira na sala
Os termos que servem para retomar outros são denominados de espetáculos. Curiosamente, a carteira tinha muito dinheiro
anafóricos; os que servem para anunciar, para antecipar outros dentro, mas nem um documento sequer.”
são chamados catafóricos. No exemplo a seguir, desta antecipa
abandonar a faculdade no último ano: - Quando, em dado contexto, o anafórico pode referir-se a
dois termos distintos, há uma ruptura de coesão, porque ocorre
“Já viu uma loucura desta, abandonar a faculdade no último uma ambiguidade insolúvel. É preciso que o texto seja escrito
ano?” de tal forma que o leitor possa determinar exatamente qual é a
palavra retomada pelo anafórico.
São anafóricos ou catafóricos os pronomes demonstrativos,
os pronomes relativos, certos advérbios ou locuções adverbiais “Durante o ensaio, o ator principal brigou com o diretor por
(nesse momento, então, lá), o verbo fazer, o artigo definido, os causa da sua arrogância.”
pronomes pessoais de 3ª pessoa (ele, o, a, os, as, lhe, lhes), os
pronomes indefinidos. Exemplos: O anafórico “sua” pode estar-se referindo tanto à palavra
ator quanto a diretor.
“Ele era muito diferente de seu mestre, a quem sucedera na
cátedra de Sociologia na Universidade de São Paulo.” “André brigou com o ex-namorado de uma amiga, que trabalha
na mesma firma.”
O pronome relativo “quem” retoma o substantivo mestre.
Não se sabe se o anafórico “que” está se referindo ao termo
“As pessoas simplificam Machado de Assis; elas o veem como amiga ou a ex-namorado. Permutando o anafórico “que” por “o
um descrente do amor e da amizade.” qual” ou “a qual”, essa ambiguidade seria desfeita.

O pronome pessoal “elas” recupera o substantivo pessoas; o Retomada por palavra lexical - (substantivo, adjetivo ou
pronome pessoal “o” retoma o nome Machado de Assis. verbo)

“Os dois homens caminhavam pela calçada, ambos trajando Uma palavra pode ser retomada, que por uma repetição,
roupa escura.” quer por uma substituição por sinônimo, hiperônimo, hipônimo
ou antonomásia.
O numeral “ambos” retoma a expressão os dois homens. Sinônimo é o nome que se dá a uma palavra que possui o
mesmo sentido que outra, ou sentido bastante aproximado:
“Fui ao cinema domingo e, chegando lá, fiquei desanimado injúria e afronta, alegre e contente.
com a fila.” Hiperônimo é um termo que mantém com outro uma relação
do tipo contém/está contido;
O advérbio “lá” recupera a expressão ao cinema. Hipônimo é uma palavra que mantém com outra uma relação
do tipo está contido/contém. O significado do termo rosa está
“O governador vai pessoalmente inaugurar a creche dos contido no de flor e o de flor contém o de rosa, pois toda rosa é
funcionários do palácio, e o fará para demonstrar seu apreço aos uma flor, mas nem toda flor é uma rosa. Flor é, pois, hiperônimo
servidores.” de rosa, e esta palavra é hipônimo daquela.
Antonomásia é a substituição de um nome próprio por um
A forma verbal “fará” retoma a perífrase verbal vai inaugurar nome comum ou de um comum por um próprio. Ela ocorre,
e seu complemento. principalmente, quando uma pessoa célebre é designada por
uma característica notória ou quando o nome próprio de uma
- Em princípio, o termo a que “o” anafórico se refere deve personagem famosa é usado para designar outras pessoas que
estar presente no texto, senão a coesão fica comprometida, possuam a mesma característica que a distingue:
como neste exemplo:
“O rei do futebol (=Pelé) só podia ser um brasileiro.”
“André é meu grande amigo. Começou a namorá-la há vários
meses.” “O herói de dois mundos (=Garibaldi) foi lembrado numa
recente minissérie de tevê.”
A rigor, não se pode dizer que o pronome “la” seja um
anafórico, pois não está retomando nenhuma das palavras Referência ao fato notório de Giuseppe Garibaldi haver
citadas antes. Exatamente por isso, o sentido da frase fica lutado pela liberdade na Europa e na América.
totalmente prejudicado: não há possibilidade de se depreender

Língua Portuguesa 78
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APOSTILAS OPÇÃO
“Ele é um Hércules.” (=um homem muito forte). que disse a lua, isto é, antes das aspas, fica subentendido, é
omitido por ser facilmente presumível.
Referência à força física que caracteriza o herói grego Qualquer segmento da frase pode sofrer elipse. Veja que,
Hércules. no exemplo abaixo, é o sujeito meu pai que vem elidido (ou
apagado) antes de sentiu e parou:
“Um presidente da República tem uma agenda de trabalho
extremamente carregada. Deve receber ministros, embaixadores, “Meu pai começou a andar novamente, sentiu a pontada no
visitantes estrangeiros, parlamentares; precisa a todo o momento peito e parou.”
tomar graves decisões que afetam a vida de muitas pessoas;
necessita acompanhar tudo o que acontece no Brasil e no mundo. Pode ocorrer também elipse por antecipação. No exemplo
Um presidente deve começar a trabalhar ao raiar do dia e que segue, aquela promoção é complemento tanto de querer
terminar sua jornada altas horas da noite.” quanto de desejar, no entanto aparece apenas depois do segundo
verbo:
A repetição do termo presidente estabelece a coesão entre o
último período e o que vem antes dele. “Ficou muito deprimido com o fato de ter sido preferido. Afinal,
queria muito, desejava ardentemente aquela promoção.”
“Observava as estrelas, os planetas, os satélites. Os astros
sempre o atraíram.” Quando se faz essa elipse por antecipação com verbos
que têm regência diferente, a coesão é rompida. Por exemplo,
Os dois períodos estão relacionados pelo hiperônimo astros, não se deve dizer “Conheço e gosto deste livro”, pois o verbo
que recupera os hipônimos estrelas, planetas, satélites. conhecer rege complemento não introduzido por preposição,
e a elipse retoma o complemento inteiro, portanto teríamos
“Eles (os alquimistas) acreditavam que o organismo do homem uma preposição indevida: “Conheço (deste livro) e gosto deste
era regido por humores (fluidos orgânicos) que percorriam, ou livro”. Em “Implico e dispenso sem dó os estranhos palpiteiros”,
apenas existiam, em maior ou menor intensidade em nosso corpo. diferentemente, no complemento em elipse faltaria a preposição
Eram quatro os humores: o sangue, a fleuma (secreção pulmonar), “com” exigida pelo verbo implicar.
a bile amarela e a bile negra. E eram também estes quatro fluidos Nesses casos, para assegurar a coesão, o recomendável é
ligados aos quatro elementos fundamentais: ao Ar (seco), à Água colocar o complemento junto ao primeiro verbo, respeitando
(úmido), ao Fogo (quente) e à Terra (frio), respectivamente.” sua regência, e retomá-lo após o segundo por um anafórico,
Ziraldo. In: Revista Vozes, nº3, abril de 1970, p.18. acrescentando a preposição devida (Conheço este livro e
gosto dele) ou eliminando a indevida (Implico com estranhos
Nesse texto, a ligação entre o segundo e o primeiro períodos palpiteiros e os dispenso sem dó).
se faz pela repetição da palavra humores; entre o terceiro e o
segundo se faz pela utilização do sinônimo fluidos. Coesão por Conexão
É preciso manejar com muito cuidado a repetição de
palavras, pois, se ela não for usada para criar um efeito de sentido Há na língua uma série de palavras ou locuções que são
de intensificação, constituirá uma falha de estilo. No trecho responsáveis pela concatenação ou relação entre segmentos do
transcrito a seguir, por exemplo, fica claro o uso da repetição texto. Esses elementos denominam-se conectores ou operadores
da palavra vice e outras parecidas (vicissitudes, vicejam, viciem), discursivos. Por exemplo: visto que, até, ora, no entanto, contudo,
com a evidente intenção de ridicularizar a condição secundária ou seja.
que um provável flamenguista atribui ao Vasco e ao seu Vice- Note-se que eles fazem mais do que ligar partes do texto:
presidente: estabelecem entre elas relações semânticas de diversos tipos,
como contrariedade, causa, consequência, condição, conclusão,
“Recebi por esses dias um e-mail com uma série de piadas etc. Essas relações exercem função argumentativa no texto,
sobre o pouco simpático Eurico Miranda. Faltam-me provas, mas por isso os operadores discursivos não podem ser usados
tudo leva a crer que o remetente seja um flamenguista.” indiscriminadamente.
Na frase “O time apresentou um bom futebol, mas não
Segundo o texto, Eurico nasceu para ser vice: é vice- alcançou a vitória”, por exemplo, o conector “mas” está
presidente do clube, vice-campeão carioca e bi-vice-campeão adequadamente usado, pois ele liga dois segmentos com
mundial. E isso sem falar do vice no Carioca de futsal, no Carioca orientação argumentativa contrária. Se fosse utilizado, nesse
de basquete, no Brasileiro de basquete e na Taça Guanabara. São caso, o conector “portanto”, o resultado seria um paradoxo
vicissitudes que vicejam. Espero que não viciem. semântico, pois esse operador discursivo liga dois segmentos
com a mesma orientação argumentativa, sendo o segmento
José Roberto Torero. In: Folha de S. Paulo, 08/03/2000, p. introduzido por ele a conclusão do anterior.
4-7.
- Gradação: há operadores que marcam uma gradação numa
A elipse é o apagamento de um segmento de frase que pode série de argumentos orientados para uma mesma conclusão.
ser facilmente recuperado pelo contexto. Também constitui Dividem-se eles, em dois subtipos: os que indicam o argumento
um expediente de coesão, pois é o apagamento de um termo mais forte de uma série: até, mesmo, até mesmo, inclusive, e os
que seria repetido, e o preenchimento do vazio deixado pelo que subentendem uma escala com argumentos mais fortes: ao
termo apagado (=elíptico) exige, necessariamente, que se menos, pelo menos, no mínimo, no máximo, quando muito.
faça correlação com outros termos presentes no contexto, ou
referidos na situação em que se desenrola a fala. “Ele é um bom conferencista: tem uma voz bonita, é bem
Vejamos estes versos do poema “Círculo vicioso”, de Machado articulado, conhece bem o assunto de que fala e é até sedutor.”
de Assis:
Toda a série de qualidades está orientada no sentido de
(...) comprovar que ele é bom conferencista; dentro dessa série, ser
Mas a lua, fitando o sol, com azedume: sedutor é considerado o argumento mais forte.

“Mísera! Tivesse eu aquela enorme, aquela “Ele é ambicioso e tem grande capacidade de trabalho.
Claridade imorta, que toda a luz resume!” Chegará a ser pelo menos diretor da empresa.”
Obra completa. Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1979, v.III, p.
151. Pelo menos introduz um argumento orientado no mesmo
sentido de ser ambicioso e ter grande capacidade de trabalho;
Nesse caso, o verbo dizer, que seria enunciado antes daquilo por outro lado, subentende que há argumentos mais fortes para

Língua Portuguesa 79
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APOSTILAS OPÇÃO
comprovar que ele tem as qualidades requeridas dos que vão argumentativa: mostrar que o problema da fuga de presos
longe (por exemplo, ser presidente da empresa) e que se está cresce à medida que aumenta a corrupção entre os agentes
usando o menos forte; ao menos, pelo menos e no mínimo ligam penitenciários; por isso, os segmentos podem até ser permutáveis
argumentos de valor positivo. do ponto de vista sintático, mas não o são do ponto de vista
argumentativo, pois não há igualdade argumentativa proposta,
“Ele não é bom aluno. No máximo vai terminar o segundo “Tanto maior será a corrupção entre os agentes penitenciários
grau.” quanto mais grave for o problema da fuga de presos”.
No máximo introduz um argumento orientado no mesmo Muitas vezes a permutação dos segmentos leva a conclusões
sentido de ter muita dificuldade de aprender; supõe que há uma opostas: Imagine-se, por exemplo, o seguinte diálogo entre o
escala argumentativa (por exemplo, fazer uma faculdade) e que diretor de um clube esportivo e o técnico de futebol:
se está usando o argumento menos forte da escala no sentido
de provar a afirmação anterior; no máximo e quando muito “__Precisamos promover atletas das divisões de base para
estabelecem ligação entre argumentos de valor depreciativo. reforçar nosso time.
__Qualquer atleta das divisões de base é tão bom quanto os
- Conjunção Argumentativa: há operadores que assinalam do time principal.”
uma conjunção argumentativa, ou seja, ligam um conjunto de
argumentos orientados em favor de uma dada conclusão: e, Nesse caso, o argumento do técnico é a favor da promoção,
também, ainda, nem, não só... mas também, tanto... como, além pois ele declara que qualquer atleta das divisões de base tem,
de, a par de. pelo menos, o mesmo nível dos do time principal, o que significa
que estes não primam exatamente pela excelência em relação
“Se alguém pode tomar essa decisão é você. Você é o diretor da aos outros.
escola, é muito respeitado pelos funcionários e também é muito Suponhamos, agora, que o técnico tivesse invertido os
querido pelos alunos.” segmentos na sua fala:

Arrolam-se três argumentos em favor da tese que é o “__Qualquer atleta do time principal é tão bom quanto os das
interlocutor quem pode tomar uma dada decisão. O último deles divisões de base.”
é introduzido por “e também”, que indica um argumento final na
mesma direção argumentativa dos precedentes. Nesse caso, seu argumento seria contra a necessidade da
Esses operadores introduzem novos argumentos; não promoção, pois ele estaria declarando que os atletas do time
significam, em hipótese nenhuma, a repetição do que já foi dito. principal são tão bons quanto os das divisões de base.
Ou seja, só podem ser ligados com conectores de conjunção
segmentos que representam uma progressão discursiva. - Explicação ou Justificativa: há operadores que introduzem
É possível dizer “Disfarçou as lágrimas que o assaltaram e uma explicação ou uma justificativa em relação ao que foi dito
continuou seu discurso”, porque o segundo segmento indica anteriormente: porque, já que, que, pois.
um desenvolvimento da exposição. Não teria cabimento
usar operadores desse tipo para ligar dois segmentos como “Já que os Estados Unidos invadiram o Iraque sem autorização
“Disfarçou as lágrimas que o assaltaram e escondeu o choro que da ONU, devem arcar sozinhos com os custos da guerra.”
tomou conta dele”.
Já que inicia um argumento que dá uma justificativa para a
- Disjunção Argumentativa: há também operadores que tese de que os Estados Unidos devam arcar sozinhos com o custo
indicam uma disjunção argumentativa, ou seja, fazem uma da guerra contra o Iraque.
conexão entre segmentos que levam a conclusões opostas, que
têm orientação argumentativa diferente: ou, ou então, quer... - Contrajunção: os operadores discursivos que assinalam
quer, seja... seja, caso contrário, ao contrário. uma relação de contrajunção, isto é, que ligam enunciados
com orientação argumentativa contrária, são as conjunções
“Não agredi esse imbecil. Ao contrário, ajudei a separar a adversativas (mas, contudo, todavia, no entanto, entretanto,
briga, para que ele não apanhasse.” porém) e as concessivas (embora, apesar de, apesar de que,
conquanto, ainda que, posto que, se bem que).
O argumento introduzido por ao contrário é diametralmente Qual é a diferença entre as adversativas e as concessivas,
oposto àquele de que o falante teria agredido alguém. se tanto umas como outras ligam enunciados com orientação
argumentativa contrária?
- Conclusão: existem operadores que marcam uma Nas adversativas, prevalece a orientação do segmento
conclusão em relação ao que foi dito em dois ou mais enunciados introduzido pela conjunção.
anteriores (geralmente, uma das afirmações de que decorre a
conclusão fica implícita, por manifestar uma voz geral, uma “O atleta pode cair por causa do impacto, mas se levanta mais
verdade universalmente aceita): logo, portanto, por conseguinte, decidido a vencer.”
pois (o pois é conclusivo quando não encabeça a oração).
Nesse caso, a primeira oração conduz a uma conclusão
“Essa guerra é uma guerra de conquista, pois visa ao negativa sobre um processo ocorrido com o atleta, enquanto a
controle dos fluxos mundiais de petróleo. Por conseguinte, não é começada pela conjunção “mas” leva a uma conclusão positiva.
moralmente defensável.” Essa segunda orientação é a mais forte.
Compare-se, por exemplo, “Ela é simpática, mas não é bonita”
Por conseguinte introduz uma conclusão em relação à com “Ela não é bonita, mas é simpática”. No primeiro caso, o que
afirmação exposta no primeiro período. se quer dizer é que a simpatia é suplantada pela falta de beleza;
no segundo, que a falta de beleza perde relevância diante da
- Comparação: outros importantes operadores discursivos simpatia. Quando se usam as conjunções adversativas, introduz-
são os que estabelecem uma comparação de igualdade, se um argumento com vistas à determinada conclusão, para, em
superioridade ou inferioridade entre dois elementos, com vistas seguida, apresentar um argumento decisivo para uma conclusão
a uma conclusão contrária ou favorável a certa ideia: tanto... contrária.
quanto, tão... como, mais... (do) que. Com as conjunções concessivas, a orientação argumentativa
que predomina é a do segmento não introduzido pela conjunção.
“Os problemas de fuga de presos serão tanto mais graves
quanto maior for a corrupção entre os agentes penitenciários.” “Embora haja conexão entre saber escrever e saber gramática,
trata-se de capacidades diferentes.”
O comparativo de igualdade tem no texto uma função

Língua Portuguesa 80
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APOSTILAS OPÇÃO
A oração iniciada por “embora” apresenta uma orientação esclarecimento, um desenvolvimento, uma redefinição do
argumentativa no sentido de que saber escrever e saber conteúdo enunciado anteriormente. Exemplo:
gramática são duas coisas interligadas; a oração principal
conduz à direção argumentativa contrária. “A última tentativa de proibir a propaganda de cigarros
Quando se utilizam conjunções concessivas, a estratégia nas corridas de Fórmula 1 não vingou. De fato, os interesses dos
argumentativa é a de introduzir no texto um argumento que, fabricantes mais uma vez prevaleceram sobre os da saúde.”
embora tido como verdadeiro, será anulado por outro mais forte
com orientação contrária. O conector introduz um esclarecimento sobre o que foi dito
A diferença entre as adversativas e as concessivas, portanto, antes.
é de estratégia argumentativa. Compare os seguintes períodos: Servem ainda para assinalar uma atenuação ou um reforço
do conteúdo de verdade de um enunciado. Exemplo:
“Por mais que o exército tivesse planejado a operação
(argumento mais fraco), a realidade mostrou-se mais complexa “Quando a atual oposição estava no comando do país, não fez
(argumento mais forte).” o que exige hoje que o governo faça. Ao contrário, suas políticas
“O exército planejou minuciosamente a operação (argumento iam na direção contrária do que prega atualmente.
mais fraco), mas a realidade mostrou-se mais complexa
(argumento mais forte).” O conector introduz um argumento que reforça o que foi dito
antes.
- Argumento Decisivo: há operadores discursivos
que introduzem um argumento decisivo para derrubar a - Explicação: há operadores que desencadeiam uma
argumentação contrária, mas apresentando-o como se fosse explicação, uma confirmação, uma ilustração do que foi afirmado
um acréscimo, como se fosse apenas algo mais numa série antes: assim, desse modo, dessa maneira.
argumentativa: além do mais, além de tudo, além disso, ademais.
“O exército inimigo não desejava a paz. Assim, enquanto se
“Ele está num período muito bom da vida: começou a namorar processavam as negociações, atacou de surpresa.”
a mulher de seus sonhos, foi promovido na empresa, recebeu um
prêmio que ambicionava havia muito tempo e, além disso, ganhou O operador introduz uma confirmação do que foi afirmado
uma bolada na loteria.” antes.
Coesão por Justaposição
O operador discursivo introduz o que se considera a prova
mais forte de que “Ele está num período muito bom da vida”; no É a coesão que se estabelece com base na sequência dos
entanto, essa prova é apresentada como se fosse apenas mais enunciados, marcada ou não com sequenciadores. Examinemos
uma. os principais sequenciadores.

- Generalização ou Amplificação: existem operadores que - Sequenciadores Temporais: são os indicadores de


assinalam uma generalização ou uma amplificação do que foi anterioridade, concomitância ou posterioridade: dois meses
dito antes: de fato, realmente, como aliás, também, é verdade que. depois, uma semana antes, um pouco mais tarde, etc. (são
utilizados predominantemente nas narrações).
“O problema da erradicação da pobreza passa pela geração de
empregos. De fato, só o crescimento econômico leva ao aumento “Uma semana antes de ser internado gravemente doente, ele
de renda da população.” esteve conosco. Estava alegre e cheio de planos para o futuro.”

O conector introduz uma amplificação do que foi dito antes. - Sequenciadores Espaciais: são os indicadores de posição
relativa no espaço: à esquerda, à direita, junto de, etc. (são
“Ele é um técnico retranqueiro, como aliás o são todos os que usados principalmente nas descrições).
atualmente militam no nosso futebol.
“A um lado, duas estatuetas de bronze dourado, representando
O conector introduz uma generalização ao que foi o amor e a castidade, sustentam uma cúpula oval de forma
afirmado: não “ele”, mas todos os técnicos do nosso futebol são ligeira, donde se desdobram até o pavimento bambolins de cassa
retranqueiros. finíssima. (...) Do outro lado, há uma lareira, não de fogo, que o
dispensa nosso ameno clima fluminense, ainda na maior força do
- Especificação ou Exemplificação: também há operadores inverno.”
que marcam uma especificação ou uma exemplificação do que José de Alencar. Senhora. São Paulo, FTD, 1992, p. 77.
foi afirmado anteriormente: por exemplo, como.
- Sequenciadores de Ordem: são os que assinalam a ordem
“A violência não é um fenômeno que está disseminado apenas dos assuntos numa exposição: primeiramente, em segunda, a
entre as camadas mais pobres da população. Por exemplo, é seguir, finalmente, etc.
crescente o número de jovens da classe média que estão envolvidos
em toda sorte de delitos, dos menos aos mais graves.” “Para mostrar os horrores da guerra, falarei, inicialmente,
das agruras por que passam as populações civis; em seguida,
Por exemplo assinala que o que vem a seguir especifica, discorrerei sobre a vida dos soldados na frente de batalha;
exemplifica a afirmação de que a violência não é um fenômeno finalmente, exporei suas consequências para a economia mundial
adstrito aos membros das “camadas mais pobres da população”. e, portanto, para a vida cotidiana de todos os habitantes do
planeta.”
- Retificação ou Correção: há ainda os que indicam uma
retificação, uma correção do que foi afirmado antes: ou melhor, - Sequenciadores para Introdução: são os que, na
de fato, pelo contrário, ao contrário, isto é, quer dizer, ou seja, em conversação principalmente, servem para introduzir um tema
outras palavras. Exemplo: ou mudar de assunto: a propósito, por falar nisso, mas voltando
ao assunto, fazendo um parêntese, etc.
“Vou-me casar neste final de semana. Ou melhor, vou passar a
viver junto com minha namorada.” “Joaquim viveu sempre cercado do carinho de muitas pessoas.
A propósito, era um homem que sabia agradar às mulheres.”
O conector inicia um segmento que retifica o que foi dito
antes. - Operadores discursivos não explicitados: se o texto for
Esses operadores servem também para marcar um construído sem marcadores de sequenciação, o leitor deverá

Língua Portuguesa 81
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APOSTILAS OPÇÃO
inferir, a partir da ordem dos enunciados, os operadores Talvez o automóvel não seja descartável tão facilmente. Este
discursivos não explicitados na superfície textual. Nesses casos, jornal, em uma série de reportagens, nestes dias, mostrou o
os lugares dos diferentes conectores estarão indicados, na privilégio que os governos dão ao uso do carro e o desprezo ao
escrita, pelos sinais de pontuação: ponto-final, vírgula, ponto-e- transporte coletivo. Surpreendentemente, houve entrevistado
vírgula, dois-pontos. que opinou favoravelmente, valorizando Los Angeles – um caso
típico de cidade rodoviária e dispersa.
“A reforma política é indispensável. Sem a existência da Ainda nestes dias, a ONU reafirmou o compromisso desta
fidelidade partidária, cada parlamentar vota segundo seus geração com o futuro da humanidade e contra o aquecimento
interesses e não de acordo com um programa partidário. Assim, global – para o qual a emissão de CO2 do rodoviarismo é agente
não há bases governamentais sólidas.” básico. (A USP acaba de divulgar estudo advertindo que a
poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito.)
Esse texto contém três períodos. O segundo indica a causa de O transporte também esteve no centro dos protestos de
a reforma política ser indispensável. Portanto o ponto-final do junho de 2013. Lembremos: ele está interrelacionado com a
primeiro período está no lugar de um porque. moradia, o emprego, o lazer. Como se vê, não faltam razões para
o debate do tema.
A língua tem um grande número de conectores e “Como se vê, não faltam razões para o debate do tema.”
sequenciadores. Apresentamos os principais e explicamos
sua função. É preciso ficar atento aos fenômenos de coesão. Substituindo o termo sublinhado por uma oração
Mostramos que o uso inadequado dos conectores e a utilização desenvolvida, a forma correta e adequada seria:
inapropriada dos anafóricos ou catafóricos geram rupturas na
coesão, o que leva o texto a não ter sentido ou, pelo menos, a não (A) para que se debatesse o tema;
ter o sentido desejado. Outra falha comum no que tange a coesão (B) para se debater o tema;
é a falta de partes indispensáveis da oração ou do período. (C) para que se debata o tema;
Analisemos este exemplo: (D) para debater-se o tema;
(E) para que o tema fosse debatido.
“As empresas que anunciaram que apoiariam a campanha de
combate à fome que foi lançada pelo governo federal.” 02. (TJ/RJ – Analista Judiciário – FGV/2014)
“A USP acaba de divulgar estudo advertindo que a poluição
O período compõe-se de: em São Paulo mata o dobro do que o trânsito”.
- As empresas
- que anunciaram (oração subordinada adjetiva restritiva da A oração em forma desenvolvida que substitui correta e
primeira oração) adequadamente o gerúndio “advertindo” é:
- que apoiariam a campanha de combate à fome (oração
subordinada substantiva objetiva direta da segunda oração) (A) com a advertência de;
- que foi lançada pelo governo federal (oração subordinada (B) quando adverte;
adjetiva restritiva da terceira oração). (C) em que adverte;
(D) no qual advertia;
Observe-se que falta o predicado da primeira oração. Quem (E) para advertir.
escreveu o período começou a encadear orações subordinadas e
“esqueceu-se” de terminar a principal. 03. (PC/RJ – Papilocopista – IBF/2014)
Quebras de coesão desse tipo são mais comuns em períodos
longos. No entanto, mesmo quando se elaboram períodos curtos Texto III - Corrida contra o ebola
é preciso cuidar para que sejam sintaticamente completos e
para que suas partes estejam bem conectadas entre si. Já faz seis meses que o atual surto de ebola na África
Para que um conjunto de frases constitua um texto, não basta Ocidental despertou a atenção da comunidade internacional,
que elas estejam coesas: se não tiverem unidade de sentido, mas nada sugere que as medidas até agora adotadas para refrear
mesmo que aparentemente organizadas, elas não passarão de o avanço da doença tenham sido eficazes.
um amontoado injustificado. Exemplo: Ao contrário, quase metade das cerca de 4.000 contaminações
registradas neste ano ocorreram nas últimas três semanas,
“Vivo há muitos anos em São Paulo. A cidade tem excelentes e as mais de 2.000 mortes atestam a força da enfermidade. A
restaurantes. Ela tem bairros muito pobres. Também o Rio de escalada levou o diretor do CDC (Centro de Controle e Prevenção
Janeiro tem favelas.” de Doenças) dos EUA, Tom Frieden, a afirmar que a epidemia
está fora de controle.
Todas as frases são coesas. O hiperônimo cidade retoma O vírus encontrou ambiente propício para se propagar.
o substantivo São Paulo, estabelecendo uma relação entre De um lado, as condições sanitárias e econômicas dos países
o segundo e o primeiro períodos. O pronome “ela” recupera afetados são as piores possíveis. De outro, a Organização
a palavra cidade, vinculando o terceiro ao segundo período. Mundial da Saúde foi incapaz de mobilizar com celeridade
O operador também realiza uma conjunção argumentativa, um contingente expressivo de profissionais para atuar nessas
relacionando o quarto período ao terceiro. No entanto, esse localidades afetadas.
conjunto não é um texto, pois não apresenta unidade de sentido, Verdade que uma parcela das debilidades da OMS se explica
isto é, não tem coerência. A coesão, portanto, é condição por problemas financeiros. Só 20% dos recursos da entidade
necessária, mas não suficiente, para produzir um texto. vêm de contribuições compulsórias dos países-membros – o
restante é formado por doações voluntárias.
Questões A crise econômica mundial se fez sentir também nessa área,
e a organização perdeu quase US$ 1 bilhão de seu orçamento
01. (TJ/RJ – Analista Judiciário – FGV/2014) bianual, hoje de quase US$ 4 bilhões. Para comparação, o CDC
dos EUA contou, somente no ano de 2013, com cerca de US$ 6
Texto 1 – Bem tratada, faz bem bilhões.
Os cortes obrigaram a OMS a fazer escolhas difíceis. A agência
Sérgio Magalhães, O Globo passou a dar mais ênfase à luta contra enfermidades globais
crônicas, como doenças coronárias e diabetes. O departamento
O arquiteto Jaime Lerner cunhou esta frase premonitória: “O de respostas a epidemias e pandemias foi dissolvido e integrado
carro é o cigarro do futuro.” Quem poderia imaginar a reversão a outros. Muitos profissionais experimentados deixaram seus
cultural que se deu no consumo do tabaco? cargos.
Pesa contra o órgão da ONU, de todo modo, a demora para

Língua Portuguesa 82
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APOSTILAS OPÇÃO
reconhecer a gravidade da situação. Seus esforços iniciais foram
limitados e mal liderados.
O surto agora atingiu proporções tais que já não é mais
possível enfrentá-lo de Genebra, cidade suíça sede da OMS.
Tornou-se crucial estabelecer um comando central na África
Ocidental, com representantes dos países afetados.
Espera-se também maior comprometimento das potências
mundiais, sobretudo Estados Unidos, Inglaterra e França,
que possuem antigos laços com Libéria, Serra Leoa e Guiné,
respectivamente.
A comunidade internacional tem diante de si um desafio Um enunciado possível em substituição à fala do terceiro
enorme, mas é ainda maior a necessidade de agir com rapidez. quadrinho, em conformidade com a norma- padrão da língua
Nessa batalha global contra o ebola, todo tempo perdido conta portuguesa, é:
a favor da doença. (A) Se você ir pelos caminhos da verdade, leve um capacete.
(B) Caso você vá pelos caminhos da verdade, lembra-se de
(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ levar um capacete.
opiniao/2014/09/1512104-editorial-corrida-contra-o-ebola. (C) Se você se mantiver nos caminhos da verdade, leve um
shtml: Acesso em: 08/09/2014) capacete.
(D) Caso você se mantém nos caminhos da verdade, lembre
Assinale a opção em que se indica, INCORRETAMENTE, o de levar um capacete.
referente do termo em destaque. (E) Ainda que você se mantêm nos caminhos da verdade,
leva um capacete.
(A) “quase US$ 1 bilhão de seu orçamento bianual” (5º§) –
organização Respostas
(B) “A agência passou a dar mais ênfase” (6º§) – OMS
(C) “Pesa contra o órgão da ONU”(7º§) – OMS 01. (C) - As orações subordinadas desenvolvidas possuem
(D) “Seus esforços iniciais foram limitados” (7º§) – gravidade conjunção e verbos conjugados em modos e tempos verbais.
da situação
(E) “A comunidade tem diante de si” (10º§) – comunidade Na letra “a” o verbo está num tempo diferente da frase.
internacional Na letra “b” o verbo está no infinitivo o que caracteriza como
oração reduzida.
04. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – Na letra “c” a oração apresenta a conjunção “para que” que
VUNESP-2014) exprime finalidade e o verbo está conjugado no tempo correto
da frase.
Leia o texto para responder a questão. Na letra “d” não apresenta conjunção.
As cotas raciais deram certo porque seus beneficiados são, Na letra “e” o verbo está no particípio caracterizando oração
sim, competentes. Merecem, sim, frequentar uma universidade reduzida.
pública e de qualidade. No vestibular, que é o princípio de Portanto, a resposta certa é a letra “c”.
tudo, os cotistas estão só um pouco atrás. Segundo dados do
Sistema de Seleção Unificada, a nota de corte para os candidatos 02. (C) - “A USP acaba de divulgar estudo advertindo que a
convencionais a vagas de medicina nas federais foi de 787,56 poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito”.
pontos. Para os cotistas, foi de 761,67 pontos. A diferença Os verbos acabar e matar contidos na frase estão no
entre eles, portanto, ficou próxima de 3%. IstoÉ entrevistou presente do indicativo. Logo, o verbo advertir ficará no presente
educadores e todos disseram que essa distância é mais do que do indicativo. EX: eu advirto, tu advertes, ele adverte.
razoável. Na verdade, é quase nada. Se em uma disciplina tão
concorrida quanto medicina um coeficiente de apenas 3% 03. (D) - Pesa contra o órgão da ONU, de todo modo, a
separa os privilegiados, que estudaram em colégios privados, demora para reconhecer a gravidade da situação. Seus esforços
dos negros e pobres, que frequentaram escolas públicas, então iniciais foram limitados e mal liderados.
é justo supor que a diferença mínima pode, perfeitamente, ser De quem foram os esforços? Da ONU, pois estes formam
igualada ou superada no decorrer dos cursos. Depende só da limitados e mal liderados.
disposição do aluno. Na Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), uma das mais conceituadas do País, os resultados do 04. (A) - “a nota de corte para os candidatos convencionais
último vestibular surpreenderam. “A maior diferença entre a vagas de medicina nas federais foi de 787,56 pontos. Para os
as notas de ingresso de cotistas e não cotistas foi observada cotistas, foi de 761,67 pontos”
no curso de economia”, diz Ângela Rocha, pró-reitora da UFRJ.
“Mesmo assim, essa distância foi de 11%, o que, estatisticamente, A DIFERENÇA ENTRE ELES é de 3%.
não é significativo”.
(www.istoe.com.br) eles quem ? (os candidatos convencionais e os cotistas) que
estão postos em relação a diferença de NOTA .
Para responder a questão, considere a passagem – A
diferença entre eles, portanto, ficou próxima de 3%. 05. (C)
(A) Se você ir (for) pelos caminhos da verdade, leve um
O pronome eles tem como referente: capacete.
(B) Caso você vá pelos caminhos da verdade, lembra-se
(A) candidatos convencionais e cotistas. (lembre-se) de levar um capacete.
(B) beneficiados. (C) Se você se mantiver nos caminhos da verdade, leve um
(C) dados do Sistema de Seleção Unificada. capacete.
(D) dados do Sistema de Seleção Unificada e pontos. (D) Caso você se mantém (mantenha) nos caminhos da
(E) pontos. verdade, lembre de levar um capacete.
(D) Ainda que você se mantêm (mantenha) nos caminhos
05. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – da verdade, leva (leve) um capacete.
VUNESP-2014)

Leia os quadrinhos para responder a questão.

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APOSTILAS OPÇÃO
Escreve-se com Z e não com S:
Ortografia *os sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adjetivo
macio - maciez / rico - riqueza
*os sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de origem
A ortografia é a parte da língua responsável pela grafia não termine com s)
correta das palavras. Essa grafia baseia-se no padrão culto da final - finalizar / concreto - concretizar
língua. *como consoante de ligação se o radical não terminar com s.
As palavras podem apresentar igualdade total ou parcial no pé + inho - pezinho / café + al - cafezal ≠ lápis + inho -
que se refere a sua grafia e pronúncia, mesmo tendo significados lapisinho
diferentes. Essas palavras são chamadas de homônimas (canto,
do grego, significa ângulo / canto, do latim, significa música O fonema j:
vocal). As palavras homônimas dividem-se em homógrafas, Escreve-se com G e não com J:
quando têm a mesma grafia (gosto, substantivo e gosto, 1ª pessoa *as palavras de origem grega ou árabe
do singular do verbo gostar) e homófonas, quando têm o mesmo tigela, girafa, gesso.
som (paço, palácio ou passo, movimento durante o andar). *estrangeirismo, cuja letra G é originária.
sargento, gim.
Quanto à grafia correta em língua portuguesa, devem-se *as terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com poucas
observar as seguintes regras: exceções)
O fonema s: imagem, vertigem, penugem, bege, foge.
Escreve-se com S e não com C/Ç as palavras substantivadas Observação: Exceção: pajem
derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent. *as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio.
pretender - pretensão / expandir - expansão / ascender - sortilégio, litígio, relógio, refúgio.
ascensão / inverter - inversão / aspergir aspersão / submergir - *os verbos terminados em ger e gir.
submersão / divertir - diversão / impelir - impulsivo / compelir eleger, mugir.
- compulsório / repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer *depois da letra “r” com poucas exceções.
- discurso / sentir - sensível / consentir - consensual emergir, surgir.
*depois da letra “a”, desde que não seja radical terminado
Escreve-se com SS e não com C e Ç os nomes derivados com j.
dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou com ágil, agente.
verbos terminados por tir ou meter
agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão Escreve-se com J e não com G:
/ ceder - cessão / exceder - excesso / percutir - percussão / regredir *as palavras de origem latinas
- regressão / oprimir - opressão / comprometer - compromisso / jeito, majestade, hoje.
submeter - submissão *as palavras de origem árabe, africana ou exótica.
*quando o prefixo termina com vogal que se junta com a alforje, jibóia, manjerona.
palavra iniciada por “s” *as palavras terminada com aje.
Exemplos: a + simétrico - assimétrico / re + surgir - ressurgir aje, ultraje
*no pretérito imperfeito simples do subjuntivo
Exemplos: ficasse, falasse O fonema ch:
Escreve-se com X e não com CH:
Escreve-se com C ou Ç e não com S e SS os vocábulos de *as palavras de origem tupi, africana ou exótica.
origem árabe: abacaxi, muxoxo, xucro.
cetim, açucena, açúcar *as palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J).
*os vocábulos de origem tupi, africana ou exótica xampu, lagartixa.
cipó, Juçara, caçula, cachaça, cacique *depois de ditongo.
*os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu. frouxo, feixe.
barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço, *depois de “en”.
esperança, carapuça, dentuço enxurrada, enxoval
*nomes derivados do verbo ter. Observação: Exceção: quando a palavra de origem não
abster - abstenção / deter - detenção / ater - atenção / reter derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)
- retenção
*após ditongos Escreve-se com CH e não com X:
foice, coice, traição *as palavras de origem estrangeira
*palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r) chave, chumbo, chassi, mochila, espadachim, chope,
marte - marciano / infrator - infração / absorto - absorção sanduíche, salsicha.

O fonema z: As letras e e i:
Escreve-se com S e não com Z: *os ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem. Com “i”,
*os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é substantivo, só o ditongo interno cãibra.
ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos. *os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são
freguês, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa, etc. escritos com “e”: caçoe, tumultue. Escrevemos com “i”, os
*os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose. verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui.
catequese, metamorfose.
*as formas verbais pôr e querer. - atenção para as palavras que mudam de sentido quando
pôs, pus, quisera, quis, quiseste. substituímos a grafia “e” pela grafia “i”: área (superfície), ária
*nomes derivados de verbos com radicais terminados em (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir
“d”. (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de estância, que anda a
aludir - alusão / decidir - decisão / empreender - empresa / pé), pião (brinquedo).
difundir - difusão
*os diminutivos cujos radicais terminam com “s” Fonte: http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/
Luís - Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis - lapisinho ortografia
*após ditongos Questões
coisa, pausa, pouso
*em verbos derivados de nomes cujo radical termina com “s”. 01. (Escrevente TJ SP – Vunesp) Assinale a alternativa que
anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar - pesquisar preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho a

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APOSTILAS OPÇÃO
seguir, de acordo com a norma-padrão. C) Há meses que não a vejo.
Além disso, ___certamente ____entre nós ____do fenômeno da D) A dois meses fomos na casa de sua mãe.
corrupção e das fraudes. E) Há tempos atrás éramos muito felizes.
(A) a … concenso … acerca
(B) há … consenso … acerca 09. Marque a alternativa em que a palavra NÃO está
(C) a … concenso … a cerca corretamente empregada de acordo com sua ortografia.
(D) a … consenso … há cerca A) Serei eu um ____________ colega? (mal)
(E) há … consenço … a cerca B) Sei ____________ você guardou meus presentes. (onde)
C) Os alunos estão de ____________ com o diretor. (mal)
02. (Escrevente TJ SP – Vunesp). Assinale a alternativa D) ____________ vocês estão indo com tanta pressa? (aonde)
cujas palavras se apresentam flexionadas de acordo com a E) Jonas ____________ sempre seus livros sempre encapados.
norma-padrão. (traz)
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento.
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. 10. Assinale a alternativa cuja frase esteja incorreta:
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local. A) Porque essa cara?
(D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos. B) Não vou porque não quero.
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos! C) Mas por quê?
D) Você saiu por quê?
03. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP).
Suponha-se que o cartaz a seguir seja utilizado para informar os Respostas
usuários sobre o festival Sounderground.
1-B / 2-D / 3-C / 4-C / 5-B / 6-D / 7-A / 8-D / 9-A /
Prezado Usuário 10-A
________ de oferecer lazer e cultura aos passageiros do metrô,
________ desta segunda-feira (25/02), ________ 17h30, começa o Comentários
Sounderground, festival internacional que prestigia os músicos 1-) Além disso, há (existe) certamente consenso entre nós
que tocam em estações do metrô. acerca (de + o) (sobre o ) do fenômeno da corrupção e das
Confira o dia e a estação em que os artistas se apresentarão fraudes.
e divirta-se!
2-)
Para que o texto atenda à norma-padrão, devem-se preencher (A) Os tabeliãos devem preparar o documento. = tabeliães
as lacunas, correta e respectivamente, com as expressões (B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. =
A) A fim ...a partir ... as cidadãos
B) A fim ...à partir ... às (C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local. =
C) A fim ...a partir ... às certidões
D) Afim ...a partir ... às (E) Cuidado com os degrais, que são perigosos = degraus
E) Afim ...à partir ... as
3-) Prezado Usuário: A fim de oferecer lazer e cultura aos
04. Assinale a alternativa que não apresenta erro de passageiros do metrô, a partir desta segunda-feira (25/02),
ortografia: às 17h30, começa o Sounderground, festival internacional que
prestigia os músicos que tocam em estações do metrô.
A) Ela interrompeu a reunião derrepente. Confira o dia e a estação em que os artistas se apresentarão
B) O governador poderá ter seu mandato caçado. e divirta-se!
C) Os espectadores aplaudiram o ministro. Afim = afinidade; a partir: sempre separado; antes de horas:
D) Saiu com descrição da sala. há crase

05.Em qual das alternativas a frase está corretamente 4-)


escrita? A) Ela interrompeu a reunião derrepente. =de repente
B) O governador poderá ter seu mandato caçado. = cassado
A) O mindingo não depositou na cardeneta de poupansa. D) Saiu com descrição da sala. = discrição
B) O mendigo não depositou na caderneta de poupança.
C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupanssa. 5-)
D) O mendingo não depozitou na carderneta de poupansa. A) O mindingo não depositou na cardeneta de poupansa.
= mendigo/caderneta/poupança
06. Qual das alternativas abaixo apresenta pelo menos C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupanssa.
uma palavra que deveria ser grafada com S no lugar do X? = mendigo/caderneta/poupança
D) O mendingo não depozitou na carderneta de poupansa.
A) Exumar – Exultar. =mendigo/depositou/caderneta/poupança
B) Exteriorizar – Êxtase.
C) Expectador – Excursão. 6-) Espontâneo – Estrepitar
D) Expontâneo – Extrepitar.
7-)
07. Está separada corretamente: B) Ra-dio-gra-far = Ra - di - o - gra - far
C) Tin-ho-rão. = ti - nho - rão
A) Sus-sur-rar. D) So-bre-ssa-len-te. = so - bres - sa - len - te
B) Ra-dio-gra-far. E) Li-gni-ta. = lig - ni - ta
C) Tin-ho-rão.
D) So-bre-ssa-len-te. 8-) Há dois meses fomos na casa de sua mãe. (= há no
E) Li-gni-ta. sentido de tempo passado)

08. Assinale a alternativa incorreta quanto ao uso de “a” e 9-) Serei eu um mau colega? (mal) - mau=adjetivo
“há”:
10-) Por que essa cara? = é uma pergunta e o pronome está
A) Daqui a dois meses iremos à Europa. longe do ponto de interrogação.
B) Isto foi há muito tempo.

Língua Portuguesa 85
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APOSTILAS OPÇÃO
til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais
nasais.
Acentuação gráfica Ex.: coração – melão – órgão – ímã

Regras fundamentais:

A acentuação é um dos requisitos que perfazem as regras Palavras oxítonas:


estabelecidas pela Gramática Normativa. Esta se compõe de Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”, “o”,
algumas particularidades, às quais devemos estar atentos, “em”, seguidas ou não do plural(s):
procurando estabelecer uma relação de familiaridade e, Pará – café(s) – cipó(s) – armazém(s)
consequentemente, colocando-as em prática na linguagem
escrita. Essa regra também é aplicada aos seguintes casos:

À medida que desenvolvemos o hábito da leitura e a Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, seguidos
prática de redigir, automaticamente aprimoramos essas ou não de “s”.
competências, e tão logo nos adequamos à forma padrão. Ex.: pá – pé – dó – há

Regras básicas – Acentuação tônica Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, seguidas
de lo, la, los, las.
A acentuação tônica implica na intensidade com que são respeitá-lo – percebê-lo – compô-lo
pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela que se dá de
forma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. As Paroxítonas:
demais, como são pronunciadas com menos intensidade, são Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em:
denominadas de átonas. - i, is
táxi – lápis – júri
De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas - us, um, uns
como: vírus – álbuns – fórum
- l, n, r, x, ps
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps
última sílaba. - ã, ãs, ão, ãos
Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel ímã – ímãs – órfão – órgãos

Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica se - Dica: Memorize a palavra LINURXÃO. Para quê? Repare que
evidencia na penúltima sílaba. essa palavra apresenta as terminações das paroxítonas que são
Ex.: útil – tórax – táxi – leque – retrato – passível acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM =fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim
ficará mais fácil a memorização!
Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica se
evidencia na antepenúltima sílaba. -ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de “s”.
Ex.: lâmpada – câmara – tímpano – médico – ônibus
água – pônei – mágoa – jóquei
Como podemos observar, mediante todos os exemplos
mencionados, os vocábulos possuem mais de uma sílaba, mas Regras especiais:
em nossa língua existem aqueles com uma sílaba somente:
são os chamados monossílabos, que, quando pronunciados, Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” ( ditongos abertos),
apresentam certa diferenciação quanto à intensidade. que antes eram acentuados, perderam o acento de acordo com
Tal diferenciação só é percebida quando os pronunciamos a nova regra, mas desde que estejam em palavras paroxítonas.
em uma dada sequência de palavras. Assim como podemos
observar no exemplo a seguir: Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma
“Sei que não vai dar em nada, palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são
Seus segredos sei de cor”. acentuados. Ex.:
Antes Agora
Os monossílabos em destaque classificam-se como tônicos;
assembléia assembleia
os demais, como átonos (que, em, de).
idéia ideia
geléia geleia
Os acentos
jibóia jiboia
apóia (verbo apoiar) apoia
acento agudo (´) – Colocado sobre as letras “a”, “i”, “u” e
paranóico paranoico
sobre o “e” do grupo “em” - indica que estas letras representam
as vogais tônicas de palavras como Amapá, caí, público, parabéns.
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acompanhados
Sobre as letras “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre aberto.
ou não de “s”, haverá acento:
Ex.: herói – médico – céu (ditongos abertos)
Ex.: saída – faísca – baú – país – Luís
acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e” e
Observação importante:
“o” indica, além da tonicidade, timbre fechado:
Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando hiato
Ex.: tâmara – Atlântico – pêssego – supôs
quando vierem depois de ditongo: Ex.:
acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com
Antes Agora
artigos e pronomes.
bocaiúva bocaiuva
Ex.: à – às – àquelas – àqueles
feiúra feiura
Sauípe Sauipe
trema (¨) – De acordo com a nova regra, foi totalmente
abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado em palavras
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi
derivadas de nomes próprios estrangeiros.
abolido. Ex.:
Ex.: mülleriano (de Müller)

Língua Portuguesa 86
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APOSTILAS OPÇÃO
Antes Agora nos outros casos, “por” preposição. Ex:
crêem creem
lêem leem Faço isso por você.
vôo voo Posso pôr (colocar) meus livros aqui?
enjôo enjoo
Questões
- Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos que,
no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais acento 01. “Cadáver” é paroxítona, pois:
como antes: CRER, DAR, LER e VER. A) Tem a última sílaba como tônica.
B) Tem a penúltima sílaba como tônica.
Repare: C) Tem a antepenúltima sílaba como tônica.
1-) O menino crê em você D) Não tem sílaba tônica.
Os meninos creem em você.
2-) Elza lê bem! 02. Assinale a alternativa correta.
Todas leem bem! A palavra faliu contém um:
3-) Espero que ele dê o recado à sala. A) hiato
Esperamos que os dados deem efeito! B) dígrafo
4-) Rubens vê tudo! C) ditongo decrescente
Eles veem tudo! D) ditongo crescente

- Cuidado! Há o verbo vir: 03. Em “O resultado da experiência foi, literalmente,


Ele vem à tarde! aterrador.” a palavra destacada encontra-se acentuada pelo
Eles vêm à tarde! mesmo motivo que:
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quando A) túnel
seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z: B) voluntário
C) até
Ra-ul, ru-im, con-tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz D) insólito
E) rótulos
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estiverem
seguidas do dígrafo nh: 04. Assinale a alternativa correta.
ra-i-nha, ven-to-i-nha. A) “Contrário” e “prévias” são acentuadas por serem
paroxítonas terminadas em ditongo.
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem B) Em “interruptor” e “testaria” temos, respectivamente,
precedidas de vogal idêntica: encontro consonantal e hiato.
xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba C) Em “erros derivam do mesmo recurso mental” as palavras
grifadas são paroxítonas.
As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, com D) Nas palavras “seguida”, “aquele” e “quando” as partes
“u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i” não destacadas são dígrafos.
serão mais acentuadas. Ex.: E) A divisão silábica está correta em “co-gni-ti-va”, “p-si-có-
lo-ga” e “a-ci-o-na”.
Antes Depois
apazigúe (apaziguar) apazigue 05. Todas as palavras abaixo são hiatos, EXCETO:
averigúe (averiguar) averigue A) saúde
argúi (arguir) argui B) cooperar
C) ruim
Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa do D) creem
plural de: E) pouco

ele tem – eles têm 06. “O episódio aconteceu em plena via pública de Assis.
ele vem – eles vêm (verbo vir) Dez mulheres começaram a cantar músicas pela paz mundial.
A partir daquele momento outras pessoas que passavam por
A regra prevalece também para os verbos conter, obter, reter, ali decidiram integrar ao grupo. Rapidamente, uma multidão
deter, abster. aderiu à ideia. Assim começou a formação do maior coral
ele contém – eles contêm popular de Assis”. O vocábulo sublinhado tem sua acentuação
ele obtém – eles obtêm gráfica justificada pelo mesmo motivo das palavras:
ele retém – eles retêm A) eminência, ímpio, vácuo, espécie, sério
ele convém – eles convêm B) aluá, cárie, pátio, aéreo, ínvio
C) chinês, varíola, rubéola, período, prêmio
Não se acentuam mais as palavras homógrafas que antes D) sábio, sábia, sabiá, curió, sério
eram acentuadas para diferenciá-las de outras semelhantes
(regra do acento diferencial). Apenas em algumas exceções, 07. Assinale a opção CORRETA em que todas as palavras
como: estão acentuadas na mesma posição silábica.
A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do A) Nazaré - além - até - está - também.
pretérito perfeito do modo indicativo) ainda continua B) Água - início - além - oásis - religião.
sendo acentuada para diferenciar-se de pode (terceira C) Município - início - água - século - oásis
pessoa do singular do presente do indicativo). Ex: D) Século - símbolo - água - histórias - missionário
E) Missionário - símbolo - histórias - século – município
Ela pode fazer isso agora.
Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou... 08. Considerando as palavras: também / revólver /
lâmpada / lápis. Assinale a única alternativa cuja justificativa
O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da de acentuação gráfica não se refere a uma delas:
preposição por. A) palavra paroxítona terminada em - is
B) palavra proparoxítona terminada em - em
- Quando, na frase, der para substituir o “por” por “colocar”, C) palavra paroxítona terminada em - r
então estaremos trabalhando com um verbo, portanto: “pôr”; D) palavra proparoxítona - todas devem ser acentuadas

Língua Portuguesa 87
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APOSTILAS OPÇÃO
09. Assinale a alternativa incorreta: d-) ok
A) Os vocábulos sábio, régua e decência são paroxítonos
terminadas em ditongos crescentes. 9-) As alternativas A, B e C contêm afirmativas corretas. Na
B) O vocábulo armazém é acentuado por ser um oxítono D, há erro, pois véu é monossílabo acentuado por terminar em
terminado em em. ditongo aberto.
C) Os vocábulos baú e cafeína são hiatos.
D) O vocábulo véu é acentuado por ser um oxítono terminado 10-) Qui – lo – Quanto ao fonema, não ouço o som do U : /
em u. kilo/. Duas letras, um fonema: dígrafo

10. Em quilo, há:


A) Ditongo aberto;
B) Tritongo;
Emprego do sinal indicativo
C) Hiato;
de crase
D) Dígrafo;
E) Ditongo fechado.
A palavra crase é de origem grega e significa «fusão»,
Respostas «mistura». Na língua portuguesa, é o nome que se dá à «junção»
de duas vogais idênticas. É de grande importância a crase da
1-B / 2-C / 3-B / 4-A / 5-E / 6-A / 7-A / 8-B / 9-D / 10-D preposição “a” com o artigo feminino “a” (s), com o “a” inicial dos
pronomes aquele(s), aquela (s), aquilo e com o “a” do relativo a
Comentários qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para
indicar a crase. O uso apropriado do acento grave depende da
1-) Separando as sílabas: Ca – dá – ver: a penúltima sílaba compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental também,
é a tônica (mais forte; nesse caso, acentuada). Penúltima sílaba para o entendimento da crase, dominar a regência dos verbos
tônica = paroxítona e nomes que exigem a preposição “a”. Aprender a usar a
crase, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência
2-) fa - liu - temos aqui duas vogais na mesma sílaba, simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome.
portanto: ditongo. É decrescente porque apresenta uma Observe:
semivogal e uma vogal. Na classificação, ambas são semivogais,
mas quando juntas, a que “aparecer” mais na pronúncia será Vou a + a igreja.
considerada “vogal”. Vou à igreja.

3-) ex – pe - ri – ên - cia : paroxítona terminada em ditongo No exemplo acima, temos a ocorrência da


crescente (semivogal + vogal) preposição “a”, exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a
a-) Tú –nel: paroxítona terminada em L ocorrência do artigo “a” que está determinando o substantivo
b-) vo – lun - tá – rio : paroxítona terminada em ditongo feminino igreja. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e
crescente elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave. Observe
c-) A - té – oxítona os outros exemplos:
d-) in – só – li – to : proparoxítona
e-) ró – tu los – proparoxítona Conheço a aluna.
Refiro-me à aluna.
4-)
No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer
a-) correta
algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase não pode
b-) inteRRuptor: não é encontro consonantal, mas sim
ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto
DÍGRAFO
(referir-se a algo ou a alguém) e exige a preposição “a”.
c-) todas são, exceto MENTAL, que é oxítona
Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja
d-) são dígrafos, exceto QUANDO, que “ouço” o som do U,
feminino e admita o artigo feminino “a” ou um dos pronomes já
portanto não é caso de dígrafo
especificados.
e-) cog – ni - ti – va / psi – có- lo- ga
Veja os principais casos em que a crase NÃO ocorre:
5-) sa - ú - de / co - o - pe – rar / ru – im / crê - em 1-) diante de substantivos masculinos:
/ pou - co (ditongo) Andamos a cavalo.
Fomos a pé.
6-) e - pi - só - dio - paroxítona terminada em ditongo Passou a camisa a ferro.
Fazer o exercício a lápis.
a-) ok Compramos os móveis a prazo.
b-) a – lu –á :oxítona, então descarte esse item
c-) chi – nês : oxítona, idem 2-) diante de verbos no infinitivo:
d-) sa – bi – á : idem A criança começou a falar.
Ela não tem nada a dizer.
7-)
a-) oxítona – TODAS Obs.: como os verbos não admitem artigos, o “a” dos
b-) paroxítona – paroxítona – oxítona – paroxítona – não exemplos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá crase.
acentuada
c-) paroxítona – idem – idem – proparoxítona – paroxítona 3-) diante da maioria dos pronomes e das expressões de
d-) proparoxítona – idem – paroxítona – idem – idem tratamento, com exceção das formas senhora, senhorita e dona:
e-) paroxítona – proparoxítona – paroxítona – proparoxítona Diga a ela que não estarei em casa amanhã.
– paroxítona Entreguei a todos os documentos necessários.
Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem.
8-) tam – bém: oxítona / re – vól – ver: paroxítona / lâm – pa Peço a Vossa Senhoria que aguarde alguns minutos.
– da: proparoxítona / lá – pis :paroxítona
a-) é a regra do LÁPIS Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes
b-) todas as proparoxítonas são acentuadas, independente podem ser identificados pelo método: troque a palavra feminina
de sua terminação por uma masculina, caso na nova construção surgir a forma ao,
c-) regra para REVÓLVER ocorrerá crase. Por exemplo:

Língua Portuguesa 88
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APOSTILAS OPÇÃO
Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me ao mesmo indivíduo.) mesmo que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE”
Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao senhor.) Irei à Salvador de Jorge Amado.
Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao próprio
Cláudio para sair mais cedo.) Crase diante dos Pronomes Demonstrativos Aquele (s),
Aquela (s), Aquilo
4-) diante de numerais cardinais:
Chegou a duzentos o número de feridos Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo
Daqui a uma semana começa o campeonato. regente exigir a preposição “a”. Por exemplo:
Refiro-me a + aquele atentado.
Casos em que a crase SEMPRE ocorre:
Preposição Pronome
1-) diante de palavras femininas:
Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega. Refiro-me àquele atentado.
Sempre vamos à praia no verão.
Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores. O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo
Sou grata à população. indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige preposição,
Fumar é prejudicial à saúde. portanto, ocorre a crase. Observe este outro exemplo:
Este aparelho é posterior à invenção do telefone.
Aluguei aquela casa.
2-) diante da palavra “moda”, com o sentido de “à moda de”
(mesmo que a expressão moda de fique subentendida): O verbo “alugar” é transitivo direto (alugar algo) e não exige
O jogador fez um gol à (moda de) Pelé. preposição. Logo, a crase não ocorre nesse caso.
Usava sapatos à (moda de) Luís XV. Veja outros exemplos:
Estava com vontade de comer frango à (moda de) passarinho. Dediquei àquela senhora todo o meu trabalho.
O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro. Quero agradecer àqueles que me socorreram.
Refiro-me àquilo que aconteceu com seu pai.
3-) na indicação de horas: Não obedecerei àquele sujeito.
Acordei às sete horas da manhã. Assisti àquele filme três vezes.
Elas chegaram às dez horas. Espero aquele rapaz.
Foram dormir à meia-noite. Fiz aquilo que você disse.
Comprei aquela caneta.
4-) em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de
que participam palavras femininas. Por exemplo: Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais
A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e as
à tarde às ocultas às pressas à medida que
quais depende do verbo. Se o verbo que rege esses pronomes
à noite às claras às escondidas à força exigir a preposição «a», haverá crase. É possível detectar a
ocorrência da crase nesses casos utilizando a substituição do
à vontade à beça à larga à escuta
termo regido feminino por um termo regido masculino.
às avessas à revelia à exceção de à imitação de Por exemplo:
A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade.
à esquerda às turras às vezes à chave
O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade
à direita à procura à deriva à toa
Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a
à proporção
à luz à sombra de à frente de crase.
que
Veja outros exemplos:
à São normas às quais todos os alunos devem obedecer.
semelhança às ordens à beira de Esta foi a conclusão à qual ele chegou.
de Várias alunas às quais ele fez perguntas não souberam
responder nenhuma das questões.
Crase diante de Nomes de Lugar A sessão à qual assisti estava vazia.

Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do Crase com o Pronome Demonstrativo “a”
artigo “a”. Outros, entretanto, admitem o artigo, de modo que A ocorrência da crase com o pronome
diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a demonstrativo “a” também pode ser detectada através da
preposição “a”. Para saber se um nome de lugar admite ou não substituição do termo regente feminino por um termo regido
a anteposição do artigo feminino “a”, deve-se substituir o termo masculino.
regente por um verbo que peça a preposição “de” ou “em”. A Veja:
ocorrência da contração “da” ou “na” prova que esse nome de Minha revolta é ligada à do meu país.
lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase. Meu luto é ligado ao do meu país.
Por exemplo: As orações são semelhantes às de antes.
Vou à França. (Vim da [de+a] França. Estou na [em+a] Os exemplos são semelhantes aos de antes.
França.) Suas perguntas são superiores às dele.
Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.) Seus argumentos são superiores aos dele.
Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália) Sua blusa é idêntica à de minha colega.
Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Porto Seu casaco é idêntico ao de minha colega.
Alegre.)
A Palavra Distância
- Minha dica: use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou A Se a palavra distância estiver especificada, determinada, a
volto DE, crase PRA QUÊ?” crase deve ocorrer.
Ex: Vou a Campinas. = Volto de Campinas. Por exemplo:
Vou à praia. = Volto da praia. Sua casa fica à distância de 100 Km daqui. (A palavra está
determinada)
- ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado, Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco. (A
ocorrerá crase. Veja: palavra está especificada.)
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. =

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APOSTILAS OPÇÃO
Se a palavra distância não estiver especificada, a (D) à … à … à … à
crase não pode ocorrer. (E) a … a … a … a
Por exemplo:
Os militares ficaram a distância. 02. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013).Leia
Gostava de fotografar a distância. o texto a seguir.
Ensinou a distância. Foi por esse tempo que Rita, desconfiada e medrosa, correu
Dizem que aquele médico cura a distância. ______ cartomante para consultá-la sobre a verdadeira causa do
Reconheci o menino a distância. procedimento de Camilo. Vimos que ______ cartomante restituiu-
lhe ______ confiança, e que o rapaz repreendeu-a por ter feito o
Observação: por motivo de clareza, para evitar ambiguidade, que fez.
pode-se usar a crase.
Veja: (Machado de Assis. A cartomante. In: Várias histórias. Rio
Gostava de fotografar à distância. de Janeiro: Globo, 1997, p. 6)
Ensinou à distância.
Dizem que aquele médico cura à distância. Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na
ordem dada:
Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA A) à – a – a
1-) diante de nomes próprios femininos: B) a – a – à
Observação: é facultativo o uso da crase diante de nomes C) à – a – à
próprios femininos porque é facultativo o uso do artigo. Observe: D) à – à – a
Paula é muito bonita. Laura é minha amiga. E) a – à – à
A Paula é muito bonita. A Laura é minha amiga.
03 “Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ problemas já
Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo expostos ___ V. Sª ___ alguns dias”.
feminino diante de nomes próprios femininos, então podemos a) à - àqueles - a - há
escrever as frases abaixo das seguintes formas: b) a - àqueles - a - há
c) a - aqueles - à - a
Entreguei o cartão a Paula. Entreguei o cartão a d) à - àqueles - a - a
Roberto. e) a - aqueles - à - há
Entreguei o cartão à Paula. Entreguei o cartão ao
Roberto. 04.(Agente Técnico – FCC – 2013). Leia o texto a seguir.

2-) diante de pronome possessivo feminino: Comunicação


Observação: é facultativo o uso da crase diante de
pronomes possessivos femininos porque é facultativo o uso do O público ledor (existe mesmo!) é sensorial: quer ter um autor
artigo. Observe: ao vivo, em carne e osso. Quando este morre, há uma queda de
Minha avó tem setenta anos. Minha irmã está popularidade em termos de venda. Ou, quando teatrólogo, em
esperando por você. termos de espetáculo. Um exemplo: G. B. Shaw. E, entre nós, o
A minha avó tem setenta anos. A minha irmã está suave fantasma de Cecília Meireles recém está se materializando,
esperando por você. tantos anos depois.
Isto apenas vem provar que a leitura é um remédio para
Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de a solidão em que vive cada um de nós neste formigueiro. Claro
pronomes possessivos femininos, então podemos escrever as que não me estou referindo a essa vulgar comunicação festiva e
frases abaixo das seguintes formas: efervescente.
Porque o autor escreve, antes de tudo, para expressar-se. Sua
Cedi o lugar a minha avó. Cedi o lugar a meu avô. comunicação com o leitor decorre unicamente daí. Por afinidades.
Cedi o lugar à minha avó. Cedi o lugar ao meu avô. É como, na vida, se faz um amigo.
E o sonho do escritor, do poeta, é individualizar cada
3-) depois da preposição até: formiga num formigueiro, cada ovelha num rebanho − para que
Fui até a praia. ou Fui até à praia. sejamos humanos e não uma infinidade de xerox infinitamente
Acompanhe-o até a porta. o u reproduzidos uns dos outros.
Acompanhe-o até à porta. Mas acontece que há também autores xerox, que nos invadem
A palestra vai até as cinco horas da tarde. ou A com aqueles seus best-sellers...
palestra vai até às cinco horas da tarde. Será tudo isto uma causa ou um efeito?
Tristes interrogações para se fazerem num mundo que já foi
Questões civilizado.

01.( Escrevente TJ SP – Vunesp/2012) No Brasil, as (Mário Quintana. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova
discussões sobre drogas parecem limitar-se ______aspectos Aguilar, 1. ed., 2005. p. 654)
jurídicos ou policiais. É como se suas únicas consequências
estivessem em legalismos, tecnicalidades e estatísticas criminais. Claro que não me estou referindo a essa vulgar comunicação
Raro ler ____respeito envolvendo questões de saúde pública festiva e efervescente.
como programas de esclarecimento e prevenção, de tratamento O vocábulo a deverá receber o sinal indicativo de crase se o
para dependentes e de reintegração desses____ vida. Quantos de segmento grifado for substituído por:
nós sabemos o nome de um médico ou clínica ____quem tentar A) leitura apressada e sem profundidade.
encaminhar um drogado da nossa própria família? B) cada um de nós neste formigueiro.
C) exemplo de obras publicadas recentemente.
(Ruy Castro, Da nossa própria família. Folha de S.Paulo, D) uma comunicação festiva e virtual.
17.09.2012. Adaptado) E) respeito de autores reconhecidos pelo público.

As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e 05. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária –
respectivamente, com: VUNESP – 2013). O Instituto Nacional de Administração
(A) aos … à … a … a Prisional (INAP) também desenvolve atividades lúdicas de
(B) aos … a … à … a apoio______ ressocialização do indivíduo preso, com o objetivo de
(C) a … a … à … à prepará-lo para o retorno______ sociedade. Dessa forma, quando

Língua Portuguesa 90
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APOSTILAS OPÇÃO
em liberdade, ele estará capacitado______ ter uma profissão e
uma vida digna.

(Disponível em:
www.metropolitana.com.br/blog/qual_e_a_importancia_da_
ressocializacao_de_presos. Acesso em: 18.08.2012. Adaptado)

Assinale a alternativa que preenche, correta e


respectivamente, as lacunas do texto, de acordo com a norma-
padrão da língua portuguesa.

A) à … à … à
B) a … a … à
C) a … à … à
D) à … à ... a
E) a … à … a

06. O Ministro informou que iria resistir _____ pressões


contrárias _____ modificações relativas _____ aquisição da casa
própria.

a) às - àquelas _ à
b) as - aquelas - a As lacunas da tirinha devem ser preenchidas, correta e
c) às àquelas - a respectivamente, com:
d) às - aquelas - à A) à ...a ... à ... à
e) as - àquelas - à B) a ...à ... à ... a
C) a ...a ... à ... a
07. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – D) a ...à ... a ... a
VUNESP – 2013-adap) E) a ...a ... à ... à
O acento indicativo de crase está corretamente empregado
em: Respostas
A) Tendências agressivas começam à ser relacionadas com 1-B / 2-A / 3-B / 4-A / 5-D / 6-A / 7-E / 8-B / 9-D / 10-C
as dificuldades para lidar com as frustrações de seus desejos.
B) A agressividade impulsiva deve-se à perturbações nos Comentários
mecanismos biológicos de controle emocional.
C) A violência urbana é comparada à uma enfermidade. 1-)
D) Condições de risco aliadas à exemplo de impunidade limitar-se _aos _aspectos jurídicos ou policiais.
alimentam a violência crescente nas cidades. Raro ler __a__respeito (antes de palavra masculina não
E) Um ambiente desfavorável à formação da personalidade há crase)
atinge os mais vulneráveis. de reintegração desses_à_ vida. (reintegrar a + a vida = à)
o nome de um médico ou clínica __a_quem tentar encaminhar
08. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013). um drogado da nossa própria família? ( antes de pronome
O sinal indicativo de crase está correto em: indefinido/relativo)
A) Este cientista tem se dedicado à uma pesquisa na área de 2-) correu _à (= para a ) cartomante para consultá-la sobre
biotecnologia. a verdadeira causa do procedimento de Camilo. Vimos que _a__
B) Os pais não podem ser omissos e devem se dedicar à cartomante (objeto direto)restituiu-lhe ___a___ confiança (objeto
educação dos filhos. direto), e que o rapaz repreendeu-a por ter feito o que fez.
C) Nossa síndica dedica-se integralmente à conservar as
instalações do prédio. 3-) “Nesta oportunidade, volto _a_ referir-me àqueles__
D) O bombeiro deve dedicar sua atenção à qualquer detalhe problemas já expostos a _ V. Sª _há_ alguns dias”.
que envolva a segurança das pessoas. - a referir = antes de verbo no infinito não há crase;
E) É função da política é dedicar-se à todo problema que - quem faz referência, faz referência A algo ou A alguém ( a
comprometa o bem-estar do cidadão. regência do verbo pede preposição)
- antes de pronome de tratamento não há crase (exceção à
09. (Agente Educacional – VUNESP – 2013). Assinale senhora, que admite artigo);
a alternativa em que a sequência da frase a seguir traz o uso - há no sentido de tempo passado.
correto do acento indicativo de crase, de acordo com a norma-
padrão da língua portuguesa. 4-) Claro que não me estou referindo à leitura apressada e
sem profundidade.
Um bom conhecimento de matemática é indispensável a cada um de nós neste formigueiro. (antes de pronome
A) à todo e qualquer estudante. indefinido)
B) à estudantes de nível superior. a exemplo de obras publicadas recentemente. (palavra
C) à quem pretende carreiras no campo de exatas. masculina)
D) à construção do saber nas mais diversas áreas. a uma comunicação festiva e virtual. (artigo indefinido)
E) à uma boa formação profissional. a respeito de autores reconhecidos pelo público. (palavra
masculina)
10. (Agente Técnico de Assistência à Saúde – VUNESP –
2013). Leia a tirinha para responder à questão. 5-) O Instituto Nacional de Administração Prisional
(INAP) também desenvolve atividades lúdicas de apoio___à__
ressocialização do indivíduo preso, com o objetivo de prepará-
lo para o retorno___à__ sociedade. Dessa forma, quando em
liberdade, ele estará capacitado__a___ ter uma profissão e uma

Língua Portuguesa 91
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APOSTILAS OPÇÃO
vida digna.
- Apoio a ? Regência nominal pede preposição; - Acordei. Olhei em volta. Não reconheci onde estava.
- retorno a? regência nominal pede preposição;
- antes de verbo no infinitivo não há crase. 2- Usa-se nas abreviações - V. Exª. - Sr.
6-) O Ministro informou que iria resistir _às__ pressões
Ponto e Vírgula ( ; )
contrárias àquelas_ modificações relativas __à_ aquisição da casa
própria. 1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma
- resistir a? regência verbal pede preposição; importância.
- contrária a? regência nominal pede preposição; - “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo pão
- relativas a? regência nominal pede preposição. a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; os de
nenhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA)
7-)
A) Tendências agressivas começam à ser relacionadas com 2- Separa partes de frases que já estão separadas por
as dificuldades para lidar com as frustrações de seus desejos. vírgulas.
(antes de verbo no infinitivo não há crase) - Alguns quiseram verão, praia e calor; outros montanhas, frio
B) A agressividade impulsiva deve-se à perturbações nos
e cobertor.
mecanismos biológicos de controle emocional. (se o “a” está no
singular e antecede palavra no plural, não há crase)
C) A violência urbana é comparada à uma enfermidade. 3- Separa itens de uma enumeração, exposição de motivos,
(artigo indefinido) decreto de lei, etc.
D) Condições de risco aliadas à exemplo de impunidade - Ir ao supermercado;
alimentam a violência crescente nas cidades. (palavra masculina) - Pegar as crianças na escola;
E) Um ambiente desfavorável à formação da personalidade - Caminhada na praia;
atinge os mais vulneráveis. = correta (regência nominal: - Reunião com amigos.
desfavorável a?)
Dois pontos
8-)
1- Antes de uma citação
A) Este cientista tem se dedicado à uma pesquisa na área de
biotecnologia. (artigo indefinido) - Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:
B) Os pais não podem ser omissos e devem se dedicar à
educação dos filhos. = correta (regência verbal: dedicar a ) 2- Antes de um aposto
C) Nossa síndica dedica-se integralmente à conservar as - Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à tarde
instalações do prédio. (verbo no infinitivo) e calor à noite.
D) O bombeiro deve dedicar sua atenção à qualquer detalhe
que envolva a segurança das pessoas. (pronome indefinido) 3- Antes de uma explicação ou esclarecimento
E) É função da política é dedicar-se à todo problema que - Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo a
comprometa o bem-estar do cidadão. (pronome indefinido) rotina de sempre.
9-)
Um bom conhecimento de matemática é indispensável à 4- Em frases de estilo direto
construção do saber nas mais diversas áreas. Maria perguntou:
A) à todo e qualquer estudante. (pronome indefinido) - Por que você não toma uma decisão?
B) à estudantes de nível superior. (“a” no singular antes de
palavra no plural) Ponto de Exclamação
C) à quem pretende carreiras no campo de exatas. (pronome 1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, susto,
indefinido/relativo) súplica, etc.
E) à uma boa formação profissional. (artigo indefinido) - Sim! Claro que eu quero me casar com você!
10-)
2- Depois de interjeições ou vocativos
- a alguns anos - Pronome indefinido
- começar a ir - verbo no infinitivo - Ai! Que susto!
- ir à escola - ir a algum lugar – regência verbal pede - João! Há quanto tempo!
preposição
- aprender a ler - verbo no infinitivo Ponto de Interrogação
Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.
“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Azevedo)
Reticências
Pontuação 1- Indica que palavras foram suprimidas.
- Comprei lápis, canetas, cadernos...

2- Indica interrupção violenta da frase.


Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem
“- Não... quero dizer... é verdad... Ah!”
para compor a coesão e a coerência textual além de ressaltar
especificidades semânticas e pragmáticas. Vejamos as principais
3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida
funções dos sinais de pontuação conhecidos pelo uso da língua
- Este mal... pega doutor?
portuguesa.
4- Indica que o sentido vai além do que foi dito
Ponto
- Deixa, depois, o coração falar...
1- Indica o término do discurso ou de parte dele.
- Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em que
Vírgula
se encontra.
Não se usa vírgula
- Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite.
*separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-se

Língua Portuguesa 92
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APOSTILAS OPÇÃO
diretamente entre si: ajudar a revelar quem era a sua dona.
(D) Diante da testemunha, o homem, abriu a bolsa e, embora
a) entre sujeito e predicado. experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou
Todos os alunos da sala    foram advertidos. a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo que pudesse
Sujeito                            predicado ajudar a revelar quem era a sua dona.
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora,
b) entre o verbo e seus objetos. experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou
O trabalho custou            sacrifício             aos realizadores. a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo que pudesse
             V.T.D.I.              O.D.                      O.I. ajudar a revelar quem era a sua dona.

c) entre nome e complemento nominal; entre nome e adjunto 02. Assinale a opção em que está corretamente indicada a
adnominal. ordem dos sinais de pontuação que devem preencher as lacunas
A surpreendente reação do governo contra os sonegadores da frase abaixo:
despertou reações entre os empresários. “Quando se trata de trabalho científico ___ duas coisas devem
adj. adnominal nome adj. adn. complemento nominal ser consideradas ____ uma é a contribuição teórica que o trabalho
oferece ___ a outra é o valor prático que possa ter.
Usa-se a vírgula: A) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula
B) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula;
- Para marcar intercalação: C) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abundância, D) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
vem caindo de preço. E) ponto e vírgula, vírgula, vírgula.
b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão
produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos. 03. (Agente de Apoio Administrativo – FCC). Os sinais de
c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias pontuação estão empregados corretamente em:
não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir A) Duas explicações, do treinamento para consultores
mão dos lucros altos. iniciantes receberam destaque, o conceito de PPD e a construção
de tabelas Price; mas por outro lado, faltou falar das metas de
- Para marcar inversão: vendas associadas aos dois temas.
a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração): B) Duas explicações do treinamento para consultores
Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas. iniciantes receberam destaque: o conceito de PPD e a construção
b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos de tabelas Price; mas, por outro lado, faltou falar das metas de
pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma. vendas associadas aos dois temas.
c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio C) Duas explicações do treinamento para consultores
de 1982. iniciantes receberam destaque; o conceito de PPD e a construção
de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar das metas de
- Para separar entre si elementos coordenados (dispostos vendas associadas aos dois temas.
em enumeração): D) Duas explicações do treinamento para consultores
Era um garoto de 15 anos, alto, magro. iniciantes, receberam destaque: o conceito de PPD e a construção
A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais. de tabelas Price, mas, por outro lado, faltou falar das metas de
vendas associadas aos dois temas.
- Para marcar elipse (omissão) do verbo: E) Duas explicações, do treinamento para consultores
Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco. iniciantes, receberam destaque; o conceito de PPD e a construção
de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar das metas, de
- Para isolar: vendas associadas aos dois temas.

- o aposto: 04.(Escrevente TJ SP – Vunesp). Assinale a alternativa em


São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui um que o período, adaptado da revista Pesquisa Fapesp de junho de
trânsito caótico. 2012, está correto quanto à regência nominal e à pontuação.
(A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapidamente,
- o vocativo: seu espaço na carreira científica ainda que o avanço seja mais
Ora, Thiago, não diga bobagem. notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, do que em
outros.
Questões (B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam rapidamente
seu espaço na carreira científica; ainda que o avanço seja mais
01. (Agente Policial – Vunesp). Assinale a alternativa em notável, em alguns países, o Brasil é um exemplo!, do que em
que a pontuação está corretamente empregada, de acordo com a outros.
norma-padrão da língua portuguesa. (C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam rapidamente
(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora, seu espaço, na carreira científica, ainda que o avanço seja mais
experimentasse, a sensação de violar uma intimidade, procurou notável, em alguns países: o Brasil é um exemplo, do que em
a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse outros.
ajudar a revelar quem era a sua dona. (D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapidamente
(B) Diante, da testemunha o homem abriu a bolsa e, embora seu espaço na carreira científica, ainda que o avanço seja mais
experimentasse a sensação, de violar uma intimidade, procurou notável em alguns países – o Brasil é um exemplo – do que em
a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse outros.
ajudar a revelar quem era a sua dona. (E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente,
(C) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais
experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em
a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse outros.

Língua Portuguesa 93
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APOSTILAS OPÇÃO
05. (Papiloscopista Policial – Vunesp). Assinale a 10. (Agente de Apoio Operacional – VUNESP – 2013).
alternativa em que a frase mantém-se correta após o acréscimo Assinale a alternativa em que a pontuação está de acordo com a
das vírgulas. norma culta da língua.
(A) Se a criança se perder, quem encontrá-la, verá na pulseira A) Atualmente, não se pode, fabricar apenas um produto.
instruções para que envie, uma mensagem eletrônica ao grupo B) Os índices de produção devem, acompanhar, o mercado.
ou acione o código na internet. C) A responsabilidade, socioambiental, é de extrema
(B) Um geolocalizador também, avisará, os pais de onde o importância.
código foi acionado. D) Acreditar, no consumo, consciente é necessário.
(C) Assim que o código é digitado, familiares cadastrados, E) O marketing, como se sabe, induz ao consumo
recebem automaticamente, uma mensagem dizendo que a desnecessário.
criança foi encontrada.
(D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha, chega primeiro Resposta
às, areias do Guarujá.
(E) O sistema permite, ainda, cadastrar o nome e o telefone 1-C 2-C 3-B 4-D 5-E 6-B 7-E 8-B 9-E 10-E
de quem a encontrou e informar um ponto de referência
Comentários
06. Assinale a série de sinais cujo emprego corresponde, na
mesma ordem, aos parênteses indicados no texto: “Pergunta-se 1- Assinalei com um (X) as pontuações inadequadas
( ) qual é a ideia principal desse parágrafo ( ) A chegada de (A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora,
reforços ( ) a condecoração ( ) o escândalo da opinião pública (X) experimentasse, (X) a sensação de violar uma intimidade,
ou a renúncia do presidente ( ) Se é a chegada de reforços ( ) que procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo
relação há ( ) ou mostrou seu autor haver ( ) entre esse fato e os que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.
restantes ( )”. (B) Diante, (X) da testemunha o homem abriu a bolsa
A) vírgula, vírgula, interrogação, interrogação, interrogação, e, embora experimentasse a sensação, (X) de violar uma
vírgula, vírgula, vírgula, ponto final intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando
B) dois pontos, interrogação, vírgula, vírgula, interrogação, encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua
vírgula, travessão, travessão, interrogação dona.
C) travessão, interrogação, vírgula, vírgula, ponto final, (D) Diante da testemunha, o homem, (X) abriu a bolsa e,
travessão, travessão, ponto final, ponto final embora experimentasse a sensação de violar uma intimidade,
D) dois pontos, interrogação, vírgula, ponto final, travessão, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, (X) encontrar
vírgula, vírgula, vírgula, interrogação algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.
E) dois pontos, ponto final, vírgula, vírgula, interrogação, (E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora,
vírgula, vírgula, travessão, interrogação. (X) experimentasse a sensação de violar uma intimidade,
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, (X) encontrar
07. (SRF) Das redações abaixo, assinale a que não está algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.
pontuada corretamente:
A) Os candidatos, em fila, aguardavam ansiosos o resultado 2-) Quando se trata de trabalho científico, duas coisas devem
do concurso. ser consideradas: uma é a contribuição teórica que o trabalho
B) Em fila, os candidatos, aguardavam, ansiosos, o resultado oferece; a outra é o valor prático que possa ter vírgula, dois
do concurso. pontos, ponto e vírgula
C) Ansiosos, os candidatos aguardavam, em fila, o resultado
do concurso. 3-) Assinalei com (X) onde estão as pontuações inadequadas
D) Os candidatos ansiosos aguardavam o resultado do A) Duas explicações, (X) do treinamento para consultores
concurso, em fila. iniciantes receberam destaque, (X) o conceito de PPD e a
E) Os candidatos aguardavam ansiosos, em fila, o resultado construção de tabelas Price; mas por outro lado, faltou falar das
do concurso. metas de vendas associadas aos dois temas.
C) Duas explicações do treinamento para consultores
08. A frase em que deveria haver uma vírgula é: iniciantes receberam destaque; (X) o conceito de PPD e a
A) Comi uma fruta pela manhã e outra à tarde. construção de tabelas Price, (X) mas por outro lado, faltou falar
B) Eu usei um vestido vermelho na festa e minha irmã usou das metas de vendas associadas aos dois temas.
um vestido azul. D) Duas explicações do treinamento para consultores
C) Ela tem lábios e nariz vermelhos. iniciantes, (X) receberam destaque: o conceito de PPD e a
D) Não limparam a sala nem a cozinha. construção de tabelas Price, (X) mas, por outro lado, faltou falar
das metas de vendas associadas aos dois temas.
09. (Cefet-PR) Assinale o item em que o texto está E) Duas explicações, (X) do treinamento para consultores
corretamente pontuado: iniciantes, (X) receberam destaque; (X) o conceito de PPD e a
construção de tabelas Price, (X) mas por outro lado, faltou falar
A) Não nego, que ao avistar a cidade natal tive uma sensação das metas , (X) de vendas associadas aos dois temas.
nova.
B) Não nego que ao avistar, a cidade natal, tive uma sensação 4-)
nova. (A) Não há dúvida de que as mulheres ampliam, (X)
C) Não nego que, ao avistar, a cidade natal, tive uma sensação rapidamente, (X) seu espaço na carreira científica (, ) ainda
nova. que o avanço seja mais notável em alguns países, o Brasil é um
D) Não nego que ao avistar a cidade natal tive uma sensação exemplo, do que em outros.
nova. (B) Não há dúvida de que, (X) as mulheres, (X) ampliam
E) Não nego que, ao avistar a cidade natal, tive uma rapidamente seu espaço na carreira científica; (X) ainda que o
sensação nova. avanço seja mais notável, (X) em alguns países, o Brasil é um
exemplo! (X), do que em outros.

Língua Portuguesa 94
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APOSTILAS OPÇÃO
(C) Não há dúvida de que as mulheres, (X) ampliam Compare estes exemplos:
rapidamente seu espaço, (X) na carreira científica, (X) ainda que O tigre é uma fera. (fera = animal feroz: sentido próprio,
o avanço seja mais notável, em alguns países: (X) o Brasil é um literal, usual)
exemplo, do que em outros. Pedro era uma fera. (fera = pessoa muito brava: sentido
(E) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapidamente, figurado, ocasional)
(X) seu espaço na carreira científica, ainda que, (X) o avanço
No segundo exemplo, a palavra fera sofreu um desvio na
seja mais notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do sua significação própria e diz muito mais do que a expressão
que em outros. vulgar “pessoa brava”. Semelhantes desvios de significação a
que são submetidas as palavras, quando se deseja atingir um
5-) efeito expressivo, denominam-se figuras de palavras ou tropos
(A) Se a criança se perder, quem encontrá-la, (X) verá (do grego trópos, giro, desvio).
na pulseira instruções para que envie, (X) uma mensagem
eletrônica ao grupo ou acione o código na internet. São as seguintes as figuras de palavras:
(B) Um geolocalizador também, (X) avisará, (X) os pais de
onde o código foi acionado. Metáfora: consiste em atribuir a uma palavra
características de outra, em função de uma analogia
(C) Assim que o código é digitado, familiares cadastrados,
estabelecida de forma bem subjetiva.
(X) recebem ( , ) automaticamente, uma mensagem dizendo que “Meu verso é sangue” (Manuel Bandeira)
a criança foi encontrada. Observe que, ao associar verso a sangue, o poeta
(D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha, (X) chega estabeleceu uma analogia entre essas duas palavras, vendo
primeiro às, (X) areias do Guarujá. nelas uma relação de semelhança. Todos os significados que a
palavra sangue sugere ao leitor passam também para a palavra
6-) Pergunta-se ( : ) qual é a ideia principal desse parágrafo ( verso.
? ) A chegada de reforços ( , ) a condecoração ( , ) o escândalo da Os poetas são mestres na citação de metáforas
opinião pública ou a renúncia do presidente (? ) Se é a chegada surpreendentes, ricas em significados. Exemplo:
de reforços ( , ) que relação há ( - ) ou mostrou seu autor haver (
“Ó minha amada
- ) entre esse fato e os restantes ( ? )
Que olhos os teus
São cais noturnos
7-) Em fila, os candidatos, (X) aguardavam, ansiosos, o Cheios de adeus.”
resultado do concurso. Vinícius de Moraes

8-) Eu usei um vestido vermelho na festa, e minha irmã usou A metáfora é uma espécie de comparação sem a presença
um vestido azul. Há situações em que é possível usar a vírgula de conectivos do tipo como, tal como, assim como etc. Quando
antes do “e”. Isso ocorre quando a conjunção aditiva coordena esses conectivos aparecem na frase, temos uma comparação e
orações de sujeitos diferentes nas quais a leitura fluente pode não uma metáfora. Exemplo:
ser prejudicada pela ausência da pontuação.
“A felicidade é como a gota de orvalho
numa pétala de flor.
9-) Brilha tranquila, depois de leve oscila
A) Não nego, (X) que ao avistar a cidade natal tive uma e cai como uma lágrima de amor.” Vinícius de Moraes
sensação nova.
B) Não nego que ao avistar, (X) a cidade natal, tive uma Comparação: é a comparação entre dois elementos
sensação nova. comuns; semelhantes. Normalmente se emprega uma
C) Não nego que, ao avistar, (X) a cidade natal, tive uma conjunção comparativa: como, tal qual, assim como.
sensação nova.
D) Não nego que ( , ) ao avistar a cidade natal ( , ) tive uma “Sejamos simples e calmos
sensação nova. Como os regatos e as árvores”
Fernando Pessoa
10-) Metonímia: consiste no emprego de uma palavra por
A) Atualmente, não se pode, (X) fabricar apenas um produto. outra com a qual ela se relaciona. Ocorre a metonímia quando
B) Os índices de produção devem, (X) acompanhar, (X) o empregamos:
mercado.
C) A responsabilidade, (X) socioambiental, (X) é de extrema - o autor ou criador pela obra. Exemplo: Gosto de ler
importância. Jorge Amado (observe que o nome do autor está sendo usado
D) Acreditar, (X) no consumo, (X) consciente é necessário. no lugar de suas obras).

- o efeito pela causa e vice-versa. Exemplos: Ganho a vida


com o suor do meu rosto. (o suor é o efeito ou resultado e está
Estilística: figuras de linguagem sendo usado no lugar da causa, ou seja, o “trabalho”); Vivo do
meu trabalho. (o trabalho é causa e está no lugar do efeito ou
resultado, ou seja, o “lucro”).

Também chamadas Figuras de Estilo, são recursos especiais - o continente pelo conteúdo. Exemplo: Ela comeu uma
de que se vale quem fala ou escreve, para comunicar à caixa de doces. (a palavra caixa, que designa o continente ou
expressão mais força e colorido, intensidade e beleza. aquilo que contém, está sendo usada no lugar da palavra doces,
Podemos classificá-las em três tipos: que designaria o conteúdo).
- Figuras de Palavras (ou tropos);
- Figuras de Construção (ou de sintaxe); - o abstrato pelo concreto e vice-versa. Exemplos: A
- Figuras de Pensamento. velhice deve ser respeitada. (o abstrato velhice está no lugar
do concreto, ou seja, pessoas velhas).Ele tem um grande
Figuras de Palavra coração. (o concreto coração está no lugar do abstrato, ou seja,
bondade).

Língua Portuguesa 95
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APOSTILAS OPÇÃO
- o instrumento pela pessoa que o utiliza. Exemplo: Ele entanto, pode ser facilmente identificado. Exemplo: No fim da
é bom volante. (o termo volante está sendo usado no lugar do festa, sobre as mesas, copos e garrafas vazias. (ocorre a omissão
termo piloto ou motorista). do verbo haver: No fim da festa havia, sobre as mesas, copos e
garrafas vazias).
- o lugar pelo produto. Exemplo: Gosto muito de tomar um
Porto. (o produto vinho foi substituído pelo nome do lugar em Pleonasmo: consiste no emprego de palavras redundantes
que é feito, ou seja, a cidade do Porto). para reforçar uma ideia. Exemplo: Ele vive uma vida feliz.
Observação: Devem ser evitados os pleonasmos
- o símbolo ou sinal pela coisa significada. Exemplo: Os viciosos, que não têm valor de reforço, sendo antes fruto do
revolucionários queriam o trono. (a palavra trono, nesse caso, desconhecimento do sentido das palavras, como por exemplo,
simboliza o império, o poder). as construções “subir para cima”, “protagonista principal”,
“entrar para dentro”, etc.
- a parte pelo todo. Exemplo: Não há teto para os
necessitados. (a parte teto está no lugar do todo, “a casa”). Polissíndeto: consiste na repetição enfática do conectivo,
geralmente o “e”. Exemplo: Felizes, eles riam, e cantavam, e
- o indivíduo pela classe ou espécie. Exemplo: Ele foi pulavam de alegria, e dançavam pelas ruas...
o judas do grupo. (o nome próprio Judas está sendo usado
como substantivo comum, designando a espécie dos homens Inversão ou Hipérbato: consiste em alterar a ordem
traidores). normal dos termos ou orações com o fim de lhes dar destaque:
“Passarinho, desisti de ter.” (Rubem Braga)
- o singular pelo plural. Exemplo: O homem é um animal “Justo ela diz que é, mas eu não acho não.” (Carlos
racional. (o singular homem está sendo usado no lugar do Drummond de Andrade)
plural homens). “Por que brigavam no meu interior esses entes de sonho não
sei.” (Graciliano Ramos)
- o gênero ou a qualidade pela espécie. Exemplo: Os “Tão leve estou que já nem sombra tenho.” (Mário Quintana)
mortais somos imperfeitos. (a palavra mortais está no lugar de Observação: o termo que desejamos realçar é colocado, em
“seres humanos”). geral, no início da frase.

- a matéria pelo objeto. Exemplo: Ele não tem um níquel. Anacoluto: consiste na quebra da estrutura sintática da
(a matéria níquel é usada no lugar da coisa fabricada, que é oração. O tipo de anacoluto mais comum é aquele em que um
“moeda”). termo parece que vai ser o sujeito da oração, mas a construção
se modifica e ele acaba sem função sintática. Essa figura é
Observação: Os últimos 5 casos recebem também o nome usada geralmente para pôr em relevo a ideia que consideramos
de Sinédoque. mais importante, destacando-a do resto. Exemplo: “Eu, que era
branca e linda, eis-me medonha e escura.” (Manuel Bandeira) (o
Perífrase: é a substituição de um nome por uma expressão pronome eu, enunciado no início, não se liga sintaticamente à
que facilita a sua identificação. Exemplo: O país do futebol oração eis-me medonha e escura.)
acredita no seu povo. (país do futebol = Brasil)
Silepse: ocorre quando a concordância de gênero, número
Sinestesia: é a mistura de sensações percebidas por ou pessoa é feita com ideias ou termos subentendidos na frase
diferentes órgãos do sentido. e não claramente expressos. A silepse pode ser:
“O vento frio e cortante balança os trigais dourados e - de gênero. Exemplo: Vossa Majestade parece cansado. (o
macios que se estendiam pelo campo.” (frio e cortante = tato / adjetivo cansado concorda não com o pronome de tratamento
dourados e macios = visão + tato) Vossa Majestade, de forma feminina, mas com a pessoa a quem
esse pronome se refere – pessoa do sexo masculino).
Catacrese: consiste em transferir a uma palavra o sentido - de número. Exemplo: O pessoal ficou apavorado e saíram
próprio de outra, utilizando-se formas já incorporadas aos correndo. (o verbo sair concordou com a ideia de plural que a
usos da língua. Se a metáfora surpreende pela originalidade palavra pessoal sugere).
da associação de ideias, o mesmo não ocorre com a catacrese, - de pessoa. Exemplo: Os brasileiros gostamos de futebol.
que já não chama a atenção por ser tão repetidamente usada. (o sujeito os brasileiros levaria o verbo usualmente para a 3ª
Exemplo: Ele embarcou no trem das onze. (originariamente, a pessoa do plural, mas a concordância foi feita com a 1ª pessoa
palavra embarcar pressupõe barco e não trem). do plural, indicando que a pessoa que fala está incluída em os
brasileiros).
Antonomásia: ocorre quando substituímos um nome
próprio pela qualidade ou característica que o distingue. Onomatopeia: consiste no aproveitamento de palavras cuja
Exemplo: O Poeta dos Escravos é baiano. (Poeta dos Escravos pronúncia imita o som ou a voz natural dos seres. É um recurso
está no lugar do nome próprio Castro Alves, poeta baiano que fonêmico ou melódico que a língua proporciona ao escritor.
se distinguiu por escrever poemas em defesa dos escravos). “Pedrinho, sem mais palavras, deu rédea e, lept! lept!
arrancou estrada afora.” (Monteiro Lobato)
Figuras de Construção “O som, mais longe, retumba, morre.” (Goncalves Dias)
“O longo vestido longo da velhíssima senhora frufrulha no
Compare as duas maneiras de construir esta frase: alto da escada.” (Carlos Drummond de Andrade)
Os homens pararam, o medo no coração. “Tíbios flautins finíssimos gritavam.” (Olavo Bilac)
Os homens pararam, com o medo no coração. “Troe e retroe a trompa.” (Raimundo Correia)
Nota-se que a primeira construção é mais concisa e “Vozes veladas, veludosas vozes,
elegante. Desvia-se da norma estritamente gramatical para volúpias dos violões, vozes veladas,
atingir um fim expressivo ou estilístico. Foi com esse intuito vagam nos velhos vórtices velozes
que assim a redigiu Jorge Amado. dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.” (Cruz e Sousa)
A essas construções que se afastam das estruturas
regulares ou comuns e que visam transmitir à frase mais As onomatopeias, como nos três últimos exemplos, podem
concisão, expressividade ou elegância dá-se o nome de figuras resultar da Aliteração (repetição de fonemas nas palavras de
de construção ou de sintaxe. uma frase ou de um verso).
Repetição: consiste em reiterar (repetir) palavras ou
São as mais importantes figuras de construção: orações para enfatizar a afirmação ou sugerir insistência,
Elipse: consiste na omissão de um termo da frase, o qual, no progressão:

Língua Portuguesa 96
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APOSTILAS OPÇÃO
“O surdo pede que repitam, que repitam a última frase.” pois sem você
(Cecília Meireles) meu mundo é diferente
“Tudo, tudo parado: parado e morto.” (Mário Palmério) minha alegria é triste.” (Roberto Carlos e Erasmo)
“Ia-se pelos perfumistas, escolhia, escolhia, saía toda (a alegria e a tristeza se opõem, se a alegria é triste, ela tem
perfumada.” (José Geraldo Vieira) uma qualidade que é antagônica).
“E o ronco das águas crescia, crescia, vinha pra dentro da
casona.” (Bernardo Élis) Personificação ou Prosopopéia ou Animismo: consiste em
“O mar foi ficando escuro, escuro, até que a última lâmpada atribuir características humanas a outros seres. Exemplo:
se apagou.” (Inácio de Loyola Brandão) “Ah! cidade maliciosa
de olhos de ressaca
Zeugma: consiste na omissão de um ou mais termos que das índias guardou a vontade de andar nua.” (Ferreira
anteriormente enunciados. Exemplo: A manhã estava Gullar)
ensolarada; a praia, cheia de gente. (há omissão do verbo estar
na segunda oração (...a praia estava cheia de gente)). Reticência: consiste em suspender o pensamento,
deixando-o meio velado. Exemplo:
Assíndeto: ocorre quando certas orações ou palavras, que “De todas, porém, a que me cativou logo foi uma... uma... não
poderiam se ligar por um conectivo, vêm apenas justapostas. sei se digo.” (Machado de Assis)
Exemplo: Vim, vi, venci. “Quem sabe se o gigante Piaimã, comedor de gente...” (Mário
de Andrade)
Anáfora: consiste na repetição de uma palavra ou de um
segmento do texto com o objetivo de enfatizar uma ideia. É uma Retificação: como a palavra diz, consiste em retificar uma
figura de construção muito usada em poesia. Exemplo: afirmação anterior. Exemplos:
“Tende piedade, Senhor, de todas as mulheres É uma jóia, ou melhor, uma preciosidade, esse quadro.
Que ninguém mais merece tanto amor e amizade O síndico, aliás, uma síndica muito gentil não sabia como
Que ninguém mais deseja tanto poesia e sinceridade resolver o caso.
Que ninguém mais precisa tanto de alegria e serenidade.” “O país andava numa situação política tão complicada
quanto a de agora. Não, minto. Tanto não.” (Raquel de Queiroz)
Paranomásia: palavras com sons semelhantes, mas de “Tirou, ou antes, foi-lhe tirado o lenço da mão.” (Machado de
significados diferentes, vulgarmente chamada de trocadilho. Assis)
Exemplo: Era iminente o fim do eminente político. “Ronaldo tem as maiores notas da classe. Da classe? Do
ginásio!” (Geraldo França de Lima)
Neologismo: criação de palavras novas. Exemplo: O projeto
foi considerado imexível. Questões

Figuras de Pensamento 01. (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE


JANEIRO – TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO EM
São processos estilísticos que se realizam na esfera do BIBLIOTECONOMIA – FGV/2014 - adaptada). Ao dizer que os
pensamento, no âmbito da frase. Nelas intervêm fortemente shoppings são “cidades”, o autor do texto faz uso de um tipo de
a emoção, o sentimento, a paixão. Eis as principais figuras de linguagem figurada denominada
pensamento: (A) metonímia.
(B) eufemismo.
Antítese: consiste em realçar uma ideia pela aproximação (C) hipérbole.
de palavras de sentidos opostos. Exemplo: “Morre! Tu viverás (D) metáfora.
nas estradas que abriste!” (Olavo Bilac) (E) catacrese.

Apóstrofe: consiste na interrupção do texto para se 02. (PREFEITURA DE ARCOVERDE/PE -


chamar a atenção de alguém ou de coisas personificadas. ADMINISTRADOR DE RECURSOS HUMANOS –
Sintaticamente, a apóstrofe corresponde ao vocativo. Exemplo: CONPASS/2014) Identifique a figura de linguagem presente na
“Tende piedade, Senhor, de todas as mulheres tira seguinte:
Que ninguém mais merece tanto amor e amizade” (Vinícius
de Moraes)
Eufemismo: ocorre quando, no lugar das palavras próprias,
são empregadas outras com a finalidade de atenuar ou evitar
a expressão direta de uma ideia desagradável ou grosseira.
Exemplo: Depois de muito sofrimento, ele entregou a alma a
Deus.

