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PLANO DE AÇÃO

OPERAÇÃO INTEGRADA LOCAL

União de Freguesias de

MONTIJO e AFONSOEIRO

Unidade Técnica Local Arco Ribeirinho Sul Nascente

Operações Integradas em Comunidades Desfavorecidas Área Metropolitana de Lisboa


ÍNDICE

1 CARACTERIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO DAS COMUNIDADES DESFAVORECIDAS

1.1 Breve Caracterização do Concelho do Montijo……………………………………………………………………2


1.2 Resultados do Diagnóstico Social e de Saúde do Concelho do Montijo ………..…………………….4
1.3 Dados da Plataforma Supraconcelhia do Concelho do Montijo Península de Setúbal………...6
1.4 Dados Estatísticos da União de Freguesia Montijo e Afonsoeiro ……………………………………….10
1.5 Identificação das principais condições de vulnerabilidade socio-territoriais……………………. 23

2 ESTRATÉGIA DE INTERVENÇÃO INTEGRADA E OBJETIVOS


2.1 Condições de vulnerabilidade …………………………………………………………………………………………..29
2.2 Objetivos…………………………………………………………………………………………………………………..……..29
2.3 Eixos ………………………………………………………………………………………………………………………………..29
2.4 Objetivos, Eixos e Condições de Vulnerabilidade……………………………………………………………….30
2.5 Eixos, Tipologias de Medida e Ações ……………………..…………………………………………………………31
1
2.6 Complementaridade entre Medidas/Ações …………………………………………………………..…………32
2.7 Matriz de Coerência Interna …………………………………………………………………………………………….35
2.8 Membros da Parceria Local ……………………………………………………………………………………………..37

3 ARTICULAÇÃO COM OUTRAS INTERVENÇÕES URBANÍSTICAS E DE INCLUSÃO SOCIAL……38


4 PLANEAMENTO FÍSICO E FINANCEIRO DA OPERAÇÃO INTEGRADA……………….……………….57
5 DESCRIÇÃO DAS AÇÕES E MEDIDAS A FINANCIAR…………………………………………………………..60
6 PRINCIPAIS REALIZAÇÕES E RESULTADOS A ALCANÇAR……………………………………………….… 93
7 MECANISMOS DE ACOMPANHAMENTO E MONITORIZAÇÃO………………………………………..101
8 ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO E DE MOBILIZAÇÃO DA COMUNIDADE……………………….103
9 PROCESSO DE PARTICIPAÇÃO DAS COMUNIDADES LOCAIS………………………………………….116
10 CONFORMIDADE COM O PRINCÍPIO DE NÃO PREJUDICAR SIGNIFICATIVAMENTE…………118
1. CARACTERIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO DAS COMUNIDADES DESFAVORECIDAS

1.1. Breve Caracterização do Concelho do Montijo

O concelho de Montijo localiza-se na margem sul do Rio Tejo, Distrito de Setúbal e integra a Área
Metropolitana de Lisboa (AML) e a Região de Lisboa e Vale do Tejo, à qual corresponde a
Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDRLVT)
inserindo-se na NUTS III da Península de Setúbal. O concelho possui uma área total de 348,4Km2,
constituída por dois territórios distintos (Oeste/Ocidental e Este/Oriental) geograficamente
separados (25 km). O território Oeste (ou ocidental), com uma superfície de 56,7 Km2 é
marginado pelo Estuário do Tejo e confina com os concelhos de Alcochete, Moita e Palmela,
sendo constituído pelas Uniões de Freguesia de Montijo e Afonsoeiro, Atalaia e Alto
Estanqueiro/Jardia e Freguesia de Sarilhos Grandes. O território Este (ou Oriental), com uma
superfície de 291,6 Km2, confina com os concelhos de Benavente, Coruche, Montemor-o-Novo,
Vendas Novas e Palmela e é constituído pela União de Freguesias de Pegões e pela Freguesia de
Canha. No Referencial para a Coesão Social 2014, o Montijo integra relativamente à Tipologia
2
do Território o Grupo 7 - Concelhos com forte atratividade (abrange os concelhos com o maior
dinamismo demográfico do país e com um peso muito forte dos serviços e da hotelaria) e
simultaneamente, quanto à Tipologia de Exclusão Social o Grupo 10 - Marginalização urbana,
revelando fatores de vulnerabilidade. Desde a sua génese e devido à sua localização junto à
margem do Rio Tejo, o concelho do Montijo apresenta-se como um território especialmente
atrativo. Apoiado por um importante terminal rodoviário, ferroviário e fluvial, este território
capta diferentes atividades económicas nas áreas da produção e transformação. As suas
caraterísticas ecológicas e climatéricas e a sua localização geoestratégica (junto dos principais
eixos rodoviários nacionais), permite o acesso a outras grandes cidades do país e às principais
infraestruturas aeroportuárias e portuárias. Em termos populacionais o concelho do Montijo,
analisando os dados provisórios dos Censos 2021 relativamente a 2011, sofreu um acréscimo
total de 6,38%. Este acréscimo apresenta uma consolidação crescente na última década, onde
o efetivo populacional residente no concelho de Montijo ascendia em 2017 um total de 56.305
habitantes, valor que tem crescido na última década (52.347 habitantes em 2011),
contrabalançando com a dinâmica demográfica do continente que apresenta uma descida
significativa.
Tabela nº 1 Estimativas anuais da população residente no continente, AML e Montijo

2021 Continente 9.857.593


Área Metropolitana de Lisboa 2 870 770
Montijo 55 689
2011 Continente 10.030.968
Área Metropolitana de Lisboa 2827.050
Montijo 52.347
Fonte: INE, Estimativas anuais da população residente

Este crescimento demográfico reflete-se em termos de dinâmicas sociais e implica uma


reflexão atenta para problemáticas de intervenção emergentes, características de novos
centros que ganharam expressão recente na área metropolitana de Lisboa fragilizados pela
existência de fatores de vulnerabilidade associados a processos de marginalização urbana.
Ao longo dos anos, o concelho foi acompanhando a tendência dos movimentos migratórios
da AML, recebendo pessoas de diversos países. De acordo com o Plano Municipal para a
Integração de Migrantes, o Montijo reúne imigrantes de 62 países, contabilizando-se 3084
residentes no concelho. Esta dinâmica, por um lado, trouxe crescimento económico ao
território e, por outro, zonas de exclusão e marginalização, sendo o acesso à habitação por
parte da população imigrante uma questão fundamental para a sua integração. O aumento
3
dos preços da habitação, tanto para compra como para arrendamento que se tem vindo a
registar nos anos recentes, particularmente nos grandes centros urbanos, tem impactado as
dinâmicas de acesso ao mercado por parte das famílias. No concelho, este cenário tem a
agravante da pressão relativa à construção do aeroporto do Montijo e o facto de, nas áreas
rurais, não existir oferta habitacional.
No território do Montijo destacam-se algumas sub-dimensões negativas normalmente
associadas a contextos urbanos:
• forte incidência do endividamento e encargos com habitação;
• vulnerabilidade associada ao género e a vulnerabilidade da população imigrante;
• elevado peso do trabalho sazonal, esporádico e temporário;
• contextos de vulnerabilidade associados à presença da população estrangeira dos
PALOP (quer da sua evolução), de grupos de risco (sobretudo, portadores de HIV) e,
igualmente, uma forte presença do grupo de PSSA e/ou em risco da situação de sem-
abrigo;
• configurações familiares mais permeáveis a fenómenos de exclusão, como as famílias
monoparentais e famílias monoparentais com várias crianças a cargo;
• desemprego jovem com forte incidência.