Gradação: ocorre quando se organiza uma sequência de


palavras ou frases que exprimem a intensificação progressiva
de uma ideia. Exemplo: “Eu era pobre. Era subalterno. Era nada.”
(Monteiro Lobato)
(A) metonímia
Hipérbole: ocorre quando, para realçar uma ideia, (B) prosopopeia
exageramos na sua representação. Exemplo: Está muito calor. (C) hipérbole
Os jogadores estão morrendo de sede no campo. (D) eufemismo
(E) onomatopeia
Ironia: é o emprego de palavras que, na frase, têm o
sentido oposto ao que querem dizer. É usada geralmente com 03. (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/
sentido sarcástico. Exemplo: Quem foi o inteligente que usou o UFAL/2014)
computador e apagou o que estava gravado?
Está tão quente que dá para fritar um ovo no asfalto.
Paradoxo: é o encontro de ideias que se opõem; ideias
opostas. Exemplo: O dito popular é, na maioria das vezes, uma figura de
“É tão difícil olhar o mundo linguagem. Entre as 14h30min e às 15h desta terça-feira,
e ver o que ainda existe horário do dia em que o calor é mais intenso, a temperatura

Língua Portuguesa 97
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APOSTILAS OPÇÃO
do asfalto, medida com um termômetro de contato, chegou a
65ºC. Para fritar um ovo, seria preciso que o local alcançasse
aproximadamente 90 ºC. Reescrita de frases: substituição,
Disponível em: http://zerohora.clicrbs.com.br. Acesso em: deslocamento, paralelismo;
22 jan. 2014. variação linguística: norma culta

O texto cita que o dito popular “está tão quente que dá para
fritar um ovo no asfalto” expressa uma figura de linguagem. O Norma Culta e Língua-Padrão
autor do texto refere-se a qual figura de linguagem?
De acordo com M. T. Piacentini, mesmo que não se mencione
(A) Eufemismo. terminologia específica, é evidente que se lida no dia-a-dia com
(B) Hipérbole. níveis diferentes de fala e escrita. É também verdade que as
(C) Paradoxo. pessoas querem “falar e escrever melhor”, querem dominar a
(D) Metonímia. língua dita culta, a correta, a ideal, não importa o nome que se
(E) Hipérbato. lhe dê.
O padrão de língua ideal a que as pessoas querem chegar é
04. (SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/PI – aquele convencionalmente utilizado nas instâncias públicas de
ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL – UESPI/2014). A linguagem uso da linguagem, como livros, revistas, documentos, jornais,
por meio da qual interagimos no nosso dia a dia pode revestir- textos científicos e publicações oficiais; em suma, é a que circula
se de nuances as mais diversas: pode apresentar-se em sentido nos meios de comunicação, no âmbito oficial, nas esferas de
literal, figurado, metafórico. A opção em cujo trecho utilizou-se pesquisa e trabalhos acadêmicos.
linguagem metafórica é Não obstante, os linguistas entendem haver uma língua
circulante que é correta mas diferente da língua ideal e
(A) O equilíbrio ou desequilíbrio depende do ambiente imaginária, fixada nas fórmulas e sistematizações da gramática.
familiar. Eles fazem, pois, uma distinção entre o real e o ideal: a língua
(B) Temos medo de sair às ruas. concreta com todas suas variedades de um lado, e de outro um
(C) Nestes dias começamos a ter medo também dentro dos padrão ou modelo abstrato do que é “bom” e “correto”, o que
shoppings. conformaria, no seu entender, uma língua artificial, situada num
(D) Somos esse novelo de dons. nível hipotético.
(E) As notícias da imprensa nos dão medo em geral. Para os cientistas da língua, portanto, fica claro que há
dois estratos diferenciados: um praticamente intangível,
05. (SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL/MG – representado nas normas preconizadas pela gramática
AGENTE DE SEGURANÇA SOCIOEDUCATIVO – IBFC/2014) tradicional, que comporta as irregularidades e excrescências da
No verso “Essa dor doeu mais forte”, pode-se perceber a língua, e outro concreto, o utilizado pelos falantes cultos, qual
presença de uma figura de linguagem denominada: seja, a “linguagem concretamente empregada pelos cidadãos
que pertencem aos segmentos mais favorecidos da nossa
(A) ironia população”, segundo Marcos Bagno (“ A norma oculta: língua e
(B) pleonasmo poder na sociedade brasileira ”. SP: Parábola Edit. 2003).
(C) comparação Convém esclarecer que para a ciência sociolinguística
(D) metonímia somente a pessoa que tiver formação universitária completa
será caracterizada como falante culto(urbano).
Respostas Sendo assim, como são presumivelmente cultos os sujeitos
que produzem os jornais, a documentação oficial, os trabalhos
01. Resposta D científicos, só pode ser culta a sua linguagem, mesmo que a
A metáfora consiste em retirar uma palavra de seu contexto língua que tais pessoas falam e os textos que produzem nem
convencional (denotativo) e transportá-la para um novo campo sempre se coadunem com as regras rígidas impostas pela
de significação (conotativa), por meio de uma comparação gramática normativa, divulgada na escola e em outras instâncias
implícita, de uma similaridade existente entre as duas. (de repressão linguística) como o vestibular.
(Fonte:http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/ Isso é o que pensam os linguistas. E o povo – saberá ele fazer
metafora-figura-de-palavra-variacoes-e-exemplos.htm) a distinção entre as duas modalidades e os dois termos que as
descrevem?
02. Resposta D Para os linguistas, a língua-padrão se estriba nas normas
“Eufemismo = é o emprego de uma expressão mais suave, e convenções agregadas num corpo chamado de gramática
mais nobre ou menos agressiva, para comunicar alguma tradicional e que tem a veleidade de servir de modelo de
coisa áspera, desagradável ou chocante”. No caso da tirinha, é correção para toda e qualquer forma de expressão linguística.
utilizada a expressão “deram suas vidas por nós” no lugar de Querer que todos falem e escrevam da mesma forma e de
“que morreram por nós”. acordo com padrões gramaticais rígidos é esquecer-se que não
pode haver homogeneidade quando o mundo real apresenta
03. Resposta B uma heterogeneidade de comportamentos linguísticos, todos
A expressão é um exagero! Ela serve apenas para igualmente corretos (não se pode associar “correto” somente a
representar o calor excessivo que está fazendo. A figura que é culto).
utilizada “mil vezes” (!) para atingir tal objetivo é a hipérbole. Em suma: há uma realidade heterogênea que, por abrigar
diferenças de uso que refletem a dinâmica social, exclui a
04. Resposta D possibilidade de imposição ou adoção como única de uma
A alternativa que apresenta uma linguagem metafórica língua-modelo baseada na gramática tradicional, a qual, por sua
(figurada) é a que emprega o termo “novelo” fora de seu vez, está ancorada nos grandes escritores da língua, sobretudo
contexto habitual (novelo de lã, por exemplo), representando, os clássicos , sendo pois conservadora. E justamente por se valer
aqui, um emaranhado, um monte, vários dons. de escritores é que as prescrições gramaticais se impõem mais
na escrita do que na fala.
05. Resposta B
Repetição de ideia = pleonasmo (essa dor doeu). “ A cultura escrita, associada ao poder social , desencadeou
também, ao longo da história, um processo fortemente unificador
(que vai alcançar basicamente as atividades verbais escritas),
que visou e visa uma relativa estabilização linguística, buscando
neutralizar a variação e controlar a mudança. Ao resultado desse

Língua Portuguesa 98
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APOSTILAS OPÇÃO
processo, a esta norma estabilizada, costumamos dar o nome escrita. Suas regras são pautadas a partir da Norma Culta. Sendo
de norma-padrão ou língua-padrão” (Faraco, Carlos Alberto, esta importante nos documentos formais que exigem a correta
“Norma-padrão brasileira”. In Bagno, M. (org.). Linguística da expressão do Português para que não haja mal entendido algum.
norma. SP: Loyola, 2002). Ela nada mais é do que a modalidade linguística escolhida pela
Aryon Rodrigues (in Bagno 2002) entra na discussão: elite de uma sociedade como modelo de comunicação escrita e
“Frequentemente o padrão ideal é uma regra de comportamento verbal.
para a qual tendem os membros da sociedade, mas que nem A Norma Culta é uma expressão empregada pelos linguistas
todos cumprem, ou não cumprem integralmente”. Mais adiante, brasileiros para designar o conjunto de variantes linguísticas
ao se referir à escola, ele professa que nem mesmo os professores efetivamente faladas, na vida cotidiana pelos falantes cultos,
de Língua Portuguesa escapam a esse destino: “Comumente, sendo assim classificando os cidadãos nascidos e criados em
entretanto, o mesmo professor que ensina essa gramática zonas urbanas e com grau de instrução superior completo.
não consegue observá-la em sua própria fala nem mesmo na “Fundamentam-se as regras da Gramática Normativa nas obras
comunicação dentro de seu grupo profissional ”. dos grandes escritores, em cuja linguagem a classe ilustrada põe
Vamos ilustrar os argumentos acima expostos. Não há o seu ideal de perfeição, porque nela é que se espelha o que o uso
brasileiro – nem mesmo professores de português – que não fale idiomático e consagrou”. (ROCHA LIMA, 1989).
assim: Dentre as características que são pertinentes à Norma Culta
podemos citar que é: a variante de maior prestígio social na
– Me conta como foi o fim de semana… comunidade, sendo realizada com certa uniformidade pelos
membros do grupo social de padrão cultural mais elevado;
– Te enganaram, com certeza! cumpre o papel de impedir a fragmentação dialetal; ensinada
pela escola; usada na escrita em gêneros discursivos em que há
– Me explica uma coisa: você largou o emprego ou foi maior formalidade aproximando-a dos padrões da prescrição da
mandado embora? gramática tradicional; a mais empregada na literatura e também
pelas pessoas cultas em diferentes situações de formalidade;
Ou mesmo assim: indicada precisamente nas marcas de gênero, número e pessoa;
usada em todas as pessoas verbais, com exceção, talvez, da 2ª
– Tive que levar os gatos, pois encontrei eles bem do plural, sendo utilizada principalmente na linguagem dos
machucados. sermões; empregada em todos os modos verbais em relação
verbal de tempos e modos; possuindo uma enorme riqueza
– Conheço ela há muito tempo – é ótima menina. de construção sintática, além de uma maior utilização da
voz passiva; grande o emprego de preposições nas regências
– Acho que já lhe conheço, rapaz. aproveitando a organização gramatical cuidada da frase.
De modo geral, um falante culto, em situação comunicativa
Então, se os falantes cultos, aquelas pessoas que têm acesso formal, buscará seguir as regras da norma explícita de sua
às regras padronizadas, incutidas no processo de escolarização, língua e ainda procurará seguir, no que diz respeito ao léxico,
se exprimem desse modo, essa é a norma culta. Já as formas um repertório que, se não for erudito, também não será vulgar.
propugnadas pela gramática tradicional e que provavelmente só Isso configura o que se entende por norma culta. A Norma
se encontrariam na escrita (conta-me como foi /enganaram-te / Padrão está vinculada a uma língua modelo. Segue prescrições
explica-me uma coisa / pois os encontrei / conheço-a há tempos representadas na gramática, mas é marcada pela língua
/ acho que já o conheço) configuram a norma-padrão ou língua- produzida em certo momento da história e em uma determinada
padrão. sociedade. Como a língua está em constante mudança, diferentes
formas de linguagem que hoje não são consideradas pela Norma
Se para os cientistas da língua, portanto, existe uma Padrão, com o tempo podem vir a se legitimar.
polarização entre a norma-padrão (também denominada Dentro da Norma Padrão define-se um modelo de língua
“norma canônica” por alguns linguistas) e o conjunto das idealizada prescrito pelas gramáticas normativas, como sendo
variedades existentes no Brasil, aí incluída a norma culta, no uma receita que nenhum usuário da língua emprega na fala e
senso comum não se faz distinção entre padrão e culta. Para os raramente utiliza na escrita. Sendo também uma referência
leigos, a população em geral, toda forma elevada de linguagem, para os falantes da Norma Culta, mas não passam de um ideal
que se aproxime dos padrões de prestígio social, configura a a ser alcançado, pois é um padrão extremamente enriquecido
norma culta. de língua. Assim, as gramáticas tradicionais descrevem a Norma
Padrão, não refletindo o uso que se faz realmente do Português
Norma culta, norma padrão e norma popular no Brasil.
Marcos Bagno propõe, como alternativa, uma triangulação:
A Norma é um uso linguístico concreto e corresponde ao onde a Norma Popular teria menos prestígio opondo-se à Norma
dialeto social praticado pela classe de prestígio, representando Culta mais prestigiada, e a Norma Padrão se eleva sobre as duas
a atitude que o falante assume em face da norma objetiva. A anteriores servindo como um ideal imaginário e inatingível.
normatização não existe por razões apenas linguísticas, mas A Norma Padrão subdivide-se em: Formal e Coloquial. A
também culturais, econômicas, sociais, ou seja, a Norma na Padrão Formal é o modelo culto utilizado na escrita, que segue
língua origina-se de fatores que envolvem diferenças de classes, rigidamente as regras gramaticais.
poder, acesso a educação escrita, e não da qualidade da forma Essa linguagem é mais elaborada, tanto porque o falante
da língua. Há um conceito amplo e um conceito estreito de tem mais tempo para se pronunciar de forma refletida como
Norma. No primeiro caso, ela é entendida como um fator de porque é supervalorizada na nossa cultura. É a história do vale o
coesão social. No segundo, corresponde concretamente aos que está escrito. Já a Padrão Coloquial é a versão oral da língua
usos e aspirações da classe social de prestígio. Num sentido culta e, por ser mais livre e espontânea, tem um pouco mais de
amplo, a norma corresponde à necessidade que um grupo liberdade e está menos presa à rigidez das regras gramaticais.
social experimenta de defender seu veículo de comunicação das Entretanto, a margem de afastamento dessas regras é estreita e,
alterações que poderiam advir no momento do seu aprendizado. embora exista, a permissividade com relação às transgressões é
Num sentido restrito, a Norma corresponde aos usos e atitudes pequena.
de determinado seguimento da sociedade, precisamente aquele Assim, na linguagem coloquial, admitem-se sem grandes
que desfruta de prestígio dentro da Nação, em virtude de razões traumas, construções como: ainda não vi ele; me passe o
políticas, econômicas e culturais. Segundo Lucchesi (1994, arroz e não te falei que você iria conseguir?. Inadmissíveis na
2001), considera-se que a realidade linguística brasileira deve língua escrita. O falante culto, de modo geral, tem consciência
ser entendida como um contínuo de normas, dentro do quadro dessa distinção e ao mesmo tempo em que usa naturalmente
de bipolarização do Português do Brasil. as construções acima na comunicação oral, evita-as na escrita.
A existência da civilização dá-se com o surgimento da Contudo, como se disse, não são muitos os desvios admitidos

Língua Portuguesa 99
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APOSTILAS OPÇÃO
e muitas formas peculiares da Norma Popular são condenadas em que se percebe com mais nitidez a diferença entre uma
mesmo na linguagem oral. A Norma Popular é aquela linguagem variante e outra. Entre esses casos, podemos citar:
que não é formal, ou seja, não segue padrões rígidos, é a - a queda do “r” final dos verbos, muito comum na linguagem
linguagem popular, falada no cotidiano. oral no português: falá, vendê, curti (em vez de curtir), compô.
O nível popular está associado à simplicidade da utilização - o acréscimo de vogal no início de certas palavras: eu me
linguística em termos lexicais, fonéticos, sintáticos e semânticos. alembro, o pássaro avoa, formas comuns na linguagem clássica,
Esta decorrerá da espontaneidade própria do discurso oral e da hoje frequentes na fala caipira.
natural economia linguística. É utilizado em contextos informais. - a queda de sons no início de palavras: ocê, cê, ta, tava,
Dentre as características da Norma Popular podemos marelo (amarelo), margoso (amargoso), características na
destacar: economia nas marcas de gênero, número e pessoa; linguagem oral coloquial.
redução das pessoas gramaticais do verbo; mistura da 2ª com - a redução de proparoxítonas a paroxítonas: Petrópis
a 3ª pessoa do singular; uso intenso da expressão a gente em (Petrópolis), fórfi (fósforo), porva (pólvora), todas elas formas
lugar de eu e nós; redução dos tempos da conjugação verbal e de típicas de pessoas de baixa condição social.
certas pessoas, como a perda quase total do futuro do presente - A pronúncia do “l” final de sílaba como “u” (na maioria das
e do pretérito-mais-que-perfeito no indicativo; do presente do regiões do Brasil) ou como “l” (em certas regiões do Rio Grande
subjuntivo; do infinitivo pessoal; falta de correlação verbal entre do Sul e Santa Catarina) ou ainda como “r” (na linguagem
os tempos; redução do processo subordinativo em benefício da caipira): quintau, quintar, quintal; pastéu, paster, pastel; faróu,
frase simples e da coordenação; maior emprego da voz ativa farór, farol.
em lugar da passiva; predomínio das regências verbais diretas; - deslocamento do “r” no interior da sílaba: largato, preguntar,
simplificação gramatical da frase; emprego dos pronomes estrupo, cardeneta, típicos de pessoas de baixa condição social.
pessoais retos como objetos.
Na visão de Preti (1999), os falantes cultos “até em situação Variações Morfológicas
de gravação consciente revelaram uma linguagem que, em geral,
também pertence a falantes comuns”. Sendo mais espontânea e São as que ocorrem nas formas constituintes da palavra.
criativa, a Norma Popular se afigura mais expressiva e dinâmica. Nesse domínio, as diferenças entre as variantes não são
Temos, assim, alguns exemplos: estou preocupado (Norma tão numerosas quanto as de natureza fônica, mas não são
Culta); to preocupado (Norma Popular); to grilado (gíria, limite desprezíveis. Como exemplos, podemos citar:
da Norma Popular). - o uso do prefixo hiper- em vez do sufixo -íssimo para criar
Não basta conhecer apenas uma modalidade de língua; urge o superlativo de adjetivos, recurso muito característico da
conhecer a língua popular, captando-lhe a espontaneidade, linguagem jovem urbana: um cara hiper-humano (em vez de
expressividade e enorme criatividade para viver, necessitando humaníssimo), uma prova hiperdifícil (em vez de dificílima), um
conhecer a língua culta para conviver. carro hiperpossante (em vez de possantíssimo).
- a conjugação de verbos irregulares pelo modelo dos
Fonte:https://centraldefavoritos.wordpress.com/2011/07/22/ regulares: ele interviu (interveio), se ele manter (mantiver), se
norma-padrao-e-nao-padrao/(Adaptado) ele ver (vir) o recado, quando ele repor (repuser).
- a conjugação de verbos regulares pelo modelo de
Variação Linguística irregulares: vareia (varia), negoceia (negocia).
- uso de substantivos masculinos como femininos ou vice-
“Há uma grande diferença se fala um deus ou um herói; se versa: duzentas gramas de presunto (duzentos), a champanha
um velho amadurecido ou um jovem impetuoso na flor da idade; (o champanha), tive muita dó dela (muito dó), mistura do cal
se uma matrona autoritária ou uma dedicada; se um mercador (da cal).
errante ou um lavrador de pequeno campo fértil (...)” - a omissão do “s” como marca de plural de substantivos e
adjetivos (típicos do falar paulistano): os amigo e as amiga, os
Todas as pessoas que falam uma determinada língua livro indicado, as noite fria, os caso mais comum.
conhecem as estruturas gerais, básicas, de funcionamento - o enfraquecimento do uso do modo subjuntivo: Espero
podem sofrer variações devido à influência de inúmeros fatores. que o Brasil reflete (reflita) sobre o que aconteceu nas últimas
Tais variações, que às vezes são pouco perceptíveis e outras vezes eleições; Se eu estava (estivesse) lá, não deixava acontecer; Não
bastante evidentes, recebem o nome genérico de variedades ou é possível que ele esforçou (tenha se esforçado) mais que eu.
variações linguísticas.
Nenhuma língua é usada de maneira uniforme por todos os Variações Sintáticas
seus falantes em todos os lugares e em qualquer situação. Sabe-
se que, numa mesma língua, há formas distintas para traduzir o Dizem respeito às correlações entre as palavras da frase. No
mesmo significado dentro de um mesmo contexto. Suponham- domínio da sintaxe, como no da morfologia, não são tantas as
se, por exemplo, os dois enunciados a seguir: diferenças entre uma variante e outra. Como exemplo, podemos
citar:
Veio me visitar um amigo que eu morei na casa dele faz - o uso de pronomes do caso reto com outra função que não
tempo. a de sujeito: encontrei ele (em vez de encontrei-o) na rua; não
Veio visitar-me um amigo em cuja casa eu morei há anos. irão sem você e eu (em vez de mim); nada houve entre tu (em
Qualquer falante do português reconhecerá que os dois vez de ti) e ele.
enunciados pertencem ao seu idioma e têm o mesmo sentido, - o uso do pronome lhe como objeto direto: não lhe (em vez
mas também que há diferenças. Pode dizer, por exemplo, que o de “o”) convidei; eu lhe (em vez de “o”) vi ontem.
segundo é de uma pessoa mais “estudada”. - a ausência da preposição adequada antes do pronome
Isso é prova de que, ainda que intuitivamente e sem saber relativo em função de complemento verbal: são pessoas que (em
dar grandes explicações, as pessoas têm noção de que existem vez de: de que) eu gosto muito; este é o melhor filme que (em vez
muitas maneiras de falar a mesma língua. É o que os teóricos de a que) eu assisti; você é a pessoa que (em vez de em que) eu
chamam de variações linguísticas. mais confio.
As variações que distinguem uma variante de outra se - a substituição do pronome relativo “cujo” pelo pronome
manifestam em quatro planos distintos, a saber: fônico, “que” no início da frase mais a combinação da preposição “de”
morfológico, sintático e lexical. com o pronome “ele” (=dele): É um amigo que eu já conhecia a
família dele (em vez de cuja família eu já conhecia).
Variações Fônicas - a mistura de tratamento entre tu e você, sobretudo quando
se trata de verbos no imperativo: Entra, que eu quero falar com
São as que ocorrem no modo de pronunciar os sons você (em vez de contigo); Fala baixo que a sua (em vez de tua)
constituintes da palavra. Os exemplos de variação fônica são voz me irrita.
abundantes e, ao lado do vocabulário, constituem os domínios - ausência de concordância do verbo com o sujeito: Eles

Língua Portuguesa 100


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APOSTILAS OPÇÃO
chegou tarde (em grupos de baixa extração social); Faltou foi uma barriga. Entre os jornalistas é comum o uso do verbo
naquela semana muitos alunos; Comentou-se os episódios. repercutir como transitivo direto: __ Vá lá repercutir a notícia
de renúncia! (esse uso é considerado errado pela gramática
Variações Léxicas normativa).

É o conjunto de palavras de uma língua. As variantes - Gíria: é o vocabulário especial de um grupo que não
do plano do léxico, como as do plano fônico, são muito deseja ser entendido por outros grupos ou que pretende marcar
numerosas e caracterizam com nitidez uma variante em sua identidade por meio da linguagem. Existe a gíria de grupos
confronto com outra. Eis alguns, entre múltiplos exemplos marginalizados, de grupos jovens e de segmentos sociais de
possíveis de citar: contestação, sobretudo quando falam de atividades proibidas. A
- a escolha do adjetivo maior em vez do advérbio muito lista de gírias é numerosíssima em qualquer língua: ralado (no
para formar o grau superlativo dos adjetivos, características da sentido de afetado por algum prejuízo ou má-sorte), ir pro brejo
linguagem jovem de alguns centros urbanos: maior legal; maior (ser malsucedido, fracassar, prejudicar-se irremediavelmente),
difícil; Esse amigo é um carinha maior esforçado. cara ou cabra (indivíduo, pessoa), bicha (homossexual
- as diferenças lexicais entre Brasil e Portugal são tantas e, às masculino), levar um lero (conversar).
vezes, tão surpreendentes, que têm sido objeto de piada de lado
a lado do Oceano. Em Portugal chamam de cueca aquilo que no - Preciosismo: diz-se que é preciosista um léxico
Brasil chamamos de calcinha; o que chamamos de fila no Brasil, excessivamente erudito, muito raro, afetado: Escoimar (em vez
em Portugal chamam de bicha; café da manhã em Portugal se de corrigir); procrastinar (em vez de adiar); discrepar (em vez
diz pequeno almoço; camisola em Portugal traduz o mesmo que de discordar); cinesíforo (em vez de motorista); obnubilar (em
chamamos de suéter, malha, camiseta. vez de obscurecer ou embaçar); conúbio (em vez de casamento);
chufa (em vez de caçoada, troça).
Designações das Variantes Lexicais:
- Vulgarismo: é o contrário do preciosismo, ou seja, o uso de
- Arcaísmo: diz-se de palavras que já caíram de uso e, por um léxico vulgar, rasteiro, obsceno, grosseiro. É o caso de quem
isso, denunciam uma linguagem já ultrapassada e envelhecida. diz, por exemplo, de saco cheio (em vez de aborrecido), se ferrou
É o caso de reclame, em vez de anúncio publicitário; na década (em vez de se deu mal, arruinou-se), feder (em vez de cheirar
de 60, o rapaz chamava a namorada de broto (hoje se diz gatinha mal), ranho (em vez de muco, secreção do nariz).
ou forma semelhante), e um homem bonito era um pão; na
linguagem antiga, médico era designado pelo nome físico; um Tipos de Variação
bobalhão era chamado de coió ou bocó; em vez de refrigerante
usava-se gasosa; algo muito bom, de qualidade excelente, era Não tem sido fácil para os estudiosos encontrar para as
supimpa. variantes linguísticas um sistema de classificação que seja
simples e, ao mesmo tempo, capaz de dar conta de todas as
- Neologismo: é o contrário do arcaísmo. Trata-se de palavras diferenças que caracterizam os múltiplos modos de falar dentro
recém-criadas, muitas das quais mal ou nem entraram para os de uma comunidade linguística. O principal problema é que
dicionários. A moderna linguagem da computação tem vários os critérios adotados, muitas vezes, se superpõem, em vez de
exemplos, como escanear, deletar, printar; outros exemplos atuarem isoladamente.
extraídos da tecnologia moderna são mixar (fazer a combinação As variações mais importantes, para o interesse do concurso
de sons), robotizar, robotização. público, são os seguintes:

- Estrangeirismo: trata-se do emprego de palavras - Sócio-Cultural: Esse tipo de variação pode ser percebido
emprestadas de outra língua, que ainda não foram com certa facilidade. Por exemplo, alguém diz a seguinte frase:
aportuguesadas, preservando a forma de origem. Nesse caso,
há muitas expressões latinas, sobretudo da linguagem jurídica, “Tá na cara que eles não teve peito de encará os ladrão.” (frase
tais como: habeas-corpus (literalmente, “tenhas o corpo” ou, 1)
mais livremente, “estejas em liberdade”), ipso facto (“pelo
próprio fato de”, “por isso mesmo”), ipsis litteris (textualmente, Que tipo de pessoa comumente fala dessa maneira? Vamos
“com as mesmas letras”), grosso modo (“de modo grosseiro”, caracterizá-la, por exemplo, pela sua profissão: um advogado?
“impreciso”), sic (“assim, como está escrito”), data venia (“com Um trabalhador braçal de construção civil? Um médico? Um
sua permissão”). garimpeiro? Um repórter de televisão?
As palavras de origem inglesas são inúmeras: insight E quem usaria a frase abaixo?
(compreensão repentina de algo, uma percepção súbita), feeling
(“sensibilidade”, capacidade de percepção), briefing (conjunto “Obviamente faltou-lhe coragem para enfrentar os ladrões.”
de informações básicas), jingle (mensagem publicitária em (frase 2)
forma de música). Sem dúvida, associamos à frase 1 os falantes pertencentes
Do francês, hoje são poucos os estrangeirismos que ainda não a grupos sociais economicamente mais pobres. Pessoas que,
se aportuguesaram, mas há ocorrências: hors-concours (“fora muitas vezes, não frequentaram nem a escola primária, ou,
de concurso”, sem concorrer a prêmios), tête-à-tête (palestra quando muito, fizeram-no em condições não adequadas.
particular entre duas pessoas), esprit de corps (“espírito de Por outro lado, a frase 2 é mais comum aos falantes que
corpo”, corporativismo), menu (cardápio), à la carte (cardápio tiveram possibilidades sócio-econômicas melhores e puderam,
“à escolha do freguês”), physique du rôle (aparência adequada à por isso, ter um contato mais duradouro com a escola, com a
caracterização de um personagem). leitura, com pessoas de um nível cultural mais elevado e, dessa
forma, “aperfeiçoaram” o seu modo de utilização da língua.
- Jargão: é o vocabulário típico de um campo profissional Convém ficar claro, no entanto, que a diferenciação feita
como a medicina, a engenharia, a publicidade, o jornalismo. acima está bastante simplificada, uma vez que há diversos
No jargão médico temos uso tópico (para remédios que não outros fatores que interferem na maneira como o falante escolhe
devem ser ingeridos), apneia (interrupção da respiração), AVC as palavras e constrói as frases. Por exemplo, a situação de uso
ou acidente vascular cerebral (derrame cerebral). No jargão da língua: um advogado, num tribunal de júri, jamais usaria a
jornalístico chama-se de gralha, pastel ou caco o erro tipográfico expressão “tá na cara”, mas isso não significa que ele não possa
como a troca ou inversão de uma letra. A palavra lide é o nome usá-la numa situação informal (conversando com alguns amigos,
que se dá à abertura de uma notícia ou reportagem, onde se por exemplo).
apresenta sucintamente o assunto ou se destaca o fato essencial. Da comparação entre as frases 1 e 2, podemos concluir que
Quando o lide é muito prolixo, é chamado de nariz-de-cera. Furo as condições sociais influem no modo de falar dos indivíduos,
é notícia dada em primeira mão. Quando o furo se revela falso, gerando, assim, certas variações na maneira de usar uma mesma

Língua Portuguesa 101


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APOSTILAS OPÇÃO
língua. A elas damos o nome de variações sócio-culturais. Amanhã, pode precisar dela. E cuidado ao conversar com seu avô;
talvez ele não entenda o que você diz.
- Geográfica: é, no Brasil, bastante grande e pode ser O malote, o cassete, o spray, o fuscão, o copião, a Vemaguet, a
facilmente notada. Ela se caracteriza pelo acento linguístico, que chacrete, o linóleo, o nylon, o nycron, o ditafone, a informática, a
é o conjunto das qualidades fisiológicas do som (altura, timbre, dublagem, o sinteco, o telex... Existiam em 1940?
intensidade), por isso é uma variante cujas marcas se notam Ponha aí o computador, os anticoncepcionais, os mísseis, a
principalmente na pronúncia. Ao conjunto das características motoneta, a Velo-Solex, o biquíni, o módulo lunar, o antibiótico, o
da pronúncia de uma determinada região dá-se o nome de enfarte, a acupuntura, a biônica, o acrílico, o ta legal, a apartheid,
sotaque: sotaque mineiro, sotaque nordestino, sotaque gaúcho o som pop, as estruturas e a infraestrutura.
etc. A variação geográfica, além de ocorrer na pronúncia, pode Não esqueça também (seria imperdoável) o Terceiro Mundo,
também ser percebida no vocabulário, em certas estruturas de a descapitalização, o desenvolvimento, o unissex, o bandeirinha, o
frases e nos sentidos diferentes que algumas palavras podem mass media, o Ibope, a renda per capita, a mixagem.
assumir em diferentes regiões do país. Só? Não. Tem seu lugar ao sol a metalinguagem, o
Leia, como exemplo de variação geográfica, o trecho abaixo, servomecanismo, as algias, a coca-cola, o superego, a Futurologia,
em que Guimarães Rosa, no conto “São Marcos”, recria a fala de a homeostasia, a Adecif, a Transamazônica, a Sudene, o Incra, a
um típico sertanejo do centro-norte de Minas: Unesco, o Isop, a Oea, e a ONU.
Estão reclamando, porque não citei a conotação, o
“__ Mas você tem medo dele... [de um feiticeiro chamado conglomerado, a diagramação, o ideologema, o idioleto, o ICM,
Mangolô!]. a IBM, o falou, as operações triangulares, o zoom, e a guitarra
__ Há-de-o!... Agora, abusar e arrastar mala, não faço. Não elétrica.
faço, porque não paga a pena... De primeiro, quando eu era moço, Olhe aí na fila – quem? Embreagem, defasagem, barra tensora,
isso sim!... Já fui gente. Para ganhar aposta, já fui, de noite, foras vela de ignição, engarrafamento, Detran, poliéster, filhotes de
d’hora, em cemitério... (...). Quando a gente é novo, gosta de fazer bonificação, letra imobiliária, conservacionismo, carnet da girafa,
bonito, gosta de se comparecer. Hoje, não, estou percurando é poluição.
sossego...” Fundos de investimento, e daí? Também os de incentivos
fiscais. Knon-how. Barbeador elétrico de noventa microrranhuras.
- Histórica: as línguas não são estáticas, fixas, imutáveis. Fenolite, Baquelite, LP e compacto. Alimentos super congelados.
Elas se alteram com o passar do tempo e com o uso. Muda a Viagens pelo crediário, Circuito fechado de TV Rodoviária. Argh!
forma de falar, mudam as palavras, a grafia e o sentido delas. Pow! Click!
Essas alterações recebem o nome de variações históricas. Não havia nada disso no Jornal do tempo de Venceslau Brás, ou
Os dois textos a seguir são de Carlos Drummond de Andrade. mesmo, de Washington Luís. Algumas coisas começam a aparecer
Neles, o escritor, meio em tom de brincadeira, mostra como a sob Getúlio Vargas. Hoje estão ali na esquina, para consumo geral.
língua vai mudando com o tempo. No texto I, ele fala das palavras A enumeração caótica não é uma invenção crítica de Leo Spitzer.
de antigamente e, no texto II, fala das palavras de hoje. Está aí, na vida de todos os dias. Entre palavras circulamos,
vivemos, morremos, e palavras somos, finalmente, mas com que
Texto I significado?
(Carlos Drummond de Andrade, Poesia e prosa,
Antigamente Rio de Janeiro, Nova Aguiar, 1988)

Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram - De Situação: aquelas que são provocadas pelas alterações
todas mimosas e prendadas. Não fazia anos; completavam das circunstâncias em que se desenrola o ato de comunicação.
primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo não sendo Um modo de falar compatível com determinada situação é
rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam incompatível com outra:
longos meses debaixo do balaio. E se levantam tábua, o remédio
era tirar o cavalo da chuva e ir pregar em outra freguesia. (...) Os Ô mano, ta difícil de te entendê.
mais idosos, depois da janta, faziam o quilo, saindo para tomar a
fresca; e também tomava cautela de não apanhar sereno. Os mais Esse modo de dizer, que é adequado a um diálogo em situação
jovens, esses iam ao animatógrafo, e mais tarde ao cinematógrafo, informal, não tem cabimento se o interlocutor é o professor em
chupando balas de alteia. Ou sonhavam em andar de aeroplano; situação de aula.
os quais, de pouco siso, se metiam em camisas de onze varas, e até Assim, um único indivíduo não fala de maneira uniforme
em calças pardas; não admira que dessem com os burros n’agua. em todas as circunstâncias, excetuados alguns falantes da
(...) Embora sem saber da missa a metade, os presunçosos linguagem culta, que servem invariavelmente de uma linguagem
queriam ensinar padre-nosso ao vigário, e com isso punham a mão formal, sendo, por isso mesmo, considerados excessivamente
em cumbuca. Era natural que com eles se perdesse a tramontana. formais ou afetados.
A pessoa cheia de melindres ficava sentida com a desfeita que lhe São muitos os fatores de situação que interferem na fala de
faziam quando, por exemplo, insinuavam que seu filho era artioso. um indivíduo, tais como o tema sobre o qual ele discorre (em
Verdade seja que às vezes os meninos eram mesmo encapetados; princípio ninguém fala da morte ou de suas crenças religiosas
chegavam a pitar escondido, atrás da igreja. As meninas, não: como falaria de um jogo de futebol ou de uma briga que tenha
verdadeiros cromos, umas teteias. presenciado), o ambiente físico em que se dá um diálogo (num
(...) Antigamente, os sobrados tinham assombrações, os templo não se usa a mesma linguagem que numa sauna), o grau
meninos, lombrigas; asthma os gatos, os homens portavam de intimidade entre os falantes (com um superior, a linguagem
ceroulas, bortinas a capa de goma (...). Não havia fotógrafos, mas é uma, com um colega de mesmo nível, é outra), o grau de
retratistas, e os cristãos não morriam: descansavam. comprometimento que a fala implica para o falante (num
Mas tudo isso era antigamente, isto é, doutora. depoimento para um juiz no fórum escolhem-se as palavras,
num relato de uma conquista amorosa para um colega fala-se
Texto II com menos preocupação).
As variações de acordo com a situação costumam ser
Entre Palavras chamadas de níveis de fala ou, simplesmente, variações de estilo
e são classificadas em duas grandes divisões:
Entre coisas e palavras – principalmente entre palavras – - Estilo Formal: aquele em que é alto o grau de reflexão sobre
circulamos. A maioria delas não figura nos dicionários de há trinta o que se diz, bem como o estado de atenção e vigilância. É na
anos, ou figura com outras acepções. A todo momento impõe-se linguagem escrita, em geral, que o grau de formalidade é mais
tornar conhecimento de novas palavras e combinações. tenso.
Você que me lê, preste atenção. Não deixe passar nenhuma - Estilo Informal (ou coloquial): aquele em que se fala com
palavra ou locução atual, pelo seu ouvido, sem registrá-la. despreocupação e espontaneidade, em que o grau de reflexão

Língua Portuguesa 102


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APOSTILAS OPÇÃO
sobre o que se diz é mínimo. É na linguagem oral íntima e ———————————————————————————
familiar que esse estilo melhor se manifesta. ———————————————————————————
Como exemplo de estilo coloquial vem a seguir um pequeno ———————————————————————————
trecho da gravação de uma conversa telefônica entre duas ———————————————————————————
universitárias paulistanas de classe média, transcrito do livro ———————————————————————————
Tempos Linguísticos, de Fernando Tarallo. As reticências ———————————————————————————
indicam as pausas. ———————————————————————————
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Eu não sei tem dia... depende do meu estado de espírito, tem ———————————————————————————
dia que minha voz... mais ta assim, sabe? taquara rachada? Fica ———————————————————————————
assim aquela voz baixa. Outro dia eu fui lê um artigo, lê?! Um ———————————————————————————
menino lá que faiz pós-graduação na, na GV, ele me, nóis ficamo ———————————————————————————
até duas hora da manhã ele me explicando toda a matéria de ———————————————————————————
economia, das nove da noite. ———————————————————————————
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Como se pode notar, não há preocupação com a pronúncia ———————————————————————————
nem com a continuidade das ideias, nem com a escolha das ———————————————————————————
palavras. Para exemplificar o estilo formal, eis um trecho ———————————————————————————
da gravação de uma aula de português de uma professora ———————————————————————————
universitária do Rio de Janeiro, transcrito do livro de Dinah ———————————————————————————
Callou. A linguagem falada culta na cidade do Rio de Janeiro. As ———————————————————————————
pausas são marcadas com reticências. ———————————————————————————
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o que está ocorrendo com nossos alunos é uma fragmentação ———————————————————————————
do ensino... ou seja... ele perde a noção do todo... e fica com uma ———————————————————————————
série... de aspectos teóricos... isolados... que ele não sabe vincular ———————————————————————————
a realidade nenhuma de seu idioma... isto é válido também para ———————————————————————————
a faculdade de letras... ou seja... né? há uma série... de conceitos ———————————————————————————
teóricos... que têm nomes bonitos e sofisticados... mas que... na ———————————————————————————
hora de serem empregados... deixam muito a desejar... ———————————————————————————
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Nota-se que, por tratar-se de exposição oral, não há o grau ———————————————————————————
de formalidade e planejamento típico do texto escrito, mas trata- ———————————————————————————
se de um estilo bem mais formal e vigiado que o da menina ao ———————————————————————————
telefone. ———————————————————————————
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Anotações ———————————————————————————
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APOSTILAS OPÇÃO
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APOSTILAS OPÇÃO
Se considerarmos que os mapas servem de orientação e de
base para o planejamento e conhecimento do território, a
sociedade acaba sendo consumidora dessas representações
cartográficas que são um meio de comunicação. Porém, na
maioria das vezes, esses mapas não têm cumprido o seu papel. A
função de um mapa quando disponível ao público é a de
comunicar o conhecimento de poucos para muitos, por
conseguinte ele deve ser elaborado de forma a realmente
comunicar. Provavelmente, parte da responsabilidade pela atual
proliferação de mapas pouco eficazes se deve também, ao acesso
Noções básicas de cartografia: irrestrito às ferramentas tecnológicas desenvolvidas para
Orientação: pontos cardeais; Lo- análise de dados espaciais aliadas ao desconhecimento dos
calização: coordenadas geográfi- procedimentos inerentes à representação cartográfica.
cas (latitude, longitude e alti- Do ponto de vista científico, a busca por métodos que dêem
conta da representação de processos complexos da
tude); Representação: leitura, contemporaneidade também provocou o aumento de pesquisas
escala, legendas e convenções. em áreas emergentes como o geoprocessamento, a informática,
o meio ambiente e a saúde pública, para os quais os sistemas de
informação geográfica fornecem ferramentas que ajudam na
produção de mapas. Isso certamente contribui, cada vez mais,
NOÇÕES BÁSICAS DE CARTOGRAFIA. para que os mapas sejam concebidos como documentos que
revelam o visível e o invisível na imagem, como, por exemplo, as
A Geografia precisa situar com precisão na superfície da concepções ideológicas de uma sociedade. No entanto,
Terra aquilo que quer estudar e analisar. A elaboração de mapas independente do objetivo, o mapa como um meio de
nasceu da necessidade de representar a forma da Terra e dos comunicação exige conhecimentos específicos de Cartografia,
continentes e medir as distâncias entre lugares. A cartografia é a tanto de seu criador como do usuário, leitor e consumidor.
ciência e a arte da representação gráfica da superfície terrestre.
O seu produto final é o mapa. Os mapas são fundamentais para a ORIENTAÇÃO: PONTOS CARTEAIS.
Geografia, pois nada mais são do que a representação total ou
parcial do espaço geográfico. As coordenadas geográficas são um sistema de linhas sobre
Desde a Antiguidade há a preocupação de se elaborar vários o globo ou o mapa. As coordenadas geográficas são os paralelos
tipos de mapas. Até a metade do século XV, os mapas eram re- e os meridianos.
presentações de descrições de itinerários para viajantes, mas As coordenadas geográficas são como imensas ruas ou cami-
não representavam fielmente a realidade do espaço terrestre. nhos que se cruzam sob toda a superfície terrestre, mas diferen-
No final da Idade Média começaram a ser desenhados os por- tes das ruas e avenidas de nossa cidade, as coordenadas não são
tulanos, verdadeiros mapas em duas dimensões: indicavam a po- visíveis. Por isso, os paralelos e os meridianos são linhas imagi-
sição dos portos e o contorno das costas. nárias, traçadas apenas sobre os mapas e o globo terrestre.
A partir do século XVII desenvolveu-se a ciência geodésica, Os paralelos e os meridianos são indicados por graus de cir-
que permitiu calcular com mais correção a latitude e a longitude cunferências. Um grau (1°) corresponde a uma das 360 partes
de um determinado ponto e a altitude de um lugar em relação ao iguais em que a circunferência pode ser dividida. Um grau por
mar. sua vez divide-se em 60 minutos (60') e cada minuto pode ser
Atualmente, os meios mais modernos utilizados pela carto- divido em 60 segundos (60"). Assim um grau é igual a 59 minutos
grafia são as fotografias aéreas, o sensoriamento remoto e a in- e 60 segundos.
formática, que auxilia na precisão dos cálculos. A fotografia aé- É um sistema referencial de localização terrestre baseado em
rea, realizada de aviões, proporciona o material básico para a valores angulares expressos em graus, minutos e segundos de la-
elaboração de mapas. As fotografias são feitas de maneira que, titude (paralelos) e em graus, minutos e segundos de longitude
sobrepondo-se duas imagens do mesmo lugar, obtém-se a im- (meridianos), sendo que os paralelos correspondem a linhas
pressão de uma só imagem em relevo. Graças a elas represen- imaginárias E-W paralelas ao Equador e os meridianos a linhas
tam-se os detalhes da superfície do solo. Sobre o terreno, o topó- imaginárias N-S, passando pelos polos, correspondentes a inter-
grafo completa o trabalho, revelando os detalhes pouco visíveis seção da superfície terrestre com planos hipotéticos contendo o
nas fotografias. eixo de rotação terrestre.
Outra técnica cartográfica é o sensoriamento remoto. Con- O sistema de paralelos usa o Equador como referencial 0
siste na transmissão, a partir de um satélite, de informações so- (zero) e os valores angulares crescem para o N e para o S até 90
bre a superfície do planeta ou da atmosfera. graus, cada grau subdividido em 60 minutos e cada minuto em
No Brasil utiliza-se o termo mapa, de forma genérica, para 60 segundos; para distinguir as coordenadas ao norte e ao sul
identificar vários tipos de representação cartográfica. Mesmo devem ser usadas as indicações N e S respectivamente.
que, em alguns casos, a representação não passe de uma lista de
palavras e números, ou de um gráfico que mostre como ocorre Obs: Olhar a figura na horizontal.
determinado fenômeno, essa representação recebe o nome de
mapa. Embora o termo esteja popularizado, a grande maioria dos
brasileiros possui um conhecimento muito restrito de
cartografia devido ao nível de importância que é dado à
alfabetização cartográfica no ensino formal e à difusão de mapas
para uso cotidiano. Porém, os mapas estão em toda parte, jornais,
revistas, canais abertos de televisão – quem não olha o mapa do
tempo no jornal diário? - mapa rodoviário, do metrô, da cidade,
e tantos outros que poderiam servir para alguma coisa, mas que
quando existem, desorientam mais do que orientam. Talvez para
o usuário não interesse como eles foram feitos, mas, se servem à
necessidade imediata, se cumprem seu objetivo.

Geografia 1

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APOSTILAS OPÇÃO

Fonte: http://www.estudopratico.com.br/wp-content/uplo-
ads/2014/08/pontos-cardeais.jpg

Para as longitudes, o valor de cada unidade é bem definido,


pois a metade do grande círculo tem 20.003,93km, dividindo
este último por 180, conclui-se que um grau (°) equivale a
111,133km. Dividindo um grau por 60, toma-se que um minuto
(') equivale a 1.852,22m (valor praticamente idêntico ao da mi-
lha náutica). Dividindo um minuto por 60, tem-se que um se-
gundo (") equivale a 30,87m,
Para as latitudes, há um valor específico para cada posição,
que aumenta de 0 na Linha do Equador até aos Polos, onde está
o seu valor máximo (90º de amplitude do ângulo).

LOCALIZAÇÃO: COORDENADAS GEOGRÁFICAS (LATI-


TUDE, LONGITUDE E ALTITUDE).

Linhas imaginárias traçadas em intervalos regulares que


permitem a localização de pontos da superfície terrestre. Todos
os pontos se cruzam em duas coordenadas: latitude e longitude.
São medidas em grau, minuto e segundo. As coordenadas geo-
gráficas foram determinadas por meio de observações astronô-
micas e satélites geodésicos.

Latitude

Latitudes ou paralelos são as linhas paralelas ao Equador e


Fonte: geomodelopiaui.blogspot.com marcam a distância entre os polos. Partem do Equador (0º) até
90º ao norte e ao sul. Por convenção internacional, servem para
O sistema de meridianos usa um meridiano arbitrário que determinar as zonas quentes, temperadas e glaciais da superfície
passa em Greenwich, na Grã Bretanha, como origem referencial do planeta. Os paralelos mais importantes são o trópico de Cân-
0 (zero) e os valores angulares crescendo para o oeste e para o cer e o círculo polar ártico, ao norte, e o trópico de Capricórnio e
leste até 180 graus, cada grau subdividido em 60 minutos e cada o círculo polar antártico, ao sul. No Brasil, o trópico de Capricór-
minuto em 60 segundos; para distinguir as coordenadas dos he- nio passa pelos estados do Paraná e de São Paulo.
misférios terrestres ocidental e oriental devem ser usadas as no-
tações internacionais W e E, respectivamente.
Assim, a localização de um ponto terrestre pode ser expressa
pela interseção de latitude com longitude; exemplos:
20º35'45"N-45º25'00"W; 20º35'45"S-45º25'00"E.
Deve ser observado que 1 grau de intervalo de longitude no
Equador corresponde, aproximadamente, a 112 km e que vai se
estreitando para os polos onde viram um ponto (à semelhança
de um gomo de laranja).
Existem pelo menos quatro modos de designar uma localiza-
ção exata para qualquer ponto no globo terrestre.
Nos três primeiros sistemas, o globo é dividido em latitudes,
que vão de 0 a 90 graus (Norte ou Sul) e longitudes, que vão de 0
a 180 graus (Leste ou Oeste). Para efeitos práticos, usam-se as
siglas internacionais para os pontos cardeais: N=Norte, S=Sul,
E=Leste/Este, W=Oeste.

Fonte: http://www.geografiaparatodos.com.br/img/Lati-
tude%20e%20longitude.jpg

Geografia 2

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APOSTILAS OPÇÃO
Longitude mos mudando de horário. Para calcularmos a diferença do horá-
rio entre um local e outro, basta percebermos que a Terra gira
Longitudes ou meridianos são as linhas que partem do meri- 360 graus (uma volta completa) para completar às 24 horas do
diano de Greenwich (0º) - desde 1884 adotado por um acordo dia. Podemos então calcular que a cada 15 graus (ou seja, dividir
internacional como meridiano de origem - até 180º a oeste e a 360/24) temos um meridiano com uma hora a mais (ou a me-
leste e convergem para os polos. A linha imaginária ganha esse nos). Já que temos um meridiano zero, temos da mesma forma
nome porque passa pelo antigo observatório da cidade de que na matemática, nossos pontos negativos e positivos. A partir
Greenwich, situada perto de Londres, no Reino Unido. Os meri- de Greenwich, se você conta da direita para a esquerda (ou do
dianos são usados para determinar os fusos horários ao longo do oeste para o leste), estará voltando no tempo! E indo para o "fu-
globo terrestre. O primeiro fuso encontra-se entre 7º30’ a leste e turo" se fizer o contrário. Devemos perceber que já que
a oeste de Greenwich. A cada 15º leste desse intervalo se acres- Greenwich fica na posição "zero" devemos contar 7,5 graus oeste
centa uma hora e a oeste se diminui uma hora. e 7,5 graus leste para somar 15 graus e fechar uma hora. Dessa
maneira, se você está em Greenwich ás 10 horas da noite e liga
para um amigo na Cidade do México (localizada entre os meridi-
anos 90 e 105 Oeste ou [-90,-105]) ainda será dia, pois teremos
(-7,5, -22,5, -37,5, -52,5, -67,5, -82,5,-97,5) menos 7 horas, ou
seja, 3 horas da tarde. Já se você for ligar para outro amigo na
Ilha de Madagascar localizada entre (45 e 60 Leste ou [45,60]),
provavelmente irá acordá-lo, pois então teremos (+7,5, +22,5,
+37,5, +52,5) 4 horas mais, ou seja 2 da madrugada!
Ao trabalharmos no eixo das ordenadas (ou dos y) que equi-
vale ao deslocamento vertical do mapa estamos variando nossa
latitude. Nosso ponto de origem agora é uma linha que divide a
Terra ao meio, nos chamados hemisférios Norte e Sul: o Equador.
Acima do Equador medimos a Latitude de 0 a 90 graus Norte (o
y positivo) e abaixo de 0 a 90 graus Sul (o y negativo). Essa divi-
são tem como característica marcante a inversão climática:
quando é inverno no hemisfério Norte é verão no hemisfério Sul:
de outra forma não se fariam bonecos de neve em Nova York na
época de Natal enquanto em Porto Alegre ventiladores e apare-
Fonte: http://www.geografiaparatodos.com.br/img/Lati-
lhos de ar condicionado estão no máximo!
tude%20e%20longitude.jpg
Poder calcular as longitudes e as latitudes e assim saber onde
Altitude estava, foi um dos maiores problemas das grandes navegações e
que persistiu até o século XVIII, quando Jhon Harrisson inventou
A altitude corresponde a distância vertical de um determi- o cronômetro e assim possibilitou a um navio saber qual era a
nado ponto quando comparado ao nível médio do mar. Essa alti- sua longitude. As coordenadas geográficas são linhas imaginá-
tude ainda pode ser dividida em ortométrica, sendo a distância rias que podem ser traçadas sobre o nosso planeta ou qualquer
vertical de um ponto sobre a superfície da terra em relação a um outra esfera para que se consiga determinar a posição de qual-
geóide de referência, e elipsoidal, sendo a distância vertical entre quer objeto. Basicamente as coordenadas são longitude e lati-
um elipsoide de referência. As altitudes que são demonstradas tude. As latitudes são círculos que abraçam a Terra. O maior des-
em receptores de GPS (Global Positioning System) são do tipo ses círculos é a Linha do Equador.
elipsoidal.
A Linha do Equador que é a latitude 0°, também divide o
Meridiano do Local nosso planeta em dois hemisférios iguais, o Hemisfério Norte e o
Hemisfério Sul. As latitudes começam em 0° no Equador e termi-
É o meridiano que passa pelo local onde está situado um nam em 90° tanto no Pólo Sul como no Pólo Norte. Todas as lon-
ponto. É também chamado de meridiano do lugar. gitudes têm 360º, o que varia é o tamanho do seu círculo. Embora
Na base do sistema de quadrículas utilizado para localizar o tamanho do círculo diminua tanto para o norte como para o
pontos em um mapa, está o que estudamos como coordenadas Sul, a latitude aumenta nesses dois sentidos, chegando até 90°.
cartesianas ou coordenadas retangulares. Ao representarmos a Com as longitudes é diferente, todas tem o mesmo tamanho.
superfície da Terra em um plano - como o papel onde desenha- Pois iniciam em um polo e terminam no outro. A referência do 0°
mos o mapa - precisamos nos localizar, indo para os lados e para é a longitude de Greenwich. A partir de Greenwich, as longitudes
"cima" ou para "baixo". Quando desenhamos um gráfico de uma para Oeste vão até 180° e 180° para Leste.
função no plano cartesiano utilizamos pares de pontos, que usu-
almente denominamos x e y (abscissa e ordenada). Com os pon- A linha oposta a Greenwich - 180° - é chamada de Linha In-
tos "x" conseguimos nos localizar horizontalmente a direita ou à ternacional da Mudança de Data. Assim foi escolhida por ser uma
esquerda do ponto de origem (o "zero" do sistema). Quando nos área com poucas terras e causando menos conflito na troca de
movemos sobre um mapa da direita para esquerda (o que quer datas.
dizer de oeste para o leste) ou vice versa, estamos mudando O sistema de mapeamento da Terra através de coordenadas
nossa longitude e passamos a lidar com lugares geométricos de- geográficas expressa qualquer posição horizontal no planeta
nominados coordenadas geográficas: cada ponto "x" determina através de duas das três coordenadas existentes num sistema es-
um meridiano –uma linha imaginária que vai de um polo a outro férico de coordenadas, alinhadas com o eixo de rotação da Terra.
(polo norte/polo sul). O meridiano zero, aquele que tomamos Herdeiro das teorias dos antigos babilônios, expandido pelo fa-
como ponto de origem, passa pela cidade de Greenwich perto de moso pensador e geógrafo grego Ptolomeu, um círculo completo
Londres na Inglaterra. é dividido em 360 graus (360°).
Uma das características físicas marcantes da longitude é o
fuso-horário: quando nos deslocamos entre os meridianos esta-

Geografia 3

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APOSTILAS OPÇÃO
Localização Absoluta Leitura

Para localizar qualquer lugar na superfície terrestre de forma Para uma compreensão geral é necessário que o leitor faça
exata é necessário usar duas indicações, uma letra e um número. uma leitura rápida para captar o que há de mais relevante para
Temos que utilizar elementos de referência que nos permitam sua necessidade, isto é, obter as informações genéricas do texto.
localizar com exatidão qualquer lugar da Terra. A rede cartográ- Para buscar as informações principais do texto se detendo com
fica ou geográfica dá-nos a indicação das coordenadas geográfi- maior atenção nos pontos principais é necessário que o leitor ob-
cas. Os pontos de orientação que acabamos de estudar dão um serve cada parágrafo e identifique os dados específicos que mais
rumo, isto é, uma direção, mas não permitem localizar com exa- lhe interessam. Para uma leitura detalhada e, portanto, mais pro-
tidão um ponto na superfície terrestre. funda, é requerido mais tempo, pois é exigida a compreensão dos
Assim, quando dizemos que a área X está a leste de Y, não es- detalhes do texto.
tamos dando a localização precisa dessa área, mas apenas indi- Existe um outro recurso que pode ser empregado com su-
cando uma direção. Para saber com exatidão onde se localiza cesso no ensino, na aprendizagem, na avaliação, na análise de
qualquer ponto da superfície terrestre — uma cidade, um porto, conteúdo e na negociação de significados. Trata-se de mapas
uma ilha, etc. — usamos as coordenadas geográficas. As coorde- conceituais, isto é, grafos ou diagramas que indicam relações en-
nadas geográficas baseiam-se em linhas imaginárias traçadas so- tre conceitos, podendo ter duas ou mais dimensões.
bre o globo terrestre: Os mapas unidimensionais são listas de conceitos que ten-
dem a apresentar uma organização linear vertical, sendo mais
- os paralelos são linhas paralelas ao equador — a própria grosseiros e genéricos. Mapas conceituais bidimensionais bene-
linha imaginária do equador é um paralelo; ficiam-se também da dimensão horizontal, favorecendo uma re-
- os meridianos são linhas semicirculares, isto é, linhas de presentação mais completa das relações entre os conceitos. Ma-
180° — eles vão do Polo Norte ao Polo Sul e cruzam com os pa- pas conceituais tridimensionais constituem abstrações matemá-
ralelos. ticas de limitada utilidade para fins instrucionais.
Desta maneira, procure elaborar um mapa conceitual bidi-
Cada meridiano possui o seu antimeridiano, isto é, um meri- mensional, ou seja, um diagrama bidimensional mostrando rela-
diano oposto que, junto com ele, forma uma circunferência. To- ções hierárquicas entre conceitos. É importante ressaltar que o
dos os meridianos têm o mesmo tamanho. Convencionou-se que mapa conceitual, de acordo com o princípio ausubeliano (David
o meridiano de Greenwich, que passa pelos arredores da cidade Ausubel), podem ser utilizados como instrumentos para promo-
de Londres, na Inglaterra, é o meridiano principal. ver a diferenciação conceitual progressiva bem como a reconci-
A partir dos paralelos e meridianos, estabeleceram-se as co- liação integrativa.
ordenadas geográficas, que são medidas em graus, para localizar Um mapa conceitual pode também ser pensado como uma
qualquer ponto da superfície terrestre. ferramenta para negociar significados, o que é feito através de
proposições (dois ou mais conceitos ligados por palavras em
uma unidade semântica) que expressam significados atribuídos
às relações entre conceitos.

Escala
Escala é variação de proporção de uma área a ser mapeada,
quem a determina é o responsável pela elaboração do mapa.

Exemplo prático: Quando se tem a intenção de construir um


mapa de um espaço, de maneira que represente fielmente as me-
Fonte: http://www.mast.br/multimidia_instrumentos/images/ba- didas reais do mesmo, pode-se seguir o seguinte princípio: Se
rometro/home_04.jpg uma sala de aula possui 5 metros de largura por 5 metros de
comprimento, a mesma pode ser representada da seguinte
REPRESENTAÇÃO: LEITURA, ESCALA, LEGENDAS E CON- forma: se estabelece que cada centímetro no papel equivale a 1
VENÇÕES metro ou 100 centímetros no real. Desse modo, a escala produ-
zida é 1:100 (1cm: 100cm) ou 1/100 (1cm/100cm).
O mapa é uma imagem reduzida de uma determinada super- As escalas podem ser indicadas de duas maneiras, através de
fície. Essa redução - feita com o uso da escala - torna possível a uma representação gráfica ou de uma representação numérica.
manutenção da proporção do espaço representado. É fácil reco-
nhecer um mapa do Brasil, por exemplo, independentemente do Escala Gráfica
tamanho em que ele é apresentado, pois a sua confecção obede- A escala gráfica é representada por um pequeno segmento de
ceu a determinada escala, que mantém a sua forma. A escala car- reta graduado, sobre o qual está estabelecida diretamente a re-
tográfica estabelece, portanto, uma relação de proporcionali- lação entre as distâncias no mapa, indicadas a cada trecho deste
dade entre as distâncias lineares num desenho (mapa) e as dis- segmento, e a distância real de um território. Observe:
tâncias correspondentes na realidade.
Um mapa pode possuir níveis distintos de abrangência, de
modo que podemos mapear o mundo, continentes ou partes de-
les, países, regiões, Estados ou mesmo ruas. Todas as vezes que
visualizamos um mapa, independentemente do seu tema (mapa A escala representa que cada centímetro no papel corres-
político, físico, histórico, econômico), podemos saber a distância ponde a 3 km na superfície real.
real que há entre dois pontos ou o tamanho de uma área. Isso é
possível por meio da verificação da escala disposta nos mapas. A escala gráfica apresenta a vantagem de estabelecer direta
Escala é variação de proporção de uma área a ser mapeada, e visualmente a relação de proporção existente entre as distân-
quem a determina é o responsável pela elaboração do mapa. cias do mapa e do território. É representada sob a forma de um
segmento de reta, normalmente subdividido em seções e ao
longo do qual são registradas as distâncias reais corresponden-
tes às dimensões do segmento

Geografia 4

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Ex.: Na escala 1: 100 000 - "1 cm" representa a distância no Fenômenos Qualitativos
mapa enquanto que o "100 000 cm" representa a distância real.
Isto significa que 1 cm no mapa corresponde a 100 000 cm na Os métodos de mapeamento para os fenômenos qualitativos
realidade, ou seja 1 km. utilizam as variáveis visuais seletivas forma, orientação e cor,
nos três modos de implantação: pontual, linear e zonal.
A construção de mapa de símbolos pontuais nominais leva
em conta os dados absolutos que são localizados como pontos e
utiliza como variável visual a forma, a orientação ou a cor.
Escala Numérica Também é possível utilizar símbolo geométrico associado ou não
as cores. A disposição dos pontos nesse mapa cria uma
A escala numérica é estabelecida através de uma relação ma- regionalização do espaço formada especificamente pela
temática, normalmente representada por uma razão, por exem- presença/ausência da informação.
plo: 1:300 000 (1 por 300 000). A primeira informação que ela
fornece é a quantidade de vezes em que o espaço representado
foi reduzido. Neste exemplo, o mapa é 300 000 vezes menor que
o tamanho real da superfície que ele representa.
Na escala numérica as unidades, tanto do numerador como
do denominador, são indicadas em cm. O numerador é sempre 1
e indica o valor de 1cm no mapa. O denominador é a unidade va-
riável e indica o valor em cm correspondente no território. No
caso da escala exemplificada (1: 300 000), 1cm no mapa repre-
senta 300 000 cm no terreno, ou 3 km.

Caso o mapa seja confeccionado na escala 1:300, cada 1cm no


mapa representa 300 cm ou 3 m. Para fazer estas transformações
é necessário aplicar a escala métrica decimal:

Escala 1:300 000


3 0 0 0 0 0
Os mapas de símbolos lineares nominais são indicados para
km hm dam m dm cm representar feições que se desenvolvem linearmente no espaço
3 km 0 0 0 0 0 como a rede viária, hidrografia e, por isso, podem ser reduzidos
a forma de uma linha. As variáveis visuais utilizadas são a forma
ou
e a cor. Esses mapas também servem para mostrar
Escala 1:300 deslocamentos no espaço indicando direção ou rota (rotas de
3 0 0 transporte aéreo, correntes oceânicas, fluxo de migrações,
direções dos ventos e correntes de ar) sem envolver
km hm dam m dm cm quantidades. Nesses mapas qualitativos a espessura da linha
3m 0 0 permanece a mesma, variando somente sua direção.
Os mapas corocromáticos apresentam dados geográficos e
utilizam diferenças de cor na implantação zonal. Este método
Legenda deve ser empregado sempre que for preciso mostrar diferenças
nominais em dados qualitativos, sem que haja ordem ou
A legenda deverá ser organizada de acordo com a relação hierarquia. Também é possível o uso das variáveis visuais
existente entre os dados utilizando as variáveis visuais que granulação e orientação, neste caso, as diferenças são
representem exatamente as mesmas relações, ou seja, essa representadas por padrões preto e branco. Quando do uso de
relação poderá ser qualitativa, ordenada ou quantitativa. Na cores, estas devem separar grupos de informações e os padrões
construção da legenda, após identificar a variável visual mais diferentes a serem aplicados, para fazer a subdivisão dentro dos
adequada ao tipo de informação que se quer representar, e seu grupos. Para os usuários, a visualização de fenômenos
respectivo modo de implantação, acontece a transcrição da qualitativos em mapas corocromáticos, apenas aponta para a
linguagem escrita para a gráfica. Dessa forma, as relações entre existência ou ausência do fenômeno e não a ordem ou a
os dados e sua respectiva representação, são pontos de partida proporção do fenômeno representado.
na caracterização da linguagem cartográfica.
Fenômenos Ordenados
O nível de organização dos dados, qualitativos, ordenados ou
quantitativos, de um mapa está diretamente relacionado ao Os fenômenos ordenados são representados em classes
método de mapeamento e a utilização de variáveis visuais visualmente ordenadas e utilizam a variável valor na
adequadas à sua representação. A combinação dessas variáveis, implantação zonal. Os mapas mais significativos para
segundo os métodos padronizados, dará origem aos diferentes representar fenômenos ordenados são os mapas coropléticos.
tipos de mapas temáticos, entre os quais os mapas de símbolos Os mapas coropléticos são elaborados com dados
pontuais, mapas de isolinhas e mapas de fluxos; mapas zonais, quantitativos e apresentam sua legenda ordenada em classes
ou coropléticos, mapas de símbolos proporcionais ou círculos conforme as regras próprias de utilização da variável visual valor
proporcionais, mapas de pontos ou de nuvem de pontos. Abaixo, por meio de tonalidades de cores, ou ainda, por uma sequência
abordaremos alguns tipos de mapas temáticos e suas respectivas ordenada de cores que aumentam de intensidade conforme a
legendas. sequência de valores apresentados nas classes estabelecidas. Os
mapas no modo de implantação zonal, são os mais adequados
para representar distribuições espaciais de dados que se refiram
as áreas. São indicados para expor a distribuição das densidades
(habitantes por quilômetro quadrado), rendimentos (toneladas

Geografia 5

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APOSTILAS OPÇÃO
por hectare), ou índices expressos em percentagens os quais O mapa de círculos concêntricos consiste na representação
refletem a variação da densidade de um fenômeno (médicos por de dois valores ao mesmo tempo por meio de dois círculos so-
habitante, taxa de natalidade, consumo de energia) ou ainda, brepostos com cores diferentes. Este tipo de representação é re-
outros valores que sejam relacionados a mais de um elemento. comendado para a apresentação de uma mesma informação em
períodos distintos, ou para duas informações diferentes com da-
dos não muito discrepantes.

Fenômenos Quantitativos

Os fenômenos quantitativos são representados pela variável


visual tamanho e podem ser implantados em localizações
pontuais do mapa ou na implantação zonal, por meio de pontos
agregados, como também, na implantação linear com variação da
espessura da linha.
Os mapas de símbolos proporcionais representam melhor os
fenômenos quantitativos e constituem-se num dos métodos mais
empregados na construção de mapas com implantação pontual.
Esses mapas são utilizados para representar dados absolutos
tais como população em número de habitantes, produção, renda,
em pontos selecionados do mapa. Geralmente utiliza-se o círculo
proporcional aos valores que cada unidade apresenta em relação
a uma determinada variável, porém, podem-se utilizar quadra-
dos ou triângulos. A variação do tamanho do signo depende di-
retamente da proporção das quantidades que se pretende repre-
sentar. Geralmente o número de classes com utilização do tama-
Para representar quantidades na implantação zonal utili-
nho, deve atingir no máximo cinco classes.
zam-se os mapas de pontos. Esse mapa possui a vantagem de
possibilitar uma leitura muito fácil por meio da contagem dos
pontos, dando a sensação de conhecimento da realidade. No en-
tanto a elaboração desse mapa pressupõe muita abstração uma
vez que a distribuição dos pontos não ocorre segundo a distri-
buição do fenômeno.
Os mapas de pontos ou de nuvem de pontos expõem dados
absolutos (número de tratores de um município, número de ha-
bitantes, totais de produção, etc.) e o número de pontos deve re-
fletir exatamente o número de ocorrências. Sua construção de-
pende de duas decisões: qual valor será atribuído a cada ponto e
como esses pontos serão distribuídos dentro da área a ser mape-
ada.

Mapa de círculos proporcionais com informação quantitativa


no modo de implantação pontual
Recomenda-se evitar duas formas de símbolos proporcionais
num mesmo mapa (circulo e triângulo), pois dificultam a comu-
nicação cartográfica. Especialmente, quando é necessário repre-
sentar duas informações quantitativas com implantação pontual,
pode-se recorrer ao mapa de círculos concêntricos ou o mapa de
semicírculos opostos que permite a comparação de uma mesma
variável obtida em períodos diferentes.
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Modo de Expressão
Modo de expressão diz respeito a cada tipo específico de
representação cartográfica e está relacionado ao objetivo da
construção e a escala. Os mais comuns são o mapa e a carta.
O mapa resulta de um levantamento preciso e exato, da
superfície terrestre, e é apresentado em escala pequena (escalas
inferiores a 1:1.000.000). Os limites do terreno representado
coincidem com os limites político-administrativo, sendo que o
título e as informações complementares são colocados no
interior do quadro de representações que circunscreve a área
mapeada. São exemplos característicos de mapas, o mapa mundi,
mapa dos continentes, mapas nacionais, estaduais, regionais,
municipais, mapas políticos e administrativos, organizados em
atlas de referência, atlas temáticos e escolares, ou em livros
didáticos.
A carta é uma representação de parte da superfície terrestre
em escala média ou grande, dos aspectos artificiais e naturais de
uma área, subdividida em folhas delimitadas por linhas
Mapa de nuvem de pontos com informação quantitativa no convencionais - paralelos e meridianos - com a finalidade de
modo de implantação pontual no qual se visualiza uma mancha possibilitar a avaliação de detalhes, com grau de precisão
mais clara ou mais escura consoante a ocorrência do fenômeno compatível com a escala. Geralmente, essas representações
representado. possuem como limites as coordenadas geográficas, e raramente
terminam em limites político-administrativo. As observações e
Os mapas isopléticos ou de isolinhas são construídos com a informações tais como título, escala e fonte, aparecem fora das
união de pontos de mesmo valor e são aplicáveis a fenômenos linhas que fecham o quadro da representação, ou seja, a linha que
geográficos que apresentam continuidade no espaço geográfico. circunscreve a área objeto de representação espacial.
Podem ser construídos a partir de dados absolutos de altitude do Entre os tipos de mapas menos utilizados aparecem o
relevo (medida em determinados pontos da superfície da Terra); cartograma e a anamorfose cartográfica. Cartograma ou mapa
temperatura, precipitação, umidade, pressão atmosférica (medi- diagrama é uma das denominações que recebe um mapa que
das nas estações meteorológicas); distância-tempo, ou distância- representa dados quantitativos em forma de gráfico sobre
custo (medidas em certos pontos ao longo de vias de comunica- mapas de áreas extensas como estados, países, regiões. Esse
ção) e outros, como volume de água (medida em pontos de cap- termo se cristalizou no Brasil nas décadas de 1960-1980, como
tação); também podem ser construídos a partir de dados relati- usual para mapas nessas escalas. São representações que se
vos como densidades, percentagens ou índices. lidam menos com os limites exatos e precisos como as
Os mapas de fluxo são representações lineares que tentam coordenadas geográficas, para se preocupar mais, com as
simular movimentos entre dois pontos ou duas áreas. Esses mo- informações que serão objeto de distribuição espacial no interior
vimentos podem ser medidos em certos pontos ao longo das vias do mapa, a fim de que o usuário possa visualizar seu
de comunicação ou entre duas áreas, na origem e no destino sem comportamento espacial.
necessariamente especificar a via de comunicação. Esse tipo de Anamorfose é uma figura aparentemente disforme que, por
mapa mostra claramente em que direção os valores ou intensi- reflexão num determinado sistema óptico produz uma imagem
dades de um fenômeno crescem ou decrescem. regular do objeto que representa, a anamorfose cartográfica ou
geográfica é uma figura que expõe o contorno dos espaços
representados de forma distorcida para realçar o tema. A área
das unidades espaciais é alterada de forma proporcional ao
respectivo valor, mantendo-se as relações topológicas entre
unidades contíguas. Por exemplo, numa carta que represente a
distribuição geográfica da densidade populacional, as áreas dos
municípios podem ser ampliadas ou reduzidas de acordo com o
afastamento daquele parâmetro em relação à média. Em outros
casos, a distorção do espaço é realizada de acordo com o valor de
certos tipos de relação espacial entre lugares, tais como a
distância medida ao longo das estradas ou o tempo de
deslocamento gasto para percorrer essa distância.

Vários tipos de mapas temáticos podem ser construídos de


acordo com os métodos apresentados, porém, outros fatores,
como o modo de expressão, escala e conteúdo dos mapas, são
igualmente importantes e devem ser observados no processo de
elaboração e leitura de mapas.

Geografia 7

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qualitativos, ordenados ou quantitativos nos modos de
implantação pontual, linear ou zonal.

Convenções

Convenções são os sinais ou símbolos, como cores e figuras,


usados para representar os fenômenos desejados no mapa. A
maioria das figuras e cores é reconhecida internacionalmente. O
conjunto dos símbolos usados no mapa constitui a sua legenda.

As principais formas de representação do relevo terrestre


são os mapas com curvas de nível, os mapas com gradação de
cores, as hachuras e o perfil topográfico. As curvas de nível são
linhas que ligam pontos ou cotas de altitude em intervalos iguais.
A partir delas pode-se construir um tipo de gráfico especial, cha-
mado perfil topográfico. Curvas de nível muito juntas indicam
A variável visual tamanho corresponde à variação do
um terreno muito inclinado, e afastadas significam uma inclina-
tamanho do ponto, de acordo com a informação quantitativa; a
ção mais suave. As hachuras e a gradação de cores representam
variável visual valor pressupõe a variação da tonalidade ou de
o terreno com uma informação visual imediata e direta. As ha-
uma seqüência monocromática; a granulação corresponde a
churas representam o relevo por meio de um conjunto de linhas
variação da repartição do preto no branco onde deve-se manter
paralelas ou próximas umas às outras. Quanto mais intensas,
a mesma proporção de preto e de branco; a variável visual cor
mais inclinado é o terreno. A gradação de cores faz o mesmo uti-
significa a variação das cores do arco-íris, sem variação de
lizando uma gama de tonalidades em que são atribuídos valores
tonalidade, tendo as cores a mesma intensidade. Por exemplo:
numéricos aos tons e às cores.
usar azul, vermelho e verde é usar a variável visual “cor”. O uso
do azul-claro, azul médio e azul escuro corresponde à variável
No entanto, para representar os diversos temas é preciso
“valor”. A variável visual orientação corresponde às variações de
recorrer a uma simbologia específica que, aplicada aos modos de
posição entre o vertical, o oblíquo e o horizontal e, por fim, a
implantação - pontual, linear ou zonal, aumentam a eficácia no
forma, agrupa todas as variações geométricas ou não.
fornecimento da informação. As regras dessa simbologia
A observação das regras apresentadas no quadro de variá-
pertencem ao domínio da semiologia gráfica.
veis visuais permite uma comunicação muito mais eficaz. Com
A semiologia gráfica foi desenvolvida por Bertin (1967) e
exceção da variável visual cor (matiz), a utilização correta das
está ao mesmo tempo ligada às diversas teorias das formas e de
demais permite a representação em preto ou tons de cinza; téc-
sua representação, e às teorias da informação. Aplicada à
nicas muito importantes quando o mapa elaborado precisa ser
cartografia, ela permite avaliar as vantagens e os limites da
impresso com baixo custo, porém, com ótimos resultados.
percepção empregada na simbologia cartográfica e, portanto,
Para que o processo de comunicação entre o construtor do
formular as regras de uma utilização racional da linguagem
mapa e o usuário – leitor do mapa se estabeleça, os seguintes
cartográfica, reconhecida atualmente, como a gramática da
princípios jamais poderão ser ignorados:
linguagem gráfica, na qual a unidade linguística é o signo.
O signo (símbolo) é constituído pela relação entre o
- Um fenômeno se traduz por um só sinal. Exemplo: arroz,
significante (ouvir falar de algo como por exemplo, papel), o
feijão e milho. Não apresenta quantidade e nem ordem. A infor-
objeto referente (esse papel) e o significado (idéia de papel
mação nesse caso é qualitativa e a variável visual mais adequada
formada na mente do interlocutor ao ouvir falar papel, um papel
para sua representação é a forma ou a cor (matiz).
qualquer). No entanto, o signo é constituído por significante
- Uma ordem se traduz somente por uma ordem. Exemplo:
(mensagem acústica: papel) e significado (conceito, idéia de
densidades, hierarquias e sequências ordenadas, ou seja, quando
papel). Por exemplo, num mapa do uso das terras, o signo
a informação quantitativa é ordenada em classes e a variável
constituído pelo significante "cor laranja" tem o significado de
visual mais adequada é o valor (monocromia). Nesses casos, não
cultura permanente. Dessa forma, os signos são construídos
se deve utilizar a variável visual tamanho porque não é possível
basicamente, com a variação visual de forma, tamanho,
diferenciar quanto vale cada ponto dentro da classe estabelecida.
orientação, cor, valor e granulação para representar fenômenos
- Variações quantitativas se traduzem somente pela variável
visual tamanho.

Geografia 8

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APOSTILAS OPÇÃO

Além das variáveis visuais, o quadro apresentado, também


apresenta os modos de implantação. Esses são diferenciados de
acordo com a extensão do fenômeno na realidade. Dessa forma,
distinguem-se três modos de implantação: implantação pontual,
quando a superfície ocupada é insignificante, mas localizável
com precisão; implantação linear, quando sua largura é
desprezível em relação ao seu comprimento, o qual, apesar de
tudo, pode ser traçado com exatidão; implantação zonal, quando
cobre no terreno uma superfície suficiente para ser
representada sobre o mapa por uma superfície proporcional
homóloga.
As variáveis visuais podem ser percebidas de modo dife-
rente, conforme um conjunto de propriedades que podem ser:
seletivas, associativas, dissociativas, ordenadas e quantitativas.
São chamadas variáveis visuais seletivas, quando permitem se-
parar visualmente as imagens e possibilitam a formação de gru-
pos de imagens. A cor, a orientação, o valor, a granulação e o ta-
manho possuem essa propriedade. São associativas quando per-
mitem agrupar espontaneamente, diversas imagens num mesmo Considerando a perspectiva da matéria jornalística e as in-
conjunto; forma, orientação, cor e granulação possuem a propri- formações do mapa, o incentivo à produção de energia eólica de-
edade de serem vistos como imagens semelhantes. veria voltar-se, fundamentalmente, para os estados da região
Ao contrário, quando as imagens se separam espontanea-
mente, a variável é dissociativa; este é o caso do valor e do tama- (A) Sul.
nho. São chamadas variáveis ordenadas quando permitem uma (B) Norte.
classificação visual segundo uma variação progressiva. São orde- (C) Nordeste.
nados o tamanho, valor e a granulação. Finalmente, são quanti- (D) Sudeste.
tativas quando se relacionam facilmente com um valor numé- (E) Centro-Oeste.
rico.
A única variável visual quantitativa é o tamanho. Isto porque 2. (SEE-SP –CESGRANRIO - 2010)
somente as figuras geométricas possuem uma área e um volume
que pode ser visualizado com facilidade, permitindo relacionar
imediatamente com uma unidade de medida e, portanto, com
uma quantidade que é visualmente proporcional.
Conhecer e distinguir as características de cada variável vi-
sual é importante porque ajuda o cartógrafo a construir mapas
temáticos que atendem aos objetivos de comunicação e a fazer
mapas capazes de transmitir a sensação condizente com as ca-
racterísticas dos dados, consequentemente, ajuda a fazer mapas
úteis.

QUESTÕES

1. (SEE-SP-CESGRANRIO - 2010)

ESTÃO SUJANDO NOSSA MATRIZ ENERGÉTICA

O Brasil, sem lugar a dúvida, é o país que oferece maiores op-


ções para diversificar as suas fontes de geração, renováveis e
limpas. No que se refere à energia eólica, existem empreendi- Um dos maiores problemas urbanos do Brasil é o déficit ha-
mentos que dão um total de 2.381 MW; para o setor da hidroele- bitacional, exigindo políticas públicas que promovam a moradia
tricidade, o total é de 15.693 MW; e quanto às termelétricas, po- digna.
luentes e caras, o total é 19.400 MW. Assim, esperamos que as Quanto à moradia irregular, no exemplo dos cortiços, o Es-
autoridades, em vez de sujarem a nossa matriz energética, incen- tado da Federação que apresenta maior número dos mesmos é:
tivem cada vez mais, as fontes limpas e renováveis.
(A) Rio de Janeiro.
(B) São Paulo.
(C) Maranhão.
(D) Ceará.
(E) Pará.

3. (Policia Civil/SC – 2015 - Adaptado) O objetivo das pro-


jeções cartográficas é resolver os problemas decorrentes da re-
presentação da Terra num plano. A projeção acima tem como ca-
racterística:

Geografia 9

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APOSTILAS OPÇÃO
Nos últimos anos, a atividade humana tem invadido o meio
ambiente em diferentes escalas e velocidades, o que resulta na
degradação de biomas. Além de lançar na água, no ar e no solo
substâncias tóxicas e contaminadas, o homem também agride o
ambiente capturando e matando animais silvestres e aquáticos e
destruindo matas.
Muitas florestas naturais já foram derrubadas para dar lugar
a estradas, cidades, plantações, pastagens ou para fornecer ma-
deira. No processo de desmatamento, primeiro são retiradas as
madeiras de árvores nobres, depois as de menor porte e, em se-
guida, toda a vegetação rasteira é destruída. As queimadas tam-
(A) Ser utilizada para a representação cartográfica de áreas bém são causas de destruição de matas. Elas acabam com o ca-
de altas latitudes, como a América do Norte, a Europa Setentrio- pim e a cobertura florestal que ainda sobrou da degradação. Dos
nal e a parte norte da Ásia. 64 milhões de km² de florestas existentes no planeta, restam me-
(B) Apresentar o inconveniente de deformar as superfícies nos de 15,5 milhões, ou cerca de 24%. Isso quer dizer que 76%
nas altas latitudes e manter as baixas latitudes em forma e di- das florestas primárias já desapareceram. Com exceção de parte
mensão mais próximas do real. das Américas, todos os continentes desmataram muito, con-
(C) Apresentar grandes deformações no ponto de tangência, forme um estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuá-
enquanto que as porções da superfície mais distantes do centro ria (Embrapa) sobre a evolução das florestas mundiais. Dos
tangenciado estão mais próximas do seu formato real. 100% de suas florestas originais, a África mantém hoje 7,8%, a
(D) Desenhar os paralelos em círculos; é utilizada geopoliti- Ásia 5,6%, a América Central 9,7% e a Europa Ocidental – o pior
camente, pois pode realçar o "status" de um país em relação aos caso do mundo – apenas 0,3%.
demais. O continente que mais mantém suas florestas originais é a
América do Sul, com 54,8%. O Instituto Nacional de Pesquisas
RESPOSTAS Espaciais (INPE) e outras organizações independentes como a
organização não governamental Instituto do Homem e do Meio
1. Resposta: C Ambiente na Amazônia (Imazon) fazem o monitoramento do
Analisando o mapa percebe-se a informação na legenda, desmatamento no Brasil. Segundo eles, são desmatados cerca de
quando mais escura as áreas destacadas maior é a velocidade do 21 mil km² por ano no Brasil, o que representa um Estado de Ser-
vento. A Região com maiores ventos é a Nordeste devido a gra- gipe de floresta no chão por ano.
duação da cor mais forte e todos os estados dessa região. O Nor- A Mata Atlântica foi a principal vítima do desmatamento flo-
deste localiza-se também mais próxima da linha do Equador, restal no País e hoje tem apenas cerca de 7% do que seria seu
uma zona com maior incidência solar e ventos. território original. Ela é reconhecida como o bioma brasileiro
mais descaracterizado.
2. Resposta: B Já o cerrado brasileiro perdeu 48,2% da vegetação original.
Observando as informações do mapa através da legenda, fica Hoje são desmatados cerca de 20 mil km² por ano, principal-
fácil perceber, que o estado com maior concentração de cortiços mente no oeste da Bahia – na divisa com Goiás e Tocantins – e no
é São Paulo. Esse é um mapa quantitativo. Quanto mais escuro a norte de Mato Grosso. As áreas coincidem com as regiões produ-
área destacada maior é o número de cortiços, pois se utilizou toras de grãos, de carvão e pecuária.
uma mesma graduação de cores A floresta amazônica brasileira permaneceu praticamente
intacta até os anos 1970, quando foi inaugurada a rodovia Tran-
3. Resposta: B samazônica. A partir daí, passou a ser desmatada para criação de
As áreas próximas aos pólos, altas latitudes ficam deforma- gado, plantação de soja e exploração da madeira. Em busca de
das, pois, na projeção cilíndrica é feito um ajuste no espaçamento madeiras de lei como o mogno, empresas madeireiras instala-
dos paralelos para que a escala seja mantida em pontos determi- ram-se na região amazônica para fazer a exploração ilegal. Como
nados. a maior floresta tropical existente, ela é uma das grandes preo-
Geralmente, as projeções cilíndricas apresentam um alonga- cupações do mundo inteiro. O desmatamento da Amazônia pro-
mento no sentido Leste-Oeste e o achatamento no sentido norte- voca impacto na biodiversidade global, na redução do volume de
sul, nos países de latitude elevada. chuvas e contribui para a piora do aquecimento global.

- Poluição
Natureza e meio ambiente no Por poluição entende-se a introdução pelo homem, direta ou
Brasil: Grandes domínios cli- indiretamente de substâncias ou energia no ambiente, provo-
cando um efeito negativo no seu equilíbrio, causando assim da-
máticos; Ecossistemas. nos na saúde humana, nos seres vivos e no ecossistema ali pre-
sente.
NATUREZA E MEIO AMBIENTE NO BRASIL1 Os agentes de poluição, normalmente designados por polu-
entes, podem ser de natureza química, genética, ou sob a forma
- Desmatamento de energia, como nos casos de luz, calor ou radiação. Mesmo pro-
dutos relativamente benignos da atividade humana podem ser
O desmatamento é um processo de degradação da vegetação considerados poluentes, se eles precipitarem efeitos negativos
nativa de uma região e pode provocar um processo de desertifi- posteriormente. Os NOx (óxidos de azoto) produzidos pela in-
cação. O mau uso dos recursos naturais, a poluição e a expansão dústria, por exemplo, são frequentemente citados como poluido-
urbana são alguns fatores que devastam ambientes naturais e re- res, embora a própria substância libertada, por si só não seja pre-
duzem o número de habitats para as espécies. Um dos principais judicial. São classificados como poluentes pois com a ação dos
agentes do desmatamento é o homem.

1
Adaptado de: VESENTINI, J. W. Geografia, Natureza e Sociedade.

Geografia 10

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APOSTILAS OPÇÃO
raios solares e a humidade da atmosfera, esses compostos dão da cobertura vegetal nos países subdesenvolvidos é responsável
origem a poluentes como o HNO3 ou o smog. por 25% desse aumento. A maior fonte, no entanto, é a queima
A Aviação civil é uma das maiores fontes de poluição sonora de combustíveis fósseis, como o petróleo, principalmente nos pa-
nas grandes cidades. íses desenvolvidos.

- Dioxinas - provenientes de resíduos, podem causar câncer, - Elevação da temperatura


má-formação de fetos, doenças neurológicas, etc. Partículas de A elevação da temperatura terrestre entre 2 e 5 graus Cel-
cansadez (materiais particulados) - emitidas por carros e indús- sius, presume-se, provocará mudanças nas condições climáticas.
trias. Infectam os pulmões, causando asmas, bronquite, alergias Em função disto, o efeito estufa poderá acarretar aumento do ní-
e até câncer. vel do mar, inundações das áreas litorâneas (diz-se litorâneas no
- Chumbo - metal pesado proveniente de carros, pinturas, Brasil, litorais em Portugal) e desertificação de algumas regiões,
água contaminada, indústrias. Afeta o cérebro, causando retardo comprometendo as terras agricultáveis e, consequentemente, a
mental e outros graves efeitos na coordenação motora e na capa- produção de alimentos.
cidade de atenção.
- Mercúrio - tem origem em centrais elétricas e na incinera- Países emissores de gases do efeito estufa
ção de resíduos. Assim como o chumbo, afeta o cérebro, cau- - Estados Unidos 69,0%
sando efeitos igualmente graves. - China 11,9 %
- Pesticidas, Benzeno e isolantes (como o Ascarel) - podem - Indonésia 7,4%
causar distúrbios hormonais, deficiências imunológicas, má-for- - Brasil 5,85%
mação de órgãos genitais em fetos, infertilidade, câncer de testí- - Rússia 4,8%
culo e de ovário. - Índia 4,5%
- Japão 3,1%
- Poluição Global - Alemanha 2,5 %
Os problemas de poluição global, como o efeito estufa, a di- - Malásia 2,1%
minuição da camada de ozônio, as chuvas ácidas, a perda da bio- - Canadá 1,8%
diversidade, os dejetos lançados em rios e mares, entre outros
materiais, nem sempre são observados, medidos ou mesmo sen- O Brasil ocupa o 16º lugar entre os países que mais emitem
tidos pela população. A explicação para toda essa dificuldade re- gás carbônico para gerar energia. Mas se forem considerados
side no fato de se tratar de uma poluição cumulativa, cujos efei- também os gases do efeito estufa liberados pelas queimadas e
tos só são sentidos em longo prazo. Apesar disso, esses proble- pela agropecuária, o país é o quarto maior poluidor (em % das
mas têm merecido atenção especial no mundo inteiro, por esta- emissões totais de gases do efeito estufa).
rem se multiplicando em curto tempo e devido a certeza de que
terão influência em todos os seres vivos. A poluição e a diminuição da camada de ozônio

- Aquecimento global - Água poluída


A Terra recebe uma quantidade de radiação solar que, em A camada de ozônio é uma região existente na atmosfera que
sua maior parte (91%), é absorvida pela atmosfera terrestre, filtra a radiação ultravioleta provinda do Sol. Devido processo de
sendo o restante (9%) refletido para o espaço. A concentração de filtragem, os organismos da superfície terrestre ficam protegidos
gás carbônico oriunda, principalmente, da queima de combustí- das radiações. A ozonosfera é formada pelo gás ozônio, que é
veis fósseis, dificulta ou diminui o percentual de radiação que a constituído de moléculas de oxigênio que sofrem um rearranjo a
Terra reflete para o espaço. Desse modo, ao não ser irradiado partir da radiação ultravioleta que penetra na atmosfera. A ex-
para o espaço, o calor provoca o aumento da temperatura média posição à radiação ultravioleta afeta o sistema imunológico,
da superfície terrestre. causa cataratas e aumenta a incidência de câncer de pele nos se-
Devido à poluição atmosférica e seus efeitos, muitos cientis- res humanos, além de atingir outras espécies. A diminuição da
tas apontam que o aquecimento global do planeta a médio e camada de ozônio está ocorrendo devido ao aumento da concen-
longo prazo pode ter caráter irreversível. Por isso, desde já, de- tração dos gases CFC (cloro-flúor-carbono) presentes no aeros-
vem ser adotadas medidas para diminuir as emissões dos gases sol, em fluidos de refrigeração que poluem as camadas superio-
que provocam o aquecimento. Outros cientistas, no entanto, ad- res da atmosfera atingindo a estratosfera. O cloro liberado pela
mitem o aumento do teor do gás carbônico na atmosfera, mas radiação ultravioleta forma o cloro atômico, que reage ao entrar
lembram de que grande parte desse gás tem origem na concen- em contato com o ozônio, transformando-se em monóxido de
tração de vapor de água, o que independe das atividades huma- cloro. A reação reduz o ozônio atmosférico aumentando a pene-
nas. Essa controvérsia acaba adiando a tomada de decisões tração das radiações ultravioleta.
acerca da adoção de uma política que diminua os efeitos do au-
mento da temperatura média da Terra. - Consequências econômicas
O carbono presente na atmosfera garante uma das condições As consequências econômicas e ecológicas da diminuição da
básicas para a existência de vida no planeta: a temperatura. A camada de ozônio, além de causar o aumento da incidência do
Terra é aquecida pelas radiações infravermelhas emitidas pelo cancro de pele, podem gerar o desaparecimento de espécies ani-
Sol até uma temperatura de -27 °C. Essas radiações chegam à su- mais e vegetais e causar mutações genéticas. Mesmo havendo in-
perfície e são refletidas para o espaço. O carbono forma uma re- certezas sobre a magnitude desse fenômeno, em 1984 foi assi-
doma protetora que aprisiona parte dessas radiações infraver- nado um acordo internacional para diminuir as fontes geradoras
melhas e as reflete novamente para a superfície. Isso produz um do problema (Protocolo de Montreal).
aumento de 43 °C na temperatura média do planeta, mantendo-
a em torno dos 16 °C. Sem o carbono na atmosfera a superfície - Protocolo de Montreal
seria coberta de gelo. O excesso de carbono, no entanto, tende a No Protocolo de Montreal, 27 países signatários se compro-
aprisionar mais radiações infravermelhas, produzindo o cha- meteram a reduzir ou eliminar o consumo de CFC até ao ano
mado efeito estufa: a elevação da temperatura média a ponto de 2000, o que, até hoje, ainda não aconteceu na proporção dese-
reduzir ou até acabar com as calotas de gelo que cobrem os pó- jada, apesar de já haver tecnologia disponível para substituir os
los. Os cientistas ainda não estão de acordo se o efeito estufa já gases presentes nos aerossóis, em fluidos de refrigeração e nos
está ocorrendo, mas preocupam-se com o aumento do dióxido de solventes.
carbono na atmosfera a um ritmo médio de 1% ao ano. A queima
Geografia 11

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- A poluição e as chuvas ácidas - Chuva ácida
O Canal de Lachine em Montreal (Canadá), encontra-se polu- As consequências da chuva ácida para a população humana
ído. As chuvas ácidas são precipitações na forma de água e ne- são econômicas, sociais ou ambientais. Tais consequências são
blina que contêm ácido nítrico e sulfúrico. Elas decorrem da observáveis principalmente em grandes áreas urbanas, onde
queima de enormes quantidades de combustíveis fósseis, como ocorrem patologias que afetam o sistema respiratório e sistema
petróleo e carvão, utilizados para a produção de energia nas re- cardiovascular, e, além disso, causam destruição de edificações e
finarias e usinas termoelétricas, e também pelos veículos. monumentos, através da corrosão pela reação com ácidos. Po-
Durante o processo de queima, milhares de toneladas de rém, nada impede que as consequências de tais chuvas cheguem
compostos de enxofre e óxido de nitrogênio são lançados na at- a locais muito distantes do foco gerador, devido ao movimento
mosfera, onde sofrem reações químicas e se transformam em das massas de ar, que são capazes de levar os poluentes para
ácido nítrico e sulfúrico. O dióxido de carbono reage reversivel- muito longe. Estima-se que as chuvas ácidas contribuam para a
mente com a água para formar um ácido fraco o ácido carbônico. devastação de florestas e lagos, sobretudo aqueles situados nas
No equilíbrio, o pH desta solução é 5.6, pois a água é natural- zonas temperadas ácidas.
mente ácida pelo dióxido de carbono. Assim, qualquer chuva com
pH abaixo de 5.6 é considerada excessivamente ácida. Dióxido de - A poluição e a perda de biodiversidade
nitrogênio NO2 e dióxido de enxofre SO2 podem reagir com Ao interferir nos habitats, a poluição pode levar a desequilí-
substâncias da atmosfera produzindo ácidos, esses gases podem brios que provocam a diminuição ou extinção dos elementos de
se dissolver em gotas de chuva e em partículas de aerossóis e em uma espécie, causando uma perda da biodiversidade. As varia-
condições favoráveis precipitarem-se em chuva ou neve. Dióxido ções da temperatura da água do mar, levam a dificuldades da
de nitrogênio pode se transformar em ácido nítrico e em ácido adaptação de certas espécies de peixes, é igualmente uma das
nitroso e dióxido de enxofre pode se transformar em ácido sul- causas da invasão de águas salinas em ambientes tradicional-
fúrico e ácido sulfuroso. Amostras de gelo da Groelândia mos- mente de água doce, causando assim uma pressão adicional nes-
tram a presença de sulfatos e nitratos, o que indica que já em ses ecossistemas, e potenciando a diminuição ou extinção das es-
1900 tínhamos a chuva ácida. Além disso, a chuva ácida pode se pécies até então ai presentes.
formar em locais distantes da produção de óxidos de enxofre e
nitrogênio. O Brasil e a questão ambiental
A chuva ácida é um grande problema da atualidade porque A urbanização se intensificou com a expansão das atividades
anualmente grandes quantidades de óxidos ácidos são formados industriais, fato que atraiu (e ainda atrai) milhões de pessoas
pela atividade humana e colocados na atmosfera. Quando uma para as cidades. Esse fenômeno provocou mudanças drásticas na
precipitação (chuva) ácida cai em um local que não pode tolerar natureza, desencadeando diversos problemas ambientais, como
a acidez anormal, sérios problemas ambientais podem ocorrer. poluições, desmatamento, redução da biodiversidade, mudanças
Em algumas áreas dos Estados Unidos (West Virginia), o pH da climáticas, produção de lixo e de esgoto, entre outros. A expan-
chuva chegou a 1.5, e como a chuva e neve ácidas não conhecem são da rede urbana sem o devido planejamento ocasiona a ocu-
fronteiras, a poluição de um país pode causar chuva ácida em ou- pação de áreas inadequadas para a moradia. Encostas de morros,
tro. Como no caso do Canadá, que sofre com a poluição dos EUA. áreas de preservação permanente, planícies de inundação e
A extensão dos problemas da chuva ácida pode ser vista nos la- áreas próximas a rios são loteadas e ocupadas. Os resultados são
gos sem peixes, árvores mortas, construções e obras de arte, fei- catastróficos, como o deslizamento de encostas, ocasionado a
tas a partir de rochas, destruídas. A chuva ácida pode causar per- destruição de casas e um grande número de vítimas fatais.
turbações nos estômatos das folhas das árvores causando um au- A compactação do solo e o asfaltamento, muito comuns nas
mento de transpiração e deixando a árvore deficiente de água, cidades, dificultam a infiltração da água, visto que o solo está im-
pode acidificar o solo, danificar raízes aéreas e, assim, diminuir permeabilizado. Sendo assim, o abastecimento do lençol freático
a quantidade de nutrientes transportada, além de carregar mi- fica prejudicado, reduzindo a quantidade de água subterrânea.
nerais importantes do solo, fazendo com que o solo guarde mi- Outro fator agravante dessa medida é o aumento do escoamento
nerais de efeito tóxico, como íons de metais. Estes não causavam superficial, podendo gerar grandes alagamentos nas áreas mais
problemas, pois são naturalmente insolúveis em água da chuva baixas. Outro problema ambiental urbano preocupante é o lixo.
com pH normal, e com o aumento do pH pode-se aumentar a so- O aumento populacional causa uma maior produção de lixo, es-
lubilidade de muitos minerais. pecialmente no atual modelo de produção e consumo. A coleta,
A chuva ácida é composta por diversos ácidos como, por destino e tratamento do lixo são questões a serem solucionadas
exemplo, o óxido de nitrogênio e os dióxidos de enxofre, que são por várias cidades. Em muitos locais, o lixo é despejado nos cha-
resultantes da queima de combustíveis fósseis (carvão, óleo die- mados lixões, locais sem estrutura para o tratamento dos resí-
sel, gasolina entre outros). Quando caem em forma de chuva ou duos. As consequências são: odor, proliferação de doenças, con-
neve, estes ácidos provocam danos no solo, plantas, construções taminação do solo e do lençol freático pelo chorume, etc.
históricas, animais marinhos e terrestres etc. Este tipo de chuva O déficit nos serviços de saneamento básico contribui para o
pode até mesmo provocar o descontrole de ecossistemas, ao ex- cenário de degradação ambiental. A quantidade de esgoto do-
terminar determinados tipos de animais e vegetais. Poluindo méstico e industrial lançado nos rios sem o devido tratamento é
rios e fontes de água, a chuva pode também prejudicar direta- imensa. Esse fenômeno reduz a qualidade das águas, gerando a
mente a saúde do ser humano, causando doenças pulmonares, mortandade de espécies aquáticas e a redução do uso dessa água
por exemplo. Este problema tem se acentuado nos países indus- para o consumo humano. Nos grandes centros industrializados,
trializados, principalmente nos que estão em desenvolvimento os problemas ambientais são mais alarmantes. Nesses locais, a
como, por exemplo, Brasil, Rússia, China, México e Índia. O setor emissão de gases dos automóveis e das fábricas polui a atmos-
industrial destes países tem crescido muito, porém de forma des- fera e retém calor, intensificando o efeito estufa. Com isso, vários
regulada, agredindo o meio ambiente. Nas décadas de 1970 e transtornos são gerados à população: doenças respiratórias,
1980, na cidade de Cubatão, litoral de São Paulo, a chuva ácida chuvas ácidas, inversão térmica, ilhas de calor, etc.
provocou muitos danos ao meio ambiente e ao ser humano. Os A poluição sonora e a visual também geram transtornos para
ácidos poluentes jogados no ar pelas indústrias, estavam ge- a população. Os ruídos ensurdecedores e o excesso de elementos
rando muitos problemas de saúde na população da cidade. Fo- destinados à comunicação visual espalhados pelas cidades (car-
ram relatados casos de crianças que nasciam sem cérebro ou tazes, banners, placas, outdoors, fios elétricos, pichações, etc.)
com outros defeitos físicos. E também provocou desmatamentos afetam a saúde dos habitantes. Portanto, diante desse cenário de
significativos na Mata Atlântica da Serra do Mar. diferentes problemas ambientais urbanos, é urgente a necessi-
dade de elaboração e aplicação de políticas ambientais eficazes,
Geografia 12

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além da conscientização da população. Entre as medidas a serem podendo atingir também as áreas oeste dos estados de São Paulo
tomadas estão a redução da produção do lixo, a reciclagem, o tra- e Minas Gerais.
tamento adequado do lixo (incineração ou compostagem), o sa-
neamento ambiental, o planejamento urbano, a educação ambi- Massa Tropical Atlântica
ental, a redução da emissão de gases poluentes, entre outras. Características: quente e úmida.
Origem: Atlântico Sul
Grandes Domínios Climáticos Onde atua: no verão atua mais nos estados das regiões su-
deste e sul. Já no inverno, pode atingir também as regiões nor-
Principais fatores influenciadores do clima: deste e centro-oeste.
- Latitude;
- Altitude; Massa Tropical Continental
- Relevo; Características: quente e com baixos índices de umidade.
- Maritimidade/Correntes Marítimas; Origem: região nordeste da Argentina
- Massas de Ar. Onde atua: de baixa intensidade, atingi somente os estados
que fazem fronteira com Paraguai e Argentina.
Massas de Ar
As massas de ar são grandes corpos de ar que se deslocam, Massa Polar Atlântica
influenciando a clima das regiões atingidas por elas. Depen- Características: fria e úmida.
dendo de seu local de formação (continental ou marítima) possui Origem: Antártida (polo sul)
características específicas relacionadas à presença de água e Onde atua: no inverno sua ação é intensa. Atua, principal-
temperaturas. mente, nos estados do sul e Sudeste do Brasil. É responsável pelo
De acordo com seu local de origem, podem ser continental frio e baixas temperaturas no inverno nestas regiões. Essa massa
(que se forma no continente) ou marítima (que se forma no mar). de ar pode também, no inverno, atingir o litoral nordestino, bai-
As massas de ar continental costumam ser secas, ou seja, com xando as temperaturas e provocando chuvas. Pode atuar tam-
baixa quantidade de umidade. Já as marítimas se caracterizam, bém, no inverno, na região da Amazônia.
principalmente, pela grande quantidade de umidade.
As massas de ar também podem ser quentes ou frias. As O Brasil, pelas suas dimensões continentais, possui uma di-
quentes são aquelas que se formam em regiões equatoriais ou versificação climática bem ampla, influenciada pela sua configu-
tropicais. As massas de ar frias são aquelas que se originam nos ração geográfica, sua significativa extensão costeira, seu relevo e
polos sul e norte. a dinâmica das massas de ar sobre seu território. Esse último fa-
Existem também as massas de ar secas e úmidas. As primei- tor assume grande importância, pois atua diretamente sobre as
ras se formam em regiões de baixa ou nenhuma umidade. Já as temperaturas e os índices pluviométricos nas diferentes regiões
úmidas são aquelas que se formam em locais com alta quanti- do país.
dade de umidade como, por exemplo, os oceanos. Em especial, as massas de ar que interferem mais direta-
mente no Brasil, segundo o Anuário Estatístico do Brasil, do
Massas de ar no Brasil IBGE, são a Equatorial, tanto Continental como Atlântica; a Tro-
Em função da grande extensão de seu território, o Brasil so- pical, também Continental e Atlântica; e a Polar Atlântica, pro-
fre a influência de diversas massas de ar. Algumas são formadas porcionando as diferenciações climáticas.
no próprio território brasileiro, enquanto outras são de fora. Ao
todo são cinco massas de ar atuando em território brasileiro.