1.2. Resultados do Diagnóstico Social e de Saúde do Concelho do Montijo

Com base nas conclusões do Diagnóstico Social e de Saúde do Montijo (2018) o


posicionamento do território face ao Capital Humano, Emprego e Rendimentos, Capital
Inclusivo e Saúde e Dependências, evidência de forma clara as necessidades de intervenção
no mesmo.
Considerando a Escala dos níveis de prioridade das dimensões-problema (resultado da
aplicação da metodologia GUT: gravidade, urgência e tendência) e conforme podemos
constatar através da tabela nº 2, o insucesso escolar constitui a grande prioridade nesta
dimensão do Capital Humano, seguindo-se as questões relacionadas com a imigração, o grau
de habilitações da população ativa residente e o abandono escolar. É de destacar que as
lacunas da oferta de educação e formação, a articulação entre oferta formativa e as
necessidades do mercado de trabalho bem como a área do envelhecimento e a dependência
de idosos são também áreas de destaque, mas de prioridade inferior às referidas
inicialmente. 4

Tabela nº 2 - Resultados quanto às dimensões-problema referentes ao Capital Humano

Montij
o
Dinâmicas demográficas
Quebra da natalidade
Emigração
Imigração
Lacunas da oferta de educação-formação existente
Articulação entre oferta formativa e necessidades do mercado de trabalho
Grau de habilitações da população ativa residente
Envelhecimento/dependência de idosos
Índice de Dependência Total
Insucesso escolar
Abandono escolar

Relativamente ao posicionamento do Montijo sobre as dimensões-problema relativos ao


“Emprego e Rendimentos” e conforme representado na tabela abaixo assinada, destaca-se a
Habitação (acessibilidade e taxa de esforço) como uma grande prioridade e urgência. É de
referir ainda dentro desta área, o desemprego total, o desemprego da população adulta em
idade ativa (incluindo DLD), a desqualificação do trabalho, a desigualdade salarial e a
disponibilidade de habitações como áreas também bastante sensíveis e prioritárias.

Tabela nº 3 – Resultados quanto às dimensões-problema referentes ao Emprego e Rendimentos


Mont
ijo
Desemprego total
Desemprego da população adulta em idade ativa (incluindo DLD)
Desqualificação do trabalho
Poder de Compra
Desigualdade salarial
Desemprego jovem / NEET (Jovens que não têm emprego, não estão a estudar ou
nãoparticipam em ações de formação)
Dinâmica empresarial/empreendedorismo
Habitação (Disponibilidade)
Habitação (acessibilidade e taxa de esforço)

No que concerne as dimensões-problema do “Capital Inclusivo” no Concelho do Montijo, a


violência de género e conforme se pode observar através da tabela nº 4, destaca-se como uma
área bastante grave e prioritária, seguindo-se de outras áreas como as crianças e jovens em
perigo, pessoas com deficiência, a prestação de cuidados de saúde básicos e especializados, 5

crianças e jovens com necessidades educativas especiais e lacunas de respostas/serviços


sociais de proximidade. As respostas sociais direcionadas para a atribuição de prestações (RSI,
Subsídio de desemprego, apoios sociais) e a cobertura do ensino pré-escolar constituem áreas
mais estabilizadas.

Tabela nº 4 – Resultados quanto às dimensões-problema Capital Inclusivo

Monti
jo
Violência de género
Crianças e jovens em risco
Pessoas com deficiência
Criminalidade
Lacunas de respostas de apoio social (RSI, Subsídios de desemprego, apoios sociais,…)
Prestação de cuidados de saúde básicos e especializados
Crianças e jovens com necessidades educativas especiais
Lacunas das respostas/serviços sociais de proximidade
Cobertura do ensino pré-escolar
Desigualdades de género no acesso ao emprego
Falta de competências parentais
A seguinte tabela apresenta o posicionamento do Montijo sobre as dimensões-problema Saúde
e Dependências destacando-se a área da Saúde Mental como uma área urgente e prioritária. É
de realçar ainda que ainda nesta dimensão, com inferior prioridade, mas também urgente,
encontramos as respostas na prestação de cuidados de saúde básicos e especializados, crianças
e jovens com necessidades educativas especiais e lacunas das respostas/serviços sociais de
proximidade.

Tabela nº 5 – Resultados quanto às sobre dimensões-problema Saúde e Dependências


Mont
ijo
Saúde mental
Prestação de cuidados de saúde básicos e especializados
Dependências (alcoolismo, toxicodependência,…)
Crianças e jovens com necessidades educativas especiais
Lacunas das respostas/serviços sociais de proximidade

1.3. Dados da Plataforma Supraconcelhia do Concelho do Montijo – Península de Setúbal

Relativamente ao mercado de trabalho e atribuição de prestações sociais e pecuniárias e de 6

acordo com os dados constantes na Plataforma Supraconcelhia do ano de 2020,


apresentamos de seguida os dados referentes à atribuição das seguintes prestações:
• Subsídio de Desemprego;
• Outras prestações de Desemprego;
• Rendimento Social de Inserção;
• Complemento Solidário para Idosos;
• Pensionistas;
• Prestações por encargos familiares;
• Crianças e Jovens com deficiência;
• Prestação Social para a Inclusão;
• Subsídio de doença.

Relativamente aos dados existentes relativamente à atribuição do subsídio de desemprego


verifica-se que os escalões etários mais representativos são dos 35 aos 39 anos, com 182
subsídios de desemprego atribuídos; seguindo-se do escalão etário dos 40 aos 44 anos, com
157 subsídios atribuídos e o escalão etário dos 45 aos 49 anos com 145 prestações de subsídio
de desemprego. Os escalões etários que apresentam valores mais baixos correspondem à
faixa dos 20 aos 24 anos (80) e dos 60 aos 64 anos (97). Quanto ao género, no total de 1219
beneficiários de subsídio de desemprego, 664 dos beneficiários são mulheres.

Tabela nº 6 – Total de beneficiários de Subsídio de Desemprego


Escalão Etário Mulher Homem Total
Total 664 551 1219
15 a 19 anos 0 0 4
20 a 24 anos 50 30 80
25 a 29 anos 78 64 142
30 a 34 anos 75 62 137
35 a 39 anos 90 92 182
40 a 44 anos 88 69 157
45 a 49 anos 74 71 145
50 a 54 anos 69 62 131
55 a 59 anos 78 55 133
60 a 64 anos 55 42 97
65 a 69 anos 7 4 11

Fonte: Plataforma Supraconcelhia 2020


Quanto ao total das 69 atribuições de subsídio social de desemprego, de acordo com a tabela
nº 7, 19 dos beneficiários são do sexo feminino. Os escalões etários que comportam mais 7
beneficiários correspondem aos escalões dos 35 aos 39 (13 beneficiários); seguindo-se o
escalão dos 30 aos 34 anos (11 beneficiários) e os escalões dos 40 aos 44 anos e dos 50 aos 54
anos com 10 beneficiários. É nas faixas etárias dos 20 aos 29 anos e dos 55 aos 64 anos que
existe um menor número de beneficiários a usufruir de subsídio social de desemprego.

Tabela nº 7 – Total de beneficiários de Subsídio Social de Desemprego

Escalão Etário Mulher Homem Total


Total 19 18 69
20 a 24 anos 3 0 3
25 a 29 anos 0 0 6
30 a 34 anos 6 5 11
35 a 39 anos 6 7 13
40 a 44 anos 0 0 10
45 a 49 anos 0 0 7
50 a 54 anos 4 6 10
55 a 59 anos 0 0 5
60 a 64 anos 0 0 4
Fonte: Plataforma Supraconcelhia 2020
Ainda na área do emprego, um total de 177 beneficiários usufruíram de outras prestações de
desemprego, sendo que deste total, 129 recorreram ao subsídio social de desemprego
subsequente.

Tabela nº 8 - Outras prestações de desemprego – Plataforma supraconcelhia 2021

Medida extraordinária Subsídio por Cessação


Majoração de Subsídio de Subsídio Social de
MONTIJO de apoio aos desemp. de Atividade Total
Desemprego - 10% Desemprego Parcial Desemprego Subsequente
de longa duração Profissional MOE

N.º de Beneficiárias/os 8 15 4 21 129 177

Fonte: Plataforma Supraconcelhia 2020

Relativamente à prestação de rendimento social de inserção e de acordo com os dados


apresentados na tabela nº 9, no ano de 2020 contabilizavam-se um total 1582 beneficiários
de RSI, sendo que 861 beneficiários eram do sexo feminino. Não obstante o facto de haver
população de todas as faixas etárias e de os números serem bastante próximos, os escalões
que apresentam mais beneficiários vão dos 55 aos 59 (109 beneficiários) e dos 45 aos 49 (103
beneficiários). A partir dos 65 anos há um decréscimo de beneficiários a receber esta 8
prestação social.