Massa Equatorial Atlântica


Características: quente e com elevada umidade.
Origem: Oceano Atlântico, na região da linha do Equador.
Onde atua: principalmente nos estados do nordeste brasi-
leiro.

Massa Equatorial Continental


Características: quente e úmida Fonte: Atlas Geográfico Escolar - Maria Elena Simielli/Mário De Biasi
Origem: Amazônia, região central do estado do Amazonas.
Onde atua: no inverno atua, principalmente, nos estados do Nessa direção, são verificados no país desde climas superu-
Amazonas, Acre e Roraima. Já no verão, atua numa área maior, nidos quentes, provenientes das massas Equatoriais, como é o
atingindo também os estados da região centro-oeste do Brasil, caso de grande parte da região Amazônica, até climas semiáridos

Geografia 13

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APOSTILAS OPÇÃO
muito fortes, próprios do sertão nordestino. O clima de uma dada O sistema de correntes perturbadas de Norte, representadas
região é condicionado por diversos fatores, dentre eles pode-se pela CIT, provoca chuvas do verão ao outono até Pernambuco,
citar temperatura, chuvas, umidade do ar, ventos e pressão at- nas imediações do Raso da Catarina. Por outro lado, as correntes
mosférica, os quais, por sua vez, são condicionados por fatores de Leste são mais frequentes no inverno e normalmente provo-
como altitude, latitude, condições de relevo, vegetação e conti- cam chuvas abundantes no litoral, raramente alcançando as es-
nentalidade. carpas do Planalto da Borborema (800 m) e da Chapada Diaman-
De acordo com a classificação climática de Arthur Strahler, tina (1.200 m).
predominam no Brasil cinco grandes climas, a saber: Por fim, o sistema de correntes de Oeste, trazidas pelas linhas
de Instabilidade Tropical (IT), ocorrem desde o final da prima-
- clima equatorial úmido da convergência dos alísios, que en- vera até o início do outono, raramente alcançando os estados do
globa a Amazônia; Piauí e Maranhão.
- clima tropical alternadamente úmido e seco, englobando Em relação ao regime térmico, suas temperaturas são eleva-
grande parte da área central do país e litoral do meio-norte; das, com médias anuais entre 20o e 28oC, tendo sido observado
- clima tropical tendendo a ser seco pela irregularidade da máximas em torno de 40oC no sul do Maranhão e Piauí. Os meses
ação das massas de ar, englobando o sertão nordestino e vale de inverno, principalmente junho e julho, apresentam mínimas
médio do rio São Francisco; e entre 12o e 16oC no litoral, e inferiores nos planaltos, tendo sido
- clima litorâneo úmido exposto às massas tropicais maríti- verificado 1oC na Chapada da Diamantina após a passagem de
mas, englobando estreita faixa do litoral leste e nordeste; uma frente polar.
- clima subtropical úmido das costas orientais e subtropicais, A pluviosidade na região é complexa e fonte de preocupação,
dominado largamente por massa tropical marítima, englobando sendo que seus totais anuais variam de 2.000 mm até valores in-
a Região Sul do Brasil. feriores a 500 mm no Raso da Catarina, entre Bahia e Pernam-
buco, e na depressão de Patos na Paraíba. De forma geral, a pre-
De acordo com dados da FIBGE, temperaturas máximas ab- cipitação média anual na região nordeste é inferior a 1.000 mm,
solutas, acima de 40oC, são observadas em terras baixas interio- sendo que em Cabaceiras, interior da Paraíba, foi registrado o
ranas da Região Nordeste; nas depressões, vales e baixadas do menor índice pluviométrico anual já observado no Brasil, 278
Sudeste; no Pantanal e áreas rebaixadas do Centro-Oeste; e nas mm/ano. Além disso, no sertão desta região, o período chuvoso
depressões centrais e no vale do rio Uruguai, na Região Sul. Já as é, normalmente, de apenas dois meses no ano, podendo, em al-
temperaturas mínimas absolutas, com frequentes valores nega- guns anos até não existir, ocasionando as denominadas secas re-
tivos, são observadas nos cumes serranos do sudeste e em gionais.
grande parte da Região Sul, onde são acompanhadas de geadas e
neve. Região Sudeste
A posição latitudinal cortada pelo Trópico de Capricórnio,
Região Norte sua topografia bastante acidentada e a influência dos sistemas de
A região Norte do Brasil compreende grande parte da deno- circulação perturbada são fatores que conduzem à climatologia
minada região Amazônica, representando a maior extensão de da região Sudeste ser bastante diversificada em relação à tempe-
floresta quente e úmida do planeta. A região é cortada, de um ex- ratura.
tremo a outro, pelo Equador e caracteriza-se por baixas altitudes A temperatura média anual situa-se entre 20oC, no limite de
(0 a 200 m). São quatro os principais sistemas de circulação at- São Paulo e Paraná, e 24oC, ao norte de Minas Gerais, enquanto
mosférica que atuam na região, a saber: sistema de ventos de nas áreas mais elevadas das serras do Espinhaço, Mantiqueira e
Nordeste (NE) a Leste (E) dos anticiclones subtropicais do Atlân- do Mar, a média pode ser inferior a 18oC, devido ao efeito conju-
tico Sul e dos Açores, geralmente acompanhados de tempo está- gado da latitude com a frequência das correntes polares.
vel; sistema de ventos de Oeste (O) da massa equatorial conti- No verão, principalmente no mês de janeiro, são comuns mé-
nental (mEc); sistema de ventos de Norte (N) da Convergência dias das máximas de 30oC a 32oC nos vales dos rios São Francisco
Intertropical (CIT); e sistema de ventos de Sul (S) do anticiclone e Jequitinhonha, na Zona da Mata de Minas Gerais, na baixada li-
Polar. Estes três últimos sistemas são responsáveis por instabi- torânea e a oeste do estado de São Paulo.
lidade e chuvas na área. No inverno, a média das temperaturas mínimas varia de 6oC
Quanto ao regime térmico, o clima é quente, com temperatu- a 20oC, com mínimas absolutas de -4o a 8oC, sendo que as tempe-
ras médias anuais variando entre 24o e 26oC. Com relação à plu- raturas mais baixas são registradas nas áreas mais elevadas. Vas-
viosidade não há uma homogeneidade espacial como acontece tas extensões de Minas Gerais e São Paulo registram ocorrências
com a temperatura. Na foz do rio Amazonas, no litoral do Pará e de geadas, após a passagem das frentes polares.
no setor ocidental da região, o total pluviométrico anual, em ge- Com relação ao regime de chuvas, são duas as áreas com mai-
ral, excede a 3.000 mm. Na direção NO-SE, de Roraima a leste do ores precipitações: uma, acompanhando o litoral e a serra do
Pará, tem-se o corredor menos chuvoso, com totais anuais da or- Mar, onde as chuvas são trazidas pelas correntes de sul; e outra,
dem de 1.500 a 1.700 mm. do oeste de Minas Gerais ao Município do Rio de Janeiro, em que
O período chuvoso da região ocorre nos meses de verão - ou- as chuvas são trazidas pelo sistema de Oeste. A altura anual da
tono, a exceção de Roraima e da parte norte do Amazonas, onde precipitação nestas áreas é superior a 1.500 mm. Na serra da
o máximo pluviométrico se dá no inverno, por influência do re- Mantiqueira estes índices ultrapassam 1.750 mm, e no alto do
gime do hemisfério Norte. Itatiaia, 2.340 mm.
Na serra do Mar, em São Paulo, chove em média mais de
Região Nordeste 3.600 mm. Próximo de Paranapiacaba e Itapanhaú, foi registrado
A caracterização climática da região Nordeste é um pouco o máximo de chuva do país (4.457,8 mm, em um ano). Nos vales
complexa, sendo que os quatro sistemas de circulação que influ- dos rios Jequitinhonha e Doce são registrados os menores índi-
enciam na mesma são denominados Sistemas de Correntes Per- ces pluviométricos anuais, em torno de 900 mm.
turbadas de Sul, Norte, Leste e Oeste. O máximo pluviométrico da região Sudeste normalmente
O proveniente do Sul, representado pelas frentes polares que ocorre em janeiro e o mínimo em julho, enquanto o período seco,
alcançam a região na primavera - verão nas áreas litorâneas até normalmente centralizado no inverno, possui uma duração
o sul da Bahia, traz chuvas frontais e pós-frontais, sendo que no desde seis meses, no caso do vale dos rios Jequitinhonha e São
inverno atingem até o litoral de Pernambuco, enquanto o sertão Francisco, até cerca de dois meses nas serras do Mar e da Manti-
permanece sob ação da alta tropical. queira.

Geografia 14

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APOSTILAS OPÇÃO
Região Sul pria floresta é, também, um ecossistema. Um pesquisador, co-
A região Sul está localizada abaixo do Trópico de Capricórnio, nhecido por Tansley, postulou ecossistema como sendo os orga-
em uma zona temperada, É influenciada pelo sistema de circula- nismos e todos os fatores abióticos de um local. Outro pesquisa-
ção perturbada de Sul, responsável pelas chuvas, principalmente dor, chamado Raymond acrescentou a este conceito a ideia de
no verão, e pelo sistema de circulação perturbada de Oeste, que que o ecossistema é, em si, um sistema transformador de ener-
acarreta chuvas e trovoadas, por vezes granizo, com ventos com gia.
rajadas de 60 a 90 km/h. Há nos ecossistemas fluxos de energia, que entram no ciclo
Quanto ao regime térmico, o inverno é frio e o verão é quente. via fotossíntese – energia luminosa – que provém energia aos
A temperatura média anual situa-se entre 14o e 22oC, sendo que animais e micro-organismos não fotossintéticos, sendo esta dis-
nos locais com altitudes acima de 1.100 m, cai para aproximada- sipada na forma de calor. Assim, os produtores exercem uma fun-
mente 10oC. No verão, principalmente em janeiro, nos vales dos ção única e imprescindível para manutenção e sobrevivência dos
rios Paranapanema, Paraná, Ibicuí-Jacuí, a temperatura média é sistemas vivos – sendo que a produção de energia por estes or-
superior a 24oC, e do rio Uruguai ultrapassa a 26oC. A média das ganismos é limitada e variada de acordo com a disponibilidade
máximas mantém-se em torno de 24o a 27oC nas superfícies mais de água, uma vez que a perdem proporcionalmente à quantidade
elevadas do planalto e, nas áreas mais baixas, entre 30o e 32oC. de CO2 que assimilam. Sabe-se, também, que a disponibilidade de
No inverno, principalmente em julho, a temperatura média nutrientes também contribui para uma maior ou menor eficiên-
se mantém relativamente baixa, oscilando entre 10o e 15oC, com cia fotossintética.
exceção dos vales dos rios Paranapanema e Paraná, além do lito- Ecossistemas aquáticos, como recifes de coral e estuários,
ral do Paraná e Santa Catarina, onde as médias são de aproxima- são mais produtivos em termos de energia, devido principal-
damente 15o a 18oC. A média das máximas também é baixa, em mente à disponibilidade de água, luz solar e temperatura. Dife-
torno de 20o a 24oC, nos grandes vales e no litoral, e 16o a 20oC rentemente da energia, os nutrientes permanecem nos ecossis-
no planalto. A média das mínimas varia de 6o a 12oC, sendo co- temas, sendo reciclados por componentes físicos e bióticos –
mum o termômetro atingir temperaturas próximas de 0oC, ou principalmente por reações de óxido-redução, integradas em ci-
mesmo alcançar índices negativos, acompanhados de geada e clos de nutrientes. O material não assimilado pelos consumido-
neve, quando da invasão das massas polares. res - assim como os próprios e os restos vegetais - são alimentos
A pluviosidade média anual oscila entre 1.250 e 2.000 mm, para animais detritívoros e para os decompositores. Assim, a re-
exceto no litoral do Paraná e oeste de Santa Catarina, onde os va- generação dos nutrientes ocorre no solo, principalmente pela
lores são superiores a 2.000 mm, e no norte do Paraná e pequena ação dos detritívoros, fungos e bactérias e pela decomposição de
área litorânea de Santa Catarina, com valores inferiores a 1.250 rochas, liberando novas moléculas nutricionais ao ecossistema.
mm. O máximo pluviométrico acontece no inverno e o mínimo
no verão em quase toda a região.

Região Centro-Oeste
Três sistemas de circulação interferem na região Centro-
Oeste: sistema de correntes perturbadas de Oeste, representado
por tempo instável no verão; sistema de correntes perturbadas
de Norte, representado pela CIT, que provoca chuvas no verão,
outono e inverno no norte da região; e sistema de correntes per-
turbadas de Sul, representado pelas frentes polares, invadindo a
região no inverno com grande frequência, provocando chuvas de
um a três dias de duração.
Nos extremos norte e sul da região, a temperatura média
anual é de 22oC e nas chapadas varia de 20o a 22oC. Na prima-
vera-verão, são comuns temperaturas elevadas, quando a média
do mês mais quente varia de 24o a 26oC. A média das máximas de
setembro (mês mais quente) oscila entre 30o e 36oC.
O inverno é uma estação amena, embora ocorram com fre-
quência temperaturas baixas, em razão da invasão polar, que
provoca as friagens, muito comuns nesta época do ano. A tempe-
ratura média do mês mais frio oscila entre 15o e 24oC, e a média Os ecossistemas estão normalmente em constante equilíbrio.
das mínimas, de 8o a 18oC, não sendo rara a ocorrência de míni- Assim, por exemplo, um ecossistema consume certa quantidade
mas absolutas negativas. de gás carbônico e água, enquanto produz um determinado de
A caracterização da pluviosidade da região se deve quase que oxigênio e alimento. Qualquer mudança na entrada ou saída des-
exclusivamente ao sistema de circulação atmosférica. A pluviosi- ses elementos desiquilibra o sistema, alterando a produção de
dade média anual varia de 2.000 a 3.000 mm ao norte de Mato alimento e oxigênio.
Grosso a 1.250 mm no Pantanal mato-grossense. Cada espécie viva tem o seu papel no funcionamento do ecos-
Apesar dessa desigualdade, a região é bem provida de chu- sistema a que pertence. Por exemplo, quase todos vegetal que se
vas. Sua sazonalidade é tipicamente tropical, com máxima no ve- reproduz por meio de flores necessita de alguma espécie de in-
rão e mínima no inverno. Mais de 70% do total de chuvas acu- seto para promover a polinização. O extermínio de tal inseto pro-
muladas durante o ano se precipitam de novembro a março. O vocara consequentemente a extinção do vegetal polinizado por
inverno é excessivamente seco, pois as chuvas são muito raras. este.

ECOSSISTEMAS Os componentes do ecossistema:


Todo ecossistema é auto-suficiente e envolve fatores bióticos
Um complexo de seres viventes (e vírus) e ambientes físicos e abióticos. Os fatores bióticos são divididos em: produtores,
onde estes habitam é denominado ecossistema. Assim, há vários consumidores e decompositores:
ecossistemas existentes e relacionados entre si. Por exemplo: um
pequeno lago de uma floresta é considerado um ecossistema, Produtores – São sempre autótrofos, produzem alimento
onde habitam pequenos organismos e outros maiores – e a pró- que será usado na cadeia, e por isso estão obrigatoriamente no
início de qualquer cadeia alimentar. A energia transformada a
Geografia 15

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APOSTILAS OPÇÃO
partir da luz solar e do gás carbônico será repassada a todos os
outros componentes restantes da cadeia ecológica. Os principais
produtores conhecidos são plantas e algas microscópicas (fito-
plâncton).

Consumidores – São os organismos que necessitam alimen-


1 4
tar-se de outros organismos para obter a energia que eles não
podem produzir para si próprios. Vão-se alimentar dos autótro-
3
fos e de outros heterótrofos podendo ser consumidores primá-
rios, consumidores secundários, consumidores terciários e as-
5
sim por diante. Na alimentação, nem toda a energia obtida será
integralmente usada, isto é, parte dessa energia não será absor-
vida e será eliminada com as fezes; outra parte será dissipada em 6
forma de calor. Assim, grande parte da energia será “perdida” no
decorrer de uma cadeia alimentar, diminuindo sempre a cada ní- 8
vel. Podemos, então, dizer que o fluxo de energia num ecossis-
tema é unidirecional começando sempre com a luz solar inci-
9
dindo sobre os produtores, e diminuindo a cada nível alimentar
dos consumidores. 2
Decompositores – São organismos que atuam exatamente 7
em papel contrário ao dos produtores. Eles transformam matéria
orgânica em matéria inorgânica, reduzindo compostos comple-
xos em moléculas simples, fazendo que estes compostos retor-
nem ao solo para serem utilizados novamente por outro produ- 1- Floresta Amazônica
tor, gerando uma nova cadeia alimentar. Os decompositores
mais importantes são bactérias e fungos. Por se alimentarem de Corresponde à mata fechada com árvores de grande, médio e
matéria em decomposição são considerados saprófitos. pequeno porte, a densidade dessa vegetação é proveniente do
O conjunto de uma série de ecossistemas é chamado de teia clima quente e úmido que favorece o desenvolvimento da biodi-
alimentar. Nesse caso, várias teias se entrelaçam, fazendo que as versidade. Na Floresta Amazônica prevalece o relevo plano,
relações ecológicas sejam múltiplas e o alimento disponível clima com elevadas temperaturas com baixa amplitude térmica
possa ser utilizado por vários indivíduos, realmente compondo e chuvas frequentes bem distribuídas durante todos os meses do
um ecossistema. ano. As temperaturas variam entre 25o a 28o C e os índices plu-
viométricos são superiores a 2.000mm.
Calcula-se que dentro da floresta amazônica convivem em
harmonia mais de 20% de todas as espécies vivas do planeta,
sendo 20 mil de vegetais superiores, 1400 de peixes, 300 de ma-
míferos e 1300 de pássaros, sem falar das dezenas de milhares
de espécies de insetos, outros invertebrados e micro-organis-
mos. Para se ter ideia do que isso significa, existem mais espécies
vegetais num hectare de floresta amazônica de que em todo o
território europeu. A castanheira é o exemplo mais típico de ár-
vore amazônica, sendo uma das mais imponentes da mata. De
toda essa variedade, metade permanece ainda desconhecida da
ciência, havendo muitas espécies endêmicas, ou seja, que vivem
apenas numa localidade restrita, não ocorrendo em outras regi-
ões. A vegetação pode ser classificada em: mata de terra firme
(sempre seca), mata de várzea (que se alaga na época das chu-
vas) e mata de igapó (perenemente alagada). Existem, também,
Há no mundo uma imensa variedade de vegetação, dentre to- em menor quantidade, áreas de cerrado, campos e vegetação li-
dos os países o Brasil possui um lugar de destaque em relação à torânea.
quantidade de tipos de vegetação e belezas naturais. O Brasil a) Mata de Igapó ou Caaigapó: Essa composição vegetativa
possui um território continental, devido a isso apresenta vários ocorre em áreas de baixo relevo próximas a rios e por causa disso
tipos de vegetação, clima, relevo, hidrografia, esses são aspectos permanecem alagadas, as plantas dessas áreas apresentam esta-
físicos e/ou naturais. Cada região do país possui uma particula- tura máxima de 20 metros, além de cipós e plantas aquáticas.
ridade acerca de uma vegetação, a variação corresponde à inter- b) Mata de Várzea: Vegetação que se estabelece em áreas
relação entre todos os elementos naturais. A vegetação é um dos mais elevadas em relação às matas de igapó, mesmo assim sofre
aspectos naturais que mais se destaca na paisagem, apresenta inundações, porém somente nos períodos de cheias. As árvores
características devido a sua formação a partir de aspectos de presentes possuem em média 20 metros de altura, sem contar
solo, clima entre outros elementos. com uma imensa quantidade de galhos repletos de espinhos,
essa parte da floresta é de difícil acesso por ser muito fechada.
c) Mata de Terra Firme ou Mata Verdadeira (Caaetê): Ocorre
nas regiões que não sofrem com as ações das cheias, nessa parte
da floresta as árvores apresentam alturas que oscilam entre 30 e
60 metros e se desenvolvem com distâncias restritas entre si,
fato que dificulta a inserção de luz, uma vez que as copas das
mesmas ficam muito próximas, devido a isso quase não existem
outras plantas menores, pois o interior dessas matas é escuro,

Geografia 16

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APOSTILAS OPÇÃO
tornando-se impróprias para reprodução de vegetais por não principalmente em áreas de relevo mais elevado. Outra particu-
ocorrer o processo de fotossíntese. laridade das araucárias é a restrita ocorrência de flores, prove-
nientes das baixas temperaturas; além de não desenvolver ou-
Considerada um dos biomas mais ameaçados do planeta, a tros tipos de plantas nas proximidades dos pinheiros. Diante
Mata Atlântica é o domínio de natureza mais devastado do Brasil. disso, a composição paisagística dessa vegetação fica caracteri-
Ela estende-se do Piauí ao Rio Grande do Sul, e correspondia a, zada principalmente pelo espaçamento entre as árvores, pois
aproximadamente, 15% do território nacional, no entanto, a in- não existem vegetais de pequeno porte que poderiam fazer sur-
tensa devastação desse bioma para plantação de cana-de-açúcar, gir uma vegetação densa; essas são compostas por florestas ra-
café, mineração e outras atividades econômicas, reduziram dras- las.
ticamente essa cobertura vegetal, restando, atualmente, apenas Infelizmente, no Brasil, a proliferação das Araucárias está
7% da mata original, localizada principalmente na Serra do Mar. bastante comprometida e corre sério risco de entrar em extin-
A Mata Atlântica é composta por um conjunto de fisionomias ção, fato decorrente das atividades produtivas desenvolvidas há
e formações florestais, com estruturas e interações ecológicas várias décadas na região, especialmente na extração de madeira
distintas em cada região, ela está na faixa de transição com os e ocupação agropecuária, reduzindo a 3% a forma original.
mais importantes biomas do Brasil: caatinga, cerrados, mangues,
campestres e planaltos de araucárias. Seu clima predominante é 3- Mata dos Cocais
o tropical úmido, no entanto, existem outros microclimas ao Mata dos cocais é um tipo de vegetação brasileira que ocorre
longo da mata. Apresenta temperaturas médias elevadas du- entre a região norte e nordeste do Brasil, região denominada de
rante o ano todo; a média de umidade relativa do ar também é meio-norte. Corresponde a uma área de transição envolvendo
elevada. As precipitações pluviométricas são regulares e bem vários estados e vegetações distintas. Na região onde se encontra
distribuídas nesse bioma. Quanto ao relevo, é caracterizado por o meio-norte é possível identificar climas totalmente diferentes,
planaltos e serras. A importância hidrográfica da Mata Atlântica como equatorial superúmido e semiárido. A mata dos cocais é
é grande, pois essa região abriga sete das nove maiores bacias composta por babaçu, carnaúba, oiticica e buriti; se estabelece
hidrográficas do país, entre elas estão: Paraná, Uruguai, Paraíba entre a Amazônia e a caatinga, essa região abrange os estados do
do Sul, Doce, Jequitinhonha e São Francisco. Maranhão, Piauí e norte do Tocantins. Nas áreas mais úmidas
Esse bioma é um dos mais ricos do mundo em espécies da do meio-norte, que se encontram no Maranhão, norte do Tocan-
flora e da fauna. Sua vegetação é bem diversificada e é represen- tins e oeste do Piauí, ocorre o desenvolvimento de uma espécie
tada pela peroba, ipê, quaresmeira, cedro, jambo, jatobá, imba- de coqueiro ou palmeira chamada de babaçu. Essa planta possui
úba, jequitibá-rosa, jacarandá, pau-brasil, entre outras. Esses uma altura que oscila entre 15 e 20 metros. O babaçu produz
dois últimos (jacarandá e pau-brasil) são o principal alvo da ati- amêndoas que são retiradas de cachos de coquilhos do qual é ex-
vidade madeireira, fato que ocasionou sua redução e quase ex- traído um óleo com uso difundido na indústria de cosméticos e
tinção. alimentos. Nas regiões mais secas do meio-norte, que se esta-
A fauna possui várias espécies distintas, sendo várias delas belecem no leste do Piauí, e nas áreas litorâneas do Ceará desen-
endêmicas, ou seja, são encontradas apenas na Mata Atlântica. volve outra característica vegetal, a carnaúba. Carnaúba é uma
Entre os animais desse bioma estão: tamanduá, tatu-canastra, árvore endêmica que pode alcançar aproximadamente 20 me-
onça-pintada, lontra, mico-leão, macaco muriqui, anta, veado, tros de altura, das folhagens se extrai a cera e a partir dessa ma-
quati, cutia, bicho-preguiça, gambá, monocarvoeiro, araponga, téria-prima são fabricados lubrificantes, a cera também é usada
jacutinga, jacu, macuco, entre tantos outros. em perfumarias, na confecção de plásticos e adesivos. A mata
Existe uma grande necessidade de políticas públicas para a dos cocais encontra-se em grande risco de extinção, pois tais re-
preservação da Mata Atlântica, visto que da área original desse
giões estão dando lugar a pastagens e lavouras, especialmente
bioma (1,3 milhão de km2) só restam 52.000 Km2. Outro fator é
no Maranhão e boreal de Tocantins.
a quantidade de espécies ameaçadas de extinção: das 200 espé-
cies vegetais brasileiras ameaçadas, 117 são desse bioma. Con-
4- Matas-Galerias ou Matas Ciliares
forme dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Re-
Mata Ciliar e Mata de Galeria são vegetações existentes em
cursos Naturais Renováveis (IBAMA), a Mata Atlântica abriga terrenos drenados ou mal drenados, estão associadas a cursos
383 dos 633 animais ameaçados de extinção no Brasil. d´agua. No Cerrado, a mata ciliar segue os rios de médio e grande
porte, sendo uma mata estreita. Geralmente, a mata ciliar incide
2- Mata dos Pinhais ou Floresta de Araucária em terrenos acidentados. Ocorrem diferentes graus de queda
das folhas na estação seca. Na mata de galeria há maior resistên-
As Matas de Araucárias são encontradas na Região Sul do cia das folhas nas estações secas. A mata de galeria possui dois
Brasil e nos pontos de relevo mais elevado da Região Sudeste. subtipos, a não-inundável e a inundável. No Cerrado, por exem-
Existem pelo menos dezenove espécies desse tipo de vegetação, plo, ainda há a mata seca que apresenta três subtipos: Sempre-
das quais treze são endêmicas (existe em um lugar específico). verde, Semidecídua e Decídua. Na vegetação de galeria é comum
São encontradas na Ilha Norfolk, sudeste da Austrália, Nova
a existência de espécies epífitas, que são plantas que utilizam
Guiné, Argentina, Chile e Brasil. Essa cobertura vegetal se desen-
uma árvore como suporte ao seu crescimento, não fazendo da
volve em regiões nas quais predomina o clima subtropical, que
mesma fonte de sua nutrição, pois não são parasitas, por exem-
apresenta invernos rigorosos e verões quentes, com índices plu-
plo, as orquídeas.
viométricos relativamente elevados e bem distribuídos durante
É comum que a vegetação da mata de galeria não seja padro-
o ano. A araucária é um vegetal da família das coníferas que pode nizada, há casos de vegetação não-inundável em área inundada.
ser cultivado com fins ornamentais, em miniaturas. O Pinheiro-
do-Paraná ou Araucária (Araucaria angustifolia) era encontrado Mangue
com abundância no passado, atualmente no Brasil restaram res- Os mangues correspondem a uma característica vegetativa
tritas áreas preservadas. que se apresenta em áreas costeiras, compreende uma faixa de
As árvores que compõem essa particular cobertura vegetal transição entre aspectos terrestres e marinhos, esse tipo de co-
possuem altitudes que podem variar entre 25 e 50 metros e tron- bertura vegetal se estabelece em lugares no qual predominam o
cos com 2 metros de espessura. As sementes dessas árvores, co- clima tropical e subtropical. Os mangues se encontram em ambi-
nhecidas como pinhão, podem ser ingeridas, os galhos envolvem entes alagados com águas salobras, os vegetais do mangue são
todo o tronco central. Os fatores determinantes para o desenvol- constituídos por raízes expostas favorecendo uma maior reti-
vimento dessa planta é o clima e o relevo, uma vez que ocorre rada de oxigênio e também proporcionando maior fixação.

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APOSTILAS OPÇÃO
Essa composição vegetal é fundamental na produção de ali- caem as folhas no período de estiagem) com raízes profundas. A
mentos para suprir as necessidades de diversos animais mari- vegetação é, em geral, de pequeno porte com galhos retorcidos e
nhos. O mangue é formado por plantas com aspecto arbustivo e folhas grossas. Apesar dessa definição generalizada, o cerrado é
também arbóreo, no entanto, os manguezais não são homogê- constituído por várias características de vegetação, é classificado
neos, uma vez que há diferenças entre eles, desse modo são clas- em subsistemas: de campo, de cerrado, de cerradão, de matas, de
sificados ou divididos em: mangue vermelho, mangue branco e matas ciliares e de veredas e ambientes alagadiços. O Cerrado já
mangue-siriuba. ocupou uma área de 2 milhões de km2, entretanto, hoje são apro-
Apesar da importância dos manguezais na manutenção da ximadamente 800 mil km2. Essa expressiva diminuição se deve
vida marinha, esse ambiente tem sofrido profundas alterações à intervenção humana no ecossistema.
promovidas principalmente pela ocupação urbana e especial- Em geral, os solos são pobres e muito ácidos. Até a 1970 o
mente para atender a especulação imobiliária. Dos 172.000 qui- cerrado era descartado quanto ao seu uso para a agricultura, mas
lômetros quadrados de manguezais existentes no mundo, o Bra- com a modernização do campo surgiram novas técnicas que via-
sil responde por 15% do total, ou seja, 26.000 quilômetros qua- bilizaram a sua ocupação para essa finalidade. Então foi reali-
drados distribuídos em todo litoral brasileiro, partindo do zada a correção do solo e os problemas de nutriente foram solu-
Amapá até Santa Catarina. cionados, atualmente essa região se destaca como grande produ-
tor de grãos, carne e leite. Embora esses sejam os grandes “vi-
5- Caatinga – (mata branca) lões” da devastação do Cerrado.
7- Campos (ou Estepes Brasileiros)
A caatinga, palavra originária do tupi-guarani, que significa
“mata branca”, é o único sistema ambiental exclusivamente bra- Os campos são formados por herbáceas, gramíneas e peque-
sileiro. Possui extensão territorial de 734.478 de quilômetros nos arbustos esparsos com características diversas, conforme a
quadrados, correspondendo a cerca de 10% do território nacio- região. Esse bioma pode ser classificado da seguinte forma: -
nal, está presente nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Pa- Campos limpos – Predomínio das gramíneas. - Campos sujos –
raíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, Piauí e norte de Mi- Há a presença de arbustos, além das gramíneas. Campos de alti-
nas Gerais. As temperaturas médias anuais são elevadas, oscilam tude – Áreas com altitudes superiores a 1,4 mil metros, encon-
entre 25° C e 29° C. O clima é semiárido; e o solo, raso e pedre- trados na serra da Mantiqueira e no Planalto das Guianas.
goso, é composto por vários tipos diferentes de rochas. A ação do - Campos da hileia – É um tipo de formação rasteira encon-
homem já alterou 80% da cobertura original da caatinga, que trado na Amazônia, é caracterizado pelas áreas inundáveis da
atualmente tem menos de 1% de sua área protegida em 36 uni- Amazônia oriental, como a ilha de Marajó, por exemplo.
dades de conservação, que não permitem a exploração de recur- Campos meridionais – Não há presença arbustiva, predo-
sos naturais. As secas são cíclicas e prolongadas, interferindo de mina uma extensa área com gramíneas, propícia para o desen-
maneira direta na vida de uma população de, aproximadamente, volvimento da atividade agropecuária. Destaca-se a Campanha
25 milhões de habitantes. Gaúcha, no Rio Grande do Sul e os Campos de Vacaria, no Mato
As chuvas ocorrem no início do ano e o poder de recuperação Grosso do Sul. Os campos ocupam áreas descontínuas do Brasil,
do bioma é muito rápido, surgem pequenas plantas e as árvores na Região Norte esse bioma está presente sob a forma de savanas
ficam cobertas de folhas. de gramíneas baixas, nas terras firmes do Amazonas, de Roraima
Vegetação – As plantas da caatinga são xerófilas, ou seja, e do Pará. Na Região Sul, surge como as pradarias mistas subtro-
adaptadas ao clima seco e à pouca quantidade de água. Algumas picais.
armazenam água, outras possuem raízes superficiais para captar Os campos do Sul são formados principalmente pelos pam-
o máximo de água da chuva. E há as que contam com recursos pas gaúchos, com clima subtropical, região plana de vegetação
pra diminuir a transpiração, como espinhos e poucas folhas. A aberta e de pequeno porte que se estende do Rio Grande do Sul
vegetação é formada por três estratos: o arbóreo, com árvores de à Argentina e ao Uruguai. A vegetação campestre forma um ta-
8 a 12 metros de altura; o arbustivo, com vegetação de 2 a 5 me- pete herbáceo com menos de 1 metro, com pouca variedade de
tros; e o herbáceo, abaixo de 2 metros. Entre as espécies mais espécies. Sete tipos de cacto e de bromélia são endêmicos da re-
comuns estão a amburana, o umbuzeiro e o mandacaru. Algumas gião, além de uma espécie de peixe - o cará, ou seja, são espécies
dessas plantas podem produzir cera, fibra, óleo vegetal e, princi- encontradas apenas nesse local. A terra possui condições ade-
palmente, frutas. quadas para o desenvolvimento da agricultura, além de compor-
Fauna – A fauna da caatinga é bem diversificada, composta tar água em abundância. Os principais produtos agrícolas culti-
por répteis (principalmente lagartos e cobras), roedores, insetos, vados nessa região são arroz, milho, trigo e soja. No entanto, mui-
aracnídeos, cachorro-do-mato, arara-azul, (ameaçada de extin- tas áreas desse bioma já foram degradadas em razão da atividade
ção), sapo-cururu, asa-branca, cutia, gambá, preá, veado catin- econômica desenvolvida com a utilização de máquinas, e a in-
gueiro, tatupeba, sagui-do-nordeste, entre outros animais. tensa ocupação de rebanhos bovinos e plantações de trigo e,
principalmente, de soja. A pecuária extensiva desgasta o solo, o
6- Cerrado (ou Savana do Brasil) plantio de soja e trigo diminuem a fertilidade do mesmo, além
O Cerrado é um tipo de vegetação que compõe a fitogeografia dos desmatamentos que causam erosão e desertificação.
brasileira, já ocupou 25% do território brasileiro, fato que lhe dá
a condição de segunda maior cobertura vegetal do país, superada 8- Pantanal
somente pela floresta Amazônica. No entanto, com o passar dos O Brasil apresenta ao longo de seu território diversas com-
anos o Cerrado diminuiu significantemente. A vegetação do Cer- posições vegetais, dentre elas o Pantanal, que é conhecido tam-
rado se encontra em uma região onde o clima que predomina é o bém por Complexo do Pantanal; sua formação vegetal recebe in-
tropical, apresenta duas estações bem definidas: uma chuvosa, fluência da floresta Amazônica, Mata Atlântica, Chaco e do Cer-
entre outubro e abril; e outra seca, entre maio e setembro. O rado. Ocupando uma área de 210 mil km2, o Pantanal é conside-
Cerrado abrange os Estados da região Centro-Oeste (Goiás, Mato rado a maior planície alagável do mundo, está situado sobre uma
Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal), além do sul do enorme depressão cuja altitude não ultrapassa os 100 metros em
Pará e Maranhão, interior do Tocantins, oeste da Bahia e Minas relação ao nível do mar. Esse domínio encontra-se ao sul do Es-
Gerais e norte de São Paulo. tado de Mato Grosso e noroeste do Mato Grosso do Sul, esse pos-
A vegetação predominante é constituída por espécies do tipo sui um percentual maior de Pantanal, cerca de 65%, enquanto
tropófilas (vegetais que se adaptam às duas estações distintas, que aquele detém 35%. O alagamento do Pantanal acontece no
como ocorre no Centro-Oeste), além disso, são caducifólias (que período chuvoso, nas épocas de estiagem formam-se pastagens

Geografia 18

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APOSTILAS OPÇÃO
naturais, situação que favorece a ocupação para criação de gado. 2. (Pref. Estância Hidromineral de Monte Alegre do
A inundação do Pantanal acontece por causa das cheias do rio Sul/SP- 2015 - Adaptado) A paisagem natural é caracterizada
Paraguai e afluentes. pela integração de diferentes elementos que compõem:
As superfícies pantaneiras mais elevadas abrangem a vege-
tação do Cerrado e, em áreas mais úmidas, apresentam florestas (A) clima e relevo.
tropicais do tipo arbóreas. Essa parte da fitogeografia brasileira (B) solo e Vegetação.
foi reconhecida pela UNESCO como um Patrimônio Natural da (C) estrutura geológica.
Humanidade, isso pelo fato de ser um dos ecossistemas mais (D) A, B e C se completam.
bem preservados do mundo. Além disso, abriga uma imensa bi- (E) Somente A e B estão corretas.
odiversidade, são cerca de 670 espécies de aves, 242 de peixes,
110 de mamíferos, 50 de répteis. Incluindo ainda aproximada- RESPOSTAS
mente 1500 variedades de plantas. As atividades econômicas de-
senvolvidas no Pantanal que mais se destacam são a pecuária e a 1. Resposta: D
pesca. A criação de gado é uma atividade que consegue aliar pre- A mata atlântica acompanha toda a linha do litoral brasileiro
servação e renda. Porém, nas últimas décadas, gradativamente do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte (regiões meridio-
tem sido inserido na região pantaneira o cultivo de culturas mo- nais e nordeste). Seu clima é equatorial ao norte e quente tem-
nocultoras comerciais (ex. soja), provocando impactos negativos perado sempre úmido ao sul, tem temperaturas médias elevadas
no ambiente pela aplicação de agrotóxicos, além da retirada da durante o ano todo e não apenas no verão. A alta pluviosidade
cobertura vegetal original que pode comprometer todo o ecos- nessa região deve-se à barreira que a serra constitui para os ven-
sistema. Outro problema enfrentado está ligado à fauna, tendo tos que sopram do mar. Há uma importante cadeia de montanhas
em vista que ocorre uma intensa caça de jacarés e pesca indiscri- que acompanham a costa oriental brasileira, desde o nordeste do
minada. Rio Grande do Sul até o sul do estado da Bahia. Ao norte as mai-
ores altitudes se encontram mais para o interior do país, mas, nas
9- Mata Atlântica regiões do norte do estado de Alagoas, todo estado de Pernam-
buco e da Paraíba, e em pequena parte do Rio Grande do Norte
A Mata Atlântica é uma formação vegetal que está presente temos altitudes de 500 a 800 metros que estão próximas ao mar.
em grande parte da região litorânea brasileira. Ocupa, atual- Em São Paulo é conhecida como Serra do Mar e em outros esta-
mente, uma extensão de aproximadamente 100 mil quilômetros dos tem outros nomes. Sua altitude média fica ao redor dos 900
quadrados. É uma das mais importantes florestas tropicais do metros. Em certos trechos é bastante larga, mas em outros é
mundo, apresentando uma rica biodiversidade. muito estreita. Afasta-se do mar em alguns pontos, se aproxi-
A Mata Atlântica encontra-se, infelizmente, em processo de mando dele em outros. Não é encontrada somente em baixas la-
extinção. Isto ocorre desde a chegada dos portugueses ao Brasil titudes como também abaixo do Trópico de Capricórnio.
(1500), quando iniciou-se a extração do pau-brasil, importante
árvore da Mata Atlântica. Atualmente, a especulação imobiliária, 2. Resposta: D
o corte ilegal de árvores e a poluição ambiental são os principais Ambas as afirmativas fazem parte da paisagem natural do
fatores responsáveis pela extinção desta mata. As principais ca- planeta. Costuma-se considerar como paisagem somente os ele-
racterísticas da Mata Atlântica são: mentos naturais, tais como montanhas, rios, mares, florestas en-
- presença de árvores de médio e grande porte, formando tre outros, entretanto, paisagem também abrange as construções
uma floresta fechada e densa; humanas como pontes, ruas, edifícios, além das relações huma-
- rica biodiversidade, com presença de diversas espécies ani- nas como feiras, estádios de futebol, nesses casos ocorre uma va-
mais e vegetais; riação das paisagens, pois se trata de uma composição momen-
- as árvores de grande porte formam um microclima na mata, tânea. Diante desse contexto, a paisagem se divide em paisagens
gerando sombra e umidade; naturais (lagos, oceanos, vales, florestas, montanhas, seres vi-
- fauna rica com presença de diversas espécies de mamíferos, vos) e as interações existentes. A variação de cada elemento de-
anfíbios, aves, insetos, peixes e répteis; termina a configuração de cada paisagem, por exemplo, o clima
- na região da Serra do Mar, forma-se na Mata Atlântica uma quente e úmido produz florestas com uma grande quantidade de
constante neblina. vidas, tanto da fauna como da flora, em contrapartida nas zonas
polares, onde o frio é intenso, não há o desenvolvimento de ele-
QUESTÕES vados números de vidas, além de diferentes tipos de solo, relevo
e vegetação.
1. (PMDG-AL - 2015 - Adaptado) Dadas as afirmativas a se-
guir:
As atividades econômicas e a or-
I. A distribuição em áreas de clima tropical e subtropical ganização do espaço: Espaço
úmido. agrário: modernização e confli-
II. A ocorrência apenas em planícies litorâneas, que recebem tos; Espaço urbano: atividades
umidade vinda dos oceanos. econômicas, emprego e pobreza;
III. A ocorrência em diferentes altitudes.
A rede urbana e as Regiões Me-
IV. A concentração nas baixas latitudes, associada a elevadas
precipitações. tropolitanas
Quais delas justificam a grande diversidade biológica da
Mata Atlântica? AS ATIVIDADES ECONÔMICAS E A ORGANIZAÇÃO DO ES-
PAÇO
(A) I e II.
(B) II e III. Existe um determinado ramo da geografia em que se trata de
(C) III e IV. todas as movimentações econômicas e suas respectivas teorias,
(D) I e III. denominada Geografia Econômica. Nela, estuda-se as condições
(E) I, II, III e IV. econômicas presentes na terra, sendo facilmente influenciada
por fatores naturais (como será abordado mais adiante), além de
fatores políticos e sociais.
Geografia 19

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APOSTILAS OPÇÃO
O estudioso da área busca compreender os aspectos espaci- - Recursos naturais não-renováveis: representado por mi-
ais das atividades econômicas, inseridos em várias escalas. Para nerais, carvão e petróleo, são aqueles que um dia irão se esgotar,
compreender tais interações, inicialmente, vamos abordar os se- uma vez que o planeta terra possui quantidade fixa de material
tores da economia existentes do nosso cotidiano. cotidianamente consumido.

Até então, abordamos temas relacionados aos recursos natu-


rais que podem ser utilizados para o desenvolvimento econô-
mico e social da determinada região e/ou nação. Agora, vamos
falar um pouco sobre os meios de extração:

Extrativismo
Consiste na atividade de extrair os recursos que estão à dis-
posição na natureza, independentemente de sua origem. Consi-
derada a atividade mais antiga do ser humano, até mesmo ante-
cedendo a agricultura, pecuária e a industrialização, o extrati-
Fonte: http://dnanatural.com.br/wp-content/uplo-
ads/2014/05/shutterstock_148264052.jpg vismo é aplicado ao longo dos tempos pelas sociedades moder-
Setores da economia nas.
Não é difícil compreender a divisão em que a economia gira. Quanto a sua forma, podemos citar três tipos:
De acordo com o produto final, modo de produção e os recursos
utilizados, podemos setorizar tal serviço por primário, secundá- - Extrativismo animal: É oriundo da caça e da pesca.
rio ou terciário. Conforme as atividades desenvolvidas em cada - Extrativismo vegetal: Corresponde a extração de produtos
setor, é possível estimar o grau de desenvolvimento a nível local, vegetais não plantados pelo ser humano, sendo eles madeira,
regional ou nacional. óleos, frutos, borracha, entre tantos outro, coletando apenas
aquele produto que a natureza dispõe.
- Setor primário: Corresponde a produção através dos re- - Extrativismo mineral: Consiste na extração de minerais
cursos naturais, sendo eles a agricultura, mineração, pesca, pe- presentes na crosta terrestre, também apresentando o nome de
cuária, extrativismo vegetal e caça, abastecendo a indústria de mineração.
transformação. Esse setor encontra-se em vulnerabilidade cons-
tante, uma vez que depende dos fatores naturais para sua obten- O Brasil apresenta uma gama de minérios em seu território,
ção. O exemplo mais conhecido é a dependência que muitas plan- consequência do seu rico subsolo e do crescimento da mineração
tações tem com o clima (precipitação e temperatura). moderna das últimas décadas. Dos minérios extraídos no Brasil,
- Setor secundário: Corresponde ao setor de transformação, seus principais são o Ferro, Bauxita, Manganês e Estanho. Mais
aonde a matéria prima produzida no setor primário, é conver- detalhes sobre esses minerais podem ser vistos no tópico “RE-
tido em produtos industrializados (roupas, máquinas, automó- CURSOS MINERAIS NO BRASIL”.
veis, alimentos industrializados, eletrônicos, casas, etc). Nesse
caso, existe tecnologia e informação a respeito das transforma-
ções e, por isso, o lucro é maior. Entende-se desta forma que toda
economia baseada em setor secundário, apresenta uma signifi-
cativa base econômica.
- Setor terciário: Corresponde a aquela relacionada aos ser-
viços, tais como comércio, educação, saúde, telecomunicações,
Fonte: http://ajudaescolar.weebly.com/geografia-econocir-
serviços de informática, seguros, transporte, serviços de lim-
cmica.html
peza, serviços de alimentação, turismo, entre tantos outros.
Nesse caso, não são comercializados os produtos, mas sim os ser-
Os minerais presentes ainda podem ser divididos em metáli-
viços a fim de satisfazer determinada necessidade. É possível
cos, abundantes, com a presença de ferro, alumínio, etc., e não
afirmar que esse setor foi o que mais houve crescimento no
metálicos, escassos e representados por cobre, chumbo, zinco,
mundo desde o processo de globalização marcado no século XX.
etc. Quanto aos não metálicos, ainda é possível subdividir em:
Recursos naturais
- Aqueles que são usados em produtos químicos e fertilizan-
O termo “recursos naturais” constituem elementos da natu-
tes (nitratos, fosfatos, cloreto de sódio, etc);
reza que são de utilidade ao homem no processo de desenvolvi-
- Aqueles usados em materiais para a construção (cimento,
mento da civilização, além de sua sobrevivência e conforto da so-
areia, cascalho, etc);
ciedade em geral. Essa expressão refere-se a alimentos minerais,
- Combustíveis fósseis (carvão, petróleo, gás natural, xisto,
água e energia obtidos da Terra. Esses recursos são utilizados
etc);
dependendo de sua estrutura sociocultural, econômica e tecno-
- Água (lagos, rios, águas subterrâneas, etc).
lógica.
Não distribuídos de forma uniforme pela terra e muito me-
nos concentrados onde são mais consumidos, os recursos natu-
rais nem sempre facilitam a sua utilização. Desta maneira, existe
distintas formas de possuir e se beneficiar deles, uma vez que
possuir os recursos minerais nem sempre apresentam condições
de sua utilização, seja ela por motivos diversos. Essa ação de re-
tirar os elementos naturais da natureza é chamado de extrati-
vismo ou atividade extrativa.
Dos recursos naturais, podemos obter dois tipos:
Fonte: http://ajudaescolar.weebly.com/geografia-econocircmica.html
- Recursos naturais renováveis: São aqueles que podem se
auto renovar, ou seja, não se esgotam com o uso, tal como a água, Até então trabalhamos com a organização do espaço Brasi-
ar e a vegetação. leiro conforme seus recursos naturais, contudo, você deve estar

Geografia 20

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APOSTILAS OPÇÃO
se perguntando aonde que a organização do espaço entra na dis- uso, a fim de atender aos princípios de justiça social e aumento
cussão, e é exatamente essa conexão com esse eixo que falare- de produtividade.
mos logo em seguida. A partir de 1960, verifica-se uma revolução no campo, com a
incorporação de novas tecnologias à atividade rural, o que, den-
O Brasil apresenta um modelo de industrialização tardia, pri- tre outras consequências, incrementou a produtividade tanto na
orizando as importações. Além disso, o país apresenta um sub- agricultura como na pecuária dando origem ao grande êxodo ru-
desenvolvimento considerável, marcado por desigualdades soci- ral ocorrido nas décadas de 1970 e 1980, após a consolidação
ais e dependência financeira e tecnológica de países desenvolvi- deste modelo.
dos, tendo como consequência o processo de ocupação e organi- Entretanto, o discurso de redistribuição de terra e justiça so-
zação econômico deficitário. cial no campo, nunca saiu do papel. Com a manutenção do pro-
Desde a época dos portugueses se discute a organização que blema, a idéia de reforma agrária ressurgiu no Brasil em 1973,
temos hoje. Inicialmente, no contexto do mercantilismo, a Amé- após o fracasso do Plano de Colonização e Reforma Agrária na
rica Latina torna-se um antro de fornecimento de matérias-pri- Amazônia.
mas, inclusive, metais preciosos. Sua importância como fornece- Na década de 1980, ocorreram ocupações e lutas em todo o
dora impedia que o Brasil se desenvolvesse. Outra questão que país, culminando na integração dos trabalhadores rurais brasi-
inviabilizou o crescimento foi a grande concentração de terras leiros, fato que desencadeou a elaboração do 1° Plano Nacional
nas mãos de poucos e que, historicamente, já vinha desde os tem- de Reforma Agrária, cujas propostas era desapropriar terras im-
pos das capitanias hereditárias. produtivas para fins sociais, e ser usado no processo de reforma
As atividades econômicas do Brasil colonial ocorreu de 1500 agrária.
a 1822, firmando em torno da produção de bens primários, con- Economicamente falando, a questão agrária está ligada às
forme apresentados no início desse tópico, principalmente para transformações nas relações de produção, ou seja, como produ-
a exportação a fim de abastecer a metrópole portuguesa. zir, de que forma produzir. Tal equação econômica aponta para
A partir de 1930 as atividades econômicas passam por um indicadores como a maneira que se organiza o trabalho e a pro-
processo de abastecimento interno, uma vez que toda sua pro- dução, o nível de renda e emprego dos trabalhadores rurais, a
dução destinava-se a exportação, sendo produtos provenientes produtividade das pessoas ocupadas no campo, etc.
da cana-de-açúcar, mineradoras e plantações de café. Nessa Um dos grandes problemas agrários no Brasil é a sua estru-
perspectiva, teve-se a idéia de que o Brasil não consiste apenas tura fundiária, onde a mesma é organizada por número, tamanho
no litoral, ocorrendo então uma integração econômica no terri- e distribuição social; de um lado um pequeno número de latifun-
tório brasileiro, sendo possível essa organização pela industria- diários, que monopolizam a maior parte das propriedades rurais,
lização, iniciada nesse ano e consolidada em 1950. no outro extremo, milhões de minifúndios, insuficiente para per-
mitir-lhes uma vida decente e com uma boa alimentação, quando
Hoje, é possível encontrarmos um inchaço da população re- grandes proprietários possuem enormes áreas ociosas, apenas a
ferente as oportunidades de melhor condição de vida que o meio espera de valorização.
proporciona. A tendência no Brasil, como muito se tem visto, são O sistema atual de classificação das propriedades agropecu-
indivíduos migrando de regiões mais pobres em busca de opor- árias foi estabelecido pelo Estatuto da Terra em 1964 e divide-se
tunidades nas capitais e, atualmente, principalmente na região em:
centro-oeste.
A saída do litoral sentido interiorização do país trouxe novas Módulo Rural: se refere a uma área de propriedade familiar
oportunidades perante a organização do espaço, uma vez que as adequada, ou seja, “um imóvel rural”, que direta e pessoalmente
terras eram suficientes para o uso. Contudo, a infraestrutura bá- é explorado pelo agricultor e sua família, absorvendo-lhes toda a
sica demorou um pouco mais para chegar. Ainda hoje vemos força de trabalho, garantindo-lhes a subsistência, o progresso so-
grandes centros com pessoas de todas as regiões do Brasil. Isso cial e econômico. O módulo rural não possui uma dimensão
demonstra que as atividades econômicas moldam a organização única, mas é fixado de acordo com a região e o ripo de explora-
do espaço conforme suas necessidades. ção. Com base nesse conceito de módulo rural, o Estatuto da
Terra dividiu os imóveis rurais do Brasil em três categorias:
ESPAÇO AGRÁRIO: MODERNIZAÇÃO E CONFLITOS
- Empresa Rural: são os imóveis explorados de forma eco-
O estudo sobre a questão agrária no Brasil sempre foi tema nômica e racional, com um mínimo de 50% de sua área utilizada
de interesse da área econômica, tomando força e vigor a partir e que não exceda a 600 vezes o módulo rural.
da década de 1980, isto porque a chamada modernização ou in-
dustrialização da agricultura brasileira ocorreu na década ante- - Minifúndio: é todo imóvel com área agricultável inferior ao
rior, vindo influir no processo de transformação capitalista no módulo rural fixado, possuindo quase sempre menos de 50 hec-
campo. tares de extensão, embora sua média seja de 20 hectares. Eles
O espaço agrário tem se caracterizado por uma enorme desi- correspondem atualmente há cerca de 72% do total dos imóveis
gualdade na distribuição da terra. De um lado, um pequeno nú- rurais do país, embora ocupem apenas cerca de 12% de área to-
mero de grandes proprietários de terra, os latifundiários, e os tal desses imóveis.
grandes empresários rurais, que monopolizam a maior parte da
área rural do país. Do outro lado, milhões de pequenos proprie- - Latifúndio: por exploração: é o imóvel que não excede os
tários e trabalhadores sem-terra, vivendo em precárias condi- limites da empresa rural, é mantido inexplorado em relação às
ções de vida. possibilidades físicas, econômicas e sociais do meio; - por dimen-
A luta pela democratização do acesso à terra ganha força no são: é o imóvel rural com uma área superior a 600 vezes o mó-
Brasil na década de 1960, com a fundação das ligas camponesas, dulo rural e não explorado em sua potencialidade.
inicialmente no Nordeste e, em seguida em todo o país.
Em 1964, com o golpe militar, houve total eliminação das li- Na formação histórica territorial brasileira, pode-se identifi-
gas camponesas. Naquele momento, foi elaborado o Estatuto da car as seguintes fases: Capitanias Hereditárias, Período Sesma-
Terra que, somando ao Estatuto do Trabalhador Rural, tornou- rial, Regime de Posses, Regime de Lei de Terras n° 601/1850, sis-
se o elemento legal para a promoção da Reforma Agrária. tema do Código Civil de 1916, sistema legal do Estatuto da Terra
Segundo o Estatuto, a reforma agrária é definida como um e Regime Fundiário a partir da Constituição federal de 1988.
conjunto de medidas que visam promover uma melhor distribui-
ção de terras, mediante modificações no regime de sua posse e
Geografia 21

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APOSTILAS OPÇÃO
A concentração fundiária no Brasil é uma é uma das maiores - Criação do PRONAF (Programa Nacional da Agricultura Fa-
do mundo. A maior parte das terras ocupadas e os melhores so- miliar), que abriu uma linha especial de crédito para o financia-
los encontram-se na mão de pequeno número de proprietários, mento do setor;
ao passo que um imenso número de pequenos proprietários pos- - Traz grande importância do setor para a economia brasi-
sui áreas ínfimas, insuficientes para garantir-lhes a suas famílias leira, pois responde por 70% dos alimentos consumidos no país,
um nível de vida decente. A partir de 1970, começou a expansão o que perfaz um total de 10% do PIB;
das fronteiras agrícolas em direção à Amazônia. Com a ocupação - O Nordeste é a região brasileira que detém a maior parcela
das terras devolutas, a derrubada da mata para o estabeleci- dos estabelecimentos agrícolas familiares do país (49,7%), com-
mento da lavoura e da pecuária, em boa parte, essa ocupação da parado com as demais regiões;
terra é apenas formal. Essa expansão das áreas ocupadas pela - Em algumas áreas do país, sobretudo no interior do estado
agropecuária acabou contribuindo para agravar ainda mais o de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, houve
problema da estrutura fundiária do Brasil, constituindo autênti- um grande fortalecimento da produção agroindustrial e da orga-
cos latifúndios. nização sindical que, de forma geral, melhorou a vida da popula-
Menos de 50 mil proprietários possuem áreas superior a mil ção, tanto rural quanto urbana;
hectares e, controlam 50% das terras, cerca de 1% dos proprie- -Pouco capital;
tários rurais detêm em torno de 46% de todas as terras. -Cultivo para sua subsistência e o excedente da produção
Dos aproximadamente 400 milhões de hectares titulados abastece os centros urbanos;
como propriedade privada, apenas 60 milhões de hectares são -Emprego de técnicas, rudimentares, tradicionais e queima-
utilizados como lavouras, os restantes das terras estão ociosos, das.
subutilizadas. Segundo o INCRA, há cerca de 100 milhões de hec-
tares de terras ociosas. Por outro lado, existem cerca de 4,8 mi- Importância
lhões de famílias sem-terra no Brasil. -Mantém o pequeno agricultor no campo;
Esse agravamento na concentração da propriedade fundiária -Emprego de práticas produtivas ecologicamente mais equi-
no Brasil prejudica a produção de alimentos, porque as grandes librados;
propriedades em geral voltam-se mais para os gêneros agrícolas -Diversificação de cultivos;
de exportação. Um estudo recente calculou que 60 a 70% dos gê- -Abastece o mercado interno;
neros alimentícios destinados ao abastecimento do país proce- -Relação cooperativa/agricultura familiar;
dem da produção de pequenos lavradores, que trabalham em -A criação de cooperativas é a oportunidade de tornar a eco-
base familiar. nomia da agricultura familiar ainda mais forte e competitiva no
Observa-se que todas as terras que têm dono no País, apenas país;
14% são utilizadas na lavoura e como 48% das terras são desti- -Em muitas regiões empobrecidas é a produção familiar
nadas a pastagens. quem dinamiza a economia local e gera postos de trabalho.
Calculam-se cerca de 170 milhões de hectares de terras des-
matadas e não produtivas no Brasil, o que corresponde a um ter- Agricultura Moderna
ritório que os estados de Minas Gerais, Bahia, São Paulo e Rio - Iniciou-se na década de 50, com as importações de máqui-
Grande do Sul somados. nas e equipamentos mais avançados para a produção agrícola;
É lógico que não se pode pensar em 100% do território naci- - Provocaram um grande aumento no número de trabalhado-
onal sendo ocupado por cidades ou atividades agropecuárias. res rurais desempregados, pois a partir das implantações de no-
Existem terras impróprias para o uso e sempre há a necessidade vas tecnologias (equipamentos e máquinas modernas), os esfor-
de amplas reservas florestais em benefício da qualidade de vida ços físicos foram reduzidos ou, substituídos pela tecnificação;
humana. A Amazônia, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-grossense - Utilizam mão-de-obra especializada, como engenheiros e
são alguns exemplos de paisagens a serem preservados devido à técnicos agrícolas;
sua grande importância ecológica. Há também a questão dos po- - O proprietário da terra contrata trabalhadores para plantar,
vos indígenas, que necessitam de extensas áreas para sua sobre- limpar e colher;
vivência. - Monocultura: Nesse tipo de agricultura, em uma proprie-
Pode-se constatar que as terras brasileiras cadastradas em dade é plantado um único tipo de produto.
1992 cerca de 320 milhões de hectares, 38,77% do território na-
cional, apenas 28,3% aproximadamente 90 milhões de hectares Revolução Verde
eram considerados produtivos. Constata-se também 16% da -Surge com o propósito de aumentar a produção agrícola
área cadastrada da região norte. através do desenvolvimento de pesquisas em sementes, fertili-
zação do solo e utilização de máquinas no campo que aumentas-
Agricultura No Brasil sem a produtividade;
A Agricultura no Brasil é, historicamente, umas das princi- - Sementes adequadas para tipos específicos de solos e cli-
pais bases da economia do país, desde os primórdios da coloni- mas;
zação até o século XXI, evoluindo das extensas monoculturas - Possuem alta resistência a diferentes tipos de pragas e do-
para a diversificação da produção. enças, seu plantio, aliado à utilização de agrotóxicos, fertilizan-
Inicialmente produtora de cana-de-açúcar, passando pelo tes, implementos agrícolas e máquinas, aumenta significativa-
café, a agricultura brasileira apresenta-se como uma das maiores mente a produção agrícola;
exportadoras do mundo em diversas espécies de cereais, frutas, - Financiado pelo grupo Rockefeller em Nova Iorque: dis-
grãos, entre outros. curso ideológico de aumentar a produção de alimentos para aca-
bar com a fome no mundo. Expandiram seu mercado consumi-
Agricultura Familiar dor, com vendas de verdadeiros pacotes de insumos agrícolas,
-A que emprega apenas o núcleo familiar (pai, mãe, filhos e, principalmente para países em desenvolvimento como Índia,
eventualmente, avós e tios) nas lides da terra, podendo empre- Brasil e México.
gar até cinco trabalhadores temporários;
- É responsável direta pela produção de grande parte dos Sistemas de produção na Agricultura
produtos agrícolas brasileiros;
- Década de 1990: apresentou um crescimento de sua produ- Sistema Extensivo
tividade na ordem de 75%; - Esse sistema é característico de regiões com grandes exten-
sões de terras vazias e de menor grau de desenvolvimento;
Geografia 22

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APOSTILAS OPÇÃO
- Técnicas simples; - Unidade familiar produtora de mercadorias corres-
- Mão-de-obra desqualificada; ponde á utilização da terra realizada por pequenos proprietários
- Abundância de terras; e arrendatários (como, por exemplo, a produção hortifrutigran-
- Baixa produtividade; jeira nos arredores de grandes centros urbanos como São Paulo
- Rápido esgotamento dos solos e Rio de Janeiro);

Sistema Intensivo - Unidade familiar de subsistência corresponde à explora-


- É um sistema característico de regiões de maior desenvol- ção de terra realizada por pequenos proprietários (minifundiá-
vimento, geralmente com maior ocupação humana; rios ou não), arrendatários, parceiros ou, ainda, posseiros. O tra-
- técnicas modernas; balho empregado é familiar e a produção visa, principalmente, a
- mão-de-obra qualificada; atender as necessidades de subsistência, embora nessas unida-
- terras exíguas; des, quando maiores em extensão, encontra-se a associação de
- alta produtividade; culturas de mercado com as de subsistência também conhecido
- conservação dos solos. como minifúndio;

Quadro comparativo sobre a distribuição das terras - Complexo agroindustrial é a integração técnica interseto-
no Brasil rial entre agropecuária, as indústrias que produzem para a agri-
Grades propriedades cultura (maquinas e insumos) e as agroindústrias (que proces-
Modernização sam matérias-primas agropecuárias e as transformam em pro-
Cultivo de produtos agro-industriais para exportação dutos industrializados: queijo, manteiga, óleos vegetais, extratos
Trabalho temporário - Os bóias-frias de tomate, suco de laranja, álcool etílico, açúcar etc.);
Trabalho assalariado - Representa apenas 10% da mão de
obra agrícola. São trabalhadores que possuem registro em - Agribusiness é um conjunto de negócios agropecuários
carteira, recebendo, portanto, pelo menos um salário mí- que corresponde à soma total de operações de produção e distri-
nimo por mês. Trabalhando em fazendas e agroindústrias. buição de suprimentos (insumos), operações de produção nas
Pequenas propriedades unidades rurais e armazenamento, processamento e distribuição
Cultivos voltados ao abastecimento interno. dos produtos e itens produzidos por ele, ou seja, envolve vários
mecanismos que movimentam a agropecuária (agronegócios).
Cerca de 80% da força de trabalho agrícola é encontrada
em pequenas e médias propriedades
A agricultura e a biotecnologia
Utilizam mão de obra familiar
A biotecnologia, estudada e aplicada desde os anos 1950,
apresentou grande desenvolvimento nas décadas de 1970 e
Nossa produção agropecuária
1980. Podemos defini-la como o conjunto de tecnologias biológi-
O Brasil se destaca no mercado mundial como exportador de
cas utilizadas para o melhoramento genético de plantas, animais
alguns produtos agrícolas - café, açúcar, soja e suco de laranja.
e microrganismos por seleção e por cruzamentos naturais. Por
Entretanto, para abastecer o mercado interno de consumo, há a
intermédio da engenharia genética, a biotecnologia insere genes
necessidade de importação de alguns produtos, com destaque
de outros organismos vivos no DNA dos vegetais.
para o trigo.
Esse processo tem como objetivo alterar o tamanho das plan-
tas, retardar a deterioração dos produtos agrícolas após a co-
Problemas no espaço agrário brasileiro
lheita ou torná-los mais resistentes às pragas, aos herbicidas e
- Parte dos trabalhadores agrícolas mora na periferia das ci-
pesticidas durante a fase do plantio, e também aumentar o ajuste
dades e se desloca diariamente ao campo para trabalhar como
entre os vegetais e os diferentes tipos de solo e climas. As plantas
bóias frias em modernas agroindústrias;
resultantes do processo de alteração genética são chamadas de
- Apesar da modernização verificada nas técnicas de produ-
transgênicas. Nos produtos agrícolas criados através da biotec-
ção em regiões onde agroindústria se fortaleceu, ainda persistem
nologia, os traços genéticos naturais indesejáveis podem ser eli-
o subemprego, a baixa produtividade e a pobreza no campo;
minados, implantando-se, artificialmente, traços que melhorem
- Predomínio de latifúndios e a falta de investimentos esta-
sua qualidade. Também na pecuária a engenharia genética é uti-
tais em obras de infraestrutura;
lizada, criando-se animais híbridos a partir de cruzamentos de
- Subordinação da agropecuária ao capital industrial
espécies diferentes, além da aplicação de injeções de hormônios
- Intensificação do êxodo rural em condições precárias.
para aumentar a capacidade reprodutiva, o crescimento e o peso
dos animais. Os efeitos, para o homem, das plantas transgênicas,
Conflito pela posse de terra
ou dos animais alterados geneticamente, ainda não são total-
- O Brasil vem sofrendo sérios problemas sociais e conflitos
mente claros. Alguns países proíbem, por exemplo, a importação
pela sua má distribuição de terras. Entre eles se destaca;
de carne proveniente de gado criado com hormônios ou altera-
- Movimentos do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais
ções genéticas. Além desse fato, a utilização da biotecnologia não
Sem Terra);
está isenta de complicações futuras no processo produtivo.
- Conflito entre seringueiros, indígenas, garimpeiros e ma-
Não é difícil prever que haverá uma homogeneidade cada vez
deireiros.
maior das espécies cultivadas, pois os agricultores sempre deci-
dirão pela plantação das que forem mais produtivas e mais resis-
Organização da produção na agricultura brasileira e as
tentes.
relações de trabalho
As diferentes formas de produção Agropecuária
- Latifúndio correspondente a grandes propriedades dedi-
A forma de produção agrícola apresenta-se bem diversifica-
cadas a uma produção voltada para o mercado interno ou ex-
das no mundo;
terno, nas quais a produção é realizada por uma força de traba-
- Os países desenvolvidos e industrializados interferiram a
lho que pode ser classificada em cinco tipos (o morador ou agre-
produção agrícola por modernizar as técnicas empregadas, utili-
gado, o parceiro, o trabalhador assalariado, o diarista ou boia-
zando cada vez menos mão-de-obra;
fria e o arrendatário);
- Nos países subdesenvolvidos, foram principalmente as re-
giões agrícolas que abastecem o mercado externo que passaram
por modernização na técnica de cultivo e colheita. Mas, houve o
Geografia 23

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APOSTILAS OPÇÃO
êxodo rural acelerado, que contribuiu para o aumento nas peri- - Na China, desde que foram extintas as comunas populares,
ferias das grandes cidades; houve um significativo aumento da produtividade. Devido a
- As regiões ricas e modernizadas produzem apenas o que lhe grande população, o excedente a modernização da produção
é mais conveniente, garantindo maiores taxas de lucros, e bus- agrícola foi substituída pela utilização de enormes contingentes
cam em outras regiões o que não produzem internamente. Essa de mão-de-obra. Em algumas províncias, porém, está havendo
realidade intensificou o comercio mundial; um processo de modernização, impulsionando pela expansão de
- As regiões tecnicamente atrasadas se veem obrigadas a con- propriedades particulares e da capitalização proporcionada pela
sumir basicamente o que produzem e são bem sensíveis aos ri- abertura econômica a parti de 1978. Sua produção é essencial-
gorosos impostos pelas condições naturais; mente voltada para abastecer o mercado interno.
- Nos países em que predominam o trabalho agrícola, utili-
zando mão-de-obra urbana e rural, o Estado assume importância As empresas agrícolas
fundamental no combate a fome; - São as responsáveis pelo desenvolvimento do sistema agrí-
- As políticas modernas de reforma agrária visam à integra- cola dos países desenvolvidos. Nesses sistemas, a produção é ob-
ção dos trabalhadores agrícolas e dos pequenos e médios propri- tida em medias e grandes propriedades altamente capitalizadas.
etários nas modernas técnicas de produção. Trata-se de refor- A produtividade é bem alta devido à seleção de sementes, uso
mas a estrutura fundiária e as relações de trabalho, buscando o intensivo de fertilizantes, elevado de mecanização no preparo do
estabelecimento de prioridades na produção; solo, no plantio e na colheita, utilização de silos de armazenagem,
- Há uma tendência a entrada do capital agroindustrial no sistemático de todas as etapas da produção e comercialização
campo, tanto nos setores voltados ao mercado externo quanto ao por técnicas;
mercado interno. Assim, a produção agrícola tradicional tende a - Funciona como uma empresa e sua produção são voltadas
se especializar para produzir a matéria-prima utilizada pela ao abastecimento tanto do mercado interno como o externo. Nas
agroindústria; regiões onde se implantou esse sistema agrícola, há uma tendên-
- Já é passado o tempo em que a economia rural comandava cia a concentração de terras.
as atividades urbanas. O que se verifica hoje é a subordinação do
campo a cidade, uma dependência cada vez maior das atividades Plantation
agrícolas as maquinas, agrotóxicas e tecnológicas. É a propriedade monocultura, com produção de gêneros tro-
picais, voltadas para a exportação. Esse sistema agrícola foi am-
Os diferentes sistemas agrícolas no mundo plamente utilizado durante a colonização européia na América;
Atualmente, esse sistema persiste em várias regiões do
A agricultura itinerante mundo subdesenvolvido, utilizando, além de mão-de-obra assa-
- A produção é obtida em pequenas e medias propriedades lariada, trabalho semiescravo ou escravo, que não envolve paga-
ou em parcelas de grande latifúndio, com utilizações de mão-de- mento de salário. Trabalha em troca de moradia e alimentação.
obra familiar e técnicas tradicionais. Por falta de recursos, não No Brasil, encontramos plantation em várias partes de territó-
há preocupação com a conservação do solo, as sementes são de rios, com destaque para as áreas onde se cultivam café e cana-
qualidade inferior e não há investimentos em fertilizantes, por de-açúcar;
isso, a rentabilidade e, as produções são baixas. Depois de alguns - Próximo das platations sempre se instalam pequenas e me-
anos de cultivo, há uma diminuição da fertilidade natural do solo. dias propriedades policulturas, cuja produção alimentar abaste-
Quando percebem que o rendimento está diminuindo, a família cer os centros urbanos próximos.
desmata uma área próxima e pratica queimada para acelerar o
plantio, dando início a degradação acelerada de uma nova área, Cinturão Verde e Bacias leiteiras
que em breve também será abandonada. Daí o nome da agricul- Ao redor dos centros urbanos, pratica a agricultura e pecuá-
tura itinerante; ria intensiva para atender as necessidades de consumo da popu-
- Em algumas regiões do planeta, a agricultura de subsistên- lação local. Nessas áreas, produzem-se hortifrutigranjeiros e
cia, itinerante e roça, está voltada as necessidades de consumo cria-se gado para a produção de leite e laticínios em pequenas e
alimentar dos próprios agricultores. Tal realidade ainda existe medias propriedades, com predomínio da utilização de mão-de-
em boa parte dos países africanos, em regiões do Sul e Sudeste obra familiar. Após a comercialização da produção, o excedente
Asiáticos e na América Latina, mas tem prevalecido hoje é uma obtido é aplicado na modernização das técnicas.
agricultura de subsistência voltada ao comercio urbano;
- O agricultor e sua família cultivam um produto que será ESPAÇO URBANO: ATIVIDADES ECONÔMICAS, EMPREGO
vendido na cidade mais próxima, mas o dinheiro que recebem só E POBREZA
será suficiente para garantir a subsistência de cultivo e aumentar
a produtividade; O processo decorrente da urbanização iniciou-se de maneira
- Esse tipo de agricultura é comum em áreas distantes dos mais concreta no final do século XIX, a partir do momento em que
centros urbanos, onde a terra é mais barata; predominam as pe- as indústrias tiveram seu início na economia brasileira. Contudo,
quenas propriedades, cultivadas em parceria. foi após os anos de 1930 que a indústria passou a ser mais inten-
siva, vindo então a urbanização. A segunda metade do século XX
Agricultura de jardinagem serviu de incremento devido o êxodo rural, consequência da me-
- Essa expressão tem origem no Sul e no Sudeste da Ásia, canização das atividades produtivas no meio rural, gerando de-
onde há uma enorme produção de arroz em planícies inundáveis, semprego no campo e ocasionando a migração dessa população
com a utilização de mão-de-obra; para as cidades.
- Tal como a agricultura de subsistência, esse sistema é pra- Foi a partir de 1970 que o Brasil passa a ter uma população
ticado em pequenas e medias propriedades cultivadas pelo dono predominante urbana, ou seja, a maior parte da mesma encon-
da terra e sua família. A diferença é que nelas se obtém alta pro- tra-se em zonas urbanas. Hoje, esses dados estimam mais de
dutividade, através do selecionamento de sementes, da utiliza- 80% da população, sendo que a maioria dos indivíduos moram
ção de fertilizantes e de técnicas de preservação do solo que per- em grandes centros urbanos, tais como São Paulo, Rio de Janeiro,
mitem a fixação da família na propriedade por tempo indetermi- Belo Horizonte, entre tantos outros.
nado. Em países como as Filipinas, a Tailândia, devido a elevada
densidade demográfica, as famílias obtém áreas muitas vezes in-
feriores a um hectare e as condições de vida são bem precárias;

Geografia 24

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APOSTILAS OPÇÃO
Dilemas Urbanos. Novas abordagens sobre as cidades2.
Ao longo de uma história que se iniciou em 1988 um grupo
de pesquisadores da área de Geografia urbana vem debatendo,
discutindo e apresentando suas pesquisas nos simpósios de ge-
ografia urbana - a cada simpósio, novos pesquisadores vieram se
juntar ao grupo inicial. Os simpósios sempre apresentaram os re-
sultados das pesquisas, nesse percurso, os impasses e as diferen-
ças apareceram com força total.
Sem deixar de serem profícuos, ao longo do tempo, percebeu-
se, que do ponto de vista do debate alguma coisa foi ficando, um
resíduo, que este simpósio coloca no centro: é possível construir
uma problemática urbana que evidencie, ao mesmo tempo em
que contemple, um pensamento sobre a cidade e o urbano hoje?
Fonte: http://www.grupoescolar.com/a/b/A8B6E.jpg Algumas questões surgem no horizonte envolvendo a capaci-
dade e/ ou potencialidade dos estudos geográficos de revelarem
Com o inchaço populacional, veio a desigualdade em tama- o conteúdo e o sentido da cidade no mundo moderno.
nho das cidades e número de habitantes, quanto a nível de O que é pensar a cidade e o urbano hoje? Há caminhos segu-
avanço econômico e ofertas de infraestrutura no espaço urbano ros e pertinentes para encaminhar este pensamento? Seria a ge-
brasileiro. A região sudeste apresenta a maior discrepância, pois ografia um campo de conhecimento ou uma ciência parcelar, ca-
abrange a maior parte dos habitantes e apresenta maiores taxas paz de apreender este fenômeno em sua totalidade? Como uma
de urbanização, com mais de 90% de seus indivíduos na cidade. ciência parcelar, como a Geografia, supera a fragmentação im-
Em contrapartida, a região norte e nordeste apresentam nú- posta pela divisão da atividade de pesquisa? Quais os limites e as
meros menos significativos. Os estados menos urbanizados do possibilidades de nossa reflexão sobre a cidade e o urbano?
Brasil são Pará, Maranhão e Piauí, enquanto outros apresentam Enfim como pensar as contradições do mundo moderno, o
números pouco maiores, contudo, com índices de população que aparece como novo e o que está posto como permanência;
baixo, tornando assim cidades menores demograficamente. Há como ambos se realizam? Como pensar o que é singular e espe-
exemplo de cidades como o Acre e Roraima. cífico no Brasil e o que se constitui como consequência dos pro-
Há ainda aqueles estados com pouca população e altos índi- cessos mundiais? Como desvendar os conteúdos do processo de
ces de urbanização, como é o caso de Goiás, que apresenta eleva- urbanização, hoje? Qual é o alcance da teoria? O que é um projeto
dos índices de população conforme a região metropolitana de para a cidade? Qual é o seu conteúdo e o caminho para a sua
Goiânia e o entorno do Distrito Federal. Desta maneira, seme- construção? Aonde ele se gesta? Até que ponto o “ato de planejar
lhante aos estados do sudeste, o território goiano é composto por a cidade” a partir do estado, de suas necessidades e urgências
90% de sua população em zonas urbanas, mesmo em números constrói ou dá conteúdo a um projeto para a cidade?
inferiores quanto comparados a outras capitais, de aproximada- Trata-se de um conjunto de questões de fôlego que apontam
mente seis milhões e meio de pessoas. para o fato de que a construção da problemática urbana se tem
como ponto de partida a cidade, deve dar conta do fato de que a
A densidade populacional mais elevada na região sudeste se realidade urbana se generaliza no espaço. Por outro lado articula
deve as heranças econômicas e estruturais herdadas pelos ciclos teoria e prática, e apesar de teórica, revela o plano do vivido que
produtivos anteriores, sobretudo do auge do período cafeeiro da contemplaria o subjetivo que introduz as referências, identida-
história da economia brasileira. Por esse motivo é que a região des e lutas revelando a produção social do espaço urbano.
encontra-se as duas únicas megalópoles do país, São Paulo e Rio O pensamento não é, ele nasce, escreve Lefebvre, ele surge da
de Janeiro, que, juntas, formam uma intensa aglomeração urbana confrontação entre a enorme massa do positivo – saber técnico,
e alto alcance econômico e produtivo. coisas e bens, capitais, atividades produtivas, etc. – e o imenso
Atrás das cidades globais encontram-se as metrópoles naci- trabalho do negativo – as crises as ameaças, o medo, o desaba-
onais, responsáveis pela articulação intensa do território nacio- mento dos valores, as estratégias. O pensamento comporta con-
nal. Porto Alegre, Curitiba, Fortaleza, Brasília e outras. Enquanto frontações, como escreve Hegel, o pensamento nasce dos confli-
isso, há também as metrópoles regionais, com destaque para tos. Portanto, nosso trabalho envolve uma crítica a formulação
Campinas, Goiânia, Manaus, Florianópolis, entre outras. do saber, ao, mesmo tempo uma crítica a redução do conheci-
mento a uma coleção da fatos.
Após os longos ciclos de urbanização, êxodo rural e metropo- De tempos em tempos, o empirismo ronda a Geografia; de
lização vistos ao longo do século XX, o início do século XXI, so- tempos em tempos vozes se levantam a favor de uma “geografia
bretudo nessa segunda década, o que vem ocorrendo é um pro- aplicada” ou da necessidade de, embalados pelo fato de que com
cesso de descentralização das metrópoles de grande porte, se- as possibilidades da técnica, ela se torna “mais científica” e com
guido pelo crescimento das metrópoles de médio porte, ocor- isso pode estar apta às necessidades do mercado. Afinal o “es-
rendo o processo de desmetropolização, ou seja, quando as cida- pectro do mercado ronda a universidade” e parece pesar sobre
des médias passam a receber uma maior carga de investimentos, todos. Nesta vertente da ação, reduz-se a problemática urbana a
industrias, empregos e habitantes. problemas administrativos, deste modo se inaugura a gestão do
Contudo, é errado pensar que as metrópoles perderam seus espaço liberando a cidade dos entraves ao processo de moderni-
valores, uma vez que as estruturas continuam se modernizando zação e restituindo a coerência do processo de crescimento. Isto
e, de cidades industriais, vem se tornando centros burocráticos, evidentemente envolto pelo discurso de manutenção do que se
concentrando a sede de grandes empresas nacionais e internaci- chama de “qualidade de vida” sempre atado a ideia de um vida
onais. organizada sob a égide de um modelo manipulado que cria a sa-
tisfação do indivíduo envolto no consumo - aqui o status de cida-
dão se reduz àquele de “usuário” de bens de consumo coletivo,

2
Adaptado de: < CARLOS, Ana Fani e LEMOS, Amália Inês G.
(orgs.). Dilemas Urbanos. Novas abordagens sobre as cidades.
2ª.ed. São Paulo: Contexto, 2005.>

Geografia 25

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APOSTILAS OPÇÃO
aqui a habitação se restringe ao plano do privado. Aqui o uso se A cidade tem um papel nas transformações do processo de
vê esvaziado. produção; nos quadros da reprodução social a cidade se revela
É assim que se pensa na transformação da cidade enquanto revelando o quadro da generalização da troca, da constituição do
mudança do coeficiente de edificação, sob a escusa que é preciso mundo da mercadoria, da instauração do cotidiano, da concreti-
diminuir os custos da urbanização - que tanto atrai o setor imo- zação, na ordem local, da ordem distante, apontando no lugar, a
biliário que reproduz, constantemente, a cidade enquanto valor realização da sociedade enquanto sociedade urbana. Neste sen-
de troca: aqui é a cidade vista como relação custo/benefício, re- tido a sociedade atual contemporânea aparece como sociedade
duzida a condição da realização da reprodução econômica da ci- urbana em constituição o que significa que ao mesmo tempo em
dade. Assim a lógica do poder se instaura e o valor de troca se que caracteriza uma realidade concreta, também sinaliza uma
realiza em detrimento do uso. tendência, a possibilidade de sua realização. Nessa perspectiva o
Esse discurso técnico, que instrumentaliza o planejamento urbano aparece como realidade mundial, ultrapassando concei-
estratégico do estado, justifica sua estratégia política; nesta dire- tos parciais e impõe um método que pensa a prática urbana em
ção a construção de um saber justifica a ação política tornando- sua totalidade, no plano mais amplo, aquele da reprodução das
a necessária, criando o argumento de que um compromisso en- relações sociais.
tre o poder público e a sociedade, visando a instauração plena da Que possibilidades um debate aprofundado poderia abrir
modernização na cidade. Até que ponto os projetos de revitaliza- para nossas pesquisas futuras? Se a prática socioespacial é real e
ção não atendem a estes objetivos? Até que ponto os geógrafos concreta, a problemática urbana se abre para um debate teórico.
estão envolvidos nesta prática com o novo mercado que se abre Sem esquecer, no entanto que a sociedade constrói um mundo
com a contratação pelas prefeituras dos relatórios de impacto objetivo. Na prática socioespacial, esse mundo se revela em suas
ambiental? contradições, num movimento que aponta um processo em
Portanto não podemos simplificar o problema, há uma série curso, que tem sua base no processo de reprodução das relações
de desafios a assumir na construção de um caminho possível sociais (que se realiza enquanto relação espaço-temporal). É por
para o desvendamento do fenômeno urbano hoje, que se coloca isso que podemos afirmar que no espaço se pode ler as possibi-
como prioritário, superando as fragmentações, o que evidente- lidades concretas de realização da sociedade. A análise geográ-
mente, não se realiza sem imensos riscos. fica do mundo é aquela que caminha no desvendamento dos pro-
A construção da problemática urbana nos obriga, inicial- cessos constitutivos do espaço social. Portanto, não há teoria
mente, considerar o fato de que ela não diz respeito somente a deslocada da realidade.
cidade, mas nos coloca diante do desafio de pensarmos o urbano, Enfim uma advertência: É possível separar a produção social
não só, enquanto realidade real e concreta mas, também en- da cidade da produção de um pensamento sobre a cidade? “A te-
quanto virtualidade. A estratégia reúne teoria e prática. Esse en- orização não suprime a problemática do mundo moderno – ela
caminhamento nos alerta para a atomização das pesquisas que contribui para colocar as questões com mais força”.
pensam a cidade isoladamente, ora como quadro físico ora como A cidade, por outro lado, aparece como o “lugar do possível
ambiente urbano. Em muitos casos, a cidade aparece em si, como “e a crise (inerente a sua produção) pode ser um elemento ana-
objeto independente, isolado, palco da ação humana vista en- lisador importante. Tal- vez o caminho para se pensar a cidade
quanto caótica. Nesta direção um pensamento anti-cidade se seja a consideração, pela geografia, da unidade e complexidade
eleva com força, ela representa nesta concepção simplista, a ide- da vida social. A “totalidade reencontrada ou recriada a saber, a
ologia do estado, baseada no argumento de que só ele é capaz de unidade entre pensamento e ser, do discurso e do ato, da natu-
pôr ordem ao caos e, neste discurso, o prefeito da cidade vem reza e da reflexão, do mundo (ou do cosmos) e a realidade hu-
mudando de função; de administrador ele se transforma num mana.”
empresário, assim a cidade precisa dar lucro e atrair investimen- Assim, o sentido e a finalidade da cidade enquanto constru-
tos. Sob essa nova direção a “função econômica da cidade” ganha ção histórica é o homem que vem sendo reduzido a sua condição
força. de usuário da cidade, frequentemente relegado à condição de co-
Um caminho possível pode se abrir, para a construção da adjuvante.
problemática urbana, aquela que não seja reduzida a cidade, mas À Geografia está posto o desafio de pensar a cidade em sua
se refira à vida do homem apoiada numa concepção de mundo, perspectiva espacial; isto é, a necessidade da produção de um co-
envolta num projeto que poderia romper com o racionalismo e nhecimento que dê conta da construção de uma teoria da prática
articular o plano teórico com aquele da prática socioespacial, que socioespacial urbana enquanto desafio para desvendar a reali-
poderia resgatar em sua amplitude a vida do homem. Nesta dire- dade urbana em sua totalidade, e das possibilidades que se dese-
ção se pode questionar o papel do estado de seus interesses con- nham no horizonte para a vida cotidiana na cidade numa pers-
traditórios aos interesses dos grupos humanos. A construção de pectiva capaz de iluminar a armadilha da redução do sentido da
um projeto para a cidade não pode nascer das pranchetas, mas cidade àquela de condição da reprodução do capital, ou da domi-
passa pela intervenção dos interessados e não pela simples con- nação do estado, esvaziada de seu sentido humano. É assim, que
sulta dos indicados. a problemática urbana se refere ao homem, a sociedade; colo-
A reprodução do espaço, hoje, repousa no fato que o modo de cando a apropriação do espaço, em primeiro plano.
produção capitalista se expandiu, ao se realizar, tomou o mundo;
– este é o conteúdo do processo de globalização – é o momento A REDE URBANA E AS REGIÕES METROPOLITANAS
da redefinição da cidade, de sua explosão, da extensão das peri- O Brasil vem se tornando um país urbano desde a segunda
ferias, da construção de um novo espaço. Elementos pressentido metade do século XX, ou seja, isso implica que mais de 50% da
por Garcia Lorca quando de sua viagem a Nova York e expresso população passou a residir na zona urbana. Outro fator que veio
como “arquitetura extra-humana e ritmo furioso. a marcar nessa época é que em meados de 1950 o processo de
Tal fato significa que a problemática urbana aparece, como urbanização acarretou nas mudanças cada vez mais rápida.
mundial; a sociedade se define, virtualmente, enquanto planetá- É possível verificar o crescimento da população urbana
ria – essa extensão do urbano não se dá sem conflitos e dramas. quando comparada a rural no período de industrialização do
A extensão do fenômeno urbano produz novas formas e funções país. Vale lembrar que o que vimos hoje, ou seja, mais pessoas na
e estruturas sem que as antigas tenham desaparecido total- cidade que no campo, fora estimado pela primeira vez em 1970.
mente. A sociedade urbana se generaliza – a sociedade inteira Antes disso, a população rural era consideravelmente maior que
torna-se urbana. O processo vai da cidade a uma escala mais am- a urbana.
pla aquela da sociedade inteira. Um processo, todavia, que não se Estima-se que a região sudeste brasileira foi a responsável
realiza sem profundos conflitos. pela mudança, uma vez que a industrialização foi mais intensa.

Geografia 26

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APOSTILAS OPÇÃO
Data-se que em 2000, mais de 90% da população brasileira da países desenvolvidos. O Brasil, por exemplo, é o único país em
região sudeste era urbana. desenvolvimento que apresenta uma aglomeração urbana como
resultado da conurbação de suas metrópoles globais, ou seja, o
Complexo Metropolitano do Sudeste (eixo Rio de Janeiro – São
Paulo)

Fonte: http://s3.static.brasiles-
cola.uol.com.br/img/2013/08/desigualdade.jpg Fonte: http://i35.tinypic.com/b3ops3.png
Rede urbana brasileira Esse complexo possui características fundamentais para se
A rede urbana no Brasil envolve o campo e a cidade e suas denominar a primeira megalópole brasileira, abrigando aproxi-
relações entre as diversas outras cidades. Para que essa relação madamente 30 milhões de indivíduos (20% da população brasi-
se concretize, é necessário uma rede de transportes e comunica- leira). Essa população se concentra entre São Paulo e Rio de Ja-
ção de forma integral. neiro, estando ligadas pela Via Dutra, a rodovia mais movimen-
A partir daí, compreende-se que a rede urbana tem como tada do país.
principal característica as disparidades regionais. Sabe-se que, Além disso, em seu eixo (o Vale do Paraíba), encontra-se um
enquanto o Sudeste se encontra bem articulado, a região Norte e dos principais tecnopólos brasileiros, chamado São José dos
Centro-Oeste apresentam problemas que já não deveriam mais Campos, situado no estado de São Paulo. A abrangência do Com-
existir. Abaixo, trataremos um pouco dessa disparidade. plexo Metropolitano do sudeste ultrapassa de longe os limites do
Vale do Paraíba, incorporando áreas adjacentes como Campinas,
Regiões Norte e Centro Oeste - São regiões desarticuladas, Jundiaí e Santos pelas rodovias Anhanguera, Bandeirantes, An-
com pouca importância e com baixa densidade urbana e indus- chieta e Imigrantes. Essas rodovias são muito importantes para
trial, além de sua pequena malha rodoviária. o transporte de mercadorias e pessoas. A incorporação de áreas
Região Nordeste - É a terceira mais importante, perdendo adjacentes torna a Megalópole mais valiosa, uma vez que, por
apenas para as seguintes apresentadas. Suas principais cidades exemplo, Santos possui o porto mais importante do país e Cam-
concentram-se na área litorânea, denominadas Salvador, Recife pinas é considerado um importante tecnopólo.
e Fortaleza. Ainda ocorre a concentração de portos, indústrias,
rodovias e aeroportos. Principais problemas sociais das metrópoles brasileiras
Sudeste - É a principal região do país, uma vez que possui as Com o acelerado processo de urbanização brasileiro, houve
maiores e principais cidades do mesmo. A região sudeste encon- consequências sérias de cunho social no meio urbano, entre os
tra-se bem articulada e sua integração dá-se por rodovias, aero- principais são apresentados a seguir:
portos, portos e ferrovias.
Sul - Encontra-se como a segunda maior região brasileira, - Moradias: Com o rápido crescimento, houve um aumento
apresentando duas metrópoles nacionais (Porto Alegre e Curi- no número de favelas e cortiços ocupando áreas, muitas vezes,
tiba) e boa infraestrutura referente a transporte e comunicação. de risco. Muitas vezes esses locais acabam por degradar o meio
ambiente, expondo em risco a vida das pessoas.
Hierarquia das cidades brasileiras Infraestrutura: A falta de infraestrutura muitas vezes cami-
Comumente utilizado para a classificação das cidades, dentro nha em conjunto com as favelas. A ausência ou insuficiência de
da rede urbana, existe uma hierarquia para qual as cidades me- rede de esgoto, coleta de lixo, falta de água encanada, de luz e
nores são subordinadas das maiores e que, por sua vez, as mes- telefone torna a vivência nessas regiões mais difíceis. Muitos mo-
mas são subordinadas pelas metrópoles globais do Brasil. radores optam por fazerem esses serviços de forma clandestina,
Em 2000, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística expondo, inclusive, sua segurança.
(IBGE) publicou no Atlas Nacional do Brasil um esquema da hie- Violência: Em grandes centros, toda a forma de violência é
rarquia urbana, classificando sua área conforme a influência. Se- vivenciada, sendo elas homicídios, sequestros, assaltos, carência
gundo tal classificação, as cidades ficam na seguinte ordem: Me- na saúde, desemprego, etc.
trópole global, metrópole nacional, metrópole regional, centro
regional, centros sub-regionais 1 e centros sub-regionais 2. A sociedade em rede: integrações regionais, mudanças
nos limites e fronteiras.
Regiões metropolitanas do Brasil A rede urbana é formada pelo sistema de cidades, no territó-
A análise da composição das regiões metropolitanas do Bra- rio de cada país interligadas umas às outras através dos sistemas
sil, às quais foi acrescentada a Região Integrada de Desenvolvi- de transportes e de comunicações, pelos quais fluem pessoas,
mento do Distrito Federal (Ride), revela as diferentes escalas do mercadorias, informações etc. Obviamente as redes urbanas dos
processo de urbanização brasileiro. Conforme informações do países desenvolvidos são mais densas e articuladas, pois tais pa-
IBGE, dentre todas as regiões metropolitanas, encontram-se íses apresentam alto nível de industrialização e de urbanização,
áreas metropolitanas plenas e emergentes, sendo sua diferenci- economias diversificadas e dinâmicas, vigoroso mercado interno
ação a população e a estrutura produtiva. e alta capacidade de consumo. Quanto mais complexa a econo-
mia de um país ou de uma região, maior é a sua taxa de urbani-
O complexo metropolitano brasileiro zação e a quantidade de cidades, mais densa é a sua rede urbana
Ao contrário do que muitos pensam, o surgimento das mega- e, portanto, maiores são os fluxos que as interligam. As redes ur-
lópoles não se restringe apenas ao hemisfério norte ou outros

Geografia 27

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banas de muitos países subdesenvolvidos, particularmente da- suas indústrias, universidades, bancos, bolsas de valores, im-
queles de baixo nível de industrialização e urbanização, são prensa, grande estabelecimentos comercia, etc. E, como elas se
muito desarticuladas, por isso as cidades estão dispersas no ter- localizam relativamente próximas (em relações as definições do
ritório, muitas vezes nem mesmo formando propriamente uma território brasileiro), existindo em torna da via Dutra uma área
rede. intensamente urbanizada, onde estão cidades como São José dos
Assim, as redes das cidades mais densas e articuladas sur- Campos, Taubaté, Lorena, Volta Redonda e outras, convencio-
gem justamente naquelas regiões do planeta onde estão as me- nou-se nos últimos anos que ali se formou uma megalópole. De
galópoles: nordeste e costa oeste dos Estados Unidos, porção oci- fato, essa área superubanizada que vai de São Paulo até o Rio de
dental da Europa e sudeste da ilha de Honshu no Japão, embora Janeiro e que abrange cerca de 46.000 km2 (cerca de 0.5% do
haja importantes redes em outras regiões do planeta, como território nacional) abriga cerca de 22% da população total do
aquelas polarizadas pela Cidade do México, por São Paulo, por país, mais de 50% dos automóveis e perto de 60% da produção
Buenos Aires e muitas outras de menor importância espalhadas industrial do Brasil.
pelo mundo. Logo abaixo das metrópoles nacionais, mais acima de todas
A urbanização brasileira, só começou a ocorrer no momento as outras cidades, surgem as sete metrópoles regionais - grandes
em que a indústria tornou-se o setor mais importante da econo- cidades que polarizam extensas regiões: Porto Alegre, Curitiba,
mia nacional. Assim, representa um dos aspectos da passagem Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém.
de uma economia agrário-exportadora para uma economia ur- Nessa escala hierárquica da rede urbana brasileira aparecem
bano-industrial, fato que só ocorreu no século XX e intensificou- em seguida as capitais regionais, cidade que polarizam uma par-
se a partir de 1950. cela da região comandada pelas metrópoles regionais. Elas são
Essa transformação do Brasil, que deixou de ser um país assim, subordinadas tanto às metrópoles nacionais quanto a
agrário e rural para tornar-se um país urbano industrial, embora uma metrópole regionais (dependendo de onde se localizam) e
ainda subdesenvolvido, apresenta também inúmeros outros as- exercem influência sobre uma área extensa, com inúmeras cida-
pectos. Por exemplo: as camadas sociais dos fazendeiros e des pequenas e médias, além das áreas rurais ao seu redor.
grande comerciantes exportadores deixaram de ser dominantes Exemplos: Manaus (AM), polarizada pela metrópole regional da
politicamente, isto é, perderam sua influência sobre o governo Amazônia Brasileira - Belém -, mas que, por sua vez, influencia
em favor das indústrias, banqueiros e diretores de grandes esta- uma vasta área (a porção ocidental da Amazônia); Londrina (PR)
tais. subordinada a Curitiba contudo exercendo uma ação polarizada
Cessou também o predomínio do campo sobre a cidade, no sobre todo o norte do Paraná. Outros exemplos: Ribeirão Preto
sentido de que os principais interesses econômicos e a maior (SP), Cuiabá (MT) Florianópolis (SC), Caxias do Sul (RS), Goiânia
força de trabalho do país estão localizados no meio urbano, de (GO), Blumenau (SC), Campinas (SP), Campo Grande (MS), etc.
cuja atividade industrial e bancária o meio rural tornou-se su- A seguir temos os centros regionais, cidades médias polari-
bordinado. zadas pelas capitais regionais, que, por sua vez, polarizam uma
Essa subordinação do campo em relação à cidade manifesta- grande quantidade de pequenas cidades. As cidades médias exis-
se de várias maneiras: tem em número bem maio do que aquelas a que estão subordi-
nadas (as capitais regionais), constituindo várias centenas em
- O campo é um fornecedor de mão-de-obra e gêneros ali- todo o território nacional Alguns exemplos: Jales (SP), Vacaria
mentícios para o meio urbano; agora não mais se comercializam (RS), Andradina (SP), Anápolis (GO), São João da Barra (RJ), For-
apenas os excedentes nas cidades, como ocorria no período co- miga (MG), Rolândia (PR), entre outras.
lonial, mas produz-se essencialmente para o comércio urbano; Essa rede urbana brasileira, com uma hierarquia que vai das
- O setor agrário de exportação continua a ser importante metrópoles nacionais (apenas duas), até as cidades locais (mi-
para a economia nacional, mas agora sua renda é utilizada prin- lhares), é um sistema integrado de cidades que está se formando
cipalmente para pagar as importações de maquinaria ou petró- e não configura ainda uma realidade completa. Isso porque o ter-
leo para o setor industrial (e a dívida externa do país, que em ritório brasileiro é imenso e algumas extensas áreas, como a
grande parte foi gerada por esse setor), e não mais para se im- Amazônia, ainda são pouco povoadas. Além do mais, as desigual-
portar bens manufaturados de consumo, que já são fabricados dades regionais de desenvolvimento são muito acentuadas no
internamente; país, com uma notável concentração das riquezas no Centro-Sul,
- A importância cada vez maior que assumem certos insumos especialmente em São Paulo. Esses fatos fazem com que a rede
procedentes do meio urbano, como fertilizantes e adubos - além urbana não seja totalmente articulada em toda a extensão do ter-
de crédito bancário e máquinas agrícolas -, também caracteriza ritório nacional; em algumas áreas, como em São Paulo, esse sis-
a sujeição do campo a cidade. tema integrado de cidades existe de forma quase perfeita, mas
em outras áreas como na Amazônia, por exemplo, a densidade
Enfim, o meio rural não mais produz com vista ao mercado urbana (quantidade de cidades em relação ao espaço (é pequena
externo, independentes das cidades, como era regra geral no pe- e as comunicações entre as cidades, muito precárias.
ríodo colonial, mas em função do meio urbano. O sistema urbano articulado é fruto da divisão territorial do
Além de passar a comandar o meio rural que lhe é vizinho trabalho entre o campo e a cidade e entre cidades com recursos
(ou às vezes até aqueles bem distantes, como é o caso das metró- (população, equipamentos urbanos) diferente. Esse sistema ur-
poles), as cidades também estabelecem entre si uma rede hierar- bano só se completará quando a indústria se tornar o setor do-
quizada, isto é, um sistema de relação econômicas e sociais em minante em todo o território, desde que este seja totalmente ocu-
que umas se subordinam a outras. Em outras palavras, a moder- pado e se torne economicamente produtivo. Assim, só existe de
nização do país, resultado do crescimento da economia urbano- forma completa nas áreas de maior desenvolvimento industrial;
industrial, produziu uma divisão territorial do trabalho que su- nas áreas de baixa industrialização, ou naquelas ainda pouco
bordina o campo à cidade, bem como as cidades menos às maio- ocupadas, a rede urbana é pobre e desarticulada.
res estabeleceu-se, portanto, um sistema integrado de cidades, É importante, para entender essa rede urbana, lembrar que
em que há um hierarquia: as cidades pequenas (em grande nú- os critérios para classificar uma cidade não são rígidos, mas de-
mero) dependem das médias (em número menor); estas, por sua pendem da região em que ela se localiza. Assim, nas áreas de
vez, subordinam-se às grandes cidades ou metrópoles (poucas). maior industrialização e maior densidade urbana - sobretudo
No cume desse sistema hierarquizado de cidades, situam-se com cidades bem mais equipadas -, o nível de exigências para se
as duas únicas metrópoles nacionais: São Paulo e Rio de Janeiro. considerar um centro urbano como metrópole é bem maior que
Elas exercem uma polarização sobre todo o território brasileiro, nas áreas pouco povoadas. Por exemplo, Campinas é uma cidade
praticamente comandando a vida econômica e social da Não com bem mais industrializada do que Belém e possui equipamento
Geografia 28

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urbano (aeroporto, movimento bancário, universidade, comér- turais, especialmente climáticos. Os excedentes são comerciali-
cio, etc.) superior ao da capital paraense, no entanto, essa cidade zados em mercados locais próximos, fornecendo um comple-
paulistana não é uma metrópole regional, e isso se deve à sua lo- mento monetário ínfimo.
calização, próxima de São Paulo. Da mesma forma, algumas cida-
des consideradas apenas centros regionais em São Paulo pode- 2. Resposta: B.
riam ser capitais regionais se estivessem localizadas na Amazô- Segundo a lei, no art. 4º:
nia. E, inversamente, algumas cidades locais da Amazônia (que II-"Propriedade Familiar", o imóvel rural que, direta e pesso-
são sedes de municípios enorme), se estivessem no Centro-Sul almente explorado pelo agricultor e sua família, lhes absorva
do país, seriam menos povoadas ou vilas. toda a força de trabalho, garantindo-lhes a subsistência e o pro-
gresso social e econômico, com área máxima fixada para cada re-
QUESTÕES gião e tipo de exploração, e eventualmente trabalho com a ajuda
de terceiros.
1. (Prefeitura da Estância Hidromineral de Monte Alegre
do Sul/SP) Quais são os principais fatores físicos e culturais que
agravam os problemas dos países localizados nas regiões inter- Formação Territorial e Divisão
tropicais do planeta quanto à baixa produtividade agrícola? Político-Administrativa: Divisão
Político Administrativa;
I. A laterização dos solos. Organização federativa.
II. As grandes áreas de agricultura itinerante.
III. O baixo nível cultural da população.
IV. A prática de rotação de culturas. FORMAÇÃO TERRITORIAL E DIVISÃO POLÍTICO-ADMI-
Assinale a alternativa correta. NISTRATIVA: DIVISÃO POLÍTICO ADMINISTRATIVA

(A) I e II estão corretas. O Brasil é considerado um país de dimensões continentais,


(B) I e IV estão corretas. pois apresenta uma superfície de 8.511.996 quilômetros
(C) I, II e V estão corretas. quadrados e se enquadra entre os cinco maiores países do
(D) I, II e III estão corretas. mundo. Veja abaixo os países com maior extensão territorial:
(E) Nenhuma das anteriores está correta.
1º - Rússia (17.075.400 km2)
2. (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - 2º - Canadá (9.922.330 km2)
Analista Técnico de Políticas Sociais – ESAF/2012) Segundo 3º - China (9.461.300 km2)
o estatuto da Terra, Lei n. 4.504/1964, a propriedade familiar é: 4º - Estados Unidos (incluindo o Alasca e Hawaii: 9.363.124
km2)
(A) imóvel rural ou urbano que é explorado por uma em- 5º - Brasil (8.511.996 km2)
presa familiar em que pode ser vinculado o trabalho de terceiros.
(B) imóvel rural que, direta e pessoalmente explorado pelo O território brasileiro representa 1,6% de toda a superfície
agricultor e sua família, lhes absorva toda a força de trabalho, ga- do planeta, ocupando 5,7% da porção emersa da Terra, 20,8% da
rantindo-lhes a subsistência e o progresso social e econômico, área de toda a América e 47,3% da América do Sul.
com área máxima fixada para cada região e tipo de exploração, e Para se ter uma idéia da dimensão do nosso país (leste -
eventualmente trabalho com a ajuda de terceiros. oeste), veja que a distância de Natal (RN) a Cruzeiro do Sul (AC)
(C) imóvel rural que, direta ou indiretamente, é explorado é de aproximadamente 4.100 km. Já a distância de Natal até
pelo habitante do campo para garantir crescimento econômico e Monróvia, capital da Libéria (na África Ocidental), é de
vinculação aos mercados locais e internacionais cuja área má- aproximadamente 2.900 km.
xima será fixada segundo as características de cada região.
(D) imóvel rural explorado pelo agricultor para lhe garantir Localização do Brasil: Localizado na América do Sul, o
a subsistência e o progresso social e econômico, com área má- Brasil ocupa a porção centro-oriental do continente. Apresenta
xima fixada para cada região e tipo de exploração, podendo con- uma extensa faixa de fronteiras terrestres (15.719 km),
tar com a ajuda de terceiros, desde que não remunerada. limitando-se com quase todos os países sul-americanos (exceção
(E) imóvel rural explorado por um empreendedor familiar do Chile e do Equador). Apresenta também uma extensa orla
rural que utiliza, predominantemente, a mão de obra da própria marítima (7.367 km), banhada pelo oceano Atlântico.
família nas atividades econômicas de seu estabelecimento ou O Brasil localiza-se a oeste do meridiano inicial ou de
empreendimento. Greenwich, situando-se, portanto, inteiramente no hemisfério
ocidental. É cortado, ao norte, pela linha do equador e apresenta
RESPOSTAS 7% de suas terras no hemisfério norte, ou setentrional, e 93%,
no hemisfério sul, ou meridional. Ao sul, é cortado pelo Trópico
1. Resposta: D de Capricórnio (esta linha imaginária passa em São Paulo),
O tipo de solo mais comum nessas áreas florestais de clima apresentando 92% do seu território na zona intertropical, isto é,
quente e úmido é chamado latossolo. A ação das águas provocou entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio. Os 8% restantes
grande intemperismo no solo e é por isso que normalmente, ele estão na zona temperada do sul, entre o trópico de Capricórnio e
é pobre em nutrientes, dissolvidos e carreados pelas águas. A o círculo polar Antártico.
maioria dos países subdesenvolvidos na atualidade situa-se na A localização geográfica do Brasil e suas características
Zona Intertropical. Nesses países, o meio rural estrutura-se em políticas, econômicas e sociais enquadram-no em determinados
torno da economia camponesa. Nos locais onde esses sistemas blocos de nações. Quando havia o chamado conflito leste-oeste,
existem, entende-se que a terra não pode ser considerada como o Brasil assumia sua posição de país ocidental e capitalista; como
capital, mas meio de trabalho, e os campos cultivados e rebanhos país meridional, no diálogo norte-sul, alinha-se entre os países
não são mercadorias, mas fontes de auto sustento. A produtivi- pobres (do sul); e como país tropical compõe o grupo dos países
dade, regra geral, é bastante baixa, como consequência do uso de espoliados pelo colonialismo europeu e posteriormente pelo
técnicas rudimentares e da grande dependência dos fatores na- neocolonialismo dos desenvolvidos sobre os subdesenvolvidos.