Tabela nº 9 - Rendimento social de inserção


Escalão
Concelho Mulher Homem Total
Etário
Total 861 721 1582
<18 anos 321 318 639
18 anos 16 14 30
19 anos 9 16 25
20 a 24 anos 45 30 75
25 a 29 anos 57 35 92
30 a 34 anos 57 38 95
MONTIJO
35 a 39 anos 63 33 96
40 a 44 anos 52 42 94
45 a 49 anos 75 28 103
50 a 54 anos 53 44 97
55 a 59 anos 49 60 109
60 a 64 anos 44 52 96
>=65 anos 20 11 31
Fonte: Plataforma Supraconcelhia 2020

De acordo com a tabela nº 10, foram contabilizados em 2020, 668 munícipes a beneficiar de
complementos solidário para o idoso, dos quais 465 eram do sexo feminino. O escalão etário
que comporta um maior nº de atribuições desta prestação social corresponde aos 70 – 74 anos
(147 beneficiários), o escalão etário com menos beneficiários desta medida corresponde aos 65
aos 69 anos (102 beneficiários).

Tabela nº 10 - Complemento Solidário para Idosos – Plataforma Supraconcelhia 2020

Concelho Escalão Etário Mulher Homem Total


Total 465 203 668
65 a 69 anos 56 46 102
70 a 74 anos 97 50 147
MONTIJO 75 a 79 anos 104 35 139
80 a 84 anos 106 38 144
85 ou mais anos 102 34 136
Fonte: Plataforma Supraconcelhia 2020

Ao analisarmos a Tabela nº 11 verificamos que do total de 12709 beneficiários de pensões, 4959


são do sexo masculino. Constata-se ainda que do total apresentado, 668 são pensões por
invalidez, 8874 pensões por velhice. Relativamente às pensões 3167 de pensões por
sobrevivência, 600 beneficiários são do sexo masculino.
9
Tabela nº 11 - Pensionistas
Sexo Invalidez Velhice Sobrevivência Total
Total 668 8874 3167 12709
Homem 337 4022 600 4959
Mulher 331 4852 2567 7750

Fonte: Plataforma Supraconcelhia 2020

Relativamente ao deferimento de prestações por encargos familiares, foram contabilizados


4458 beneficiários com prestação de abono de família de crianças e jovens e foram deferidos
120 abonos de família pré-natal.

Tabela nº12 - Prestações por encargos familiares

Abono familia Abono familia pré-


MONTIJO
crianças e jovens natal

N.º de Beneficiárias/os 4458 120

Fonte: Plataforma Supraconcelhia 2020

Na área das Crianças e Jovens com deficiência, 463 beneficiam de bonificação por deficiência e
67 de subsídio por assistência de terceira pessoa.
Tabela nº 13 - Crianças e Jovens com deficiência

Subsidio por
Bonificação por
MONTIJO assistência de terceira
deficiência
pessoa

N.º de Beneficiárias/os 463 67

Fonte: Plataforma Supraconcelhia 2020

Verificam-se que foram deferidas 535 Prestações Solidárias para a Inclusão (componente base);
e 120 beneficiários estavam a receber também o complemento da PSI.

Tabela nº 14 - Prestação Social para a Inclusão


Componente
MONTIJO Complemento
Base
N.º de Beneficiárias/os 535 120

Fonte: Plataforma Supraconcelhia 2020

Quanto ao subsídio por doença foram contabilizados 877 beneficiários.

Tabela nº 15 -Subsídio de doença


10

MONTIJO Subsídio Doença


N.º de Beneficiárias/os 877

Fonte: Plataforma Supraconcelhia 20210

1.4. Dados estatísticos da União de Freguesias Montijo e Afonsoeiro

Criada pela Lei n.º 11-A/2013 de 28 de janeiro que procedeu à reorganização administrativa
territorial, a União de Freguesias de Montijo e Afonsoeiro agrega estas duas freguesias,
estendendo-se por uma área de 31,46 km² de área. Conforme se pode constatar, neste território
residem 41.411 habitantes numa densidade populacional de 1316,3 hab/km².
Tabela nº 16 – População Residente em 2021

População Residente 2021

Total H M Total Residentes Feminização


55689 27057 28632 55689
União Freguesias
Montijo e Afonsoeiro 19799 21612 41411 74,4% 75,5%
Atalaia e Alto Estanqueiro Jardia 2644 2735 5379 9,7% 9,6%
Sarilhos 1594 1649 3243 5,8% 5,8%
Pegões 2232 1858 4090 7,3% 6,5%
Canha 788 778 1566 2,8% 2,7%
Fonte: Censos 2021

De acordo com a tabela nº 17, relativamente à nacionalidade dos residentes, 90% da população
tem nacionalidade portuguesa, os restantes 10% correspondem a cidadãos estrangeiros.
Destaca-se uma prevalência de cidadão estrangeiros com origem fora da união europeia. A
referir ainda que 52% da população desta União de Freguesias é do sexo feminino.

Tabela nº 17 – Nacionalidade dos residentes

Nacionalidade 11
Sexo
União de Freguesias População Residente
Homem Mulher
Estrangeira Estrangeira fora
Portuguesa Estrangeira Portuguesa Estrangeira Estrangeira EU Estrangeira fora EU
EU EU
Montijo e Afonsoeiro 41411 17927 1872 296 1576 19543 2069 329 1740
UFMA Percentagem 43,3% 4,5% 47% 5%
Atalaia e Alto Estanqueiro Jardia 5379 2440 204 79 125 2558 177 76 101
UFAEJ Percentagem 45,4% 3,8% 48% 3%
Sarilhos 3243 1402 192 81 111 1511 138 81 57
F Percentagem 43% 6% 47% 4%
Pegões 4090 1580 652 73 579 1621 237 52 185
UFP Percentagem 39% 16% 40% 6%
Canha 1566 665 123 17 106 721 57 10 47
F Percentagem 42% 8% 46% 4%
Total Concelho 55689 24016 3043 546 2497 25956 2678 548 2130
Percentagem Concelho 43% 5% 47% 5%
Total Concelho Sexo 27059 28634
Feminização 51%
Fonte: Censos 2021

Em termos de escolaridade, verificamos que o sexo masculino tem mais habilitações ao nível do
3.º ciclo, por oposição ao sexo feminino que tem maior prevalência nos níveis inferiores com
ausência de formação ou ao nível de 1.º ciclo.
Tabela nº 18 – Nível de escolaridade

População residente (N.º) por Local de residência, Sexo e Níveis de ensino; Decenal
Sexo
H M
União de Freguesias
Níveis de ensino
Nenhum 1º ciclo 2º ciclo 3º ciclo Nenhum 1º ciclo 2º ciclo 3º ciclo
N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º
Canha 88 261 115 121 134 283 71 110
Total Sexo 585 598
Percentagem /Nível/Sexo 15% 45% 20% 21% 22% 47% 12% 18%
Sarilhos Grandes 226 382 204 326 265 398 158 255
Total Sexo 1 138 1 076
Percentagem /Nível/Sexo 20% 34% 18% 29% 25% 37% 15% 24%
Atalaia e Alto Estanqueiro-Jardia 405 550 313 425 470 560 236 377
Total Sexo 1 693 1 643
Percentagem /Nível/Sexo 24% 32% 18% 25% 29% 34% 14% 23%
Montijo e Afonsoeiro 3 076 2 692 1 938 3 442 3 394 3 445 1 652 3 007
Total Sexo 11 148 11 498
Percentagem /Nível/Sexo 28% 24% 17% 31% 30% 30% 14% 26%
Pegões 322 462 312 381 306 441 224 293
Total Sexo 1 477 1 264
Percentagem /Nível/Sexo 22% 31% 21% 26% 24% 35% 18% 23%

Fonte: Censos 2021

Em relação à estrutura etária da população da união de freguesias do Montijo e Afonsoeiro, 55% 12


situa-se entre os 25 e os 64 anos, sobrecarregando a dimensão do mercado de trabalho, sendo
o grupo etário de 65 e mais anos, igual ao grupo dos 0-14 anos.

Tabela nº 19 – Estrutura Etária

População residente (N.º) por Local de residência, Sexo e Grupo etário; Decenal
Sexo
HM
Período de referência dos dados União de Freguesias Grupo etário Total
0 - 14 anos 15 - 24 anos 25 - 64 65 e mais anos
anos
N.º N.º N.º N.º N.º
Canha 147 139 715 565 1566
Percentagem 9% 9% 46% 36% 100%
Sarilhos Grandes 439 318 1670 816 3243
Percentagem 14% 10% 51% 25% 100%
Atalaia e Alto Estanqueiro-Jardia 837 576 2880 1086 5379
2021
Percentagem 16% 11% 54% 20% 100%
Montijo e Afonsoeiro 7087 4291 22952 7081 41411
Percentagem 17% 10% 55% 17% 100%
Pegões 505 450 2238 897 4090
Percentagem 12% 11% 55% 22% 100%
Total Concelho 9015 5774 30455 10445 55689
Percentagem Concelho 16% 10% 55% 19% 100%

Fonte: Censos 2021


Pirâmide Etária Afonsoeiro e Montijo

65 e mais anos 2.899 4 182

25 - 64 anos 11.054 11 898

15 - 24 anos 2.175 2 116

0 - 14 anos 3.671 3 416

15000 10000 5000 0 5000 10000 15000

H M

Em relação ao alojamento, segundo resultados provisórios dos Censos 2021, registam-se na


união de freguesias de Montijo e Afonsoeiro um total de 20.209 alojamentos maioritariamente
clássicos.

Tabela nº 20 – Alojamentos 13

Alojamentos (N.º) por Localização geográfica e Tipo (alojamento)


Período de referência dos dados
2021
União de Freguesia Tipo (alojamento) (1)

Total Alojamentos familiares Clássicos Não clássicos Alojamentos colectivos


N.º N.º N.º N.º N.º
Canha 1204 1199 1197 2 5
Sarilhos Grandes 1770 1766 1759 7 4
Atalaia e Alto Estanqueiro-Jardia
2624 2621 2620 1 3
Montijo e Afonsoeiro 20209 20189 20169 20 20
Pegões 2164 2157 2142 15 7

Segundo dados fornecidos pela Divisão de Desenvolvimento Social e Promoção da Saúde,


relativos à população residente em habitação social no concelho verificamos que,
correspondendo a 2,7% da população total, se concentra maioritariamente nesta união de
freguesias.
Tabela nº 21 – Habitação Social

Habitação Social

União de Freguesias População Residente


População HS Percentagem

Montijo e Afonsoeiro 41411 1119 2,7%


Atalaia e Alto Estanqueiro Jardia 5379 24 0,4%
Sarilhos 3243 28 0,9%
Pegões 4090 0 0,0%
Canha 1566 5 0,3%
Total Concelho 55689 1176 2,1%

Tendo em conta o parque habitacional da união de freguesias de Montijo e Afonsoeiro, temos


que considerar a habitação social e os pátios, com alguma relevância nesta união de freguesias,
nos Bairros da Caneira, Esteval e Afonsoeiro, sendo o estado de conservação dos edifícios
classificado como médio/mau e verificando-se uma prevalência de titulares de sexo feminino.

14
Tabela nº 22 – Habitação Social: Bairros e estado de conservação

Habitação social
União de Freguesias
Titulares P/Sexo
Bairros Agregados Residentes Fogos Ano Construção Estado de conservação Feminização (%)
M H
Caneira 123 347 121 1976 MÉDIO 84 44 65,6
Esteval 195 491 206 1994 MÉDIO 145 50 74,4
Montijo e Afonsoeiro
Esteval Novo 96 194 100 2001 MÉDIO 69 27 71,9
Afonsoeiro 30 87 96 1983 MÉDIO/MAU 22 8 73,3
Total U. F. Montijo e Afonsoeiro 444 1119 523 320 129 71,3
Atalalaia e Alto Estanqueiro Jardia Atalaia 11 24 12 1992 MÉDIO 3 8 27,3
Sarilhos Grandes Lançada 11 28 12 1991 MÉDIO 5 6 45,5
Canha Canha 2 5 2 MÉDIO 1 1 50,0
Total Habitação Social 468 1176 549 329 144 69,6

O Bairro do Esteval - construído na década de 90, conta atualmente com 206 fogos. Alberga uma
população desfavorecida, que acumulam graves carências económicas, baixos níveis de
escolaridade e dificuldades do acesso ao mercado do trabalho. Habita neste espaço uma
comunidade imigrante onde são identificáveis problemáticas no acesso ao mercado do trabalho,
ligadas à barreira linguística e um défice de respostas lúdicas e pedagógicas. Não apresenta, no
entanto, constrangimentos de integração social e na malha urbana.

O Bairro da Caneira - constitui-se como um território com diversas problemáticas constituído


por 121 fogos, tendo sido a sua construção realizada na década de 80. Neste bairro as respostas
habitacionais são distintas, existindo habitações sociais camarárias e de cooperativa,
constituídas por moradias e casas antigas pré-fabricadas. De um modo global, uma grande parte
dos agregados que aqui residem são beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI), com
baixas qualificações e alta taxa de analfabetismo. 18,5% das famílias residentes neste bairro são
de etnia cigana.

O Empreendimento Social do Afonsoeiro - contruído em 1982, constituído por 31 fogos, a sua


tipologia habitacional é maioritariamente unifamiliar, havendo também habitação coletiva. Os
habitantes deste bairro caraterizam-se por uma escolaridade baixa e desemprego. As
especificidades culturais destes agregados traduzem o modo como se apropriam do espaço
onde habitam, o que dificulta o acompanhamento e os projetos desenvolvidos nos processos de
inclusão social.

O Bairro Novo do Esteval - concluído no início dos anos 2000 no âmbito do PER, é constituído 15

por 100 fogos de habitação social. A boa localização e integração na malha urbana facilita o
acesso aos principais serviços e equipamento por parte da população residente, que tende a
acumular baixa escolaridade e baixos rendimentos.

Temos ainda de considerar os pátios, estruturas habitacionais existentes na união de freguesias


com alguma relevância e condições de habitabilidade precárias e insuficientes, correspondendo
a 252 pátios e 1230 habitações.

Pátios dispersos, no total de 271, que segundo o Diagnóstico da Estratégia Local de Habitação,
implicarão o realojamento de 250 agregados familiares dadas as condições de habitabilidade
dos mesmos:

a) Predominância de construções abarracadas, inicialmente erigidas para


alojamento operário (1940-1950), cujas condições chegaram aos nossos dias,
com sucessivas ações de abarracamento, improviso, com dimensões exíguas e
sem condições regulamentares de segurança estrutural;
b) Construções (habitacionais) em estado de conservação mau ou péssimo, muitas
delas classificadas como ruína física e económica, com ausência de elementos
construtivos (vãos de janela e coberturas degradadas/parcialmente
colapsadas);
c) Habitações sem programa funcional autónomo ou regulamentar, porquanto é
recorrente a ausência de instalação sanitária por cada habitação, bem como a
completa interioridade da maioria dos exíguos compartimentos habitacionais;
d) Espaços exteriores sem ligação direta à via publica, com reduzidas dimensões
que não permitem qualquer reconversão/ampliação das áreas da unidade
habitacional em condições mínimas regulamentares;
e) Conjuntos edificados com características de interioridade face à via publica que
os serve, em alguns casos com insuficiente nível de infraestruturação das redes
de abastecimento publico, não cumprindo condições de acesso a viaturas de
emergência ou de combate a incêndio. Falta de condições de segurança publica
face ao espaço central/urbano da cidade de Montijo;
f) Progressiva alienação privada destas unidades de alojamento (desde o período
original de criação 1940-1950), promovendo o fracionamento da propriedade
em micro parcelas, sem condições de edificabilidade mínima, face aos recursos
financeiros dos proprietários e usufrutuários. 16

Nota-se um crescimento acentuado da população migrante que procura fixar-se no concelho,


em particular com origem nos PALOP, Brasil e Venezuela.