Geografia 29

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APOSTILAS OPÇÃO
Geografia do Brasil um. Os relógios da parte oeste do Estado serão adiantados em
mais uma hora, fazendo com que todo o Pará fique com o mesmo
Área total do território brasileiro: 8.547.403,5 km² horário de Brasília.
Área terrestre: 8.455.508 km² O projeto, de autoria do senador Tião Viana (PT-AC), foi
Área ocupada por águas (rios, lagos, córregos, etc): aprovado no Senado em 2007. Ao tramitar na Câmara, foi alvo de
55.457 km² pressão de emissoras de televisão. O lobby foi por conta da en-
Centro Geográfico: Barra do Garças (município situado no trada em vigor de portaria do Ministério da Justiça que determi-
estado do Mato Grosso) nou a exibição do horário de programas obedecendo à classifica-
Distância entre o ponto extremo Norte e Sul: 4.320 km ção indicativa. Parlamentares da região Norte ainda pressionam
Distância entre o ponto extremo Leste e Oeste: 4.336 km o governo em virtude das regras da classificação indicativa. Ela
Ponto extremo setentrional: fica no estado de Roraima, na determina que certos programas não indicados para menores de
nascente do rio Ailã (monte Caburaí), fronteira com a Guiana. 14 anos, por exemplo, não possam ser exibidos em todo o terri-
Ponto extremo Meridional: fica no Rio Grando do Sul, numa tório nacional no mesmo horário, já que existem diferenças de
das curvas do rio Arroio Chuí, a 33° 45' 03" de latitude Sul, na fuso.
fronteira com o Uruguai.
Os estudos da Divisão Regional do IBGE tiveram início em
Ponto extremo Oriental: fica no estado da Paraíba, na Ponta
1941 sob a coordenação do Prof. Fábio Macedo Soares Guima-
do Seixas.
rães. O objetivo principal de seu trabalho foi de sistematizar as
Ponto extremo Ocidental: fica no estado do Acre, na Serra
várias "divisões regionais" que vinham sendo propostas, de
da Contamana, nascente do rio Moa (fronteira com o Peru).
forma que fosse organizada uma única Divisão Regional do Brasil
para a divulgação das estatísticas brasileiras. Com o prossegui-
Fusos Horários: O território brasileiro está localizado a
mento desses trabalhos, foi aprovada, em 31/01/42, através da
oeste do meridiano de Greenwich (longitude 0º) e, em virtude de
Circular nº1 da Presidência da República, a primeira Divisão do
sua grande extensão longitudinal, compreende quatro fusos ho-
Brasil em regiões, a saber: Norte, Nordeste, Leste, Sul e Centro-
rários, variando de duas a cinco horas a menos que a hora do me-
Oeste. A Resolução 143 de 6 de julho de 1945, por sua vez, esta-
ridiano de Greenwich (GMT). O primeiro fuso (30º O) tem duas
belece a Divisão do Brasil em Zonas Fisiográficas, baseadas em
horas a menos que a GMT. O segundo fuso (45º O), o horário ofi-
critérios econômicos do agrupamento de municípios. Estas Zo-
cial de Brasília, é três horas atrasado em relação à GMT. O ter-
nas Fisiográficas foram utilizadas até 1970 para a divulgação das
ceiro fuso (60º O) tem quatro horas a menos que a GMT. O quarto
estatísticas produzidas pelo IBGE e pelas Unidades da Federação.
e último possui cinco horas a menos em relação à GMT.
Já na década de 60, em decorrência das transformações ocorri-
das no espaço nacional, foram retomados os estudos para a revi-
Horário de verão: Prática adotada em vários países do
são da Divisão Regional, a nível macro e das Zonas Fisiográficas.
mundo para economizar energia elétrica. Consiste em adiantar
Hoje, nos parece tão óbvio que o Brasil seja dividido em cinco
os relógios em uma hora durante o verão nos lugares onde, nessa
regiões, que nem paramos para perguntar por que ele foi organi-
época do ano, a duração do dia é significativamente maior que a
zado desse jeito. Da mesma forma, não questionamos por que um
da noite. Com isso, o momento de pico de consumo de energia
estado pertence a determinada região e não a outra. O Brasil é o
elétrica é retardado em uma hora. Usado várias vezes no Brasil
maior país da América do Sul. De acordo com dados de 1999, do
no decorrer do século XX (1931, 1932, 1949 a 1952, 1963 e 1965
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua área é
a 1967), o horário de verão é retomado a partir de 1985.
de 8.547.403,5 quilômetros quadrados. Apenas quatro países no
http://www.algosobre.com.br/images/stories mundo inteiro -- Rússia, Canadá, China e Estados Unidos - têm
/geografia/fusos_horarios.jpg território maior do que o brasileiro. Dividir o Brasil em regiões
facilita o ensino de geografia e a pesquisa, coleta e organização
de dados sobre o país, o seu número de habitantes e a idade mé-
Em 1998 tem início em 11 de outubro, com duração prevista
dia da população.
até 21 de fevereiro de 1999. Atinge 12 estados e o Distrito Fede-
A razão é simples: os estados que formam uma grande região
ral: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de
não são escolhidos ao acaso. Eles têm características semelhan-
Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato
tes. As primeiras divisões regionais propostas para o país, por
Grosso do Sul, Tocantins e Bahia. Nos demais estados, tanto no
exemplo, eram baseadas apenas nos aspectos físicos -- ou seja,
inverno quanto no verão, não há diferença significativa na dura-
ligados à natureza, como clima, vegetação e relevo. Mas logo se
ção do dia e da noite. A economia resultante da adoção do horá-
começou a levar em conta também as características humanas --
rio de verão equivale, em média, a 1% do consumo nacional de
isto é, as que resultam da ação do homem, como atividades eco-
energia. Em 1997, a redução média do consumo de energia elé-
nômicas e o modo de vida da população, para definir quais esta-
trica durante os três primeiros meses (outubro a dezembro) de
dos fariam parte de cada região.
vigência do horário de verão nas regiões Sul, Sudeste e Centro-
Então, se os estados de uma região brasileira têm muito em
Oeste é de 270 megawatts, ou 0,9%. Esse valor corresponde à
comum, o que é mais útil: estudá-los separadamente ou em con-
energia consumida, no mesmo período, por um estado do tama-
junto? Claro que a segunda opção é melhor. Para a pesquisa, co-
nho de Mato Grosso do Sul. No horário de pico, entre 17h e 22h,
leta e organização de dados, também. Assim é possível comparar
a redução registrada é de 1.480 MW, ou cerca de duas vezes a
informações de uma região com as de outra e notar as diferenças
capacidade de geração da usina nuclear Angra I.
entre elas. Dessa forma, por exemplo, os governantes podem sa-
Segundo a Lei nº 11.662, de 24 de abril de 2008, a partir de
ber em qual região há mais crianças fora da escola. E investir nela
zero hora de 24 de junho de 2008 passaram a vigorar no Brasil 3
para resolver o problema.
(três) fusos horários. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva san-
cionou), sem vetos, a lei que reduz de quatro para três o número
de fusos horários usados no Brasil. A mudança atingirá municí-
pios nos Estados do Acre, Amazonas e Pará. Os 22 municípios do
Acre ficarão com diferença de uma hora em relação a Brasília.
Municípios da parte oeste do Amazonas, na divisa com o Acre,
sofrerão a mesma mudança, o que igualará o fuso dos Estados do
Acre e do Amazonas. A mudança na lei também fará com que o
Pará, que atualmente tem dois fusos horários, passe a ter apenas

Geografia 30

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APOSTILAS OPÇÃO

Pequeno retrato das grandes regiões Em 1913, o território nacional foi dividido em cinco "brasis"
e não em regiões. O Brasil Setentrional ou Amazônico reunia
Atualmente, o Brasil tem 26 estados e um Distrito Federal Acre, Amazonas e Pará. Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do
distribuídos em cinco grandes regiões. E você já sabe que para Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas formavam o Brasil Norte-
fazer parte de uma mesma região os estados precisam apresen- Oriental. O Brasil Oriental agregava Sergipe, Bahia, Espírito
tar características comuns. Na região Norte, Acre, Amazonas, Santo, Rio de Janeiro - onde ficava o Distrito Federal, a sede do
Amapá, Rondônia, Roraima, Pará e Tocantins têm em comum o governo brasileiro - e Minas Gerais. São Paulo, Paraná, Santa Ca-
fato de serem, em sua maior parte, cobertos pela Floresta Ama- tarina e Rio Grande do Sul faziam parte do Brasil Meridional. E
zônica. Grande parte da população vive na beira de rios e a ativi- Goiás e Mato Grosso, do Brasil Central.
dade econômica que predomina é a extração vegetal e de mine- A forma como foi feita a divisão revela que, na época, havia
rais, como o ferro, a bauxita e o ouro. Já os estados da região Su- uma preocupação muito grande em fortalecer a imagem do Bra-
deste - Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo - sil como uma nação, uma vez que a República havia sido procla-
são os que mais geram riquezas para o país, reunindo a maior mada há poucos anos, em 15 de novembro de 1889. A divisão em
população e produção industrial. Na região Centro-Oeste, a vege- grandes regiões proposta em 1913 influenciou estudos e pesqui-
tação predominante é o cerrado, que está sendo ocupado por sas até a década de 1930. Nesse período, surgiram muitas divi-
plantações de soja e pela criação de gado. Na região Nordeste, o sões do território do Brasil, cada uma usando um critério dife-
clima que predomina no interior é o semiárido, embora no lito- rente. Acontece que, em 1938, foi preciso escolher uma delas
ral, onde as principais atividades econômicas são o cultivo de para fazer o Anuário Estatístico do Brasil, um documento que
cana-de-açúcar e de cacau, o clima seja mais úmido. Na região Sul contém informações sobre a população, o território e o desen-
- que apresenta o clima mais frio do país, destaca-se o cultivo de volvimento da economia que é atualizado todos os anos. Mas,
frutas, como uva, maçã e pêssego, além da criação de suínos e de para organizar as informações, era necessário adotar uma divi-
aves. são regional para o país. Então, a divisão usada pelo Ministério
da Agricultura foi a escolhida. Observe o mapa e note quantas di-
Brasil dividido = pequenos 'brasis' ferenças!

A primeira divisão do território do Brasil em grandes regiões


foi proposta em 1913, para ser usada no ensino de geografia. Os
critérios usados para fazê-la foram físicos: levou-se em conside-
ração o relevo, o clima e a vegetação, por exemplo. Não foi à toa!
Na época, a natureza era considerada duradoura e as atividades
humanas, mutáveis. Considerava-se que a divisão regional deve-
ria ser baseada em critérios que resistissem por bastante tempo.
Observe o mapa e veja que interessante:

Geografia 31

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Maranhão e Piauí - que atualmente fazem parte da região além do território de Iguaçu. E, na região Centro-Oeste, os esta-
Nordeste - foram incluídos na região Norte, junto com o territó- dos de Mato Grosso e Goiás e o território de Ponta Porã.
rio do Acre e os estados do Amazonas e do Pará. No Nordeste, Em 1946, os territórios federais de Iguaçu e Ponta Porã fo-
ficavam Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Ala- ram extintos. Em 1960, Brasília foi construída e o Distrito Fede-
goas. Não existia a região Sudeste, mas, sim, uma região chamada ral, capital do país, foi transferido para o Centro-Oeste. Na região
Este, onde se localizavam os estados de Sergipe, Bahia e Espírito Leste, o antigo Distrito Federal tornou-se o estado da Guanabara.
Santo. Na região Sul, veja só, estavam o Rio de Janeiro - que, na Em 1969, uma nova divisão regional foi proposta porque a divi-
época, era a capital do país - e São Paulo, que hoje fazem parte da são de 1942 já não era considerada útil para o ensino de geogra-
região Sudeste. Além deles, ficavam na região Sul os estados do fia ou para a coleta e divulgação de dados sobre o país. Veja como
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A região Centro- ficou o mapa do Brasil em 1970:
Oeste não existia, mas, sim, a região chamada Centro, onde esta-
vam Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, que hoje em dia localiza-
se na região Sudeste. Como a divisão proposta em 1913, esta or-
ganização do território brasileiro não era oficial. Mas, em 1936,
o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi criado.
E começou uma campanha para adotar uma divisão regional ofi-
cial para o Brasil.

Divisão para valer

Após fazer estudos e analisar diferentes propostas, o IBGE


sugeriu que fosse adotada a divisão feita em 1913 com algumas
mudanças nos nomes das regiões. A escolha foi aceita pelo presi-
dente da República e adotada em 1942. Logo ela seria alterada
com a criação de novos Territórios Federais. Em 1942, o arqui-
pélago de Fernando de Noronha foi transformado em território
e incluído na região Nordeste. Em 1943, foram fundados os ter-
ritórios de Guaporé, Rio Branco e Amapá - todos parte da região
Norte, o território de Iguaçu foi anexado à região Sul e o de Ponta
Porã, colocado na região Centro-Oeste. É bom lembrar que a di-
visão em grandes regiões tinha de acompanhar as transforma-
ções que estavam ocorrendo na divisão em estados e territórios
do país. Assim, a divisão regional do Brasil em 1945 era a se- Na região Norte, estão os estados do Acre, Amazonas e Pará;
guinte: Territórios de Rondônia, Roraima e Amapá. Na região Nordeste,
os estados de Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pa-
raíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, e o Território de
Fernando de Noronha. A região Leste sumiu! Quem a substituiu
foi a região Sudeste, formada por Minas Gerais, Espírito Santo,
Rio de Janeiro, estado da Guanabara e São Paulo. Na região Sul,
localizavam-se Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Na
região Centro-Oeste, Goiás, Mato Grosso e Distrito Federal (a ci-
dade de Brasília).
Atualmente, continua em vigor essa proposta em 1970. Ape-
nas algumas alterações foram feitas. Em 1975, o estado da Gua-
nabara foi transformado em município do Rio de Janeiro. Em
1979, Mato Grosso foi dividido, dando origem ao estado do Mato
Grosso do Sul. A Constituição Federal de 1988 dividiu o estado
de Goiás e criou o estado de Tocantins, que foi incluído na Região
Norte. Com o fim dos territórios federais, Rondônia, Roraima e
Amapá tornaram-se estados e Fernando de Noronha foi anexado
ao estado de Pernambuco.
República Federativa do Brasil, com 26 estados e l Distrito
Federal, nosso país teve outros sistemas de organização político-
administrativa: capitanias hereditárias (1534-1548), governo-
geral (1549-1808), vice-reino (1808-1822), monarquia (1822-
1889) e república (de 1889 até hoje). Desde a década de 1940
existe um centro de estudos e pesquisa especializado em "desco-
Na região Norte, estavam os estados do Amazonas e Pará, os brir" nosso país, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
territórios do Acre, Amapá, Rio Branco e Guaporé. A região Nor- (IBGE). Recentemente, acompanhamos a divulgação pela mídia
deste foi dividida em ocidental e oriental. No Nordeste ocidental, de que o Brasil ultrapassou os 169 milhões de habitantes. Essas
encontravam-se Maranhão e Piauí. No oriental, Ceará, Rio informações e outras, como por exemplo, sobre desempenho
econômico ou mortalidade infantil, são de responsabilidade do
Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas, além do terri-
IBGE.
tório de Fernando de Noronha. Ainda não existia a região Su-
deste, mas uma região chamada Leste, dividida em setentrional
O IBGE e a divisão regional do Brasil
e meridional. Sergipe e Bahia estavam na parte setentrional. Na
meridional, ficavam Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro
Foi com o objetivo de conhecer o território nacional e os da-
(na época, sede do Distrito Federal). A região Sul incluía os esta-
dos estatísticos da população brasileira que Getúlio Vargas fun-
dos de São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul,
dou o IBGE em 1938. Para realizar essa tarefa, era preciso consi-
derar as grandes diferenças existentes entre as diversas áreas do
Geografia 32

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país. Dessa forma, entre 1941 e 1945 foram feitas as duas pri- Região Centro-Oeste
meiras divisões regionais do Brasil, baseadas no critério de re- - Goiás - GO (Capital: Goiânia)
gião natural. Compreende-se por região natural uma determi- - Mato Grosso - MT (Capital: Cuiabá)
nada área geográfica que passa a ser caracterizada segundo um - Mato Grosso do Sul - MS (Capital: Campo Grande)
ou mais aspectos naturais, como o clima, o relevo ou a vegetação, - Distrito Federal – DF
Veja como o IBGE dividiu inicialmente o Brasil.
Apenas em 1969, o IBGE elaborou uma nova divisão regional, Região Sudeste
adorando dessa vez o critério de regiões homogêneas. O conceito - São Paulo – SP (Capital: São Paulo)
de região homogênea é mais abrangente do que o de região na- - Rio de Janeiro - RJ (Capital: Rio de Janeiro)
tural, pois vai além dos aspectos criados pela natureza, E defi-
- Espírito Santo - ES (Capital: Vitória)
nido pelo conjunto de elementos naturais, sociais e econômicos
- Minas Gerais - MG (Capital: Belo Horizonte)
da região. A principal modificação em relação à divisão anterior
foi a criação da região Sudeste, em virtude da cristalização dessa
área como o "coração econômico do país". A divisão regional de Região Sul
1969 continua vigorando, apesar de a Constituição de 1988 ter - Paraná – PR (Capital: Curitiba)
aprovado algumas modificações; os territórios de Roraima c do - Rio Grande do Sul – RS (Capital: Porto Alegre)
Amapá foram transformados em estados; Fernando de Noronha - Santa Catarina – SC (Capital: Florianópolis).
foi anexado ao estado de Pernambuco; o estado de Tocantins foi
desmembrado do estado de Goiás e incorporado à região Norte. Censos Demográficos
A divisão atual do Brasil compreende 27 unidades político Os censos populacionais produzem informações imprescin-
administrativas, sendo 26 estados e o Distrito Federal. O Brasil é díveis para a definição de políticas públicas e a tomada de deci-
formado por cinco diferentes regiões: Norte, Nordeste, Centro- sões de investimento, sejam eles provenientes da iniciativa pri-
Oeste, Sul e Sudeste. A região Sudeste é a mais populosa e desen- vada ou de qualquer nível de governo, e constituem a única fonte
volvida, e é onde está situada as cidades de São Paulo e Rio de de referência sobre a situação de vida da população nos municí-
Janeiro. O nordeste é turisticamente conhecido por suas praias, pios e em seus recortes internos, como distritos, bairros e locali-
e possui duas grandes cidades: Salvador e Recife. Historicamente dades, rurais ou urbanas, cujas realidades dependem de seus re-
a região Nordeste foi a mais rica, exportando cana-de-açúcar e sultados para serem conhecidas e terem seus dados atualizados.
madeira (principalmente o pau-brasil). A realização de um levantamento como o Censo Demográfico
A região Norte é a menos desenvolvida e populosa de todas, representa o desafio mais importante para um instituto de esta-
e onde está situada a Floresta Amazônica, conhecida mundial- tística, sobretudo em um país de dimensões continentais como o
mente por sua extensão e grande quantidade de rios. Suas cida- Brasil, com 8.514.215,3 km2, composto por 27 Unidades da Fe-
des mais importantes são: Manaus e Belém. A Região Centro- deração e 5.507 municípios existentes na data de referência da
Oeste abriga a cidade de Brasília, capital do país, que foi constru- pesquisa, abrangendo um total de 54.265.618 de domicílios pes-
ída na década de 60 pelo presidente Juscelino Kubitschek, e pro- quisados.
jetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer. A região sul é marcada
pela imigração italiana e alemão (principalmente), possui diver- Novos Estados e a divisão territorial do Brasil3
sas cidades com grande influência da cultura desses países euro- O princípio central do livro Novos estados e a divisão territo-
peus. Possui apenas três estados, e as três capitais são cidades rial do Brasil, de José Donizete Cazzolato, é que o conceito de
importantes: Porto Alegre no Rio Grande do Sul, Florianópolis igualdade social pode ser estendido para a estrutura territorial
em Santa Catarina e Curitiba no Paraná. da federação brasileira gerando maior igualdade entre os cida-
dãos. Essa ideia perpassa o livro inteiro, no qual se explora a
Estados e Capitais questão da criação dos estados de Carajás e Tapajós.
Nessa obra, o termo “território” tem conteúdo econômico,
Região Norte político, identitários e geográfico, o que mostra a interdisciplina-
- Amapá – AP (Capital: Macapá) ridade e a complexidade do problema tratado, além de revelar a
- Acre - AC (Capital: Rio Branco) importância da geografia para abordá-lo.
- Roraima - RR (Capital: Boa Vista) A preocupação principal do autor é que diversas propostas
de criação de novos estados brasileiros, mediante emancipação
- Rondônia – RO (Capital: Porto Velho)
de velhos estados, venham a alterar de maneira prejudicial o
- Amazonas – AM (Capital: Manaus)
“frágil equilíbrio” da federação brasileira. A omissão de nossa
- Pará - PA (Capital: Belém)
Constituição em detalhar tecnicamente a questão da criação de
- Tocantins - TO (Capital: Palmas)
estados e a ausência de outras normas legais que discorram so-
bre o assunto trazem preocupações, pois abrem a possibilidade
Região Nordeste de uma questão crucial ser tratada mediante projetos improvi-
- Bahia – BA (Capital: Salvador) sados, frágeis e sem compromissos com a federação como um
- Sergipe - SE (Capital: Aracaju) todo.
- Alagoas - AL (Capital: Maceió) A sugestão de Cazzolato é que tais propostas devam atender
- Paraíba - PB (Capital: João Pessoa) a certos critérios técnicos para que então possam ser tratadas
- Pernambuco – PE (Capital: Recife) como viáveis. A grande contribuição desse livro está no forneci-
- Rio Grande do Norte – RN (Capital: Natal) mento de tais critérios e na observação da existência de um pa-
- Maranhão - MA (Capital: São Luís) drão territorial brasileiro ao qual a maioria de nossos estados se
- Piauí - PI (Capital: Teresina) conforma.
- Ceará - CE (Capital: Fortaleza) O padrão territorial seria apenas um primeiro passo para
tornar a criação de novos estados um ponto menos vulnerável

3
Adaptado de: CAZZOLATO. José Donizete. Novos Estados e a di-
visão territorial do Brasil- uma visão geográfica. São Paulo: São
Paulo: Oficina de textos, 2011.

Geografia 33

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APOSTILAS OPÇÃO
em nosso desenho institucional. Neste ponto, o livro de Cazzolato
é uma recomendação e um convite ao debate, pois a criação de
novos estados, dentro ou fora do padrão proposto, gera impacto
no sistema político e econômico de nossa federação. A análise
técnica leva o debate para um novo patamar, no qual opiniões
apaixonadas perdem espaço para cuidadosas observações.

ORGANIZAÇÃO FEDERATIVA

O sistema político brasileiro tem base nas ideias iluministas


do pensador francês Montesquieu. O pensador defendeu a divi-
são do poder político em Legislativo, Executivo e Judiciário em
sua obra “O Espírito das Leis”. Para ele o poder concentrado na
mão do rei leva à tirania, então o Estado deveria dividi-lo em po-
Fonte: Noções de Administração Pública – Ciro Bächtold
der executivo (executa as leis, o governo), legislativo (cria as leis,
o congresso) e judiciário (que julga e fiscaliza os poderes).
Além dessas divisões, ainda existem outras subdivisões den-
No Brasil o voto é universal, ou seja, todo cidadão com a
tro da organização pública, como a coordenação, a diretoria, os
idade mínima de 16 anos pode participar do processo político e
conselhos, entre outros. Essas subdivisões são chamadas de Or-
eleger seus representantes. O país é uma república federativa
ganização ou Estrutura do Poder.
presidencialista, onde o Chefe de Estado, no caso o presidente, é
eleito através do voto direto da população e os estados possuem
Curiosidade
autonomia política, com a possibilidade de criar leis especificas.
Você sabe a diferença entre República e Federação, quando
Assim como na obra de Montesquieu o país possui a divisão
comentamos algo sobre ao longo do material? Não? Então vamos
do poder entre Executivo, representado pelo presidente da repú-
falar um pouco sobre isso, a fim de sanar essa dúvida.
blica, Legislativo, que é representado pelo congresso nacional e
A República consiste em uma forma de governo em que o
Judiciário que é representado pelo Supremo Tribunal Federal.
chefe de estado é eleito como representante, passando por elei-
ções periódicas para a sua troca ou permanência no poder. Já a
A organização da República Federativa do Brasil é algo ates-
Federação é quando há apenas a soberania de um Estado Fede-
tado por Constituição Federal de 1988, sendo que todos os esta-
ral, apesar da união dos diversos e diferentes Estados federados.
dos precisa de uma correta organização para que, desta forma,
sejam cumpridos os objetivos dentro do poder público.
Divisão dos poderes no Brasil
Essa separação dos poderes no Brasil passa a existir a partir
Surgida no período colonial, a divisão político-administrativa
da Constituição que fora outorgada em 1824 e que pendurou até
se mostrava quando o Brasil ainda era dividido em capitanias he-
o fim de monarquia. Contudo, além desses três poderes, a época
reditárias e, posteriormente, outras configurações que eram pro-
ainda constava com o quarto poder, chamado de Moderador, que
pícias ao controle do país e de toda a nação. O país atualmente
era exercido pelo imperador. O legado desse poder durou até
conta com 26 estados, a União, o Distrito Federal (Brasília) e os
1891.
municípios, sendo todos constituídos pela República Federativa.
Ainda, existe um órgão do executivo chamado Ministério Pú-
Partindo daí, compreende-se que cada ente federativo possui
blico (MP) que possui independência dos outros poderes em al-
uma autonomia financeira, política e administrativa, sendo que
gumas situações, apesar de sua relação com os demais. Sua prin-
cada estado deve respeitar a Constituição Federal e seus princí-
cipal função é garantir que as leis sejam cumpridas, agindo desta
pios, além de ter sua Constituição própria. Ainda, cada ente, atra-
maneira na defesa da ordem jurídica.
vés de sua lei orgânica, poderá possuir sua própria legislação.
A seguir, trabalharemos com o art.2º da Constituição Federal
Essa organização é formada por três poderes: Poder Execu-
de 1988, na qual fala a respeito dos poderes Legislativo, Execu-
tivo, Poder Legislativo e Poder Judiciário, adotando a teoria da
tivo e Judiciário.
tripartição dos poderes. A administração proveniente desse po-
Poder Executivo
der público federal é elaborada em três níveis, sendo cada um
O poder executivo é compreendido pelo presidente da repú-
com sua função geral especificada, conforme apresentada
blica e seus ministros de Estado no sistema federativo brasileiro,
abaixo:
com atribuições e responsabilidades definidos pela constituição
federal. Nos estados da federação e no distrito federal, o poder
Nível Federal: A União realiza a administração pública, ela é
executivo é exercido pelos governadores e seus secretários, com
um representante do governo federal, composta por um con-
atribuições e responsabilidades controlados pela constituição
junto de pessoas jurídicas de direito público;
estadual. Nos municípios, os representantes do poder executivo
Nível Estadual: Os Estados e o Distrito Federal realizam a
são os prefeitos e seus secretários, que também possuem atribui-
administração pública;
ções e responsabilidades, definidas na lei orgânica de cada mu-
Nível Municipal: Os Poderes Legislativo e Executivo reali-
nicípio.
zam a administração pública nos municípios.
O presidente, governadores e prefeitos são eleitos através de
sufrágio (voto) universal. O eleitor tem o direito de escolher
aquele que melhor se encaixa em sua visão política. Todos os
candidatos devem ser filiados a um partido político e, quando
eleitos, possuem mandato com tempo determinado. No Brasil as
funções de presidente, governador e prefeito possuem duração
de 4 anos cada, com a possibilidade de reeleição. Durante suas
campanhas os candidatos discutem seus programas de governo
e os rumos que pretendem dar ao país.
Existem punições ao presidente da república em caso de
crime de responsabilidade, como previsto na constituição fede-

Geografia 34

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APOSTILAS OPÇÃO
ral, além punição para infrações penais comuns. Para ser subme- Juízes do Trabalho, Tribunais e Juízes Eleitorais, Tribunais e Juí-
tido a julgamento o presidente precisa ter acusação admitida por zes Militares e os Tribunais e Juízes dos estados e do Distrito Fe-
pelo menos dois terços da Câmara dos Deputados. Nos casos de deral e Territórios.
infrações penais ele é julgado pelo Supremo Tribunal Federal e O STF é o órgão máximo do Judiciário brasileiro. Sua princi-
em caso de crimes de responsabilidade é julgado pelo Senado Fe- pal função é zelar pelo cumprimento da Constituição e dar a pa-
deral. lavra final nas questões que envolvam normas constitucionais. É
Entre as principais funções do presidente da república estão composto por 11 ministros indicados pelo Presidente da Repú-
a execução de leis e expedição de decretos e regulamentos; pro- blica e nomeados por ele após aprovação pelo Senado Federal.
ver cargos e funções públicas; promover a administração e a se- Os juízes que atuam em tribunais superiores são nomeados
gurança públicas; emitir moeda; elaborar o orçamento e os pla- pelo presidente da república, porem precisam de aprovação do
nos de desenvolvimento econômico e social nos níveis nacional, Senado. Outros cargos são preenchidos através de concurso pú-
regional e setoriais; exercer o comando supremo das forças ar- blico. Os juízes têm cargo vitalício, não podem ser removidos e
madas; e manter relações com estados estrangeiros. seus vencimentos não podem ser reduzidos.
Além das funções executivas, o presidente conta ainda, em
alguns casos, com poder legislativo. O poder pode ser aplicado QUESTÃO
em veto a leis aprovadas pelo Congresso Nacional e a edição de
medidas provisórias com força de lei de aplicação e execução 1. (Agente Censitário-IBGE) Escondida durante muito
imediatas. tempo pela Floresta Amazônica, a descoberta da província mine-
Os ministros de estado e auxiliares diretos do presidente po- ral de Carajás possibilitou a exploração, exportação e beneficia-
dem ser nomeados ou demitidos livremente por ele. Para assu- mento de minerais de ferro, manganês e alumínio, impondo
mir alguma das funções a pessoa deve ter no mínimo 21 anos de transformações importantes no território do estado:
idade, brasileiros natos, e estar no exercício dos direitos políti- (A) do Amazonas;
cos. Os ministros nomeados pelo presidente são responsáveis (B) do Maranhão;
por diversas políticas de governo, em diversos campos de atua- (C) do Pará;
ção, como educação, economia, cultura, finanças e justiça, entre (D) do Amapá;
diversos outros. Os ministros podem ser convocados para justi- (E) de Rondônia.
ficar seus atos perante a Câmara dos Deputados, o Senado ou
qualquer uma de suas comissões para explicar atos ou progra- 1 Resposta: C
mas. Carajás é uma região do estado do Pará onde fica a Serra dos
Carajás. Região produtora de minérios de ferro e explorada pela
Poder Legislativo Companhia Vale do Rio Doce.
O Poder Legislativo é representado por pessoas que devem
elaborar as leis que regulamentam o Estado, conhecidos por le-
gisladores. Na maioria das repúblicas e monarquias o poder le- Dinâmica da população
gislativo é formado por um congresso, parlamento, assembleia brasileira (fluxos migratórios,
ou câmara. áreas de crescimento e de
Seu objetivo é elaborar normas de abrangência geral ou em perda
raros casos individual, que são estabelecidas aos cidadãos ou às populacional).
instituições públicas nas suas relações recíprocas.
Entre as principais funções do poder legislativo estão a de
fiscalizar o Poder Executivo, votar leis orçamentárias e, em situ- DINÂMICA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA
ações específicas, julgar determinadas pessoas, como o Presi-
dente da república ou os próprios membros do legislativo. O estudo da população de uma área qualquer deve se iniciar
No Brasil, o Poder legislativo é exercido em âmbito federal, pelas informações quantitativas básicas, ou seja, os valores de
estadual e municipal. O Congresso Nacional é formado pela Câ- sua população relativa, está também denominada de densidade
mara dos Deputados e o Senado Federal e é responsável pelo Po- demográfica. A população absoluta corresponde ao número total
der Legislativo federal. Possui a função de elaborar e aprovar as de habitantes de uma determinada área. Trata-se de uma infor-
leis do país, e também controlar os atos do executivo e impedir mação importante, uma vez que através dela pode-se ter uma
abusos pela fiscalização permanente. Nos estados é exercido pe- ideia de um eventual mercado de consumo, ou da disponibili-
las assembleias legislativas e nos municípios pelas câmaras mu- dade de mão-de-obra na região, ou ainda da necessidade e do
nicipais, ou de vereadores porte dos investimentos governamentais para o conjunto da po-
pulação.
Poder Judiciário Quando uma certa porção do espaço apresenta uma elevada
O Poder Judiciário é exercido pelos juízes e possui a capaci- população absoluta, é considerada uma área populosa, o Brasil
dade e a prerrogativa de julgar, de acordo com as regras consti- apresenta atualmente (2011) uma população de 194.227.984
tucionais e leis criadas pelo poder legislativo em determinado habitantes. Essa quantia faz do país a quinta nação mais popu-
país. losa do planeta, ficando atrás apenas da China e Índia, Estados
No Brasil, o judiciário não depende dos demais poderes nem Unidos e Indonésia, respectivamente. O Brasil é um país popu-
possui controles externos de fiscalização. Sua função é a de apli- loso, porém, é uma nação pouco povoada, com baixo índice de
car a lei a fatos particulares e, por atribuição e competência, de- densidade demográfica. A densidade demográfica é o resultado
clarar o direito e administrar justiça. Além disso, pode resolver da divisão da população de um determinado lugar por sua exten-
os conflitos que podem surgir na sociedade e tomar decisões com são territorial. São 194.227.984 pessoas em uma extensão terri-
base na constituição, nas leis, nas normas e nos costumes, que torial de 8.547.403,5 km², apresentando aproximadamente
adapta a situações específicas. 22,72 habitantes por Km2, bem distante dos 881,3 habitantes por
O poder judiciário possui a divisão entre a União(Federal) e Km2 de Bangladesh.
os estados, com a denominação de justiça federal e justiça esta- No Brasil, o instrumento de coleta de dados demográficos é o
dual, respectivamente. recenseamento ou censo. O órgão responsável pela contagem da
Entre os órgãos que formam o poder Judiciário estão o Su- população é o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís-
premo Tribunal Federal (STF), Superior Tribunal de Justiça tica), que realiza a pesquisa por meio de entrevistas domiciliares.
(STJ), além dos Tribunais Regionais Federais (TRF), Tribunais e
Geografia 35

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O conhecimento quantitativo da população é de fundamental im- núcleo importante é a região Sul. As áreas menos povoadas
portância, pois esses dados possibilitarão a realização de estima- situam-se no Centro-Oeste e no Norte.
tivas sobre mercado de consumo, disponibilidade de mão de
obra, além de planejamentos para a elaboração de políticas pú- A população Absoluta por Regiões
blicas destinadas à saúde, educação, infraestrutura, etc. O pri- O Sudeste é a região mais populosa do país, em função de seu
meiro censo demográfico realizado no Brasil foi em 1872, nessa alto grau de desenvolvimento econômico-industrial, que desde a
ocasião a população totalizava 9.930,478 habitantes, em 1900 década de 1930 transformou-a num grande polo de atração po-
era de 17.438.434, já em 1950 a população era de 51.944.397, no pulacional. Segunda região em população absoluta, o Nordeste se
ano 2000 a quantidade de habitantes do Brasil registrada foi de caracteriza por uma alta taxa de natalidade, que supera a taxa de
169.590.693. Conforme estimativas do IBGE, a população brasi- mortalidade e a grande emigração. O forte povoamento regional
leira em 2050 será de aproximadamente 260 milhões de pes- deve-se também a fatores históricos, uma vez que foi em sua
soas, apresentando um aumento populacional de quase 67 mi- faixa litorânea que tiveram início o povoamento do Brasil e seu
lhões de habitantes em relação à população atual. aproveitamento econômico.
A população relativa, ou densidade demográfica, corres- O Sul é a terceira região brasileira em população absoluta.
ponde à relação entre o número de habitantes de uma determi- Seu povoamento deveu-se, sobretudo a maciça entrada de imi-
nada área e sua extensão territorial. É obtida através da divisão grantes europeus, no final do século passado, que para ali foram
da população absoluta pela área territorial. Diz-se que uma área atendendo à política imigratória do governo, que desejava po-
é povoada quando apresenta uma elevada densidade demográ- voar a região. Hoje também o fato de ser a segunda região brasi-
fica; quando sua densidade é muito baixa, diz-se que é um vazio leira em produção econômica, atraindo grande número de mi-
demográfico. A taxa de população relativa do Brasil coloca-o en- grantes internos.
tre os países menos povoados do planeta. É importante ressaltar A Região Norte é pouco populosa em função de dois aspectos
que a densidade demográfica é um dado que nos fornece a dis- muito marcantes: sua paisagem natural – onde se destacam uma
tribuição teórica, e não real, da população pelo país. Entretanto, floresta muito fechada e um clima super úmido – e sua economia,
quando a densidade demográfica é alta, como a de alguns países que sempre esteve ligada ao extrativismo. Mais recentemente,
europeus ou de leste-sudeste asiático, pode-se supor que ela se com a implantação de projetos hidrelétricos, minerais e industri-
aproxime bastante da realidade. Isso porque alguns desses paí- ais, sua população cresceu rapidamente, passando do quinto
ses têm pequena extensão territorial e, consequentemente, dis- para o quarto lugar.
ponibilidade mínima de espaço, ocorrendo, assim, uma ocupação O Centro-Oeste é a região menos populosa do país, tendo em
mais homogênea de todo o território. vista sua atividade básica – a pecuária extensiva – não exigir
Se a densidade demográfica é baixa, como no caso do Brasil, muita mão-de-obra. Além disso, houve a introdução da lavoura
Canadá e outros países, a situação efetiva da distribuição da po- comercial intensamente mecanizada, que também não gera
pulação pode ou não coincidir com o índice de população rela- muito emprego, não atraindo migrantes para a região e não ofe-
tiva. A população relativa do Brasil é reflexo de sua grande ex- recendo grandes perspectiva para quem nasce lá, que, por isso,
tensão territorial, e a baixa densidade demográfica não retrata a acaba emigrando.
realidade nacional. Isso porque a população está muito mal dis-
tribuída: cerca de 90% dela se concentram próximo ao Oceano A População Relativa por Regiões
Atlântico, numa faixa que raramente ultrapassa 600km de lar- A população relativa brasileira, em função da grande exten-
gura. são territorial, é relativamente baixa. Além de ter uma baixa den-
sidade demográfica, o Brasil apresenta uma distribuição irregu-
A Distribuição da População Brasileira lar dos habitantes pelo território. A região Sudeste é a de maior
O início e a evolução do povoamento do território brasileiro densidade demográfica, devido, como já vimos, ao seu maior de-
pelos portugueses teve um caráter marcadamente periférico. Um senvolvimento econômico. A industrialização atraiu para a re-
dos fatores responsáveis por isso foi o interesse mercantilista da gião grande número de imigrantes, vindos de todas as partes do
época; visava-se apenas à exploração imediata das riquezas co- país, tornando-a a mais populosa e mais povoada região brasi-
loniais, sem preocupação com a colonização definitiva. As poucas leira.
cidades e vilas, assim como todas as áreas agrícolas, concentra- A região sul é a segunda em densidade demográfica, em fun-
vam-se na costa atlântica, elo de união com a Metrópole. O Tra- ção de dois fatores: é como o Sudeste, uma região bastante rica
tado de Tordesilhas, que estabelecia os limites dos territórios na (o que concentra população), e é formada apenas por três esta-
América entre Portugal e Espanha, foi sendo gradativamente dos, fato que por si só já contribui para elevar a densidade regi-
desrespeitado. Durante os séculos XVII e XVIII, com as bandeiras, onal. O Nordeste, muito populoso, é a segunda região em popu-
a mineração, a penetração pelo vale do rio Amazonas e a expan- lação absoluta. Entretanto, sua densidade demográfica é bem
são da pecuária no vale do São Francisco e o sertão do Nordeste, menor que a do Sudeste e do Sul, devido à sua grande área e ao
ocorreu o maior povoamento do interior. Formaram-se, na ver- fato de ser área de saída de população, tendo em vista seus gra-
dade, “ilhas” de povoamento, pois a maior parte da população ves problemas sociais e econômicos.
ainda continuou próxima ao litoral. O Centro-Oeste é a quarta região brasileira em densidade de-
No final do século XIX e início do século XX, tivemos a fase de mográfica, em função de sua extensa área e de sua economia ba-
exploração da borracha na Amazônia, que, embora tenha durado seada na agropecuária desenvolvida com pouca mão-de-obra. A
pouco tempo, no Sudeste, ocorria a “marcha do café”, propici- região mais vazia do país é o Norte. Sua baixa densidade demo-
ando o avanço da povoação para o interior do estado de São gráfica retrata a pequena participação da região na economia
Paulo e norte do Paraná. Após a segunda Guerra Mundial, e prin- brasileira e sua grande área territorial (45,25% do território na-
cipalmente durante o governo de Juscelino Kubtschek (1956- cional).
1960), ocorreu um grande desenvolvimento industrial no Su- As áreas de densidade demográfica mais elevada – o Sudeste,
deste. Essa industrialização, que se estende até hoje, tem atraído o Sul e a porção oriental do Nordeste – historicamente foram as
contingentes populacionais de todas as outras regiões. Assim, te- primeiras a serem povoadas e são as que concentram a produção
mos a população brasileira irregularmente distribuída pelo ter- econômica do país.
ritório nacional. E os fatores históricos e econômicos explicam
esse contraste. O Crescimento da População Brasileira
A distribuição populacional no Brasil é bastante desigual, O Brasil, atualmente com uma população absoluta de
havendo concentração da população nas zonas litorâneas, 194.227.984 habitantes (2011), é o quinto país mais populoso do
especialmente do Sudeste e da Zona da Mata nordestina. Outro
Geografia 36

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APOSTILAS OPÇÃO
mundo. Porém não foi sempre essa a sua posição no contexto de- Taxa de mortalidade infantil: o Brasil apresenta uma taxa
mográfico mundial. Na verdade, essa participação tão grande é de mortalidade infantil de 22,58 mortes em cada 1.000 nasci-
característica dos últimos 50 anos, quando o país entrou em um mentos elevada mesmo para os padrões latino-americanos. No
processo extremamente acelerado de crescimento populacional. entanto, há variações nessa taxa segundo as regiões e as camadas
É necessário ressaltar, no entanto, que, embora o recenseamento populacionais. O Norte e o Nordeste, regiões mais pobres, têm os
seja a fonte oficial dos dados sobre a população, ele ainda apre- maiores índices de mortalidade infantil, que diminuem na região
senta inúmeras falhas. Algumas estão ligadas à própria elabora- Sul. Com relação às condições de vida, pode-se dizer que a mor-
ção do questionário, como, por exemplo, a omissão da pesquisa talidade infantil é menor entre a população de maiores rendi-
sobre etnia da população nos censos de 1960 e 1970; outras se mentos, sendo provocada, sobretudo por fatores endógenos. Já a
relacionam ao despreparo do recenseador; e outras, ainda, são população brasileira de menor renda apresenta as característi-
devidas às respostas incorretas do recenseado que, por medo de cas típicas da mortalidade infantil tardia.
dar informações ao governo (rendimentos, número de filhos,
etc.) ou por desconhecer a verdade (sua própria idade e a dos Crescimento vegetativo: a população de uma localidade
familiares, etc.), omite ou altera as respostas. qualquer aumenta em função das migrações e do crescimento
O IBGE divulgou em 31 de agosto de 2011, as estimativas das vegetativo. No caso brasileiro, é pequena a contribuição das mi-
populações residentes nos 5.565 municípios brasileiros em 1º de grações para o aumento populacional. Assim, como esse au-
julho de 2011. Estima-se que o Brasil tenha 194.227.984 habi- mento é alto, conclui-se que o Brasil apresenta alto crescimento
tantes, 3.472.185 a mais que em 2010, quando a população che- vegetativo, a despeito das altas taxas de mortalidade, sobretudo
gou a 190.755.799. São Paulo continua sendo a cidade mais po- infantil. A estimativa da Fundação IBGE para 2010 é de uma taxa
pulosa, com 11,3 milhões de habitantes, seguida por Rio de Ja- bruta de natalidade de 18,67% — ou seja, 18,67 nascidos para
neiro (6,4 milhões), Salvador (2,7 milhões), Brasília (2,6 mi- cada grupo de mil pessoas ao ano, e uma taxa bruta de mortali-
lhões) e Fortaleza (2,5 milhões). A capital federal, que em 2000 dade de 6,25% — ou seja 6,25 mortes por mil nascidos ao ano.
ocupava o 6º lugar entre os municípios mais populosos, passou, Esses revelam um crescimento vegetativo anual de 12,68.
em 2011, para o 4º lugar. Belo Horizonte, que em 2000 estava na
4ª posição, em 2011 caiu para a 6ª (2,4 milhões), sendo ultrapas-
sado por Brasília e Fortaleza. Os 15 municípios mais populosos
somam 40,5 milhões de habitantes, representando 21,0% da po-
pulação.
As estimativas populacionais são fundamentais para o cál-
culo de indicadores econômicos e sociodemográficos nos perío-
dos intercensitários, e um dos parâmetros usados pelo Tribunal
de Contas da União na distribuição do Fundo de Participação de
Estados e Municípios. Esta divulgação anual obedece à lei com-
plementar nº 59, de 22 de dezembro de 1988, e ao artigo 102 da
lei nº 8443, de 16 de julho de 1992.

As Formas de Crescimento Populacional


Existem duas maneiras de a população de um país crescer
numericamente: o movimento vertical e o movimento horizon-
Expectativa de vida: no Brasil, a expectativa de vida está em
tal. O movimento vertical é fundamentado na diferença entre a
torno de 76 anos para os homens e 78 para as mulheres. Dessa
quantidade de crianças que nascem anualmente e a quantidade
forma, esse país se distância das nações paupérrimas, em que
de pessoas que morrem, nesse mesmo ano, indicada através de
essa expectativa não alcança 50 anos (Mauritânia, Guiné, Níger e
valores porcentuais (%), ou em milhagem (‰). A diferença en-
outras), mas ainda não alcança o patamar das nações desenvol-
tre as duas taxas será, então, a taxa de crescimento da população.
vidas, onde a expectativa de vida ultrapassa os 75 anos (Noruega,
A esse resultado denominamos crescimento natural ou cresci-
Suécia e outras). A expectativa de vida varia na razão inversa da
mento vegetativo. Já o movimento horizontal corresponde às mi-
taxa de mortalidade, ou seja, são índices inversamente proporci-
grações (deslocamento das pessoas de uma área para outra,
onais. Assim no Brasil, paralelamente ao decréscimo da mortali-
onde fixam residência). Esse processo afeta diretamente o nú-
dade, ocorre uma elevação da expectativa de vida.
mero de habitantes das duas áreas, a de origem e a de destino.
Taxa de natalidade: até recentemente, as taxas de natali-
Taxa de fecundidade: conforme dados divulgados pelo Ins-
dade no Brasil foram elevadas, em patamar similar à de outros
tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa média
países subdesenvolvidos. Contudo, houve sensível diminuição
de fecundidade no Brasil era de 1,94 filho por mulher em 2009,
nos últimos anos, que pode ser explicada pelo aumento da popu-
semelhante à dos países desenvolvidos e abaixo da taxa de repo-
lação urbana, já que a natalidade é bem menor nas cidades, em
sição populacional, que é de 2,1 filhos por mulher – duas crianças
consequência da progressiva integração da mulher no mercado
substituem os pais e a fração 0,1 é necessária para compensar os
de trabalho, e da difusão do controle de natalidade. Além disso,
indivíduos que morrem antes de atingir a idade reprodutiva.
o custo social da manutenção e educação dos filhos é bastante
Esse índice sofre variações, caindo entre as mulheres de etnia
elevado, sobretudo no entorno urbano.
branca e elevando-se entre as pardas. Tal variação está relacio-
nada ao nível socioeconômico desses segmentos populacionais;
Taxa de mortalidade: o Brasil apresenta uma elevada taxa
em geral, a população parda concentra-se nas camadas menos
de mortalidade, também comum em países subdesenvolvidos,
favorecidas social e economicamente, levando-se em conta a
enquadrando-se entre as nações mais vitimadas por moléstias
renda, a ocupação e o nível educacional, entre outros fatores.
infecciosas e parasitárias, praticamente inexistentes no mundo
Há também variações regionais: as taxas são menores no Su-
desenvolvido. Desde 1940, a taxa de mortalidade brasileira tam-
deste (1,75 filho por mulher), no Sul (1,92 filho por mulher) e no
bém vem caindo, como reflexo de uma progressiva populariza-
Centro-Oeste (1,93 filho por mulher). No Nordeste a taxa de fe-
ção de medidas de higiene, principalmente após a Segunda
cundidade é de 2,04 filhos por mulher, ainda abaixo da taxa de
Guerra Mundial; da ampliação das condições de atendimento
reposição populacional e semelhante à de alguns países desen-
médico e abertura de postos de saúde em áreas mais distantes;
volvidos. A maior taxa de fecundidade do país é a da Região Norte
das campanhas de vacinação; e do aumento quantitativo da as-
(2,51 filhos por mulher), ainda assim abaixo da média mundial.
sistência médica e do atendimento hospitalar.
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APOSTILAS OPÇÃO
As taxas de natalidade do Brasil, enquadradas entre as mais Estrutura Etária da População Brasileira
elevadas do mundo, vêm decrescendo nitidamente nos últimos Em função das transformações ocorridas nos últimos anos,
anos. A análise desse declínio nas taxas de natalidade do país especialmente no que se refere à natalidade (o número de crian-
deve ser paralela à análise do processo de urbanização da popu- ças na faixa de 1 a 4 anos alcançou um total inferior ao das crian-
lação brasileira, particularmente a partir de 1940. Direta ou in- ças de 5 a 9), a pirâmide etária do Brasil começou a assumir uma
diretamente, as variações no número de nascimentos estão rela- nova forma. A ainda significativa juventude da população brasi-
cionadas às implicações socioeconômicas decorrentes do pro- leira, quase metade do total da população, se por um lado pode-
cesso de urbanização do país. Entre inúmeros outros, costumam- ria ser considerada uma vantagem para o país, do ponto de vista
se destacar como fatores inibidores da natalidade, principal- da potencialidade da força de trabalho, por outro gera uma série
mente após 1970, os seguintes: de problemas sociais e econômicos, como:

- no meio urbano, a idade média para o casamento é maior - necessidade de grandes investimentos em setores como
que no meio rural, diminuindo, assim, o período social de fertili- educação e saúde, e na ampliação do mercado de trabalho;
dade e, consequentemente, a média de filhos por família; - excessiva oferta de mão-de-obra, uma vez que as vagas no
- nas áreas urbanas, o custo da criação dos filhos é muito ele- mercado de trabalho não acompanham o seu crescimento, o que
vado, pois as exigências são maiores (educação, vestuário, trans- determina a proliferação dos baixos salários, do subemprego e
porte, etc.); do desemprego;
- a integração da mulher no campo de trabalho promoveu - alto percentual de inativos ou dependentes, uma vez que
uma queda na natalidade, devido às restrições à gravidez no tra- aproximadamente 1/3 da população brasileira tem menos de 14
balho e à falta de creches. Essa é também uma das razões que anos de idade.
explicam o elevado número de abortos realizados anualmente no
país; O modelo de desenvolvimento da sociedade brasileira não
- como consequência da urbanização, houve maior acesso a optou pelo preparo educacional ou profissional dessa juventude,
métodos anticoncepcionais, especialmente na última década. nem pela valorização de seus recursos, e o que se vislumbra para
o país, num futuro próximo, é o agravamento dos problemas so-
As taxas de mortalidade no Brasil, o que se observa clara- ciais já considerados insuportáveis hoje. Os dados do Censo
mente é que elas vêm declinando, especialmente a partir de 2010, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
1940. Também neste caso, para se entender a acentuada queda Estatística), indicam que, no máximo 40 anos, a pirâmide etária
das taxas de mortalidade, torna-se necessário relacioná-la com o brasileira será semelhante à da França atual. O país terá taxa de
momento político-econômico vivido pelo Brasil a partir de 1930. natalidade mais baixa e, com isso, média de idade maior. Há 50
Foi a partir desse período que se fortaleceu a industrialização na- anos, o país tinha o mesmo perfil etário do continente africano
cional, graças, internamente, ao declínio da cafeicultura, cujos hoje: muitos jovens e crianças. Desde então, a população do país
capitais desviaram-se para a atividade industrial, e, extrema- cresce em ritmo cada vez mais lento.
mente, à crise causada pelas guerras mundiais. Isso impulsionou De acordo com o IBGE, a expansão demográfica média anual
uma política de substituição de importações, que abriu espaço à foi de apenas 1,17% nos últimos dez anos, ante 1,64% na década
produção industrial nacional. anterior. Nos anos 60, era de 2,89%. A população do país deve
Com o impulso dado pelo governo de Getúlio Vargas às in- continuar a crescer por mais duas gerações até os anos 2030. De-
dústrias de base e, posteriormente, por Juscelino Kubitschek ao pois, deve estacionar ou até diminuir. O país deve começar a se
setor automobilístico, a industrialização se consolidou e, com ela, preparar para as transformações que já acontecem em países
a urbanização. Dessa forma, acentuando-se a migração do campo como a França. Temos a oportunidade de antecipar discussões
para a cidade, uma série de fatores contribuiu para o declínio das como a da reforma da Previdência. Com um número de pessoas
taxas de mortalidade. Vejamos alguns: em idade ativa menor do que o de idosos, a solvência do sistema
ficará ameaçada. Porém, até atingir esse estágio, o país será be-
- acesso à assistência médica, pois nas cidades há mais cen- neficiado pelo chamado “bônus demográfico”, caracterizado pela
tros de atendimento médico-hospitalar que no campo, onde o maior presença de adultos na sociedade. O predomínio da popu-
atendimento à saúde é precário; lação produtiva vai dar condições de minimizar o impacto do en-
- desenvolvimento da medicina preventiva, com a difusão de velhecimento nas contas públicas.
campanhas de vacinação gratuita, que atinge facilmente o ho- A redução do número de crianças deve permitir ao país me-
mem urbano; lhorar acesso e qualidade da educação sem aumentar muito os
- melhorias no saneamento básico que, embora se apresente investimentos. Haverá também transformações no mercado de
deficiente mesmo em grandes cidades, como São Paulo e Rio de produtos e serviços. Com mais adultos e idosos, são esperadas
Janeiro, é, ainda assim, mais eficiente que o das áreas rurais. mudanças nos serviços de saúde, na construção civil e até em la-
zer. O país vai ter cada vez mais idosos levando vida ativa. A eco-
Assim, houve uma sensível diminuição no número de óbitos, nomia vai ter que se adaptar às novas necessidades de consumo
principalmente no período de 1940 a 1970, levando a taxa de dessa população.
mortalidade a declinar muito mais rapidamente que a de natali-
dade. Convém lembrar, no entanto, que, embora o declínio, a
mortalidade no Brasil é elevada, se considerada a juventude da
população brasileira, pois as condições de saúde de nossa popu-
lação são ainda bastante precárias. Há outros indicadores sociais
que evidenciam essa situação. Pode-se dizer que, embora se
mostrando em declínio, a taxa brasileira de crescimento vegeta-
tivo ainda se mantém elevada, o que demonstra nossa condição
de país subdesenvolvido. Esse forte crescimento torna difícil ao
país absorver, a cada ano, um grande contingente populacional,
o que agrava os problemas sociais e econômicos.

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APOSTILAS OPÇÃO
A População Economicamente Ativa costuma ser agrupada
em três setores de atividades econômicas.

Setores Atividades

Relacionadas com o campo, com a agro-


Primário
pecuária e o extrativismo.

Relacionadas diretamente com a produ-


Secundário ção industrial, a construção civil e a mi-
neração.

Relacionadas com a prestação de servi-


Terciário ços (educação, saúde, lazer, serviços
bancários etc.) e o comércio.

A distribuição da População Economicamente Ativa pelos se-


tores de atividade apresenta grandes diferenças entre países
com distintos níveis de desenvolvimento. Países desenvolvidos,
como a Alemanha, em geral têm sua População Economicamente
Ativa concentrada no setor terciário, como produto de seu pro-
gresso econômico e social, e uma parcela muito pequena no setor
primário, altamente, mecanizado. Já em países subdesenvolvi-
dos, como a Indonésia, o setor primário emprega a maioria dos
trabalhadores, resultado do elevado grau de atraso econômico e
tecnológico. Há ainda países em estágio intermediário, como a
Polônia, que embora apresente predomínio da População Econo-
micamente Ativa no setor terciário, ainda tem um setor primário
significativo, pois não dispõe de alta mecanização agrícola.

FLUXOS MIGRATÓRIOS, ÁREAS DE CRESCIMENTO E


PERDA POPULACIONAL

Fluxos migratórios é o termo utilizado para se referir ao mo-


vimento de entrada (imigração) e saída (emigração) de indiví-
duos ou grupos de determinado local. Migrantes são aqueles que
saem de seu local de origem pelos mais diversos motivos, po-
dendo ser temporário ou permanente.
Esses deslocamentos demonstram, tanto na atualidade como
no passado, o processo de globalização, uma vez que ocorre des-
locamento de informações culturais, sociais, econômicas, entre
outros. Contudo, na maioria dos casos, essas pessoas não deslo-
cam por vontade, e sim por necessidade, uma vez que as mesmas
buscam uma nova vida em outros estados, países ou mesmo con-
tinentes. Esse movimento de pessoas deve-se a catástrofes am-
bientais, econômicos, políticos, religiosos, psicológicos, entre ou-
tros.
No Brasil, a principal causa de migração está intimamente li-
gada com os aspectos econômicos. Esses movimentos migrató-
rios deram início no século XVII e XVIII com a busca incessante
Estrutura por Atividade de metais preciosos, gerando mobilidade populacional principal-
O estudo da distribuição da população por atividades econô- mente nos estados de Minas Gerais, mas também receberam os
micas e profissionais se realiza a partir da análise da chamada estados de Goiás e Mato Grosso. Em seguida, esses movimentos
População Economicamente Ativa (PEA) e da População Não- vieram impulsionados pela expansão do café nas cidades do in-
Economicamente Ativa (PNEA), também conhecida como Popu- terior paulista, atraindo diversos migrantes dos estados de Mi-
lação Economicamente Inativa (PEI). De forma geral, considera- nas Gerais e Nordeste em geral.
se como População Economicamente Ativa, ou PEA, a parcela da Já no século XX, com a criação e instalação de indústrias ao
população absoluta que, tendo mais de 10 anos (no caso do Bra- longo do Brasil, alguns territórios passaram por processo de cen-
sil, mais de 16 anos), está voltada pra o mercado de trabalho, tralização das atividades industriais, principalmente na região
tanto a que está efetivamente empregada, quanto a que está pro- sudeste. A partir daí, houve um deslocamento populacional de
curando emprego. A População Economicamente Inativa, ou PEI, todas as direções brasileiras sentido essas idades, em especial,
é portanto, a parcela da população que não está envolvida com o São Paulo.
mercado de trabalho, ou seja, é a que não está trabalhando, nem
está à procura de emprego. Nesse caso, incluem-se as crianças Outro modelo comumente conhecimento referente a migra-
com menos de 10 anos de idade (menos de 16 no Brasil), os ido- ção é denominado êxodo rural. É assim chamado pois fora inten-
sos e aposentados, os inválidos e as donas de casa, pois o traba- sificado nas últimas cinco décadas a migração da população rural
lho doméstico, quando não é realizado por empregados, não é para as cidades. Essa intensificação ocorreu devido o favoreci-
considerado atividade econômica. mento das políticas econômicas para grandes latifundiários,

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APOSTILAS OPÇÃO
além da mecanização das atividades agrícolas, excluindo o traba- aumentaram em 36%, fazendo com que o saldo migratório de
lhador rural e, por consequência, substituindo à sua mão de obra. 744.798 migrantes, registrado em 1991, declinasse para
339,926, em 2000. Já os Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro
Quanto ao recebimento de migrantes, a região sudeste que passaram de repulsões para receptores de população, ou seja,
apresentou o maior número de recebimentos, apresenta atual- ocorreu aumento das entradas e diminuição das saídas.
mente uma situação de declínio, consequência da estagnação Na década de 1990, com a reativação de alguns setores da
econômica e do aumento do desemprego. Atualmente, o centro- economia nordestina, como o crescimento do turismo e a insta-
oeste se encontra no principal destino dos migrantes, onde passa lação de diversas empresas, estabeleceu-se um fluxo de retorno
a oferecer melhores oportunidades. de população para o Nordeste. Entre 1995 e 2000, 48,3% das sa-
ídas do Sudeste foram em direção ao Nordeste. Entretanto, os es-
Nas décadas de 1960 e 1970, houve mudanças na direção dos tados que contam com maior saldo migratório negativo (maior
fluxos migratórios para as regiões Norte e Centro-Oeste, incenti- quantidade de emigrantes) ainda se concentram no Nordeste:
vados pela política oficial de colonização. Para essas regiões, di- Paraíba, Ceará, Piauí, Pernambuco e Bahia.
rigiram-se não apenas os nordestinos, mas também os sulistas A década de 1990 inaugurou outra etapa na história das mi-
(em decorrência da estrutura fundiária no Rio Grande do Sul e grações internas: elas se tornaram menos volumosas e mais lo-
em Santa Catarina), grandes contingentes populacionais sem calizadas. Além disso, outros fluxos se estabeleceram em direção
acesso à terra. ao Norte e ao Centro-Oeste.
O estado de Goiás destaca-se no Centro-Oeste por constituir
o destino de um grande número de imigrantes brasileiros, de-
vido à atração exercidas por Brasília.
Regiões dinâmicas de alargamento da fronteira agropecuária
do Centro-Oeste, como o Mato Grosso e do Norte como Rondônia
e Pará, vêm atraindo migrantes do Nordeste. A expansão da pro-
dução agrícola tem gerado o aumento de emprego e da renda. A
demanda por bens e serviços (escola, comercio e lazer) multi-
plica as atividades urbanas e o crescimento das cidades nessas
regiões.
Entre as décadas de 60 e 2000, o Centro-Oeste e o Norte tive-
ram as maiores taxas de crescimento populacional. A população
de Rondônia, por exemplo, apresentou um aumento de 12 vezes:
em 1960 tinha 69.792 habitantes, e em 1999 contava com
836.023 habitantes.
Historicamente a principal região de emigração no Brasil tem
sido o Nordeste. Isso não se deve exclusivamente às secas,
mesmo porque devemos lembrar que não é só o sertanejo que
deixa sua região. A falta de empregos, de infraestrutura, a con-
centração de terras e o baixo padrão de vida são os fatores prin-
cipais para a saída dos nordestinos de sua região. A seca é um
agravante para aqueles que moram nas áreas afetadas por esse
fenômeno climático.
As políticas de ocupação e desenvolvimento econômico da
porção oeste do território brasileiro intensificaram a migração Outro aspecto referente as migrações internas no Brasil é
para o centro-oeste. As principais medidas apresentadas para tal que os fluxos normalmente ocorrem dentro do próprio estado ou
processo está na construção de Goiânia e Brasília, expansão da regiões de origem. Esse aspecto ocorre devido a descentraliza-
fronteira agrícola e investimentos na infraestrutura da região. O ção a atividade industrial do país, antes concentrada na região
reflexo dessa política é que 30% da população do Centro-Oeste sudeste e metropolitanas.
são oriundas de outras regiões do Brasil, conforme dados de
2008 divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicí- Até Agora, abordamos os principais aspectos relacionados as
lios (Pnad). migrações. Abaixo, citaremos as principais causas e consequên-
Com a participação de empresas transnacionais, incentivos cias que levam essas ações:
fiscais e investimentos do governo federal, nas décadas de 1970
e 1980, foram implantados no Norte do país grandes projetos de Causas de repulsão: Explicam a saída da população – ocor-
mineração, que atraíram muitos garimpeiros para a região. rem nas áreas de emigração.
Algumas das consequências desses projetos foram os proble-
mas socioambientais dessa ocupação. O desmatamento, reali- Causas de atração: Explicam a entrada da população – ocor-
zado na maior parte das vezes por madeireiros, de maneira ile- rem nas áreas de imigração.
gal, empobreceu os solos da região, tornando-os muitas vezes
inadequados para a agricultura e impedindo a população nativa Essas causas podem ser:
de obter seu sustento com o extrativismo. Grande parte das es- Naturais: Como a desertificação de um local, secas prolonga-
tradas acabou sendo “engolida” pela floresta – como ocorreu das, inundações, terremotos.
com a Transamazônica, que é transitável apenas em um pequeno No Brasil podemos lembrar as secas prolongadas que ocor-
trecho, na época de seca. rem no Sertão.
A violência na região também é um problema. Muitos mi- Políticas/religiosas: Incluindo guerras civis, revoluções,
grantes instalaram-se como posseiros ou grileiros, causando di- perseguições religiosas, conflitos separatistas, discriminação
versos conflitos com as populações nativas e indígenas e, ainda, com violência (racismo).
com os defensores desses povos, como padres e missionários. Econômicas: São as de maior importância no caso das mi-
As migrações internas, muito intensas no país, sofreram mu- grações internas no Brasil. Inclui a decadência econômica de
danças nas últimas décadas. Segundo o IBGE, há em São Paulo as uma região e o crescimento de outra.
entradas de migrantes diminuíram em 12%, enquanto as saídas Desta forma, observa-se que a principal forma de migração
ocorre em busca de emprego/salários e uma melhor condição de
Geografia 40

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APOSTILAS OPÇÃO
vida. Atualmente, acompanha-se muito pelos meios midiáticos Observando a pirâmide etária nota-se uma redução de nasci-
que conflito étnico e religioso vem expulsando continuamente os mentos no período da II Guerra Mundial, no qual essas pessoas
moradores da região em busca de segurança. hoje estariam com 60 anos. Percebe-se uma redução no tamanho
da pirâmide nessa idade. Outro fator da redução da pirâmide na
Questões idade de 60 anos ou mais é a própria guerra em que milhares de
jovens do sexo masculino perderam suas vidas para lutarem no
1. (Prefeitura Municipal de Cariacica – ES - 2015 – Adap- campo de batalha.
tado) Observe a figura a seguir:
2. Resposta: C
Pirâmide Etária Da Alemanha- 2006 Questão de fácil entendimento, pois todas as alternativas es-
tão corretas em relação às características regionais do Brasil. As
secas que assolaram o Nordeste brasileiro na década de 1960 fi-
zeram com que milhares de pessoas abandonassem suas casas
no sertão brasileiro por falta de alternativa agrícola e políti-
cas sociais na região. Atualmente, nos estados de São Paulo e Rio
de Janeiro, já se registra maior saída de população das metrópo-
les em direção às cidades médias do interior do que em direção
às estas metrópoles.
Porém, após a década de 1970, com a saturação no mercado
de trabalho da região Sudeste, houve uma diversidade nos fluxos
migratórios no território brasileiro. A expansão da fronteira
agrícola e maiores investimentos em infraestrutura proporcio-
nou o fortalecimento e ampliou ainda mais os fluxos migratórios
para a região Centro-Oeste. Nas últimas décadas, a região sofreu
uma série de transformações com impactos consideráveis na es-
Milhares de pessoas trutura produtiva e ocupacional. Os incentivos governamentais
na década de 1970 para a ocupação do Centro-Oeste refletiram
Quando se analisa uma pirâmide etária é necessário conside- em significativos movimentos migratórios e grandes empreendi-
rar também a história da população ali representada. mentos agropecuários na região.
A partir da observação do gráfico, pode-se justificar o afuni-
lamento identificado pelas setas como sendo o resultado da va-
riação do seguinte indicador demográfico durante a II Guerra
Mundial:

(A) aumento da mortalidade;


Anotações
(B) diminuição da natalidade;
___________________________________________________
(C) redução da expectativa de vida;
______________________________________________________
(D) estagnação da taxa de migração;
______________________________________________________
(E) elevação da sobre mortalidade masculina.
______________________________________________________
2. (Policia Civil – GO - 2015 – Adaptado) Sobre mobilidade ______________________________________________________
populacional, julgue as proposições abaixo, marcando V (verda- ______________________________________________________
deiro) ou F (falso). ______________________________________________________
( ) Após o declínio da economia açucareira no Nordeste, essa ______________________________________________________
região caracterizou-se como área de expulsão populacional, fato ______________________________________________________
que vem-se revertendo nos últimos anos, embora isso não cor- ______________________________________________________
responda a uma diminuição da pobreza de sua população. ______________________________________________________
( ) A economia cafeeira e a industrialização na região Sudeste ______________________________________________________
fizeram dessa região o coração econômico do país e consequen- ______________________________________________________
temente um polo de atração populacional. ______________________________________________________
() Os resultados do censo de 2000 apontam mudanças no di- ______________________________________________________
recionamento das migrações intraregional com a busca de cida- ______________________________________________________
des de pequeno e médio porte em detrimento das grandes me- ______________________________________________________
trópoles, sobretudo na região ______________________________________________________
Sudeste. ______________________________________________________
( ) Entre as décadas de 1970 e 1990, houve um intenso fluxo ______________________________________________________
migratório rumo ao Centro-Oeste (agropecuária) e à Amazônia ______________________________________________________
(agropecuária e garimpo), que se refletiu no crescimento popu- ______________________________________________________
lacional dessas regiões. ______________________________________________________
Marque a alternativa com a sequência CORRETA: ______________________________________________________
______________________________________________________
(A) V – F – F – V
______________________________________________________
(B) F – F – V – F
______________________________________________________
(C) V – V – V – V
______________________________________________________
(D) V – V – F – F
______________________________________________________
RESPOSTAS ______________________________________________________
______________________________________________________
1. Resposta: E ______________________________________________________
______________________________________________________

Geografia 41

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APOSTILAS OPÇÃO
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Geografia 42

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APOSTILAS OPÇÃO
Exemplos

- { x, t.q. x é vogal } é o mesmo que {a, e, i, o, u}


- {x | x é um número natural menor que 4 } é o mesmo que
{0, 1, 2, 3}
- {x : x em um número inteiro e x2 = x } é o mesmo que {0, 1}

Pelo diagrama de Venn-Euler: O diagrama de Venn-Euler


Conjuntos: operações e consiste em representar o conjunto através de um “círculo” de tal
problemas com conjuntos forma que seus elementos e somente eles estejam no “círculo”.

Exemplos
Conjuntos Primitivos
- Se A = {a, e, i, o, u} então
Os conceitos de conjunto, elemento e pertinência são
primitivos, ou seja, não são definidos.
Um cacho de bananas, um cardume de peixes ou uma porção
de livros são todos exemplos de conjuntos.
Conjuntos, como usualmente são concebidos, têm elementos.
Um elemento de um conjunto pode ser uma banana, um peixe ou
um livro. Convém frisar que um conjunto pode ele mesmo ser
elemento de algum outro conjunto.
Por exemplo, uma reta é um conjunto de pontos; um feixe - Se B = {0, 1, 2, 3 }, então
de retas é um conjunto onde cada elemento (reta) é também
conjunto (de pontos).
Em geral indicaremos os conjuntos pelas letras maiúsculas
A, B, C, ..., X, e os elementos pelas letras minúsculas a, b, c, ..., x, y,
..., embora não exista essa obrigatoriedade.
Em Geometria, por exemplo, os pontos são indicados por
letras maiúsculas e as retas (que são conjuntos de pontos) por
letras minúsculas.
Outro conceito fundamental é o de relação de pertinência que Conjunto Vazio
nos dá um relacionamento entre um elemento e um conjunto.
Conjunto vazio é aquele que não possui elementos.
Se x é um elemento de um conjunto A, escreveremos x ∈ A Representa-se pela letra do alfabeto norueguês 0/ ou,
Lê-se: x é elemento de A ou x pertence a A. simplesmente { }.
Simbolicamente: ∀ x, x ∉ 0/
Se x não é um elemento de um conjunto A, escreveremos x
∉A Exemplos
Lê-se x não é elemento de A ou x não pertence a A.
- 0/ = {x : x é um número inteiro e 3x = 1}
Como representar um conjunto - 0/ = {x | x é um número natural e 3 – x = 4}
- 0/ = {x | x ≠ x}
Pela designação de seus elementos: Escrevemos os
elementos entre chaves, separando os por vírgula. Subconjunto

Sejam A e B dois conjuntos. Se todo elemento de A é também


Exemplos elemento de B, dizemos que A é um subconjunto de B ou A é a
parte de B ou, ainda, A está contido em B e indicamos por A ⊂
- {3, 6, 7, 8} indica o conjunto formado pelos elementos 3, B.
6, 7 e 8. Simbolicamente: A ⊂ B ⇔ ( ∀ x)(x ∈ ∀ ⇒ x ∈ B)
{a; b; m} indica o conjunto constituído pelos elementos a, b
e m. Portanto, A ⊄ B significa que A não é um subconjunto de B
{1; {2; 3}; {3}} indica o conjunto cujos elementos são 1, {2; ou A não é parte de B ou, ainda, A não está contido em B.
3} e {3}. Por outro lado, A ⊄ B se, e somente se, existe, pelo menos,
um elemento de A que não é elemento de B.
Pela propriedade de seus elementos: Conhecida uma Simbolicamente: A ⊄ B ⇔ ( ∃ x)(x ∈ A e x ∉ B)
propriedade P que caracteriza os elementos de um conjunto A,
este fica bem determinado. Exemplos
P termo “propriedade P que caracteriza os elementos de um
conjunto A” significa que, dado um elemento x qualquer temos: - {2 . 4} ⊂ {2, 3, 4}, pois 2 ∈ {2, 3, 4} e 4 ∈ {2, 3, 4}
Assim sendo, o conjunto dos elementos x que possuem a - {2, 3, 4} ⊄ {2, 4}, pois 3 ∉ {2, 4}
- {5, 6} ⊂ {5, 6}, pois 5 ∈ {5, 6} e 6 ∈ {5, 6}
propriedade P é indicado por:
{x, tal que x tem a propriedade P}
Inclusão e pertinência
Uma vez que “tal que” pode ser denotado por t.q. ou | ou A definição de subconjunto estabelece um relacionamento
ainda :, podemos indicar o mesmo conjunto por: entre dois conjuntos e recebe o nome de relação de inclusão (
{x, t . q . x tem a propriedade P} ou, ainda, ⊂ ).
{x : x tem a propriedade P} A relação de pertinência ( ∈ ) estabelece um relacionamento
entre um elemento e um conjunto e, portanto, é diferente da
relação de inclusão.
Simbolicamente

Matemática 1
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APOSTILAS OPÇÃO
Conjunto das partes
x∈ A ⇔ {x} ⊂ A
x∉ A ⇔ {x} ⊄ A Dado um conjunto A podemos construir um novo conjunto
formado por todos os subconjuntos (partes) de A. Esse novo
Igualdade conjunto chama-se conjunto dos subconjuntos (ou das partes)
de A e é indicado por P(A).
Sejam A e B dois conjuntos. Dizemos que A é igual a B e Simbolicamente: P(A)={X | X ⊂ A} ou X ⊂ P(A) ⇔ X ⊂ A
indicamos por A = B se, e somente se, A é subconjunto de B e B é
também subconjunto de A. Exemplos
Simbolicamente: A = B ⇔ A ⊂ B e B ⊂ A
Demonstrar que dois conjuntos A e B são iguais equivale, a) = {2, 4, 6}
segundo a definição, a demonstrar que A ⊂ B e B ⊂ A. P(A) = { 0/ , {2}, {4}, {6}, {2,4}, {2,6}, {4,6}, A}
Segue da definição que dois conjuntos são iguais se, e
somente se, possuem os mesmos elementos. b) = {3,5}
Portanto A ≠ B significa que A é diferente de B. Portanto P(B) = { 0/ , {3}, {5}, B}
A ≠ B se, e somente se, A não é subconjunto de B ou B não é c) = {8}
subconjunto de A. Simbolicamente: A ≠ B ⇔ A ⊄ B ou B ⊄ A P(C) = { 0/ , C}
Exemplos
d) = 0/
- {2,4} = {4,2}, pois {2,4} ⊂ {4,2} e {4,2} ⊂ {2,4}. Isto nos P(D) = { 0/ }
mostra que a ordem dos elementos de um conjunto não deve ser
levada em consideração. Em outras palavras, um conjunto fica Propriedades
determinado pelos elementos que o mesmo possui e não pela
ordem em que esses elementos são descritos. Seja A um conjunto qualquer e 0/ o conjunto vazio. Valem as
- {2,2,2,4} = {2,4}, pois {2,2,2,4} ⊂ {2,4} e {2,4} ⊂ {2,2,2,4}. seguintes propriedades
Isto nos mostra que a repetição de elementos é desnecessária.
- {a,a} = {a}
- {a,b = {a} ⇔ a= b
- {1,2} = {x,y} ⇔ (x = 1 e y = 2) ou (x = 2 e y = 1) 0/ ≠( 0/ ) 0/ ∉ 0/ 0/ ⊂ 0/ 0/ ∈ { 0/ }
Número de Elementos da União e da Intersecção de 0/ ⊂ A ⇔ 0/ ∈ A⊂A⇔ A
Conjuntos P(A) ∈ P(A)

Dados dois conjuntos A e B, como vemos na figura abaixo, Se A tem n elementos então A possui 2n subconjuntos e,
podemos estabelecer uma relação entre os respectivos números portanto, P(A) possui 2n elementos.
de elementos.
União de conjuntos

A união (ou reunião) dos conjuntos A e B é o conjunto


formado por todos os elementos que pertencem a A ou a B.
Representa-se por A ∪ B.
Simbolicamente: A ∪ B = {X | X ∈ A ou X ∈ B}

Note que ao subtrairmos os elementos comuns evitamos


que eles sejam contados duas vezes.

Observações:

a) Se os conjuntos A e B forem disjuntos ou se mesmo um


deles estiver contido no outro, ainda assim a relação dada será Exemplos
verdadeira.
b) Podemos ampliar a relação do número de elementos para - {2,3} ∪ {4,5,6}={2,3,4,5,6}
três ou mais conjuntos com a mesma eficiência. - {2,3,4} ∪ {3,4,5}={2,3,4,5}
- {2,3} ∪ {1,2,3,4}={1,2,3,4}
Observe o diagrama e comprove. - {a,b} ∪ φ {a,b}

Intersecção de conjuntos

A intersecção dos conjuntos A e B é o conjunto formado por


todos os elementos que pertencem, simultaneamente, a A e a B.
Representa-se por A ∩ B. Simbolicamente: A ∩ B = {X | X ∈ A ou
X ∈ B}

Matemática 2
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APOSTILAS OPÇÃO
Exemplos Questões

- {2,3,4} ∩ {3,5}={3} 01. (TJ/RS – OFICIAL DE TRANSPORTE – CETRO) Dados os


- {1,2,3} ∩ {2,3,4}={2,3} conjuntos A = {x | x é vogal da palavra CARRO} e B = {x | x é letra
- {2,3} ∩ {1,2,3,5}={2,3} da palavra CAMINHO}, é correto afirmar que A∩ B tem
- {2,4} ∩ {3,5,7}= φ (A) 1 elemento.
(B) 2 elementos.
Observação: Se A ∩ B= φ , dizemos que A e B são conjuntos (C) 3 elementos.
disjuntos. (D) 4 elementos.
(E) 5 elementos.

02 (MPE/ES – AGENTE DE APOIO-ADMINISTRATIVA


– VUNESP) No diagrama, observe os conjuntos A, B e C, as
intersecções entre A e B e entre B e C, e a quantidade de
elementos que pertencem a cada uma das intersecções.

Subtração

A diferença entre os conjuntos A e B é o conjunto formado


por todos os elementos que pertencem a A e não pertencem a
B. Representa-se por A – B. Simbolicamente: A – B = {X | X ∈ A
e X ∉ B} Sabe-se que pertence apenas ao conjunto A o dobro do
número de elementos que pertencem à intersecção entre A e B.
Sabe-se que pertence, apenas ao conjunto C, o dobro do número
de elementos que pertencem à intersecção entre B e C. Sabe-se
que o número de elementos que pertencem apenas ao conjunto
B é igual à metade da soma da quantidade de elementos
que pertencem à intersecção de A e B, com a quantidade de
elementos da intersecção entre B e C. Dessa maneira, pode-se
afirmar corretamente que o número total de elementos dos
conjuntos A, B e C é igual a
(A) 90.
O conjunto A – B é também chamado de conjunto (B) 108.
complementar de B em relação a A, representado por CAB. (C) 126.
Simbolicamente: CAB = A - B{X | X ∈ A e X ∉ B} (D) 162.
(E) 180.
Exemplos
03. (ESPCEX – CADETES DO EXÉRCITO – EXÉRCITO
- A = {0, 1, 2, 3} e B = {0, 2} BRASILEIRO) Uma determinada empresa de biscoitos realizou
CAB = A – B = {1,3} e CBA = B – A = φ uma pesquisa sobre a preferência de seus consumidores em
- A = {1, 2, 3} e B = {2, 3, 4} relação a seus três produtos: biscoitos cream cracker, wafer e
CAB = A – B = {1} e CBA = B – A = {14} recheados. Os resultados indicaram que:
- 65 pessoas compram cream crackers.
- A = {0, 2, 4} e B = {1 ,3 ,5} - 85 pessoas compram wafers.
CAB = A – B = {0,2,4} e CBA = B – A = {1,3,5} - 170 pessoas compram biscoitos recheados.
- 20 pessoas compram wafers, cream crackers e recheados.
Observações: Alguns autores preferem utilizar o conceito de - 50 pessoas compram cream crackers e recheados.
completar de B em relação a A somente nos casos em que B ⊂ A. - 30 pessoas compram cream crackers e wafers.
- 60 pessoas compram wafers e recheados.
- Se B ⊂ A representa-se por B o conjunto complementar - 50 pessoas não compram biscoitos dessa empresa.
de B em relação a A. Simbolicamente: B ⊂ A ⇔ B = A – B =
CAB` Determine quantas pessoas responderam essa pesquisa.
(A) 200
Exemplos (B) 250
(C) 320
(D) 370
Seja S = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}. Então:
(E) 530
a) A = {2, 3, 4} ⇒ A = {0, 1, 5, 6} 04 (UFOP/MG – ADMINISTRADOR DE EDIFICIOS –
UFOP/2013) Uma pesquisa realizada por uma emissora de
b) B = {3, 4, 5, 6 } ⇒ B = {0, 1, 2} TV com 120 telespectadores de São Paulo constatou que 40
já viajaram para Natal, 30 já viajaram para Recife e 60 não
c) C = φ ⇒ C =S conhecem nenhum desses dois lugares. A emissora irá sortear
um entre os 120 telespectadores entrevistados para oferecer a
Número de elementos de um conjunto eles uma viagem para um desses dois locais. A probabilidade de
o entrevistado sorteado já ter viajado para Natal e Recife é
Sendo X um conjunto com um número finito de elementos, (A)
representa-se por n(X) o número de elementos de X. Sendo,
ainda, A e B dois conjuntos quaisquer, com número finito de (B)
elementos temos:
n(A ∪ B)=n(A)+n(B)-n(A ∩ B) (C)
A ∩ B= φ ⇒ n(A ∪ B)=n(A)+n(B)
n(A -B)=n(A)-n(A ∩ B) (D)
B ⊂ A ⇒ n(A-B)=n(A)-n(B)
05 (SEPLAG-OGE/MG – AGENTE GOVERNAMENTAL –
IESES/2013) Duzentas e noventa pessoas responderam uma

Matemática 3
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APOSTILAS OPÇÃO
pesquisa sobre a audiência de dois programas de televisão, A e A∩ B={A,O}
B. Verificou-se que 130 das pessoas consultadas assistiram ao
programa A; somente 50 pessoas assistiram os dois programas e 02. Resposta: C.
apenas 60 pessoas não assistiram nenhum dos dois programas. A=2.16=32
Qual é o número de pessoas que assistiram ao programa B?
C=2.20=40
(A) 150 pessoas
(B) 100 pessoas B=(16+20)/2=18
(C) 50 pessoas A+B+C=32+40+18=90
(D) 140 pessoas 90+16+20=126.

06 (DCTA- CIÊNCIA E TECNOLOGIA AEROESPACIAL – 03 Resposta: B.


ASSISTENTE EM C&T ALMOXARIFADO – VUNESP/2013) Uma
empresa oferecia vagas de emprego nos estados de São Paulo
e Rio de Janeiro. Os candidatos pré-selecionados poderiam
escolher um ou os dois estados em que tivessem interesse em
trabalhar. Sabe-se que 26 pessoas escolheram São Paulo, 12
optaram pelos dois estados e 20 escolheram apenas um dos dois
estados. O número de candidatos pré-selecionados foi
(A) 32.
(B) 34.
(C) 40.
(D) 46.
(E) 58.

07 (ALMT – EDITOR GRÁFICO – FGV) De um grupo de 30


jogadores do futebol mato-grossense, 24 chutam com a perna
direita e 10 chutam com a perna esquerda.
Desse grupo de 30 jogadores, a quantidade daqueles que
chutam somente com a perna esquerda é
(A) 3 5+10+15+20+30+40+80+50=250 pessoas
(B) 4
(C) 5 04 Resposta: A.
(D) 6
(E) 7.

08 (IBGE – ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR – CESGRANRIO)


Num concurso, cada um dos 520 candidatos inscritos fez uma
prova de português e uma de matemática. Para ser aprovada,
o candidato deve ser aprovado em ambas as provas. O número
de candidatos que foi aprovado em matemática é igual ao triplo
do número de candidatos aprovados no concurso, e o número
de candidatos aprovados em português é igual ao quádruplo
do número de candidatos aprovados em nenhuma das duas
provas é igual a metada do número de candidatos aprovados no
concurso. Quantos candidatos foram aprovados ao todo?
(A) 60 30-x+x+40-x+60=120
(B) 80 -x=120-30-40-60
(C) 100 -x=-10
(D) 120 X=10
(E) 130 probabilidade de o entrevistado sorteado já ter viajado para
Natal e Recife é
09. (CRF/RS – AGENTE DE TELEATENDIMENTO –
QUADRIX) Dados os conjuntos A={1, 2, 4, 5, 8, 9} e B={3, 5, 7, 9}
o conjunto A-B é igual a:
(A) {1, 2, 4, 8}
05 Resposta: A.
(B) {3, 7}
(C) {5, 9}
(D) {1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9}
(E) { }

10. (COREN/SC – ADMINISTRADOR DE REDE – AOCP)


Dos 50 alunos de uma turma, 15 foram reprovados em Língua
Portuguesa, 12 em Biologia e 10 foram reprovados nas duas
disciplinas. Quantos alunos não foram reprovados em nenhuma
dessas disciplinas?
(A)29 80+50+x+60=290
(B) 30 X=290-190
(C) 33 X=100 pessoas
(D) 35 100+50=150 pessoas
(E)37
Respostas 06 Resposta: A.

01. Resposta: B.

Como o conjunto A é dado pelas vogais: A={A,O}, portanto

Matemática 4
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APOSTILAS OPÇÃO

Conjuntos dos números naturais,


inteiros, racionais, reais e suas
operações. Representação na
reta

Conjunto dos Números Naturais – N


São todos os números inteiros positivos, incluindo o zero. É
representado pela letra maiúscula N.
Como 20 candidatos escolheram apenas uma das cidades, N = {0,1,2,3,4,5,6,7,8,9,10, …}
portanto escolheram RJ 20-14=6 candidatos
Assim, a quantidade de candidatos pré-selecionados foi de: O zero corresponde à ausência de unidades. A sucessão dos
14+12+6=32 números naturais começa pelo zero e cada número é obtido
acrescentando-se uma unidade ao anterior. Não existe o maior
07 Resposta: D. número natural, ou seja, a sucessão dos números naturais é
infinita. Se excluirmos o zero teremos um novo conjunto: o

conjunto dos números naturais não nulos, que se indica por N .

N = {1, 2, 3, 4, 5...}

Na sucessão de números naturais, dois ou mais números que


se seguem são chamados consecutivos.
Ex: 7, 8 e 9 são números naturais consecutivos.

Todo número natural tem um antecessor, com exceção do


zero, que é o menor número natural.
Ex: O sucessor de 8 é 9; o antecessor de 19 é 18.
10-x+x+24-x=30
-x=30-34 O conjunto formado por 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12... é chamada
X=4 conjunto dos números naturais pares. O conjunto formado por
1, 3, 5, 7, 9, 11, ...é chamada conjunto dos números naturais
Esqueda:10-x=10-4=6 ímpares

08 Resposta: B. Representação na reta numérica:

O zero é o menor número natural. A reta numérica natural é


infinita, não existe o maior número natural.

Valor absoluto e valor relativo

O valor absoluto de um número não depende da posição em


que o número se encontra, representa um valor sozinho. Por
exemplo: O valor absoluto do algarismo 9 no número 986 é 9.
3X-X+X+4X-X+X/2=520 O valor relativo de um número depende da posição em que
6,5X=520 o algarismo se encontra. Por exemplo, o algarismo 9 no número
X=80 986 ocupa a casa das centenas. Assim, seu valor relativo é 900.
Ex: Observe o números 1236 e os valores relativos e absolutos
09 Resposta: A. de seus algarismos:
Valor absoluto do 1 é 1, do 2 é 2, do 3 é 3 e do 6 é 6
A-B são todos os números que estão em A e não em B, Valor relativo 1 é 1 000, do 2 é 200, do 3 é 30 e do 6 é 6
portanto:
A-B={1,2,4,8} Adição
A primeira operação fundamental na Matemática é a adição.
10. Resposta: C. Esta operação nada mais é que o ato de adicionar algo. É reunir
todos os valores ou totalidades de algo.
A adição é chamada de operação. A soma dos números
chamamos de resultado da operação.
Ex: 10 + 5 = 15
10 e 5 são as parcelas; 15 é a soma ou resultado da operação
de adição. A operação realizada acima se denomina, então,
A adição de dois ou mais números é indicada pelo sinal +.

X+5+10+2=50
X=50-17
X=33

Matemática 5
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APOSTILAS OPÇÃO
Ex

Subtração

A subtração é o ato ou efeito de subtrair algo. É diminuir


alguma coisa. O resultado desta operação de subtração
denomina-se diferença ou resto.
Ex : 9 – 5 = 4
Essa igualdade tem como resultado a subtração.
Os números 9 e 5 são os termos da diferença 9-5. Ao número
9 dá-se o nome de minuendo e 5 é o subtraendo.
Base=2
Expoente = 4
Potência = 16 [Resultado da operação]
Lê-se: Dois elevado à quarta potência.

Ex
53 = 5.5.5= 125 (3 fatores iguais)
Base=5
Expoente = 3
Multiplicação Potência = 125 [Resultado da operação]
Lê-se: Cinco elevado à terceira potência.
É a ação de multiplicar. Denomina-se a operação matemática,
que consiste em repetir um número, chamado multiplicando, Potências especiais:
tantas vezes quantas são as unidades de outro, chamado 1. O número um elevado a qualquer número é sempre igual
multiplicador, para achar um terceiro número que representa o a1
5
produto dos dois. Ex: 1 = 1
Definindo ainda, multiplicação é a adição de parcelas iguais,
onde o produto é o resultado da operação multiplicação; e os 2. Zero elevado a qualquer número é sempre igual a zero.
6
fatores são os números que participam da operação. Ex: 0 = 0
5 . 8 = 40 onde 5 e 8 são os fatores e 40 é o produto .
3. Qualquer número (diferente de zero) elevado a zero é
sempre igual a 1.
0
Ex: 5 = 1

4. Potências de base 10 é igual a 1 seguido de tantos zeros


quanto estiver indicando no expoente.
4
Ex: 10 = 10000 ( 4 zeros pois o expoente é 4)

Divisão 5. Qualquer número elevado a 1 é igual a ele mesmo.


1
Ex: 8 = 8
É o ato de dividir ou fragmentar algo. É a operação na
matemática em que se procura achar quantas vezes um número Propriedades da potenciação
contém em outro ou mesmo pode ser definido como parte de um
todo que se dividiu. 1º ) Multiplicação de potências de mesma base.
A divisão dá o nome de operação e o resultado é chamado Para escrever o produto de potências de mesma base,
de Quociente. conservamos a base e somamos os expoentes
1) A divisão exata
Veja: 8 : 4 é igual a 2, onde 8 é o dividendo, 2 é o quociente, 4 Ex:35.32.33=35+2+3=310
é o divisor, 0 é o resto
A prova do resultado é: 2 x 4 + 0 = 8 2º ) Potência de potência.
2) A divisão não exata
Observe este exemplo: 9 : 4 é igual a resultado 2, com resto (22)3 = = 26 = 64
1, onde 9 é dividendo, 4 é o divisor, 2 é o quociente e 1 é o resto.
A prova do resultado é: 2 x 4 + 1 = 9 (22)4 = = 28 = 256

Para escrever a potência elevada a outro expoente, conserva-


se a base e multiplicam-se os expoentes.

3º ) Divisão de potências de mesma base

128 : 126 = 128 – 6 = 122


5
2 : 2 3 = 2 5−3 = 2 2
Potenciação
Para escrever o quociente de potências de mesma base,
É uma multiplicação de fatores iguais conservamos a base e subtraímos os expoentes.

Matemática 6
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APOSTILAS OPÇÃO
Observação: Quociente significa o resultado de uma divisão.