A comunidade de etnia cigana está globalmente bem integrada em virtude da experiência de


projetos comunitários levados a cabo no Bairro do Esteval e no Bairro da Caneira, que alojam a
maior parte desta comunidade. Contudo, continua a haver necessidade de manter intervenções
específicas de integração social e projetos socioculturais direcionados para esta população.
Tabela nº 23 - Pátios e Habitações

União de Freguesias Zona Pátios Habitações

Zona Antiga 19 138


Pescadores 13 61
B. Liberdade 22 219
Zona Fabril 11 89
Zona Fabril 63 354
Montijo e Afonsoeiro
P. Nascentes 21 116
Alto Vinhas 14 58
Bairro Sem Justiça 25 40
Afonsoeiro 42 124
Cova da Loba 12 31
Total U. F. Montijo e Afonsoeiro 242 1230
Sarilhos Sarilhos 14 69
Atalaia 5 19
Atalaia e Alto-Estanqueiro Jardia
Alto-Estanqueiro Jardia 5 14
Canha Canha 5 10
Total 7 271 2572 17

Relativamente ao mercado de trabalho, segundo dados da Plataforma Supraconcelhia da


Península de Setúbal de 2020, o Concelho do Montijo regista um total de 1.219 beneficiários
inscritos no IEFP do Montijo, dos quais 664 são mulheres e 551 homens, entre os 35-44 e os 50-
54 anos. De acordo com a seguinte trabela, do total de 1219 de pessoas a beneficiar desta
medida social, 959 residem na Freguesia de Montijo e Afonsoeiro.
Tabela nº 24 - Total de beneficiários a receberem Subsídio de Desemprego

Freguesia Total
Total 1219

Atalaia e Alto Estanqueiro Jardia 104

Canha 17

Montijo e Afonsoeiro 959

Pegões 83

Sarilhos Grandes 56

Fonte: Plataforma Supraconcelhia 2020

O total dos 69 beneficiários de Subsídio Social de Desemprego, 51 beneficiários são residentes


da União de Freguesias Montijo/Afonsoeiro.

Tabela nº 25 - Total de beneficiários a receberem Subsídio Social de Desemprego


18
Freguesia Total

Total 69

Atalaia e Alto Estanqueiro- 6


Jardia

Canha 0

Montijo e Afonsoeiro 51

Pegões 9

Sarilhos Grandes 3

Fonte: Plataforma Supraconcelhia

Quanto à prestação de RSI, do total de 1582 beneficiários abrangidos por esta medida social, no
concelho do Montijo, 1262 residem na Freguesia de Montijo e Afonsoeiro.
Tabela nº 26 - Rendimento Social de Inserção

Freguesia Total
Total 1582
Atalaia e Alto Estanqueiro Jardia 166
Canha 10
Montijo e Afonsoeiro 1262
Pegões 44
Sarilhos Grandes 100

Fonte: Plataforma Supraconcelhia

Relativamente aos beneficiários de Complemento Solidário para o Idoso, a Freguesia de Montijo


e Afonsoeiro regista um total de 425 munícipes a beneficiar deste complemento.

Tabela nº 27 - Complemento Solidário para idosos: Montijo e Afonsoeiro

Freguesia Total
Total 668 19
Atalaia e Alto Estanqueiro Jardia 82
Canha 35
Montijo e Afonsoeiro 425
Pegões 83
Sarilhos Grandes 43

Relativamente à área do Desporto, de acordo com a Carta dos Equipamentos Desportivas 2016
da Câmara Municipal do Montijo, a União de Freguesias de Montijo e Afonsoeiro comporta os
seguintes equipamentos, classificados da seguinte forma: Bom – com aspeto agradável em
todos os seus sectores; Razoável – a necessitar de pequenas intervenções de conservação; Mau
– a necessitar de intervenção urgente.

Conforme se pode analisar através da seguinte tabela, relativamente à avaliação dos


equipamentos desportivos, a grande maioria encontra-se classificada com Bom e Razoável,
tendo sido identificados 4 polidesportivos com necessidade de intervenção urgente.
Tabela nº 28 – Equipamentos Desportivos: Montijo e Afonsoeiro

Estado
União de Freguesias Instalação Designação Localização
Conservação
Campo de Futebol Municipal do Afonsoeiro Afonsoeiro
Campo de Futebol Municipal do Areias Areias Razoável
Campo de Futebol
Campo Municipal do Campo de Futebol de 7 do Esteval Esteval Razoável
Campo Municipal da Liberdade Liberdade Razoável
Escola Poeta Joaquim Serra Afonsoeiro Razoável
Pavilhão Municipal n.º 2 Esteval Bom
Pavilhão Pavilhão Municipal n.º 1 Montijo Bom
Pavilhão da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários
Montijo de Montijo Razoável
EB D. Pedro Varela Montijo Razoável
Piscina Coberta Piscina Municipal do Montijo Montijo Bom
Polidesportivo do Afonsoeiro Afonsoeiro
Área Desportiva Secundária Poeta Joaquim Serra Afonsoeiro Razoável
Polidesportivo da Praça Paz da Bela Vista Afonsoeiro
Polidesportivo da EB do Afonsoeiro Afonsoeiro Bom
Polidesportivo do Bairro do Areias Areias Razoável
Polidesportivo do Borralhal Borralhal Razoável
Polidesportivo do Bairro da Calçada Calçada Mau
Polidesportivo do Bairro da Caneira Caneira Bom
Montijo e Afonsoeiro Parque Desportivo do Esteval Esteval Bom
Polidesportivos/Parques
Polidesportivo do Esteval Esteval Mau
Mini – Polidesportivo da EB Esteval Esteval Mau
Polidesportivo do Bairro da Liberdade Liberdade Razoável
Minipolidesportivo Janelas do Parque Montijo
Polidesportivo do Parque Municipal Montijo Razoável
Polidesportivo anexo ao Pavilhão Desportivo n.º 1 Montijo Razoável
20
Área Desportiva EB D. Pedro Varela Montijo Mau
Área Desportiva Secundária Jorge Peixinho Montijo Bom
Polidesportivo do Parque Urbano das Piscinas Montijo
Mini -Polidesportivo da EB Joaquim de Almeida Montijo Razoável
Ginásio Nº 1 do Pavilhão Desportivo do Esteval Esteval Bom
Ginásio N.º 2 do Pavilhão Desportivo do Esteval Esteval Bom
Ginásios Ginásio N.º 3 do Pavilhão Desportivo do Esteval Esteval Bom
Ginásio 1 Escola Secundária Jorge Peixinho Montijo Razoável
Ginásio 2 Escola Secundária Jorge Peixinho Montijo Razoável
Afonsoeiro Afonsoeiro Bom
Ciclovia Esteval Esteval Bom
Montijo Montijo Bom

Fonte: Carta dos Equipamentos Desportivos de 2016 da CMM

Relativamente aos equipamentos culturais, dados relativos a 2021 fornecidos pela Divisão de
Juventude, Bibliotecas e Museus da Câmara Municipal do Montijo, a União de Freguesia de
Montijo e Afonsoeiro comporta os seguintes equipamentos: Museu, Galeria, Biblioteca, cinema-
teatro e Moinhos. Através da seguinte tabela é possível verificar a sua localização, ano de
construção e últimas intervenções.
Tabela nº 29 – Equipamentos Culturais

Ano Última
União de Freguesias Equipamento Designação Localização
Construção Intervenção
Museu Museu Municipal Casa Mora Montijo 1875 1993
Museu do Pescador Montijo 1866 2014
Galeria Galeria Municipal Montijo Séc.XVIII 1999
Biblioteca Biblioteca Municipal Manuel Giraldes da Silva Montijo 1934 1993
Montijo e Afonsoeiro
Polo de Leitura Pública do Esteval Esteval
Cinema-Teatro Cinema-Teatro Joaquim d Almeida Montijo 1957 2005
Moinhos Moinho da Maré Montijo Desconhecida 2005
Moinho de Vento Montijo 1826 2000

Pertencente à ARS Lisboa e Vale do Tejo, o ACES Arco Ribeirinho coordena os equipamentos de
Saúde cuja área de influência integra o Concelho do Montijo. Relativamente às unidades de
saúde existentes na União de Freguesia de Montijo e Afonsoeiro.

Tabela nº 30 – Equipamentos de Saúde

União de Freguesias Habitantes Equipamento Identificação Localização Inscritos Médico Familia

Hospital Centro Hospitalar Montijo


Barreiro Montijo
UCSP - Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados USCP Montijo Montijo 35.528 13
USF - Unidade de Saúde Familiar USF Afonsoeiro Afonsoeiro 13.710 8
Montijo e Afonsoeiro 41411
USP - Unidade de Saúde Pública Arco Ribeirinho USP Arco Ribeirinho
Arco Ribeirinho
UCC - Unidade de Cuidados de Saúde à Comunidade UCC Montijo-Alcochete
Alcochete e Montijo 68.409
URAP - Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados URAP Arco Ribeirinho
Barreiro 21

Relativamente à Unidade de Saúde de Cuidados à População do Montijo, USCP Montijo,


verificamos um maior número total de
inscritos do sexo feminino, sendo que a
prevalência deste sexo se verifica a partir dos
15 anos para cima, até esta idade a
prevalência é do sexo masculino.
Relativamente aos equipamentos escolares de ensino básico existentes na união de freguesias
do Montijo e Afonsoeiro, verificamos que dos 11 estabelecimentos existentes, 8 são
exclusivamente de 1.º ciclo partilhando os restantes ou os 3 ciclos (Escola do Esteval) ou apenas
2 (Escola D. Pedro Varela de 2.º e 3.º ciclos e a Poeta Joaquim Serra que para além de 3.º ciclo
tem ensino secundário).

Em relação ao sucesso educativo no ano letivo de 2021-2021, se ao nível do 1.º ciclo se verifique
que as retenções são residuais, ao nível dos 2. e 3.º ciclos verifica-se um acréscimo não muito
significativo.

Tabela nº 31 – Equipamentos Escolares

Ano letivo 2020-2021


Unidade Escola Nível Situação Nº Taxa
Ary dos Santos Total de 1º Ciclo 186 100,0%
1º Ciclo Transitou 183 98,39%
N/Trans 3 1,64%
D. Pedro Varela Total de 2º Ciclo 548 100,0%
2º Ciclo Transitou 519 94,7%
N/Trans 29 5,6%
Total de 3º Ciclo 193 100,0%
3º Ciclo Transitou 178 92,2%
N/Trans 15 8,4%
Joaquim de Almeida Total de 1º Ciclo 187 100,0%
Agrupamento de Escolas do Montijo 1º Ciclo Transitou 185 98,9%
N/Trans 2 1,1% 22
Luís de Camões Total de 1º Ciclo 175 100,0%
1º Ciclo Transitou 172 98,3%
N/Trans 3 1,7%
Liberdade Total de 1º Ciclo 194 100,0%
1º Ciclo Transitou 185 95,4%
N/Trans 9 4,9%
Caneira Total de 1º Ciclo 179 100,0%
1º Ciclo Transitou 173 96,6%
N/Trans 6 3,5%
Rosa dos Ventos Total de 1º Ciclo 156 100,0%
1º Ciclo Transitou 156 100,0%
Afonsoeiro Total de 1º Ciclo 174 100,0%
1º Ciclo Transitou 172 98,9%
N/Trans 2 1,2%
Areias Total de 1º Ciclo 189 100,0%
1º Ciclo Transitou 188 99,5%
N/Trans 1 0,5%
Jardia Total de 1º Ciclo 18 100,0%
1º Ciclo Transitou 18 100,0%
Novos Trilhos Total de 1º Ciclo 118 100,0%
1º Ciclo Transitou 117 99,2%
N/Trans 1 0,9%
Agrupamento de Escolas Poeta Sarilhos Grandes Total de 1º Ciclo 85 100,0%
Joaquim Serra, Montijo 1º Ciclo Transitou 85 100,0%
Alto Estanqueiro Total de 1º Ciclo 80 100,0%
1º Ciclo Transitou 80 100,0%
Esteval Total de 1º Ciclo 103 100,0%
1º Ciclo Transitou 103 100,0%
Total de 2º Ciclo 520 100,0%
2º Ciclo Transitou 512 98,5%
N/Trans 8 1,6%
Total de 3º Ciclo 223 100,0%
3º Ciclo Transitou 217 97,3%
N/Trans 6 2,8%
Poeta Joaquim Serra Total de 3º Ciclo 511 100,0%
3º Ciclo Transitou 484 94,7%
N/Trans 27 5,6%
1.5 Identificação das principais condições de vulnerabilidades socio-territoriais

Relativamente à tipologia das condições de vulnerabilidade socio-territoriais que identificamos


na União de Freguesia Montijo/Afonsoeiro salientamos as seguintes condições de
vulnerabilidade do território:

• Prevalência de condições de habitabilidade deficientes ou precárias;


• Prevalência de situações de desemprego, baixos rendimentos e pobreza
material;
• Prevalência de problemas de acesso à saúde, desporto, educação e cultura.

Prevalência de condições de habitabilidade deficientes ou precárias

Analisando os dados provisórios dos censos de 2021, relativamente ao ano de 2011 o concelho
do Montijo, devido à sua localização geoestratégica constitui um território atrativo tal como já
foi referido na caracterização do Concelho, registando um acréscimo total de 6.38% da
população. Este crescimento demográfico impacta o sector imobiliário do Concelho 23
potenciando o aumento do preço das habitações disponíveis e consequentemente o recurso por
parte da população mais vulnerável a opções habitacionais mais precárias e em condições por
vezes abusivas.

Com base nas conclusões do Diagnóstico Social e de Saúde do Montijo (2018) e considerando a
Escala dos níveis de prioridade das dimensões-problema (metodologia GUT) o posicionamento
do Montijo sobre as dimensões-problema relativos ao “Emprego e Rendimentos”, a área da
Habitação (acessibilidade e taxa de esforço) constitui uma grande e urgente prioridade ao nível
das necessidades de intervenção. Ainda nesta dimensão encontramos outras áreas prioritárias,
nomeadamente a disponibilidade de habitação.

Conforme foi possível constatar através dos dados apresentados neste documento e
visualizados nas tabelas, na União de Freguesias de Montijo e Afonsoeiro, a habitação social e
os pátios destacam-se com alguma relevância. Os estados de conservação dos edifícios foram
classificados como médio/mau, o ano de construção remonta a 1976 e o mais recente a 2001.
Estruturas deste género com cerca de 40 e 20 anos de construção carecem de manutenção e
obras de melhoria com alguma regularidade, de forma a não permitir a sua deterioração.
Além da população residente em Habitação Social, que corresponde a 2,7% da população total,
identificam-se ainda outras estruturas habitacionais denominadas de pátios que apresentam
condições de habitabilidade precárias e insuficientes. De acordo com o diagnóstico da Estratégia
Local de Habitação contabilizam-se 242 pátios e 1230 habitações. Estas construções que se
destinavam inicialmente a responder às necessidades para o alojamento de operários (1940 –
1950) são, hoje em dia, o resultado de constantes reconstruções e ações de improviso sem
condições e regulamentação de segurança, caracterizando-se por opções habitacionais de
habitabilidade deficiente e precária.