4º) Potência negativa


A base fica no denominador. 5. Divisão de raízes com o mesmo índice:

2-1=1/2

Radiciação

Observe os termos da radiciação:


6. Produto entre um número real positivo e uma raiz:

7. Potência de expoente fracionário negativo:

Onde : Conjunto dos Números Inteiros: z


n = representa o termo da radiciação chamado Radical. É o É o conjunto formado pelos números inteiros positivos, zero
índice. e números inteiros negativos. O conjunto Z é uma ampliação do
conjunto N.
X = representa o termo da radiciação chamado de radicando.
Z= {... -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3...}
Temos que radiciação de números naturais é a operação Os subconjuntos de Z são:
inversa da potenciação. Observe abaixo : Z* = {... -3, -2, -1, 1, 2, 3...}
*= excluir o zero do conjunto.
Z+ = {0, 1, 2, 3, 4...}
Z _= {... -3, -2, -1, 0}
Z *+= {1, 2, 3, 4...}
Em termos mais precisos, dado um número Z *-= {..., -3, -2, -1}
natural a denominado radicando e dado um número
natural n denominado índice da raiz, é possível determinar Relação de ordem nos números inteiros
outro número b, denominado raiz enésima de a, representada Quando estabelecemos uma relação de ordem entre dois
pelo símbolo , tal que b elevado a n seja igual a a. números, estamos identificando se eles são iguais, ou qual deles
é o maior. Observe a reta numérica.

Este é o símbolo de raiz ou sinal de raiz ou simplesmente Dados dois números inteiros, o maior é o que estiver à
radical. direita.
Ex: 25 = 5 porque 5 2 =5.5=25 Ex: -1 é maior que -3, 4 é maior que zero
3 3
27 = 3 porque 3 = 3.3.3=27 Módulo ou valor absoluto
5 É o número sem considerar o seu sinal. Para indicar módulo
5
32 = 2 porque 2 = 2.2.2.2.2=32 escrevemos o número entre barras.
Ex: − 3 = 3 +5 =5
Regras:
Números opostos ou simétricos
1. Potência de uma Raiz: Quando o índice da potência
apresenta o mesmo índice da raiz. São números com o mesmo valor absoluto e sinais contrários.
Ex: +4 e -4 são números opostos ou simétricos.

Adição e subtração de números inteiros

2. Raiz de uma potência= Potência de uma raiz Para juntar números com sinais iguais, adicionamos os
valores absolutos e conservamos o sinal
Quando os números têm sinais diferentes, subtraímos os
valores absolutos e conservamos o sinal do maior.
Ex:
3. Raiz de uma raiz: Quando uma raiz é raiz ou radicando de +5+7 = +12
outra raiz, multiplica-se os índices -5 -7 = -12
+5 –7 = -2
-5 +7 = +2

Multiplicação e divisão de números inteiros

4. Multiplicação de raízes com o mesmo índice Para multiplicar ou dividir números inteiros efetuamos a
operação indicada e usamos a regra de sinais abaixo:

Matemática 7
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APOSTILAS OPÇÃO
02. (PREF. ÁGUAS DE CHAPECÓ – OPERADOR DE
+ + = + Sinais iguais, resultado positivo MÁQUINAS – ALTERNATIVE CONCURSOS) Em uma loja, as
- - = + compras feitas a prazo podem ser pagas em até 12 vezes sem
+ - = - Sinais diferentes, resultado negativo juros. Se João comprar uma geladeira no valor de R$ 2.100,00
- + = - em 12 vezes, pagará uma prestação de:
(A) R$ 150,00
Ex: (B) R$175,00
(+4) . (+5) = +20 (+30) : (+6 ) = +5 (C) R$200,00
(-3) . (-6 ) = +18 (- 20) : (-5 ) = +4 (D) R$ 225,00
(+8) . (-3 ) = -24 (+18) : (-3 ) = -6
(-6 ) . (+5 ) = -30 ( - 15) : (+5) = -3 03 (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP) O sucessor do
dobro de determinado número é 23. Esse mesmo determinado
Potenciação e radiciação de números inteiros número somado a 1 e, depois, dobrado será igual a:
(A) 24
Potenciação
3
é uma multiplicação de fatores iguais. (B) 22
Ex: 2 = 2.2.2=8 (C) 20
2 é a base,3 é o expoente e 8 é a potência
(D) 18
Estamos trabalhando com números inteiros, portanto pode
(E) 16
aparecer base negativa e positiva.
Ex: 2
(+3) = (+3) . (+3) = +9 04 (SEPLAG - POLÍCIA MILITAR/MG - ASSISTENTE
(+2 )2∉= (+2) . (+2) . (+2) = +8 ADMINISTRATIVO - FCC) Em um jogo de tabuleiro, Carla e
(-2 ) 3 = (-2 ) . (-2 ) = +4 Mateus obtiveram os seguintes resultados:
(-2 ) = (-2 ) . (-2 ) . (-2) = -8
Se a base é positiva o resultado é sempre positivo. Carla
Se a base é negativa e o expoente é par o resultado é positivo.
Se a base é negativa e o expoente é ímpar o resultado é 1ª partida ganhou 520 pontos
negativo 2ª Partida Perdeu 220 pontos
Importante: Todo número elevado à zero é sempre igual a 1
Raiz quadrada de um número quadrado perfeito é um 3ª Partida Perdeu 485 pontos
número positivo cujo quadrado é igual ao número dado. 4ª Partida Ganhou 635 pontos
2
Ex: 25 =5, pois 5 =25

OBS: Mateus
1. Para multiplicar 3 ou mais números inteiros, multiplicamos 1ª partida Perdeu280 pontos
os valores absolutos de todos os números e contamos os sinais
negativos. Se o números de negativos for ímpar e resultado terá 2ª Partida Ganhou 675 pontos
sinal negativo, se for par o resultado será positivo. 3ª Partida Ganhou 295 pontos
Ex:
(-3). (-5).(+2).(-1) = -30 → 3 negativos(impar), resultado 4ª Partida Perdeu 115 pontos
negativo.
(-2). (-3).(+6).(-1).( -2) = +72 0 / 4 negativos(par), Ao término dessas quatro partidas,
resultado positivo. (A) Carla perdeu por uma diferença de 150 pontos.
2. Para eliminar parênteses usamos a mesma regra de sinais (B) Mateus perdeu por uma diferença de 175 pontos.
da multiplicação e da divisão. (C) Mateus ganhou por uma diferença de 125 pontos.
Ex: (D) Carla e Mateus empataram.
-(+4) = -4
-(-5) = +5 05 (EMTU – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO - CAIPIMES) No
estoque havia 9 dúzias de frascos de detergente. Em um mês
Expressões Numéricas em Z foram gastos 18 frascos. Se essa média se mantiver o restante
dará para mais ______ meses.
Para resolver uma expressão numérica devemos obedecer a (A) 6
seguinte ordem: (B) 4
1º) Resolver as potenciações e radiciações na ordem em que (C) 5
aparecem (D) 7
2º) Resolver as multiplicações e divisões na ordem em que
elas aparecem 06 (SESI/PA – VIGIA – FIDESA) Na revisão de editoração
3º) Resolver as adições e subtrações na ordem em elas de um livro de 276 páginas, constatou-se que a numeração das
aparecem páginas foi feita até a página de número 72, ficando as demais
Há expressões em que aparecem os sinais de associação que sem números. O editor corrigiu o erro, numerando as páginas
devem ser eliminados na seguinte ordem: que faltavam. O número de algarismos utilizados para numerar
1º) ( ) parênteses as páginas não numeradas inicialmente foi de:
2º) [ ] colchetes (A) 486.
3º) { } chaves (B) 585.
Questões (C) 609.
(D) 627.
01 (PREF. CAMPINAS – AGENTE DE APOIO À SAÚDE –
FARMÁCIA – CETRO) Um médico receitou a um paciente que 07. (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA – INDEC)
tomasse certo comprimido a cada 4 horas durante 15 dias. Se Em uma banca de revistas existe um total de 870 exemplares dos
uma caixa desse medicamento vem com 6 comprimidos, então, mais variados temas. Metade das revistas é da editora A, dentre
para este tratamento, serão necessárias as demais, um terço são publicações antigas. Qual o número de
(A) 6 caixas. exemplares que não são da Editora A e nem são antigas?
(B) 12 caixas. (A) 320
(C) 15 caixas. (B) 290
(D) 30 caixas. (C) 435
(D) 145

Matemática 8
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APOSTILAS OPÇÃO
08. (SANEAR – FISCAL - FUNCAB) Um pedreiro cobriu o 02. Resposta: B.
piso de sua sala retangular de 6 x 5 m com azulejos de dimensões
50 x 50 cm.
Considere que:
Os azulejos são vendidos em caixas contendo dez unidades.
O valor de cada caixa de azulejo é R$ 35,00. Cada prestação será de R$ 175,00
Calcule o valor total pago por ele só com a compra dos
azulejos. 03. Resposta: A.
(A) R$ 360,00 Se o sucessor é 23, o dobro do número é 22, portanto o
(B) R$ 400,00 número é 11.
(C) R$ 420,00 (11+1)⋅2=24
(D) R$ 480,00
(E) R$ 520,00
04. Resposta: C.
09 (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA Carla: 520-220-485+635=450 pontos
DE CLASSE I – VUNESP) Observe a sequência de figuras com Mateus: -280+675+295-115=575 pontos
bolinhas. Diferença: 575-450=125 pontos

05. Resposta: C.
12.9=108 frascos
108-18=90 frascos
90/18=5 meses

06. Resposta: B.
99-73=26+1=27 números com 2 algarismos
27.2=54 algarismos
Mantendo-se essa lei de formação, o número de bolinhas na 276-100=176+1=177 números
13ª posição (P13) será de 177.3=531 algarismos
(A) 91. 54+531=585
(B) 74.
(C) 63. 07. Resposta: B.
(D) 58. editora A: 870/2=435 revistas
(E) 89. publicações antigas: 435/3=145 revistas
10 (PREF. CUIABÁ – AGENTE DE MANUTENÇÃO –
FUNCAB) Durante a reforma de um prédio, um grupo de 5
Agentes de Manutenção transporta 30 caixas, cada uma delas
contendo 10 azulejos. As caixas são transportadas do caminhão O número de exemplares que não são da Editora A e nem são
para o depósito e posteriormente 3 pedreiros se encarregaram antigas são 290.
de transportá-las do depósito para a obra. (Considere o mesmo
número de caixas para cada pedreiro). O número total de 08. Resposta: C.
azulejos transportados por cada um desses 3 pedreiros será: A sala=6.5=30m²
(A) 60 unidades. A azulejo=50x50=2500cm²=0,25m²
(B) 100 unidades.
(C) 120 unidades.
(D) 150 unidades.
(E) 200 unidades.

11 (FESC – AGENTE DE APOIO SOCIOEDUCATIVO –


VUNESP) Para não esquecer a senha de seu cartão de crédito, Como cada caixa contém 10 unidades, será preciso 12 caixas.
que é formada por quatro algarismos, uma pessoa escreveu os 35.12=420
números do seguinte modo:
09. Resposta: A.
P(13)=13+12+11+10+9+8+7+6+5+4+3+2+1=91 bolinhas

10. Resposta: B.
10.30=300 azulejos
300/3=100 unidades
Sabendo-se que o valor de x é dado pela expressão
, a senha dessa pessoa é: 11. Resposta: C.
(A) 9756.
(B) 7956.
(C) 6759.
(D) 6957.
(E) 5679.
Respostas
01. Resposta: C. 1º número 5+1=6
2º número 5+2=7
Como o dia tem 24 horas, o paciente vai tomar 24/4=6 3º número 5
comprimidos diários 4º número 10-1=9
6.15=90 comprimidos
1 caixa----6 comprimidos Números racionais
x--------90 Os números fracionários e números decimais pertencem ao
x=15 caixas Conjunto dos Números Racionais: Q
O conjunto dos números racionais é um conjunto

Matemática 9
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APOSTILAS OPÇÃO
que engloba os números inteiros (Z), números decimais fração. 1
finitos (por exemplo, 743,8432 ) e os números decimais Ex: = 0,5
infinitos periódicos (que repete uma sequência de algarismos 2
da parte decimal infinitamente), como “12,050505…”, são 3


− = −0,75
também conhecidas como dízimas periódicas. 4
Os n° racionais são representados pela letra Q. 1
Todo número racional pode ser escrito na forma ∗ , com a = 0,333... (dízima periódica)
eb≠ 0 3
Numa fração temos numerador e denominador. Adição e subtração com números fracionários
Numerador é o n° que fica acima do traço de fração e
denominador é o n° que colocamos abaixo de traço de fração. Para adicionar ou subtrair números racionais na forma
Ex: de fração devemos observar os seus denominadores. Se
5/8 5 é o numerador e 8 é o denominador. os denominadores são iguais, efetuamos as operações e
Leitura de fração conservamos o mesmo denominador. Se os denominadores são
Quando o denominador é 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 lemos assim: diferentes, reduzimos ao mesmo denominador usando o mmc e
1
/2: um meio. depois procedemos como no caso anterior.
2
/3: dois terços. −1 8 7
3
/4: três quartos. Ex: 1. + =
4
/5: quatro quintos. 3 3 3
5
/6: cinco sextos.
6
/7: seis sétimos. 2.
7
/8: sete oitavos.
8
/9: oito nonos. 6 3 24 15 9
Para denominadores a partir 10, devemos ler o numerador, o
− = − =
5 4 20 20 20
denominador e acrescentar o termo “avos”. .( o mmc entre 5 e 4 é 20)
Exemplos:
1
/12: um doze avos. Multiplicação e divisão com números fracionários
2
/20: dois vinte avos.
3
/74: três setenta e quatro avos. Para multiplicar números racionais na forma de fração,
devemos multiplicar os numeradores, multiplicar os
Tipos de frações: denominadores, usar a regra de sinais quando necessário e
quando possível fazer a simplificação.
Fração própria é aquela que o numerador é menor que o
denominador. 4 3 12
Ex: − � = − (nesse caso o resultado é uma fração
5 7 35
Ex: , , irredutível, pois não pode ser simplificada)
Fração imprópria é aquela que o numerador é maior que o
denominador. Para dividir números racionais na forma de fração, devemos
multiplicar a primeira fração pelo inverso da segunda, usando
também a regra de sinais e a simplificação do resultado quando
Ex: , , possível.
Fração aparente é aquela que o numerador é múltiplo do 3 2 3 3 9
Ex: : = � =
denominador. 5 3 5 2 10

Ex: 10/2 5 3 5 2 10 5
10 é divisível por 2 ou 10 é múltiplo de 2, logo − ∶ = − � =− =−
4 2 4 3 12 6
podemos dividir 10 por 2 que é 5, então a fração10/2 = 5. Números decimais
A fração 10/2 é uma fração aparente. Os números decimais exatos e as dízimas periódicas também
pertencem ao conjunto Q
Frações equivalentes são frações que representam a
mesma parte de um todo. Um mesmo número racional pode ser Adição com decimais
representado por diferentes frações, todas equivalentes entre si.
Ex: Todas essas frações representam um meio: Na adição com decimais devemos escrever as parcela
colocando vírgula embaixo de vírgula, e resolver a operação.

Ex: 12,40+3,65

Simplificação de frações: Para simplificar uma fração


dividimos o numerador e o denominador pelo mesmo n°.
Podemos simplificar várias vezes uma mesma fração.

Ex: Vamos simplificar a fração


Dividimos numerador e denominador por 2 que fica
Dividimos novamente numerador e denominador por 3 que
fica 3/2
A fração é uma fração irredutível, que não dá mais pra ser
simplificada.
Uma fração pode ser transformada em um número decimal
exato ou periódico. Para transformar uma fração em um n°
decimal devemos dividir o numerador pelo denominador da

Matemática 10
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APOSTILAS OPÇÃO
Subtração com decimais

2) Seja a dízima 5, 1717....

O período que se repete é o 17, logo dois noves no


denominador (99). Observe também que o 5 é a parte inteira,
logo ele vem na frente:

Multiplicação com decimais

Na multiplicação de números decimais, multiplicamos os


números sem considerar a vírgula e colocamos a vírgula no
resultado contando as casas decimais dos dois fatores
Ex: 2,35 x 4,3 = 10,105 (no resultado temos 3 casas decimais
pois são 2 casas no fator 2,35 e uma casa no fator 4,3)
512
Assim, a geratriz de 5,1717... é a fração .
9
3) Seja a dízima 1, 23434...

O número 234 é a junção do ante período com o período.


Neste caso temos um dízima periódica é composta, pois existe
uma parte que não se repete e outra que se repete. Neste caso
temos um ante período (2) e o período (34). Ao subtrairmos
Divisão com decimais deste número o ante período(234-2), obtemos 232, o
numerador. O denominador é formado por tantos dígitos 9 – que
Na divisão igualamos as casas decimais, cortamos as vírgulas correspondem ao período, neste caso 99(dois noves) – e pelo
e resolvemos a divisão . dígito 0 – que correspondem a tantos dígitos tiverem o ante
Ex período, neste caso 0(um zero).
30: 2,5

611
Simplificando por 2, obtemos x = , a fração geratriz da
dízima 1, 23434... 495
Conjunto do Números Reais: R

O conjunto dos números reais é a união do conjunto dos


números racionais e o conjunto dos números irracionais. É
Representação Fracionária dos Números Decimais importante lembrar que o conjunto dos números racionais
é formado pelos seguintes conjuntos: Números Naturais e
1º) Transformamos o número em uma fração cujo numerador Números Inteiros. Vamos exemplificar os conjuntos que unidos
é o número decimal sem a vírgula e o denominador é composto formam os números reais. Veja:
pelo numeral 1, seguido de tantos zeros quantas forem as casas Números Naturais (N): {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12,
decimais do número decimal dado: 13, 14, 15, , ....}
Números Inteiros (Z): {..., –8, –7, –6, –5, –4, –3, – 2, –1, 0, 1,
0,8=8/10 2, 3, 4, 5, .....}
Números Racionais (Q): {...1/2, 3/4, 0,25, –5/4,...}
4,8=48/10 Números Irracionais (I): {...√2, √3, –√5,
1,32365498....,3,141592...}.
0,08=8/100
Podemos concluir que o conjunto dos
0,008=8/1000 números reais é a união dos seguintes conjuntos:

2º) Devemos achar a fração geratriz da dízima dada; para N U Z U Q U I = R ou Q U I = R


tanto, vamos apresentar o procedimento através de alguns O conjunto dos números reais contém os números racionais
exemplos: (naturais, inteiros e fracionários) e os números irracionais e é
representado pela letra R.
Exemplos: OBS: Quando relacionamos elementos e conjuntos usamos
1) Seja a dízima 0, 333.... os símbolos ∈
( pertence) ou ∉ ( não pertence) e quando relacionamos
Veja que o período que se repete é apenas 1(formado pelo conjunto com conjunto usamos os símbolos ⊂ (está contido) ou
⊄ (não está contido).
3) então vamos colocar um 9 no denominador e repetir no −3
numerador o período. Ex: 2 Z

Matemática 11
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APOSTILAS OPÇÃO
-2 ∉ N (B) R$ 0,15.
N ⊂ Z (C) R$ 0,18.
I ⊄ Q (D) R$ 0,30
Aplicam-se ao conjunto dos n° Reais as mesma operações de (E) R$ 0,50
propriedades dos demais conjuntos citados ( N, Z, Q, I )
07 (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO
Questões SOCIOEDUCATIVO – VUNESP) Em 6 meses, do total de um
grupo de adolescentes, 1/3 teve atendimento médico-hospitalar
01 (TRT – 15ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL duas vezes. Do restante, 1/2 teve atendimento médico-
DE JUSTIÇA AVALIADOR – FCC) Renato dividiu dois números hospitalar somente uma vez e 60 adolescentes não precisaram
inteiros positivos em sua calculadora e obteve como resultado de atendimento médico-hospitalar nesse período. Desse modo,
a dízima periódica 0,454545... . Se a divisão tivesse sido feita na pode-se afirmar que o número total de adolescentes desse grupo
outra ordem, ou seja, o maior dos dois números dividido pelo que teve atendimento médico-hospitalar apenas uma vez nesse
menor deles, o resultado obtido por Renato na calculadora teria período foi
sido (A) 45.
(A) 0,22. (B) 50
(B) 0,222... (C) 60
(C) 2,22. (D) 80
(D) 2,222... (E) 90
(E) 2,2.
08. (SEPLAG - POLÍCIA MILITAR/MG - ASSISTENTE
02 (SEPLAG - POLÍCIA MILITAR/MG - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC) Parte de uma estrada está dividida em
ADMINISTRATIVO - FCC) Um atleta, participando de uma prova cinco trechos iguais por postos de combustíveis. De acordo com
de triatlo, percorreu 120 km da seguinte maneira: 1/10 em a figura abaixo, o carro estacionado no posto A está localizado
corrida, 7/10 de bicicleta e o restante a nado. Esse atleta, para no quilômetro 250,4 e o B está no quilômetro 376. O carro C está
completar a prova, teve de nadar: localizado no quilômetro:
(A) 18 km.
(B) 20 km.
(C) 24 km.
(D) 26 km.
(A) 350,88
03 (UFABC/SP – TECNÓLOGO-TECNOLOGIA DA (B) 325,76
INFORMAÇÃO – VUNESP) Um jardineiro preencheu (C) 300,64
parcialmente, com água, 3 baldes com capacidade de 15 litros (D) 275,52
cada um. O primeiro balde foi preenchido com 2/3 de sua
capacidade, o segundo com 3/5 da capacidade, e o terceiro, com 09. (PM/SP – CABO – CETRO) Para certo crime, com pena
um volume correspondente à média dos volumes dos outros de reclusão de seis a vinte anos, poderá ocorrer a diminuição
dois baldes. A soma dos volumes de água nos três baldes, em da pena de um sexto a um terço. Supondo que ao infrator tenha
litros, é sido aplicada a diminuição mínima sobre a pena máxima, a pena
(A) 27. atribuída a ele é de:
(B) 27,5 (A) 14 anos e 4 meses.
(C) 28 (B) 15 anos e 3 meses.
(D) 28,5. (C) 16 anos e 8 meses.
(E) 29 (D) 17 anos e 2 meses.
04. (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO OPERACIONAL 10. (CPTM – AUDITOR JÚNIOR – MAKIYAMA) O depósito
– VUNESP) De um total de 180 candidatos, 2/5 estudam inglês, da papelaria do Tio Ciro é em forma de paralelepípedo reto
2/9 estudam francês, 1/3estuda espanhol e o restante estuda retângulo com uma altura máxima de 2,5m. Tio Ciro comprou
alemão. O número de candidatos que estuda alemão é: pacotes de papel com 500 folhas cada um e pretende armazená-
(A) 6 los em pilhas. Cada folha de papel tem espessura de 0,1mm.
(B) 7 Ignorando a espessura do papel utilizado para embrulhar os
(C) 8 pacotes, podemos afirmar que a quantidade máxima de pacotes
(D) 9 que Tio Ciro conseguirá armazenar em cada pilha é de:
(E) 10 (A) 40
(B) 50
05 (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO OPERACIONAL (C) 60
– VUNESP) Dois irmãos dividiram igualmente entre si uma (D) 70
herança. (E) 80
Após um ano, um deles, com aplicações financeiras, havia Respostas
triplicado o valor recebido, enquanto o outro havia gasto grande
parte, reduzindo o valor recebido a sua terça parte. 01. Resposta: E.
Em relação ao valor que coube a cada um na herança, o irmão
que aplicou tinha a mais do que aquele que gastou o equivalente
a
(A) 2/3
(B) 4/3
(C) 5/3 99x=45
(D) 7/3
(E) 8/3 Se fosse invertido
06. (PETROBRAS - TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E
CONTROLE JÚNIOR – CESGRANRIO) Ao comprar seis balas e
um bombom, Júlio gastou R$ 1,70. Se o bombom custa R$ 0,80,
qual é o preço de cada bala?
(A) R$ 0,05.

Matemática 12
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APOSTILAS OPÇÃO
02. Resposta: C.

03. Resposta: D.
Primeiro balde:

Segundo balde:

Terceiro balde:

A soma dos volumes é : 10+9+9,5=28,5 litros

04. Resposta: C.

m.m.c.(3,5,9)=45

O restante estuda alemão: 2/45

05. Resposta: E.
Herança: x

06. Resposta: B.
1,70-0,80=0,90

Ele gastou R$ 0,90 em balas.

Cada bala custa R$ 0,15.

07. Resposta: C.
Restante das meninas para ter atendimento somente uma vez:

Ou seja, 1/3 das meninas precisaram de atendimento uma vez.


1/3 duas vezes e 60 meninas não precisaram de atendimento

Perceba que 60 meninas corresponde a 1/3, pois assim da 3/3(total) das meninas.

Como precisamos saber quantas meninas tiveram atendimento somente uma vez e corresponde a 1/3, são 60 meninas

08. Resposta: B.

A diferença entre A e B é de 125,6

Matemática 13
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APOSTILAS OPÇÃO
09. Resposta: C.
Pena máxima: 20 anos
Diminuição mínima: um sexto

1 ano-----12 meses
0,67----x
X=8 meses

A pena atribuída é de 16 anos e 8 meses

10. Resposta: B.
0,1.500=50 mm =0,05 m

Unidades de medida: distância,


massa, tempo, área, volume e
capacidade

Para que uma medida seja completamente entendida, deve ser indicada por um número acompanhada de uma unidade de medida.
Já conhecemos o metro, centímetro, o quilômetro. Mas existem outras como a unidade de tempo e de medidas de área.
Várias são as situações em que o ato de medir está presente, por exemplo:
- o prof. Mede o tempo que gastará em uma aula;
- a dona de casa mede o peso dos ingredientes de uma receita;
- a costureira mede o comprimento do tecido;
Por um longo tempo o costume de se usarem partes do corpo para efetuarem medidas foi muito comum, por exemplo: o pé, o cúbito,
a jarda, o palmo...o que causava muita divergência de medida.
Para evitar problemas causado pela diversidade de unidades, foi criado na França, em 1799, o sistema métrico decimal, que
estabeleceu três medidas-padrão: o metro, o litro e o quilograma. Essa padronização facilitou algumas relações entre os povos,
principalmente as relações comerciais. Em 1960, foi instituído um novo sistema de unidades de medida: o Sistema Internacional de
Medidas (SI), que engloba outras unidades padrão e que é usado até hoje na maioria dos países.
Padrão: base de comparação determinada por um órgão oficial que a consagrou como modelo aprovado.

Unidade de medida de comprimento

Por determinação do SI a unidade de medida de comprimento é o metro, abreviado por m.


O metro pode tornar-se uma unidade inconveniente para medir, por exemplo, o comprimento de uma estrada ou a altura de uma
formiga.
Para se contornar mais problemas foram criados alguns múltiplos e submúltiplos dessa unidade padrão

quilômetro hectômetro decâmetro Metro decímetro centímetro milímetro


km hm dam m dm cm mm
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m

Repare que cada unidade é dez vezes maior que a unidade que a antecede.
Esse sistema de medida chama-se decimal porque a transformação de uma unidade em outro é feita multiplicando-se ou dividindo-
se uma delas por uma potência de 10.
Para transformar uma unidade de comprimento em outra imediatamente inferior, basta multiplica-la por 10
Ex: 1,25 km = (1,25 . 10) hm = 12,5 hm
Para transformar uma unidade de comprimento em outra imediatamente superior, basta dividi-la por 10.
Ex: 328,5 cm = (328,5 : 10) dm = 32,85 dm
Para adicionarmos ou subtrairmos medidas, as unidades devem ser iguais. Então vamos determinar a seguinte soma em metros:
S = 3,487 km + 7540 cm
Como o problema quer a resposta em metros, façamos a transformação para metros:
3, 487 km = (3,487 . 1000) m = 3487 m
7540 cm = (7540 : 100) m = 75,40 m
Logo: 3487 m + 75,40 m = 3562,40 m
Para transformarmos uma unidade em outra inferior, basta deslocarmos a vírgula para a direita tantas casas forem as casas da
transformação.
Para transformarmos uma unidade em outra superior, basta deslocarmos a vírgula para a esquerda tantas casas quantas forem as
casas da transformação.

Matemática 14
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APOSTILAS OPÇÃO
Perímetro

Chamamos de perímetro de um polígono a soma dos comprimentos de todos os seus lados.


O perímetro é indicado por 2p.
O perímetro de uma sala retangular de 4m por 6 m é :
2p = 4m + 4m + 6m + 6m = 20 m

Área (superfície ocupada)

A unidade padrão de área definida pelo SI é o metro quadrado, (m2). É definida como a superfície plana ocupada por um quadrado
de lado 1 metro.
O metro quadrado não é uma boa unidade para se medir áreas muito grandes, como a área ocupada por uma floresta, ou para
medir áreas muito pequenas, como a superfície de uma caixa de fósforos. Assim foram criados múltiplos e submúltiplos dessa unidade
padrão:

Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro


quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado
km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
1000000m2 10000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2

Para transformarmos uma unidade em outra inferior, basta deslocarmos a vírgula para a direita o dobro de casas quantas forem as
casas da transformação.
Ex: 45 m2 = 450000 cm2
3,256 cm2 = 325,6 mm2
Para transformarmos uma unidade em outra superior, basta deslocarmos a vírgula para a esquerda o dobro de casas quantas forem
as casas da transformação.
Ex: 5432 cm2 = 0,5432 m2
456 m2 = 0,0456 hm2
Vamos calcular a área de um retângulo em dm2 que tenha 4m de base e 2m de altura.
A área do retângulo calcula-se multiplicando a base pela altura.
A = 4m . 2m = 8m2
8m2 = 800 dm2, logo a área de retângulo é 800 dm2.

Unidade de medida agrária

Para medir grandes áreas em terras, tais como chácara, sítios e fazendas, são utilizadas unidades de medida agrária. A unidade
padrão de medida agrária é o are, abreviado por a.
O are é definido como a superfície plana ocupada por um quadrado cujo lado mede 10 metros de comprimento.
Os mais importantes múltiplos e submúltiplos do are estão na tabela abaixo:

Hectare Are Centiare


ha a ca
10.000 m 2
100 m 2
1 m2

Repare que cada unidade é cem vezes maior que a unidade que a antecede
1 ha = 100 a
1 a = 100 ca
Para transformarmos uma unidade em outra, basta deslocarmos a vírgula para a esquerda ou para a direita o dobro de casas
quantas forem as casas da transformação.
Embora a unidade padrão seja o are, no interior do Brasil é muito comum encontrar como unidade agrária o alqueire, porém, por
não ser uma medida padrão, essa unidade varia de acordo com a região
Alqueire paulista = 24.200 m2
Alqueire Mineiro = 48.400 m2
Alqueire nortista = 27.225 m2

Problemas

1. João é jardineiro e precisa colocar grama em toda a área de um terreno retangular cujas dimensões são 3,2 m e 1,2 m. Sabendo
que um metro quadrado de grama custa R$ 2,50, calcule quanto João vai gastar.

2. Se o perímetro de um quadrado é de 72 cm, qual é a medida de cada lado desse quadrado?


3. Um fazendeiro pretende cercar um terreno retangular de 120 m de comprimento por 90 m de largura. Sabe-se que a cerca terá
5 fios de arame. Quantos metros de arame serão necessários para fazer a cerca? Se o metro de arame custa R$ 12,00, qual será o valor
total gasto pelo fazendeiro?

4. (ENEM-2011) Em uma certa cidade, os moradores de um bairro carente de espaços de lazer reivindicam à prefeitura municipal
a construção de uma praça. A prefeitura concorda com a solicitação e afirma que irá construí-la em formato retangular devido às
características técnicas do terreno. Restrições de natureza orçamentária impõem que sejam gastos, no máximo, 180 m de tela para
cercar a praça. A prefeitura apresenta aos moradores desse bairro as medidas dos terrenos disponíveis para a construção da praça:
Terreno 1: 55 m por 45 m
Terreno 2: 55 m por 55 m
Terreno 3: 60 m por 30 m
Terreno 4: 70 m por 20 m

Matemática 15
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APOSTILAS OPÇÃO
Terreno 5: 95 m por 85 m
Para optar pelo terreno de maior área, que atenda às restrições impostas pela prefeitura, os moradores deverão escolher o terreno
A) 1.
B) 2.
C) 3.
D) 4.
E) 5.
Respostas

1. R$ 9,60

2. Sabemos que o quadrado é um quadrilátero com todos os lados congruentes (com a mesma medida). Dessa forma, para
determinar a medida de cada lado teremos que dividir o perímetro por 4.
Assim,
L = 72 ÷ 4 = 18 cm

3. O total de arame gasto para contornar todo o terreno será igual à medida do perímetro da figura. Como a cerca terá 5 fios de
arame, o total gasto será 5 vezes o valor do perímetro.
Cálculo do perímetro:
2p = 120m + 90m + 120m + 90m = 420 m
Total de arame gasto:
5.420 = 2100 m de arame para fazer a cerca.
Como cada metro de arame custa R$ 12,00, o gasto total com a cerca será de: 2100.12 = R$ 25.200,00

4. Calculando o perímetro de cada terreno temos:


Terreno 1 – 200 m
Terreno 2 – 220 m
Terreno 3 – 180 m
Terreno 4 – 180 m
Terreno 5 – 360 m
Como a prefeitura dispõe de 180 metros de tela para cercar o terreno, apenas o terreno 3 e 4 atendem à restrição da prefeitura.
Entre os dois terrenos temos que optar pelo de maior área.
Terreno 3 = 60 . 30 = 1800 m²
Terreno 4 = 70 . 20 = 1400 m²
Resp. O de maior área é o terreno 3
Alternativa C

Volume

Quando compramos leite ou suco, ou abastecemos o carro com combustível, o preço desses produtos é calculado de acordo com o
volume que estamos adquirindo.
O volume pode ser entendido como o espaço ocupado por um objeto. Quando trabalhamos com recipientes, como garrafas e copos,
é comum nos referirmos ao espaço interno deles. Esse volume recebe a denominação de capacidade.
Para calcularmos o volume de um paralelepípedo, basta multiplicarmos as 3 dimensões.
V = altura x largura x comprimento
Tanto o volume de um objeto como sua capacidade podem ser medidos por meio de duas unidades padrão, que estudaremos
separadamente: o litro e o metro cúbico

Metro cúbico (m3)

Pelo Sistema Internacional de Medidas (SI ), o metro cúbico é a unidade padrão de medida de volume. Ele é definido como o espaço
3
ocupado por um cubo cujo comprimento da aresta é um metro. Seu volume é dado por: V= a
Os múltiplos e submúltiplos do metro cúbico estão na tabela abaixo:

Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro


cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico
3 3 3 3 3 3 3
km hm dam m dm cm mm
3 3 3 3 3 3 3
1000000000m 1000000m 1000m 1m 0,001m 0,000001m 0,000000001m

Repare que cada unidade é mil vezes maior que a unidade que a antecede
Para transformarmos uma unidade em outra, basta deslocarmos a vírgula para a esquerda ou para a direita o triplo de casas
quantas forem as casas da transformação.
3 3
Ex: 32 m = 0,000032 hm
3 3
0,00067 dam = 670 dm

Litro ( L )

O litro é uma unidade de medida de capacidade (volume) usada para medir líquidos e é definido como o espaço ocupado por um
cubo cujo comprimento da aresta é um decímetro, ou seja 10 cm.
3
1 L = 1 dm

Matemática 16
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APOSTILAS OPÇÃO
Os múltiplos e submúltiplos do litro estão na tabela abaixo:

Quilolitro hectolitro decalitro litro decilitro centilitro mililitro


kl hl dal L dl cl ml
1000 L 100 L 10 L 1L 0,1 L 0, 01 L 0,001 L

Para transformarmos uma unidade em outra, basta deslocarmos a vírgula para a esquerda ou para a direita tantas casas quantas
forem as casas da transformação.
Ex: 235 cl = 2350 ml
67 dl = 6,7 L
OBS: Um litro de água destilada, à temperatura de 15 graus Celsius, tem massa de, aproximadamente, 1 kg.

Unidade de medida de massa

A unidade padrão de massa é o quilograma abreviado por kg.


OBS: O grama é um substantivo masculino, então se diz “duzentos gramas de queijo”. A grama é uma planta rasteira para forração
de jardins e gramados.
Você pode perceber que existem situações em que a unidade quilograma (kg) é inadequada, e para essas situações existem múltiplos
e submúltiplos do kg.

Quilograma hectograma decagrama grama decigrama centigrama miligrama


kg hg dag g dg cg mg
1000 g 100 g 10 g 1g 0,1 g 0,01 g 0,001 g

Para transformarmos uma unidade em outra, basta deslocarmos a vírgula para a esquerda ou para a direita o número de casas
quantas forem as casas da transformação.
A unidade de massa bastante usada na pecuária é a arroba que equivale a 15 kg.
Ex: 1,309 hg = 13 90 cg
765,3 mg = 0,7653 g

Unidade de tempo
A unidade padrão de medida de tempo é o segundo, abreviado por s.
Os múltiplos do segundo são:

Hora Minuto Segundo


h min s
3600 s 60 s 1s

Usamos o sistema sexagesimal, que emprega a base sessenta. Os múltiplos do segundo enquadram-se nesse sistema. Repare que
cada unidade é sessenta vezes maior que a unidade que a antecede.
1 dia=24horas
1 h = 60 min
1 min = 60 s
Portanto, 1hora=3600s

Para transformar uma unidade em outra imediatamente superior, basta dividi-la por 60 e inferior basta multiplica-la por 60.
Ex: 3h = 3 . 60 = 180 min
52 min = 52 . 60 = 3120 s
1020 s = 1020 : 60 = 17 min
420 min = 420 : 60 = 7 h

Ao usarmos o sistema sexagesimal, cada grupo de 60 forma outra classe; então, 60 segundos formam 1 minuto e 60 minutos
formam 1 hora. Para adicionarmos unidades de tempo vamos tomar cuidado para posicionar hora embaixo de hora, minuto embaixo
de minuto e segundo embaixo de segundo.
Por exemplo: 1) Para adicionarmos 5h 12 min 37 s a 8 h 20 min 11 s, vamos colocar as unidades iguais uma embaixo da outra e
depois adicionar os valores da mesma classe.

Hora minuto segundo


5 12 37
8 20 11
--------------------------------------------
13 32 48

Matemática 17
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APOSTILAS OPÇÃO
2) vamos adicionar 8h 19 min 58 s com 2 h 24 min 39 s 2)Multiplicar 3h 50 minutos por 2
Hora minuto segundo
8 19 58 3 h 50 min
2 24 39 X2
--------------------------------------
------------------------------------------ 6h 100 min
10 43 97
Note que, na casa dos segundos, obtivemos 97 s e vamos Como não temos 100 minutos, vamos descobrir quantas
decompor esse valor em: horas cabem:
97 s = 60 s + 37 s = 1 min + 37 s 100/60=1 e sobra 40
100minutos=1hora e 40 minutos
Então, devemos retirar 60 s da classe dos segundos e
Vamos acrescentar 1 hora a 6 horas:
acrescentar 1 min na classe dos minutos. 7 horas e 40 minutos
Logo a resposta fica: 10 h 44 min 37 s
Questões
Subtração
01 (CETESB – AJUDANTE DE SERVIÇOES GERAIS –
1) vamos subtrair: 6h 43 minutos - 1 h 50 minutos MANUTENÇÃO – VUNESP) Jorge quer fazer suco para sua
família. Ele precisa colocar 1 litro de água em uma jarra e, depois,
Hora minuto acrescentar o suco concentrado, mas a jarra não tem marcação
6 43 de medidas em litros. Para medir 1 litro de água, ele só dispõe de
1 50 3 tipos diferentes de copos, como mostra a figura.

Como não podemos tirar 43 de 50, vamos “ emprestar” 1


hora:

Hora minuto
5 43+60
1 50

Hora minuto
5 103
1 50
------------------------------------------------
4h 53 min

2)vamos subtrair 4 h 41 min 44 s de 7 h 53 min 36 s Jorge pode colocar, exatamente, 1 litro de água na jarra
Hora minuto segundo utilizando
7 53 36 (A) 3 copos de 300 ml.
4 41 44 (B) 1 copo de 200 ml e 2 copos de 250 ml.
(C) 5 copos de 200 ml.
Perceba que a subtração 36 s – 44 s não é possível nos
(D) 6 copos de 250 ml.
números naturais, então, vamos retirar 1 min de 53 min,
transformar esse 1 min em 60 s e acrescenta-los aos 36 s. Assim: 02 (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA
DE CLASSE I – VUNESP) Uma competição de corrida de rua teve
Hora minuto segundo início às 8 h 04 min. O primeiro atleta cruzou a linha de chegada
7 52 96 às 12 h 02 min 05 s. Ele perdeu 35 s para ajustar seu tênis
4 41 44 durante o percurso. Se esse atleta não tivesse tido problema
------------------------------------------------ com o tênis, perdendo assim alguns segundos, ele teria cruzado
3 11 52 a linha de chegada com o tempo de
(A) 3 h 58 min 05 s.
Multiplicação (B) 3 h 57 min 30 s.
Para multiplicarmos uma unidade de medida de tempo por (C) 3 h 58 min 30 s.
um número natural, devemos multiplicar as horas, minutos e (D) 3 h 58 min 35 s.
segundos Por esse número natural. (E) 3 h 57 min 50 s.
Ex: multiplicar 4 h 52 min 8 s por 6
03 (PREF. NEPOMUCENO/MG – SERVENTE DE OBRAS
4 h 52 min 8 s – CONSULPLAN) Numa viagem, um ônibus deslocou 70 km a
X6 cada hora. Se a viagem teve início às 14 horas e 30 minutos e a
-------------------------------------- distância percorrida foi de 140 km, então o ônibus chegou ao
24h 312 min 48 s seu destino às
(A) 15 horas.
Como 312 min é maior que 1 hora, devemos descobrir (B) 16 horas.
quantas horas cabem em 312 minutos. Para isso basta dividir (C) 17 horas
312 por 60 onde o resultado é 5 e o resto é 12. (D) 15 horas e 30 minutos.
(E) 16 horas e 30 minutos.
Então 312 min = 5 h 12 min
Devemos então acrescentar 5 h a 24 h = 29 h e o resultado
04 (CÂMARA DE CANITAR/SP – SERVIÇOS GERAIS –
fica INDEC) Em uma hora, uma pessoa percorre caminhando uma
29 h 12 min 48 s distância de 2,8 km. Em 2 horas e 45 minutos de caminhada,
qual será a distância percorrida?
(A) 7,70 km
(B) 6,86 km
(C) 6,35 km
(D) 5,80 km

Matemática 18
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APOSTILAS OPÇÃO
05 (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESGRANRIO) (A) 1845
Um professor de ginástica estava escolhendo músicas para uma (B) 816
aula. As quatro primeiras músicas que ele escolheu totalizavam (C) 1264
15 minutos, sendo que a primeira tinha 3 minutos e 28 segundos (D) 528
de duração, a segunda, 4 minutos e 30 segundos, e as duas
últimas, exatamente a mesma duração. Qual era a duração da 11. (PREF. SANTO ANDRÉ – AGENCIADOR DE SERVIÇO
terceira música? FUNERÁRIO – CAIPIMES) É comum medir-se a distância entre
(A) 3 min 1 s duas cidades em quilômetros. Mas poder-se-ia medi-la, por
(B) 3 min 31 s exemplo, em centímetros. Se a distância entre duas cidades
(C) 3 min 51 s é de 90 quilômetros, então é verdade que essa distância, em
(D) 4 min 1 s centímetros, corresponde a:
(E) 4 min 11 s (A) 900.000.
(B) 90.000.
06. (LIQUIGAS - Ajudante - Carga e Descarga de Produção (C) 9.000.
– CESGRANRIO)Sandra pegou uma jarra que continha um litro (D) 9.000.000.
e meio de suco e encheu dois copos de 300 mL cada. Quantos
mililitros de suco sobraram dentro da jarra? 12 (PREF. MUNICIPAL DE CAMPINAS – AGENTE
(A) 150. ADMINISTRATIVO – CETRO) Se um caminhão cuja carga
(B) 600. máxima é de 6,5 toneladas transportasse 37 caixas de 189kg
(C) 800. cada uma, então a carga excedente seria igual a:
(D) 900. (A) 493kg.
(E) 1200. (B) 491kg.
(C) 483kg.
07. (SAP/SP – AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA (D) 481kg.
DE CLASSE I-1 – VUNESP) Em um vazamento de água, observa-
se que, em 5 minutos, vazam 34 litros de água. O encanador foi 13. (PREF. MUNICIPAL DE CAMPINAS – AGENTE
chamado, mas demorará 1 hora e meia para chegar e iniciar o ADMINISTRATIVO – CETRO) Fátima bebe 3 copos de água a
conserto. Nesse tempo (1 hora e meia), mantida a mesma vazão cada 45 minutos a partir do momento que acorda. Ela acorda
de água, a quantidade de litros que vazará é de: todos os dias às 7h e vai dormir às 22h. Sabendo que cada copo
(A) 1200. de água tem 75ml, em 15 dias, ela terá bebido:
(B) 1020. (A) 14,500 litros.
(C) 874. (B) 23,625 litros.
(D) 680. (C) 67,500 litros.
(E) 612. (D) 70,875 litros.

08. (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP) Para fazer 14. (PREF. CAMPINAS/SP – AGENTE DE CONTROLE
um mesmo percurso, uma pessoa levou o seguinte tempo, de AMBIENTAL – CAIPIMES) A capacidade é uma grandeza
acordo com o meio de transporte escolhido: que, geralmente, é medida em litros. Sabendo-se que em um
decímetro cúbico cabe, no máximo, um litro de água, a capacidade
máxima, em litros, de uma piscina olímpica, cujas dimensões, de
acordo com a Federação Internacional de Natação, são 50, 25 e
2 metros, é:
(A) 250 000.
(B) 2 500 000.
(C) 25 000.
(D) 2 500.

A diferença entre o maior e o menor tempo, em minutos, é Respostas


de: 01. Resposta: C.
(A) 29. 1 litro=1000 ml
(B) 30. 3.300=900 ml
(C) 31. 200+500=700 ml
(D) 32. 200.5=1000 ml
(E) 33.
02. Resposta: B.
09.(SABESP – APRENDIZ – FCC) A família de André viaja
mensalmente de carro. O percurso total de ida é de 320 km.
Fazem sempre uma parada de 15 minutos exatamente no
meio do percurso. Na última viagem, a 1ª parte da viagem foi
realizada com uma velocidade média de 80 km/h e, na 2ª parte
a velocidade média foi de 64 km/h. Considerando que a família
iniciou sua viagem às 8h30min, pode-se afirmar corretamente Ele fez a prova em 3h 58 min e 05 s, se não tivesse tido
que chegou ao destino às: problema teria feito em:
(A) 12h15min.
(B) 12h30min.
(C) 12h45min.
(D) 13h00min.
(E) 13h15min.

10. (CRC/PR – ASSISTENTE DE REGISTRO PROFISSIONAL


I – IESES) Suponha que em 5h através de um canal escoem 2844
m³ de água. Mantendo constante esse escoamento, pode-se 03. Resposta: E.
afirmar que, em 8s, o número de litros de água que escoam pelo 70km-----1h
canal é: 140km----x

Matemática 19
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APOSTILAS OPÇÃO
X=2 horas 10. Resposta: C.
Como a viagem teve início às 14:30 depois de 2 horas será 16 1hora=3600 s
horas e 30 minutos. 5h=5.3600=18000s
18000-----2844000 litros
04 Resposta: A. 8-------x
X=1264 litros
1h=60 minutos
2h=120minutos 11. Resposta: D.
120+45=165 minutos 90km=90.000m=9.000.000 cm
2,8km--------60 minutos
X-------------165 12. Resposta: A.
X=7,7km 6,5 toneladas=6500 kg
37.189=6993 kg
05. Resposta: B. Carga excedente: 6993-6500=493 kg

13. Resposta: D.
22-7=15h=15.60=900 minutos

900/45=20 vezes

Mas, ela começa tomar a partir do momento que acordou,


então : 20+1=21
3.21=63 copos de água
A terceira e quarta música somam juntas 7 minutos e 2 63.15=945 copos em 15 dias
segundos, portanto cada música terá: 945.75=70875 ml=70,875 litros

14. Resposta: B.
1dm³-1litro
V=50.25.2=2500 m³
1m³-1000dm³
2500m³-x
X=2500000dm³=2 500 000 litros

Álgebra: produtos notáveis,


Cada música tem 3 min 31 s. equações, sistemas e problemas
06. Resposta: D.
do primeiro grau, inequações,
Temos que 1 L = 1.000 mL equação e problemas do
segundo grau
1,5 L x1000 = 1500 mL

1 copo = 300 mL x2 copos = 600 mL Os produtos notáveis obedecem a leis especiais de


formação e, por isso, não são efetuados pelas regras normais da
1500 – 600 = 900 mL multiplicação de polinômios. Apresentam-se em grande número
07. Resposta: E. e dão origem a um conjunto de identidades de grande aplicação.
1 hora e meia=90 minutos Considere a e b, expressões em R, representando polinômios
5------34 quaisquer, apresentamos a seguir os produtos notáveis.
90-----x
X=612 Quadrado da Soma de Dois Termos

08. Resposta: E. (a + b)2 = (a + b) (a + b) = a2 + 2ab + b2


(a + b)2 = a2 + 2ab + b2

Quadrado da Diferença de Dois Termos

(a - b)2 = (a - b) (a - b) = a2 - 2ab + b2
(a - b)2 = a2 - 2ab + b2

09. Resposta: E. Produto da Soma pela Diferença de Dois Termos


320/2=160km
(a + b) (a – b) = a2 – ab + ab - b2
1ª parte: (a + b)(a – b) = a2
80km----1h
160---x Cubo da Soma de Dois Termos
X=2 horas
(a + b)3 = (a + b) (a + b)2 = (a + b) (a2 + 2ab + b2)
2ª parte: (a + b)3 = a3 + 2a2b + ab2 + a2b + 2ab2 + b3
64----1hora (a + b)3 = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3
160---x
X=2,5 horas Cubo da Diferença de Dois Termos

O percurso demorou 2+2,5=4,5 horas+15 minutos de (a - b)3 = (a - b) (a2 - 2ab + b2)


pausa=4 horas e 45 minutos (a - b)3 = a3 + 2a2b + ab2 - a2b + 2ab2 - b3
Portanto, chegará ao local às 13h 15min (a - b)3 = a3 - 3a2b + 3ab2 - b3

Matemática 20
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APOSTILAS OPÇÃO
Questões b → (x+5) (x-4) =
x2 + (5 + (-4)) x + 5 . (-4) =
01. Desenvolva os seguintes produtos notáveis: x2 + x – 20
a) (3x+y)²
b) (( )+x²)² 5) Solução:
a → (x + y)2 – x2 – y2 =
02. Desenvolva: x2 + 2xy + y2 – x2 – y2   =
a) (( )+4y³)² 2xy
b) (2x+3y)3
b → (x + 2) (x – 7) + (x – 5) (x + 3) =
03. Resolva os seguintes termos: x2 + (2 + (-7)) x + 2 . (-7) + x2 + (-5 + 3) x + 3 . (-5) =
a) (x4 + (1/x2))3 x2 – 5x – 14 + x2 – 2x – 15 =
b) ((2x/3) + (4y/5)) . ((2x/3) - (4y/5) 2x2 – 7x – 29

04. Efetue as multiplicações: 6) Solução:


a) (x-2) (x-3) a → a² - 2 . a . 3 + 3²
b) (x+5) (x-4) a² - 6ª + 9

05. Simplifique as expressões: b → (x)² - 2 . x . 3y + (3y)²


a) (x + y)2 – x2 – y2 x² - 6xy + 9y²
b) (x + 2) (x - 7) + (x – 5) (x + 3)
c → (2ª) ² - 2 . 2ª . 5² - 5²
06. Resolva tal expressão: 4ª ² - 4ª . 50 – 25
a) (a – 3)²
b) (x – 3y)² 7) Solução:
c) (2ª – 5)² a → (x + 2) (x – 2)
x² - 2² =
07. Desenvolva: x² – 4
a) (x + 2) (x – 2)
b) (2x – 5y) (2x + 5y) b → (2x – 5y) (2x + 5y)
(2x) ² - (5y) ² =
08. Resolva a expressão: (x/2 + y/3) (x/2 – y/3). 4x² - 25y²

09. Calcule os seguintes termos: 8) Solução:


a) (3 + 4)² (x/2 + y/3) (x/2 – y/3)
b) (5 + 4)² (x/2)² - (y/3)²
x²/4 - y²/9
10. Utilize a regra do produto notável para resolver os
seguintes cálculos: 9) Solução: Nesse caso, podemos resolver de duas maneiras:
a) (x + 2)² a → (3 + 4)² = 7² = 49
b) (4x + 4)² (3 + 4)² = 3² + 2 . 3 . 4 + 4² = 9 + 24 + 16 = 49
c) (a + 4b)²
Respostas b → Podemos também resolver de duas maneiras:
(5 + 4)² = 9² = 81
1) Solução: (5 + 4)² = 5² + 2 . 5 . 4 + 4² = 25 + 40 + 16 = 81
a → (3x + y)2 =
(3x)2 + 2 . 3x . y + y2 = 10) Solução:
9x2 + 6xy + y2 a → x² + 2 . x . 2 + 2²
x² + 4x + 4
b → (( )+x2)2 =
( )2 + 2.( ).x2 + (x2)2 = b → (4x)² + 2 . 4x . 4 + 4²
( ) + x2 + x4 16x² + 32x + 16

2) Solução: c → (a)² + 2 . a . 4b + 4b²


a → (( ) + 4y3)2 = a² + 2 . a . 8b + 16b²
( )2 – 2 .( ).4y3 + (4y3)2 =
( )x2 – ( )xy3 + 16y6 Equação do 1º Grau

b → (2x+3y)3 = Veja estas equações, nas quais há apenas uma incógnita:


(2x)3 + 3 .(2x)2. 3y + 3 . 2x .(3y)2 + (3y)3 =
8x 3+ 36x2y + 54xy2 + 27y3 3x – 2 = 16 (equação de 1º grau)

3) Solução: 2y3 – 5y = 11 (equação de 3º grau)


a → (x4 + (1/x2))3 = 2 1
(x4)3 + 3 . (x4)2 . (1/x2) + 3 . x4 . (1/x2)2 + (1/x2)3 = 1 – 3x + 5
=x+ (equação de 1º grau)
2
x12 + 3x6 + 3 + (1/x6)
O método que usamos para resolver a equação de 1º grau
b → (2x/3) + (4y/5)) . ((2x/3) - (4y/5)) = é isolando a incógnita, isto é, deixar a incógnita sozinha em um
(2x/3)2 - (4y/5)2 = dos lados da igualdade. Para conseguir isso, há dois recursos:
(4/9)x2 - (16/25)y2 - inverter operações;
- efetuar a mesma operação nos dois lados da igualdade.
4) Solução:
a → (x-2) (x-3) = Exemplo1
x2 + ((-2) + (-3)) x + (-2) . (-3) =
x2 – 5x + 6 Resolução da equação 3x – 2 = 16, invertendo operações.

Matemática 21
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APOSTILAS OPÇÃO
Procedimento e justificativa: Se 3x – 2 dá 16, conclui-se 15x + 30 – 2x2 + 2x + 12 = – 2x2
que 3x dá 16 + 2, isto é, 18 (invertemos a subtração). Se 3x é 17x – 2x2 + 42 = – 2x2
igual a 18, é claro que x é igual a 18 : 3, ou seja, 6 (invertemos a 17x – 2x2 + 2x2 = – 42
multiplicação por 3). 17x = – 42
42
Registro x= −
17

3x – 2 = 16 Note que, de início, essa última


x2
equação aparentava ser de
3x = 16 + 2 2º grau por causa do termo − no seu lado direito. Entretanto,
3
depois das simplificações, vimos que foi reduzida a uma equação
3x = 18
de 1º grau (17x = – 42).
18
x= 3 Questões
x=6 01 (UFOP/MG – ADMINISTRADOR DE EDIFICIOS – UFOP)
Um professor, ao corrigir uma prova de múltipla escolha com 60
Exemplo 2 questões, definiu que a cada resposta correta o aluno acumularia
2 1 5 pontos e perderia 1 ponto a cada resposta errada ou questão
Resolução da equação 1 – 3x + 5 = x + 2 , efetuando a mesma não respondida.
operação nos dois lados da igualdade. Quantas questões um aluno que totalizou 210 pontos
acertou?
Procedimento e justificativa: Multiplicamos os dois lados (A) 15
da equação por mmc (2;5) = 10. Dessa forma, são eliminados (B) 30
os denominadores. Fazemos as simplificações e os cálculos (C) 45
necessários e isolamos x, sempre efetuando a mesma operação (D) 50
nos dois lados da igualdade. No registro, as operações feitas
nos dois lados da igualdade são indicadas com as setas curvas 02 (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO OPERACIONAL
verticais. – VUNESP) Para comprar uma bicicleta no valor de R$ 240,00,
um jovem juntou durante oito meses 1/4 da mesada que recebe
de seu pai. No dia em que iria comprar a bicicleta, sua mãe
Registro
colaborou com R$ 60,00, mas, mesmo assim, ainda lhe faltavam
R$ 20,00. A mesada que seu pai lhe dá é de
1 – 3x + 2/5 = x + 1 /2 (A) R$ 68,00.
10 – 30x + 4 = 10 x + 5 (B) R$ 72,00.
-30x -10x = 5 – 10 – 4 (C) R$ 76,00.
-40x = -9 (-1) (D) R$ 80,00.
40x = 9 (E) R$ 84,00.
x = 9/40
x = 0,225 03 (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO OPERACIONAL
– VUNESP) Hoje, a minha idade é o dobro da idade de meu filho
Há também um processo prático, bastante usado, que se e a idade de meu filho é o triplo da idade de meu neto. Se daqui a
baseia nessas ideias e na percepção de um padrão visual. 6 anos a soma de nossas idades for de 118 anos, eu tenho, a mais
- Se a + b = c, conclui-se que a = c + b. do que o meu neto,
(A) 45 anos.
Na primeira igualdade, a parcela b aparece somando no lado (B) 48 anos.
esquerdo; na segunda, a parcela b aparece subtraindo no lado (C)50 anos.
direito da igualdade. (D) 54 anos.
- Se a . b = c, conclui-se que a = c + b, desde que b ≠ 0. (E) 60 anos.

04 (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESGRANRIO)


Na primeira igualdade, o número b aparece multiplicando no
Cem gramas de certo bolo têm 270 kcal. Pedro comeu 20 g de
lado esquerdo; na segunda, ele aparece dividindo no lado direito bolo a mais que Vitor e, ao todo, os dois ingeriram 378 kcal.
da igualdade. Quantos gramas de bolo Pedro comeu?
(A) 55
O processo prático pode ser formulado assim: (B) 60
- Para isolar a incógnita, coloque todos os termos com (C)75
incógnita de um lado da igualdade e os demais termos do outro (D) 80
lado. (E) 90
- Sempre que mudar um termo de lado, inverta a operação. 05 (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESGRANRIO)
Exemplo
Mauro precisava resolver alguns exercícios de Matemática. Ele
5( x + 2 ) ( x + 2)(
. x − 3) x 2
− resolveu 1/5 dos exercícios no primeiro dia. No segundo dia,
Resolução da equação = , usando
o processo prático. 2 3 3 resolveu 2/3 dos exercícios restantes e, no terceiro dia, os 12
Procedimento e justificativa: Iniciamos da forma habitual, últimos exercícios. Ao todo, quantos exercícios Mauro resolveu?
multiplicando os dois lados pelo mmc (2;3) = 6. A seguir, (A) 30
passamos a efetuar os cálculos indicados. Neste ponto, passamos (B) 40
a usar o processo prático, colocando termos com a incógnita à (C) 45
esquerda e números à direita, invertendo operações. (D) 75
(E) 90
Registro
Respostas
5(x + 2 ) (x + 2 )(
. x − 3) x2
− =− 01. Resposta: C.
2 3 3 Acertos: x
5( x + 2 ) (x + 2)(. x − 3) = 6. x 2 Erros:60-x
6. − 6. 5x-(60-x)=210
2 3 3 5x-60+x=210
15(x + 2) – 2(x + 2)(x – 3) = – 2x2 6x=270
15x + 30 – 2(x2 – 3x + 2x – 6) = – 2x2 X=45
15x + 30 – 2(x2 – x – 6) = – 2x2

Matemática 22
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APOSTILAS OPÇÃO
02. Resposta: D. Propriedades da desigualdade
Mesada: x
Durante oito meses ele conseguiu guardar : Propriedade Aditiva:

Mesmo sentido

X=80
Mesada é de R$ 80,00. Exemplo: Se 8 > 3, então 8 + 2 > 3 + 2, isto é: 10 > 5.

03. Resposta: C. Somamos +2 aos dois membros da desigualdade


Neto: x
Pai: 3x Uma desigualdade não muda de sentido quando adicionamos
Vô:6x ou subtraímos um mesmo número aos seus dois membros.
6 anos
x+6+3x+6+6x+6=118 Propriedade Multiplicativa:
10x=118-18
10x=100 Mesmo sentido
X=10

Neto: 10 anos Exemplo: Se 8 > 3, então 8 . 2 > 3 . 2, isto é: 16 > 6.


Vô: 60 anos
Diferença: 60-10=50 anos Multiplicamos os dois membros por 2

04. Resposta: D. Uma desigualdade não muda de sentido quando


100 g------270 kcal multiplicamos ou dividimos seus dois membros por um mesmo
Xg-------378 número positivo.
X=140 g
Mudou de sentido
Pedro e Vitor comeram juntos 140 g
Vitor : x Exemplo: Se 8 > 3, então 8 . (–2) < 3 . (–2), isto é: –16 < –6
Pedro: x+20
X+x+20=140 Multiplicamos os dois membros por –2
2x=120
X=60 Uma desigualdade muda de sentido quando multiplicamos
ou dividimos seus dois membros por um mesmo número
Pedro: x+20=60+20=80g negativo.

Resposta: “D”. Resolver uma inequação é determinar o seu conjunto


verdade a partir de um conjunto universo dado.
05. Resposta: C.
Exercícios: x Vejamos, através do exemplo, a resolução de inequações do
1º grau.
1º dia:
a) x < 5, sendo U = N
2º dia:

3º dia: 12

No primeiro e no segundo dia resolveram


11 4
𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑: 1 − 15 = 𝑥𝑥 Os números naturais que tornam a desigualdade verdadeira
15 são: 0, 1, 2, 3 ou 4. Então V = {0, 1, 2, 3, 4}.
4
𝑥𝑥= 12
15
𝑥𝑥 = 45
b) x < 5, sendo U = Z
Inequação do 1˚ Grau

Inequação é toda sentença aberta expressa por uma


desigualdade.
As inequações x + 5 > 12 e 2x – 4 ≤ x + 2 são do 1º grau, isto
é, aquelas em que a variável x aparece com expoente 1.
A expressão à esquerda do sinal de desigualdade chama-se Todo número inteiro menor que 5 satisfaz a desigualdade.
primeiro membro da inequação. A expressão à direita do sinal Logo, V = {..., –2, –1, 0, 1, 2, 3, 4}.
de desigualdade chama-se segundo membro da inequação.
Na inequação x + 5 > 12, por exemplo, observamos que: c) x < 5, sendo U = Q

A variável é x; Todo número racional menor que 5 é solução da inequação


O primeiro membro é x + 5; dada. Como não é possível representar os infinitos números
racionais menores que 5 nomeando seus elementos, nós
O segundo membro é 12.
o faremos por meio da propriedade que caracteriza seus
elementos. Assim:
Na inequação 2x – 4 ≤ x + 2:
V = {x ∈ Q / x <5}
A variável é x;
O primeiro membro é 2x – 4;
O segundo membro é x + 2.

Matemática 23
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APOSTILAS OPÇÃO
Resolução prática de inequações do 1º grau: 7x + 6 > 4x + 7
7x – 4x > 7 – 6
A resolução de inequações do 1º grau é feita procedendo 3x > 1
de maneira semelhante à resolução de equações, ou seja,
transformando cada inequação em outra inequação equivalente X>
mais simples, até se obter o conjunto verdade.
Da inequação X > , podemos dizer que todos os números
Exemplo
racionais maiores que formam o conjunto solução de
Resolver a inequação 4(x – 2) ≤ 2 (3x + 1) + 5, sendo U = Q. inequação dada, que é representada por:

4(x – 2) ≤ 2 (3x + 1) + 5
4x – 8 ≤ 6x + 2 + 5 aplicamos a propriedade
distributiva 02 Resposta “ ”.
4x – 6x ≤ 2 + 5 + 8 aplicamos a propriedade aditiva Solução:
–2x ≤ 15 reduzimos os termos semelhantes

Multiplicando os dois membros por –1, devemos mudar o


sentido da desigualdade. 10x 5 – 4 .(2 – 3x)
10x 5 – 8 + 12x
2x ≥ –15 10x – 12 x -3
-2x -3 (-1)
2x 15 15
Dividindo os dois membros por 2, obtemos: ≥− ⇒x≥− 2x 3
2 2 2
15
Logo, V =  x ∈ Q | x ≥ −  x .
 2
Vamos determinar o conjunto verdade caso tivéssemos U = Todo número racional maior ou igual a faz parte do
Z. conjunto solução da inequação dada, ou seja:

Sendo − 15 = −7,5 , vamos indicá-lo na reta numerada:


2
03 Resposta “6 faz parte; -9 não faz parte”.
Solução:
5x − 3 ⋅ (x + 6) > x – 14
5x – 3x – 18 > x – 14
Logo, V = {–7, –6, –5, –4, ...} ou V = {x ∈ Z| x ≥ –7}. 2x – x > -18 + 14
x>4
Questões
Fazendo agora a verificação:
1. Resolver a inequação 7x + 6 > 4x + 7, sendo U = Q. - Para o número −9, temos: x > 4 → − 9 > 4 (sentença falsa)
- Para o número 6, temos: x > 4 → 6 > 4 (sentença verdadeira)
2. Resolver a inequação , sendo U = Q.
Então, o número 6 faz parte do conjunto solução da
3. Verificar se os números racionais −9 e 6 fazem parte do inequação, enquanto o número −9 não faz parte desse conjunto.
conjunto solução da
inequação 5x − 3 ⋅ (x + 6) > x – 14. 04 Solução:
a) 2x - x + 1   x-x+6
4. Resolva as seguintes inequações, em R. x+1 6
a) 2x + 1 x+6 x 5
b) 2 - 3x x + 14
b) 2 - 3x - x x - x + 14
5. Calcule as seguintes inequações, em R. 2 - 4x 14
a) 2(x + 3) > 3 (1 - x) -4x 12
b) 3(1 - 2x) < 2(x + 1) + x - 7 -x 3
c) x/3 - (x+1)/2 < (1 - x) / 4 x -3
6. Resolva as seguintes inequações, em R. 05 Solução:
a) (x + 3) > (-x-1) a) 2x + 6 > 3 - 3x
b) [1 - 2*(x-1)] < 2 2x - 2x + 6 > 3 - 3x - 2x
c) 6x + 3 < 3x + 18 6 - 3 > -5x
3 > - 5x
7. Calcule as seguintes inequações, em R. -x < 3/5
x > -3/5
a) 8(x + 3) > 12 (1 - x)
b) (x + 10) > (-x +6) b) 3 - 6x < 2x + 2 + x - 7
-6x - 3x < -8
8. Resolva a inequação: 2 – 4x ≥ x + 17 -9x < -8
9x > 8
9. Calcule a inequação 3(x + 4) < 4(2 –x). x > 8/9
10. Quais os valores de X que tornam a inequação  -2x +4 > c) Primeiro devemos achar um mesmo denominador.
0 verdadeira?

Respostas

01 Resposta “ ”.
Solução:

Matemática 24
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APOSTILAS OPÇÃO
-2x - 6 < 3 - 3x Equação completa e incompleta:
x<9 - Quando b ≠ 0 e c ≠ 0, a equação do 2º grau se diz completa.

06. Solução: Exemplos


a) x + 3 > -x - 1
2x > -4 5x2 – 8x + 3 = 0 é uma equação completa (a = 5, b = – 8, c = 3).
x > -4/2 y2 + 12y + 20 = 0 é uma equação completa (a = 1, b = 12, c =
x > -2 20).
b) 1 - 2x + 2 < 2 - Quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0, a equação do 2º grau se
- 2x < 2 - 1 - 2 diz incompleta.
- 2x < -1
2x > 1
Exemplos
x > 1/2

c) 6x - 3x < 18 - 3 x2 – 81 = 0 é uma equação incompleta (a = 1, b = 0 e c = – 81).


3x < 15 10t2 +2t = 0 é uma equação incompleta (a = 10, b = 2 e c = 0).
x < 15/3 5y2 = 0 é uma equação incompleta (a = 5, b = 0 e c = 0).
x<5
Todas essas equações estão escritas na forma ax2 + bx + c =
07. Solução: 0, que é denominada forma normal ou forma reduzida de uma
a) 8x + 24 > 12 - 12x equação do 2º grau com uma incógnita.
20x > 12 - 24 Há, porém, algumas equações do 2º grau que não estão
20x > -12 escritas na forma ax2 + bx + c = 0; por meio de transformações
x > -12/20 convenientes, em que aplicamos o princípio aditivo e o
x > -3/5 multiplicativo, podemos reduzi-las a essa forma.

b) x + x > 6 - 10 Exemplo: Pelo princípio aditivo.


2x > -4 2x2 – 7x + 4 = 1 – x2
x > -4/2 2x2 – 7x + 4 – 1 + x2 = 0
x > -2 2x2 + x2 – 7x + 4 – 1 = 0
3x2 – 7x + 3 = 0
08. Resposta “x -3”.
Solução: Exemplo: Pelo princípio multiplicativo.
2 – 4x – x ≥ x – x + 17
2 – 5x ≥ 17
-5x ≥ 17 – 2
-5x ≥ 15
5x ≤ -15
x ≤ -3

09. Resposta “x > -7/4”.


Solução:
3x + 12 < 8 – 4x 4(x – 4) – x(x – 4) = 2x2
3x – 3x + 12 < 8 – 4x – 3x 4x – 16 – x2 + 4x = 2x2
12 < 8 – 7x – x2 + 8x – 16 = 2x2
12 – 8 < – 7x – x2 – 2x2 + 8x – 16 = 0
4 < – 7x – 3x2 + 8x – 16 = 0
-x > 7/4
x > -7/4 Resolução das equações incompletas do 2º grau com uma
incógnita.
10. Solução: - A equação é da forma ax2 + bx = 0.
-2x > -4
-2x > -4 (-1) x2 + 9 = 0 colocamos x em evidência
2x < 4 x . (x – 9) = 0
x< 2
O número 2 não é a solução da inequação dada, mais sim x=0 ou x–9=0
qualquer valor menor que 2. x=9

Verifique a solução: Logo, S = {0, 9} e os números 0 e 9 são as raízes da equação.


Para x = 1
-2x +4 > 0 - A equação é da forma ax2 + c = 0.
-2.(1) +4 > 0
-2 + 4 > 0 x2 – 16 = 0 Fatoramos o primeiro membro, que é uma
2 > 0 ( verdadeiro ) diferença de dois quadrados.
Observe, então, que o valor de x menor que 2 é a solução (x + 4) . (x – 4) = 0
para inequação.
Equação do 2º Grau x+4=0 x–4=0
x=–4 x=4
Denomina-se equação do 2º grau na incógnita x toda equação
da forma ax2 + bx + c = 0, em que a, b, c são números reais e a ≠ 0. Logo, S = {–4, 4}.
Nas equações de 2º grau com uma incógnita, os números
reais expressos por a, b, c são chamados coeficientes da Fórmula de Bhaskara
equação:
- a é sempre o coeficiente do termo em x2. Usando o processo de Bhaskara e partindo da equação
- b é sempre o coeficiente do termo em x. escrita na sua forma normal, foi possível chegar a uma fórmula
- c é sempre o coeficiente ou termo independente. que vai nos permitir determinar o conjunto solução de qualquer

Matemática 25
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APOSTILAS OPÇÃO
equação do 2º grau de maneira mais simples. Como  > 0, a equação tem duas raízes reais diferentes,
Essa fórmula é chamada fórmula resolutiva ou fórmula de dadas por:
Bhaskara.

Nesta fórmula, o fato de x ser ou não número real vai


depender do discriminante  ; temos então, três casos a
estudar.

1º caso: / é um número real positivo (  > 0).


Neste caso, é um número real, e existem dois valores Então: S = {-4, 2}.
reais diferentes para a incógnita x, sendo costume representar
esses valores por x’ e x”, que constituem as raízes da equação. Questões

01 (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYAMA) Para


que a equação (3m-9)x²-7x+6=0 seja uma equação de segundo
grau, o valor de m deverá, necessariamente, ser diferente de:
(A) 1.
(B) 2.
(C) 3.
(D) 0.
(E) 9.

02 (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA – INDEC)


Qual a equação do 2º grau cujas raízes são 1 e 3/2?
(A) x²-3x+4=0
(B) -3x²-5x+1=0
2º caso:  é zero (  = 0). (C)3x²+5x+2=0
(D) 2x²-5x+3=0
Neste caso, é igual a zero e ocorre:
03 (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA – INDEC)
O dobro da menor raiz da equação de 2ºgrau dada por x²-6x=-8
é:
(A) 2
(B) 4
(C) 8
(D) 12
Respostas

01. Resposta: C.
3m-9≠0
3m≠9
m≠3

02. Resposta: D.
Observamos, então, a existência de um único valor real para
a incógnita x, embora seja costume dizer que a equação tem duas Como as raízes foram dadas, para saber qual a equação:
raízes reais e iguais, ou seja: x²-Sx+P=0

3º caso:  é um número real negativo (  < 0).


Neste caso, não é um número real, pois não há no
conjunto dos números reais a raiz quadrada de um número
negativo.
Dizemos então, que não há valores reais para a incógnita x,
ou seja, a equação não tem raízes reais.
A existência ou não de raízes reais e o fato de elas serem
duas ou uma única dependem, exclusivamente, do discriminante
 = b2 – 4.a.c; daí o nome que se dá a essa expressão.
Na equação ax2 + bx + c = 0 03. Resposta: B.
-  = b2 – 4.a.c x²-6x+8=0
- Quando  ≥ 0, a equação tem raízes reais.
- Quando  < 0, a equação não tem raízes reais.
-  > 0 (duas raízes diferentes).
-  = 0 (uma única raiz).

Exemplo: Resolver a equação x2 + 2x – 8 = 0 no conjunto R.


temos: a = 1, b = 2 e c = – 8
 = b2 – 4.a.c = (2)2 – 4 . (1) . (–8) = 4 + 32 = 36 > 0

Matemática 26
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APOSTILAS OPÇÃO5( x + 2 )
S = {x R|2x < 2 ou x > 4}

Observação: Quando o universo para as soluções não é


Dobro da menor raiz: 2⋅2=4 fornecido, fazemos com que ele seja o conjunto R dos reais.

Inequações do 2˚ Grau Questões

1. Identifique os coeficientes de cada equação e diga se ela é


Chamamos inequação do 2º grau às sentenças: completa ou não:
2 a) 5x2 - 3x - 2 = 0
ax2 + bx + c > 0 b)
3x2 + 55 = 0
ax2 + bx + c 150
ax2 + bx + c < 0 2. Dentre os números -2, 0, 1, 4, quais deles são raízes da
ax2 + bx + c 2 0 equação x2-2x-8= 0?

Onde a, b, c são números reais conhecidos, a ≠ 0, e x é a 3. O número -3 é a raíz da equação x2 - 7x - 2c = 0. Nessas condições, determine
incógnita. o valor do coeficiente c:

Estudo da variação de sinal da função do 2º grau: 4. Resolver a inequação 3x² + 10x + 7 < 0.

- Não é necessário que tenhamos a posição exata do vértice, 5. Determine a solução da inequação –2x² – x + 1 ≤ 0.
basta que ele esteja do lado certo do eixo x;
- Não é preciso estabelecer o ponto de intersecção do gráfico 6. Calcule a solução da inequação x² – 6x + 9 > 0.
da função com o eixo y e, considerando que a imagens acima
7. Determine a solução da inequação x² – 4x ≥ 0.
do eixo x são positivas e abaixo do eixo negativas, podemos
dispensar a colocação do eixo y. 8. Resolva a inequação -x² + 4 ≥ 0.
Para estabelecermos a variação de sinal de uma função do 9. Identifique os coeficientes de cada equação e diga se ela é
2º grau, basta conhecer a posição da concavidade da parábola, completa ou não:
voltada para cima ou para baixo, e a existência e quantidade de a) x2 - 6x = 0
raízes que ela apresenta. b
) x2 - 10x + 25 = 0

10. Para que os valores de x a expressão x² – 2x é maior que


–15?
Respostas

1) Solução:
a) a = 5; b = -3; c = -2
Equação completa

b) a = 3; b = 0; c = 55
Equação incompleta

2) Solução: Sabemos que são duas as raízes, agora basta tes-


tarmos.
(-2)2 – 2.(-2) - 8 = 0 (-2)2 + 4 - 8 4 + 4 - 8 = 0 (acha-
mos uma das raízes)
02 – 2.0 - 8 = 0 0-0-8 0
12 – 2.1 - 8 = 0 1-2-8 0
42 – 2.4 - 8 = 0 16 - 8 - 8 = 0 (achamos a outra raiz)

3) Solução:
(-3)² - 7.(-3) - 2c = 0
9 +21 - 2c = 0
30 = 2c
c = 15
Consideremos a função f(x) = ax2 + bx + c com a ≠ 0.
4) Resposta “S = {x Є R / –7/3 < x < –1}”.
Finalmente, tomamos como solução para inequação as Solução:
regiões do eixo x que atenderem às exigências da desigualdade.

Exemplo 2
Resolver a inequação x2 – 6x + 8 5 0.
- Fazemos y = x2 – 6x + 8.
- Estudamos a variação de sinal da função y.

- Tomamos, como solução da inequação, os valores de x para


os quais y > 0:

Matemática 27
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APOSTILAS OPÇÃO

S = {x Є R / –7/3 < x < –1}

5) Resposta “S = {x Є R / x < –1 ou x > 1/2} ”.


Solução:

S = {x Є R / x ≤ 0 ou x ≥ 4}
8) Resposta “S = {x R/ -2 x ”.
Solução:
-x² + 4 = 0.
x² – 4 = 0.
x1 = 2
x2 = -2

S = {x Є R / x < –1 ou x > 1/2}

6) Resposta “S = {x Є R / x < 3 e x > 3}”.


Solução:
S = {x R/ -2 x .

9) Solução:
a) a = 1; b = -6; c = 0
Equação incompleta

b) a = 1; b = -10; c = 25
Equação completa

10) Solução:
x² – 2x > 15
x² – 2x – 15 > 0
Equação completa

10) Solução:
x² – 2x > 15
x² – 2x – 15 > 0

Calculamos o Zero: -3 +5

Calculamos o Zero:
x² – 2x – 15 = 0
x = -3 ou x = +5

S = {x Є R / x < 3 e x > 3} SISTEMA DO 1º GRAU

7) Resposta “S = {x Є R / x ≤ 0 ou x ≥ 4}”. Definição


Solução:
Observe o raciocínio: João e José são colegas. Ao passarem
por uma livraria, João resolveu comprar 2 cadernos e 3 livros
e pagou por eles R$ 15,40, no total dos produtos. José gastou
R$ 9,20 na compra de 2 livros e 1 caderno. Os dois ficaram
satisfeitos e foram para casa.
No dia seguinte, encontram um outro colega e falaram sobre
suas compras, porém não se lembrava do preço unitário de
dos livros. Sabiam, apenas que todos os livros, como todos os
cadernos, tinham o mesmo preço.
Bom, diante deste problema, será que existe algum modo de

Matemática 28
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APOSTILAS OPÇÃO
descobrir o preço de cada livro ou caderno com as informações Métodos para solução de sistemas do 1º grau.
que temos Será visto mais à frente.
Um sistema de equação do primeiro grau com duas - Método de substituição
incógnitas x e y, pode ser definido como um conjunto formado
por duas equações do primeiro grau. Lembrando que equação Esse método de resolução de um sistema de 1º grau
do primeiro grau é aquela que em todas as incógnitas estão estabelece que “extrair” o valor de uma incógnita é substituir
elevadas à potência 1. esse valor na outra equação.
Observe:
Observações gerais x–y=2
x+y=4
Em tutoriais anteriores, já estudamos sobre equações do
primeiro grau com duas incógnitas, como exemplo: X + y = 7 x – Vamos escolher uma das equações para “extrair” o valor de
y = 30 x + 2y = 9 x – 3y = 15 uma das incógnitas, ou seja, estabelecer o valor de acordo com a
Foi visto também que as equações do 1º grau com duas outra incógnita, desta forma:
variáveis admitem infinitas soluções: x – y = 2 ---> x = 2 + y
X+y=6x–y=7
Agora iremos substituir o “X” encontrado acima, na “X” da
segunda equação do sistema:
x+y=4
(2 + y ) + y = 4
2 + 2y = 4 ----> 2y = 4 -2 -----> 2y = 2 ----> y = 1

Temos que: x = 2 + y, então


x=2+1
Vendo a tabela acima de soluções das duas equações, é x=3
possível checar que o par (4;2), isto é, x = 4 e y = 2, é a solução
para as duas equações. Assim, o par (3,1) torna-se a solução verdadeira do sistema.
Assim, é possível dizer que as equações - Método da adição
X+y=6
X–y=7 Este método de resolução de sistema do 1º grau consiste
apenas em somas os termos das equações fornecidas.
Formam um sistema de equações do 1º grau.
Observe:
Exemplos de sistemas: x – y = -2
3x + y = 5
x+y=4 2x + 3y + 2z = 10
x-y=7 4x - 5y + z = 15
Neste caso de resolução, somam-se as equações dadas:
x – y = -2
2x + y = 10
3x + y = 5 +
5x - 2y = 22
4x = 3
x = 3/4
Observe este símbolo. A matemática convencionou neste
caso para indicar que duas ou mais equações formam um Veja nos cálculos que quando somamos as duas equações
sistema. o termo “Y” se anula. Isto tem que ocorrer para que possamos
achar o valor de “X”.
Resolução de sistemas
Agora, e quando ocorrer de somarmos as equações e os
Resolver um sistema significa encontrar um par de valores valores de “x” ou “y” não se anularem para ficar somente uma
das incógnitas X e Y que faça verdadeira as equações que fazem incógnita ?
parte do sistema.
Exemplos: Neste caso, é possível usar uma técnica de cálculo de
a) O par (4,3 ) pode ser a solução do sistema multiplicação pelo valor excludente negativo.
x–y=2 Ex.:
x+y=6 3x + 2y = 4
2x + 3y = 1
Para saber se estes valores satisfazem ao sistema, basta
substituir os valores em ambas as equações: Ao somarmos os termos acima, temos:
x-y=2x+y=6 5x + 5y = 5, então para anularmos o “x” e encontramos o
4–3=14+3=7 valor de “y”, fazemos o seguinte:
1 ≠ 2 (falso) 7 ≠ 6 (falso) » multiplica-se a 1ª equação por +2
A resposta então é falsa. O par (4,3) não é a solução do » multiplica-se a 2ª equação por – 3
sistema de equações acima.
b) O par (5,3 ) pode ser a solução do sistema Vamos calcular então:
x–y=2 3x + 2y = 4 ( x +2)
x+y=8 2x + 3y = 1 ( x -3)
6x +4y = 8
Para saber se estes valores satisfazem ao sistema, basta -6x - 9y = -3 +
substituir os valores em ambas as equações: -5y = 5
x-y=2x+y=8 y = -1
5–3=25+3=8
2 = 2 (verdadeiro 8 = 8 (verdadeiro) Substituindo:
2x + 3y = 1
A resposta então é verdadeira. O par (5,3) é a solução do 2x + 3.(-1) = 1
sistema de equações acima. 2x = 1 + 3

Matemática 29
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APOSTILAS OPÇÃO
x=2

Verificando:
3x + 2y = 4 ---> 3.(2) + 2(-1) = 4 -----> 6 – 2 = 4
2x + 3y = 1 ---> 2.(2) + 3(-1) = 1 ------> 4 – 3 = 1

Questões

01 (PREF. LAGOA DA CONFUSÃO/TO – ORIENTADOR 3y+y=28


SOCIAL – IDECAN) A razão entre a idade de Cláudio e seu 4y=28
irmão Otávio é 3, e a soma de suas idades é 28. Então, a idade y=7 x=21
de Marcos que é igual a diferença entre a idade de Cláudio e a
idade de Otávio é Marcos: x-y=21-7=14.
(A) 12.
(B) 13. 02 Resposta: D.
(C) 14.
(D) 15. Vinho seco: x
(E) 16. Vinho suave: y

02 (PREF. NEPOMUCENO/MG – PORTEIRO –


CONSULPLAN) Numa adega encontram-se armazenadas
garrafas de vinho seco e suave num total de 300 garrafas, Substituindo II em I
sendo que o número de garrafas de vinho seco excede em 3
unidades o dobro do número de garrafas de vinho suave. Assim, 2y+3+y=300
a porcentagem de garrafas de vinho seco dessa adega é igual a 3y=297
(A) 60%. y=99
(B) 63%. x=201
(C) 65%.
(D) 67%. 300------100%
(E) 70%. 201-----x
X=67%
03 (PETROBRAS - TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E
CONTROLE JÚNIOR – CESGRANRIO) Maria vende salgados e 03 Resposta: C.
doces. Cada salgado custa R$2,00, e cada doce, R$1,50. Ontem Doces: x
ela faturou R$95,00 vendendo doces e salgados, em um total de Salgados: y
55 unidades. Quantos doces Maria vendeu?
(A) 20
(B) 25
(C) 30
(D) 35
(E) 40
Somando as duas equações:
04 (BANCO DO BRASIL – ESCRITURÁRIO – FCC) Dos
56 funcionários de uma agência bancária, alguns decidiram
contribuir com uma lista beneficente. Contribuíram 2 a cada
3 mulheres, e 1 a cada 4 homens, totalizando 24 pessoas. A
razão do número de funcionárias mulheres para o número de Ela vendeu 30 doces
funcionários homens dessa agência é de
(A) 3 para 4. 04 Resposta: A.
(B) 2 para 3. Mulheres: x
(C) 1 para 2. Homens: y
(D) 3 para 2.
(E) 4 para 5.

05 (TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO –


VUNESP) Uma empresa comprou um determinado número
de folhas de papel sulfite, embaladas em pacotes de mesma
quantidade para facilitar a sua distribuição entre os diversos
setores. Todo o material deverá ser entregue pelo fornecedor
acondicionado em caixas, sem que haja sobras. Se o fornecedor
colocar 25 pacotes por caixa, usará 16 caixas a mais do que Somando as duas equações:
se colocar 30 pacotes por caixa. O número total de pacotes
comprados, nessa encomenda, foi M.m.c.(3,4)=12
(A) 2200. -5y=-160
(B) 2000. y=32
(C) 1800. x=24
(D) 2400.
(E) 2500. razão de mulheres pra homens:
Respostas
01 Resposta: C. 05 Resposta: D.
Total de pacotes: x
Cláudio :x Caixas y
Otávio: y

Matemática 30
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APOSTILAS OPÇÃO
Veja:
Desconto Fator de Multiplicação
12% 0,88
26% 0,74
36% 0,64
60% 0,40
90% 0,10
Substituindo: Ex: Descontando 10% no valor de R$10,00 temos: 10 .
0,90 = R$ 9,00

Você deve lembrar que em matemática a palavra de indica


uma multiplicação, logo para calcularmos 12% de R$ 540,00
devemos proceder da seguinte forma:
12 6480
12% de 540 = 100 . 540 = 100 = 64,8 ; logo 12% de R$
Porcentagem e 540,00 é R$ 64,80
proporcionalidade direta e Ou
inversa 0,12 de 540 = 0,12 . 540 = 64,8 (nos dois métodos
encontramos o mesmo resultado)
Utilizaremos nosso conhecimento com porcentagem pra a
Porcentagem resolução de problemas.
Ex: 1. Sabe-se que 20% do número de pessoas de minha
Diariamente jornais, TV, revistas apresentam notícias sala de aula são do sexo masculino. Sabendo que na sala existem
que envolvem porcentagem; em um passeio pelo comércio de 32 meninas, determine o número de meninos.
nossa cidade vemos cartazes anunciando mercadorias com Resolução: se 20% são homens então 80% são mulheres e x
desconto e em boletos bancários também nos deparamos com representa o nº total de alunos, logo: 80% de x = 32 ⇒ 0,80 .
porcentagens. x = 32 ⇒ x = 40
A porcentagem é de grande utilidade no mercado financeiro, Resp: são 32 meninas e 8 meninos
pois é utilizada para capitalizar empréstimos e aplicações,
expressar índices inflacionários e deflacionários, descontos, 2. Em uma fábrica com 52 funcionários, 13 utilizam
aumentos, taxas de juros, entre outros. No campo da Estatística bicicletas como transporte. Expresse em porcentagem a
possui participação ativa na apresentação de dados comparativos quantidade de funcionários que utilizam bicicleta.
e organizacionais. Resolução: Podemos utilizar uma regra de três simples.
É frequente o uso de expressões que refletem acréscimos ou 52 funcionários .............................100%
reduções em preços, números ou quantidades, sempre tomando 13 funcionários ............................. x%
por base 100 unidades. Alguns exemplos: 52.x = 13.100
A gasolina teve um aumento de 15% 52x = 1300
Significa que em cada R$100 houve um acréscimo de R$15,00 x= 1300/52
O funcionário recebeu um aumento de 10% em seu salário. x = 25%
Significa que em cada R$100 foi dado um aumento de Portanto, 25% dos funcionários utilizam bicicletas.
R$10,00 Podemos também resolver de maneira direta dividindo o nº
As expressões 7%, 16% e 125% são chamadas taxas de funcionários que utilizam bicicleta pelo total de funcionários
centesimais ou taxas percentuais. ⇒ 13 : 52 = 0,25 = 25%
Porcentagem é o valor obtido ao aplicarmos uma taxa
percentual a um determinado valor. É representado por uma Questões
fração de denominador 100 ou em número decimal.
25 1 01. (Concurso de Agente Fiscal Sanitário-Prefeitura
Ex: 25% = 100 = 0,25 = 4 (fração irredutível) de Indaiatuba-SP) Ao comprar um eletrodoméstico em uma
loja que estava dando 20% de desconto, o cliente ganhou um
Porcentagem na forma decimal desconto de R$500,00. Qual era o preço do eletrodoméstico e
quanto foi pago por ele respectivamente.
43% = 43/100 = 0,43, então 0,43 corresponde na forma (A) R$2.720,00 e R$2.240,00
decimal a 43% (B) R$1.900,00 e R$1.400,00
0,7 = 70/100= 70% (C) R$2.500,00 e R$2.000,00
(D) R$3.500,00 e R$3.000,00
Importante:Fator de Multiplicação.
Se há um acréscimo de 10% a um determinado valor, 02. (Concurso de Agente Fiscal Sanitário-Prefeitura
podemos calcular o novo valor apenas multiplicando esse valor de Indaiatuba-SP) Todo mês vem descontado na folha de
por 1,10, que é o fator de multiplicação. Se o acréscimo for de pagamento de um trabalhador o valor de 280,00 reais. Sabendo
30%, multiplicamos por 1,30, e assim por diante. Veja: que o salário bruto deste trabalhador é de R$1.400,00, este
desconto equivale a quantos por cento do salário do trabalhador?
Acréscimo Fator de Multiplicação (A) 5%
11% 1,11 (B) 20%
15% 1,15 (C) 2%
(D) 25%
20% 1,20
65% 1,65 03 (TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO –
87% 1,87
VUNESP) Acessando o site de determinada loja, Lucas constatou
que, na compra pela internet, com prazo de entrega de 7 dias
úteis, o notebook pretendido custava R$ 110,00 a menos do que
Ex: Aumentando 10% no valor de R$10,00 temos: 10 .
na loja física que, por outro lado, oferecia a entrega imediata do
1,10 = R$ 11,00
aparelho. Como ele tinha urgência, foi até a loja física e negociou
No caso de haver um decréscimo, o fator de multiplicação será:
com o gerente, obtendo um desconto de 5% e, dessa forma,
Fator de Multiplicação =  1 - taxa de desconto (na forma decimal).

Matemática 31
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APOSTILAS OPÇÃO
comprou o aparelho, pagando o mesmo preço que pagaria pela 03 Resposta: E.
internet. Desse modo, é correto afirmar que o preço que Lucas O valor da internet era R$110,00 a menos que da loja física,
pagou pelo notebook, na loja física, foi de com o desconto de 5% na loja física, os valores ficaram iguais.
(A) R$ 2.110,00. Loja física: x (sem desconto)
(B) R$ 2.200,00. O produto teve um desconto de 5%, portanto custa 0,95x
(C) R$ 2.000,00.
(D) R$ 2.310,00. x-110=0,95x
(E) R$ 2.090,00. 0,05x=110
X=2200
04 (SEAP – AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA
PENITENCIÁRIA – VUNESP) Uma loja vendeu no mês de janeiro Loja física com desconto: 0,95⋅2200=2090
e no mês de março, respectivamente, 180 e 270 unidades de
determinado produto. Sabendo que as vendas desse produto 04 Resposta: E.
no mês de março tiveram um aumento de 25% em relação às Se teve um aumento de 25%, o fator de multiplicação é 1,25.
vendas do mesmo produto no mês de fevereiro, pode-se concluir Fevereiro: x
1,25x=270
que, em relação ao mês de janeiro, as vendas desse produto em
X=216
fevereiro tiveram um aumento de
(A) 15%. 180x=216
(B) 25%. x=1,2
(C) 10%.
(D) 5%. Como o fator de multiplicação é 1,2, a porcentagem de
(E) 20%. aumento foi de 20%.
05 (ANVISA – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CETRO/) Das 05 Resposta: A.
pessoas que participaram de uma reunião, 40% eram advogados, Pessoas que participaram: x
25% eram médicos e as 14 pessoas restantes eram engenheiros.
0,4x+0,25x+14=x
Assinale a alternativa que apresenta o número de pessoas que
X-0,65x=14
participaram dessa reunião.
(A) 40. 0,35x=14
(B) 50. X=40 pessoas
(C) 60.
(D) 70. 06. Resposta: D.
(E) 80.
Valor mensal : x
06 (COREN/SP – AGENTE ADMINISTRATIVO – VUNESP) O Primeiro aumento: 1,1x
valor mensal do plano de saúde de Cícero sofreu dois aumentos Segundo aumento: 1,1.1,1x=1,21x
sucessivos de 10%, sendo o primeiro decorrente da mudança
de faixa etária, e o segundo, correspondente ao aumento anual 1,21x=84+x
previsto em contrato, e ele passou a pagar R$ 84,00 a mais do 0,21X=84
que pagava anteriormente. Pode-se concluir, então, que o valor X=400
mensal que Cícero pagava, antes dos aumentos, era Antes do aumento ele pagava R$ 400,00.
(A) R$ 425,00.
(B) R$ 420,00. 07. Resposta: E.
(C) R$ 410,00. Meninos: 0,88x
(D) R$ 400,00. Meninas: x
(E) R$ 380,00.
0,88x+22+2=x
07 (UFABC/SP – TRADUTOR E INTÉRPRETE DE 0,12x=24
LINGUAGENS DE SINAIS – VUNESP) Em uma escola, o número x=200
de meninos é igual a 88% do número de meninas. Após a
matrícula de 22 novos meninos, essa escola passou a ter 2 Grandezas Diretamente Proporcionais:
meninas a mais do que meninos. O número de meninas nessa
escola é Duas grandezas são diretamente proporcionais, quando as
(A) 100. duas aumentam na mesma proporção ou as duas diminuem na
(B) 125. mesma proporção, ou seja, o que você fizer com uma acontecerá
(C) 150. com a outra.
(D) 175. Exemplos:
(E) 200. 1. Numa receita de pudim eu uso duas latas de leite
Respostas condensado, 6 ovos e duas latas de leite, para uma receita.
Para fazer duas receitas do mesmo pudim terei que dobrar
01.Resposta: C. a quantidade de cada ingrediente, ou reduzir à metade a
Para resolver usamos uma regra de Três simples e direta quantidade de ingredientes se quiser apenas meia receita.
valor %
500 20 2. Observe a tabela abaixo que relaciona o preço que tenho
que pagar em relação à quantidade de pães que pretendo
X 100 comprar:
Multiplicando em Cruz temos
20 x = 500 . 100
20 x = 50000 N° de 1 2 5 10 20 50
X = 50000/20 pães
X = 2500
Preço 0,50 1,00 2,50 5,00 10,00 25,00
O preço do eletrodoméstico era 2500 reais e o valor pago foi
2000 reais Preço e quantidade de pães são grandezas diretamente
proporcionais. Portanto se compro mais pães, pago mais,
02. Resposta: B. se compro menos pães, pago menos. Observe que quando
Para saber a porcentagem do desconto de maneira rápida dividimos o preço pela quantidade de pães obtemos sempre o
dividimos o desconto pelo salário bruto mesmo valor.
280 : 1400 = 0,20 = 20% Propriedade: Em grandezas diretamente proporcionais, a
razão é constante.

Matemática 32
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APOSTILAS OPÇÃO
Preço e quantidade de pães são grandezas diretamente
proporcionais. Portanto se compro mais pães, pago mais, 3C = 60 ⇒ C = 20
se compro menos pães, pago menos. Observe que quando
dividimos o preço pela quantidade de pães obtemos sempre o Resp : 45, 150 e 20
mesmo valor.
Propriedade: Em grandezas diretamente proporcionais, a Questões
razão é constante.
01. (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP) Uma rede
Grandezas Inversamente Proporcionais:
varejista teve um faturamento anual de 4,2 bilhões de reais com
Duas grandezas são ditas inversamente proporcionais 240 lojas em um estado. Considerando que esse faturamento é
quando uma aumenta e a outra diminui na mesma proporção, ou proporcional ao número de lojas, em outro estado em que há
seja, o que você fizer com uma acontecerá o inverso com a outra. 180 lojas, o faturamento anual, em bilhões de reais, foi de:
Exemplo: (A) 2,75.
1. Numa viagem, quanto maior a velocidade média no (B) 2,95.
percurso, menor será o tempo gasto. Quanto menor for a (C)3,15.
velocidade média, maior será o tempo gasto. Observe a tabela (D) 3,35.
abaixo que relaciona a velocidade média e o tempo de viagem, (E) 3,55.
para uma distância de 600 km.
02 (SABESP – APRENDIZ – FCC) Em um processo seletivo
Veloc.Média km/h 60 100 120 150 diferenciado, os candidatos obtiveram os seguintes resultados:
− Alana resolveu 11 testes e acertou 5
Tempo (h) 10 6 5 4 − Beatriz resolveu 14 testes e acertou 6
− Cristiane resolveu 15 testes e acertou 7
Velocidade média e Tempo de viagem são grandezas − Daniel resolveu 17 testes e acertou 8
inversamente proporcionais, assim se viajo mais depressa levo − Edson resolveu 21 testes e acertou 9
um tempo menor, se viajo com menor velocidade média levo um
tempo maior. Observe que quando multiplicamos a velocidade O candidato contratado, de melhor desempenho, foi:
média pelo tempo de viagem obtemos sempre o mesmo valor.
Propriedade: Em grandezas inversamente proporcionais, o (A) Edson.
produto é constante. (B) Daniel.
(C) Cristiane.
Problemas (D) Beatriz.

1. Divida 132 em partes inversamente proporcionais a 2, 5 03 (SABESP – APRENDIZ – FCC) Em um vestibular para
e 8. o curso de marketing, participaram 3600 candidatos para
A B C 132 132 5280 150 vagas. A razão entre o número de vagas e o número de
= = = = = = 160
1 1 1 20 + 8 + 5 33 33 candidatos, nessa ordem, foi:
2 5 8 40 40 (A) 1/15
(B)1/ 25
A 1 (C) 1/24
= 160 ⇒ A = 160. = 80
1 2 (D)1/ 20
(E) 1/18
2
B 1 04 (TJ/MT – AGENTE DE INFÂNCIA E DA JUVENTUDE –
= 160 ⇒ B = 160. = 32 TJ) A Revista Veja, de 24/10/2012, apresenta dados sobre o
1 5
problema do trânsito nas grandes metrópoles do mundo e, em
5 particular, informa que o brasileiro perde 80 minutos do dia em
engarrafamentos no trânsito. A partir dessa informação, qual é
C 1 a razão entre o tempo perdido em engarrafamentos e o tempo
= 160 ⇒ C = 160. ⇒ C = 20
1 8 de um dia?
8 (A) 2/9
1 1 1 (B) 5/24
2.Reparta 91 em partes inversamente proporcionais a , e .
3 4 6 (C) 1/18
(D) 1/3
Como a divisão é inversa vamos inverter as frações que fica
3,4 e 6.
Logo a divisão é feita por 3,4 e 6 05 (IAMSPE – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP) De
cada 15 salas de certo edifício, 2 estão em reforma. O total de
X y z 91 salas em reforma é 42. Dentre as que não estão em reforma, 1/7
= = = =7 está sendo pintada. Portanto, o número de salas que estão sendo
3 4 6 13
pintadas é:
x (A) 72.
3
=7 ⇒ x = 21
(B) 52.
(C) 45.
y 2
=7 y = 28 (D) 39.
4 (E) 37.
Respostas
3
z = 42
01. Resposta: C.
Resp: 21, 28 e 42

3. Divida 215 em partes diretamente proporcionais a 3 , 5 , 1


4 2 3
A B C 215 2580
= = = = = 60
3 5 1 9 + 30 + 4 43
4 2 3 12
4A
3
= 60 ⇒ 4A=180 ⇒ A = 45

2B
5
= 60 ⇒ 2B = 300 ⇒ B = 150
Matemática 33
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APOSTILAS OPÇÃO
02. Resposta: B. Resp: 145, 159, 173, 187, 201

3. Numa PA de 8 termos, o 3º termo é 26 e a razão é -3.


Escreva todos os termos dessa PA.

Resp: 32, 29, 26, 23, 20, 17, 14, 11

4. Determinar o 21º termo da PA (9, 13, 17, 21,...)

Resp: r = 4 a1 = 9 n = 21 a61 = ?
a61 = 9 + (21 – 1).4
a61 = 9 + 20.4 = 9 + 80 = 89

Daniel teve o melhor desempenho. 5. Determinar o número de termos da PA (4,7,10,...,136)

03. Resposta: C. Resp: a1 = 4 an = 136 r=7–4=3


an = a1 + (n – 1).r
136 = 4 + (n – 1).3
136 = 4 + 3n – 3
04. Resposta: C. 3n = 136 – 4 + 3
3n = 135
1 dia- 24 horas-1440 minutos n = 135/3 = 45 termos
80/1440=1/18
Soma dos termos de uma PA
05. Resposta: D.