O espaço público circundante às habitações sociais, com maior expressão nos bairros,
nomeadamente no Bairro da Caneira, acompanha o processo de degradação, carecendo de
obras de requalificação do espaço público nas áreas comuns. A estratégia de requalificação
destas zonas é essencial para a promoção de um ambiente exterior saudável, não degradado,
que potencie a coesão social entre a população e seja gerador de um sentimento de pertença.

Prevalência de situações de desemprego, baixo rendimentos e pobreza material


24
Relativamente à área do emprego e de acordo com os dados da plataforma Supraconcelhia da
Península de Setubal, na União de Freguesias de Montijo e Afonsoeiro, num total de 1219
beneficiários com prestação de subsídio de desemprego atribuído, 959 beneficiários são
provenientes da união de Freguesias de Montijo e Afonsoeiro. Ainda de acordo com os
indicadores sociais que constam na Plataforma, a taxa de desemprego do concelho regista
13,2%, num total de 2.174 desempregadas/os inscritos no Centro de Emprego.

No concelho do Montijo, de acordo com os dados da plataforma supraconcelhia para a Península


de Setúbal, de um total de 1219 beneficiários, a maioria são residentes na União de Freguesias
de Montijo e Afonsoeiro. Quanto ao Subsídio Social de Desemprego, constatou-se que dos 69
beneficiários desta prestação social, 51 prestações referem-se a beneficiários residentes desta
União de freguesias.

Relativamente à escolaridade, tendo como suporte as conclusões do diagnóstico social e de


saúde do Montijo (2018) e considerando a escala dos níveis de prioridade das dimensões-
problema (resultado da aplicação do método GUS), o posicionamento do território face ao
capital humano coloca o insucesso escolar como uma grande prioridade desta dimensão,
seguindo-se outras áreas como o grau de habilitações da população ativa residente e o
abandono escolar. Ainda no âmbito dos resultados destas conclusões, tendo em conta o
posicionamento do concelho do Montijo sobre a dimensão-problema Capital Inclusivo, a
violência de género destaca-se como área prioritária de intervenção seguindo-se outras tais
como: crianças e jovens em risco, pessoas com deficiência, crianças e jovens com cuidados de
saúde básicos e especializados, entre outros. Na dimensão-problema Emprego e Rendimentos
além da acessibilidade e taxa de esforço no âmbito da habitação identificada como uma área de
grande prioridade e urgência, também são assinaladas as seguintes áreas prioritárias que
carecem de intervenção: desemprego total, desemprego da população adulta em idade ativa
(incluindo DLD), desqualificação do trabalho, desigualdade salarial e dinâmica
empresarial/empreendedorismo.

Ao analisarmos os censos de 2021 relativamente ao nível de escolaridade na Freguesia de


Montijo Afonsoeiro há uma elevada prevalência de ausência da escolaridade e de habilitações
ao nível do 1º ciclo, tanto no seio da população feminina como masculina.

Ao nível das pessoas abrangidas por prestações e apoios do subsistema público da ação social,
através da análise dos dados da Plataforma Supraconcelhia da Península de Setúbal,
25
relativamente aos indicadores de ação social e proteção social, em dezembro de 2020, do total
de 1582 beneficiários de RSI residentes no Concelho, 1262 são beneficiários residentes na união
de Freguesias Montijo e Afonsoeiro, constituindo um número bastante expressivo.

Relativamente às prestações por encargos familiares, no Concelho do Montijo há 4.458 crianças


e jovens beneficiárias de abono de família de crianças e jovens e, em dezembro de 2020 estavam
registados 120 deferimentos de abono de família pré-natal. Na área das Crianças e Jovens, o
Montijo regista ainda 463 bonificações por deficiência e 67 subsídios por assistência à terceira
pessoa. (Plataforma Supraconcelhia da península de Setubal, 2020).

Relativamente à Prestação Solidária para a Inclusão, de acordo com os dados da plataforma, há


535 prestação deferidas (componente base) dos quais 120 têm o complemento da PSI. Ao nível
de atribuição de subsídios por doença e de acordo com os dados da plataforma, foram atribuídos
877 subsídios por doença. O Concelho do Montijo contabiliza um total de 12.709 de
pensionistas, sendo que 668 munícipes beneficiam de pensão por invalidez e 3167 de pensão
por sobrevivência. Os restantes 8.874 recebem pensão por velhice. Ainda neste total
encontramos 140 pensionistas de pensão social.
Relativamente ao Complemento Solidário para o Idoso, 668 munícipes do concelho estão
contemplados por esta prestação social destinada a idosos com baixos recursos, nomeadamente
recursos “por pessoa” inferiores ou iguais a 5258,63€ (valor de 2019) por ano. Deste total,
425 munícipes beneficiários de CSI residem na União de Freguesias Montijo e Afonsoeiro.

Do ponto de vista estatístico, os dados mais recentes apontam para a descida das taxas de
desemprego. Contudo, parte importante do emprego criado é precário e fortemente
dependente das medidas ativas de emprego acionadas para responder ao aumento exponencial
do desemprego que resultou da recente crise económica e financeira. Assim, existe a perceção
de que no caso dos territórios mais urbanos, apesar de a taxa de desemprego não ser acentuada,
a falta de qualidade dos empregos criados pode estar a “camuflar” uma tendência de
degradação das condições de vida da população ativa.

De acordo com os dados recolhidos na Divisão de Desenvolvimento Social e Promoção da Saúde


da CMM, também se assiste a um aumento recente dos pedidos de ajuda alimentar, dada a
conjuntura atual do país no rescaldo do contexto pandémico, e a vivência da guerra na Europa,
com agravamento das situações sociais e do tecido social mais fragilizado da comunidade.

Pese embora não se tratar ainda de uma situação alarmante, alerta-se também para o 26

aparecimento de casos recentes de pessoas em situação de sem-abrigo, resultado do aumento


de rendas que se tem feito sentir nos últimos tempos.

Por conseguinte, o Município do Montijo encontra-se a projetar uma resposta dirigida a pessoas
em situação de sem abrigo, nomeadamente a criação de um centro de abrigo com apoio
individualizado para definição de projetos de vida e encaminhamento para espaços para
pernoitar. Ainda dentro desta temática, Município do Montijo, tem a funcionar, desde 2020 uma
equipa especializada constituída por 3 técnicas gestoras de caso, para acompanhamento
psicossocial e desenvolvimento de outras atividades de caráter inclusivo e promotoras de
competências junto desta população.

Pelo exposto e dadas as potencialidades e características deste concelho, nomeadamente


na sua zona mais urbana, onde existe maior densidade populacional, é urgente a criação
de respostas alternativas e investimento na área do emprego, capacitação e promoção da
empregabilidade de forma a ir ao encontro das necessidades sentidas, principalmente a
capacitação da população mais vulnerável, dando-lhes ferramentas e competências para a
promoção e criação de emprego local, a diminuição da precaridade laboral, entre outras.
O desenvolvimento de competências informáticas e os processos de transição digital, quer na
população, quer nos parceiros sociais e empresariais constituem-se como aliados no processo
de valorização identitária das comunidades mais vulneráveis consequentemente do seu
processo de inclusão. Constituem ferramentas de inclusão da população adulta ativa que precisa
de melhorar as suas competências digitais de modo a acompanhar o mundo global e digital em
que vivemos.

Prevalência de problemas de acesso à saúde, desporto, educação e cultura

No Concelho do Montijo, a União de Freguesias Montijo/Afonsoeiro tem dois agrupamentos


de Escolas, o Agrupamento de Escolas do Montijo que contempla 6 equipamentos escolares de
1º ciclo (Escola Ary dos Santos, Escola Joaquim de Almeida, Escola Luís de Camões, Escola da
Liberdade e Escola da Caneira) 1 equipamento de 2º e 3º ciclo (Escola D. Pedro Varela); e o
Agrupamento de Escolas Poeta Joaquim Serra composto por 4 equipamentos de 1º ciclo (Escola
Rosa dos Ventos, Escola do Afonsoeiro, Escola do Areias, Escola do Esteval) e 2 equipamentos
com 2º e 3º ciclo (Escolado Esteval e Escola Poeta Joaquim Serra). Estas estruturas encontram-
se localizadas em bairros de habitação social e de grande densidade populacional, comportando 27

uma população bastante heterogénea e com diferentes nacionalidades e etnias.