X=315 salas no edifício


315-42=273 não estão em reforma.
Para somar os n primeiros termos, pode-se utilizar a seguinte
fórmula:

S é a soma dos termos


n é o número de termos
Sequências, reconhecimento de a é o primeiro termo
a é o último termo
padrões, progressões aritmética Ex:
e geométrica 1. Calcular a soma dos trinta primeiros termos da PA (4, 9,
14, 19,...).

a30 = a1 + (30 – 1).r


Progressão aritmética
a30 = a1 + 29.r
a30 = 4 + 29.5 = 149
Uma progressão aritmética ( P. A.) é uma sequência numérica
em que cada termo, a partir do segundo, é igual à soma do termo
anterior com uma constante O número é chamado de razão
da PA.
Alguns exemplos de progressões aritméticas:
1, 4, 7, 10, 13, ..., é uma PA em que a razão (a diferença entre
os números consecutivos) é igual a 3. É uma PA crescente.
-2, -4, -6, -8, -10, ..., é uma P.A. em que r=-2
É uma PA decrescente.
6, 6, 6, 6, 6, ..., é uma P.A. com r=0 É uma PA constante
Numa progressão aritmética, a partir do segundo termo, o Progressão geométrica
termo central é a média aritmética do termo antecessor e do
sucessor, isto é, Denominamos de progressão geométrica, ou simplesmente
PG, a toda sequência de números não nulos em que cada um
deles, multiplicado por um número fixo, resulta no próximo
número da sequência. Esse número fixo é chamado de razão
Fórmula do termo geral de uma PA da progressão e os números da sequência recebem o nome de
O enésimo termo de uma PA, representado por an pode ser termos da progressão.
obtido por meio da formula: Observe estes exemplos:
an=a1+(n-1)r 8, 16, 32, 64, 128, 256, 512, 1024 é uma PG de 8 termos, com
razão 2.
a é o primeiro termo 5, 15, 45,135 é uma PG de 4 termos, com razão 3
a é o último termo
n é o número de termos Fórmula do termo geral de uma progressão geométrica.
r é a razão an=a1.qn-1
Ex: 1. Numa PA de 7 termos, o primeiro deles é 6, o segundo Ex:
é 10. Escreva todos os termos dessa PA. 1. Determinar a razão da PG tal que:

Resp: 6, 10, 14, 18, 22, 26, 30

2. Numa PA de 5 termos, o último deles é 201 e o penúltimo


é 187. Escreva todos os termos dessa PA.

Matemática 34
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APOSTILAS OPÇÃO
R$ 3. 000,00, pelo prazo de 4 meses, à taxa de 2% ao mês. Quan-
to deverá ser pago de juros?

Resolução:

- Capital aplicado (C): R$ 3.000,00


- Tempo de aplicação (t): 4 meses
- Taxa (i): 2% ou 0,02 a.m. (= ao mês)

Fazendo o cálculo, mês a mês:

- No final do 1º período (1 mês), os juros serão: 0,02 x R$


3.000,00 = R$ 60,00
- No final do 2º período (2 meses), os juros serão: R$ 60,00 +
R$ 60,00 = R$ 120,00
- No final do 3º período (3 meses), os juros serão: R$ 120,00
+ R$ 60,00 = R$ 180,00
Formula da soma dos n primeiros termos de uma PG: - No final do 4º período (4 meses), os juros serão: R$ 180,00
+ R$ 60,00 = R$ 240,00
Sendo Sn a soma dos n primeiros termos da PG (a1,a2, a3,...
an,...) de razão q, temos: Desse modo, no final da aplicação, deverão ser pagos R$
Se q = 1, então Sn = n.a1 240,00 de juros.
Se q ≠ 1 , então Fazendo o cálculo, período a período:
- No final do 1º período, os juros serão: i.C
- No final do 2º período, os juros serão: i.C + i.C
Ex: 1. Calcular a soma dos dez primeiros termos da PG (3, - No final do 3º período, os juros serão: i.C + i.C + i.C
6, 12,....). ----------------------------------------------------------------------------
--
- No final do período t, os juros serão: i.C + i.C + i.C + ... + i.C

Portanto, temos:
J=C.i.t
Observações:

1) A taxa i e o tempo t devem ser expressos na mesma


unidade.
2) Nessa fórmula, a taxa i deve ser expressa na forma decimal.
3) Chamamos de montante (M) a soma do capital com os
juros, ou seja: Na fórmula J= C . i . t, temos quatro variáveis.
Se três delas forem valores conhecidos, podemos calcular o 4º
Juros e noções de matemática valor.
financeira
M=C+ j
Exemplo
Juros Simples
A que taxa esteve empregado o capital de R$ 20.000,00 para
Toda vez que falamos em juros estamos nos referindo a uma render, em 3 anos, R$ 28.800,00 de juros? (Observação: Como o
quantia em dinheiro que deve ser paga por um devedor, pela tempo está em anos devemos ter uma taxa anual.)
utilização de dinheiro de um credor (aquele que empresta).
C = R$ 20.000,00
- Os juros são representados pela letra j. t = 3 anos
- O dinheiro que se deposita ou se empresta chamamos de j = R$ 28.800,00
capital e é representado pela letra C.
- O tempo de depósito ou de empréstimo é representado i = ? (ao ano)
pela letra t. C.i.t
j=
- A taxa de juros é a razão centesimal que incide sobre 100
20000. i.3
um capital durante certo tempo. É representado pela letra i e 28 800 = 100
utilizada para calcular juros. 28 800 = 600 . i
Chamamos de simples os juros que são somados ao capital 28.800
i=
inicial no final da aplicação. 600
i = 48
Devemos sempre relacionar taxa e tempo numa mesma
unidade: Resposta: 48% ao ano.
Taxa anual --------------------- tempo em anos
Taxa mensal-------------------- tempo em meses Juros Compostos
Taxa diária---------------------- tempo em dias
O capital inicial (principal) pode crescer, como já sabemos,
Consideremos, como exemplo, o seguinte problema: devido aos juros, segundo duas modalidades, a saber:
Uma pessoa empresta a outra, a juros simples, a quantia de Juros simples - ao longo do tempo, somente o principal
rende juros.

Matemática 35
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APOSTILAS OPÇÃO
Juros compostos - após cada período, os juros são
incorporados ao principal e passam, por sua vez, a render juros.
Também conhecido como “juros sobre juros”.
Vamos ilustrar a diferença entre os crescimentos de um
capital através juros simples e juros compostos, com um Temos também da expressão acima que: n.log(1 + i) = logS
exemplo: Suponha que $100,00 são empregados a uma taxa de – logP
10% a.a. (ao ano) Teremos:
Deste exemplo, dá para perceber que o estudo dos
juros compostos é uma aplicação prática do estudo dos
logaritmos.

2 – Um capital é aplicado em regime de juros compostos a


uma taxa mensal de 2% (2% a.m.). Depois de quanto tempo este
capital estará duplicado?

Solução: Sabemos que S = P (1 + i)n. Quando o capital inicial


Observe que o crescimento do principal segundo juros
estiver duplicado, teremos S = 2P.
simples é LINEAR enquanto que o crescimento segundo juros
Substituindo, vem: 2P = P(1+0,02)n [Obs: 0,02 = 2/100 = 2%]
compostos é EXPONENCIAL, e, portanto tem um crescimento
Simplificando, fica:
muito mais “rápido”. Isto poderia ser ilustrado graficamente da
2 = 1,02n , que é uma equação exponencial simples.
seguinte forma:
Teremos então: n = log1,022 = log2 /log1,02 = 0,30103 /
0,00860 = 35

Nota: log2 = 0,30103 e log1,02 = 0,00860; estes valores


podem ser obtidos rapidamente em máquinas calculadoras
científicas. Caso uma questão assim caia no vestibular, o
examinador teria de informar os valores dos logaritmos
necessários, ou então permitir o uso de calculadora na prova, o
que não é comum no Brasil.
Portanto, o capital estaria duplicado após 35 meses (observe
Na prática, as empresas, órgãos governamentais e
que a taxa de juros do problema é mensal), o que equivale a 2
investidores particulares costumam reinvestir as quantias
anos e 11 meses.
geradas pelas aplicações financeiras, o que justifica o emprego
Resposta: 2 anos e 11 meses.
mais comum de juros compostos na Economia. Na verdade, o
uso de juros simples não se justifica em estudos econômicos.
Questões
Fórmula para o cálculo de Juros compostos
01. Uma Loja de eletrodomésticos apresenta a seguinte
Considere o capital inicial (principal P) $1000,00 aplicado a oferta para a venda de um DVD player:
uma taxa mensal de juros compostos ( i ) de 10% (i = 10% a.m.).
Vamos calcular os montantes (principal + juros), mês a mês: À vista R$ 539,00 ou
Após o 1º mês, teremos: M1 = 1000 x 1,1 = 1100 = 1000(1 12x 63,60 = R$ 763,20.
+ 0,1)
Após o 2º mês, teremos: M2 = 1100 x 1,1 = 1210 = 1000(1 + De quanto será o acréscimo sobre o preço à vista se o produto
0,1)2 for comprado em 12 vezes?
Após o 3º mês, teremos: M3 = 1210 x 1,1 = 1331 = 1000(1 +
0,1)3 02. Calcule o juros simples gerado por um capital de R$ 2
Após o nº (enésimo) mês, sendo S o montante, teremos 500,00, quando aplicado durante 8 meses a uma taxa de 3,5%
evidentemente: S = 1000(1 + 0,1)n a.m.

De uma forma genérica, teremos para um principal P, 03. Uma aplicação financeira, feita durante 2 meses a uma
aplicado a uma taxa de juros compostos i durante o período n taxa de 3% ao mês, rendeu R$ 1 920,00 de juro. Qual foi a
: S = P (1 + i)n quantia aplicada?
onde S = montante, P = principal, i = taxa de juros e n = número
de períodos que o principal P (capital inicial) foi aplicado. 04. Um capital de R$ 4.000,00 foi aplicado durante 3 meses,
Nota: Na fórmula acima, as unidades de tempo referentes à à juros simples, à taxa de 18% a.a. Pede-se:
taxa de juros (i) e do período (n), tem de ser necessariamente a) Juros
iguais. Este é um detalhe importantíssimo, que não pode ser b) Montante.
esquecido! Assim, por exemplo, se a taxa for 2% ao mês e o
período 3 anos, deveremos considerar 2% ao mês durante 05. Calcular o juro simples referente a um capital de $
3x12=36 meses. 2.400,00 nas seguintes condições:
Taxa de Juros Prazo
Exemplos a) 21% a.a. 1 ano
b) 21% a.a. 3 anos
1 – Expresse o número de períodos n de uma aplicação, em
função do montante S e da taxa de aplicação i por período. 06. Qual o montante de uma aplicação de $16.000,00, a juros
compostos, pelo prazo de 4 meses, à taxa de 2,5% a.m.?
Solução:
Temos S = P(1+i)n 07. Calcule o montante e os juros da aplicação abaixo,
Logo, S/P = (1+i)n considerando o regime de juros compostos:
Pelo que já conhecemos de logaritmos, poderemos escrever: Capital Taxa de Juros Prazo de Antecipação
n = log (1+ i ) (S/P) . Portanto, usando logaritmo decimal (base R$ 20.000,00 3,0% a.m. 7 meses
10), vem:
08. O capital R$ 500,00 foi aplicado durante 8 meses à taxa
de 5% ao mês. Qual o valor dos juros compostos produzidos?

Matemática 36
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APOSTILAS OPÇÃO
09. Qual a aplicação inicial que, empregada por 1 ano e seis 6) Resposta “17 661,01”.
meses, à taxa de juros compostos de 3% ao trimestre, se torna Solução: Dados:
igual a R$ 477,62? C: 16000
i: 2,5% a.m.
10. Calcular o montante gerado a partir de R$ 1.500,00, n: 4 meses.
quando aplicado à taxa de 60% ao ano com capitalização mensal,
M = C(1 + i)n
durante 1 ano.
4
  2,5  
M = 16000 1 + 
Respostas   100  

1) Resposta “R$ 224,20”. [


→ M = 16000 1 + 0,025]4
Solução: Basta apenas tirar o valor à prazo sobre o à vista: → M = 16000 [1,025]
4

R$ 763,20 – R$ 539,00 = R$ 224,20.


→ M = 16000 x 1,103812891 → M = 17.661,01

2) Resposta “R$ 700,00”. 7) Resposta “24 597,48”.


Solução: Dados: Solução: Dados:
Capital (quantia aplicada): R$ 2 500,00 C: 20000
Taxa de juros: 3,5 a.m. i: 3,0% a.m.
Tempo de aplicação: 8 meses n: 7 meses.
Juro: ?
M = C(1 + i)n
Representando o juro por x, podemos ter:   3  
7
M = 20000 1 + 
  100  
x = (3,5% de 2 500) . 8
x = (0,035 . 2 500) . 8 [
→ M = 20000 1 + 0,03]7
x = 700 → M = 20000 [1,03]
7

→ M = 20000 x 1,229873685 → M = 24.597,48


Conclui-se que o juro é de R$ 700,00.
8) Resposta “R$ 238,73”.
3) Resposta “R$ 32 000,00”. Solução: Dados:
Solução: Dados: C = R$ 500
Capital (quantia plicada) ? i = 5% = 0,05
Taxa de juro: 3% a.m. n = 8 (as capitalizações são mensais)
Tempo de aplicação: 2 meses M = C ⋅ (1 + i)n ⇒ M = 500 ⋅ (1,05)8 ⇒ M = R$ 738,73
Juro: R$ 1 920,00
O valor dos juros será:
J = 738,73 – 500
Calculando a quantia que a aplicação rendeu juro ao mês: J = R$ 238,73
1 920 2 = 960 9) Resposta “ R$ 400,00”.
Solução:
Representando o capital aplicado por x, temos: M = R$ 477,62
i = 3% = 0,03
3% de x dá 960 n = 6 (as capitalizações são trimestrais)
0,03 . x = 960 M = C ⋅ (1 + i)n
0,03x = 960 477,62 = C ⋅ (1,03)6

x= 477,62
C=
1,19405
Logo, o capital aplicado foi de R$ 32 000,00. C = R$ 400,00.
4) Resposta “Juros: R$ 180,00; Montante R$ 4 180,00”. 10) Resposta “R$ 2.693,78”.
Solução: Solução:
a → J = Cin Observamos que 60% ao ano é uma taxa nominal; a capita-
J = 4000 {[(18/100)/12]x3} lização é mensal.
J = 4000 {[0,18/12]x3}
J = 4000 {0,015 x 3} A taxa efetiva é, portanto, 60% ÷ 12 = 5% ao mês.
J = 4000 x 0,045
C = R$ 1.500
J = 180,00
i = 5% = 0,05
B→M=C+J
n = 12
M = 4000 + 180 M = C ⋅ (1 + i)n
M = 4.180,00 M = 1.500 ⋅ (1,05)12
M = 1.500 ⋅ 1,79586
5) Resposta “ R$ 504,00; R$ 1 512,00 ” M = R$ 2.693,78
Solução:
a → J = Cit
J = 2400 [(21/100)x1]
J = 2400 [0,21 x 1] Problemas de raciocínio
J = 2400 x 0,21
J = 504,00
PROPOSIÇÕES OU SENTENÇAS
b → J = Cin
J = 2400 [(21/100)x3] Uma proposição é uma afirmação que pode ser verdadeira
J = 2400 [0,21x3] ou falsa. Ela é o significado da afirmação, não um arranjo preciso
J = 2400 0,63 das palavras para transmitir esse significado. Por exemplo,
J = 1.512,00 “Existe um número primo par maior que dois” é uma proposição
(no caso, falsa). “Um número primo par maior que dois existe”

Matemática 37
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APOSTILAS OPÇÃO
é a mesma proposição, expressa de modo diferente. É muito Diagrama de Euler
fácil mudar acidentalmente o significado das palavras apenas
reorganizando-as. A dicção da proposição deve ser considerada Para analisar, poderemos usar o diagrama de Euler.
algo significante. É possível utilizar a linguística formal para
analisar e reformular uma afirmação sem alterar o significado. - Todo S é P (universal afirmativa – A)
As sentenças ou proposições são os elementos que, na
linguagem escrita ou falada, expressam uma ideia, mesmo que
absurda. Considerar-se-ão as que são bem definidas, isto é,
aquelas que podem ser classificadas em falsas ou verdadeiras,
denominadas declarativas. As proposições geralmente são
designadas por letras latinas minúsculas: p, q, r, s...

Considere os exemplos a seguir:

p: Mônica é inteligente.
q: Se já nevou na região Sul, então o Brasil é um país europeu.
r: 7 > 3 - Nenhum S é P (universal negativa – E)
s: 8 + 2 ≠ 10

Tipos de Proposições

Podemos classificar as sentenças ou proposições, conforme


o significado de seu texto, em:

- Declarativas ou afirmativas: são as sentenças em que se


afirma algo, que pode ou não ser verdadeiro. Exemplo: Júlio
César é o melhor goleiro do Brasil. - Algum S é P (particular afirmativa – I)
- Interrogativas: são aquelas sentenças em que se questiona
algo. Esse tipo de sentença não admite valor verdadeiro ou falso.
Exemplo: Lula estava certo em demitir a ministra?
- Imperativas ou ordenativas: são as proposições em que se
ordena alguma coisa. Exemplo: Mude a geladeira de lugar.

Proposições Universais e Particulares


- Algum S não é P (particular negativa – O)
As proposições universais são aquelas em que o predicado
refere-se à totalidade do conjunto. Exemplo:

“Todos os homens são mentirosos” é universal e


simbolizamos por “Todo S é P”

Nesta definição incluímos o caso em que o sujeito é unitário.

Exemplo: “O cão é mamífero”. Princípios

As proposições particulares são aquelas em que o predicado - Princípio da não-contradição: Uma proposição não pode
refere-se apenas a uma parte do conjunto. Exemplo: “Alguns ser verdadeira e falsa simultaneamente.
homens são mentirosos” é particular e simbolizamos por “algum - Princípio do Terceiro Excluído: Uma proposição só pode ter
S é P”. dois valores verdades, isto é, é verdadeiro (V) ou falso (F), não
podendo ter outro valor.
Proposições Afirmativas e Negativas
a) “O Curso Pré-Fiscal fica em São Paulo” é um proposição
No caso de negativa podemos ter: verdadeira.
b) “O Brasil é um País da América do Sul” é uma proposição
“Nenhum homem é mentiroso” é universal negativa e verdadeira.
simbolizamos por “nenhum S é P”. c) “A Receita Federal pertence ao poder judiciário”, é uma
proposição falsa.
“Alguns homens não são mentirosos” é particular negativa e
simbolizamos por “algum S não é P”. As proposições simples (átomos) combinam-se com outras,
ou são modificadas por alguns operadores (conectivos), gerando
No caso de afirmativa consideramos o item anterior. novas sentenças chamadas de moléculas. Os conectivos serão
representados da seguinte forma:
Chamaremos as proposições dos tipos: “Todo S é P”, “algum S
é P”, “algum S não é P” e “nenhum S é P”. ~corresponde a “não”
∧ corresponde a “e”
Então teremos: ∨ corresponde a “ou”
⇒ corresponde a “então”
⇔ corresponde a “se somente se”
AFIRMATIVA NEGATIVA Sendo assim, a partir de uma proposição podemos construir
UNIVERSAL Todo S é P (A) Nenhum S é P (E) uma outra correspondente com a sua negação; e com duas ou
mais, podemos formar:
PARTICULAR Algum S é P (I) Algum S não é P
(O) - Conjunções: a ∧ b (lê-se: a e b)
- Disjunções: a ∨ b (lê-se: a ou b)

Matemática 38
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APOSTILAS OPÇÃO
- Condicionais: a ⇒ b (lê-se: se a então b) p ~p
- Bicondicionais: a ⇔ b (lê-se: a se somente se b)
V F
Exemplo
F V
“Se Cacilda é estudiosa então ela passará no AFRF”
Atenção: A sentença negativa é representada por “~”.
Sejam as proposições:
A sentença t:
p = “Cacilda é estudiosa”
“O time do Paraná resistiu à pressão do São Paulo” possui
q = “Ela passará no AFRF”
como negativa de t, ou seja, “~t”, o correspondente a: “O time do
Paraná não resistiu à pressão do São Paulo”.
Daí, poderemos representar a sentença da seguinte forma:
Se p então q (ou p ⇒q)
Observação: Alguns matemáticos utilizam o símbolo “ ¬ O
Brasil possui um grande time de futebol”, que pode ser lida como
Sentenças Abertas
“O Brasil não possui um grande time de futebol”.
Existem sentenças que não podem ser classificadas nem
Proposições Simples e Compostas
como falsas, nem como verdadeiras. São as sentenças chamadas
sentenças abertas.
Uma proposição pode ser simples (também denominada
atômica) ou composta (também denominada molecular). As
Exemplos
proposições simples apresentam apenas uma afirmação. Pode-
se considerá-las como frases formadas por apenas uma oração.
1.
As proposições simples são representadas por letras latinas
minúsculas.
A sentença matemática x+4=9 é aberta, pois existem infinitos
números que satisfazem a equação. Obviamente, apenas um
Exemplos
deles, x=5 , tornando a sentença verdadeira. Porém, existem
infinitos outros números que podem fazer com que a proposição
(1) p: eu sou estudioso
se torne falsa, como x=-5
(2) q: Maria é bonita
(3) r: 3 + 4 > 12
2. q ( x ) : x < 3
Dessa maneira, na sentença x<3 , obtemos infinitos valores Uma proposição composta é formada pela união de duas ou
que satisfazem à equação. Porém, alguns são verdadeiros, como mais proposições simples.
x=-2, e outros são falsos, como x=+7 Indica-se uma proposição composta por letras latinas
maiúsculas. Se P é uma proposição composta das proposições
Atenção: As proposições ou sentenças lógicas são simples p, q, r, ..., escreve-se P (p, q, r,...). Quando P estiver
representadas por letras latinas e podem ser classificadas em claramente definida não há necessidade de indicar as proposições
abertas ou fechadas. simples entre os parênteses, escrevendo simplesmente P.
A sentença s(x): 2+2=5 é uma sentença fechada, pois a ela se
pode atribuir um valor lógico; nesse caso, o valor de s(x) é F, pois Exemplos:
a sentença é falsa.
A sentença p(x) “Phil Collins é um grande cantor de música (4) P: Paulo é estudioso e Maria é bonita. P é composta das
pop internacional” é fechada, dado que possui um valor lógico e proposições simples p: Paulo é estudioso e q: Maria é bonita.
esse valor é verdadeiro. (5) Q: Maria é bonita ou estudiosa. Q é composta das
Já a sentença e(x) “O sorteio milionário da Mega-Sena” é uma proposições simples p: Maria é bonita e q: Maria é estudiosa.
sentença aberta, pois não se sabe o objetivo de falar do sorteio (6) R: Se x = 2 então x2 + 1 = 5. R é composta das proposições
da Mega-Sena, nem se pode atribuir um valor lógico para que simples p: x = 2 e q: x2 + 1 = 5.
e(x) seja verdadeiro, ou falso. (7) S: a > b se e somente se b < a. S é composta das proposições
simples p: a > b e q: b < a.
Modificadores
As proposições simples são aquelas que expressam “uma
A partir de uma proposição, podemos formar outra única ideia”. Constituem a base da linguagem e são também
proposição usando o modificador “não” (~), que será sua chamadas de átomos da linguagem. São representadas por
negação, a qual possuirá o valor lógico oposto ao da proposição. letras latinas minúsculas (p, q, r, s, ...).
Exemplo
As proposições composta são aquelas formadas por duas
p: Jacira tem 3 irmãos. ou mais proposições ligadas pelos conectivos lógicos. São
~p: Jacira não tem 3 irmãos. geralmente representadas por letras latinas maiúsculas (P, Q, R,
S, ...). O símbolo P (p, q, r), por exemplo, indica que a proposição
É fácil verificar que: composta P é formada pelas proposições simples p, q e r.
1. Quando uma proposição é verdadeira, sua negação é falsa.
Exemplos

V ou F Sentença: p Negação: ~p V ou F São proposições simples:


V F p: A lua é um satélite da terra.
4∈ N 4∉ N q: O número 2 é primo.
r: O número 2 é par.
F 12 é divisível 12 não é V s: Roma é a capital da França.
por zero divisível por t: O Brasil fica na América do Sul.
zero. u: 2 + 5 = 3 . 4
Para classificar mais facilmente as proposições em falsas ou São proposições compostas:
verdadeiras, utilizam-se as chamadas tabelas-verdade. P(q, r): O número 2 é primo ou é par.
Q(s, t): Roma é a capital da França e o Brasil fica na América
Para negação, tem-se

Matemática 39
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APOSTILAS OPÇÃO
do Sul. dois em dois para a segunda proposição q e de um em um para a
R: O número 6 é par e o número 8 é cubo perfeito. terceira proposição r, e que, além disso, VVV, VVF, VFV, VFF, FVV,
FVF, FFV e FFF sãos os arranjos ternários com repetição dos dois
Não são proposições lógicas: elementos V e F.
- Roma
- O cão do menino Notação: O valor lógico de uma proposição simples p
- 7+1 indica-se por V(p). Assim, exprime-se que p é verdadeira (V),
- As pessoas estudam escrevendo: V(p) = V. Analogamente, exprime-se que p é falsa
- Quem é? (F), escrevendo: V(p) = F.
- Que pena!
Exemplos
Tabela Verdade
p: o sol é verde;
Proposição Simples - Segundo o princípio do terceiro q: um hexágono tem nove diagonais;
excluído, toda proposição simples p, é verdade ou falsa, isto é, r: 2 é raiz da equação x² + 3x - 4 = 0
tem o valor lógico verdade (V) ou o valor lógico falso (F). V(p) = F
V(q) = V
V(r) = F
p Questões
V
01. Considere as proposições p: Está frio e q: Está chovendo.
F Traduza para linguagem corrente as seguintes proposições:
(A) P ˅ ~q
Proposição Composta - O valor lógico de qualquer (B) p → q
proposição composta depende unicamente dos valores lógicos (C) ~p ^ ~q
das proposições simples componentes, ficando por eles (D) p ↔ ~q
univocamente determinados. É um dispositivo prático muito (E) (p ˅ ~q) ↔ (q ^~p)
usado para a determinação do valor lógico de uma proposição
composta. Neste dispositivo figuram todos os possíveis valores 02. Considere as proposições p: A terra é um planeta e q:
lógicos da proposição composta, correspondentes a todas as Aterra gira em torno do Sol. Traduza para linguagem simbólica
possíveis atribuições de valores lógicos às proposições simples as seguintes proposições:
componentes. (A) Não é verdade: que a Terra é um planeta ou gira em torno
do Sol.
Proposição Composta - 02 proposições simples (B) Se a Terra é um planeta então a Terra gira em torno do
Sol.
Assim, por exemplo, no caso de uma proposição composta (C) É falso que a Terra é um planeta ou que não gira em torno
cujas proposições simples componentes são p e q, as únicas do Sol.
possíveis atribuições de valores lógicos a p e a q são: (D) A Terra gira em torno do Sol se, e somente se, a Terra não
é um planeta.
p q (E) A Terra não é nem um planeta e nem gira em torno do
Sol.
V V (Expressões da forma “não é nem p e nem q” devem ser
V F vistas como “não p e não q”)
F V 03. Dada a condicional: “Se p é primo então p = 2 ou p é
F F impar”, determine:
a) a contrapositiva
Observe-se que os valores lógicos V e F se alternam de dois b) a recíproca
em dois para a primeira proposição p e de um em um para a
segunda proposição q, e que, além disso, VV, VF, FV e FF são os 04.
arranjos binários com repetição dos dois elementos V e F. a) Supondo V (p ^ q ↔ r ˅ s) = F e V (~r ^ ~s) = V, determine
V (p → r ^ s).
Proposição Composta - 03 proposições simples b) Supondo V (p ^ (q ˅ r)) = V e V (p ˅ r → q) = F, determine
V (p), V (q), V (r).
No caso de uma proposição composta cujas proposições c) Supondo V (p → q) = V, determine V (p ^ r → q ^ r) e V (p
simples componentes são p, q e r as únicas possíveis atribuições ˅ r → q ˅ r).
de valores lógicos a p, a q e a r são:
05. Dê o conjunto-verdade em R das seguintes sentenças
abertas:
p q r a) x² + x – 6 = 0 → x² - 9 = 0
V V V b) x² ˃ 4 ↔ x² -5x + 6 = 0
06. Use o diagrama de Venn para decidir quais das seguintes
V V F afirmações são válidas:
V F V
a) Todos os girassóis são amarelos e alguns pássaros são
V F F amarelos, logo nenhum pássaro é um girassol.
F V V b) Alguns baianos são surfistas. Alguns surfistas são louros.
Não existem professores surfistas. Conclusões:
F V F I- Alguns baianos são louros.
F F V II- Alguns professores são baianos.
III- Alguns louros são professores.
F F F IV- Existem professores louros.

Analogamente, observe-se que os valores lógicos V e F se 07. (CESPE - PF - Regional) Considere que as letras P, Q,
alternam de quatro em quatro para a primeira proposição p, de R e T representem proposições e que os símbolos ̚ , ^, ˅ e →

Matemática 40
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APOSTILAS OPÇÃO
sejam operadores lógicos que constroem novas proposições O agente de viagens concluiu, então, acertadamente, que:
e significam não, e, ou e então, respectivamente. Na lógica (A) A loura é Sara e vai à Espanha.
proposicional, cada proposição assume um único valor (valor- (B) A ruiva é Sara e vai à França.
verdade), que pode ser verdadeiro (V) ou falso (F), mas nunca (C) A ruiva é Bete e vai à Espanha.
ambos. Com base nas informações apresentadas no texto, julgue (D) A morena é Bete e vai à Espanha.
os itens a seguir. (E) A loura é Elza e vai à Alemanha.
a) Se as proposições P e Q são ambas verdadeiras, então a
proposição ( ̚ P) ˅ ( ̚ Q) também é verdadeira. Respostas
b) Se a proposição T é verdadeira e a proposição R é falsa,
então a proposição R→ ( ̚ T) é falsa. 01. a) “Está frio ou não está chovendo”.
c) Se as proposições P e Q são verdadeiras e a proposição R é b) “Se está frio então está chovendo”.
falsa, então a proposição (P ^ R) → (¬ Q) é verdadeira. c) “Não está frio e não está chovendo”.
d) “Está frio se e somente se não está chovendo”.
08. (CESPE - Papiloscopista) Sejam P e Q variáveis e) “Está frio e não está chovendo se e somente se está
proposicionais que podem ter valorações, ou serem julgadas chovendo e não está frio”.
verdadeiras (V) ou falsas (F). A partir dessas variáveis, podem ser
obtidas novas proposições, tais como: a proposição condicional, 02. a) ~(p ˅ q);
denotada por P → Q, que será F quando P for V e Q for F, ou V, b) p → q
nos outros casos; a disjunção de P e Q, denotada por P v Q, que c) ~(p ˅ ~q)
será F somente quando P e Q forem F, ou V nas outras situações; d) ~p ^ ~q
a conjunção de P e Q, denotada por P ^ Q, que será V somente e) q ↔ ~p
quando P e Q forem V, e, em outros casos, será F; e a negação de
P, denotada por ¬P, que será F se P for V e será V se P for F. Uma 03. a) a contrapositiva: “Se p ≠ 2 e p é par, então p não é
tabela de valorações para uma dada proposição é um conjunto primo”.
de possibilidades V ou F associadas a essa proposição. A partir b) a recíproca: “Se p = 2 ou p é ímpar, então p é primo”.
das informações do texto, julgue os itens subsequentes.
a) As tabelas de valorações das proposições P v Q e Q → ¬P 04. a) Supondo V (p ^ q ↔ r ˅ s) = F (1) e V (~r ^ ~s) = V (2),
são iguais. determine V (p → r ^ s). Solução: De (2) temos que V (r) = V (s)
b) As proposições (P v Q) → S e (P → S) v (Q → S) possuem = F; Usando estes resultados em (1) obtemos: V (p) = V (q) = V,
tabelas de valorações iguais. logo, V (p → r ^ s) = F
b) Supondo V (p ^ (q ˅ r)) = V (1) e V (p ˅ r → q) = F (2),
09. (CESPE - PF - Regional) Considere as sentenças abaixo. determine V (p), V (q) e V (r). Solução: De (1) concluímos que V
(p) = V e V (q ˅ r) = V e de (2) temos que V (q) = F, logo V (r) = V
I- Fumar deve ser proibido, mas muitos europeus fumam. c) Supondo V (p → q) = V, determine V (p ^ r → q ^ r) e V (p
II- Fumar não deve ser proibido e fumar faz bem à saúde. ˅ r → q ˅ r). Solução: Vamos supor V (p ^ r → q ^ r) = F. Temos
III- Se fumar não faz bem à saúde, deve ser proibido. assim que V (p ^ r) = V e V (q ^ r) = F, o que nos permite concluir
IV- Se fumar não faz bem à saúde e não é verdade que muitos que V (p) = V (r) = V e V (q) = F, o que contradiz V (p → q) = V.
europeus fumam, então fumar deve ser proibido. Logo, V (p ˅ r → q ˅ r) = V. Analogamente, mostramos que V (p
V- Tanto é falso que fumar não faz bem à saúde como é ˅ r → q ˅ r) = V.
falso que fumar deve ser proibido; consequentemente, muitos
europeus fumam. 05. a) R – {2}
b) [-2,2[
Considere também que P, Q, R e T representem as sentenças
listadas na tabela a seguir. 06. a) O diagrama a seguir mostra que o argumento é falso:

P Fumar deve ser proibido.


Q Fumar de ser encorajado.
R Fumar não faz bem à saúde.
T Muitos europeus fumam.

Com base nas informações acima e considerando a notação b) O diagrama a seguir mostra que todos os argumentos são
introduzida no texto, julgue os itens seguintes. falsos:
(A) A sentença I pode ser corretamente representada por P
^ (¬ T).
(B) A sentença II pode ser corretamente representada por
(¬ P) ^ (¬ R).
(C) A sentença III pode ser corretamente representada por 07. a) Item ERRADO. Pela tabela do “ou” temos:
R → P. (¬ P) v (¬ Q)
(D) A sentença IV pode ser corretamente representada por (¬ V) v (¬ V)
(R ^ (¬ T)) → P. (F) v (F)
(E) A sentença V pode ser corretamente representada por T Falsa
→ ((¬ R) ^ (¬ P)).
b) Item ERRADO. A condicional regra que:
10. Um agente de viagens atende três amigas. Uma delas é R → (¬ T)
loura, outra é morena e a outra é ruiva. O agente sabe que uma F (¬ V)
delas se chama Bete, outra se chama Elza e a outra se chama F (F)
Sara. Sabe, ainda, que cada uma delas fará uma viagem a um Verdadeira
país diferente da Europa: uma delas irá à Alemanha, outra irá
à França e a outra irá à Espanha. Ao agente de viagens, que c) Item CERTO. Obedecendo a conjunção e a condicional:
queria identificar o nome e o destino de cada uma, elas deram as (P ^ R) → (¬ Q)
seguintes informações: (V ^ F) → (¬ V)
A loura: “Não vou à França nem à Espanha”. F F
A morena: “Meu nome não é Elza nem Sara”. Verdadeira
A ruiva: “Nem eu nem Elza vamos à França”.

Matemática 41
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APOSTILAS OPÇÃO
08. a) Item ERRADO. Basta considerarmos a linha da tabela- dois princípios fundamentais seguintes:
verdade onde P e Q são ambas proposições verdadeiras para - Princípio do terceiro excluído: uma proposição só pode ser
verificar que as tabelas de valorações de P v Q e Q → ¬P não são verdadeira ou falsa, não havendo outra alternativa.
iguais: - Princípio da não contradição: uma proposição não pode ser
b) Item ERRADO. Nas seguintes linhas da tabela-verdade, ao mesmo tempo verdadeira e falsa.
temos os valores lógicos da proposição (P v Q) → S diferente dos
da proposição (P → S) v (Q → S): Diz-se então que uma proposição verdadeira possui Valor
Lógico V (verdade) e uma proposição falsa possui Valor
Lógico F (falso). Os Valores Lógicos também costumam ser
P Q S (P v Q) → S P → S v Q representados por 0 (zero) para proposições falsas (0 ou F) e 1
→S (um) para proposições verdadeiras (1 ou V). As proposições são
V F F F V indicadas pelas letras latinas minúsculas: p, q, r, s, t, u, ...
De acordo com as considerações acima, expressões do
F V F F V tipo, “O dia está bonito”; “3 + 5”; “x é um número real”; “x +
2 = 7”; etc., não são proposições lógicas, uma vez que não
09. a) Item ERRADO. Sua representação seria P ^ T. poderemos associar a ela um valor lógico definido (verdadeiro
b) Item CERTO. Apenas deve-se ter o cuidado para o que diz ou falso). Exemplificamos a seguir algumas proposições, onde
a proposição R: “Fumar não faz bem à saúde”. É bom sempre escreveremos ao lado de cada uma delas, o seu valor lógico V ou
ficarmos atentos à atribuição inicial dada à respectiva letra. F. Poderia ser também 1 ou 0.
c) Item CERTO. É a representação simbólica da Condicional p: “a soma dos ângulos internos de um triângulo é igual a
entre as proposições R e P. 180º” (V)
d) Item CERTO. Proposição composta, com uma Conjunção q: “3 + 5 = 2” (F)
(R ^ ¬T) como condição suficiente para P. r: “7 + 5 = 12” (V)
d) Item ERRADO. Dizer “...consequentemente...” é dizer “se... s: “a soma dos ângulos internos de um polígono de n lados é
então...”. A representação correta seria ((¬ R) ^ (¬ P)) → T. dada por Si = (n - 2).180º” (V)
t: “O Sol é um planeta” (F)
10. Resposta: E. w: “Um pentágono é um polígono de dez lados”. (F)
A melhor forma de resolver problemas como este é arrumar
as informações, de forma mais interessante, que possa prover O Modificador Negação
uma melhor visualização de todo o problema. Inicialmente
analise o que foi dado no problema: Dada a proposição p, indicaremos a sua negação por ~p. (Lê-
(A) São três amigas se “não p”). Exemplo:
(B) Uma é loura, outra morena e outra ruiva.
(C) Uma é Bete, outra Elza e outra Sara. p: Três pontos determinam um único plano (V)
(D) Cada uma fará uma viagem a um país diferente da ~p: Três pontos não determinam um único plano (F)
Europa: Alemanha, França e Espanha.
(E) Elas deram as seguintes informações: Obs: duas negações equivalem a uma afirmação, ou seja, em
termos simbólicos: ~(~p) = p.
A loura: “Não vou à França nem à Espanha”.
A morena: “Meu nome não é Elza nem Sara”. Operações Lógicas
A ruiva: “Nem eu nem Elza vamos à França”.
As proposições lógicas podem ser combinadas através dos
Faça uma tabela: operadores lógicos Ʌ, V, e, dando origem ao que conhecemos
como proposições compostas. Assim, sendo p e q duas
Cor dos Loura Morena Ruiva proposições simples, poderemos então formar as seguintes
cabelos proposições compostas: p Ʌ q, p V q, p → q, p ↔ q. Estas
proposições compostas recebem designações particulares,
Afirmação Não vou à Meu nome Nem eu nem conforme veremos a seguir.
França nem a não é Elza Elza vamos à Conjunção: p ∧ q (lê-se “p e q”).
Espanha nem Sara França Disjunção: p ∨ q (lê-se “p ou q”).
País Alemanha França Espanha
Existem dois tipos de Disjunção Logica: a Inclusiva e a
Nome Elza Bete Sara Exclusiva.
Com a informação da loura, sabemos que ela vai para a Inclusiva: significa “e/ou” onde pelo menos uma das
Alemanha. sentenças tem que ser verdadeira ou as duas têm que ser
Com a informação da morena, sabemos que ela é a Bete. verdadeiras. Por exemplo:
Com a informação da ruiva sabemos que ela não vai à França
e nem Elza, mas observe que a loura vai a Alemanha e a ruiva não Comerei algo hoje ou passarei fome.
vai à França, só sobrando a Bete ir à França. Se Bete vai à França Não comerei algo hoje.
a ruiva coube a Espanha. Elza é a loura e Sara fica sendo a ruiva. Logo, passarei fome.
Valores Lógicos Exclusiva: significa que uma das sentenças tem que ser
verdadeira e a outra tem que ser falsa, ou seja, ambas as
A Lógica Matemática, em síntese, pode ser considerada como sentenças não podem ser verdadeiras ou falsas. Por exemplo:
a ciência do raciocínio e da demonstração. Este importante ramo
da Matemática desenvolveu-se no século XIX, sobretudo através Comerei algo hoje ou passarei fome.
das ideias de George Boole, matemático inglês (1815 - 1864), Comerei algo hoje.
criador da Álgebra Booleana, que utiliza símbolos e operações Logo, não passarei fome.
algébricas para representar proposições e suas interrelações.
As ideias de Boole tornaram-se a base da Lógica Simbólica, Condicional: p → q (lê-se “se p então q”).
cuja aplicação estende-se por alguns ramos da eletricidade, Bi-condicional: p ↔ q (“p se e somente se q”).
da computação e da eletrônica. A lógica matemática (ou lógica
simbólica) trata do estudo das sentenças declarativas também Conhecendo-se os valores lógicos de duas proposições
conhecidas como proposições, as quais devem satisfazer aos simples p e q, como determinaremos os valores lógicos das

Matemática 42
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APOSTILAS OPÇÃO
proposições compostas acima? Isto é conseguido através do 03. (CESPE - INSS - Direito)
uso da tabela a seguir, também conhecida pelo sugestivo nome
de Tabela Verdade. Sejam p e q duas proposições simples, cujos Proposições são sentenças que podem ser julgadas como
valores lógicos representaremos por 0 quando falsa (F) e 1 verdadeiras (V) ou falsas (F), mas não ambas. Se P e Q são
quando verdadeira (V). Podemos construir a seguinte tabela proposições, então a proposição “Se P então Q”, denotada por P →
simplificada: Q, terá valor lógico F quando P for V e Q for F, e, nos demais casos,
será V. Uma expressão da forma P, a negação da proposição
P, terá valores lógicos contrários aos de P. P ∨ Q, lida como “P
p q pɅq pVq p→q p↔q ou Q”, terá valor lógico F quando P e Q forem, ambas, F: nos
1 1 1 1 1 1 demais casos, será V. Roberta, Rejane e Renata são servidoras
de um mesmo órgão público do Poder Executivo Federal. Em um
1 0 0 1 0 0
treinamento, ao lidar com certa situação, observou-se que cada
0 1 0 1 1 0 uma delas tomou uma das seguintes atitudes:
0 0 0 0 1 1 A1: deixou de utilizar avanços técnicos e científicos que
estavam ao seu alcance.
Da tabela acima, infere-se (deduz-se) que: A2: alterou texto de documento oficial que deveria apenas ser
- a conjunção é verdadeira somente quando ambas as encaminhado para providências.
proposições são verdadeiras. A3: buscou evitar situações procrastinatórias.
- a disjunção é falsa somente quando ambas as proposições
são falsas. Cada uma dessas atitudes, que pode ou não estar de acordo
- a condicional é falsa somente quando a primeira proposição com o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil
é verdadeira e a segunda falsa. do Poder Executivo Federal (CEP), foi tomada por exatamente
- a bi-condicional é verdadeira somente quando as uma das servidoras. Além disso, sabe-se que a servidora Renata
proposições possuem valores lógicos iguais. tomou a atitude A3 e que a servidora Roberta não tomou a atitude
A1. Essas informações estão contempladas na tabela a seguir, em
Exemplo: Dadas as proposições simples: que cada célula, correspondente ao cruzamento de uma linha
p: O Sol não é uma estrela (valor lógico F ou 0). com uma coluna, foi preenchida com V (verdadeiro) no caso de a
q: 3 + 5 = 8 (valor lógico V ou 1). servidora listada na linha ter tomado a atitude representada na
coluna, ou com F (falso), caso contrário.
Temos:
p Ʌ q tem valor lógico F (ou 0).
A1 A2 A3 A4
p V q tem valor lógico V (ou 1). Roberta F
p → q tem valor lógico V (ou 1). Rejane
p ↔ q tem valor lógico F (ou 0). Renata V
Com base nessas informações, julgue os itens seguintes.
Assim, a proposição composta “Se o Sol não é uma estrela
então 3 + 5 = 8” é logicamente verdadeira, não obstante ao Se P for a proposição “Rejane alterou texto de documento
aspecto quase absurdo do contexto da frase. As proposições oficial que deveria apenas ser encaminhado para providências”
verdadeiras (valor lógico 1) ou falsas (valor lógico 0), estão e Q for a proposição “Renata buscou evitar situações
associadas à analogia de que zero (0) pode significar um circuito procrastinatórias”, então a proposição P→Q tem valor lógico V.
elétrico desligado e um (1) pode significar um circuito elétrico ( ) Certo ( ) Errado
ligado. Isto lembra alguma coisa vinculada aos computadores?
Pois é, isto é uma verdade, e é a base lógica da arquitetura dos 04. (CESPE - TRE-ES - Técnico)
computadores. Seria demais imaginar que a proposição p ∨ q
esteja associada a um circuito série e a proposição p ∧ q a um Considere que P e Q sejam duas proposições que podem
circuito em paralelo? Pois, as analogias são válidas e talvez compor novas proposições por meio dos conectivos lógicos
tenham sido elas que ajudaram a mudar o mundo. ~, ∧, ∨ e →, os quais significam “não”, “e”, “ou”, e “se... então”,
respectivamente. Considere, ainda, que a negação de P, ~P (lê-se:
Questões não P) será verdadeira quando P for falsa, e será falsa quando P for
verdadeira; a conjunção de P e Q, P∧Q (lê-se: P e Q) somente será
01. (FCC – TRT-GO – Técnico Judiciário) Em lógica de verdadeira quando ambas, P e Q, forem verdadeiras; a disjunção
programação, denomina-se _______ de duas proposições p e de P e Q, P∨Q (lê-se: P ou Q) somente será falsa quando P e Q
q a proposição representada por “p ou q” cujo valor lógico é a forem falsas; e a condicional de P e Q, P→Q (lê-se: se P, então Q)
falsidade (F), quando os valores lógicos das proposições p e somente será falsa quando P for verdadeira e Q falsa. Considere,
q são ambos falsos ou ambos verdadeiros, e o valor lógico é a por fim, que a tabela verdade de uma proposição expresse todos
verdade (V), nos demais casos. Preenche corretamente a lacuna os valores lógicos possíveis para tal proposição, em função dos
acima: valores lógicos das proposições que a compõem. Com base nesse
(A) disjunção inclusiva conjunto de informações, julgue os itens seguintes.
(B) proposição bicondicional
(C) negação A proposição ~(~P ∧ P) é verdadeira, independentemente do
(D) disjunção exclusiva valor lógico da proposição P.
(E) proposição bidirecional
( ) Certo ( ) Errado
02. (CESGRANRIO - MPE-RO - Analista Programador)
Sejam A, B e C variáveis numéricas contendo os valores 2, 4 e 5, 05. (CESPE - TRT-RJ – Técnico Judiciário)
respectivamente, S uma variável contendo o literal “POSITIVO”
e T uma variável lógica contendo o valor falso. Assinale a Considere as seguintes informações da Secretaria de
expressão lógica cujo resultado possui valor lógico verdadeiro. Recursos Humanos do TRT/RJ, adaptadas do sítio www.trtrio.
(A) A + B < C ou S = “FALSO”. gov.br.
(B) A × B > C e S = “VERDADEIRO”.
(C) RESTO (B, A) > C e não T. Secretaria de Recursos Humanos - Registro Funcional
(D) A > B e não T ou S = “POSITIVO”.
(E) (A2 > B ou T) e S = “POSITIVO”. I Atualização de currículo - As solicitações de atualização
de currículo, instruídas com a documentação comprobatória

Matemática 43
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APOSTILAS OPÇÃO
- cópias dos diplomas ou dos certificados de conclusão, “se A, então B”, é F se A for V e se B for F e, nos demais casos,
devidamente autenticadas - serão encaminhadas à Divisão de será sempre V. Uma expressão da forma A ∧ B, que é lida
Administração de Pessoal para registro, via Protocolo Geral. como “A e B”, é V se A e B forem V e, nos demais casos, será
II Alteração de endereço - Em caso de mudança, o sempre F. Uma expressão da forma A ∨ B, que é lida como “A ou
servidor deverá comunicar, o quanto antes, seu novo endereço B”, é F se A e B forem F e, nos demais casos, será sempre V. Uma
à Divisão de Administração de Pessoal, a fim de manter expressão da forma ¬A, a negação de A, é V se A for F e é F se A
sempre atualizados seus dados pessoais. for V.
III Identidade funcional - As carteiras de identidade Julgue os itens que seguem, a respeito de lógica sentencial
funcional (inclusive segundas vias) deverão ser solicitadas e de primeira ordem, tendo como referência as definições
diretamente à Divisão de Administração de Pessoal por apresentadas no texto. Se a proposição “Algum banco lucra mais
meio de formulário próprio e mediante entrega de uma foto no Brasil que nos EUA” tiver valor lógico V, a proposição “Se
3 × 4 atualizada. As novas carteiras estarão disponíveis, todos os bancos lucram mais nos EUA que no Brasil, então os
para retirada pelo próprio interessado, no prazo de dez dias correntistas têm melhores serviços lá do que aqui” será F.
úteis contados do recebimento do requerimento, naquela
divisão. ( ) Certo ( ) Errado

Terão direito à carteira funcional todos os magistrados e 09. (CESPE - INSS - Analista) Proposições são sentenças que
servidores ativos desta regional, ocupantes de cargos efetivos, podem ser julgadas como verdadeiras (V) ou falsas (F), mas não
bem como os inativos e ocupantes de cargos em comissão como ambas. Se P e Q são proposições, então a proposição “Se P
CJ.3 e CJ.4. Ao se desligarem, por exoneração ou dispensa, os então Q”, denotada por P→Q, terá valor lógico F quando P for V e
servidores deverão entregar à Divisão de Administração de Q for F, e, nos demais casos, será V. Uma expressão da forma P,
Pessoal suas carteiras funcionais e, ao se aposentarem, terão a negação da proposição P, terá valores lógicos contrários aos de
suas carteiras funcionais substituídas, para fazer constar a P. P∨Q, lida como “P ou Q”, terá valor lógico F quando P e Q forem,
situação de servidor inativo. ambas, F: nos demais casos, será V.
Considere as proposições simples e compostas apresentadas
Para resolução da questão, considere que todas as abaixo, denotadas por A, B e C, que podem ou não estar de acordo
proposições contidas no texto II tenham valor lógico V. Com base com o artigo 5.º da Constituição Federal.
nos textos I e II, assinale a opção correspondente à proposição
que tem valor lógico V. A: A prática do racismo é crime afiançável.
(A) Os magistrados têm direito à carteira funcional, mas os B: A defesa do consumidor deve ser promovida pelo Estado.
servidores inativos não têm. C: Todo cidadão estrangeiro que cometer crime político em
(B) Em caso de mudança, o servidor deverá atualizar o novo território brasileiro será extraditado.
endereço no prazo de 10 dias úteis.
(C) Somente os certificados de conclusão de cursos dos De acordo com as valorações V ou F atribuídas corretamente
servidores precisam ser autenticados. às proposições A, B e C, a partir da Constituição Federal, julgue
(D) A identidade funcional é solicitada na Divisão de o item a seguir. De acordo com a notação apresentada acima, é
Administração de Pessoal ou no Protocolo Geral. correto afirmar que a proposição ( A) ∨ (( C) tem valor lógico
(E) Nem o servidor ativo nem o servidor que se aposentar F.
precisam substituir suas carteiras funcionais.
( ) Certo ( ) Errado
06. (CESPE – DETRAN-ES – Analista de Sistemas) Com
relação à programação, algoritmos e estrutura de dados, julgue 10. (CESPE – TRT – Técnico Judiciário) Uma proposição
o item seguinte. Por meio do operador lógico de disjunção (OU), é uma sentença que pode ser julgada como verdadeira - V -, ou
verificam-se os valores de entrada, de maneira que, caso ambos falsa - F -, mas não V e F simultaneamente. Proposições simples
os valores sejam falsos, o resultado será verdadeiro e, caso são simbolizadas por letras maiúsculas A, B, C etc., chamadas
apenas um dos valores seja falso, o resultado será falso. letras proposicionais. São proposições compostas expressões
da forma A ∨ B, que é lida como “A ou B” e tem valor lógico F
( ) Certo ( ) Errado quando A e B forem F, caso contrário será sempre V; A ∧ B, que é
lida como “A e B” e tem valor lógico V quando A e B forem V, caso
07. (CESPE – Banco do Brasil – Escriturário) Proposições contrário será sempre F; ¬A, que é a negação de A e tem valores
são frases que podem ser julgadas como verdadeiras (V) ou lógicos contrários aos de A.
falsas (F), mas não ambas; são frequentemente simbolizadas
por letras maiúsculas do alfabeto. A proposição simbolizada por Considerando todos os possíveis valores lógicos V ou F
A→B lida como “se A, então B”, “A é condição suficiente para B”, atribuídos às proposições A e B, assinale a opção correspondente
ou “B é condição necessária para A”, tem valor lógico F quando A à proposição composta que tem sempre valor lógico F.
é V e B é F; nos demais casos, seu valor lógico é V. A proposição (A) [A ∧ (¬B)] ∧ [(¬A) ∨ B]
A∧B lida como “A e B” tem valor lógico V quando A e B forem V e (B) (A ∨ B) ∨ [(¬A) ∧ (¬B)]
valor lógico F, nos demais casos. A proposição A, a negação de (C) [A ∧ (¬B)] ∨ (A ∧ B)
A, tem valores lógicos contrários aos de A. (D) [A ∧ (¬B)] ∨ A
(E) A ∧ [(¬B) ∨ A]
Se o valor lógico da proposição “Se as operações de crédito Respostas
no país aumentam, então os bancos ganham muito dinheiro” é 01. Resposta: D.
V, então é correto concluir que o valor lógico da proposição “Se
os bancos não ganham muito dinheiro, então as operações de Se...então...” (Condicional), “Ou...Ou...” (Disjunção Exclusiva)
crédito no país não aumentam” é também V. e “...se e somente se...” (Bicondicional) em proposições
equivalentes que usam apenas os conectivos “e” (Conjunção) e
( ) Certo ( ) Errado “ou” (Disjunção). Disjunção é o conectivo “ou”, certo? Eele pode
ser inclusivo ou exclusivo. Inclusivo, como o nome já diz, vem
08. (CESPE – Banco do Brasil – Escriturário) Proposições de inclusão, ou seja, pode ser tanto p como q ao mesmo tempo.
são sentenças que podem ser julgadas como verdadeiras - Exclusivo vem de exclusão, que eles não pode ser verdadeiros
V - ou falsas - F -, mas não como ambas, simultaneamente. ao mesmo tempo, algum precisa “cair fora”. Ou p ou q. Disjunção
As proposições são frequentemente representadas por Exclusiva, a resposta da questão.
letras maiúsculas e, a partir de proposições simples, novas
proposições podem ser construídas utilizando-se símbolos 02. Resposta: D.
especiais. Uma expressão da forma A → B, que é lida como ) A + B < C ou S = “FALSO”

Matemática 44
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APOSTILAS OPÇÃO
2 + 4 < 5 ou S → F ou F → F 07. Resposta “Certo”.
P: “as operações de crédito no país aumentam”.
(B) A × B > C e S = “VERDADEIRO” Q: “os bancos ganham muito dinheiro”.
2x4>5eS→8>5eSFeF→F P então Q. Tal estrutura lógica equivale a ~Q então ~P.

(C) RESTO (B, A) > C e não T “Se as operações de crédito no país aumentam, então os
Resto (4,2) > 5 e V → 0 > 5 e V → F e V → F bancos ganham muito dinheiro”. Equivale a A → B;
“Se os bancos não ganham muito dinheiro, então as operações
d) A > B e não T ou S = “POSITIVO” de crédito no país não aumentam”. Equivale a ~B → ~A;
2 > 4 e V ou V → F e V ou V, então F e V = F ou V → V Logo, como A → B equivale a ~B → ~A a afirmativa é correta.

e) (A2 > B ou T) e S = “POSITIVO” 08. Resposta “Errado”.


(4 > 4 ou F) e V → (F ou F) e V → F A proposição do tipo P então Q tem valor lógico V (verdadeiro)
quando as duas condições são verdadeiras, as duas condições
03. Resposta “Certo”. são falsas e a primeira condição é falsa e a segunda é verdadeira.
Não foi Rejane quem alterou o texto, foi Roberta, a expressão Sabendo que a primeira condição é falsa (já que a questão
será, nestas condições, F então V... o que torna a assertiva afirma que “algum banco lucra mais nos Brasil do que nos EUA”),
verdadeira uma vez que se então só será falso na construção concluímos que a segunda pode ser falsa ou verdadeira que a
V então F. Como estamos diante de uma condicional, o fato proposição terá valor lógico V(verdadeiro). Logo, não podemos
da proposição P ser Falsa, já deixa a proposição se P então Q afirmar que a segunda proposição será F.
verdadeira, já que a condicional só é falsa se P for V e Q for F.
Sendo assim, como não foi Rejane que alterou o texto, temos que Negação:
P é Falsa, e a condicional, independentemente do valor de Q, será Todo A é B = Algum A não é B.
verdadeira. Algum A é B = Todo A não é B.
Algum A é B = Nenhum A é B.
04. Resposta “Certo” Nenhum A é B = Algum A é B.

Tabela Verdade Equivalência:


Todo A é B = Nenhum A não é B.
P ~P ~P ∧ P ~(~P ∧ P) Nenhum A é B = Todo A não é B.
V F F V Todo A é B = A condicionado a (→) B.
F V F V
Quando temos: 1- Verdadeiro - Algum banco lucra mais no Brasil do que nos
A e ~A = F (o valor lógico sempre será falso. Eu vou para praia EUA.
“e” eu não vou para a praia). 2- Falso - Todo banco não lucra mais no Brasil do que nos
A ou ~A = V ( o valor lógico sempre será verdadeiro. O cavalo EUA.
é branco “ou” o cavalo não é branco). 3- Equivalente à segunda - Se todos os bancos não lucram
mais no Brasil do que nos EUA, então... (quer dizer que nos EUA
Sendo a proposição P e ~P sempre falsa, conforme lucram mais).
demonstrado acima, a negação então será sempre verdadeira.
A primeira parte é falsa, a segunda parte não importa, pois
05. Resposta: D. falso condicionado a qualquer coisa sempre será verdadeiro.
A opção A pode ser simbolicamente representada como Equivalente à terceira - Se todos os bancos lucram mais no EUA
P∧¬Q, onde P é V e Q é V. Pela lei da conjunção, V∧¬V=F. A opção do que no Brasil, então... Não importa o resto, continua sendo
B é F, pois o texto diz que “em caso de mudança, o servidor falso condicionado a qualquer coisa, sendo verdadeiro, portanto.
deverá comunicar, o quanto antes, seu novo endereço à Divisão
de Administração de Pessoal”. A opção C é F, pois o texto diz 09. Resposta “Errado”.
que “cópias dos diplomas ou dos certificados de conclusão,
devidamente autenticadas devem ser encaminhadas à Divisão de F ou V = V.
Administração de Pessoal”. A opção D pode ser simbolicamente A: F; ~A: V
representada por R∨S, onde R é V e S é F. Pela lei da disjunção, V C: F; ~C: V
∨ F = V. A opção E pode ser simbolicamente representada como ~A v ~C = V ∨ V = V
¬T∧¬U, onde T é F e U é V. Pela lei da conjunção, V ∧ F = F.
A banca misturou constitucional com raciocínio-lógico,
06. Resposta “Errado”. então teríamos que julgar.
Existem dois casos de disjunção: inclusiva e exclusiva. Proposição A – falsa.
Proposição B – verdadeira.
- Inclusiva (ou soma lógica) - só é falsa quando ambos os Proposição C – falsa.
valores forem falsos:
F+F=F Na disjunção para ser falsa, ambas as proposições têm que
F+V=V ser falsas.
V+F=V A ou B - F ou F = Falso
V+V=F ¬A ou ¬ B = V ou V = Verdade

- Exclusiva (só é verdadeira quando ambos os valores forem 10. Resposta “A”.
semelhantes): A opção A de fato não poderá ser V, pois, para que isto
F+F=V ocorresse teríamos que atribuir o valor V para A e para ¬B na
F+V=F primeira parte da conjunção, o que tornaria a segunda parte F. A
V+F=F opção B pode ser V, basta que A ou B sejam V. A opção C pode ser
V+V=V V, basta que A e B sejam V. A opção D pode ser V, basta que A seja
V. A opção E pode ser V, basta que A seja V.
A questão especificou a disjunção como “ou”. Portanto, está
errada.

Matemática 45
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APOSTILAS OPÇÃO
Tabela Verdade Proposição Composta do Tipo P(p, q, r)
A B ~A ~B
V V F V
V F F F
F V V V
F F V F
(A) [A ∧ (¬B)] ∧ [(¬A) ∨ B]
Linha (I) - Considerando A verdade e B verdade. A primeira
parte da AND (E) seria falsa, consequentemente o resultado
seria falso, Ex: (A) [(V ∧ (F)] ∧ [(F) ∨ V] = falso.
Linha (II) - Considerando A verdade e B falso. A primeira
parte da AND (E) seria verdade, a segunda seria falsa,
consequentemente o resultado seria falso, Ex: (A) [(V ∧ (V)]
∧ [(F) ∨ F] = falso.
Linha (III) - Considerando A falso e B verdade. A primeira
parte da AND (E) seria falsa, consequentemente o resultado
seria falso, Ex: (A) [(F ∧ (F)] ∧ [(V) ∨ V] = falso.
Linha (IV) - Considerando A falso e B falso. A primeira parte
da AND (E) seria falsa, consequentemente o resultado seria
falso, Ex: (A) [(F ∧ (F)] ∧ [(V) ∨ V] = falso.

(B) (A ∨ B) ∨ [(¬A) ∧ (¬B)]


Linha (I) - Considerando A verdade e B verdade. A primeira Proposição Composta do Tipo P(p, q, r, s): a tabela-verdade
parte da OR (OU) seria verdade, consequentemente o possui 24 = 16 linhas e é formada igualmente as anteriores.
resultado seria verdade, Ex: (B) [(V ∨ V) ∨ [(F) ∧ F] = verdade.
Proposição Composta do Tipo P(p1, p2, p3,…, pn): a tabela-
(C) [A ∧ (¬B)] ∨ (A ∧ B) verdade possui 2n linhas e é formada igualmente as anteriores.
Linha (I) - Considerando A verdade e B verdade. A segunda
parte da OR (OU) seria verdade, consequentemente o resultado O Conectivo “não” e a negação
seria verdade, Ex: (C) [(V ∧ (F)] ∨ (V ∧ V) = verdade.

(D) [A ∧ (¬B)] ∨ A O conectivo “não” e a negação de uma proposição p é outra


Linha (I) - Considerando A verdade e B verdade. A segunda proposição que tem como valor lógico V se p for falsa e F se p
parte da OR (OU) seria verdade, consequentemente o é verdadeira. O símbolo ~p (não p) representa a negação de p
resultado seria verdade, Ex: (D) [V ∧ (F)] ∨ V = verdade. com a seguinte tabela-verdade:

(E) A ∧ [(¬B) ∨ A] p ~p
Linha (I) - Considerando A verdade e B verdade. A segunda V F
parte da OR (OU) seria verdade, consequentemente o resultado F V
seria verdade, Ex: (E) V ∧ [(F) ∨ V] = verdade. Exemplo:
Tabela Verdade a)
p = 7 é ímpar.
A tabela-verdade é usada para determinar o valor lógico de ~p = 7 não é ímpar.
uma proposição composta, sendo que os valores das proposições
simples já são conhecidos. Pois o valor lógico da proposição
p ~p
composta depende do valor lógico da proposição simples. A V F
seguir vamos compreender como se constrói essas tabelas-
verdade partindo da árvore das possibilidades dos valores b)
lógicos das proposições. q = 24 é múltiplo de 5.
~q = 24 não é múltiplo de 5.
Proposição Composta do Tipo P(p, q)
q ~q
F V

Observação: A negação de “Roma é a capital da Itália” é


“Roma não é a capital da Itália” ou “Não é verdade que Roma é a
capital da Itália”. Note que:
- A negação de “Todos os brasileiros são carecas” é “Nem todos
os brasileiros são carecas” ou “Pelo menos um brasileiro não é
careca”.
- A negação de “Nenhum homem é careca” é “Algum homem é
careca” ou “Pelo menos um homem é careca”.

Número de linhas da Tabela Verdade

Seja “L” uma linguagem que contenha as proposições P, Q e


R. O que podemos dizer sobre a proposição P? Para começar,
segundo o princípio de bivalência, ela é ou verdadeira ou falsa.
Isto representamos assim:

Matemática 46
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APOSTILAS OPÇÃO
P Para completar esta tabela precisamos definir os operadores
V lógicos. Ao fazê-lo, vamos aproveitar para explicar como
interpretá-los.
F
O Conectivo e “e” a conjunção
Agora, o que podemos dizer sobre as proposições P e Q?
Oras, ou ambas são verdadeiras, ou a primeira é verdadeira e a O conectivo “e” e a conjunção de duas proposições p e q é
segunda é falsa, ou a primeira é falsa e a segunda é verdadeira, outra proposição que tem como valor lógico V se p e q forem
ou ambas são falsas. Isto representamos assim: verdadeiras, e F em outros casos. O símbolo p ∧ q (p e q)
representa a conjunção, com a seguinte tabela-verdade:
P Q
V V p q p∧ q
V V V
V F V F F
F V F
F V F F F
F F
Exemplo:

Como você já deve ter reparado, uma tabela para P, Q e R é a)


assim: p = 2 é par.
P Q R q = o céu é rosa.
V V V p ∧ q = 2 é par e o céu é rosa.
V V F
p q p∧ q
V F V V F F
V F F b)
F V V p = 9 < 6.
F V F q = 3 é par.
p ∧ q: 9 < 6 e 3 é par.
F F V
F F F p q p∧ q
F F F
Cada linha da tabela (fora a primeira que contém as c)
fórmulas) representa uma valoração. Agora, o que dizer sobre p = O número 17 é primo.
fórmulas moleculares, tais como ⌐P, Q∨R, ou (Q∧R) → (P↔Q)? q = Brasília é a capital do Brasil.
Para estas, podemos estabelecer os valores que elas recebem em p ∧ q = O número 17 é primo e Brasília é a capital do Brasil.
vista do valor de cada fórmula atômica que as compõe. Faremos
isto por meio das tabelas de verdade. Os primeiros passos para p q p∧ q
construir uma tabela de verdade consistem em: V V V
- Uma linha em que estão contidas todas as subfórmulas de
uma fórmula e a própria fórmula. Por exemplo, a fórmula ⌐(P˄Q) O Conectivo “ou” e a disjunção
→ R tem o seguinte conjunto de subfórmulas: [(P˄Q) → R, P˄Q,
P, Q, R]. O conectivo “ou” e a disjunção de duas proposições p e q
- “L” linhas em que estão todos os possíveis valores que as é outra proposição que tem como valor lógico V se alguma das
proposições atômicas podem receber e os valores recebidos proposições for verdadeira e F se as duas forem falsas. O símbolo
pelas fórmulas moleculares a partir dos valores destes átomos. p v q (p ou q) representa a disjunção, com a seguinte tabela-
verdade:
O número de linhas é L = nt, sendo n o número de valores que
o sistema permite (sempre 2 no caso do CPC) e t o número de p q p∨ q
V V V
átomos que a fórmula contém. Assim, se uma fórmula contém 2 V F V
átomos, o número de linhas que expressam a permutações entre F V V
estes será 4: um caso de ambos serem verdadeiros (V V), dois F F F
casos de apenas um dos átomos ser verdadeiro (V F , F V) e um Exemplo:
caso no qual ambos serem falsos (F F). Se a fórmula contiver 3
átomos, o número de linhas que expressam a permutações entre a)
estes será 8: um caso de todos os átomos serem verdadeiros (V V p = 2 é par.
V), três casos de apenas dois átomos serem verdadeiros (V V F , q = o céu é rosa.
V F V , F V V), três casos de apenas um dos átomos ser verdadeiro p ν q = 2 é par ou o céu é rosa.
(V F F , F V F , F F V) e um caso no qual todos átomos são falsos (F
F F). Então, para a fórmula ⌐(P˄Q) → R, temos: p q p∨ q
V F V
P Q R P˄Q (P˄Q) → R ⌐(P˄Q) → R
V V V b)
V V F p = 9 < 6.
V F V q = 3 é par.
V F F p ν q: = 9 < 6 ou 3 é par.
F V V
F V F
F F V p q p∨ q
F F F F F F

Matemática 47
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APOSTILAS OPÇÃO
c) p = 24 é múltiplo de 3.
p = O número 17 é primo. q = 6 é ímpar.
q = Brasília é a capital do Brasil. p ↔ q = 24 é múltiplo de 3 se, e somente se, 6 é ímpar.
p ν q = O número 17 é primo ou Brasília é a capital do Brasil.
p q p↔q
p q p∨ q V F F
V V V
b)
d) p = 25 é quadrado perfeito.
p = O número 9 é par. q = 8 > 3.
q = O dobro de 50 é 100. p ↔ q = 25 é quadrado perfeito se, e somente se, 8 > 3.
p ν q: O número 9 é par ou o dobro de 50 é 100.
p q p↔q
p q p∨ q V V V
F V V
c)
O Conectivo “se… então…” e a condicional p = 27 é par.
q = 6 é primo.
A condicional se p então q é outra proposição que tem como p ↔ q = 27 é par se, e somente se, 6 é primo.
valor lógico F se p é verdadeira e q é falsa. O símbolo p → q
representa a condicional, com a seguinte tabela-verdade: p q p↔q
F F V
p q p→q Tabela-Verdade de uma Proposição Composta
V V V
V F F
F V V Exemplo: veja como se procede a construção de uma tabela-
F F V
verdade da proposição composta P(p, q) = ((p ∨ q) → (~p))
Exemplo: → (p ∧ q), onde p e q são duas proposições simples quaisquer.
Resolução: uma tabela-verdade de uma proposição do tipo P(p,
a) q) possui 24 = 4 linhas, logo:
p: 7 + 2 = 9.
q: 9 – 7 = 2. p q p∨ ~p (p ∨ q) → p∧ ((p ∨ q) → (~p)) →
p → q: Se 7 + 2 = 9 então 9 – 7 = 2. q (~p) q (p ∧ q)
V V
V F
p q p→q F V
V V V F F

b) Agora veja passo a passo a determinação dos valores lógicos


p = 7 + 5 < 4. de P.
q = 2 é um número primo.
p → q: Se 7 + 5 < 4 então 2 é um número primo. a) Valores lógicos de p ν q

p q p→q p q p∨ ~p (p ∨ q) → p∧ ((p ∨ q) → (~p)) →


F V V q (~p) q (p ∧ q)
V V V
c) V F V
p = 24 é múltiplo de 3. F V V
F F F
q = 3 é par.
p → q: Se 24 é múltiplo de 3 então 3 é par. b) Valores lógicos de ~p

p q p→q p q p∨ ~p (p ∨ q) → p∧ ((p ∨ q) → (~p)) →


V F F q (~p) q (p ∧ q)
V V V F
d) V F V F
p = 25 é múltiplo de 2. F V V V
F F F V
q = 12 < 3.
p → q: Se 25 é múltiplo de 2 então 2 < 3.

O Conectivo “se e somente se” e a bicondicional

A bicondicional p se e somente se q é outra proposição que


tem como valor lógico V se p e q forem ambas verdadeiras ou
ambas falsas, e F nos outros casos. O símbolo p ↔ q representa a c) Valores lógicos de (p ν q) → (~p)
bicondicional, com a seguinte tabela-verdade:
p q p ~p (p ∨ q) p∧ ((p ∨ q) → (~p))
p q p↔q ∨ → (~p) q → (p ∧ q)
V V V
V F F q
F V F V V V F F
F F V V F V F F
F V V V V
F F F V V
Exemplo:
d) Valores lógicos de p ∧ q
a)

Matemática 48
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APOSTILAS OPÇÃO
p q p ~p (p ∨ q) p∧ ((p ∨ q) → (~p)) 06. Utilizando as propriedades das operações lógicas,
∨ → (~p) q → (p ∧ q) simplifique as seguintes proposições:
q (A) (p v q) Λ ~p
V V V F F V (B) p Λ (p → q) Λ (p →~q)
V F V F F F
F V V V V F (C) p Λ (p v q) → (p v q) Λ q
F F F V V F (D) ~(p → q) Λ ((~p Λ q) v ~(p v q))
(E) ~p → (p v ~(p v ~q))
e) Valores lógicos de P(p, q) = ((p ν q) → (~p)) → (p ∧ q)
07. Escrever as expressões relativas aos circuitos. Simplificá-
p q p ~p (p ∨ q) p∧ ((p ∨ q) → (~p))
las e fazer novos esquemas.
∨ → (~p) q → (p ∧ q)
q
V V V F F V V (A)
V F V F F F V
F V V V V F F
F F F V V F F

Questões

01. Considere as proposições


(B)
p: Está frio e
q: Está chovendo.
Traduza para linguagem corrente as seguintes proposições:

(A) p v ~q
(B) p → q c) ~p ∧ ~q
(C) p ↔ ~q e) (p v ~q) ↔ (q ∧ ~p)
08. Verifique a validade ou não dos seguintes argumentos
02. Considere as proposições
sem utilizar tabela-verdade:
p: A Terra é um planeta e
(A) p v q, ~r v ~q ╞ ~p → ~r
q: A Terra gira em torno do Sol.
(B) p → q v r, q → ~p, s → ~r ╞ ~(p ∧ s)
Traduza para linguagem simbólica as seguintes proposições:
(C) p → q, r → s, p v s ╞ q v r
(D) Se o déficit público não diminuir, uma condição
(A) Não é verdade: que a Terra é um planeta ou gira em torno
necessária e suficiente para inflação cair é que os impostos
do Sol.
sejam aumentados. Os impostos serão aumentados somente se
(B) Se a Terra é um planeta então a Terra gira em torno do
o déficit público não diminuir. Se a inflação cair, os impostos não
Sol.
serão aumentados. Portanto, os impostos não serão aumentados.
(C) É falso que a Terra é um planeta ou que não gira em torno
do Sol.
09. Dê o conjunto-verdade em R das seguintes sentenças
(D) A Terra gira em torno do Sol se, e somente se, a Terra não
abertas:
é um planeta.
(A) x² + x – 6 = 0 → x² - 9 = 0
(E) A Terra não é nem um planeta e nem gira em torno do
(B) x² > 4 ↔ x² - 5x + 6 = 0
Sol.
10. Dê a negação das seguintes proposições:
(Expressões da forma “não é nem p e nem q” devem ser vistas
(A) Existem pessoas inteligentes que não sabem ler nem
como “não p e não q”)
escrever.
(B) Toda pessoa culta é sábia se, e somente se, for inteligente.
03. Escreva a negação das seguintes proposições numa
(C) Para todo número primo, a condição suficiente para ser
sentença o mais simples possível.
par é ser igual a 2.
(A) É falso que não está frio ou que está chovendo.
(B) Se as ações caem aumenta o desemprego.
Respostas
(C) Ele tem cabelos louros se e somente se tem olhos azuis.
(D) A condição necessária para ser um bom matemático é
01.
saber lógica.
(A) “Não está frio e não está chovendo”.
(E) Jorge estuda física mas não estuda química.
(B) “Está frio se e somente se não está chovendo”.
(C) “Está frio e não está chovendo se e somente se está
(Expressões da forma “p mas q” devem ser vistas como “ p e q”)
chovendo e não está frio”.
04. Dada a condicional: “Se p é primo então p = 2 ou p é
02.
ímpar”, determine:
(A) ~(p v q)
(A) a contrapositiva
(B) p → q
(B) a recíproca
(C) ~(p v ~q)
(D) ~p ∧ ~q
05.
(E) q ↔ ~p
(A) Supondo V(p Λ q ↔ r v s) = F e V(~r Λ ~s) = V, determine
V(p → r Λs).
03.
(B) Supondo V(p Λ (q v r)) = V e V (p v r → q) = F, determine
(A) “Não está frio ou está chovendo”.
V(p), V(q) e V(r).
(B) “As ações caem e não aumenta o desemprego”.
(C) Supondo V(p→ q) = V, determine V(p Λ r → q Λ r) e V(p v
(C) “Ele tem cabelos louros e não tem olhos azuis ou ele tem
r → q v r).
olhos azuis e não tem cabeloslouros”.
(D) A proposição é equivalente a “Se é um bom matemático

Matemática 49
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APOSTILAS OPÇÃO
então sabe lógica” cuja negação é “É um bom matemático e não 10.
sabe lógica”. (A) “Todas as pessoas inteligentes sabem ler ou escrever”.
(E) “Jorge não estuda lógica ou estuda química”. (B) “Existe pessoa culta que é sábia e não é inteligente ou
que é inteligente e não é sábia”.
04. (C) “Existe um número primo que é igual a 2 e não é par”.
(A) contrapositiva: “Se p ≠ 2 e p é par então p não é primo”.
(B) recíproca: “Se p = 2 ou p é ímpar então p é primo”.

05. Geometria plana: distâncias


(A) Supondo V(p Λ q ↔ r v s) = F(1) e V(~r Λ ~s) = V (2), e ângulos, polígonos,
determine V(p → r Λ s). circunferência, perímetro e área.
Solução: De (2) temos que V (r) = V(s) = F; Usando estes Semelhança e relações métricas
resultados em (1) obtemos: no triângulo retângulo
V(p) = V(q) = V, logo,
V(p → r Λ s) = F

(B) Supondo V(p Λ (q v r)) = V (1) e V(p v r → q) = F (2), Ângulo


determine V(p), V(q) e V(r). Um ângulo é uma figura formada por duas semirretas de
Solução: De (1) concluimos que V(p) = V e V(q v r) = V e de (2) mesma origem.
temos que V(q) = F, logo V (r) = V.

(C) Supondo V(p → q) = V, determine V(p Λ r → q Λ r) e V(p


v r → q v r).
Solução: Vamos supor V(p Λ r →q Λ r) = F. Temos assim que
V(p Λ r) = V e V(q Λ r) = F, o que nos permite concluir que V(p)
= V(r) = V e V(q) = F, o que contradiz V(p → q) = V. Logo, V(p v r
→ q v r) = V. Analogamente, mostramos que V(p v r → q v r) = V.

06.
(A) (p∨q) ∧ ~p ↔ (p∧~p) ∨ (q∧~p) ↔ F ∨ (q∧~p) ↔ (q∧~p) → →
Os lados são as semirretas OA e OB , ambas de origem em O
(B) p ∧ (p→q) ∧ (p→~p) ↔ p ∧ (~p∨q) ∧ (~p∨~q) e infinitas. O ponto O é o vértice do ângulo AÔB.
O instrumento usado para medir ângulo é o transferidor, que
↔ p ∧ ((~p ∨ (q∧~q)) ↔ p ∧ (~p ∨ F) ↔ p ∧ ~p ↔ F
tem como unidade o grau.
Um ângulo cuja medida é:
(C) p ∧ (p∨q) → (p ∨q) ∧ q ↔ p→q - igual a 90º é um ângulo reto
- maior que 90º e menor que 180º é um ângulo obtuso
(D) ~(p→q) ∧ ((~p∧q)) ↔ (p∧~q) ∧ ((~p∧q) ∨ (~p∧~q)) - menor que 90º e maior que 0º é um ângulo agudo
(p∧~q) ∧ ((~p ∧ (q∨~q)) ↔ (p∧~q) ∧ (~p∧V) ↔ (p∧~q) ∧ - igual a 180º é um ângulo raso ou de meia volta
~p
(p∧~p) ∧ ~q ↔ F ∧ ~q ↔ F

(E) ~p → (p ∨ ~(p∨~q)) ↔ p ∨ (p ∨ ~(p∨~q)) ↔ (p ∨


(~p∧q)) ↔
(p∨~p) ∧ (p∨q) ↔ V ∧ (p∨q) ↔ p∨q

07.
(A) (p∧q) ∨ ((p∧q) ∨ q) ∧ p ↔ ((p∧q) ∧ p ↔ q∧p

(B) ((p∨q) ∧ r)) ∨ ((q∧r) ∨ q)) ↔


((p∨q) ∧ r) ∨ q ↔ (p∨q∨q) ∧ (r∨q)
↔ (p∨q) ∧ (r∨q) ↔ q ∨ (p∧r)

08. Ângulos congruentes


(A) Válido
(B) Válido Dois ângulos cujas medidas são iguais são congruentes
(C) Sofisma. Considerando V(p) = V(q) = V( r ) = F e V(s) = V,
todas as premissas são verdadeiras e a conclusão é falsa.
(D) Considere
p: O déficit público não diminui;
q: A inflação cai;
r: Os impostos são aumentados.
Analise o argumento: p → (q↔r), r →p, q →~r ╞ ~r
(Válido)

09.
(A) R- {2} Os ângulos ABC e DÊF têm mesma medida, logo são
(B) [-2, 2[ congruentes.
.

Matemática 50
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APOSTILAS OPÇÃO
Bissetriz de um ângulo

Bissetriz de um ângulo é a semirreta que divide o ângulo


em dois ângulos de mesma medida, isto é, em dois ângulos
congruentes.


Os ângulos AÔB e BÔC são adjacentes. O lado O
B é comum
aos dois ângulos e não existe ponto interno comum aos dois
ângulos.

Ângulos Opostos pelo vértice

Dois ângulos são opv quando os lados de um deles são


semirretas opostas aos lados do outro. Ângulos opv são
Ângulos complementares e suplementares congruentes.
Dois ângulos são complementares quando a soma de suas
medidas é 90 º.
Sabendo que a medida de um ângulo agudo, em graus, é x, a
medida do complemento desse ângulo é dada por ( 90 – x).

Os ângulos AÔB e CÔD são opv.

Polígonos

Um polígono é uma figura geométrica plana limitada por


uma linha poligonal fechada. A palavra “polígono” advém do
Os ângulos a e b são complementares (b é o complemento de grego e quer dizer muitos (poly) e ângulos (gon).
a, e a é o complemento de b.)
Dois ângulos são suplementares quando a soma de suas Linhas poligonais e polígonos
medidas é 180º.
Sabendo que y é a medida de um ângulo, em graus, então a Linha poligonal é uma sucessão de segmentos consecutivos
medida do suplemento desse ângulo é dada por ( 180 – y). e não-colineares, dois a dois. Classificam-se em:

Os ângulos a e b são suplementares. O ângulo a é agudo e o


ângulo b é obtuso. Linha poligonal fechada simples

Ângulos consecutivos

Dois ângulos são chamados consecutivos se um dos lados de


um deles coincide com um dos lados do outro.

Linha poligonal fechada não-simples



Os ângulos AÔC e AÔB são consecutivos. O lado OB é comum
aos dois ângulos.

Ângulos adjacentes

São ângulos que possuem um lado comum, mas não existe


ponto comum entre eles.

Linha poligonal aberta simples

Matemática 51
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APOSTILAS OPÇÃO
heptadecágono 17 octodecágono 18
eneadecágono 19 icoságono 20
triacontágono 30 tetracontágono 40
pentacontágono 50 hexacontágono 60
heptacontágono 70 octacontágono 80
eneacontágono 90 hectágono 100
quilógono 1000 googólgono 10100

Linha poligonal aberta não-simples Classificação dos polígonos

A classificação dos polígonos pode ser ilustrada pela


Polígono é uma linha fechada simples. Um polígono divide seguinte árvore:
o plano em que se encontra em duas regiões (a interior e a
exterior), sem pontos comuns.

Elementos de um polígono

Um polígono é denominado simples se ele for descrito por


uma fronteira simples e que não se cruza (daí divide o plano em
uma região interna e externa), caso o contrário é denominado
complexo.
Um polígono simples é denominado convexo se não tiver
nenhum ângulo interno cuja medida é maior que 180°, caso o
contrário é denominado côncavo.
Um polígono convexo é denominado circunscrito a uma
circunferência ou polígono circunscrito se todos os vértices
Um polígono possui os seguintes elementos: pertencerem a uma mesma circunferência.
Um polígono inscritível é denominado regular se todos os
- Lados: Cada um dos segmentos de reta que une vértices seus lados e todos os seus ângulos forem congruentes.
cosecutivos: , , , , , Alguns polígonos regulares:
. - triângulo equilátero
- quadrado
- Vértices: Ponto de encontro de dois lados consecutivos: A, - pentágono regular
B, C, D, E. - hexágono regular
- Diagonais: Segmentos que unem dois vértices não Propriedades dos polígonos
consecutivos: , , , , De cada vértice de um polígono de n lados, saem n - 3
diagonais (dv).
- Ângulos internos: Ângulos formados por dois lados
O número de diagonais (d) de um polígono é dado por
consecutivos: , , , , .

- Ângulos externos: Ângulos formados por um lado e pelo , onde n é o número de lados do polígono.
prolongamento do lado a ele consecutivo: A soma das medidas dos ângulos internos de um polígono de
, , , , .
n lados (Si) é dada por .
Classificação dos polígonos quanto ao número de lados
A soma das medidas dos ângulos externos de um polígono
de n lados (Se) é igual a
Número Número
Nome Nome
de lados de lados
triângulo 3 quadrilátero 4
pentágono 5 hexágono 6
.
heptágono 7 octógono 8 Em um polígono convexo de n lados, o número de triângulos
eneágono 9 decágono 10 formados por diagonais que saem de cada vértice é dado por n
hendecágono 11 dodecágono 12 - 2.
A medida do ângulo interno de um polígono regular de n
tridecágono 13 tetradecágono 14 lados (ai) é dada por
pentadecágono 15 hexadecágono 16

Matemática 52
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APOSTILAS OPÇÃO
Hexágono Regular: 6 lados Cálculo da Soma das medidas dos
ângulos internos: S¡ = 6-2 . 180° = 4.180° = 720°
Como o Hexágono é regular: A¡ = 720º/6 = 120° Ae = 180º
. - 120º = 60°
A medida do ângulo externo de um polígono regular de n O ângulo interno mede 120° e o externo, 60°.
lados (ae) é dada por
Para um polígono convexo qualquer de n lados:

Soma dos ângulos Internos


SÎ = (n-2) . 180º
.
A soma das medidas dos ângulos centrais de um polígono Soma dos ângulos Externos
regular de n lados (Sc) é igual a 360º. Sê = 360º
A medida do ângulo central de um polígono regular de n
Número de Diagonais
d= n(n-3) / 2

Polígonos regulares
lados (ac) é dada por.
São aqueles que possuem todos os lados congruentes e todos
os ângulos congruentes.
Outros polígonos
Î = (n-2).180º /n ê=360º/n
Î + ê =180º
Alguns polígonos são diferentes dos outros, por
apresentarem lados cruzados, são eles:
Questões
Estrelado
1. Quanto vale a soma dos ângulos internos de um
dodecágono?
Polígono formado por corda e ângulos iguais. Pode ser:
Falso: Pela sobreposição de Polígonos
2. Qual o polígono que tem soma dos ângulos internos igual
Verdadeiro: Formado por linhas poligonais fechadas não-
a 3240º?
simples
3. Ache o valor de x na figura:
Entrecruzado

Polígono, cujo prolongamento dos lados, ajuda a formar


outro polígono.

Entrelaçado

Formado por faixas de retas paralelas que se entrelaçam

Esboço dos Polígonos citados acima

4. Um quadrilátero possui:
a) Quantos vértices?
b) Quantos Lados?
c) Quantos lados internos e externos?

5. De o nome do polígono que possui:


a) 8 lados
b) 5 vértices

6. De o nome do polígono que possui:


a) 3 ângulos externos
b) 22 ângulos internos

7. Qual o número mínimo de lados de um polígono?

8. Determine o número de diagonais do octógono.

9. Determine o polígono cujo número de diagonais é o dobro


do número de lados.
Ângulos de um Polígono Regular 10. Quantos ângulos internos possui um decágono?
Polígono Regular: É o polígono que possui todos os lados Respostas
congruentes e todos os ângulos internos congruentes. Também,
em cada vértice do polígono, a soma das medidas dos ângulos 1) Solução:
interno e externo é 180°. n = 12
Para um polígono de n lados, temos que o ângulo interno

(A¡) =

Exemplos

Matemática 53
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APOSTILAS OPÇÃO
9) Solução:
n número de lados: n
n de diagonais: d =
Pelo dado do problema: d = 2n

Logo, o polígono é o heptágono.


2) Solução:
10) Solução:
Si=3240 10 ângulos
CIRCUNFERÊNCIA E CÍRCULO

A circunferência possui características não comumente


encontradas em outras figuras planas, como o fato de ser a única
figura plana que pode ser rodada em torno de um ponto sem
modificar sua posição aparente. É também a única figura que é
simétrica em relação a um número infinito de eixos de simetria.
A circunferência é importante em praticamente todas as áreas
do conhecimento como nas Engenharias, Matemática, Física,
Química, Biologia, Arquitetura, Astronomia, Artes e também é
3) Solução: muito utilizado na indústria e bastante utilizada nas residências
A soma dos ângulos internos do pentágono é: das pessoas.

Circunferência: A circunferência é o lugar geométrico


de todos os pontos de um plano que estão localizados a uma
mesma distância r de um ponto fixo denominado o centro da
circunferência. Esta talvez seja a curva mais importante no
contexto das aplicações.

Círculo: (ou disco) é o conjunto de todos os pontos de um


plano cuja distância a um ponto fixo O é menor ou igual que
uma distância r dada. Quando a distância é nula, o círculo se
reduz a um ponto. O círculo é a reunião da circunferência com
o conjunto de pontos localizados dentro da mesma. No gráfico
acima, a circunferência é a linha de cor verde-escuro que envolve
a região verde, enquanto o círculo é toda a região pintada de
verde reunida com a circunferência.
4) Solução: Um quadrilátero, pelo próprio nome já diz,
possui 4 lados. Portanto:
Pontos interiores de um círculo e exteriores a um círculo
a) 4 vértices
b) 4 lados Pontos interiores: Os pontos interiores de um círculo são os
c) 4 ângulos internos e externos. pontos do círculo que não estão na circunferência.

5) Solução:
a) Octógono
b) Pentágono

6) Solução:
a) Triângulo
b) Polígono de 22 lados.

7) Solução:
3 lados.
Pontos exteriores: Os pontos exteriores a um círculo são os
8) Solução. Um octógono possui 8 lados, ou 8 vértices, logo: pontos localizados fora do círculo.
n=8
Raio, Corda e Diâmetro

Matemática 54
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APOSTILAS OPÇÃO
Raio: Raio de uma circunferência (ou de um círculo) é ser o segmento de reta tangente à circunferência que liga os
um segmento de reta com uma extremidade no centro da pontos P e Q. Do mesmo modo, a “secante AC” pode significar a
circunferência e a outra extremidade num ponto qualquer da reta que contém a corda BC e também pode ser o segmento de
circunferência. Na figura, os segmentos de reta OA, OB e OC são reta ligando o ponto A ao ponto C.
raios.
Propriedades das secantes e tangentes
Corda: Corda de uma circunferência é um segmento de reta
cujas extremidades pertencem à circunferência. Na figura, os Se uma reta s, secante a uma circunferência de centro O,
segmentos de reta AC e DE são cordas. intercepta a circunferência em dois pontos distintos A e B e se
M é o ponto médio da corda AB, então o segmento de reta OM é
Diâmetro: Diâmetro de uma circunferência (ou de um perpendicular à reta secante s.
círculo) é uma corda que passa pelo centro da circunferência.
Observamos que o diâmetro é a maior corda da circunferência.
Na figura, o segmento de reta AC é um diâmetro.

Se uma reta s, secante a uma circunferência de centro


O, intercepta a circunferência em dois pontos distintos A
e B, a perpendicular às retas que passam pelo centro O da
circunferência, passa também pelo ponto médio da corda AB.

Posições relativas de uma reta e uma circunferência

Reta secante: Uma reta é secante a uma circunferência se


essa reta intercepta a circunferência em dois pontos quaisquer,
podemos dizer também que é a reta que contém uma corda.

Reta tangente: Uma reta tangente a uma circunferência é


uma reta que intercepta a circunferência em um único ponto
P. Este ponto é conhecido como ponto de tangência ou ponto Seja OP um raio de uma circunferência, onde O é o centro e P
de contato. Na figura ao lado, o ponto P é o ponto de tangência um ponto da circunferência. Toda reta perpendicular ao raio OP
e a reta que passa pelos pontos E e F é uma reta tangente à é tangente à circunferência no ponto de tangência P.
circunferência.

Toda reta tangente a uma circunferência é perpendicular ao


raio no ponto de tangência.
Observações: Raios e diâmetros são nomes de segmentos de
Posições relativas de duas circunferências
retas, mas às vezes são também usados como os comprimentos
desses segmentos. Por exemplo, podemos dizer que ON é o
Reta tangente comum: Uma reta que é tangente a duas
raio da circunferência, mas é usual dizer que o raio ON da
circunferências ao mesmo tempo é denominada uma tangente
circunferência mede 10 cm ou que o raio ON tem 10 cm.
comum. Há duas possíveis retas tangentes comuns: a interna e
a externa.

Tangentes e secantes são nomes de retas, mas também


são usados para denotar segmentos de retas ou semirretas.
Por exemplo, “A tangente PQ” pode significar a reta tangente à
circunferência que passa pelos pontos P e Q mas também pode

Matemática 55
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APOSTILAS OPÇÃO
Ao traçar uma reta ligando os centros de duas circunferências
no plano, esta reta separa o plano em dois semi-planos. Se os
pontos de tangência, um em cada circunferência, estão no
mesmo semi-plano, temos uma reta tangente comum externa.
Se os pontos de tangência, um em cada circunferência, estão
em semi-planos diferentes, temos uma reta tangente comum
interna.

Circunferências internas: Uma circunferência C1 é interna


a uma circunferência C2, se todos os pontos do círculo C1 estão
contidos no círculo C2. Uma circunferência é externa à outra se
todos os seus pontos são pontos externos à outra.

Propriedade dos quadriláteros circunscritos: Se um


quadrilátero é circunscrito a uma circunferência, a soma de dois
lados opostos é igual à soma dos outros dois lados.

Arco de circunferência e ângulo central


Circunferências concêntricas: Duas ou mais
circunferências com o mesmo centro, mas com raios diferentes Seja a circunferência de centro O traçada ao lado. Pela
são circunferências concêntricas. definição de circunferência temos que OP = OQ = OR =... e
isto indica que os raios de uma circunferência são segmentos
Circunferências tangentes: Duas circunferências que congruentes.
estão no mesmo plano, são tangentes uma à outra, se elas são
tangentes à mesma reta no mesmo ponto de tangência.

Circunferências congruentes: São circunferências que


As circunferências são tangentes externas uma à outra se os possuem raios congruentes. Aqui a palavra raio refere-se ao
seus centros estão em lados opostos da reta tangente comum e segmento de reta e não a um número.
elas são tangentes internas uma à outra se os seus centros estão
do mesmo lado da reta tangente comum. Ângulo central: Em uma circunferência, o ângulo central é
aquele cujo vértice coincide com o centro da circunferência. Na
Circunferências secantes: são aquelas que possuem figura, o ângulo a é um ângulo central. Se numa circunferência de
somente dois pontos distintos em comum. centro O, um ângulo central determina um arco AB, dizemos que
AB é o arco correspondente ao ângulo AÔB.

Arco menor: É um arco que reúne dois pontos da


circunferência que não são extremos de um diâmetro e todos
Segmentos tangentes: Se AP e BP são segmentos de os pontos da circunferência que estão dentro do ângulo central
reta tangentes à circunferência nos ponto A e B, então esses cujos lados contêm os dois pontos. Na figura, a linha vermelha
segmentos AP e BP são congruentes. indica o arco menor AB ou arco menor ACB.

Polígonos circunscritos Arco maior: É um arco que liga dois pontos da circunferência
que não são extremos de um diâmetro e todos os pontos da
Polígono circunscrito a uma circunferência é o que possui circunferência que estão fora do ângulo central cujos lados
seus lados tangentes à circunferência. Ao mesmo tempo, dizemos contêm os dois pontos. Na figura a parte azul é o arco maior, o
que esta circunferência está inscrita no polígono. ponto D está no arco maior ADB enquanto o ponto C não está no
arco maior, mas está no arco menor AB, assim é frequentemente
usado três letras para representar o arco maior.

Matemática 56
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APOSTILAS OPÇÃO
dois arcos de circunferência sendo um deles um arco menor e o
outro um arco maior. Quando não for especificada, a expressão
arco de uma corda se referirá ao arco menor e quanto ao arco
maior sempre teremos que especificar.

Semicircunferência: É um arco obtido pela reunião dos


pontos extremos de um diâmetro com todos os pontos da
circunferência que estão em um dos lados do diâmetro. O arco
RTS é uma semicircunferência da circunferência de centro P e o
arco RUS é outra. Observações: Se um ponto X está em um arco AB e o arco AX
é congruente ao arco XB, o ponto X é o ponto médio do arco AB.
Além disso, qualquer segmento de reta que contém o ponto X é
um segmento bissetor do arco AB. O ponto médio do arco não é
o centro do arco, o centro do arco é o centro da circunferência
que contém o arco.
- Para obter a distância de um ponto O a uma reta r,
traçamos uma reta perpendicular à reta dada passando
pelo ponto O. O ponto T obtido pela interseção dessas duas
retas é o ponto que determinará um extremo do segmento
OT cuja medida representa a distância entre o ponto e a reta.
Observações: Em uma circunferência dada, temos que:

- A medida do arco menor é a medida do ângulo central


correspondente a m(AÔB) e a medida do arco maior é 360 graus
menos a medida do arco menor m(AÔB).

- Em uma mesma circunferência ou em circunferências


congruentes, cordas congruentes possuem arcos congruentes
e arcos congruentes possuem cordas congruentes. (Situação 1).
- Um diâmetro que é perpendicular a uma corda é bissetor
da corda e também de seus dois arcos. (Situação 2).
- A medida da semicircunferência é 180 graus ou Pi radianos. - Em uma mesma circunferência ou em circunferências
- Em circunferências congruentes ou em uma simples congruentes, cordas que possuem a mesma distância do centro
circunferência, arcos que possuem medidas iguais são arcos são congruentes. (Situação 3).
congruentes.
- Em uma circunferência, se um ponto E está entre os
pontos D e F, que são extremidades de um arco menor, então:
m(DE)+m(EF)=m(DF).

- Se o ponto E está entre os pontos D e F, extremidades de um


arco maior: m(DE) + m(EF) = m(DEF).

Polígonos inscritos na circunferência

- Apenas esta última relação faz sentido para as duas últimas Um polígono é inscrito em uma circunferência se cada
figuras apresentadas. vértice do polígono é um ponto da circunferência e neste caso
dizemos que a circunferência é circunscrita ao polígono.
Propriedades de arcos e corda

Uma corda de uma circunferência é um segmento de reta


que une dois pontos da circunferência. Se os extremos de uma
corda não são extremos de um diâmetro eles são extremos de

Matemática 57
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APOSTILAS OPÇÃO

Ângulo semi-inscrito: Ângulo semi-inscrito ou ângulo de


segmento é um ângulo que possui um dos lados tangente à
circunferência, o outro lado secante à circunferência e o vértice
na circunferência. Este ângulo determina um arco (menor) sobre
a circunferência. No gráfico ao lado, a reta secante passa pelos
pontos A e B e o arco correspondente ao ângulo semi-inscrito
BAC é o arco AXB onde X é um ponto sobre o arco.

Propriedade dos quadriláteros inscritos: Se um


quadrilátero está inscrito em uma circunferência então os
ângulos opostos são suplementares, isto é a soma dos ângulos
opostos é 180 graus e a soma de todos os quatro ângulos é 360
graus. Observação: A medida do ângulo semi-inscrito é a metade da
medida do arco interceptado. Na figura, a medida do ângulo BÂC
é igual a metade da medida do arco AXB.

Arco capaz: Dado um segmento AB e um ângulo k, pergunta-


se: Qual é o lugar geométrico de todos os pontos do plano que
contém os vértices dos ângulos cujos lados passam pelos pontos
A e B sendo todos os ângulos congruentes ao ângulo k? Este lugar
geométrico é um arco de circunferência denominado arco capaz.
 + Π= 180 graus
Ê + Ô = 180 graus
 + Ê + Î + Ô = 360 graus

Ângulos inscritos
Observação: Todo ângulo inscrito no arco capaz AB, com
Ângulo inscrito: relativo a uma circunferência é um ângulo
lados passando pelos pontos A e B são congruentes e isto
com o vértice na circunferência e os lados secantes a ela. Na
significa que, o segmento de reta AB é sempre visto sob o mesmo
figura à esquerda abaixo, o ângulo AVB é inscrito e AB é o arco
ângulo de visão se o vértice deste ângulo está localizado no arco
correspondente.
capaz. Na figura abaixo à esquerda, os ângulos que passam por
A e B e têm vértices em V1, V2, V3,..., são todos congruentes (a
mesma medida).

Medida do ângulo inscrito: A medida de um ângulo inscrito


em uma circunferência é igual à metade da respectiva medida
do ângulo central, ou seja, a metade de seu arco correspondente,
isto é: m = n/2 = (1/2) m(AB)
Na figura acima à direita, o arco capaz relativo ao ângulo
Ângulo reto inscrito na circunferência: O arco semi-inscrito m de vértice em A é o arco AVB. Se n é ângulo
correspondente a um ângulo reto inscrito em uma central então a medida de m é o dobro da medida de n, isto é:
circunferência é a semicircunferência. Se um triângulo inscrito m(arco AB) = 2 medida(m) = medida(n)
numa semicircunferência tem um lado igual ao diâmetro, então
ele é um triângulo retângulo e esse diâmetro é a hipotenusa do Assim, sendo C(a, b) o centro e P(x, y) um ponto qualquer
triângulo. da circunferência, a distância de C a P(dCP) é o raio dessa
circunferência. Então:

A geometria plana, também chamada geometria elementar


ou Euclidiana, teve início na Grécia antiga. Esse estudo analisava
as diferentes formas de objetos.
Na geometria plana as formas geométricas mais conhecidas
são os triângulos, quadriláteros (quadrado, retângulo, trapézio,
paralelogramo), círculo e circunferência, e, alguns polígonos que
Ângulo semi-inscrito e arco capaz
recebem nomes especiais de acordo com o n° de lados.

Matemática 58
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APOSTILAS OPÇÃO
Na geometria espacial estudamos as figuras que possuem
mais de duas dimensões. Essas figuras recebem o nome de
sólidos geométricos e são conhecidos como: prisma (cubo,
paralelepípedo), pirâmides, cone, cilindro, esfera.
O espaço ocupado por uma figura plana é a sua área
que estudaremos a seguir com as fórmulas para cada forma
geométrica.
Perímetro e área de figuras planas
Perímetro é a soma de todos os lados de qualquer figura
plana. È o contorno da figura. No caso da circunferência
( B + b). h
5. Trapézio : A = (B é a medida da base maior, b
temos uma fórmula: C = 2 π . r , onde C é o comprimento da 2
é a base menor e h é a altura)
circunferência, r é o raio da circunferência e π = 3,14.
Área é a medida da superfície da figura plana. Para calcular a
área de uma figura precisamos saber a sua fórmula. As fórmulas
das figuras planas mais usadas são:
2
1. Quadrado : A= l . l ou A = l ( l é a medida do lado )

6. Hexágono regular : Um hexágono regular é formado por


6 triângulos equiláteros, portanto a área de um hexágono é 6
vezes a área de cada um desses triângulos.
2. Retângulo e Paralelogramo: A = b . h (b é a base e h é a A = 3.a 2 . 3 ( a é a medida do lado do hexágono)
altura) 2

D.d
3. Losango : A = ( D é a medida da diagonal maior e d é
2
a diagonal menor)

Círculo e circunferência
Circunferência é apenas o contorno. Ex: aliança, bambolê
Círculo é cheio , podemos calcular a área do círculo, ou seja,
a superfície ocupada. Ex: pizza.
Para calcular o comprimento de uma circunferência usamos
a fórmula:
C = 2. π . r ( r é a medida do raio e π vale 3,14)
Para calcular a área do círculo usamos a fórmula:
4. a) Triângulo : A = b.h (b é a medida da base e h é a altura)
A = π .r ( r é a medida do raio e π vale 3,14)
2
2

a2 3
b) Triângulo equilátero: A = 4 ( a é a medida do lado)
Lembrar que o triângulo equilátero tem os três lados de
mesma medida.
Questões

01 (CREA/PR – AGENTE ADMINISTRATIVO – FUNDATEC)


Acrescendo 3cm ao lado de um quadrado, a área aumentará em
39cm². Nesse sentido, a medida da diagonal do quadrado inicial
é
(A) 5cm
(B)
(C) 6cm
(D)
c) Triângulo qualquer em que sabemos as medidas dos três (E) 8cm
lados e não conhecemos a altura: A = p ( p − a )( p − b)( p − c)
(p é o semi perímetro, ou seja, a metade do perímetro; a, b, c são 02 (METRO/SP - AGENTE DE SEGURANÇA METROVIÁRIA
as medidas dos lados do triângulo). I - FCC) Para aumentar a área de um tapete retangular de 2 m
p = a+b+c por 5 m foi costurada uma faixa em sua volta de exatos 10 cm
2
Matemática 59
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APOSTILAS OPÇÃO
de largura e que manteve o formato retangular do tapete. A
porcentagem de aumento da área do tapete é igual a
(A) 12,2.
(B) 14,4.
(C) 20,4.
(D) 10,2.
(E) 10,4.

03 (METRO/SP - AGENTE DE SEGURANÇA METROVIÁRIA


Dados os triângulos acima, onde:
I - FCC) O raio de uma roda de trem mede, aproximadamente, 0,4
m. Sabendo que o comprimento de uma circunferência é dado
pela fórmula C = 2. π.R (C: comprimento; considere π igual a 3,1
nessa questão; R : raio da roda). O número mínimo de voltas
completas (desconsidere qualquer arrasto ou patinar da roda)
para que uma dessas rodas percorra 1 km, é e = = = , então os triângulos ABC e DEF são
(A) 248. semelhantes e escrevemos ABC DEF.
(B) 620.
(C) 800. CRITÉRIOS DE SEMELHANÇA
(D) 404.
(E) 992. Dois ângulos congruentes: Se dois triângulos tem, entre
Respostas si, dois ângulos correspondentes congruentes iguais, então os
triângulos são semelhantes.
01. Resposta: B.

lado: x
x²=A
(x+3)²=A+39
x²+6x+9=A+39
Substituindo:
A+6x+9=A+39
6x=30
x=5
diagonal do quadrado:

02. Resposta: B. Nas figuras = e =

então: ABC ~ DEF

Dois lados congruentes: Se dois triângulos tem dois lados


correspondentes proporcionais e os ângulos formados por
esses lados também são congruentes, então os triângulos são
semelhantes.

Área=10m²
Com a faixa:

Nas figuras acima:

Área=11,44m² então: ABC EFG


Aumento:11,44-10=1,44m² Três lados proporcionais: Se dois triângulos têm os três
10----100% lados correspondentes proporcionais, então os triângulos são
1,44---x semelhantes.
X=14,4%

03. Resposta: D.
C=2πr=2.3,1.0,4=2,48m
1km=1000m
1000:2,48=404

SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS Nas figuras acima:

Dois triângulos são semelhantes se tiverem, entre si,


os lados correspondentes proporcionais e os ângulos
congruentes (iguais).
então: ABC RST
Observação: temos três critérios de semelhança, porém o
mais utilizado para resolução de exercícios, isto é, para provar
que dois triângulos são semelhantes, basta provar que eles tem

Matemática 60
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APOSTILAS OPÇÃO
dois ângulos correspondentes congruentes (iguais). b) O volume de um prisma reto é igual ao produto da área da
base pela altura do sólido, isto é

Relações métricas no triângulo retângulo

Triângulo retângulo é todo triângulo que tem um ângulo reto e


dois ângulos agudos. c) O cubo e o paralelepípedo retângulo são prismas;
d) O volume do cilindro também se pode calcular da mesma
Observe os triângulos
forma que o volume de um prisma reto.

Os formulários seguintes, das figuras geométricas são para


calcular da mesma forma que as acima apresentadas:

Figuras Geométricas:

Os triângulos AHB e AHC são semelhantes, então podemos


estabelecer algumas relações métricas importantes:

h² = m.n           b² = m.a               c² = a.n              b.c = a.h a=m+n


Uma relação importante é o Teorema de Pitágoras:
a² = b² + c²

a – hipotenusa O conceito de cone


b e c – catetos
h – altura relativa à hipotenusa
m e n – projeções dos catetos sobre a hipotenusa

Geometria espacial: poliedros,


prismas e pirâmides, cilindro,
cone e esfera, áreas e volumes

Sólidos Geométricos

Para explicar o cálculo do volume de figuras geométricas,


podemos pedir que visualizem a seguinte figura:

Considere uma região plana limitada por uma curva suave


(sem quinas), fechada e um ponto P fora desse plano. Chamamos
de cone ao sólido formado pela reunião de todos os segmentos
de reta que têm uma extremidade em P e a outra num ponto
qualquer da região.

Elementos do cone
a) A figura representa a planificação de um prisma reto;

Matemática 61
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APOSTILAS OPÇÃO
- Base: A base do cone é a região plana contida no interior da
curva, inclusive a própria curva.
- Vértice: O vértice do cone é o ponto P.
- Eixo: Quando a base do cone é uma região que possui
centro, o eixo é o segmento de reta que passa pelo vértice P e
pelo centro da base.
- Geratriz: Qualquer segmento que tenha uma extremidade
no vértice do cone e a outra na curva que envolve a base.
- Altura: Distância do vértice do cone ao plano da base.
- Superfície lateral: A superfície lateral do cone é a reunião
de todos os segmentos de reta que tem uma extremidade em P e Cones Equiláteros
a outra na curva que envolve a base.
- Superfície do cone: A superfície do cone é a reunião da
superfície lateral com a base do cone que é o círculo.
- Seção meridiana: A seção meridiana de um cone é uma
região triangular obtida pela interseção do cone com um plano
que contem o eixo do mesmo.

Classificação do cone

Um cone circular reto é um cone equilátero se a sua seção


meridiana é uma região triangular equilátera e neste caso a
medida da geratriz é igual à medida do diâmetro da base.
Quando observamos a posição relativa do eixo em relação à A área da base do cone é dada por:
base, os cones podem ser classificados como retos ou oblíquos. ABase=Pi R2
Um cone é dito reto quando o eixo é perpendicular ao plano
da base e é oblíquo quando não é um cone reto. Ao lado Pelo Teorema de Pitágoras temos:
apresentamos um cone oblíquo. (2R)2 = h2 + R2
Observação: Para efeito de aplicações, os cones mais h2 = 4R2 - R2 = 3R2
importantes são os cones retos. Em função das bases, os cones
recebem nomes especiais. Por exemplo, um cone é dito circular Assim:
se a base é um círculo e é dito elíptico se a base é uma região
elíptica. h=R
Como o volume do cone é obtido por 1/3 do produto da área
da base pela altura, então:

V = (1/3) Pi R3
Como a área lateral pode ser obtida por:
ALat = Pi R g = Pi R 2R = 2 Pi R2
então a área total será dada por:
ATotal = 3 Pi R2

Observações sobre um cone circular reto


O conceito de esfera
1. Um cone circular reto é chamado cone de revolução por
ser obtido pela rotação (revolução) de um triângulo retângulo A esfera no espaço R³ é uma superfície muito importante em
em torno de um de seus catetos função de suas aplicações a problemas da vida. Do ponto de vista
2. A seção meridiana do cone circular reto é a interseção do matemático, a esfera no espaço R³ é confundida com o sólido
cone com um plano que contem o eixo do cone. No caso acima, geométrico (disco esférico) envolvido pela mesma, razão pela
a seção meridiana é a região triangular limitada pelo triângulo quais muitas pessoas calculam o volume da esfera. Na maioria
isósceles VAB. dos livros elementares sobre Geometria, a esfera é tratada como
3. Em um cone circular reto, todas as geratrizes são se fosse um sólido, herança da Geometria Euclidiana.
congruentes entre si. Se g é a medida de cada geratriz então, pelo Embora não seja correto, muitas vezes necessitamos falar
Teorema de Pitágoras, temos: g2 = h2 + R2 palavras que sejam entendidas pela coletividade. De um ponto
4. A Área Lateral de um cone circular reto pode ser obtida em de vista mais cuidadoso, a esfera no espaço R³ é um objeto
função de g (medida da geratriz) e R (raio da base do cone):ALat matemático parametrizado por duas dimensões, o que significa
= Pi R g que podemos obter medidas de área e de comprimento, mas o
5. A Área total de um cone circular reto pode ser obtida em volume tem medida nula. Há outras esferas, cada uma definida
função de g (medida da geratriz) e R (raio da base do cone): no seu respectivo espaço n-dimensional. Um caso interessante é
ATotal = Pi R g + Pi R2 a esfera na reta unidimensional:

So = {x em R: x²=1} = {+1,-1}

Matemática 62
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APOSTILAS OPÇÃO

Por exemplo, a esfera


S1 = { (x,y) em R²: x² + y² = 1 }
é conhecida por nós como uma circunferência de raio
unitário centrada na origem do plano cartesiano.

Aplicação: volumes de líquidos

Um problema fundamental para empresas que armazenam


líquidos em tanques esféricos, cilíndricos ou esféricos e
cilíndricos é a necessidade de realizar cálculos de volumes de
regiões esféricas a partir do conhecimento da altura do líquido O disco esférico é o conjunto de todos os pontos do espaço
colocado na mesma. Por exemplo, quando um tanque é esférico, que estão localizados na casca e dentro da esfera. Do ponto de
ele possui um orifício na parte superior (pólo Norte) por onde vista prático, o disco esférico pode ser pensado como a reunião
é introduzida verticalmente uma vara com indicadores de da película fina que envolve o sólido esférico com a região sólida
medidas. Ao retirar a vara, observa-se o nível de líquido que dentro da esfera. Em uma melancia esférica, o disco esférico
fica impregnado na vara e esta medida corresponde à altura de pode ser visto como toda a fruta.
líquido contido na região esférica. Este não é um problema trivial, Quando indicamos o raio da esfera pela letra R e o centro da
como observaremos pelos cálculos realizados na sequência. esfera pelo ponto (0,0,0), a equação da esfera é dada por:

x² + y² + z² = R²
e a relação matemática que define o disco esférico é o
conjunto que contém a casca reunido com o interior, isto é:

x² + y² + z² < R²
Quando indicamos o raio da esfera pela letra R e o centro da
esfera pelo ponto (xo,yo,zo), a equação da esfera é dada por:

(x-xo)² + (y-yo)² + (z-zo)² = R²


e a relação matemática que define o disco esférico é o
conjunto que contém a casca reunido com o interior, isto é, o
conjunto de todos os pontos (x,y,z) em R³ tal que:
A seguir apresentaremos elementos esféricos básicos e (x-xo)² + (y-yo)² + (z-zo)² < R²
algumas fórmulas para cálculos de áreas na esfera e volumes em Da forma como está definida, a esfera centrada na origem
um sólido esférico. pode ser construída no espaço euclidiano R³ de modo que o
centro da mesma venha a coincidir com a origem do sistema
A superfície esférica cartesiano R³, logo podemos fazer passar os eixos OX, OY e OZ,
pelo ponto (0,0,0).
A esfera no espaço R³ é o conjunto de todos os pontos
do espaço que estão localizados a uma mesma distância
denominada raio de um ponto fixo chamado centro.
Uma notação para a esfera com raio unitário centrada na
origem de R³ é:

S² = { (x,y,z) em R³: x² + y² + z² = 1 }

Uma esfera de raio unitário centrada na origem de R4 é dada


por:
Seccionando a esfera x²+y²+z²=R² com o plano z=0,
S³ = { (w,x,y,z) em R4: w² + x² + y² + z² = 1 } obteremos duas superfícies semelhantes: o hemisfério Norte
(“boca para baixo”) que é o conjunto de todos os pontos da
Você conseguiria imaginar espacialmente tal esfera? esfera onde a cota z é não negativa e o hemisfério Sul (“boca para
Do ponto de vista prático, a esfera pode ser pensada como a cima”) que é o conjunto de todos os pontos da esfera onde a cota
película fina que envolve um sólido esférico. Em uma melancia z não é positiva.
esférica, a esfera poderia ser considerada a película verde Se seccionarmos a esfera x²+y²+z²=R² por um plano vertical
(casca) que envolve a fruta. que passa em (0,0,0), por exemplo, o plano x=0, teremos uma
É comum encontrarmos na literatura básica a definição de circunferência maximal C da esfera que é uma circunferência
esfera como sendo o sólido esférico, no entanto não se devem contida na esfera cuja medida do raio coincide com a medida
confundir estes conceitos. Se houver interesse em aprofundar do raio da esfera, construída no plano YZ e a equação desta
os estudos desses detalhes, deve-se tomar algum bom livro de circunferência será:
Geometria Diferencial que é a área da Matemática que trata do x=0, y² + z² = R2
detalhamento de tais situações. sendo que esta circunferência intersecta o eixo OZ nos
pontos de coordenadas (0,0,R) e (0,0,-R). Existem infinitas
circunferências maximais em uma esfera.
Se rodarmos esta circunferência maximal C em torno do eixo
OZ, obteremos a esfera através da rotação e por este motivo, a
esfera é uma superfície de revolução.
Se tomarmos um arco contido na circunferência maximal
cujas extremidades são os pontos (0,0,R) e (0,p,q) tal que

Matemática 63
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APOSTILAS OPÇÃO
p²+q²=R² e rodarmos este arco em torno do eixo OZ, obteremos R² = a² + [(r1² -r2²-h²)/2h)]²
Segmento esférico
uma superfície denominada calota esférica. A(lateral) = 2 Pi R h
(altura h, raios das
A(total) = Pi(2Rh+r1²+r2²)
bases r1>r²)
Volume=Pi.h(3r1²+3r2²+h²)/6

Estas fórmulas podem ser obtidas como aplicações do Cálculo


Diferencial e Integral, mas nós nos limitaremos a apresentar um
processo matemático para a obtenção da fórmula do cálculo do
volume da “calota esférica” em função da altura da mesma.

Volume de uma calota no hemisfério Sul


Na prática, as pessoas usam o termo calota esférica para
representar tanto a superfície como o sólido geométrico Consideremos a esfera centrada no ponto (0,0,R) com raio R.
envolvido pela calota esférica. Para evitar confusões, usarei
“calota esférica” com aspas para o sólido e sem aspas para a
superfície.
A partir da rotação, construiremos duas calotas em uma
esfera, de modo que as extremidades dos arcos sejam (0,0,R)
e (0,p,q) com p²+q²=R² no primeiro caso (calota Norte) e no
segundo caso (calota Sul) as extremidades dos arcos (0,0,-R) e
(0,r,-s) com r²+s²=R² e retirarmos estas duas calotas da esfera,
teremos uma superfície de revolução denominada zona esférica.

A equação desta esfera será dada por:


x² + y² + (z-R)² = R²
A altura da calota será indicada pela letra h e o plano que
coincide com o nível do líquido (cota) será indicado por z=h. A
interseção entre a esfera e este plano é dado pela circunferência
x² + y² = R² - (h-R)²
De um ponto de vista prático, consideremos uma melancia Obteremos o volume da calota esférica com a altura h menor
esférica. Com uma faca, cortamos uma “calota esférica” superior ou igual ao raio R da esfera, isto é, h pertence ao intervalo [0,R]
e uma “calota esférica” inferior. O que sobra da melancia é e neste caso poderemos explicitar o valor de z em função de x e
uma região sólida envolvida pela zona esférica, algumas vezes y para obter:
denominada zona esférica.
Consideremos uma “calota esférica” com altura h1 e raio da
base r1 e retiremos desta calota uma outra “calota esférica” com
altura h2 e raio da base r2, de tal modo que os planos das bases
de ambas sejam paralelos. A região sólida determinada pela Para simplificar as operações algébricas, usaremos a letra r
calota maior menos a calota menor recebe o nome de segmento para indicar:
esférico com bases paralelas. r² = R² - (h-R)² = h(2R-h)

A região circular S de integração será descrita por x²+y²<R²


ou em coordenadas polares através de:
0<m<R,      0<t<2Pi

A integral dupla que representa o volume da calota em


função da altura h é dada por:

No que segue, usaremos esfera tanto para o sólido como para


a superfície, “calota esférica” para o sólido envolvido pela calota
esférica, a letra maiúscula R para entender o raio da esfera sobre
a qual estamos realizando os cálculos, V será o volume, A(lateral) ou seja
será a área lateral e A(total) será a área total.

Algumas fórmulas (relações) para objetos esféricos


Escrita em Coordenadas Polares, esta integral fica na forma:
Objeto Relações e fórmulas
Volume = (4/3) Pi R³
Esfera
A(total) = 4 Pi R²
R² = h (2R-h)
Calota esférica
A(lateral) = 2 Pi R h Após realizar a integral na variável t, podemos separá-la em
(altura h, raio da
A(total) = Pi h (4R-h) duas integrais:
base r)
V=Pi.h²(3R-h)/3=Pi(3R²+h²)/6

Matemática 64
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APOSTILAS OPÇÃO
ou seja: é uma região poligonal contendo n lados.
Poliedros convexos são aqueles cujos ângulos diedrais
formados por planos adjacentes têm medidas menores do que
180 graus. Outra definição: Dados quaisquer dois pontos de
um poliedro convexo, o segmento que tem esses pontos como
Com a mudança de variável u=R²-m² e du=(-2m)dm
extremidades, deverá estar inteiramente contido no poliedro.
poderemos reescrever:
Poliedros Regulares

Um poliedro é regular se todas as suas faces são regiões


poligonais regulares com n lados, o que significa que o mesmo
número de arestas se encontram em cada vértice.
Após alguns cálculos obtemos:

VC(h) = Pi (h-R) [R² -(h-R)²] - (2/3)Pi[(R-h)³ - R³]


e assim temos a fórmula para o cálculo do volume da calota
esférica no hemisfério Sul com a altura h no intervalo [0,R], dada Tetraedro Hexaedro (cubo) Octaedro
por:
VC(h) = Pi h²(3R-h)/3

Volume de uma calota no hemisfério Norte

Se o nível do líquido mostra que a altura h já ultrapassou o


raio R da região esférica, então a altura h está no intervalo [R,2R]

Áreas e Volumes

Poliedro regular Área Volume


Tetraedro a2 R[3] (1/12) a³ R[2]
Hexaedro 6 a2 a³
Octaedro 2 a2 R[3] (1/3) a³ R[2]
Dodecaedro 3a R{25+10·R[5]} (1/4) a³ (15+7·R[5])
2

Icosaedro 5a R[3]
2
(5/12) a³ (3+R[5])
Nesta tabela, a notação R[z] significa a raiz quadrada de z>0.
Lançaremos mão de uma propriedade de simetria da esfera
que nos diz que o volume da calota superior assim como da Prisma
calota inferior somente depende do raio R da esfera e da altura h
e não da posição relativa ocupada. Prisma é um sólido geométrico delimitado por faces planas,
Aproveitaremos o resultado do cálculo utilizado para a no qual as bases se situam em planos paralelos. Quanto à
calota do hemisfério Sul. Tomaremos a altura tal que: h=2R-d, inclinação das arestas laterais, os prismas podem ser retos ou
onde d é a altura da região que não contém o líquido. Como o oblíquos.
volume desta calota vazia é dado por:
Prisma reto
VC(d) = Pi d²(3R-d)/3
e como h=2R-d, então para h no intervalo [R,2R], poderemos As arestas laterais têm o mesmo comprimento.
escrever ov olume da calota vazia em função de h: As arestas laterais são perpendiculares ao plano da base.
VC(h) = Pi (2R-h)²(R+h)/3 As faces laterais são retangulares.

Para obter o volume ocupado pelo líquido, em função da


altura, basta tomar o volume total da região esférica e retirar o Prisma oblíquo
volume da calota vazia, para obter:
V(h) = 4Pi R³/3 - Pi (2R-h)²(R+h)/3 As arestas laterais têm o mesmo comprimento.
que pode ser simplificada para: As arestas laterais são oblíquas ao plano da base.
V(h) = Pi h²(3R-h)/3 As faces laterais não são retangulares.

Independentemente do fato que a altura h esteja no intervalo


[0,R] ou [R,2R] ou de uma forma geral em [0,2R], o cálculo do
volume ocupado pelo líquido é dado por:
V(h) = Pi h²(3R-h)/3

Poliedro

Poliedro é um sólido limitado externamente por planos no


espaço R³. As regiões planas que limitam este sólido são as faces
do poliedro. As interseções das faces são as arestas do poliedro.
As interseções das arestas são os vértices do poliedro. Cada face

Matemática 65
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APOSTILAS OPÇÃO
A planificação é útil para facilitar os cálculos das áreas lateral
Bases: regiões
p o l i g o n a i s e total.
congruentes
Volume de um prisma
Altura: distância O volume de um prisma é dado por:
entre as bases
Vprisma = Abase . h
Arestas laterais
paralelas: mesmas Área lateral de um prisma reto com base poligonal
medidas regular
Faces laterais: A área lateral de um prisma reto que tem por base uma
paralelogramos
região poligonal regular de n lados é dada pela soma das áreas
das faces laterais. Como neste caso todas as áreas das faces
Prisma reto Aspectos comuns Prisma oblíquo
laterais são iguais, basta tomar a área lateral como:

Seções de um prisma

Seção transversal

É a região poligonal obtida pela interseção do prisma com


um plano paralelo às bases, sendo que esta região poligonal é
congruente a cada uma das bases.
Cilindros
Seção reta (seção normal)

É uma seção determinada por um plano perpendicular às


arestas laterais.

Princípio de Cavaliere

Consideremos um plano P sobre o qual estão apoiados dois


sólidos com a mesma altura. Se todo plano paralelo ao plano Seja P um plano e nele vamos construir um círculo de raio
dado interceptar os sólidos com seções de áreas iguais, então os r. Tomemos também um segmento de reta PQ que não seja
volumes dos sólidos também serão iguais. paralelo ao plano P e nem esteja contido neste plano P.
Um cilindro circular é a reunião de todos os segmentos
Prisma regular congruentes e paralelos a PQ com uma extremidade no círculo.
Observamos que um cilindro é uma superfície no espaço
É um prisma reto cujas bases são regiões poligonais R3, mas muitas vezes vale a pena considerar o cilindro com a
regulares. região sólida contida dentro do cilindro. Quando nos referirmos
ao cilindro como um sólido usaremos aspas, isto é, “cilindro” e
Exemplos: quando for à superfície, simplesmente escreveremos cilindro.
A reta que contém o segmento PQ é denominada geratriz e a
Um prisma triangular regular é um prisma reto cuja base é curva que fica no plano do “chão” é a diretriz.
um triângulo equilátero.
Um prisma quadrangular regular é um prisma reto cuja base
é um quadrado.

Planificação do prisma

Um prisma é um sólido formado por todos os pontos do


espaço localizados dentro dos planos que contêm as faces
laterais e os planos das bases. As faces laterais e as bases formam
a envoltória deste sólido. Esta envoltória é uma “superfície” que
pode ser planificada no plano cartesiano.
Tal planificação se realiza como se cortássemos com uma
tesoura esta envoltória exatamente sobre as arestas para obter Em função da inclinação do segmento PQ em relação ao
uma região plana formada por áreas congruentes às faces plano do “chão”, o cilindro será chamado reto ou oblíquo,
laterais e às bases. respectivamente, se o segmento PQ for perpendicular ou oblíquo

Matemática 66
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APOSTILAS OPÇÃO
ao plano que contém a curva diretriz. compreendido entre a lata e a casquinha de sorvete?

Objetos geométricos em um “cilindro” Respostas

Num cilindro, podemos identificar vários elementos: 1) Solução: No cilindro equilátero, a área lateral e a área total
é dada por:
- Base É a região plana contendo a curva diretriz e todo o seu
interior. Num cilindro existem duas bases.
- Eixo É o segmento de reta que liga os centros das bases do
“cilindro”.
- Altura A altura de um cilindro é a distância entre os dois
planos paralelos que contêm as bases do “cilindro”.
- Superfície Lateral É o conjunto de todos os pontos do
espaço, que não estejam nas bases, obtidos pelo deslocamento Alat = 2 r. 2r = 4 r2
paralelo da geratriz sempre apoiada sobre a curva diretriz. Atot = Alat + 2 Abase
- Superfície Total É o conjunto de todos os pontos da Atot = 4 r2 + 2 r2 = 6 r2
superfície lateral reunido com os pontos das bases do cilindro. V = Abase h = r2. 2r = 2 r3
- Área lateral É a medida da superfície lateral do cilindro.
- Área total É a medida da superfície total do cilindro.
- Seção meridiana de um cilindro É uma região poligonal 2) Solução: Cálculo da Área lateral Alat = 2 r h = 2 2.3 =
obtida pela interseção de um plano vertical que passa pelo 12 cm2
centro do cilindro com o cilindro. Cálculo da Área total Atot = Alat + 2 Abase Atot = 12 + 2 22 =
12 + 8 = 20 cm2
Classificação dos cilindros circulares Cálculo do Volume V = Abase × h = r2 × h V = 22 × 3 = ×
4 × 3 = 12 cm33
Cilindro circular oblíquo Apresenta as geratrizes oblíquas
em relação aos planos das bases. 3) Solução:
Cilindro circular reto As geratrizes são perpendiculares hprisma = 12
aos planos das bases. Este tipo de cilindro é também chamado Abase do prisma = Abase do cone = A
de cilindro de revolução, pois é gerado pela rotação de um Vprisma = 2 Vcone
retângulo. A hprisma = 2(A h)/3
Cilindro eqüilátero É um cilindro de revolução cuja seção 12 = 2.h/3
meridiana é um quadrado. h =18 cm

Volume de um “cilindro”

Em um cilindro, o volume é dado pelo produto da área da


base pela altura.
V = Abase × h
Se a base é um círculo de raio r, então:
V = r2 h

4) Solução:
Áreas lateral e total de um cilindro circular reto V = Vcilindro - Vcone
V = Abase h - (1/3) Abase h
Quando temos um cilindro circular reto, a área lateral é dada V = Pi R2 h - (1/3) Pi R2 h
por: V = (2/3) Pi R2 h cm3
Alat = 2 r h
onde r é o raio da base e h é a altura do cilindro.

Atot = Alat + 2 Abase Matemática discreta: princípios


Atot = 2 r h + 2 r2
de contagem, noção de
Atot = 2 r(h+r)
probabilidade, noções de
Questões estatística, gráficos e medidas.

1. Dado o cilindro circular equilátero (h = 2r), calcular a área


lateral e a área total.
Princípio da contagem - Diagrama de Árvore
2. Seja um cilindro circular reto de raio igual a 2cm e altura
3cm. Calcular a área lateral, área total e o seu volume. A análise combinatória cuida , em linhas gerais, da
determinação do número de possibilidades que um evento pode
3. As áreas das bases de um cone circular reto e de um ocorrer. Quando o número de possibilidades é pequeno usamos
prisma quadrangular reto são iguais. O prisma tem altura 12 cm o processo descritivo chamado diagrama de árvore.
e volume igual ao dobro do volume do cone. Determinar a altura Ex: Um jovem possui 3 camisas ( vermelha, verde e branca)
do cone. e 2 calças (azul e preta), usando apenas essas peças, de quantas
maneiras diferentes este jovem pode se vestir?
4. Anderson colocou uma casquinha de sorvete dentro de
uma lata cilíndrica de mesma base, mesmo raio R e mesma
altura h da casquinha. Qual é o volume do espaço (vazio)

Matemática 67
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APOSTILAS OPÇÃO
04 (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESGRANRIO)
Uma empresa de propaganda pretende criar panfletos coloridos
para divulgar certo produto. O papel pode ser laranja, azul,
preto, amarelo, vermelho ou roxo, enquanto o texto é escrito no
panfleto em preto, vermelho ou branco.
De quantos modos distintos é possível escolher uma cor para
o fundo e uma cor para o texto se, por uma questão de contraste,
as cores do fundo e do texto não podem ser iguais?
(A) 13
(B) 14
Resp: Vamos usar o diagrama de árvore (C) 16
(D) 17
Portanto, há 6 maneiras diferentes para este jovem se vestir (E) 18
Sem usar o diagrama podemos resolver pensando da
seguinte maneira: para cada calça existem três camisas, logo, 3
Respostas
possibilidades. Como são 2 calças, o total de possibilidades será
02 Resposta: C.
6.
Se um acontecimento A pode ocorrer de n modos diferentes e
Anagramas de RENATO
se para cada um dos n modos de A, um segundo acontecimento B
______
pode ocorrer de m modos diferentes, então o número de modos
6.5.4.3.2.1=720
de ocorrer o acontecimento A seguido do acontecimento B é n.m.
Anagramas de JORGE
Se um acontecimento pode ocorrer de n modos diferentes,
_____
um segundo de m modos diferentes, um terceiro de x modos
5.4.3.2.1=120
diferentes e assim por diante, então o número de modos que
esse acontecimento pode ocorrer é dado pelo produto: n.m.x....
Razão dos anagramas:
Problemas
Se Jorge tem 20 anos, Renato tem 20+6=26 anos
1. Quantos números de 2 algarismos podem ser formados
03 Resposta: D.
usando apenas os algarismos 3, 4, 5,6 e 7
_____
8.7.6.5.4=6720
2. De quantas maneiras diferentes uma pessoa pode se vestir
sabendo que ela possui 2 saias, 3 blusas e 3 sapatos?
04 Resposta: C.
__
Respostas
6.3=18
1. Como dispomos de 5 algarismos, são 5 possibilidades
Tirando as possibilidades de papel e texto iguais:
de escolha para a primeira casa, depois dessa escolha temos
novamente 5 possibilidades para a segunda casa, uma vez que
P P e V V=2 possibilidades
podemos repetir algarismos.
18-2=16 possiblidades
5 . 5 = 25
O estudo da probabilidade vem da necessidade de em
São 25 números
certas situações, prevermos a possibilidade de ocorrência de
determinados fatos.
2. Sabendo que são 2 saias, 3 blusas e 3 sapatos vamos
A história da teoria das probabilidades, teve início com
multiplicar 2 . 3. 3 = 18, logo são 18 maneiras diferentes de se
os jogos de cartas, dados e de roleta. Esse é o motivo da
vestir.
grande existência de exemplos de jogos de azar no estudo da
Para efetuar os cálculos em alguns problemas, devemos
probabilidade. A teoria da probabilidade permite que se calcule
estudar algumas propriedades da análise combinatória:
a chance de ocorrência de um número em um experimento
aleatório.
Questões
Experimento Aleatório
02 (PREF. LAGOA DA CONFUSÃO/TO – ORIENTADOR É aquele experimento que quando repetido em iguais
SOCIAL – IDECAN) Renato é mais velho que Jorge de forma que condições, podem fornecer resultados diferentes, ou seja, são
a razão entre o número de anagramas de seus nomes representa resultados explicados ao acaso. Quando se fala de tempo e
a diferença entre suas idades. Se Jorge tem 20 anos, a idade de possibilidades de ganho na loteria, a abordagem envolve cálculo
Renato é
de experimento aleatório.
(A) 24.
Se lançarmos uma moeda ao chão para observarmos a face
(B) 25.
(C) 26. que ficou para cima, o resultado é imprevisível, pois tanto pode
(D) 27. dar cara, quanto pode dar coroa.
(E) 28. Se ao invés de uma moeda, o objeto a ser lançado for um dado,
o resultado será mais imprevisível ainda, pois aumentamos o
03 (PREF. NEPOMUCENO/MG – PORTEIRO – número de possibilidades de resultado.
CONSULPLAN) Uma dona de casa troca a toalha de rosto do A experimentos como estes, ocorrendo nas mesmas
banheiro diariamente e só volta a repeti-la depois que já tiver condições ou em condições semelhantes, que podem apresentar
utilizado todas as toalhas. Sabe-se que a dona de casa dispõe de resultados diferentes a cada ocorrência, damos o nome
8 toalhas diferentes. De quantas maneiras ela pode ter utilizado de experimentos aleatórios.
as toalhas nos primeiros 5 dias de um mês?
(A) 4650. Espaço Amostral
(B) 5180.
(C) 5460. Ao lançarmos uma moeda não sabemos qual será a face que
(D) 6720. ficará para cima, no entanto podemos afirmar com toda certeza
(E) 7260. que ou será cara, ou será coroa, pois uma moeda só possui estas
duas faces. Neste exemplo, ao conjunto

Matemática 68
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APOSTILAS OPÇÃO
{ cara, coroa } damos o nome de espaço amostral, pois ele
é o conjunto de todos os resultados possíveis de ocorrer neste
experimento.
Representamos um espaço amostral, ou espaço amostral
universal como também é chamado, pela letra S. No caso da
moeda representamos o seu espaço amostral por:
S = { cara, coroa }
Se novamente ao invés de uma moeda, o objeto a ser lançado
for um dado, o espaço amostral será:
S = { 1, 2, 3, 4, 5, 6 } Verificação:

Evento O Número de elementos de A U B é igual à soma do


número de elementos de A com o número de elementos de
Quando lançamos um dado ou uma moeda, chamamos a B, menos uma vez o número de elementos de A ∩ B que foi
ocorrência deste fato de evento. Qualquer subconjunto de um contado duas vezes (uma em A e outra em B). Assim temos:
espaço amostral é um evento.
Em relação ao espaço amostral do lançamento de um dado, n(AUB) = n(A) + n(B) – n(A∩B)
veja o conjunto a seguir:
A = { 2, 3, 5 } Dividindo por n(S) [S ≠ ] resulta
Note que ( A está contido em S, A é um
subconjunto de S ). O conjunto A é a representação do evento do
lançamento de um dado, quando temos a face para cima igual a
um número primo.

Classificação de Eventos P(AUB) = P(A) + P(B) – P(A∩B)

Podemos classificar os eventos por vários tipos. Vejamos Ex: Numa urna existem 10 bolas numeradas de 1 a
alguns deles: 10. Retirando uma bola ao acaso, qual a probabilidade
Evento Simples de ocorrer múltiplos de 2 ou múltiplos de 3?
Classificamos assim os eventos que são formados por um
único elemento do espaço amostral.
A = { 5 } é a representação de um evento simples do
lançamento de um dado cuja face para cima é divisível por5.
Nenhuma das outras possibilidades são divisíveis por 5.
Evento Certo
Ao lançarmos um dado é certo que a face que ficará para
cima, terá um número divisor de 720. Este é um evento certo,
pois 720 = 6! = 6 . 5 . 4 . 3 . 2 . 1, obviamente qualquer um dos
números da face de um dado é um divisor de 720, pois 720 é o
produto de todos eles.
O conjunto A = { 2, 3, 5, 6, 4, 1 } representa um evento certo
pois ele possui todos os elementos do espaço amostral S = { 1, A é o evento “múltiplo de 2”.
2, 3, 4, 5, 6 }. B é o evento “múltiplo de 3”.
Evento Impossível
No lançamento conjunto de dois dados qual é a possibilidade P(AUB) = P(A) + P(B) – P(A∩B) =   + - = = 70%
de a soma dos números contidos nas duas faces para cima, ser
igual a 15? Probabilidade da intersecção de dois eventos
Este é um evento impossível, pois o valor máximo que
podemos obter é igual a doze. Podemos representá-lo por A probabilidade da intersecção de dois eventos ou
, ou ainda por A = {}. probabilidade de eventos sucessivos determina a chance,
a possibilidade, de dois eventos ocorrerem simultânea ou
Conceito de probabilidade sucessivamente. Para o cálculo desse tipo de probabilidade
devemos interpretar muito bem os problemas, lendo com
Se em um fenômeno aleatório as possibilidades são atenção e fazendo o uso da seguinte fórmula:
igualmente prováveis, então a probabilidade de ocorrer um Sejam A e B dois eventos de um espaço amostral S. A
evento A é: probabilidade de
A ∩ B é dada por:

Por, exemplo, no lançamento de um dado, um número par


pode ocorrer de 3 maneiras diferentes dentre 6 igualmente Onde
prováveis, portanto, P = 3/6= 1/2 = 50% p(A∩B)   → é a probabilidade da ocorrência simultânea de
AeB
Probabilidade da União de dois Eventos p(A) → é a probabilidade de ocorrer o evento A
p(B│A)   → é a probabilidade de ocorrer o evento B
Dados dois eventos A e B de um espaço amostral S a sabendo da ocorrência de A (probabilidade condicional)
probabilidade de ocorrer A ou B é dada por:
P(A U B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B) Se os eventos A e B forem independentes (ou seja, se a ocorrência
de um não interferir na probabilidade de ocorrer outro), a
fórmula para o cálculo da probabilidade da intersecção será
dada por:

Matemática 69
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APOSTILAS OPÇÃO
Questões

01 (Corpo de Bombeiros Militar/MT – Oficial Bombeiro


Vejamos alguns exemplos de aplicação. Militar – COVEST – UNEMAT) Uma loja de eletrodoméstico tem
uma venda mensal de sessenta ventiladores. Sabe-se que, desse
Ex. 1. Em dois lançamentos sucessivos de um mesmo dado, total, seis apresentam algum tipo de problema nos primeiros
qual a probabilidade de sair um número ímpar e o número 4? seis meses e precisam ser levados para o conserto em um
serviço autorizado.
Resolução: O que determina a utilização da fórmula Um cliente comprou dois ventiladores. A probabilidade de
da intersecção para resolução desse problema é a que ambos não apresentem problemas nos seis primeiros meses
palavra “e” na frase “a probabilidade de sair um número é de aproximadamente:
ímpar e o número 4”. Lembre-se que na matemática “e” (A) 90%
representa intersecção, enquanto “ou” representa união. (B) 81%
(C) 54%
Note que a ocorrência de um dos eventos não interfere na (D) 11%
ocorrência do outro. Temos, então, dois eventos independentes. (E) 89%
Vamos identificar cada um dos eventos.
02 (Corpo de Bombeiros Militar/MT – Oficial
Evento A: sair um número ímpar = {1, 3, 5} Bombeiro Militar – COVEST – UNEMAT) Em uma caixa estão
Evento B: sair o número 4 = {4} acondicionados uma dúzia e meia de ovos. Sabe-se, porém, que
Espaço Amostral: S = {1, 2, 3, 4, 5, 6} três deles estão impróprios para o consumo.
Temos que: Se forem escolhidos dois ovos ao acaso, qual a probabilidade
de ambos estarem estragados?
(A) 2/153
(B) 1/9
(C) 1/51
(D) 1/3
(E) 4/3

03 (Polícia Militar/SP – Aluno – Oficial – VUNESP) O


policiamento de um grande evento musical deteve 100 pessoas.
Sabe-se que 50 pessoas foram detidas por furto de celulares,
Assim, teremos: que 25 pessoas detidas são mulheres, e que 20 mulheres foram
detidas por furto de celulares. Para a elaboração do relatório,
o PM Jurandir montou uma tabela e inseriu esses dados, para
depois completá-la.

Ex. 2. Numa urna há 20 bolinhas numeradas de 1 a 20. Furto de Outros Total


Retiram-se duas bolinhas dessa urna, uma após a outra, sem Celulares Motivos
Sexo 20 25
reposição. Qual a probabilidade de ter saído um número par e
Feminino
um múltiplo de 5? Sexo
Solução: Primeiro passo é identificar os eventos e o espaço Masculino
amostral. Total 50 100
Evento A: sair um número par = {2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20}
Evento B: sair um múltiplo de 5 = {5, 10, 15, 20} Tomando-se ao acaso uma das pessoas detidas por outros
Espaço amostral: S = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, motivos, a probabilidade de que ela seja do sexo masculino é de
15, 16, 17, 18, 19, 20} (A) 90%.
Como as duas bolinhas foram retiradas uma após a outra (B) 75%.
e não houve reposição, ou seja, não foram devolvidas à urna, a (C) 50%.
ocorrência do evento A interfere na ocorrência do B, pois haverá (D) 45%.
na urna somente 19 bolinhas após a retirada da primeira. (E) 30%.

Assim, temos que: 04 (Polícia Civil/SP – Desenhista Técnico-Pericial –


VUNESP) A tabela a seguir apresenta dados dos ingressantes
em uma universidade, com informações sobre área de estudo e
classe socioeconômica.

Após a retirada da primeira bola, ficamos com 19 bolinhas


na urna. Logo, teremos:
Se um aluno ingressante é aleatoriamente escolhido, é
verdade que a probabilidade de ele
(A) pertencer à classe B é de 40%.
(B) estudar na área de Biológicas é de 40%.
(C) pertencer à classe B e estudar na área de Biológicas é de
25%.
(D) pertencer à classe B é de 20%.
(E) estudar na área de Biológicas é de 22,5%.

05 (BNDES – ADMINISTRAÇÃO – CESGRANRIO) Suponha


que no banco em que Ricardo trabalha, ele faça parte de um

Matemática 70
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APOSTILAS OPÇÃO
grupo de quatro administradores e que no mesmo banco existam Com Ricardo presente na comissão, sobra 3 administradores
também cinco economistas. Será formado um comitê composto para 2 cargos
por três administradores e três economistas, todos escolhidos
aleatoriamente. Qual é a probabilidade de o comitê formado ter
Ricardo como um dos componentes?
(A) 0
Economistas tem as mesmas possibilidades
(B) 0,25
(C) 0,50 Total: 3.10=30
(D) 0,75
(E) 1
Respostas

01. Resposta: B. Médias


Noção Geral de Média
6 / 60 = 0,1 = 10% de ter problema
Considere um conjunto numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn} e
Assim, se 10% tem problemas, então 90% não apresentam efetue uma certa operação com todos os elementos de A.
problemas. Se for possível substituir cada um dos elementos do
conjunto A por um número x de modo que o resultado da
operação citada seja o mesmo diz-se, por definição, que x
será a média dos elementos de A relativa a essa operação.

Média Aritmética
02 Resposta: C. Definição

A média dos elementos do conjunto numérico A relativa à


adição é chamada média aritmética.
(: 6 / 6)
Cálculo da média aritmética
03. Resposta: A.
Se x for a média aritmética dos elementos do conjunto
Vamos completar a tabela: numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn}, então, por definição:

Furto de Outros Total x + x + x + ... + x = x1; x2; x3; ...; xn n . x = x1; x2; x3; ...; xn e, portanto,
Celulares Motivos
Sexo 20 5 25 Conclusão
Feminino
Sexo 30 45 75 A média aritmética dos n elementos do conjunto numérico
Masculino A é a soma de todos os seus elementos, dividida por n.
Total 50 50 100
Assim, a probabilidade é de: 45 / 50 = 0,9 = 90 / 100 = 90% Exemplo

Calcular a média aritmética entre os números 3, 4, 6, 9,


04. Resposta: B.
e 13.
O Total de alunos é:
Resolução
* Exatas: 300 + 200 + 150 = 650 alunos Se x for a média aritmética dos elementos do conjunto (3,
* Humanas: 250 + 150 + 150 = 550 alunos 4, 6, 9, 13), então x será a soma dos 5 elementos, dividida por
* Biológicas: 450 + 250 + 100 = 800 alunos 5. Assim:
* TOTAL: 650 + 550 + 800 = 2000 alunos
Agora, vamos analisar cada alternativa:
A média aritmética é 7.
(A) Classe B: 200 + 150 + 250 = 600 alunos
Média Aritmética Ponderada
Definição

A média dos elementos do conjunto numérico A relativa à


(B) Área de Biológicas: 800 alunos adição e na qual cada elemento tem um “determinado peso”
é chamada média aritmética ponderada.

Cálculo da média aritmética ponderada


05. Resposta: D. Se x for a média aritmética ponderada dos elementos do
conjunto numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn} com “pesos” P1; P2; P3;
Administradores ...; Pn, respectivamente, então, por definição:
P1 . x + P2 . x + P3 . x + ... + Pn . x =
= P1 . x1 + P2 . x2 + P3 . x3 + ... + Pn . xn
(P1 + P2 + P3 + ... + Pn) . x =
Economistas = P1 . x1 + P2 . x2 + P3 . x3 + ... + Pn . xn e, portanto,

Total de possibilidades: 4.10=40

Matemática 71
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APOSTILAS OPÇÃO
Observe que se P1 = P2 = P3 = ... = Pn = 1, então: verifica-se que a média salarial dos homens é de R$ 4.000,00,
que é a média aritmética simples. enquanto a média salarial das mulheres é de R$ 3.500,00. O
número de homens que trabalham nesse departamento é
Conclusão igual a
(A) 20.
(B) 40.
A média aritmética ponderada dos n elementos do
(C)30.
conjunto numérico A é a soma dos produtos de cada (D) 25.
elemento multiplicado pelo respectivo peso, dividida pela (E) 15.
soma dos pesos.
04 (ASSEMBLEIA LEGISLATIVA/PB – ASSESSOR
Exemplo TÉCNICO LEGISLATIVO – FCC) A média aritmética simples
entre dois números é igual à metade da soma desses números.
Calcular a média aritmética ponderada dos números 35, Utilizando essa definição, a média aritmética simples entre é
20 e 10 com pesos 2, 3, e 5, respectivamente. igual a
(A) ½
(B) 2/9
Resolução
(C)8/9
(D)
Se x for a média aritmética ponderada, então: (E)

05 (SEAP – AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA


PENITENCIÁRIA – VUNESP) Uma pessoa comprou quatro
A média aritmética ponderada é 18. cadeiras iguais para sua cozinha, pagando R$ 120,00 por
cada uma delas, três cadeiras de praia por R$ 90,00 cada uma
Observação: A palavra média, sem especificar se é delas e dois banquinhos iguais, de madeira. Considerando-se
aritmética, deve ser entendida como média aritmética. o total de peças compradas, na média, o preço de uma peça
saiu por R$ 94,00. O preço de cada banquinho era de
(A) R$ 44,00.
Questões (B) R$ 56,00.
(C) R$ 52,00.
01 (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE EDUCACIONAL – (D) R$ 48,00.
VUNESP) Em uma gincana esportiva-cultural, em que (E) R$ 40,00.
participaram as unidades de internação provisória, a Respostas
pontuação final atribuída a cada unidade participante foi
dada pela média ponderada das notas de 4 provas com pesos 01 Resposta: C.
1, 2, 3 e 4, respectivamente. Se as notas atribuídas às provas
de uma das unidades de internação foram 5, 4, 6 e 4, nesta
ordem, então a nota final dessas unidades foi
(A) 4,5. 02. Resposta: C.
(B) 4,6.
(C)4,7.
(D) 4,9.
(E) 5,0.

02. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA


DE CLASSE I – VUNESP) Em uma seção de uma empresa com
20 funcionários, a distribuição dos salários mensais, segundo
os cargos que ocupam, é a seguinte:
Cada um dos gerentes recebem R$ 2100,00

03. Resposta: C.

Salário homens: SH
Salário mulher:SM
Homens: x+10
Mulheres: x

Sabendo-se que o salário médio desses funcionários é de


R$ 1.490,00, pode-se concluir que o salário de cada um dos
dois gerentes é de
(A) R$ 2.900,00.
(B) R$ 4.200,00.
(C)R$ 2.100,00.
(D) R$ 1.900,00.
(E) R$ 3.400,00.
Substituindo SH e SM:
03. (SEED/SP – ANALISTA ADMINISTRATIVO – 7600x+38000=4000x+40000+3500x
100x=2000
VUNESP/2013) Em certo departamento, trabalham homens X=20
e mulheres, sendo que nesse grupo há 10 homens a mais que
Homens:x+10=20+10=30
o número de mulheres. A média salarial desse departamento
é de R$ 3.800,00. Entretanto, calculando separadamente,

Matemática 72
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APOSTILAS OPÇÃO
04. Resposta: D. usamos o gráfico mais adequado
Pela definição:
Ex:
1)Na sala do professores da escola, há um cartaz com a frase
“Em 2007, eram 734 estudantes matriculados; em 2008, 753;
em 2009, 777; em 2010, 794; e, em 2011, 819”.
Esse texto não contribuem para mostrar com clareza o his-
tórico da instituição nem para destacar o percurso crescente de
05. Resposta: D. matrículas. Podemos então colocar os dados em uma tabela para
facilitar a compreensão.
Total de objetos: 4+3+2=9 Ano n° alunos matriculados
Cadeiras de cozinha: 120⋅4=480
2007 734
Cadeiras de praia: 90⋅3=270
Banquinhos : 2x 2008 753
2009 777
2010 794
2x+750=846 2011 819
2x=96 Porém há uma maneira mais clara e efi-
x=48 ciente de apresentar esses dados: um gráfico.
Cada banquinhos custa R$48,00. Evolução do número de alunos da escola

Gráficos e tabelas
Gráficos e tabelas são recursos visuais muito utilizados
para facilitar a leitura e a compreensão de informações sobre
fenômenos e processos naturais, sociais e econômicos.
No cotidiano, jornais, revistas e livros, além de telejornais
e programas educativos, mostram o quanto esse recurso é
explorado pelos meios de comunicação.
As tabelas organizam de forma mais clara as informações
dadas em um texto e os gráficos são representações que tem
por objetivo oferecer uma rápida visualização dos elementos
numéricos a serem analisados tornando a informação mais
compreensiva e interessante.
Linhas : Nesse exemplo usamos o gráfico de linha que é composto
Tabela simples e de dupla entrada por dois eixos, um vertical e outro horizontal, e por uma linha que
Simples mostra a evolução de um fenômeno ou processo.

Usada para apresentar a relação entre uma informação e outra 2) Os prédios mais altos do mundo
(como produto e preço). É formada por duas colunas e deve ser
lida horizontalmente.
Tabela de preços da cantina

De dupla entrada :Útil para mostrar dois ou mais tipos de


dado (como altura e peso) sobre um item (nome). Deve ser lida
na vertical e na horizontal simultaneamente para que as linhas e
as colunas sejam relacionadas.

Barras
Usado para comparar dados quantitativos e formado
por barras de mesma largura e comprimento variável, pois
dependem do montante que representam. A barra mais
longa indica a maior quantidade e, com base nela, é possível
analisar como certo dado está em relação aos demais.

Existem vários tipos de gráficos e os mais utilizados são os de


colunas, os de linha e os circulares. Para cada tipo de informação

Matemática 73
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APOSTILAS OPÇÃO
3) As espécies animais ameaçadas de extinção na mata 3 - Uma rede de supermercados resolveu fazer uma pesquisa
Atlântica para saber qual horário as pessoas mais gostavam de ir ao
supermercado. Foram entrevistadas 2000 pessoas e o resultado
está no gráfico abaixo.

Setor Durante qual horário a maioria das pessoas entrevistadas


Útil para agrupar ou organizar quantitativamente dados preferem ir ao supermercado?
considerando um total. A circunferência representa o todo e é
dividida de acordo os números relacionados ao tema abordado. A) 8h às 12h.
(Adaptado da revistaescola. abril.com. br/img/Matemática). B) 12h às 16h.
C) 16h às 20h.
Questões D) 20h às 23h.
E) 23h às 24h.
1 - O gráfico abaixo representa as vendas de aparelhos 4 - O gráfico abaixo mostra o número de desempregados no
celulares em uma loja no primeiro semestre do ano. Essa loja mundo, em milhões de pessoas, no período de 2000 a 2005.
tinha uma meta de vender, no primeiro semestre, 250 aparelhos
celulares. Pode-se afirmar que:

Com base nesse gráfico, observa-se que a quantidade de


pessoas sem trabalho no mundo.

A) permaneceu a mesma entre 2000 e 2001.


A) a meta foi atingida. B) permanece a mesma desde o ano de 2002.
B) a meta foi superada. C) aumentou de 8,5 milhões entre 2001 e 2002.
C) faltaram menos de 50 unidades para se alcançar a meta. D) aumentou de 19 milhões entre 2001 e 2003.
D) as vendas ficaram 75 unidades abaixo da meta. E) diminuiu entre 2000 e 2002.
E) as vendas aumentaram mês a mês.
Respostas.
2 - Ao fazer uma pesquisa a respeito do mês do nascimento
dos 25 alunos da 3ª série de uma escola estadual, a professora 01. Somando as venda dos meses de janeiro a junho temos
obteve os resultados mostrados na tabela abaixo. 175 aparelhos celulares vendidos. Como a meta era 250, ficaram
faltando vender 75 celulares. Alternativa C

02. Resposta: C.
Num total de 25 alunos 6 fazem aniversário no mês de abril.
6 : 25 = 0,24 = 24%

03. Resposta: A.

04. Resposta: C.
185,4 – 176,9 = 8,5
A porcentagem desses alunos da 3a série que nasceram no
mês de abril é
A) 44%
B) 25%
C) 24%
D) 19%
E) 6%

Matemática 74
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APOSTILAS OPÇÃO
IBGE. Desde então, o órgão identifica, mapeia e analisa o territó-
rio, conta a população, mostra como a economia evolui através
do trabalho e da produção das pessoas e revela como elas vivem.
De forma resumida, nos quase 80 anos de existência do IBGE, a
Instituição e seus servidores estiveram vinculados ao Governo
Federal da seguinte forma:
• Entre 1936 e 1967, o instituto, que viria a se chamar IBGE
esteve vinculado diretamente à Presidência da República, e os
servidores eram regidos pela legislação do funcionalismo pú-
Conhecimentos específicos sobre o blico.
IBGE: informações sobre a Instituição, • Entre 1967 e 1990, com a criação da Fundação IBGE, pelo De-
conceitos básicos para o creto-Lei nº 161 de 13/02/1967, os servidores passaram ter
desenvolvimento do trabalho na contratos de trabalho regidos pela Consolidação das Leis do Tra-
Agência e da atividade do Técnico de balho - CLT. Nessa época, o IBGE passou a estar subordinado a
Coleta um ministério, da área de Planejamento, Fazenda ou Economia.
Quando foi promulgada a Lei nº 5.878 de 11 de maio de 1973,
que dispõe sobre a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística - IBGE, o instituto estava sujeito à supervisão do Mi-
Capítulo 1
nistro de Estado do Planejamento e Coordenação Geral.
Missão, visão e valores institucionais
• A partir de 1990, já na vigência da Constituição de 1988, o
IBGE e todos os seus funcionários passaram a ser regidos pelo
Breve história da Instituição
Regime Jurídico Único - RJU, estabelecido pela Lei n° 8.112, de 11
Durante o período imperial, devido à necessidade do governo
de dezembro de 1990. Encontrava-se vinculado ao então deno-
de obter dados estatísticos para melhor conhecer o País, criou-
minado Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento.
se, em 1871, a Diretoria Geral de Estatística – DGE, com subordi-
• Em 1993, com a Lei nº 8.691, de julho de 1993, o IBGE passou
nação ao Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Impé-
a fazer parte do Plano de Carreiras para a área de Ciência e Tec-
rio, para organizar as atividades estatísticas nacionais e realizar,
nologia da Administração Federal Direta, das Autarquias e das
no ano seguinte, o primeiro recenseamento feito no Brasil. Com
Fundações Federais, ainda sob o RJU, porém vinculado ao Minis-
a instalação da República, o novo governo reorganizou a DGE e
tério do Planejamento.
ampliou suas atividades, implantando o registro civil de nasci-
• A partir de 2006, a Lei nº 11.355, de outubro de 2006, insti-
mentos, casamentos e óbitos.
tuiu o Plano de Carreiras e Cargos do IBGE, composto por cargos
Este órgão nacional de estatística realizou, de 1889 até 1931,
regidos pelo RJU, sendo o IBGE um órgão do Ministério do Plane-
três recenseamentos gerais (em 1890, 1900 e 1920) até ser ex-
jamento, Orçamento e Gestão.
tinto após a Revolução de 1930. As suas atribuições foram repar-
tidas entre os ministérios.
Missão, Visão e Valores
Mário Augusto Teixeira de Freitas, um pensador atuante do Mi-
nistério da Educação, observou a necessidade de um órgão capa-
Missão
citado a articular e coordenar as pesquisas estatísticas, unifi-
A missão deve declarar, sucintamente, a razão de ser da insti-
cando a ação dos serviços especializados em funcionamento no
tuição, a finalidade de sua existência, revelando o que ela faz e
País. Com a ajuda de outros homens ilustres, convenceu o presi-
para que faz. A missão do IBGE procede da essencialidade do
dente Getúlio Vargas a criar, em 1934, o Instituto Nacional de Es-
bem público que produz, “a informação”, na medida em que sem
tatística - INE.
uma base informacional capaz de atender às necessidades de to-
Assim, pelo Decreto nº 24.609, de 6 de julho de 1934, foi criado
dos os setores da sociedade, atores como governos, empresas e
o Instituto Nacional de Estatística, entidade de natureza federa-
cidadãos estarão embasando suas decisões em informações fra-
tiva, tendo por fim, mediante a progressiva articulação e coope-
gmentadas e imprecisas.
ração das três ordens administrativas da Organização Política da
República, bem como da iniciativa privada, promover e executar,
“Retratar o Brasil com informações necessárias ao conheci-
ou orientar tecnicamente, em regime racionalizado, o levanta-
mento da sua realidade e ao exercício da cidadania.
mento de todas as estatísticas nacionais. O Instituto só foi devi-
damente instalado em 29 de maio de 1936, sob a presidência do
Visão
então ministro das Relações Exteriores, José Carlos de Macedo
A visão de uma organização direciona os seus rumos e des-
Soares.
creve o futuro desejado, em um tempo predeterminado. Ela tra-
Mais tarde, esse instituto passou a denominar-se Conselho Na-
duz como a organização quer ser vista e reconhecida, projetando
cional de Estatística. Nesse ano, como consta na Resolução nº 18,
as oportunidades futuras e concentrando esforços na busca des-
do Conselho Nacional de Estatística - CNE, falava- se da necessi-
sas oportunidades.
dade de organização do Conselho Brasileiro de Geografia - CBG
como órgão central de um sistema coordenador das instituições
Visão do IBGE para o ano de 2020.
geográficas nacionais.
“Ser reconhecido e valorizado, no país e internacionalmente,
No ano seguinte, o Decreto nº 1.527, de 24 de março de 1937,
pela integridade, relevância, consistência e excelência de todas as
criava o Conselho Brasileiro de Geografia - CBG, integrando-o ao
informações estatísticas e geocientíficas que produz e dissemina
CNE, sob a mesma presidência, com procedimentos e práticas
em tempo útil.
administrativas semelhantes às do órgão de estatística. Na Reso-
lução nº 31 do Conselho Nacional de Estatística - CNE estava ins-
Valores
tituída a expansão do INE, com os serviços de estatística e geo-
Conjunto de crenças impulsionadoras de comportamentos co-
grafia trabalhando em mútua cooperação, sugerindo, ainda um
tidianos a serem seguidos por seus membros e que garantem ao
novo nome para o instituto. A nova denominação do INE chega-
IBGE o papel de provedor independente de informações para o
ria seis meses depois, por intermédio do Decreto-Lei nº 218, de
país. A percepção clara com relação aos valores é crucial, pois são
26 de janeiro de 1938, assinado pelo presidente Getúlio Vargas.
eles que dão sustentação à filosofia da organização, a qual en-
Estava criado o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o
globa a natureza, a função e o objetivo das ações em que se está

Conhecimentos sobre o IBGE 1

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APOSTILAS OPÇÃO
envolvido. Para o IBGE foram identificados cinco valores fundamentais que devem nortear os servidores da Instituição no desempe-
nho de suas atividades. São eles:
Ética
É a dignidade e a consciência dos princípios morais que regem a ação humana na organização, de acordo com os preceitos constitu-
cionais e a ética do serviço público. No caso da produção estatística e geocientífica do IBGE, é agir de modo a manter a confiança nas
informações oficiais, tomar decisões com independência, de acordo com considerações estritamente profissionais, com princípios ci-
entíficos e com garantia do sigilo das informações individualizadas que levanta para suas pesquisas.
Transparência
É garantir o acesso à informação, dando publicidade aos dados produzidos pela Instituição e às normas científicas adotadas sobre
fontes, métodos e procedimentos, obedecendo as regras da confidencialidade dos dados individualizados. É, também, criar espaço de
interlocução com usuários na implantação de novos projetos ou revisão dos existentes e noticiar as grandes mudanças projetadas com
impacto nas informações oferecidas à sociedade. No âmbito da gestão organizacional, além de fortalecer o processo de comunicação
interna, o IBGE deve tornar público todos os seus atos de pessoal e de gasto público.
Responsabilidade
É ter o dever de prestar informações estatísticas e geocientíficas de qualidade para o governo e a sociedade, assumindo todas as
consequências dos seus atos e procedimentos na produção e disseminação de informações. É, também, aprimorar procedimentos de
coleta de dados que minimizem a carga dessas atividades sobre os informantes. Significa, ainda, zelar pelo patrimônio e recursos fi-
nanceiros públicos.
Imparcialidade
É honrar o direito de todos (governo e sociedade) à informação pública de qualidade e de utilidade, oferecendo dados e análises
independentes e objetivas sobre a situação econômica, demográfica, social, ambiental e geocientífica, com garantia de igualdade de
acesso e sem nenhuma interferência no resultado obtido.
Excelência
É buscar, sempre, o aprimoramento na produção e divulgação de informações estatísticas e geocientíficas, mantendo rigor metodo-
lógico, técnico e operacional, com padrões de qualidade reconhecidos nacional e internacionalmente. É, também, garantir uma gestão
de excelência no que se refere a recursos humanos, materiais e financeiros.
E, com o objetivo de cumprir sua missão, o IBGE:
• Identifica, mapeia e analisa o território;
• Conta a população;
• Mostra como a economia evolui através do trabalho e da produção das pessoas; e
• Informa como a população vive.

Ao revelar a situação econômica, social e demográfica na perspectiva do espaço territorial nacional, o IBGE faz um retrato objetivo
do País provendo a sociedade e os governos com informações estatísticas e geocientíficas oficiais confiáveis.
Para saber mais sobre a Instituição acesse: http://www.ibge.gov.br/home/disseminacao/eventos/missao/documentos_institucio-
nais.shtm.
Capítulo 2
A estrutura do IBGE

A estrutura do IBGE
O Regimento Interno da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, foi aprovado pela Portaria nº 215, do
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, em 12 de agosto de 2004. Este regimento regula e descreve as competências dos
órgãos da instituição. A Figura 2.1 mostra o organograma atual, representando a Presidência e suas unidades subordinadas.

Figura 2.1: organograma atual do IBGE.

Conhecimentos sobre o IBGE 2

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APOSTILAS OPÇÃO
O Regimento Interno subdivide as unidades organizacionais do berativos do IBGE – SIAD. Também recebe, encaminha e res-
IBGE, por critérios de hierarquia e função, da seguinte forma: ponde às correspondências dirigidas ao Presidente e procede às
I. órgãos colegiados de direção superior autorizações de viagens a serviço, e de despesas com passagens
II. órgão de assistência direta e imediata ao presidente e diárias dos servidores.
III. órgãos seccionais
IV. órgãos específicos singulares Áreas de assessoramento da Presidência
V. órgãos descentralizados A Resolução do Conselho Diretor n° 10/2005 definiu a criação
de três áreas subordinadas à Presidência do IBGE: a Assessoria
I Órgãos colegiados de direção superior de Relações Internacionais (GPR/RI), a Coordenação de Comuni-
Os três órgãos colegiados 1do IBGE são o Conselho Técnico, o cação Social (CCS) e a Coordenação Operacional dos Censos
Conselho Curador e o Conselho Diretor. (COC).
O Conselho Técnico acompanha e pronuncia-se sobre ques- A Assessoria de Relações Internacionais (GPR/RI) sistema-
tões referentes ao planejamento e à execução das atividades ine- tiza e coordena a formulação de políticas para negociação junto
rentes à missão institucional do IBGE. É composto pelo Presi- a organismos internacionais de fomento e financiamento a pes-
dente e por dez conselheiros escolhidos e designados pelo Minis- quisas, projetos e convênios de cooperação internacional para
tro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, dentre pes- aprimorar o desenvolvimento técnico institucional. Promove a
soas de reconhecida representatividade e competência técnica e inserção global do IBGE acompanhando missões, eventos e re-
profissional na área da produção ou utilização de informações presentações diplomáticas, estabelecendo intercâmbios e relaci-
estatísticas e geocientíficas. onamentos com instituições e governos de diversos países para
O Conselho Curador tem como função fiscalizar, acompanhar o desenvolvimento de programas e acordos de cooperação téc-
e controlar a gestão patrimonial, econômica, orçamentária e fi- nica internacionais. A Coordenação de Comunicação Social
nanceira do IBGE. É composto pelo Presidente da Fundação IBGE (CCS) trabalha para dar visibilidade à missão institucional cri-
e mais cinco representantes designados pelo Ministro de Estado ando e aperfeiçoando o fluxo de informações dentro da institui-
do Planejamento, Orçamento e Gestão. ção e entre o IBGE e a sociedade, por meio dos veículos de difu-
O Conselho Diretor, composto pelo Presidente, Diretores e são de informação como jornais, revistas, rádios, TVs, páginas na
Coordenadores Gerais, estabelece as principais políticas de atu- Internet.
ação da Fundação IBGE, bem como a política de recursos huma- Produz releases2 e convites, organiza entrevistas coletivas,
nos e de distribuição de cargos em comissão e funções gratifica- com a mídia em geral, para divulgar resultados de pesquisas e
das, publicando seus atos e deliberações. Coordena e avalia, pe- novas publicações do IBGE. Coordena e apoia a divulgação das
riodicamente, o desempenho das unidades organizacionais do informações para a mídia nas Unidades Estaduais. Pesquisa e
IBGE. Pronuncia-se sobre propostas de modificações do estatuto consolida em clippping3 o que a mídia cita ou produz sobre o
e do regimento interno, bem como sobre a celebração de convê- IBGE.
nios e parcerias. Este colegiado submete ao Conselho Técnico as A Coordenação Operacional dos Censos (COC) planeja e
propostas do programa de trabalho anual e plurianual e de orça- acompanha o programa de treinamentos, o desenvolvimento de
mentos-programa e encaminha, à apreciação do Conselho Cura- sistemas de planejamento e de suporte às operações censitárias,
dor, os balancetes, o balanço, a prestação anual de contas, as pro- as comissões censitárias municipais, o desenvolvimento de apli-
postas de aquisição, de cessão, de alienação, ônus e encargos ou cações para a coleta de dados e sistemas gerenciais como a Base
doação de bens móveis. Operacional Geográfica - BOG, Banco de Estruturas Territoriais –
BET, Banco de Dados Operacionais – BDO e o Sistema de Indica-
II Órgão de assistência direta e imediata ao presidente dores Gerenciais de Coleta - SIGC. Também coordena as ativida-
O Gabinete da Presidência é o órgão que presta assistência des do Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos –
direta e imediata ao presidente. Tem como atribuição coordenar CNEFE, gerencia o orçamento e acompanha o cronograma das
a agenda do Presidente, assistindo a ele na representação polí- atividades censitárias.
tica e social, na organização de viagens, reuniões interinstitucio- O IBGE definiu, a partir do Censo Demográfico de 1991, que as
nais e com representantes das unidades organizacionais do decisões sobre as operações censitárias deveriam ser tomadas
IBGE. Articula-se com órgãos em nível de governo federal nas vi- em uma instância superior de planejamento, organização e
sitas de autoridades e na realização de solenidades conjuntas em acompanhamento. Criou, então, a Comissão de Planejamento e
lançamentos de pesquisas, divulgações de resultados produzi- Organização dos Censos (CPO), fórum de discussões e decisões
dos, por projetos realizados em parceria, ou quaisquer eventos sobre as atividades relacionadas aos censos. A COC atua, tam-
que incluam a participação do Presidente do IBGE. Recebe, ana- bém, como secretaria-executiva da CPO.
lisa e processa as solicitações de audiências com o presidente,
assim como realiza o trabalho de articulação com as unidades or- III Órgãos seccionais
ganizacionais do IBGE para tomada de decisões no âmbito da De acordo com o Regimento Interno, três órgãos seccionais4
Presidência. prestam assessoria à Presidência do IBGE: a Auditoria Interna, a
Cabe ao Gabinete, ainda, a preparação e o envio de toda a do- Procuradoria Federal no IBGE e a Diretoria Executiva.
cumentação oficial, tais como portarias e resoluções, para publi- A Auditoria Interna é, administrativamente, vinculada ao
cação em Boletim Interno – BI, tratando e armazenando estes Conselho Curador e tem como finalidade básica prestar consul-
atos no Sistema de Administração Informatizado dos Atos Deli- toria e comprovar a legalidade e legitimidade dos atos e fatos

1
Órgãos colegiados são aqueles em que as decisões são tomadas provoque pedidos de entrevistas ou informações complementares
em grupo, com o aproveitamento de experiências diferenciadas dos (R7, 2015).
3
representantes. É um tipo de gestão na qual a direção e as decisões Clipping é uma expressão idiomática da língua inglesa que define o
são compartilhadas por um conjunto de pessoas com igual autori- processo de selecionar notícias em meios de comunicação como jor-
dade. No órgão colegiado inexiste a decisão de somente um membro. nais, revistas, e outros geralmente impressos, para colecionar e orga-
nizar os recortes sobre assuntos de interesse (n.a).
4
2 Órgãos seccionais são órgãos ou entidades da Administração Pú-
Release é um texto objetivo e sintético distribuído à imprensa em
blica Federal e, ou, Estaduais direta ou indireta que prestam consul-
linguagem jornalística. Deve conter informações de interesse da em-
toria, assessoramento, ou atuam no controle e fiscalização de ativida-
presa ou órgão que está sendo assessorado. Tem como função bá-
des.
sica levar uma notícia à mídia que sirva de apoio, atração, pauta e
Conhecimentos sobre o IBGE 3

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APOSTILAS OPÇÃO
administrativos, avaliar os resultados alcançados, quanto aos aspectos de eficiência, eficácia e economicidade da gestão orçamentá-
ria, financeira, patrimonial, operacional, contábil e finalística do IBGE. Está sujeita à orientação normativa e supervisão técnica do
Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal (Lei nº 10.180/2001; IN nº 01/2001 – Ministério da Fazenda/Secretaria Fe-
deral de Controle Interno).
A Procuradoria Federal no IBGE é um órgão, vinculado à Advocacia Geral da União – AGU, que presta consultoria, assessora e
representa o IBGE judicial e extrajudicialmente, defendendo os interesses da instituição. Subdivide-se em duas Coordenações: Coor-
denação para Assuntos de Contencioso (COACONT) e a Coordenação para Assuntos de Consultoria (COACON).
Os serviços de assistência jurídica às Unidades Estaduais do IBGE são executados pela Divisão de Relação com as Unidades Descen-
tralizadas (DIRUD). Os serviços jurídicos estão disponíveis nas seguintes regiões: Sul (SEJUR/SUL), Sudeste(SEJUR/SE), Nordeste (SE-
JUR/NE), Centro-Oeste (SEJUR/CO) e uma Unidade Descentralizada no Pará (UD/PA).
A Diretoria Executiva (DE) exerce atividades de planejamento e coordenação geral, bem como a organização, a orientação e a exe-
cução das atividades relativas à administração de recursos humanos, material, patrimônio, orçamento, finanças e contabilidade, dando
suporte às unidades descentralizadas do IBGE na realização dessas atividades. A partir de 2015 a estrutura da DE foi alterada, insti-
tuindo-se, no âmbito daquela diretoria, as gerências de Sistemas Administrativos (DE/GSA), de Suporte à Rede de Informática
(DE/GSURE), de Processos Administrativos Disciplinares (DE/GEPAD), de Documentação Administrativa (DE/GEDAD), de Apoio Ad-
ministrativo e quatro Gerências de Atendimento Administrativo (GAT). As quatro coordenações de Orçamento e Finanças, Planeja-
mento e Supervisão, Recursos Humanos e Recursos Materiais foram mantidas. As competências de cada uma destas unidades se en-
contram descritas na Resolução do Conselho Diretor n° 04/2015. A Figura 2.2 mostra o organograma atual da DE.

Figura 2.2: organograma atual da Diretoria Executiva (R.CD n° 04/2015, de 11/02/2015).

IV Órgãos específicos singulares


O IBGE possui como órgãos específicos singulares a Diretoria de Pesquisas (DPE), Diretoria de Geociências (DGC), a Diretoria de
Informática (DI), Centro de Documentação e Disseminação de Informações (CDDI) e Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE).

A Diretoria de Geociências (DGC) executa as ações que cabem ao IBGE na coordenação das ações do Plano Geodésico Fundamental
e do Plano Cartográfico Básico. Produz mapeamentos sistemáticos e levantamento de informações básicas nas áreas de Geodésia, Car-
tografia, Estruturas Territoriais, Geografia, Recursos Naturais e Meio Ambiente. Integra os componentes físicos, econômicos e sociais
para produzir análises espaciais, indicadores, diagnósticos e zoneamentos ambientais e, desta forma, subsidiar as ações de planeja-
mento governamental e gerenciamento do Território Nacional. Sua estrutura, definida pelas Resoluções do Conselho Diretor n°
19/2008 e 18/2013, é composta por quatro gerências e cinco coordenações: Gerência de Planejamento e Supervisão (DGC/GPS), Ge-
rência de Documentação e Informação (DGC/GDI), Gerência de Redes e Sistemas (DGC/GRS), Gerência de Relações Interinstitucionais
da INDE (DGC/GRI), Coordenação de Geodésia (DGC/CGED), Coordenação de Cartografia (DGC/CCAR), Coordenação de Estruturas
Territoriais (DGC/CETE), Coordenação de Geografia (DGC/CGEO), Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais
(DGC/CREN). A Figura 2.3 mostra a atual estrutura da DGC.

Figura 2.3: organograma atual da Diretoria de Geociências (R.CD n° 19/2008, de 10/08/2008).

Conhecimentos sobre o IBGE 4

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APOSTILAS OPÇÃO
O IBGE, através da DGC, responde pela coordenação técnica do Sistema Cartográfico Nacional e pela secretaria-executiva da Comissão
Nacional de Cartografia (CONCAR), órgão colegiado do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Entre as diversas
ações da CONCAR destaca-se a Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE), que integra tecnologias, políticas e procedimentos
de coordenação e monitoramento, padrões e acordos, necessários para facilitar e ordenar a geração, o armazenamento, o acesso, o
compartilhamento, a disseminação e o uso dos dados geoespaciais de origem federal, estadual, municipal e distrital. É a unidade ges-
tora do Diretório Brasileiro de Dados Geoespaciais (DBDG), componente da INDE.
As atividades descentralizadas executadas pelas gerências e supervisões implantadas nas Unidades Estaduais, em 2006, são coorde-
nas pela DGC na construção e manutenção das Bases Territoriais, nos levantamentos de geodésia, cartografia, recursos naturais e
conservação e manejo do Centro de Estudos Ambientais do Cerrado.
A Diretoria de Pesquisas (DPE) possui sua estrutura atual definida pela Resolução do Conselho Diretor n° 13/2015(Anexo 10).
Este órgão singular produz e sistematiza estudos, pesquisas e trabalhos de natureza estatística, para retratar a situação demográfica,
econômica, social, ambiental e administrativa do País. Executa as ações que cabem ao IBGE na coordenação do Sistema Estatístico
Nacional, assim como em relação aos convênios de cooperação estatística.
Estas competências são exercidas por quatro Gerências e nove Coordenações, diretamente subordinadas à Diretoria de Pesquisas, a
saber: Gerência de Disseminação de Informações, Gerência de Planejamento e Orçamento, Gerência Técnica do Censo Demográfico,
Gerência Técnica do Censo Agropecuário, Coordenação de Metodologia das Estatísticas de Empresas, Cadastros e Classificações, Coor-
denação de Agropecuária (DPE/COAGRO), Coordenação de Contas Nacionais (DPE/CONAC), Coordenação de Índices de Preços
(DPE/COINP), Coordenação de Indústria (DPE/COIND), Coordenação de Métodos e Qualidade (DPE/COMEQ), Coordenação de Popu-
lação e Indicadores Sociais (DPE/COPIS), Coordenação de Serviços e Comércio (DPE/COSEC) e Coordenação de Trabalho e Rendimento
(DPE/COREN). A Figura 2.4 apresenta o organograma atual da DPE.

Figura 2.4: organograma atual da Diretoria de Pesquisas (R.CD n° 13/2015, de 02/06/2015).

As fases operacionais do Sistema Nacional de Índices de Preços, Sistema Nacional de Pesquisa de Custos Índices da Construção Civil
e da Pesquisa Mensal de Empregos ocorrem de forma descentralizada, nas gerências e supervisões das Unidades Estaduais do IBGE e
são coordenadas pela DPE.

A Diretoria de Informática (DI) planeja, organiza, coordena e supervisiona as atividades de processamento de dados e de informa-
ções científicas e administrativas, apoiando, promovendo e desenvolvendo os processos de informatização da Fundação IBGE. Res-
ponde pela administração do parque central de equipamentos e pela infraestrutura básica de informática.

A DI administra, zela pela preservação e pela integridade e proporciona apoio técnico para o acesso as informações contidas na base
de dados da instituição. Promove a prospecção e a difusão de novas tecnologias, assessorando todos órgãos do IBGE em sua utilização.

A estrutura atual da DI, representada na Figura 2.5, foi publicada no Boletim Informativo n° 34, em 15 de julho de 2009. As atividades
da diretoria são exercidas por uma Gerência de Planejamento e Suporte(DI/GPS) e pelas seguintes coordenações: Coordenação de
Informatização de Processos(DI/CINPR), Coordenação de Administração de Dados e Cadastros(DI/COADC), Coordenação de Teleco-
municações(DI/COTEL) e Coordenação de Operações e Serviços de Informática(DI/COPSI).

Figura 2.5: organograma atual da Diretoria de Informática (Boletim Informativo n° 34, de 15/07/2009).

Conhecimentos sobre o IBGE 5

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APOSTILAS OPÇÃO
A atuação descentralizada e, em rede, das Supervisões de Serviços de Informática, nas Unidades Estaduais, permite que os funcioná-
rios tenham acesso às atuais aplicações em produção, realizando seus trabalhos, nos escritórios distribuídos no território nacional. A
atuação da DI garante a implementação das pesquisas e o acompanhamento das coletas de dados em níveis nacional, estadual e muni-
cipal, por posto de coleta e por setor censitário.

O Centro de Documentação e Disseminação de Informações (CDDI) é o órgão que planeja, coordena e executa as atividades de
organização e provimento de informações aos usuários. Desenvolve, promove e comercializa os produtos e serviços de informação
divulgando a imagem do IBGE e preservando a memória institucional. A estrutura do CDDI está em consonância com a organização
definida pela Portaria nº 215 e as suas atribuições são exercidas através da Coordenação de Atendimento Integrado (CDDI/COATI),
Coordenação de Marketing (CDDI/COMAR), Coordenação de Produção (CDDI/COPRO) e Coordenação de Projetos Especiais (CDDI/CO-
PES), como mostra a Figura 2.6.

Figura 2.6: organograma atual da Centro de Documentação e Disseminação de Informações (R.CD n°9/2005, de 14/02/2005).

O CDDI atua de forma descentralizada, através dos Serviços de Documentação e Disseminação de Informações (SDI) que coordenam,
supervisionam e executam as atividades de atendimento por correspondência e em biblioteca, venda, comunicação, eventos e ações
de marketing e comercialização de produtos em cada Unidade Estadual do IBGE. Os SDI são responsáveis pelo atendimento aos usuá-
rios que buscam informações produzidas ou armazenadas pelo IBGE, exercendo importante papel de disseminar informações sobre
as pesquisas realizadas pelo IBGE no país.

A Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE) planeja e desenvolve atividades de ensino e pesquisa, nas áreas estatística e
geográfica, mantendo cursos de graduação e pós-graduação lato sensu e stricto sensu.

Tem como atribuições, também, capacitar e treinar profissionais nos diversos campos de atividades relacionados com as áreas de
competência da Fundação IBGE. Colabora com organismos nacionais e internacionais especializados, para elevar os padrões de ensino
e os treinamentos de natureza técnico-profissional.

A sua estrutura foi revista e alterada pelas Resoluções do Conselho Diretor n° 08/2005 e 18/2013 e é, atualmente, composta pela
Coordenação de Treinamento e Aperfeiçoamento (ENCE/CTA), Coordenação de Graduação (ENCE/CEGRAD) e pelas Gerências de Pós-
Graduação (ENCE/GPG), de Informática (ENCE/GERINF), de Registro e Controle (ENCE/GRC), Administrativa (ENCE/ GEAD) e Biblio-
teca (ENCE/SP-01).

Figura 2.7: organograma atual da Escola Nacional de Ciências Estatísticas.

Conhecimentos sobre o IBGE 6

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APOSTILAS OPÇÃO
V Órgãos descentralizados
São compostos pelas 27 Unidades Estaduais (UEs) do IBGE, uma em cada capital estadual e uma no Distrito Federal, subordinadas
imediatamente à Presidência do IBGE, que têm como competência planejar, coordenar, executar e controlar as atividades técnicas e
administrativas da Fundação IBGE no limite de suas jurisdições. Supervisionam os trabalhos das Agências, em suas jurisdições, a partir
das orientações e da supervisão técnico-normativa que recebem, diretamente, das Diretorias Executiva, de Pesquisas, de Geociências,
de Informática, do Centro de Documentação e Disseminação de Informações e da Escola Nacional de Ciências Estatísticas.
As atribuições e competências das UEs foram definidas pela Resolução do Conselho Diretor n° 05/2006 (Anexo 12) e a Figura 2.8
mostra um organograma de uma Unidade Estadual com a representação das Gerências e Supervisões descentralizadas.

Figura 2.8: organograma atual das Unidades Estaduais (R.CD nº 05/2006, de 03/05/2006).

As Unidades Estaduais se subdividem em 590 Agências de Coleta de Dados, sendo que apenas 583 estão ativas. São implantadas nos
principais municípios brasileiros para ampliar a abrangência de atuação e agilizar as coletas de dados do IBGE. Têm como competência
manter a rotina administrativa da Agência para garantir o seu funcionamento. Controlar e executar a coleta de informações, a crítica
visual e a entrada de dados relativos às pesquisas em execução, realizar levantamentos referentes à área de Geociências, efetuando e
mantendo atualizados os registros cartográficos e promover a disseminação das informações disponibilizadas pelo IBGE, represen-
tando a Instituição de acordo com as orientações recebidas dos Chefes das Unidades Estaduais.
Os estados de Roraima e Amapá ainda não possuem Agências de Coleta e as coberturas de pesquisas são realizadas pela própria UE.
A Figura 2.9 contém o quantitativo atual de Agências por Unidade Estadual.

Figura 2.9: organograma atual das Unidades Estaduais (R.CD nº 05/2006, de 03/05/2006).

Conhecimentos sobre o IBGE 7

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APOSTILAS OPÇÃO
Capítulo 3 altimétrica (altitudes - Anexo 3), Rede gravimétrica (dados sobre
A Diretoria de Geociências, seus produtos e o papel das a aceleração da gravidade - Anexo 4) e Rede maregráfica (varia-
Agências ções do nível do mar - Anexo 5A, Anexo 5B, Anexo 5C, Anexo 5D
e Anexo 5E.
Competências e produtos da Diretoria de Geociências O produto oferecido pelas redes do SGB é o posicionamento
A Diretoria de Geociências (DGC)5 executa as ações que ca- geodésico (latitude, longitude e altitude) utilizado tanto pelo
bem ao IBGE na coordenação das ações do Plano Geodésico IBGE, para o desenvolvimento de suas atividades de mapea-
Fundamental e Cartográfico Básico e na coordenação técnica mento, como por diversos usuários em atividades que exigem lo-
do Sistema Cartográfico Nacional (Decreto-Lei n° calização precisa.
243/1967). Elabora mapeamentos sistemáticos e levantamen- O GPS trouxe muitas inovações tecnológicas e avanços nas ati-
tos de informações básicas nas áreas de Geodésia, Cartografia, vidades de navegação e posicionamento.
Estruturas Territoriais, Geografia, Recursos Naturais e Meio Am- A partir da década de 90 o IBGE começou a utilizar a tecnologia
biente. Integra os componentes físicos, econômicos e sociais de navegação por satélite e introduziu a Rede Brasileira de Mo-
para produzir análises espaciais, indicadores, diagnósticos e zo- nitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS9 – RBMC (Anexo 6
neamentos ambientais para subsidiar as ações de planejamento - RBMC). Esta rede, desenvolvida pelo IBGE em parceria com di-
governamental e o gerenciamento do território nacional. versas instituições, conta hoje com mais de 120 estações ativas
Cabe, também, à DGC desempenhar, pelo IBGE, ações na Co- no país que agilizam o fornecimento das componentes plani-al-
missão Nacional de Cartografia (CONCAR), órgão colegiado do timétricas (latitude, longitude e altitude) em tempo real, através
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) que da internet. Os dois serviços produzidos por esta rede são: o
fixa as diretrizes e bases da Cartografia brasileira. Como repre- RBMC-IP10 - serviço para posicionamento em tempo real a partir
sentante do IBGE, a DGC exerce a vice-presidência e atua como das estações da RBMC e o PPP11 - Posicionamento por Ponto Pre-
Secretaria-Executiva da CONCAR, e responde pela gestão do Di- ciso em tempo real utilizado pelos usuários para correções de
retório Brasileiro de Dados Geoespaciais (DBDG) da Infra- posicionamento.
estrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE). O IBGE é convidado a participar de campanhas geodésicas por
A INDE é uma iniciativa do Governo Federal, instituída pelo De- outras instituições devido à precisão dos dados geodésicos que
creto nº 6.666 de 27/11/2008, com o objetivo de facilitar e or- produz. Um desses trabalhos foi realizado em parceria científica
denar a geração, o armazenamento, o acesso, o compartilha- com o Instituto Militar de Engenharia – IME, para atualização das
mento, a disseminação e o uso dos dados geoespaciais6de origem altitudes das montanhas mais altas do Brasil; os resultados desta
federal, estadual, distrital e municipal. campanha são apresentados no Anexo 7 e também estão dispo-
O IBGE disponibiliza os dados que produz e fornece suporte níveis no Anuário Estatístico do Brasil (IBGE, 2012). Outra par-
para a infraestrutura de Tecnologia de Informação, gerenciando ceria foi realizada com a Comissão Demarcadora de Limites, ór-
e mantendo o Diretório Brasileiro de Dados Geoespaciais gão do Ministério das Relações Exteriores que solicitou a partici-
(DBDG) que é uma ferramenta usada para catalogar, integrar e pação do IBGE para auxiliar na definição precisa dos limites ex-
harmonizar dados geoespaciais das instituições produtoras. O tremos do país. Veja o vídeo Extremo Norte do Brasil.
visualizador da INDE possibilita o acesso centralizado aos dados A Coordenação de Cartografia (CCAR) desenvolve ações que
produzidos pelo público de forma gratuita. Este acesso ocorre competem ao IBGE na coordenação técnica do Sistema Carto-
através do Portal Brasileiro de Dados Geoespaciais – SIG Bra- gráfico Nacional (SCN). A produção cartográfica se concretiza
sil, lançado pela CONCAR, em abril de 2010. com o apoio de tecnologias digitais usando imagens de satélites
e fotografias aéreas e outros insumos organizados em banco de
Para cumprir suas atribuições relativas ao Plano Geodésico dados geoespaciais. A CCAR produz Bases Cartográficas Contí-
Fundamental o IBGE estabelece o Sistema Geodésico Brasi- nuas, em diversas escalas pequenas e médias que são utilizadas
leiro – SGB. Estas atribuições são desenvolvidas pela Coordena- para diversos fins como para a atualização do mapeamento te-
ção de Geodésia (CGED) que implanta e mantém a infraestrutura mático e censitário e são, também, disponibilizadas na INDE para
geodésica de referência ou um sistema de referência7 para o país. a sociedade.
Este sistema é essencial às demandas de mapeamento, ordena- Os dados cartográficos componentes do SCN constituem bases
mento da ocupação, construção de rodovias e estradas, energia, cartográficas de referência sobre as quais são espacializadas to-
saneamento, comunicação, monitoramento da elevação do nível das as informações produzidas pelo IBGE e outros órgãos do po-
médio do mar e mudanças climáticas. der público. Este mapeamento sistemático brasileiro do (SCN) é
produzido nas escalas de 1:25.000 a 1:1.1000.000. As imagens e
Todos os dados e informações produzidos pelo SGB estão ar- fotografias aéreas usadas como de produção também geram pro-
mazenados no Banco de Dados Geodésicos – BDG e podem ser dutos de ampla aplicação.
consultados na página do IBGE8. A (BC250), produzida na escala 1:250.000, é um conjunto de
dados geoespaciais de referênc12ia, estruturados em bases de da-
O SGB é composto por um conjunto de redes geodésicas for- dos digitais, permitindo uma visão integrada do território nacio-
madas por estações geodésicas ativas e passivas (Anexo 1). As nal. São cartas que fornecem informações sobre hidrografia, lo-
redes são denominadas de acordo com os dados que fornecem calidades, limites, sistema de transportes, estrutura econômica,
como: Rede planimétrica (latitudes e longitudes - Anexo 2), Rede energia e comunicações, abastecimento de água e saneamento

5
Competências definidas no Capítulo IV, Artigos 59 a 64, da Portaria 9
GNSS – Global Navigation Satellite System ou Sistema de Navega-
MPOG n° 215/2004, Anexo 1 da Unidade 2. ção Global por Satélite)
6 10
Dados geoespaciais são dados ou conjunto de dados associados a Para visitar o serviço on-line acesse:
uma localização na terra, de acordo com um sistema geodésico de http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geodesia/rbmc/ntrip/.
11
referência, ou a sistemas globais de posicionamento apoiados por sa- Para visitar o serviço on-line acesse:
télites. http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geodesia/ppp/default.shtm.
7
Sistemas de Referência Terrestres ou Geodésicos são utilizados
para identificar a posição de uma determinada informação na superfí- 12
Dados geoespaciais são dados ou conjunto de dados associados a
cie da Terra. Estão associados a uma superfície de referência que se
uma localização na terra, de acordo com um sistema geodésico de
aproxima da forma da Terra, e sobre a qual são desenvolvidos todos
referência, ou a sistemas globais de posicionamento apoiados por sa-
os cálculos das suas coordenadas.
8 télites.
Acesso ao SGB: http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geode-
sia/sgb.shtm.
Conhecimentos sobre o IBGE 8

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APOSTILAS OPÇÃO
básico. A BC250 compõe a Infraestrutura Nacional de Dados Ge- em 01/07/2013, data de referência das Estimativas Populacio-
oespaciais do Brasil e é a escala de maior detalhamento que co- nais 2013. Para a superfície do Brasil foi mantido o valor de
bre todo o território nacional (Anexo 8). 8.515.767,049 km2, publicado no DOU nº 16 de 23/01/2013,
O Mapeamento Topográfico é referenciado ao Sistema Geodé- conforme Resolução nº 01, de 15 de janeiro de 2013.
sico Brasileiro, em cartas delimitadas por paralelos e meridia- A Coordenação de Geografia (CGEO) agrega múltiplos temas
nos, nas escalas 1:1.000.000, 1:250.000, 1:100.000, 1:50.000 e extraídos das dimensões física, urbana, rural, econômica, social,
1:25.000. política, considerando em suas análises os inúmeros elementos
Contempla acidentes geográficos físicos e culturais, naturais e responsáveis pela dinâmica socioespacial. Estuda a dinâmica de
artificiais como altimetria do terreno ou curvas de nível, hidro- ocupação do território, de modo a identificar e compreender os
grafia, relevo, sistemas de transportes, limites, localidades, obras padrões regionais e definir recortes geográficos em diferentes
e edificações, devidamente identificados por nomes, cores e/ou escalas. Produz informações sobre a organização do espaço na-
símbolos. É utilizado na confecção de Atlas, mapas murais e te- cional e a dinâmica da malha político-administrativa do país. Os
máticos, para a avaliação da Divisão Territorial e para planeja- produtos desenvolvidos pela Geografia no IBGE articulam dados
mentos e levantamentos geocientíficos, produtos utilizados no estatísticos, socioeconômicos, bases cartográficas, informações
IBGE pela Coordenação de Estruturas Territoriais (CETE), Coor- de recursos naturais visando o conhecimento do quadro territo-
denação de Geografia (CGEO) e pela Coordenação de Recursos rial nacional.
Naturais e Estudos Ambientais (CREN). Atende a diversos órgãos A CGEO desenvolve estudos de regionalização, organização do
governamentais, instituições educacionais públicas e privadas, território redes e fluxos geográficos e tipologias do território que
institutos de pesquisas e à sociedade em geral (Anexo 9). são usados para subsidiar o planejamento, elaborar políticas pú-
A Coordenação de Estruturas Territoriais (CETE) confecciona blicas, tomar decisões quanto à localização de atividades econô-
a base operacional do censo e pesquisas, na organização e cadas- micas, sociais e tributárias, identificar estruturas espaciais de re-
tramento de estruturas territoriais para fins específicos. giões metropolitanas e outras formas de aglomerações urbanas
Responde pelas atividades de manutenção e de controle das e rurais. Oferece, entre vários produtos, os que seguem em des-
estruturas territoriais institucionalizadas, e seus respectivos ca- taque: Divisão Urbano--Regional; Regiões de Articulação Ur-
dastros, para consolidação das malhas e das bases territoriais bana14, mapas das Regiões Rurais 2015 (Anexo 10), Regiões de
para os levantamentos estatísticos e acompanhamento da evolu- influência das cidades15, Áreas Urbanizadas do Brasil – 2005;
ção da divisão político-administrativa nos seus diversos recortes Amazônia Legal (Anexo 11), Faixa de Fronteira, Semiárido
territoriais. (Anexo 12) e Zona Costeira.
A CETE produz a Base Territorial (BT) que é um conjunto de A Evolução da divisão territorial do Brasil 1872-2010 é um
mapas e cadastros utilizado como referência para os processos produto que fornece uma informação fundamental da geografia
de planejamento, coleta e divulgação das operações censitárias e e da história da federação brasileira contada através dos mapas
de outras pesquisas e trabalhos realizados pelo IBGE. No âmbito políticos.
do projeto Censo, a base territorial tem a finalidade de delimitar Os cartogramas e o banco de dados se encontram disponíveis
e descrever unidades mínimas de coleta (setores censitários), de para download na página do IBGE16.
forma a garantir o perfeito reconhecimento pelo recenseador de A CGEO também gera produtos como o Atlas Nacional do Brasil
sua área de trabalho, evitando omissões e/ou duplicidades que (ANB), que integra insumos da DGC a resultados das estatísticas
possam prejudicar o levantamento e a cobertura dos domicílios. produzidas em Censos Demográficos e Agropecuários, Pesquisa
A integração da BT ao Cadastro de Endereços para Fins Estatís- Nacional de Saneamento Básico, por exemplo17.
ticos – CNEFE representou um grande avanço no Censo 2010.
Possibilitou o georeferenciamento das localidades associado às A Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambien-
bases digitais produzidas na DGC. tais (CREN) realiza levantamentos sistemáticos sobre geologia,
O IBGE é o principal usuário da informação sobre a divisão po- geomorfologia, solos, vegetação, uso e cobertura da terra, recur-
lítica e administrativa do Brasil. Segundo o Artigo 18 da Consti- sos hídricos, fauna e flora, bem como estudos referentes às de-
tuição Federal de 1988 é competência dos estados a definição gradações ambientais, decorrente das interações entre os pro-
dos limites, e o IBGE, através de Acordos de Cooperação Técnica, cessos socioeconômicos, naturais e demográficos. Os dados são
busca a representação destes limites. As alterações de limites armazenados no Banco de Dados e Informações Ambientais –
municipais são comunicadas formalmente pelo estado ao IBGE e BDIA que permite consultas e informações armazenadas, avalia-
são devidamente atualizadas nos bancos de dados da Base Ter- ções qualitativas e quantitativas sobre a organização e a distri-
ritorial. buição dos recursos naturais e a produção de Cartas e Mapas Te-
A Malha Municipal Digital do Brasil e as Malhas de Setores máticos, assim como Manuais Técnicos de Geociências a Vegeta-
Censitários Rurais e Urbanos13 são produtos que retratam a si- ção Brasileira, de Geomorfologia, de Pedologia e de Uso da
tuação da Divisão Político-Administrativa - DPA do Brasil, atra- Terra18 que constituem obras de referência para aqueles que
vés da representação vetorial das linhas definidoras das divisas pesquisam ou mapeiam estes temas. Um exemplo de produto do
estaduais, municipais, distritais, subdistritos e setores. Na pá- BDIA é a publicação Geoestatísticas de Recursos Naturais da
gina do IBGE estão disponíveis para download as malhas dos Amazônia Legal, estudo que contribui para detectar desequilí-
anos de 2000, 2001, 2005 2007 e 2010. brios e riscos ambientais decorrentes da ocupação do território.
A cada pesquisa censitária ou contagem populacional, os valo- Na linha de estudos ambientais, o IBGE integrou-se ao conjunto
res da Área Territorial Oficial do país são atualizados e repro- de esforços internacionais para concretização dos ideais e prin-
cessados para incorporação das alterações decorrentes da cria- cípios formulados pela Organização das Nações Unidas, insti-
ção de municípios ou outras atualizações legais da Divisão Polí- tuindo uma linha de pesquisa voltada à produção de indicadores
tico-Administrativa Brasileira – DPA. Os valores atuais estão em sobre a relação meio ambiente, sociedade e desenvolvimento no
conformidade com a estrutura político-administrativa vigente Brasil. Após a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambi-
ente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992, foi

16
http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geografia/default_evolu-
13 cao.shtm
http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/default_prod.shtm#TER- 17
Os Atlas podem ser acessados em:
RIT
14 http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geografia/atlas.shtm.
http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geografia/default_divi- 18
http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/recursosnaturais/ids/de-
sao_urbano_regional.shtm
15 fault_2015.shtm
http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geografia/regic.shtm
Conhecimentos sobre o IBGE 9

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APOSTILAS OPÇÃO
elaborada a primeira edição da obra Indicadores de Desenvolvi- Nesta tarefa o servidor da agência, inicialmente, acompanhará
mento Sustentável – IDS, lançada durante a RIO+10 (Johannes- a equipe da GGC que atuará na manutenção da estação para co-
burgo 2002). A publicação é bianual e sua última versão, lançada nhecer os equipamentos que compõem a estação: o marco geo-
em 2015, bem como os demais volumes da série, podem ser aces- désico, a antena, o receptor, a fonte e a rede (Internet local).
sados na página do IBGE19. Posteriormente, poderá verificar se existe algum problema com
A participação das Agências nos trabalhos da DGC o fornecimento de energia elétrica, de internet no local e ver se o
A colaboração das Agências é primordial para o desenvolvi- receptor está ligado. Poderá solucionar, localmente, o problema
mento de pesquisas e produtos da DGC. ou entrar em contato com a Gerência da RBMC.
Na fase de planejamento das pesquisas censitárias diversas No caso dos marcos geodésicos, das estações passivas implan-
etapas são desenvolvidas contando com a participação das uni- tadas pelo IBGE, a participação das Agências está se tornando im-
dades descentralizadas do IBGE, principalmente, as tarefas que prescindível nos últimos anos. Isto porque a ocorrência de mar-
envolvem a Base Territorial (BT) e o Cadastro Nacional de Ende- cos destruídos está se intensificando. Nas últimas campanhas fo-
reços para Fins Estatísticos - CNEFE. O papel dos servidores é ram constatados percentuais de perdas de estações da ordem de
fundamental na articulação com os órgãos externos para obter o 40 a 60%. Também tem crescido o número de demandas envia-
apoio e o envolvimento das comunidades locais de modo a ga- das pelo serviço de atendimento ao usuário do IBGE no que se
rantir a boa execução das pesquisas. Os servidores atuam, tam- refere a informações sobre as estações geodésicas.
bém, na atualização da base cartográfica realizando ampla busca O IBGE precisa realizar diagnósticos mais eficazes sobre a situ-
de informações sobre a Divisão Político-Administrativa(DPA) do ação das redes materializadas e para isso contará com a partici-
território e para isso estabelecem contato com diversos órgãos pação das Agências na verificação do estado físico dos marcos
governamentais sob a supervisão das SBTs. Os contatos com os geodésicos.
órgãos responsáveis pela DPA são de suma importância para a Resumidamente, a tarefa consiste em localizar os marcos, cole-
delimitação de estruturas territoriais como limites urbanos e ru- tar as coordenadas sobre eles com GPS de navegação, realizar
rais, distritos, bairros, setores censitários, Unidades de Conser- serviços de conservação, registros fotográficos e repassar as in-
vação, para a construção de cadastros alfanuméricos e arquivos formações coletadas à CGED para atualização do Banco de Dados
gráficos usados na construção da BT. Geodésicos. A tarefa pode ser realizada uma vez ao ano, depen-
O trabalho nas Agências consiste em operações de gabinete e dendo do número de marcos geodésicos existentes na área de
de campo. Os procedimentos têm a finalidade de organizar os do- atuação da Agência.
cumentos obtidos, nas suas áreas de atuação, tratar e armazenar Durante as atualizações da Base Territorial e do CNEFE, as
as informações que são utilizadas para alimentar, atualizar os Agências, também poderão prestar uma importante contribui-
bancos de dados e os arquivos digitais da base cartográfica man- ção para a produção cartográfica, coletando nomes geográficos
tidos pela Coordenação de Estruturas Territoriais. para os mapeamentos e para alimentar e atualizar o Banco de
No conjunto de documentos estão incluídos os mapas munici- Nomes Geográficos.
pais, mapas de localidades, mapas de órgãos estaduais sobre
Unidades de Conservação, mapas de áreas especiais, imagens de Capítulo 4
satélite disponíveis, limites descritos nas leis de criação de mu- A Diretoria de Pesquisas e seus produtos
nicípios, atos que delimitam perímetros urbanos, documentos
legais de criação de subdivisões urbanas, documentos sobre li- Introdução
mites de unidades para fins de planejamento e outras regiões de- O Artigo 50 do Regimento Interno do IBGE define as competên-
finidas pelos órgãos estaduais e municipais. cias da Diretoria de Pesquisas - DPE, a saber:
Os servidores das Agências percorrem os municípios para au- Art. 50. À Diretoria de Pesquisas compete:
xiliar na identificação e classificação das áreas de apuração do I - planejar, organizar, coordenar, supervisionar e executar es-
censo, como por exemplo, áreas urbanizadas de cidades, vilas, tudos, pesquisas e trabalhos de natureza estatística relativos à
bairros, aglomerados subnormais; aglomerados rurais; Terras situação demográfica, econômica, social, ambiental e administra-
Indígenas (TIs); aldeias indígenas; territórios quilombolas tiva do País; e
(TQs), entre outras. II - executar as ações que couberem à Fundação IBGE no âm-
O CNEFE compreende os endereços de todas as unidades visi- bito da coordenação do Sistema Estatístico Nacional, assim como
tadas como, por exemplo, domicílios, empresas, estabelecimen- em relação aos convênios de cooperação em matéria estatística.
tos agropecuários, unidades não residenciais e outras registra- Além disso, as competências específicas das unidades – coor-
das durante a realização da pesquisa. A delimitação garante a co- denações e gerências – da DPE são definidas por meio de Reso-
bertura de todo o território nacional no período da coleta censi- lução do Conselho Diretor (R.CD), sendo a mais recente a de nº
tária, permite comparar informações entre censos. As unidades 13, de 02 de junho de 2015, disponível em Intranet IBGE > SDA
delimitadas são utilizadas como referência na apuração e na di- (Acesso Rápido) > SIAD (Menu dos Sistemas) > Pesquisar (Atos
vulgação dos resultados das pesquisas. e Documentos).
Atualmente, a DGC conta com o apoio das Unidades Estaduais Na área da produção estatística, as pesquisas tratam de temas
do IBGE e a atuação das Gerências de Geodésia e Cartografia diversos de âmbito social, demográfico e econômico, utilizando-
(GGC), Gerências de Recursos Naturais (GRN) e Supervisões de se dos Princípios Fundamentais das Estatísticas Oficiais estabe-
Base Territorial (SBT) na realização de levantamentos geocien- lecidos pela Comissão de Estatística das Nações Unidas em 1994,
tíficos. Outras oportunidades têm sido identificadas para que a e endossados pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2014.
participação das Agências nas atividades da DGC seja ampliada e Assim, vale definir o que são Estatísticas Oficiais e apresentar
desenvolvida periodicamente. Este é o caso das visitas às esta- os seus 10 (dez) Princípios Fundamentais.
ções ativas da RBMC que podem ser efetuadas pelos servidores Estatísticas oficiais são informações produzidas e dissemina-
das Agências na identificação de possíveis problemas operacio- das por agências governamentais, em bases regulares, regidas
nais nas estações da RBMC. Este apoio será solicitado sempre pela legislação em matéria de estatística e/ou regulamentos ad-
que houver algum problema com os equipamentos da estação ministrativos, sujeitas ao cumprimento de um sistema padroni-
RBMC ou se houver interrupção na transmissão de dados. zado de conceitos, definições, unidades estatísticas, classifica-
ções, nomenclaturas e códigos, para:

19
http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/recursosnaturais/ids/de-
fault_2015.shtm
Conhecimentos sobre o IBGE 10

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APOSTILAS OPÇÃO
• Retratar as condições econômicas, sociais e ambientais; Constituem as únicas fontes de referência sobre a situação de
• Fornecer subsídios para o planejamento, execução e acompa- vida da população nos municípios e em seus recortes internos;
nhamento de políticas públicas; produzem informações imprescindíveis para a definição de polí-
• Proporcionar suporte técnico para tomadas de decisões; e ticas públicas e a tomada de decisões da iniciativa privada; e for-
• Consolidar o exercício da cidadania. necem o perfil demográfico da população em níveis geográficos
detalhados, fornecendo suporte a políticas sobre educação, sa-
Os 10 Princípios Fundamentais das Estatísticas Oficiais úde, emprego e renda, esporte, idosos, crianças etc.
são: O Censo Demográfico, realizado a cada dez anos, é o núcleo das
1. Relevância, imparcialidade e igualdade de acesso; estatísticas sociodemográficas.
2. Padrões profissionais e ética; No intervalo entre dois Censos, é realizada a Contagem da Po-
3. Responsabilidade e transparência; pulação. Estas operações censitárias permitem acompanhar o
4. Prevenção do mau uso dos dados; crescimento, a distribuição geográfica e a evolução de caracterís-
5. Eficiência; ticas da população ao longo do tempo. Seus resultados fornecem
6. Confidencialidade; as referências para as projeções populacionais, com base nas
7. Legislação; quais o Tribunal de Contas da União -TCU define as cotas do
8. Coordenação nacional; Fundo de Participação dos Estados - FPE e do Fundo de Partici-
9. Uso de padrões internacionais; e pação dos Municípios - FPM e, ainda, contribui para a definição
10. Cooperação internacional. da representação política do País quanto ao número de deputa-
Nessa linha de princípios de qualidade para a produção de es- dos federais, estaduais e vereadores.
tatísticas oficiais, o IBGE publicou, em 2013, o seu Código de Atualmente, as pesquisas domiciliares fazem parte do Sistema
Boas Práticas das Estatísticas20, que estabelece 17 princípios e Integrado de Pesquisas Domiciliares – SIPD que foi desenvolvido
80 indicadores de boas práticas, agrupados em três seções: (1) com o objetivo de ampliar a capacidade do IBGE para atender a
ambiente institucional e coordenação; (2) processos estatísticos; diversas demandas por informações sociodemográficas, tendo
e (3) produtos estatísticos. Vale ressaltar que existe uma associ- como base uma infraestrutura de amostragem única, dada pela
ação entre os princípios do Código de Boas Práticas das Estatís- Amostra Mestra de setores censitários.
ticas do IBGE e os Princípios Fundamentais das Estatísticas Ofi- O SIPD abrange a PNAD Contínua – integração da PNAD com a
ciais estabelecidos pela Comissão de Estatística das Nações Uni- PME –, a POF e as Pesquisas Especiais, tal como foi a PNS, reali-
das, apresentada na publicação de 2013. zada em 2013.

Produção de Informações Estatísticas 1.1 Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD
As informações estatísticas produzidas pela Diretoria de Pes-
quisas podem ser classificadas em: Realizada desde 1967, levanta, anualmente, informações sobre
• Estatísticas Sociais e Demográficas; características demográficas e socioeconômicas da população,
• Estatísticas Econômicas; como sexo, idade, educação, trabalho e rendimento, e caracterís-
• Estatísticas Agropecuárias; ticas dos domicílios, e, com periodicidade variável, informações
• Estatísticas de Preços; e sobre migração, fecundidade, nupcialidade, entre outras, tendo
• Sínteses Econômicas, Sínteses Sociais e Estudos. como unidade de coleta os domicílios. Temas específicos abran-
gendo aspectos demográficos, sociais e econômicos também são
Estatísticas sociais e demográficas investigados.
As pesquisas desta área produzem informações sobre as prin-
cipais características da população brasileira: idade, sexo, cor ou 1.2 Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua -
raça, educação, trabalho, emprego, rendimento, orçamento fami- PNAD-C
liar, habitação, migração, fecundidade, nupcialidade, mortali-
dade, saúde, saneamento básico, segurança alimentar, informali- Implantada em 2012, seu objetivo é produzir informações bá-
dade, assistência social, gestão pública municipal e estadual. sicas para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do País
As informações estatísticas desta área são obtidas por meio de e permitir a investigação contínua de indicadores sobre trabalho
pesquisas domiciliares, ou seja, realizadas por meio de entrevis- e rendimento. O tema central da pesquisa é trabalho, mas tam-
tas em domicílios, ou são provenientes de registros administra- bém está prevista a investigação de outros temas por meio de
tivos mantidos por outras instituições. módulos específicos, por exemplo, habitação, trabalho infantil,
educação, fecundidade.
1 Pesquisas Domiciliares
As estatísticas sociais e demográficas têm o Censo Demográfico 1.3 Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF
como núcleo estruturador.
Além do Censo Demográfico e da Contagem da População, al- Fornece informações gerais sobre domicílios, famílias e pes-
gumas pesquisas domiciliares estão apresentadas a seguir. soas, hábitos de consumo, despesas e recebimentos das famílias
• Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD pesquisadas, tendo como unidade de Coleta os domicílios. Atua-
• Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - liza a cesta básica de consumo e obtém novas estruturas de pon-
PNAD-C deração para os índices de preços que compõem o Sistema Naci-
• Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF onal de Índices de Preços ao Consumidor do IBGE e de outras
• Pesquisa Mensal de Emprego - PME instituições. Veja o vídeo IBGE Explica - POF.
• Pesquisa de Economia Informal Urbana - ECINF
• Pesquisa Nacional de Saúde - PNS 1.4 Pesquisa Mensal de Emprego – PME
Núcleo Estruturador: Censo Demográfico e Contagem da Popu- Produz indicadores mensais sobre a força de trabalho com o
lação objetivo de avaliar as flutuações e a tendência, a médio e a longo
prazos, em distintas áreas de abrangência, tendo como principal

20
Disponível em http://www.ibge.gov.br/home/disseminacao/even-
tos/missao/codigo_boas_praticas.shtm.

Conhecimentos sobre o IBGE 11

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APOSTILAS OPÇÃO
usuário o Governo Federal no que tange ao planejamento de po- 2.4 Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária – AMS
líticas públicas. Essa pesquisa atende ainda aos estudiosos do Investiga todos os estabelecimentos de saúde existentes no
mercado de trabalho oriundos de outras esferas governamen- País, que prestam assistência à saúde individual ou coletiva, pú-
tais, das universidades e das entidades privadas. blicos ou privados, com ou sem fins lucrativos, em regime ambu-
latorial ou de internação, incluindo aqueles que realizam exclu-
1.5 Pesquisa Economia Informal Urbana – ECINF sivamente serviços de apoio à diagnose e terapia e controle re-
A pesquisa toma como unidade de investigação os domicílios gular de zoonoses, com o objetivo básico de revelar o perfil da
nas áreas urbanas das Unidades da Federação e levanta, a partir capacidade instalada e da oferta de serviços de saúde no Brasil.
da presença, nestes, de empregadores (com até 5 empregados)
e/ou de trabalhadores por conta própria; as condições de reali- 2.5 Pesquisa Nacional de Saneamento Básico – PNSB
zação da atividade econômica; e o volume de renda e ocupação Tem por objetivo investigar as condições do saneamento bá-
por ela gerados. sico do País junto às prefeituras municipais e empresas contra-
tadas para a prestação desses serviços em cada um dos municí-
1.6 Pesquisa Nacional de Saúde - PNS pios existentes na data de referência da pesquisa. Tal investiga-
A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) é uma pesquisa domiciliar, ção, de cobertura nacional, permite não só efetuar uma avaliação
quinquenal, de âmbito nacional, realizada em parceria com o Mi- da oferta e da qualidade dos serviços prestados, como também
nistério da Saúde em 2013. Tem como objetivo caracterizar a si- analisar as condições ambientais e suas implicações diretas com
tuação de saúde e os estilos de vida da população, bem como a a saúde e a qualidade de vida da população brasileira.
atenção à sua saúde, quanto ao acesso e uso dos serviços, às
ações preventivas, à continuidade dos cuidados e ao financia- 2.6 Pesquisa de Entidades de Assistência Social Privadas sem
mento da assistência. Antes dela, houve outras investigações so- Fins Lucrativos – PEAS
bre o tema Saúde, como Suplemento da PNAD, em 2003 e em Tem como objetivo conhecer os dados básicos sobre a rede de
2008, que seguiram integralmente o plano amostral da PNAD atendimento socioassistencial no País. A PEAS 2013 foi realizada
correspondente. por meio de consulta direta aos informantes nas entidades/ uni-
A PNS é uma pesquisa isolada no âmbito do SIPD - Sistema In- dades locais, por meio de ligação telefônica via Sistema de Entre-
tegrado de Pesquisas Domiciliares e a amostra da PNS constitui vistas Telefônicas Assistidas por Computador, de entidades iden-
uma subamostra da Amostra Mestra atualizada com dados de tificadas no Cadastro Central de Empresas - CEMPRE, do IBGE.
2010, definida para o Sistema, conforme descrito anteriormente.
2.7 Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar – PeNSE
2 Pesquisas Baseadas em Registros Administrativos ou Estabe- Realizada junto aos estudantes do 9º ano (8ª série) do ensino
lecimentos fundamental, de escolas públicas e privadas do País, a partir de
Ainda dentro do âmbito das Estatísticas Sociais e Demográfi- convênio celebrado com o Ministério da Saúde. A pesquisa, efe-
cas, o IBGE realiza as seguintes pesquisas baseadas em registros tuada em consonância com as normas e diretrizes utilizadas em
administrativos ou em estabelecimentos: âmbito internacional e nacional para levantamentos envolvendo
sujeitos humanos, em particular, adolescentes, teve por objetivo
2.1 Registro Civil conhecer e dimensionar os diversos fatores de risco e de prote-
Apresenta informações sobre os fatos vitais ocorridos no País, ção à saúde desse grupo. Ressalta-se, na última edição da pes-
reunindo a totalidade dos registros dos nascidos vivos, óbitos e quisa, a significativa ampliação de sua abrangência geográfica,
óbitos fetais, bem como dos casamentos, informados pelos Car- que passou a conter dados para o conjunto do País, as Grandes
tórios de Registro Civil de Pessoas Naturais, além de informações Regiões, além dos 26 Municípios das Capitais e o Distrito Federal.
sobre as separações e os divórcios declarados pelas Varas de Fa- Veja o vídeo IBGE Explica - PeNSE.
mília, Foros, Varas Cíveis e Tabelionatos.
Estatísticas econômicas
2.2 Pesquisa de Informações Básicas Municipais – MUNIC As informações estatísticas dessa área são obtidas por meio de
Efetua, periodicamente, um levantamento pormenorizado de pesquisas em empresas formalmente constituídas, tendo como
informações sobre a estrutura, a dinâmica e o funcionamento das base ou núcleo estruturador, o Cadastro Central de Empresas -
instituições públicas municipais, em especial a prefeitura, com- CEMPRE do próprio IBGE. As pesquisas que produzem as esta-
preendendo, também, diferentes políticas e setores que envol- tísticas econômicas podem ser classificadas em Pesquisas Estru-
vem o governo municipal e a municipalidade. Os dados estatísti- turais ou Anuais; Pesquisas Conjunturais ou Mensais; e Pesqui-
cos e cadastrais que compõem sua base de informações consti- sas Especiais.
tuem um conjunto relevante de indicadores de avaliação e moni-
toramento do quadro institucional e administrativo dos municí- Núcleo Estruturador: Cadastro Central de Empresas – CEMPRE
pios brasileiros. Tais indicadores expressam, de forma clara e O Cadastro Central de Empresas - CEMPRE reúne informações
objetiva, não só a oferta e a qualidade dos serviços públicos lo- cadastrais e econômicas sobre as empresas e outras organiza-
cais como também a capacidade dos gestores municipais em ções formalmente constituídas e presentes no Território Nacio-
atender às populações. nal, inscritas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica-CNPJ do
Ministério da Fazenda e suas respectivas unidades locais. Dessa
2.3 Pesquisa sobre o Perfil dos Estados Brasileiros – ESTADIC forma, abrange entidades empresariais, órgãos da administração
Tem como propósito suprir a lacuna de estudos que focalizam pública e instituições privadas sem fins lucrativos. A atualização
as esferas estaduais, notadamente no que diz respeito às suas ad- do CEMPRE é realizada, anualmente, a partir das informações
ministrações, e oferecer elementos para análises sobre como são das pesquisas do IBGE, nas áreas de Indústria, Construção Civil,
governadas as Unidades da Federação e como são definidas e im- Comércio e Serviços, e da Relação Anual de Informações Sociais
plementadas suas políticas públicas. Obtém informações sobre - RAIS, do Ministério do Trabalho e Emprego.
gestão e equipamentos estaduais a partir da coleta de dados so-
bre temas como recursos humanos das administrações estadu- 3 Pesquisas Estruturais ou Anuais
ais, saúde, meio ambiente, política de gênero, assistência social, As pesquisas anuais da área econômica fazem parte de um sis-
segurança alimentar e nutricional, bem como inclusão produtiva, tema de pesquisas implantado em substituição aos Censos
com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre o papel das ins- Econômicos, que respondem pelas informações necessárias à ca-
tituições estaduais no contexto da democracia, do “novo” federa- racterização da estrutura produtiva dos diversos segmentos das
lismo e da descentralização. atividades econômicas, cobrindo a indústria (Pesquisa Industrial
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APOSTILAS OPÇÃO
Anual - PIA), a construção (Pesquisa Anual da Indústria da Cons- complementares; transportes, serviços auxiliares aos transpor-
trução - PAIC), o comércio (Pesquisa Anual de Comércio - PAC) e tes e correio; atividades imobiliárias; serviços de manutenção e
os serviços (Pesquisa Anual de Serviços - PAS). reparação; e Outras atividades de serviços.
As pesquisas anuais possuem dois papeis: i) propiciar informa- Em particular, para as Unidades da Federação da Região Norte
ções essenciais relativas à atividade, a partir da identificação das (Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará, Amapá e Tocantins),
características estruturais e do acompanhamento das transfor- são consideradas apenas aquelas que estão sediadas nos Municí-
mações no tempo; ii) constituir o núcleo de informações em pios das Capitais, com exceção do Pará, onde são consideradas
torno do qual se articulam as demais pesquisas econômicas, con- aquelas que estão sediadas nos municípios da Região Metropoli-
junturais e de aprofundamento temático. tana de Belém.

3.1 Pesquisa Industrial Anual Empresa – PIA - Empresa 4 Pesquisas Conjunturais ou Mensais
A Pesquisa Industrial Anual - Empresa, PIA-Empresa, tem por São pesquisas que fornecem informações de curto prazo, com
objetivo identificar as características estruturais básicas do seg- o objetivo de acompanhar, de forma ágil, o comportamento da
mento empresarial da atividade industrial no País e suas trans- situação econômica do país ou de uma região. Diferem das pes-
formações no tempo, por meio de levantamentos anuais, to- quisas estruturais não só pela periocidade, pois são mais fre-
mando como base uma amostra de empresas industriais. A PIA- quentes, como pelas informações investigadas, que possuem
Empresa é a pesquisa estrutural central do subsistema de esta- uma variabilidade no tempo maior do que as características es-
tísticas da Indústria e investiga as empresas com pelo menos truturais de uma dada atividade econômica.
uma pessoa ocupada em 31 de dezembro do ano de referência
do cadastro básico de seleção da pesquisa. 4.1 Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física – PIM/PF
O objetivo dos índices de produção física é fornecer, mensal-
3.2 Pesquisa Industrial Anual Produto – PIA - Produto mente, uma estimativa do movimento de curto prazo do produto
A Pesquisa Industrial Anual - Produto, PIA-Produto, levanta in- real da indústria. Como índice conjuntural, sua importância
formações referentes a produtos e serviços industriais produzi- deve-se à capacidade de indicar o comportamento efetivo da
dos pela indústria nacional. O registro da informação de produ- produção real da indústria com um mínimo de defasagem em re-
tos e serviços é feito através da Lista de Produtos da Indústria - lação ao período de referência, representando uma mensuração
PRODLIST - Indústria. preliminar da taxa de variação da componente industrial do Pro-
Os objetivos principais da pesquisa são: disponibilizar infor- duto Interno Bruto – PIB.
mações atualizadas sobre a produção de bens e serviços indus- A pesquisa investiga um painel de produtos e de informantes
triais, permitindo a análise da composição da produção indus- definido, a partir de uma amostra intencional obtida a partir das
trial brasileira, de mercados específicos, bem como o acompa- informações da Pesquisa Industrial Anual – Empresa (PIA-Em-
nhamento de sua evolução; e propiciar informações para a aná- presa) e da Pesquisa Industrial Anual – Produto (PIA-Produto).
lise articulada dos fluxos de produção interna e do comércio ex-
terno de produtos industriais. 4.2 Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário – PIMES
A PIA-Produto tem como base cadastral um painel intencional Produz indicadores de curto prazo relativos ao comporta-
de unidades locais produtivas industriais, selecionadas a partir mento do emprego e dos salários nas atividades industriais, so-
da Pesquisa Industrial Anual - Empresa, PIA-Empresa. bre pessoal ocupado assalariado, admissões, desligamentos, nú-
3.3 Pesquisa Anual da Indústria da Construção – PAIC mero de horas pagas e valor da folha de pagamento em termos
A Pesquisa Anual da Indústria da Construção - PAIC tem por nominais (valores correntes) e reais (deflacionados pelo Índice
objetivo identificar as características estruturais básicas do seg- Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA), tendo como
mento empresarial da atividade da construção no País e suas unidade de coleta as empresas que possuem unidades locais re-
transformações no tempo, através de levantamentos anuais, to- gistradas no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ, e clas-
mando como base uma amostra de empresas que executam sificadas como industriais no CEMPRE.
obras e/ou serviços de construção, e investiga as empresas com
pelo menos uma pessoa ocupada em 31 de dezembro do ano de 4.3 Pesquisa Mensal do Comércio – PMC
referência do cadastro básico de seleção da pesquisa. A Pesquisa Mensal de Comércio produz indicadores que per-
mitem acompanhar o comportamento conjuntural do comércio
3.4 Pesquisa Anual do Comércio – PAC varejista no País, investigando a receita bruta de revenda nas
A Pesquisa Anual de Comércio - PAC tem por objetivo descre- empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas
ver as características estruturais básicas do segmento empresa- ocupadas, e cuja atividade principal é o comércio varejista.
rial do comércio atacadista e varejista no País e suas transforma- Para as Unidades da Federação da Região Norte (Rondônia,
ções no tempo, através de levantamentos anuais, tomando como Acre, Amazonas, Roraima, Pará, Amapá e Tocantins) são consi-
base uma amostra de empresas classificadas como empresa co- deradas apenas as que estão sediadas nos municípios das capi-
mercial no CEMPRE. tais, com exceção do Pará, onde são consideradas aquelas que es-
Em particular, para as Unidades da Federação da Região Norte tão sediadas nos municípios da Região Metropolitana de Belém.
(Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará, Amapá e Tocantins),
são consideradas apenas aquelas empresas sediadas nos muni- 4.4 Pesquisa Mensal de Serviços – PMS
cípios das capitais, com exceção do Pará, onde são consideradas A Pesquisa Mensal de Serviços produz indicadores que permi-
aquelas que estão sediadas nos municípios da Região Metropoli- tem acompanhar o comportamento conjuntural do setor de ser-
tana de Belém. viços no País, investigando a receita bruta de serviços nas em-
presas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocu-
3.5 Pesquisa Anual de Serviços – PAS padas, que desempenham como principal atividade um serviço
A Pesquisa Anual de Serviços - PAS tem por objetivo identificar não financeiro, excluídas as áreas de saúde e educação.
as características estruturais básicas da atividade de serviços, Para as Unidades da Federação da Região Norte (Rondônia,
sua distribuição espacial e suas transformações no tempo, atra- Acre, Amazonas, Roraima, Pará, Amapá e Tocantins) são consi-
vés de levantamentos anuais, tomando como base uma amostra deradas apenas as que estão sediadas nos municípios das capi-
de empresas que compõem os diversos segmentos da atividade tais, com exceção do Pará, onde são consideradas aquelas que es-
de prestação de serviços empresariais não financeiros, a saber: tão sediadas nos municípios da Região Metropolitana de Belém.
serviços prestados principalmente às famílias; serviços de infor-
mação e comunicação; serviços profissionais, administrativos e
Conhecimentos sobre o IBGE 13

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APOSTILAS OPÇÃO
5 Pesquisas Especiais sistema de fontes de informação, representativo de cada municí-
São pesquisas que investigam um tema específico de forma pio, gerenciado pelo Agente de Coleta do IBGE, que obtém os in-
mais detalhada do que as pesquisas estruturais permitem. É o formes e subsídios para a consolidação dos resultados finais.
caso dos temas inovação tecnológica e uso de tecnologia de in-
formação e comunicação. 6.1 Produção Agrícola Municipal – PAM
A pesquisa da Produção Agrícola Municipal, realizada anual-
5.1 Pesquisa de Inovação – PINTEC mente, destina-se a fornecer informações sobre as áreas de la-
A Pesquisa de Inovação - PINTEC visa fornecer informações vouras, produção obtida, rendimento médio e valor da produção
para a construção de indicadores setoriais, nacionais e regionais para 29 produtos agrícolas de culturas temporárias e 33 de cul-
das atividades de inovação das empresas brasileiras com 10 ou turas permanentes, em nível de município, microrregiões, me-
mais pessoas ocupadas, tendo como universo de investigação as sorregiões, Unidades da Federação, Grandes Regiões e Brasil.
atividades dos setores de Indústria, Eletricidade e gás e Serviços
selecionados. O conceito de inovação tecnológica definido na 6.2 Pesquisa da Pecuária Municipal – PPM
pesquisa segue recomendações internacionais e refere-se à in- A pesquisa da Produção da Pecuária Municipal, realizada anu-
trodução no mercado de um produto (bem ou serviço) tecnolo- almente, destina-se a fornecer informações sobre os efetivos das
gicamente novo ou substancialmente aprimorado, ou pela intro- espécies animais criadas, como também dados sobre as produ-
dução na empresa de um processo produtivo tecnologicamente ções de leite, lã, ovos de galinhas e de codornas, mel e casulos de
novo ou substancialmente aprimorado. A pesquisa foi iniciada bicho-da-seda, em nível de municípios, microrregiões, mesorre-
em 2000, levantando informações restritas à indústria, com o giões, Unidades da Federação, Grandes Regiões e Brasil.
nome de Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica. Em 2005, Em 2013, a pesquisa teve ampliado o seu escopo, com destaque
em virtude da ampliação de seu universo de investigação, passou para a introdução da investigação da aquicultura continental e
a ser denominada Pesquisa de Inovação Tecnológica e, em 2011, marinha, entendendo-se como tal a criação de peixes, camarões
passou a ser denominada simplesmente Pesquisa de Inovação. e moluscos, bem como alevinos de peixes, larvas de camarão e
sementes de moluscos, com a finalidade de produção comercial.
5.2 Pesquisa Sobre o Uso das Tecnologias de Informação e Co-
municação nas Empresas - TIC Empresa 6.3 Pesquisa da Extração Vegetal e da Silvicultura – PEVS
A Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias de Informação e Co- A pesquisa da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura
municação nas Empresas investigou, em 2010, aspectos do uso tem por finalidade fornecer informações estatísticas sobre a
dessas tecnologias pelo segmento empresarial brasileiro, con- quantidade e o valor das produções obtidas mediante o processo
templando, entre seus temas, a utilização de computadores e In- de exploração dos recursos florestais naturais, denominado ex-
ternet no exercício das atividades dessas organizações e os mo- trativismo vegetal, bem como da exploração de maciços flores-
tivos apontados para explicar sua não utilização, além de infor- tais plantados (silvicultura).
mações sobre as políticas e medidas de segurança em TIC adota-
das e as habilidades do pessoal ocupado em relação a essas tec- 7 Pesquisas Conjunturais
nologias. Tem por objetivo a construção de indicadores nacio- As seis pesquisas conjunturais que produzem informações es-
nais cobrindo empresas de setores selecionados, com uma ou tatísticas agropecuárias diferem em relação à periodicidade, que
mais pessoas ocupadas em 31 de dezembro de 2009 no cadastro pode ser mensal, trimestral ou semestral. Com exceção do Levan-
básico de seleção da pesquisa. Foi realizada pela primeira vez em tamento Sistemático da Produção Agrícola – LSPA, as demais
2010. pesquisas são realizadas com base em painel específico de esta-
belecimentos informantes.
Estatísticas agropecuárias
As estatísticas agropecuárias têm como núcleo estruturador o 7.1 Levantamento Sistemático da Produção Agrícola – LSPA
Censo Agropecuário, que abrange a totalidade dos estabeleci- O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola é uma pes-
mentos agropecuários existentes no Brasil. Além do Censo Agro- quisa mensal de previsão e acompanhamento das safras agríco-
pecuário, são realizadas pesquisas estruturais com periodici- las, que fornece estimativas de área, produção e rendimento mé-
dade anual, e pesquisas conjunturais com periodicidade semes- dio, desde a fase de intenção de plantio até o final da colheita, de
tral, trimestral ou mensal, que estão descritas a seguir. cada cultura investigada. O acompanhamento da evolução das la-
vouras, durante todo o ciclo vegetativo das 35 culturas investi-
Núcleo Estruturador: Censo Agropecuário gadas, permite ao final do ano civil a obtenção das estimativas de
Pesquisa que se constitui na principal e mais completa investi- área plantada e colhida, produção e rendimento médio.
gação da estrutura e da produção do setor primário, e de sua in-
serção e relacionamento com os demais setores da economia. 7.2 Pesquisa Trimestral de Abate de Animais – ABATE
O Censo Agropecuário investiga os estabelecimentos agrope- A pesquisa sobre abate de animais objetiva assegurar informa-
cuários e as atividades neles desenvolvidas, obtendo informa- ções estatísticas de natureza conjuntural sobre a quantidade de
ções detalhadas sobre as características do produtor e do esta- animais abatidos e o peso total das carcaças, por espécie animal
belecimento, bem como sobre a economia e o emprego no meio investigada. As informações produzidas são utilizadas por ór-
rural. Fornece informações sobre a situação econômico-finan- gãos públicos e privados, para efeito de acompanhamento, pla-
ceira e as atividades dos estabelecimentos agropecuários relati- nejamento, tomada de decisões, estudos e análises, bem como
vas à agricultura, pecuária, avicultura, apicultura, cunicultura, constituem elemento integrante das estimativas do Produto In-
sericicultura, horticultura, floricultura, aquicultura, ranicultura, terno Bruto realizado pelo IBGE. Esta pesquisa é realizada tri-
silvicultura, extração de produtos vegetais e transformação ou mestralmente e os dados coletados são mensais. O painel da pes-
beneficiamento de produtos agropecuários abrangendo todos os quisa abrange todo o Brasil, e a unidade de investigação é o esta-
estabelecimentos agropecuários existentes no Território Nacio- belecimento que efetua o abate de bovinos, suínos ou frangos e
nal. está sob o controle da Inspeção Sanitária Federal, Estadual ou
Municipal.
6 Pesquisas Estruturais Anuais
A coleta de dados das três pesquisas anuais, Produção Agrícola 7.3 Pesquisa Trimestral do Leite – LEITE
Municipal – PAM, Pesquisa da Pecuária Municipal – PPM e Pes- A Pesquisa Trimestral do Leite objetiva levantar informações
quisa da Extração Vegetal e da Silvicultura – PEVS, baseiase num sobre o leite fluído, enquanto matéria- prima. As informações

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APOSTILAS OPÇÃO
produzidas fornecem subsídios aos órgãos do governo e entida- O SNIPC abrange a produção contínua e sistemática de índices
des privadas para o acompanhamento e a análise da evolução de preços ao consumidor, tendo, como unidade de coleta, esta-
desse setor da atividade econômica. belecimentos comerciais e de prestação de serviços, concessio-
Em particular, destaque-se o seu uso no cálculo do Produto In- nárias de serviços públicos e domicílios (para levantamento de
terno Bruto da Agropecuária. É realizada trimestralmente, mas aluguel e condomínio) e contém dois índices: o Índice Nacional
os dados coletados são mensais. É realizada com base em um pai- de Preços ao Consumidor - INPC e o Índice Nacional de Preços ao
nel de estabelecimentos, e o âmbito da investigação abrange Consumidor Amplo - IPCA. O período de coleta dos dois índices -
todo o território brasileiro. INPC e IPCA - estende-se, em geral, do dia 01 a 30 do mês de re-
ferência. Eles diferem em relação à população-objetivo de abran-
7.4 Pesquisa Trimestral do Couro – COURO gência. A população-objetivo do INPC abrange as famílias com
A Pesquisa Trimestral do Couro objetiva levantar informações rendimentos mensais compreendidos entre 1 e 5 salários-míni-
sobre a quantidade, adquirida e curtida, de couro cru de bovino. mos, cujo chefe é assalariado em sua ocupação principal e resi-
As informações produzidas constituem, para os órgãos do go- dente nas áreas urbanas das regiões da pesquisa; a do IPCA
verno e entidades privadas, importante referencial para o acom- abrange as famílias com rendimentos mensais compreendidos
panhamento e análise da evolução do setor coureiro, bem como entre 1 e 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte de ren-
dos setores da pecuária e do abate de animais do País. É realizada dimentos, e residentes nas áreas urbanas das regiões da pes-
trimestralmente, mas os dados coletados são mensais. O painel quisa. Para entender um pouco mais sobre o Índice Nacional de
de estabelecimentos da pesquisa contempla todo o Brasil. Preços ao Consumidor e o Índice Nacional de Preços ao Consu-
midor Amplo, veja o vídeo IBGE Explica - INPC e IPCA.
7.5 Produção de Ovos de Galinha – POG As áreas geográficas pesquisadas foram implantadas em dife-
A Pesquisa sobre a Produção de Ovos de Galinha objetiva for- rentes momentos. Regiões Metropolitanas: Rio de Janeiro (ja-
necer indicadores da variação da produção física de ovos de ga- neiro/1979); Porto Alegre, Belo Horizonte e Recife (ju-
linha, de forma a incorporar, no cálculo do Produto Interno nho/1979); São Paulo, Brasília e Belém (janeiro/1980); Forta-
Bruto, o valor dessa produção. O conhecimento da variação da leza, Salvador e Curitiba (outubro/1980); Municípios: Goiânia
produção física em cada período de tempo permite a compara- (janeiro/1991); Vitória e Campo Grande (janeiro/2014).
ção intertemporal e interespacial do volume físico e, paralela-
mente, possibilita uma avaliação socioeconômica deste subsetor 9 Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Constru-
da agropecuária. ção Civil – SINAPI
A coleta dos dados é realizada trimestralmente e a abrangência Iniciada em 1969, é uma pesquisa mensal que, a partir do le-
da pesquisa está condicionada, geograficamente, ao painel de es- vantamento de preços de materiais e salários pagos na constru-
tabelecimentos agropecuários distribuídos por quase todo o ter- ção civil para o setor habitação, efetua a produção de custos e
ritório brasileiro, com maior concentração em São Paulo, Minas índices da construção civil. A partir de 1997 ocorreu a ampliação
Gerais, Paraná e Santa Catarina. A unidade de investigação é o do Sistema, que passou a abranger o setor de saneamento e in-
estabelecimento agropecuário que se dedica à atividade de pro- fraestrutura. Tem como unidade de coleta os estabelecimentos
dução de ovos de galinha para qualquer finalidade, com 10 000 comerciais e industriais fornecedores de materiais de constru-
ou mais galinhas poedeiras. ção e empresas construtoras do setor, para projetos de edifica-
ções residenciais e obras de infraestrutura. Abrange todo o ter-
7.6 Pesquisa de Estoques - ESTOQ ritório nacional, fornecendo informações para o país como um
A Pesquisa de Estoques tem por objetivo fornecer informações todo, por Grandes Regiões e para cada uma das Unidades da Fe-
estatísticas conjunturais sobre o volume e distribuição espacial deração. O Sistema é produzido em convênio com a Caixa Econô-
dos estoques de produtos agropecuários básicos e sobre as uni- mica Federal - CAIXA. As séries mensais de custos e índices de
dades onde é feita a sua guarda, e acompanhar as modificações custos referem-se ao valor do metro quadrado de uma constru-
das características estruturais do sistema de armazenagem a ção no canteiro de obras.
seco. Investiga estabelecimentos que possuem unidade (s) arma-
zenadora(s) – prédios ou instalações construídas ou adaptadas 10 Índice de Preços ao Produtor – IPP
para armazenagem de produtos agrícolas com capacidade útil O Índice de Preços ao Produtor - IPP tem como principal obje-
total igual ou superior a 2000m3 ou 1200t, que tenham como ati- tivo mensurar a mudança média dos preços de venda recebidos
vidade principal comércio (exceto supermercado), indústria, pelos produtores de bens e serviços, bem como sua evolução ao
serviço de armazenagem e produção agropecuária. Tem periodi- longo do tempo, sinalizando as tendências inflacionárias de
cidade semestral, abrange todo o Território Nacional, e reúne in- curto prazo no País. Constitui, assim, um indicador essencial
formações para municípios, microrregiões, mesorregiões, Uni- para o acompanhamento macroeconômico e, por conseguinte,
dades da Federação, Grandes Regiões e Brasil. um valioso instrumento analítico para tomadores de decisão, pú-
blicos ou privados.
Estatísticas de preços
As estatísticas de preços estão organizadas de acordo com três O IPP investiga, mês a mês, os preços recebidos pelo produtor,
conjuntos de índices, a saber: o Sistema Nacional de Índices de isentos de impostos, tarifas e fretes e definidos segundo as prá-
Preços ao Consumidor – SNIPC, o Sistema Nacional de Pesquisa ticas comerciais mais usuais. Os produtos coletados são especifi-
de Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI, e o Índice de cados em detalhe (aspectos físicos e de transação), garantindo,
Preços ao Produtor - IPP, que são apresentados a seguir. assim, que sejam comparados produtos homogêneos ao longo do
tempo. Os resultados serão divulgados para o Brasil, não ha-
8 Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor – vendo, nesse sentido, regionalização das informações.
SNIPC
O Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor - A partir de setembro de 2015, o Índice de Preços ao Produtor
SNIPC foi concebido em 1978, constituindo-se numa combinação teve ampliado o seu âmbito, passando a considerar empresas das
de processos destinados a produzir índices de preços ao consu- Indústrias Extrativas, além das Indústrias de Transformação,
midor nacionais a partir da agregação de resultados regionais. com exceção da Fabricação de produtos diversos e da Manuten-
Foi criado com o propósito de garantir uma mesma concepção ção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos.
metodológica no que diz respeito à fórmula de cálculo, pesquisas
básicas, bases cadastrais de produtos e locais, montagem da es-
trutura de pesos e método de cálculo.
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APOSTILAS OPÇÃO
Sínteses econômicas, sínteses sociais e estudos
O conhecimento da sociedade brasileira é apresentado, ainda, através de duas principais sínteses - o Sistema de Contas
Nacionais e a Síntese de Indicadores Sociais - e de um conjunto de estudos e análises temáticos. São baseados nos censos, pesquisas
e em registros administrativos, e trazem uma visão ampliada da potencialidade das bases de dados econômicos, sociais e ambientais.
11 Sínteses Econômicas - Exemplos
• Sistema de Contas Nacionais Anuais
• Sistema de Contas Trimestrais
• Sistema de Contas Regionais
• Produto Interno Bruto Municipal - PIB Municipal
• Matriz de Insumo-Produto
• Conta Satélite de Saúde
• Economia do Turismo

12 Sínteses Sociais - Exemplos


• Síntese de Indicadores Sociais - Uma Análise das Condições de Vida da População Brasileira
• Sistema de projeção e estimativas de população.
Para saber mais sobre as sínteses econômicas e sociais acesse o portal do IBGE na Internet:
http://www.ibge.gov.br/home/.
Capítulo 5
Interlocução, articulação e mobilização do IBGE para a execução dos grandes
projetos institucionais

Formação e funcionamento das Agências de Coleta


O Plano estratégico 2012-2015 ressalta que a peculiar natureza do processo de trabalho da instituição implica atuar com elevado
grau de descentralização e forte presença no espaço territorial brasileiro. O IBGE desenvolve suas pesquisas usando como estratégia
uma rede nacional de coleta que viabiliza a execução das atividades operacionais descentralizadas com presteza.
O atendimento às crescentes demandas do governo e da sociedade exige a implementação de ações com foco na qualidade, na trans-
parência, na economicidade e na modernização dos processos de trabalho, especialmente, nas Unidades Estaduais e Agências, que são
os canais estratégicos privilegiados de pesquisa, conhecimento de território e disseminação de informações.
A representação do IBGE no território cresceu, a princípio, com a criação de repartições locais ou regionais para coleta de informa-
ções estatísticas, em 1936, tendo em vista a construção de um sistema estatístico nacional. Nos anos 40, foram estabelecidas através
de acordos entre a União, estados e municípios as Agências Municipais de Estatística (AMEs), que eram subordinadas às Prefeituras,
porém, atuavam segundo as orientações técnicas do IBGE. A carreira de Agente de Estatística foi instituída em 1946.
O IBGE mantinha em cada unidade federativa, existente à época, uma Inspetoria Regional de Estatística Municipal. As inspetorias
foram criadas, em 1944, para prestar assistência técnica às AMEs e no mesmo período foram formadas as Comissões Revisoras de
Estatística Municipal para efetuar a revisão do trabalho de coleta estatística municipal realizado pelas Agências.
As primeiras alterações feitas na estrutura de coleta estatística, após a criação da Fundação IBGE ocorreram, em 1968, com a insti-
tuição da Coordenação Geral da Rede de Coleta e quando foram implantadas as Delegacias de Estatística do Instituto Brasileiro de
Estatística (IBE), em 1969. Na década de 70 foi criada a Rede Nacional de Agências de Coleta e as AMEs, incorporadas à estrutura
do IBGE, receberam o nome de Agências de Coleta.
Uma significativa mudança nas organizações regionais ocorreu 20 anos mais tarde com a criação dos Departamentos Regionais (DE-
REs), subordinados à Presidência do IBGE e com jurisdição sobre as representações do órgão em uma ou mais Unidades Federativas.
Ao final da década de 90, o IBGE promoveu um estudo sobre a estrutura e o funcionamento das representações regionais do IBGE. A
atual configuração da rede foi delineada com base nos estudos do Projeto Presença, coordenado pela Diretoria Executiva, com a parti-
cipação de representantes de todas as Diretorias e Coordenações Gerais do IBGE, para avaliar e definir uma configuração desejável
para a instituição no futuro. O Anexo 13 apresenta a cronologia das alterações ocorridas na rede de coleta.
O número de Agências ativas tem aumentado ao longo dos anos chegando a 535 instalações, em 1999, passando a 585 estabeleci-
mentos ativos em todo o Brasil, em 2015. Cada Unidade da Federação possui um número diferente de Agências. Isto se deve, princi-
palmente, a fatores como tamanho da população, ao desenvolvimento regional e a condicionantes históricos.
Para exemplificar estas diferenças, na Tabela 1 há uma comparação entre alguns estados, escolhidos, aleatoriamente, na qual se
observa esta variação no número de Agências e no total de servidores lotados nas Agências.
O Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, possui mais de 16 milhões de habitantes, a menor área entre os estados selecionados,
43.777,9 km2, mas em seu território há 25 Agências ativas. Minas Gerais possui 853 municípios, 20.593.366 milhões de habitantes, em
564.733 km2 e 91 Agências ativas. O que se pode observar é que a configuração espacial das Agências não segue um padrão regular e
o número de Agências não tem correspondência com o tamanho da Unidade da Federação.

Fontes: IBGE/DGC/CETE - COC/BDO (Setembro 2015)

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APOSTILAS OPÇÃO
A maioria das Agências atua em um grupo de municípios que censitários da Base Territorial, hoje, associada ao cadastro de en-
varia de acordo com a disponibilidade de recursos humanos, a dereços – CNEFE, coordenado pela PR/COC em articulação com
concentração populacional e as condições de deslocamento na a DGC/CETE.
região. Áreas densamente povoadas possuem maior número de As operações de pesquisa da rede nacional de Agências do
Agências ativas, como ocorre nas Regiões Sudeste e Sul. IBGE contam, atualmente, com cerca de 500 Agências informati-
Nas Regiões Metropolitanas esta relação de área é oposta. Há zadas, interligadas por computador, utilizando um sistema de
Agências com áreas de atuação intramunicipais e constituídas acompanhamento gerencial mais eficiente que permite alimen-
por agregados de bairros ou distritos. No caso do município do tação descentralizada de informações e capacidade decisória em
Rio de Janeiro há cinco Agências intramunicipais e, em Belo Ho- tempo real.
rizonte, são oito. Nas áreas com menor concentração populacio- Neste processo de modernização institucional, vale ressaltar
nal a jurisdição é definida por um agregado de municípios. A in- que a implementação da Escola Virtual do IBGE, sob a adminis-
fraestrutura de transportes disponível na Agência é um fator que tração da ENCE, vem contribuindo para o desenvolvimento de
precisa ser avaliado, pelo Chefe de Agência, para facilitar o des- condições mais favoráveis à disseminação do conhecimento,
locamento do Agente de coleta durante a realização das pesqui- através da Educação a Distância no IBGE proporcionando me-
sas. lhor atendimento às Unidades Estaduais do IBGE e à rede de
As áreas de atuação ou jurisdição podem ser observadas nos Agências em todo o território nacional.
cartogramas da base territorial com as áreas de abrangência de O Portal Agências, criado com o objetivo de disponibilizar as
cada uma das Agências por Unidade da Federação (Para isso, aplicações corporativas do IBGE, por um meio único e simplifi-
acesse o documento das Agências por Unidade da Federação). O cado, possibilita o acesso dos funcionários das Agências e das
limite das áreas está representado em vermelho e pode-se ver a Unidades Estaduais às atuais aplicações em produção, com vistas
maior concentração de áreas nas regiões mais populosas do país. à realização dos trabalhos nos escritórios em todo território na-
O Anexo 14 mostra o cartograma geral do Brasil contendo as cional. O acesso ao Portal Agências - Serviço de Terminal Aplica-
áreas de abrangência das Agências e os limites das Unidades da ções Remotas é feito através da página: http://www.portalagen-
Federação. O quantitativo de Agências, seus respectivos nomes cias.ibge.gov.br.
por Unidade da Federação está disponível no Anexo 15. Conhecer os fundamentos, normas e regulamentos do IBGE é
A atual distribuição espacial das Agências se encontra em ava- indispensável ao exercício da função gerencial e do elenco de ta-
liação pelo Projeto Rede, desenvolvido pela Diretoria Executiva refas periódicas que envolvem a tomada de decisões, autoriza-
com o apoio da DGC/CGEO, com o objetivo de contribuir para oti- ções, avaliações, soluções para impasses relativos ao cotidiano
mizar o deslocamento dos agentes de coleta durante a realização gerencial, tanto no relacionamento com os servidores quanto
de suas atividades, entre outras melhorias para a rede de coleta. àqueles relativos a pesquisas em desenvolvimento, aprovar e en-
caminhar documentos, de acordo com as normas em vigência, e
Composição e articulação das Agências sempre prestar esclarecimentos e orientações à equipe. A com-
Quanto à composição do quadro de servidores, pode-se dizer petência das Agências de Coleta se encontra definida no Artigo
que não há um padrão específico e o quantitativo não é igual. O 5° da RCD 0037/2001.
número de servidores efetivos e contratados é variável. O chefe O trabalho na Agência consiste, principalmente, em coletar in-
da Agência é nomeado pelo chefe da Unidade Estadual do IBGE a formações para as pesquisas que o órgão executa. As entrevistas
quem, também, cabe a decisão sobre a lotação de servidores nas domiciliares ou econômicas são presenciais ou realizadas via in-
Agências. ternet. As rotinas administrativas são, em sua maioria, de res-
É importante ressaltar que durante a realização dos grandes ponsabilidade do Chefe da Agência. Os serviços técnico-operaci-
projetos institucionais o número de servidores contratados au- onais devem ser delegados à equipe técnica, para que sejam de-
menta substancialmente, assim como a quantidade de postos de senvolvidas sob a orientação e o acompanhamento do chefe.
coleta estabelecidos, temporariamente, como ocorre durante os Cabe ao Chefe da Agência, além das habilidades técnicas espe-
censos demográficos. cíficas e dos conhecimentos administrativos, o papel fundamen-
No Censo 2010 foram instalados 7000 postos de coleta para tal de atuar em todo o processo de pesquisa e de representante
atendimento à demanda daquela pesquisa. local do IBGE nos contatos com as autoridades municipais como
Os grandes projetos do IBGE envolvem todos os órgãos da ins- prefeitos, presidentes de câmaras municipais, vereadores, secre-
tituição do planejamento à execução. São exemplos de grandes tários municipais, diretores de escolas, titulares de cartórios ci-
projetos de pesquisa: o Censo Demográfico, a Contagem Popula- vis e judiciários, juízes, promotores e diversos representantes da
cional, o Censo Agropecuário, a PNAD Contínua, e os levantamen- sociedade local informantes, assim como os moradores em seus
tos para o Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor. domicílios. Esta articulação externa é primordial para o anda-
O uso do computador de mão e a base censitária em meio digital mento das pesquisas e obtenção de bons resultados.
ampliam a capacidade de investigar e melhoram a qualidade das No papel de representação institucional e no desempenho ade-
pesquisas. Para cada pesquisa uma grande rede de servidores é quado de sua função como orientador de equipes é necessário
articulada e mobilizada colocando em prática as etapas necessá- que o Chefe de Agência conheça o Código de Boas Práticas das
rias à execução e conclusão dos projetos. O planejamento começa Estatísticas do IBGE, um instrumento orientado para a promoção
com a avaliação das operações censitárias anteriores, estimati- da qualidade das informações produzidas pela Instituição.
vas de custos de todo projeto, definição do conteúdo do questio- As atribuições que competem aos servidores lotados nas Agên-
nário, atualização de dados da base territorial e do cadastro de cias incluem funções técnico-operacionais e administrativas. São
endereços, contratações de servidores temporários, treinamen- elas:
tos e outras várias atividades. a. executar de acordo com instruções e/ou orientações, as ro-
tinas administrativas necessárias à manutenção da Unidade de
A rede de coleta pode realizar levantamentos de informações Trabalho, desde o recebimento, a organização, a guarda e o en-
para qualquer área de pesquisa. caminhamento de documentos institucionais e de interessados,
As operações estatísticas ocorrem com maior frequência e, por bem como efetuar registros administrativos, orçamentários e fi-
isso, mantêm as Agências em uma relação sistemática com a Di- nanceiros, utilizando os recursos de informática disponibiliza-
retoria de Pesquisas. As alterações tecnológicas introduzidas na dos pela Instituição e os sistemas corporativos e federais;
metodologia de coleta vêm estreitando cada vez mais a articula- b. operar e utilizar equipamentos de informática necessários à
ção das Agências com a Diretoria de Informática e com a Direto- sustentação e apoio à coleta de dados, às áreas técnica e de su-
ria de Geociências, nas demandas por atualizações dos setores porte administrativo, à cartografia e geodésia e à disseminação
de informações;
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APOSTILAS OPÇÃO
c. realizar atividades de administração de recursos humanos, • Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos -
materiais, patrimoniais, orçamentários e financeiros dando su- CNEFE – cadastro de endereços para apoio a pesquisas e recen-
porte às unidades descentralizadas; seamentos.
d. executar e apoiar atividades de supervisão de pesquisa de A criação das Agências iniciou uma nova era no IBGE e repre-
campo nas unidades descentralizadas, acompanhando a distri- sentou um salto de qualidade na obtenção e na produção de in-
buição, o controle e o resultado das coletas de dados, através dos formações primordiais ao cumprimento da missão institucional.
sistemas específicos de acompanhamento e controle das pesqui- O Brasil possui de 5.570 municípios nos dias atuais e conta com
sas; a cobertura de 590 Agências instaladas estendendo a represen-
e. supervisionar as equipes de trabalho nas diversas pesquisas, tação da instituição até as áreas mais longínquas do país.
garantindo a qualidade das informações coletadas em consonân- Na atuação das Agências está a solidez da produção de infor-
cia com a metodologia, critérios, regras conceituais e técnicas, mações com eficiência, garantindo o acesso às fontes dos dados
cumprimento de prazos e modus operandi mais adequado; que se encontram nos municípios brasileiros. Isaac Kerste-
f. participar dos treinamentos presenciais e a distância e orga- netzky, presidente do IBGE nos anos 70, descreveu com precisão
nizá-los, se for o caso, bem como atuar como instrutor/tutor/fa- a importância desta descentralização e o papel dos servidores
cilitador, oferecendo suporte e apoio técnico na organização e das Agências ao dizer que “a espinha dorsal do IBGE é o agente de
realização destes; coletar dados em diversas fontes, planejar, or- coleta”.
ganizar, criticar, corrigir, lançar, tratar e manter os dados garan-
tindo a sua integridade, confiabilidade, disponibilidade, atualiza- Capítulo 6
ção e fidedignidade; Sigilo das informações
g. realizar entrevistas em domicílios e estabelecimentos infor-
mantes para obtenção de dados, conforme metodologia e plano Introdução
de supervisão da pesquisa; A Lei nº 5.534, de 14 de novembro de 1968, dispõe sobre a
h. realizar levantamentos topográficos/geográficos/cartográ- obrigatoriedade de prestação de informações estatísticas e asse-
ficos com vistas a manter atualizada a base territorial dos muni- gura o caráter sigiloso das informações prestadas ao IBGE.
cípios; O texto do Art. 1º. estabelece que toda pessoa natural ou jurí-
i. proceder à compilação, montagem e organização dos ele- dica de direito público ou de direito privado que esteja sob a ju-
mentos cartográficos, segundo as especificações e normas ado- risdição da lei brasileira é obrigada a prestar as informações so-
tadas; licitadas pelo IBGE, visando a execução do Plano Nacional de Es-
j. executar e apoiar as tarefas ligadas à manutenção e atualiza- tatística (Decreto-Lei nº 161, de 13 de fevereiro de 1967, Art. 2º.,
ção da rede física dos marcos geodésicos do IBGE; § 2º.).
k. atuar nas diversas modalidades de disseminação de dados e Além disso, o parágrafo único desta mesma lei oferece garan-
informações, prestando suporte e orientações aos usuários; e tias de que as informações prestadas terão caráter sigiloso e se-
l. executar outras atividades compatíveis com o cargo. rão usadas exclusivamente para fins estatísticos.
Para desempenhar as tarefas administrativas cotidianas é ne- Vale destacar que a Confidencialidade é o sexto dos Princípios
cessário saber como operar os sistemas gerenciais informatiza- Fundamentais das Estatísticas Oficiais estabelecido pela Comis-
dos do IBGE, tais como: são de Estatística das Nações Unidas, em 1994, e que a Confiden-
• Sistema Eletrônico de Controle de Acesso e de Frequência cialidade Estatística é o Princípio número 4 do Código de Boas
(SECAF) – para procedimentos referentes ao controle do ponto Práticas das Estatísticas do IBGE, ao qual estão associados sete
eletrônico como autorizações, lançamentos, correções, exclu- indicadores de boas práticas a serem seguidos.
sões, etc; As pesquisas estatísticas realizadas pelo IBGE envolvem uma
• Sistema de Concessão de Diárias e Passagens (SCDP) – para quantidade grande de pessoas em seu planejamento e execução.
solicitação de diárias e passagens comprovações de viagens, etc; A estrutura organizacional do IBGE distribuída no território bra-
• Sistema de Dados Administrativos (SDA) – para avaliação de sileiro por si só já aponta para a necessidade de estabelecer não
desempenho, lançamento de despesas e comprovação de supri- só controle de operação e treinamento de todos os agentes en-
mentos, inventário de bens móveis; volvidos, como também de conscientização sobre a importância
• Processos automatizados – para renovações de contratos, au- da questão do sigilo das informações individuais coletadas du-
torizações para o uso de veículos ou para dirigir e indenizações rante a operação de campo e durante todo o processo de apura-
de campo. ção, análise e divulgação de resultados.
Para desempenhar as tarefas técnico-operacionais de acompa- Assim, a questão do sigilo das informações deve estar pre-
nhamento de produção, armazenamento de informações e atua- sente:
lização da Base Territorial é indispensável conhecer o funciona- • Nos instrumentos de coleta, que compreendem os manuais
mento e a utilização dos seguintes sistemas: de instrução e os questionários;
• Sistema de Indicadores Gerenciais da Coleta – SIGC - O Sis- • Nos treinamentos operacionais;
tema de Indicadores Gerenciais da Coleta – processa as informa- • Na definição dos procedimentos de segurança adotados para
ções da coleta transmitidas pelos postos através do SIGPC. Acom- transmissão e armazenamento dos dados;
panha o andamento da coleta em níveis nacional, estadual e mu- • Na contratação de pessoal, por meio de termos de compro-
nicipal, por posto de coleta e por setor censitário, auxilia na dis- misso e termo de responsabilidade;
seminação de notas técnicas, orientações das Coordenações e os • Na divulgação da legislação existente relacionada com o sigilo
procedimentos que deveriam ser executados pelas equipes de das informações;
campo; • Nas diversas formas de divulgação de resultados.
• Banco de Dados Operacionais – BDO - sistema de informações Este conteúdo aborda apenas as questões relacionadas ao si-
orientado à melhoria do acompanhamento das atividades das gilo na divulgação de resultados.
Unidades Estaduais e de suas Agências; O IBGE divulga os resultados de suas pesquisas por meio de di-
• Banco de Estruturas Territoriais – BET – cadastro de infor- versas formas, valendo destacar as descritas a seguir.
mações sobre leis de criação e alterações legais dos limites poli-
tico-administrativos ao longo da história do Brasil; Publicação impressa
• Base Operacional Geográfica – BOG – cadastro que contém as Produto editorial em papel, elaborado segundo padrões e es-
informações da evolução espaço-temporal da composição seto- pecificações de identidade visual estabelecidos nas linhas do
rial utilizada nos recenseamentos;

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Projeto Editorial do IBGE. Toda publicação impressa é acompa- Assim, o tratamento utilizado para garantir o sigilo das infor-
nhada de uma publicação digital, em formato pdf, e pode ser mações individualizadas deve ser definido para cada uma dessas
acessada, também, no portal do IBGE na Internet. formas, em cada resultado específico de uma dada pesquisa.
Além disso, a informação sobre o tratamento adotado deve
Publicação digital acompanhar a divulgação dos resultados, geralmente por meio
Produto editorial em CD-ROM, DVD, entre outros suportes di- de Notas Técnicas.
gitais, elaborado segundo padrões e especificações de identidade Acesso Especial
visual estabelecidos nas linhas do Projeto Editorial do IBGE. Além das formas de divulgação de resultados acima descritos,
o IBGE possui um serviço de acesso a microdados não desidenti-
Arquivo on-line ficados21, para permitir a realização de estudos específicos,
Arquivo disponibilizado no portal do IBGE na Internet, que não como, por exemplo, o ajuste de modelos estatísticos. São duas as
é objeto de padrões e especificações de identidade visual estabe- situações previstas: o acesso aos dados por servidores do IBGE
lecidos nas linhas do Projeto Editorial do IBGE. para uso em programas de pós-graduação; e o acesso por parte
de pesquisadores externos. Essas situações possuem regulamen-
Banco de dados tações próprias e estão descritas a seguir.
Coleção de dados interligados e organizados, disponibilizado
para consulta no portal do IBGE na Internet. 1 Norma de Serviço da Diretoria de Pesquisas Nº 001/2010, de
4/10/2010
Arquivo de microdados Reedita a NS DPE 002/2008, que regulamenta o acesso a dados
Arquivo que contém as variáveis investigadas em uma opera- individualizados não desidentificados para uso em programas de
ção estatística para cada informante, ou seja, para cada questio- pós-graduação por servidores do IBGE. A Norma de Serviço está
nário. Os microdados constituem a informação mais desagre- disponível na intranet da Diretoria de Pesquisas, mas o artigo
gada possível de uma operação estatística. O IBGE disponibiliza que trata da questão do sigilo das informações está reproduzido
no seu portal na Internet, para download gratuito, os arquivos de logo a seguir.
microdados das pesquisas domiciliares por amostragem proba- “Art. 5º - Por força de lei, os servidores do IBGE estão submeti-
bilística, incluindo a investigação do questionário da amostra do dos às normas de confidencialidade.
Censo Demográfico. Porém, além disso, deverão assinar termo de compromisso es-
Outros tipos de pesquisa, que investigam empresas ou outros pecífico (modelo no Anexo 1 da NS) para o acesso a dados indi-
tipos de estabelecimentos, só têm seus arquivos de microdados vidualizados, que ficará sob a guarda da unidade da DPE respon-
disponibilizados após avaliação do risco de revelação de dados sável pela pesquisa.”
individuais, para não ferir os princípios de confidencialidade.
Publicações impressas ou digitais geralmente apresentam da- A íntegra do modelo desse Termo de Compromisso também
dos tabulados, ou seja, com algum grau de agregação. Por outro está disponível na intranet da Diretoria de Pesquisas, mas as
lado, arquivos on-line, bancos de dados e arquivos de microda- duas cláusulas que tratam diretamente da questão do sigilo estão
dos contêm informações individualizadas, e necessitam cuida- reproduzidas a seguir.
dos especiais relacionados com o sigilo das informações, antes “Termo de compromisso tendo por objeto a concessão de ar-
de serem divulgados. quivos de microdados para uso exclusivo na elaboração da sua
O tratamento da confidencialidade em dados tabulados e nos Dissertação / Tese / Monografia.
arquivos de microdados têm diferentes graus de complexidade Cláusula Segunda:
dependendo da unidade da investigação da pesquisa. Em geral, O COMPROMITENTE obriga-se a observar e guardar, em toda
censos demográficos e pesquisas domiciliares, cuja unidade de a sua extensão, a confidencialidade das informações individuali-
investigação (domicílios e seus moradores) tende a ser mais ho- zadas a que tiver acesso.
mogênea, apresentam riscos de revelação mais baixos, quando Cláusula Terceira:
comparados às pesquisas econômicas, cujas unidades de investi- O COMPROMITENTE se compromete a não repassar, comerci-
gação (empresas e estabelecimentos agropecuários, por exem- alizar, divulgar ou transferir a terceiros as informações objeto da
plo) apresentam características com distribuições bastante assi- Cláusula Primeira, de qualquer forma que possa violar a confi-
métricas, que facilitam a identificação. dencialidade mencionada na Cláusula Segunda.”
A identificação de um informante pode ocorrer a partir de três
situações: i) quando ele é diretamente identificado em um ar- 2 Serviço de Acesso a Dados Não Desidentificados - Usuários
quivo liberado (identificação direta); ii) quando uma informação Externos
sensível sobre o informante é revelada por meio de um arquivo
liberado (identificação por atributo); ou ainda, iii) quando um A sala de acesso a dados restritos (SAR), localizada nas depen-
dado liberado torna possível determinar o valor de uma caracte- dências do CDDI - Centro de Documentação e Disseminação de
rística de um informante de modo mais preciso do que seria pos- Informações, no Rio de Janeiro, foi estabelecida a partir de 2003,
sível obter por qualquer outro meio (identificação por inferên- com o aumento da demanda por acesso aos microdados de pes-
cia). quisas econômicas. Na avaliação do IBGE, os riscos de revelação
Assim, não basta disseminar arquivos com registros anônimos, das pesquisas econômicas são significativamente maiores do
no caso de arquivos de microdados. que das pesquisas domiciliares.
As formas de proteção dos informantes podem ser efetivadas
por restrição de dados (a redução do volume de informação libe- Foi criado, então, o Comitê de Avaliação de Acesso a Microda-
rado em tabelas ou arquivos); restrição de acesso (introdução de dos não Desidentificados (CAD), que analisa os projetos de pes-
condições para uso dos dados) ou alguma combinação desses quisa que solicitam acesso aos microdados das pesquisas econô-
procedimentos. micas e, mais recentemente, às informações do Censo Agropecu-
ário de 2006. Na sala de acesso é disponibilizado também acesso
à base de dados do conjunto universo do Censo Demográfico, ou

21
Desidentificar é retirar a identificação de algo ou alguém. Assim, empresa, ou do CPF - Cadastro de Pessoa Física, para uma pes-
microdados não desidentificados são dados individuais aos quais es- soa.
tão associadas variáveis identificadoras como, por exemplo, o nú-
mero do CNPJ - Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - para uma
Conhecimentos sobre o IBGE 19

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APOSTILAS OPÇÃO
seja, às variáveis investigadas pelo questionário básico em toda A utilização de dados geoespaciais juntamente com tecnologias
a população. Também é permitida a geração de cadastros para afins permite aos pesquisadores e tomadores de decisão enten-
fins estatísticos a partir do Cadastro Central de Empresas do der melhor as relações dinâmicas entre os fatores críticos para a
IBGE. As bases de dados têm o identificador da empresa cripto- pesquisa em muitas áreas. Desenvolvimentos em sensoriamento
grafado. remoto e tecnologia de computação têm melhorado a resolução
Os projetos de pesquisa que são submetidos devem ter fins es- dos dados geoespaciais e facilitado a integração destes dados
tatísticos e o acesso se restringe à elaboração de modelos esta- com outros, oferecendo uma maior capacidade de análise das in-
tísticos. A geração de tabulações especiais a partir das bases eco- formações.
nômicas só é permitida se houver a utilização de bases externas. Na medida em que os dados são espacialmente precisos, existe
A utilização de bases externas é permitida, desde que justificada um aumento correspondente no risco de identificação das pes-
no projeto. O custo de utilização da sala de acesso é estimado soas ou organizações para os quais os dados se aplicam. Com a
pelo IBGE e informado ao pesquisador. identificação, há o risco de vários tipos de danos para aqueles
Os procedimentos a serem seguidos pelos usuários externos identificados, além da quebra do compromisso de confidenciali-
relacionados com o serviço de acesso a dados não desidentifica- dade assumido para a obtenção dos dados.
dos estão definidos na página da intranet da Diretoria de Pesqui- Uma vez entendidos os benefícios e riscos do uso de dados ge-
sas e, entre outros requisitos, especifica a necessidade de assina- oespaciais em combinação com informações individuais, há a ne-
tura de um termo de compromisso. A Resolução do Conselho Di- cessidade de desenvolver e implementar medidas adequadas
retor (R.CD - 07/2003), que cria o Comitê de Avaliação de Acesso para minimizar a divulgação de dados confidenciais e maximizar
a Microdados não Desidentificados, a Norma de Serviço do CDDI a utilização de dados geoespaciais.
(NS 01/03), que estabelece os objetivos das salas de acesso a da- O relatório contém recomendações, discutidas no Conselho Di-
dos restritos a íntegra do modelo desse Termo de Compromisso retor, que apontou algumas definições de curto prazo, e a cons-
estão disponíveis na intranet da Diretoria de Pesquisas, mas o tatação da necessidade de dar continuidade aos estudos sobre
seu item 1, que trata diretamente da questão do sigilo, está re- tratamento da confidencialidade em divulgações geoespaciais
produzido a seguir. para, por exemplo, considerar o problema da diferenciação que
“Termo de compromisso tendo por objeto o acesso a dados não surge envolvendo grade e setor censitário, na divulgação de re-
desidentificados sultados para a próxima operação censitária. Isso implica a ne-
1 O COMPROMITENTE declara que preservará o sigilo das in- cessidade de decisão conjunta de quais variáveis divulgar na
formações estatísticas ao acessar os microdados não desidentifi- base de informações agregadas por setor censitário e por grade,
cados da [PESQUISA(S)], para gerar informações não identifica- bem como os correspondestes procedimentos de desidentifica-
das de relevante interesse acadêmico conforme projeto [NOME ção.
DO PROJETO], aprovado pelo IBGE, tendo como n.º de pro-
cesso[......].” Referências

Vale destacar que os usuários só têm acesso às bases de dados Capítulo 1


não desidentificadas enquanto estão trabalhando dentro da SAR CONHECIMENTOS sobre o IBGE para o Concurso 2013 - Nível
e que, ao final do trabalho, os resultados do projeto são avaliados Médio. Rio de Janeiro: IBGE.2013. (Apostila).
pela área técnica antes de serem entregues ao usuário. METODOLOGIA do Censo Demográfico 2000. Rio de Janeiro:
IBGE. (Série Relatórios Metodológicos, volume 25). 2003.
Grupo de Trabalho sobre Sigilo de Informações em Grades Es- ALMEIDA, Roberto Schmidt de. A Geografia e os geógrafos do
tatísticas IBGE no período 1938-1998.
Em 2013, a Portaria da Presidência nº. 485, de 06/12/2013, Tese (Doutorado em Geografia), Programa de Pós-Graduação
criou o “Grupo de Trabalho sobre sigilo de informações em gra- em Geografia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, 2000.
des estatísticas”, encarregado de desenvolver estudos e procedi- GONÇALVES, Jayci de Mattos Madeira. IBGE: um retrato histó-
mentos que possibilitem manter o sigilo das informações indivi- rico. Rio de Janeiro: IBGE, Departamento de Documentação e Bi-
dualizadas na disseminação de dados através de grades estatís- blioteca, 1995. 61p. (Documentos para Disseminação. Memória
ticas, isto é, para pequenas porções do território, denominadas Institucional / IBGE. CDDI).
grades. A referida Portaria também designa os servidores que IBGE. Memória. Núcleo virtual da Rede de Memória do IBGE.
compõem o Grupo de Trabalho (GT) constituído por represen- Divulga publicações, vídeos, instrumentos de pesquisa, sínteses
tantes da DPE, CDDI, DGC, DI e ENCE. históricas, depoimentos e demais produtos de memória empre-
Por definição, uma grade estatística é uma estrutura espacial sarial construídos pelos servidores do IBGE. Disponível em:
arbitrária e hierárquica composta por células regulares e utili- http://memoria.ibge.gov.br/. Acesso em: 21/08/2015.
zada para disseminar dados estatísticos agregados. Uma grade PLANO Estratégico 2012-2015 - Edição revisada. Rio de Ja-
estatística deve apresentar as seguintes características: neiro: IBGE. Março de 2015. Disponível em:
• Independência de limites-políticos e administrativos, o que http://www.ibge.gov.br/home/disseminacao/eventos/mis-
viabiliza a comparabilidade espacial; sao/planejamento_estrategico_ibge_2012_2015.pdf
• Pequena dimensão, o que permite a composição de recortes
espaciais; Capítulo 2
• Estrutura de dados no formato vetorial ou matricial; Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –
• Estrutura hierárquica, o que permite análises multi-escala; IBGE. Portal de TIC do IBGE: Organograma. Disponível em:
• Distribuição regular, trazendo eficiência computacional; http://w3.di.ibge.gov.br/DIGAB/SobreDI/organograma_setem-
• Ser inalterável ao longo do tempo, o que viabiliza a compara- bro_2014.aspx. Acesso em 25/07/2015.
bilidade temporal. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –
IBGE. Intranet CDDI. Organograma. Disponível em
O texto a seguir foi extraído do relatório preparado pelo Grupo http://w3.cddi.ibge.gov.br/organizacao.asp. Acesso em
de Trabalho, que pode ser encontrado na página da intranet da 30/07/2015.
Diretoria de Pesquisas. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –
“Por oferecer um maior detalhamento, as grades regulares es- IBGE. W3 DGC. Organograma. Disponível em:
tatísticas aumentam as chances de uma quebra de sigilo: dados http://w3.dgc.ibge.gov.br/gabdgc/estrut_dgc.htm. Acesso em
associados às coordenadas geográficas quebram o sigilo, por de- 30/07/2015.
finição.
Conhecimentos sobre o IBGE 20

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APOSTILAS OPÇÃO
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – BANCO de Metadados Estatísticos do IBGE. Disponível em:
IBGE.Intranet DPE. Organograma. Disponível em: https://metadados.ibge.gov.br/consulta/defaultEstatis-
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ganograma.pdf. Acesso em 30/07/2015. CÓDIGO de Boas Práticas das Estatísticas do IBGE. Rio de Ja-
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – neiro: IBGE, 2013. 48p. Disponível em:
IBGE. Portaria nº 215, de 12 de agosto de 2004. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/disseminacao/eventos/mis-
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Acesso em 01/08/2015. pregadas nas diversas fases do planejamento e execução das
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____. Relatório do Grupo de Trabalho sobre a proposição de de Acesso a Microdados em Institutos Nacionais de Estatística
uma trilha de conhecimentos necessários ao desenvolvimento Experiência de países selecionados e Eurostat. Rio de janeiro:
do Técnico a ser lotado nas Agências do IBGE a partir de 2014. IBGE, Diretoria de Pesquisas. 2013. (Textos para discussão. Di-
Rio de Janeiro. Documento interno. 33p., 2013. retoria de Pesquisas, n. 44)
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http://mundogeo.com/blog/2010/05/14/concar-lanca-o-por- ções. Contém documentos sobre Legislação; Comitê de Sigilo;
tal-sig-brasil/,0h00, 14 de maio de 2010. Acesso em Acesso a microdados não desidentificados - usuários externos;
05/09/2015. Acesso a microdados não desidentificados - para uso em pro-
Sócio ambiental. PARNA do Pico da Neblina. Disponível em: gramas de pós-graduação por servidores do IBGE; Grupo de
http://uc.socioambiental.org.Imagem. Acesso em 08/09/2015. Trabalho sobre sigilo de informações em grades estatísticas; e
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Wikipédia, a enciclopédia livre. Monte Roraima –. Disponível METODOLOGIA do censo demográfico 2010. Rio de Janeiro:
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07/09/2015. PRINCÍPIOS fundamentais das estatísticas oficiais. Disponível
em http://www.ibge.gov.br/home/disseminacao/eventos/mis-
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AS ATIVIDADES do IBGE no fomento do planejamento estra- RELATÓRIO do Grupo de Trabalho sobre Sigilo de Informa-
tégico do Estado, Audiência Pública, 13 de junho de 2013. 32p. ções em Grades Estatísticas. Rio de Janeiro: IBGE. Março de
2015. 82p. Disponível em http://w3.dpe.ibge.gov.br/V2si-
gilo.htm.Acesso em 15/09/2015.
Conhecimentos sobre o IBGE 21

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APOSTILAS OPÇÃO
Anexos

Anexo 1

Estação passiva, marco padrão IBGE. A cor laranja é utilizada


para facilitar a localização. A chapa, com o código da estação, é
fixada no topo.

Coleta de dados realizada, em campo. GPS geodésico posicio-


Estação ativa da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo.
nado sobre estação geodésica passiva, uma chapa cravada em ro-
cha no Pico da Neblina.

Conhecimentos sobre o IBGE 22

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APOSTILAS OPÇÃO

Estação(ativa) Maregráfica de Salvador.

Anexo 2

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APOSTILAS OPÇÃO
Anexo 3

Conhecimentos sobre o IBGE 24

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Anexo 4

Conhecimentos sobre o IBGE 25

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APOSTILAS OPÇÃO
Anexo 5 Anexo 5B

Anexo 5A Estação Maregráfica - Fortaleza


Localização: Porto de Mucuripe
Estação Meteo-Maregráfica - Santana Identificação: EMFOR
Localização: Porto de Santana Cidade/Estado: Fortaleza/CE
Identificação: EMSAN Coordenadas aproximadas (SIRGAS 2000): 03º 42’ 52” S, 38º
Cidade/Estado: Santana/AP 28’ 36” O
Coordenadas aproximadas (SIRGAS 2000): 00º 03’ 41” S, 51º Início da operação: dez/2007 (marégrafo convencional),
10’ 04” O abr/2008 (marégrafos digitais)
Início da operação: junho de 2005 Instrumental: marégrafo convencional – autonomia sema-
Instrumental: marégrafo convencional – autonomia sema- nal, marégrafos digitais (encoder, radar), régua padrão
nal, marégrafo digital (pressão) (figura 1), régua padrão RMPG
RMPG, plataforma meteorológica (figura 2) Taxa de coleta dos dados: 5 min (encoder), 1 min (radar)
Taxa de coleta dos dados: 5 min Estações Geodésicas de referência: 4336-A, 9320-P, 9320-R,
Estações Geodésicas de referência: 4010-V, 4027-C, 4027-D, 9320-S, 9320-T
4027-E Instituição conveniada: Companhia Docas do Ceará (CDC)
Instituição conveniada: Companhia Docas de Santana
(CDSA)

Anexo 5C

Estação Maregráfica - Salvador

Localização: Capitania dos Portos

Identificação: EMSAL
Figura 1
Cidade/Estado: Salvador/BA

Coordenadas aproximadas (SIRGAS 2000): 12º 58’ 26” S, 38º


31’ 02” O

Início da operação: dez/2002 (marégrafo convencional), de


out/2004 a abr/2008 (marégrafo digital - acústico), abr /
2008 (marégrafos digitais)

Instrumental: marégrafo convencional – autonomia sema-


nal (figura 1), marégrafos digitais (encoder, radar) (figura
2), régua padrão RMPG

Taxa de coleta dos dados: 5 min (encoder), 1 min (radar)


Estações Geodésicas de referência: 3630-T, 3630-U, 3631-G,
3630-V=SAT 93191, 3630-V, 3630-X, 292-X, 3640-A = SAT
93192

Instituição conveniada: Centro de Hidrografia da Marinha


Figura 2 (CHM)

Conhecimentos sobre o IBGE 26

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APOSTILAS OPÇÃO

Anexo 5E
Figura 1
Estação Meteo-Maregráfica - Imbituba

Localização: Porto de Imbituba


Identificação: EMIMB

Cidade/Estado: Imbituba/SC

Coordenadas aproximadas (SIRGAS 2000): 28º 13’ 52” S, 48º


39’ 02” O

Início da operação: set/1998 (marégrafo convencional),


ago/2001 (marégrafo digital)

Instrumental: marégrafo convencional – autonomia sema-


nal, marégrafo digital (pressão) (figura 1), régua padrão
RMPG, plataforma meteorológica (figura 2)

Taxa de coleta dos dados: 5 min


Figura 2
Estações Geodésicas de referência: 4-X, 3010-A, 3010-B,
Anexo 5D
3010-C, 3012-X, 3012-Z, 9302-X, 3-M, SAT 91854
Estação Maregráfica - Macaé
Instituição conveniada: Companhia Docas de Imbituba (CDI)
Localização: Porto de Imbetiba
Identificação: EMMAC
Cidade/Estado: Macaé/RJ

Coordenadas aproximadas (SIRGAS 2000): 22º 23’ 08” S, 41º


46’10” O

Início da operação: nov/1994 (marégrafo convencional),


jul/2001 (marégrafo digital)

Instrumental: marégrafo convencional – autonomia sema-


nal, marégrafo digital (pressão), régua padrão RMPG
Taxa de coleta dos dados: 5 min

Estações Geodésicas de referência: 3086-N, 3086-P, 3086-R,


3086-T, 3086-U

Instituição conveniada: Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras) Figura 1

Conhecimentos sobre o IBGE 27

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APOSTILAS OPÇÃO

Figura 2.

Anexo 6

Conhecimentos sobre o IBGE 28

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APOSTILAS OPÇÃO
Anexo 7[

Nome Localidade Altitude antigas (m) Altitudes novas (m)


Pico da Neblina Serra do Imeri (AM) 3014,1 2993,78
Pico 31 de Março Serra do Imeri (AM) 2992,4 2972,66
Pico da Bandeira Serra do Caparaó (MG/ES) 2889,8 2891,98
Pico da Mina Serra da Mantiqueira (MG/SP) 2770,0 2798,39
Pico das Agulhas Negras Serra do Itatiaia (MG/RJ) 2787,0 2791,55
Pico do Cristal Serra do Caparaó (MG) 2780,0 2769,76
Monte Roraima Serra do Pacaraima (RR) 2739,3 2734,06

Serra do Caparaó.

Monte Roraima.

Pico da Neblina.

Conhecimentos sobre o IBGE 29

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APOSTILAS OPÇÃO
Anexo 8

Base Cartográfica Contínua do Brasil na escala 1:250.000.

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Conhecimentos sobre o IBGE 30

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APOSTILAS OPÇÃO
Anexo 9

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Anexo 10

Conhecimentos sobre o IBGE 31

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APOSTILAS OPÇÃO

Anexo 11

Conhecimentos sobre o IBGE 32

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APOSTILAS OPÇÃO

Instituição de uma “Cota de Estatística”, imposto cobrado so-


Anexo 12 bre “diversões públicas”. A “cota” ou “selo de estatística” só seria
regulamentado(a) e passaria a vigorar em 1944, gerando recur-
sos para uma Caixa Nacional de Estatística Municipal. A taxa se-
ria extinta em 1967.

1944 Criação das Inspetorias Regionais de Estatística Muni-


cipal (IRs), representações que o IBGE mantinha em cada uni-
dade federativa. Às Inspetorias cabia a prestação de assessoria
técnica às AMEs e, ainda, a fiscalização do recolhimento do “selo
de estatística”.
Criação das Comissões Revisoras de Estatística Municipal
(CREMs), constituídas de servidores das IRs e dos Departamen-
tos Estaduais de Estatística (DEEs). As CREMs ficavam encarre-
gadas de efetuar a revisão do trabalho de coleta estatística mu-
nicipal realizado pelas AMEs. Elas seriam suspensas no ano se-
guinte.

1946 Criação da carreira de Agente de Estatística, do Quadro


de Agências Municipais de Estatística e do Quadro das Inspeto-
rias Regionais de Estatística Municipal.
Criação das Agências Modelo na organização dos serviços mu-
nicipais de estatística. A estas, além das atribuições normais de
uma AME, cabia também coordenar e supervisionar as ativida-
des de agências sob sua jurisdição, bem como promover o trei-
namento e aperfeiçoamento do pessoal lotado em sua área.

1968 Criação da Coordenação Geral da Rede de Coleta, pri-


meira alteração na estrutura dos serviços de coleta de informa-
ções estatísticas feita após a criação da Fundação IBGE (que
substituiu a autarquia IBGE em 1967). Essa medida visava à cen-
tralização da coordenação das atividades técnicas e administra-
tivas das instituições responsáveis pelo serviço de coleta.

1969 Extinção das Inspetorias Regionais de Estatística Munici-


pal e criação das Delegacias de Estatística do Instituto Brasi-
Anexo 13
leiro de Estatística (IBE) nos estados, as DELESTs.
Cronologia da rede de coleta do IBGE (1936-2002)
1970 Criação da Rede de Nacional de Núcleos de Coleta Es-
tatística.
Principais marcos cronológicos da história da “rede de coleta”
de informações estatísticas e das representações do IBGE em
1971 Criação da Rede Nacional de Agências de Coleta.
cada Unidade da Federação.
1971-1973 Extinção progressiva das Agências Municipais de
1936 Efetiva instalação do Instituto Nacional de Estatística
Estatística (AMEs), que foram incorporadas à estrutura do IBGE
(INE) e celebração da Convenção Nacional de Estatística, que
ou extintas. As que foram “absorvidas” passaram a chamarse
prevê a criação de repartições locais ou regionais para coleta de
simplesmente “Agências de Coleta”.
informações estatísticas, tendo em vista a construção de um sis-
tema estatístico nacional.
1975 As Delegacias de Estatística do IBE (DELESTs) são trans-
formadas em Delegacias do IBGE nos estados (DELIBGEs). Tal
1938 Criação de uma Delegacia Geral do Instituto Nacional de
mudança não foi acompanhada de mudanças funcionais e orga-
Estatística (INE) em Salvador (BA), com jurisdição extensiva a
nizacionais significativas.
todo o território norte da República, a partir do Espírito Santo,
para prestar assistência técnica às repartições regionais. Em
1977 As Delegacias do IBGE (DELIBGEs) são submetidas a uma
1939 ela viria a chamar-se Inspetoria Geral.
ampla reestruturação em suas atribuições, competências e orga-
nização. Sua nomenclatura foi mantida: seriam Delegacias do
1942 Criação das Seções de Estatística Militar, instâncias co-
IBGE nos estados, substituindo somente a sigla DELIBGEs por
letoras de dados estatísticos localizadas nas capitais e submeti-
DEGEs.
das à coordenação do IBGE e de órgãos militares regionais.
Início da celebração de Convênios Nacionais de Estatística
1990 Criação dos Departamentos Regionais (DEREs), instân-
Municipal, que regulam a criação e funcionamento de Agências
cias subordinadas à Presidência do IBGE com jurisdição sobre as
Municipais de Estatística (AMEs) por meio de acordos entre a
representações do órgão em uma ou mais Unidades Federativas.
União, estados e municípios, com base no princípio da coopera-
Nessa mesma reforma, as DEGEs foram extintas e substituídas
ção interadministrativa.
por Escritórios Estaduais (ESETs) e as Divisões de Pesquisa
As AMEs eram subordinadas às Prefeituras, que delegavam
(DIPEQs) em cada Unidade Federativa.
competência ao IBGE para vincular tecnicamente as Agências às
regras do sistema estatístico nacional.
1992 Todos os ESETs tornam-se Divisões de Pesquisa (DI-
PEQs), uma para cada Unidade da Federação.

Conhecimentos sobre o IBGE 33

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APOSTILAS OPÇÃO
1999 O Projeto Presença inicia ampla pesquisa sobre a estrutura e funcionamento das representações do IBGE nos estados e mu-
nicípios, intitulada “A presença nacional do IBGE, do presente ao futuro. O futuro desejável e o futuro possível”.

2002 Criação das Unidades Estaduais do IBGE (UEs) com base em conclusões do Projeto Presença, publicadas em 2001. São extin-
tos os DEREs e as DIPEQs.

Anexo 14

Área de abrangência das Agências do IBGE e Unidades da Federação - 2015

Conhecimentos sobre o IBGE 34

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APOSTILAS OPÇÃO
Anexo 15 MT Nortelândia, Barra do Garças, Barra do Bugres, Cáceres, Si-
Quantitativo das Agências por Unidades da Federação nop, Rondonópolis, Cuiabá, Água Boa, Alta Floresta, Alto Ara-
guaia, Confresa, Juína, Pontes e Lacerda, São Félix Do Araguaia,
AC Cruzeiro do Sul, Rio Branco, Tarauacá, Brasiléia 4 Sorriso, Várzea Grande 16

AL Santana do Ipanema, São Miguel dos Campos, Viçosa, Ara- PA UE/Pará, Castanhal, Abaetetuba, Almeirim, Altamira, Bra-
piraca, Delmiro Gouveia, Maceió, Palmeira dos Índios, Penedo, gança, Cametá, Conceição do Araguaia, Marabá, Óbidos, Parago-
Porto Calvo, União dos Palmares 10 minas, Santarém, Breves, Xinguara, Capanema, Soure, Tucuruí 17

AM UE/Amazonas, Carauari, Coari, Eirunepé, Itacoatiara, Ma- PB João Pessoa I, Areia, Campina Grande, Guarabira, Itabaiana,
nacapuru, Manicoré, Parintins, Tefé, Humaitá, Tabatinga 11 Itaporanga, Patos, Pombal, Sousa, Santa Luzia, Sumé, João Pessoa
II 12
AP UE /Amapá 1
PE Arcoverde, Limoeiro, Jaboatão dos Guararapes, Recife II
BA Jequié, Santo Amaro, Livramento de Nossa Senhora, San- (Norte), Caruaru, Garanhuns, Salgueiro, Olinda, Ouricuri, Palma-
tana, Valença, Cachoeira, Jeremoabo, Juazeiro, Morro do Chapéu, res, Belo Jardim, Petrolina, Recife I (Centro), Recife III (Sul),
Paulo Afonso, Poções, Remanso, Ribeira do Pombal, Salvador I, Serra Talhada, Timbaúba, Vitória de Santo Antão, Afogados da
Santo Antônio de Jesus, São Francisco do Conde, Seabra, Senhor Ingazeira, Carpina, Escada 20
do Bonfim, Teixeira de Freitas, Vitória da Conquista, Xique-Xi-
que, Barreiras, Eunápolis, Bom Jesus da Lapa, Brumado, Cama- PI Valença do Piauí, São Raimundo Nonato, Campo Maior,
çari, Conceição do Coité, Cruz das Almas, Euclides da Cunha, Canto do Buriti, Corrente, Floriano, Oeiras, Piripiri, Barras, Par-
Feira de Santana, Guanambi, Ipiaú, Ipirá, Riachão do Jacuípe, naíba, Teresina, Picos 12
Santa Maria da Vitória, Serrinha, Alagoinhas, Cipó, Ibotirama, Ca-
etité, Esplanada, Jaguaquara, Irecê, Ilhéus, Itaberaba, Itabuna, PR Apucarana, Assis Chateaubriand, Curitiba/Bacacheri,
Itamaraju, Itapetinga, Jacobina, Porto Seguro, Santa Rita de Cás- Campo Mourão, Capanema, Pato Branco, Ponta Grossa, Rio Ne-
sia, Salvador II 52 gro, Santo Antônio da Platina, Telêmaco Borba, Curitiba/Centro,
Cianorte, Colorado, Toledo, Umuarama, Jaguariaiva, Arapongas,
CE Baturité, Canindé, Crato, Fortaleza I, Iguatu, Russas, Itapagé, Nova Londrina, União Da Vitória, Curitiba/Portão, Cascavel, Cor-
Itapipoca, Quixadá, Fortaleza II, Limoeiro do Norte, Crateús, Ja- nélio Procópio, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Guaíra, Guara-
guaribe, Juazeiro do Norte, Sobral, Tianguá 16 puava, Ibaiti, Ivaiporã, Jacarezinho, Maringá, Medianeira, Irati,
Londrina, Paranaguá, Paraíso do Norte, Paranavaí, Goioerê,
DF Gama, Sobradinho, Taguatinga, Brasília 4 Campo Largo, Curitiba/Pinheirinho, Colombo, Faxinal, Guarani-
açu, Laranjeiras do Sul, Palmas, Pinhais, Pitanga, Rolândia, São
ES Colatina, Guarapari, Linhares, São Mateus, Vila Velha, Ale- José dos Pinhais, São Mateus Do Sul 49
gre, Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Serra, Vitória 10
RJ Campo Grande, Campos, Barra do Piraí, Cabo Frio, São Gon-
GO Ceres, Goiás, Iporá, Itumbiara, Jaraguá, Jataí, Luziânia, Mor- çalo, Niterói, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Ramos, Resende, Santo
rinhos, Pires do Rio, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Catalão, Antônio de Pádua, Copacabana, Duque de Caxias, Itaboraí, Ma-
Formosa, Goiânia I, Inhumas, Porangatu, Uruaçu, Posse, Rio caé, Madureira, Méier, Itaperuna, Volta Redonda, Petrópolis, Ita-
Verde, Quirinópolis, Goiânia II 21 guaí, Centro, Jacarepaguá, Tijuca, Teresópolis 25

MA Viana, Santa Inês, Itapecuru Mirim, Balsas, Pinheiro, Baca- RN Açú, Caicó, Mossoró, Natal, Pau dos Ferros, Santa Cruz, Par-
bal, Caxias, Chapadinha, Imperatriz, Pedreiras, Presidente Dutra, namirim 7
São Bernardo, São João dos Patos, São Luís, Timon, Barreirinhas,
São José de Ribamar, Governador Nunes Freire, Grajaú 19 RO Ji-Paraná, Cacoal, Porto Velho, Vilhena, Ariquemes 5

MG BH-Norte, Brasília de Minas, Cambuí, Carangola, Caratinga, RR UE/Roraima 1


Cataguases, Caxambu, Conceição do Mato Dentro, Contagem, Co-
romandel, Diamantina, Poços de Caldas, Ponte Nova, Capelinha, RS Bagé, Bento Gonçalves, Cachoeira do Sul, Camaquã, São Le-
Itabira, Muriaé, BH-Leste, Formiga, Governador Valadares, Gua- opoldo, Veranópolis, Novo Hamburgo, Passo Fundo, Pelotas,
xupé, Piumhi, Monte Carmelo, Divinópolis, Varginha, Ipatinga, Santa Cruz Do Sul, Santa Maria, Santa Rosa, Santana do Livra-
Itaobim (Desativada), Rio Casca, Rio Pomba, Salinas, São Go- mento, Santiago, Santo Ângelo, São Jerônimo, Carazinho, Osório,
tardo, São João Del Rei, Teófilo Otoni, Três Corações, Tupaci- Guaporé, Rio Grande, Alegrete, Erechim, Tapejara, Palmeira das
guara, Uberaba, Uberlândia, Viçosa, Patrocínio, Itaúna, Iturama, Missões, Caxias Do Sul, Porto Alegre, Cerro Largo, Cruz Alta, Três
Janaúba, Januária, João Monlevade, Juiz de Fora, Lavras, Leopol- Passos, Uruguaiana, Viamão, Canoas, Taquara, Frederico Wes-
dina, Manhuaçu, Mantena, Montes Claros, Nanuque, Pará de Mi- tphalen, Canela, Ijuí, Lagoa Vermelha, Lajeado 38
nas, Itajubá, Ituiutaba, Ouro Preto, Passos, Paracatu, Patos de Mi-
nas, Abaeté, Aimorés, Além Paraíba, Alfenas, Almenara, São Lou- SC Araranguá, Blumenau, Brusque, Chapecó, Concórdia, Flori-
renço, Sete Lagoas, Ubá, Unaí, Araguari, Araxá, Barbacena, Betim, anópolis, Itajaí, Joaçaba, Joinville, Palmitos, Rio do Sul, Criciúma,
Bicas, Bom Despacho, Pouso Alegre, BH-Oeste, Pedro Leopoldo, São Miguel do Oeste, Tubarão, Orleans, São Lourenço do Oeste,
Pirapora, Campo Belo, BHNoroeste, Conselheiro Lafaiete, Frutal, Lages, Jaraguá Do Sul, Curitibanos, Canoinhas, Videira 21
BH-Centro Sul, Curvelo, Araçuaí, Guanhães, Jequitinhonha, Peça-
nha, Rio Pardo de Minas 87 SE Aracaju, Lagarto, Nossa Senhora das Dores, Propriá, Itabai-
ana, Estância 6
MS Coxim, Ponta Porã, Dourados, Naviraí, Paranaíba, Aquidau-
ana, Corumbá, Três Lagoas, Campo Grande, Jardim, Nova Andra- SP Votuporanga, Guarulhos, Itanhaém, Itapecerica da Serra,
dina 11 Valinhos, SP-Centro 1, SP-Leste I, SP-Leste III, SP-Leste IV, Sp-
Norte III, SP-Sudeste I, SP-Sudeste II, SP-Sul II, SP-Sul III, Mogi-
Mirim, Araraquara, São Vicente, SP-Leste II, SP-Norte II, SP-Oeste
II, Santo André, Registro, SP-Sul I, Sertãozinho, Novo Horizonte,
Conhecimentos sobre o IBGE 35

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APOSTILAS OPÇÃO
Barretos, Barueri, Bebedouro, Birigui, Bragança Paulista, SP- (A) é vinculada diretamente à Presidência da República.
Centro 2, SP-Norte I, Assis, Itapetininga, Itapeva, Jales, Jaú, Marí- (B) integra a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidên-
lia, Mauá, Monte Aprazível, Nova Granada, Osasco, Itaquaquece- cia da República.
tuba, Jacareí, SP-Oeste I, São Joaquim da Barra, Tatuí, Itu, Pereira (C) integra o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Barreto, Dracena, Santos, São Bernardo do Campo, São Caetano (D) tem como principal atribuição oferecer suporte técnico às
do Sul, São João da Boa Vista, São José do Rio Pardo, São José do ações do governo para a formulação de políticas públicas e pro-
Rio Preto, São José dos Campos, São Sebastião, Suzano, Taquari- gramas de desenvolvimento.
tinga, Taubaté, Tietê, Tupã, Ourinhos, Paraguaçu Paulista, Pená- (E) produz estatísticas e estudos sobre a educação brasileira,
polis, Pindamonhangaba, Piracicaba, Pirassununga, Piraju, Presi- ajudando a implementar políticas públicas para este setor.
dente Venceslau, Ribeirão Preto, Rio Claro, Santa Fé Do Sul, Ada-
mantina, Americana, Amparo, Andradina, Araçatuba, Campinas, 04. (IBGE - Técnico em Informações - Geografia e Estatísti-
Catanduva, Cruzeiro, Diadema, Fernandópolis, Franca, Caieiras, cas – CESGRANRIO/2013) Para colher informações que auxi-
Bauru, Lins, São Carlos, Araras, Limeira, Sumaré, Presidente Pru- liem na decisão de abrir uma microempresa e calcular melhor os
dente, Avaré, Botucatu, Sorocaba, Jundiaí, Guaratinguetá, Itararé, riscos envolvidos na escolha de sua localização e ramo de ativi-
Mogi das Cruzes 100 dade, é aconselhável que o investidor recorra a que modalidades
TO UE/Tocantins, Dianópolis, Gurupi, Miracema do Tocantins, de pesquisa produzida pelo IBGE?
Porto Nacional, Tocantinópolis, Colinas do Tocantins, Aragua- (A) Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário; Pesquisa
tins, Paraíso Do Tocantins, Araguaína 10 de Inovação Tecnológica
Total 585 (B) Estatísticas do Cadastro Central de Empresas; Pesquisa
Anual do Comércio; Pesquisa Anual de Serviços
(C) Pesquisa Mensal de Empregos; Pesquisa de Orçamentos
Familiares
(D) Levantamento Sistemático da Produção Agrícola;
Questões Censo Agropecuário
(E) Índice Nacional de Preços ao Consumidor; Censo
Demográfico
01. (IBGE - Técnico em Informações - Geografia e Estatísti-
cas – CESGRANRIO/2013) “Retratar o Brasil com informações 05. (IBGE - Técnico em Informações - Geografia e Estatísti-
necessárias ao conhecimento da sua realidade e ao exercício da cas – CESGRANRIO/2013) Ao empossar o então ministro das
cidadania através das estatísticas oficiais e das bases de dados relações exteriores, José Carlos de Macedo Soares, na presidên-
geocientíficos.” cia do Instituto Nacional de Estatística, em 29 de maio de 1936,
A frase acima expressa a missão do IBGE. e fazer do Palácio do Catete sua sede provisória, exclamou Getú-
A respeito das informações produzidas pelo IBGE, tem-se que lio Vargas: “Tenho tal interesse pelo Instituto Nacional de Esta-
(A) essas estatísticas são ditas oficiais porque são produzidas tística que lhes dei a minha casa e o meu ministro”. Simbolica-
por um órgão de Estado, o que coloca em risco sua credibilidade, mente, esta fala instalava o INE (futuro IBGE) na antessala do po-
dado o interesse do governo em seus resultados. der, enquanto materializava o pensamento de seu idealizador e
(B) não existe cidadania em um país que não conta com infor- primeiro secretário-geral, Mario Augusto Teixeira de Freitas:
mações estatísticas e geocientíficas de boa qualidade. “Faça o Brasil a estatística que deve ter, e a estatística fará o Bra-
(C) essas informações estatísticas e geocientíficas constituem sil como deve ser”. Nos anos seguintes, surgiria a expressiva re-
a melhor forma de retratar o Brasil. presentação do IBGE como a “casa do Brasil”, a casa em que o
(D) conhecimentos e interpretações sobre a realidade brasi- país seria, ontem e hoje, revelado em suas dimensões estatística
leira não podem ser verdadeiros ou pertinentes se não forem ba- e geográfica, em crescente qualidade. SENRA, N. Uma breve his-
seados nessas informações estatísticas e geocientíficas. tória das estatísticas brasileiras (1822-2002). Rio de Janeiro:
(E) essas informações devem orientar-se pelas necessidades IBGE, 2009. p. 193.
do planejamento nacional e pela preocupação social com o forta- A passagem acima assinala a importância que o IBGE assumiu
lecimento da cidadania. na construção do Estado brasileiro, para o que foi fundamental a
integração entre a estatística e as geociências nos diferentes mo-
02. (IBGE - Técnico em Informações - Geografia e Estatísti- mentos de sua trajetória.
cas – CESGRANRIO/2013) Criada em 1871 e abolida em conse- No que diz respeito aos nossos dias, as relações entre esses
quência da revolução de 1930, a Diretoria Geral de Estatística dois grandes ramos da instituição consistem em
(DGE) é considerada a precursora do IBGE, do ponto de vista da (A) elaborar a primeira carta do Brasil ao milionésimo, que tor-
produção de estatísticas em nível nacional. Dentre as realizações nará possível a revisão do traçado dos limites internacionais, in-
principais da DGE encontra-se a terestaduais e litorâneos do Brasil.
(A) coordenação do sistema estatístico nacional (B) colaborar com as forças armadas na definição da geopolí-
(B) inauguração da regularidade censitária no Brasil, que seria tica nacional, no que diz respeito ao mapeamento de recursos na-
continuada pelo IBGE, como indicam a realização de recensea- turais (hídricos e minerais) e à proteção das áreas de fronteira,
mentos em 1872, 1880, 1890, 1900, 1910 e 1920. com o fim de garantir a soberania nacional.
(C) implantação do registro civil de nascimentos, casamentos e (C) produzir novos conhecimentos que permitam aprimorar e
óbitos. atualizar o currículo dos cursos de estatística e geografia, no en-
(D) organização do sistema de contas nacionais. sino básico e no nível superior.
(E) determinação das chamadas macrorregiões homogêneas (D) estabelecer os setores censitários a partir dos mapas ela-
do Brasil, assim como as conhecemos hoje: norte, nordeste, cen- borados pelas geociências, que, ao determinarem com exatidão
tro-oeste, sul e sudeste. os limites estaduais, municipais e distritais, permitem evitar pro-
blemas de subcontagem e dupla contagem da população.
(E) atender à convenção internacional que recomenda a con-
03. (IBGE - Técnico em Informações - Geografia e Estatísti- veniência de se acumular, em um mesmo órgão da administra-
cas – CESGRANRIO/2013) O IBGE é um órgão federal responsá- ção, a coordenação do sistema estatístico nacional e do sistema
vel pela produção de informações estatísticas e geocientíficas e cartográfico nacional, de modo a evitar conflito de competências
cuja estrutura institucionais.

Conhecimentos sobre o IBGE 36

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APOSTILAS OPÇÃO
______________________________________________________
RESPOSTAS
______________________________________________________
01. Resposta: E ______________________________________________________

02. Resposta: C ______________________________________________________


______________________________________________________
03. Resposta: C
______________________________________________________
04. Resposta: B ______________________________________________________
05. Resposta: D ______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
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______________________________________________________
Anotações ______________________________________________________
______________________________________________________ ______________________________________________________
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______________________________________________________ ______________________________________________________
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Conhecimentos sobre o IBGE 37

Pedido N.: 2894312 - Apostila Licenciada para sincoraalison@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.br
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APOSTILAS OPÇÃO
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Conhecimentos sobre o IBGE 38

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