Relativamente aos equipamentos culturais, dados relativos a 2021 fornecidos pela Divisão de
Juventude, Bibliotecas e Museus da Câmara Municipal do Montijo, na União de Freguesia de
Montijo e Afonsoeiro encontram-se situados os seguintes equipamentos: Museu Municipal Casa
da Mora e Museu do Pescador; Galeria Municipal; Bibliotecas Municipal Manuel Giraldes da
Silva e Polo de Leitura Pública do Esteval; Cinema-Teatro Joaquim de Almeida; Moinho da Maré
e Moinho de Vento. A construção do equipamento mais antigo remonta ao Séc. XVIII e o edifício
mais recente data de 1957. As últimas intervenções junto deste património cultural foram
realizadas entre os anos de 1993 e 2014.

No que concerne aos equipamentos desportivos, salienta-se a necessidade de intervenção nos


bairros sociais da Caneira e do esteval, atuando na melhoria dos espaços polidesportivos que se
encontram em estado de degradação e vandalizados, com fraca adequação para a prática
desportiva pelos residentes.
Nesta União de Freguesia do Concelho do Montijo identificamos ainda os seguintes
equipamentos na área da saúde: Hospital do Montijo; UCSP do Montijo (Unidade de Cuidados
de Saúde Personalizados); USF Afonsoeiro (Unidade de Saúde Familiar do Afonsoeiro) e UCC
Montijo-Alcochete (Unidade de Cuidados de Saúde à Comunidade) e o Hospital do Montijo.

Tendo em consideração as conclusões do Diagnóstico Social e de Saúde do Montijo (2018)


relativamente ao posicionamento do Montijo sobre as dimensões problema Saúde e
Dependências e necessidade de intervenção, a Saúde Mental é assinalada com o uma área
bastante prioritária e de urgente intervenção.

No ano de 2018 a Saúde Mental já era identificada como uma área sensível e prioritária, na
atualidade e na sequência do contexto pandémico provocado pelo Covid-19 (vírus SARS-CoV-2
ou Novo Coronavírus) tem havido repercussões não apenas de ordem biomédica e
epidemiológica em escala global, mas também repercussões e impactos sociais, econômicos,
políticos, culturais e históricos sem precedentes. Para agravar este contexto, junta-se situação
de conflito provocado pela invasão da Rússia ao país vizinho, a Ucrânia. Todos estes
acontecimentos que surgem à escala global afetam e agravam as situações de saúde mental
prevendo-se que esta área irá carecer ainda mais de cuidados e de uma resposta bastante
28
específica de modo a atenuar os impactos junto da população.

Tendo em conta esta vulnerabilidade socio territorial e analisando as características existentes


no concelho nomeadamente no que se refere ao seu património cultura, equipamentos
desportivos e outras potencialidades estruturais que este território apresenta, revela-se de
extrema importância a sua dinamização e rentabilização.
2. ESTRATÉGIA DE INTERVENÇÃO INTEGRADA E OBJETIVOS

2.1 Condições de Vulnerabilidade

A OIL da União de Freguesias de Montijo e Afonsoeiro prevê uma intervenção concertada ao


nível das principais condições de vulnerabilidade identificadas:

• Prevalência de condições de habitabilidade deficientes ou precárias


• Prevalência de situações de desemprego, baixos rendimentos e pobreza material
• Prevalência de problemas de acesso à saúde, desporto, educação e cultura

2.2 Objetivos

São estabelecidas prioridades da atuação ao nível dos seguintes objetivos:

• Requalificação do espaço público ou de infraestruturas sociais ou desportivas


• O incentivo ao empreendedorismo de pequenos negócios de base local
29
• Promoção da empregabilidade ajustada à realidade e dinâmica local
• Incentivo à participação das comunidades na gestão do próprio programa
• Capacitação de atores locais em redes de parceria
• Soluções de combate à pobreza e exclusão social
• Promoção da saúde e da qualidade de vida das comunidades
• Acesso à cultura e criatividade e valorização da interculturalidade
• Promoção do desporto enquanto um dos instrumentos sociais agregadores dos
membros da comunidade, que promove valores e combate às desigualdades sociais

2.3 Eixos
• Ambiente e valorização do espaço público
• Emprego de economia local
• Cidadania e empoderamento de comunidades
• Cultura e criatividade
• Social
• Saúde
2.4 Objetivos, Eixos e Condições de Vulnerabilidade

Condição de vulnerabilidade Prevalência de condições de habitabilidade deficientes ou


precárias

EIXO Ambiente e Valorização do Espaço Público

OBJETIVOS

Requalificação do espaço público ou de infraestruturas

Condição de vulnerabilidade Prevalência de situações de desemprego, baixos


rendimentos e pobreza material

EIXO Emprego de Economia Local

OBJETIVOS

Incentivo ao empreendedorismo de pequenos negócios de base local

Promoção da empregabilidade ajustadas às realidades e dinâmicas locais 30


Capacitação de atores locais em redes de parceria

Condição de vulnerabilidade Prevalência de problemas de acesso à saúde, desporto,


educação e cultura

EIXO Cultura e Criatividade

OBJETIVO

Acesso à cultura e a criatividade e valorização da interculturalidade

Condição de vulnerabilidade Prevalência de problemas de acesso à saúde, desporto,


educação e cultura
EIXO Cidadania e Empoderamento de Comunidades
OBJETIVOS
Incentivo à participação das comunidades na gestão do próprio programa
Condição de vulnerabilidade Prevalência de problemas de acesso à saúde, desporto,
educação e cultura
EIXO Saúde
OBJETIVOS
Promoção da saúde e da qualidade de vida das comunidades

Condição de vulnerabilidade Prevalência de problemas de acesso à saúde, desporto,


educação e cultura
EIXO Social
OBJETIVOS
Soluções de combate à pobreza e exclusão social
Promoção do desporto enquanto um dos instrumentos sociais agregadores

2.5 Eixos, Tipologias de Medida e de Ações

A estratégia preconizada na OIL Montijo e Afonsoeiro, estabelece prioridades de intervenção 31

em diferentes problemáticas, concertando a atuação dos diferentes eixos, adaptados às


especificidades do território.

Eixo Ambiente e Valorização do Espaço Público

• Intervenções de qualificação do espaço público ou espaços comuns de edifícios


residenciais

Eixo Cultura e Criatividade

• Diagnósticos de reconhecimento e validação de talentos culturais, artísticos e criação


de programas de dinamização cultural e artística para jovens
• Programas inovadores que aumentam a coesão social e os sentimentos de pertença à
comunidade através da participação cultural e artística

Eixo Cidadania e Empoderamento da Comunidade

• Ações de capacitação de organizações locais e grupos formais ou informais de cidadãos


• Ações de sensibilização, promoção e intermediação e outras ações complementares à
implementação de projetos
• Iniciativas de promoção da segurança e prevenção das diferentes formas de violência

Eixo Emprego de Economia Local

• Capacitação e criação de emprego local


• Apoio à criação de redes entre atores públicos e privados que visem aumentar
oportunidades formativas, de capacitação e de acesso ao mercado de trabalho
• Criação de Espaços de Incubação de Atividades Empreendedoras Locais
• Ações que visem o upskilling e reskilling de jovens e ativos, especialmente orientadas
para adaptação à transição digital

Eixo Saúde

• Ações de resposta às necessidades locais, em articulação com o Plano Local de Saúde


• Criação de equipas de saúde mental comunitárias

Eixo Social 32

• Iniciativas culturais, desportivas ou de relevância comunitária


• Intervenções dirigidas a crianças, jovens e adultos com necessidades especiais
• Iniciativas de prevenção e combate à exclusão social, isolamento e abandono
• Ações de promoção da inovação e empreendedorismo social
• Dinamização de equipamentos desportivos e respostas sociais
• Instalação ou requalificação de equipamentos desportivos ou sociais

2.6 Complementaridades entre Medidas/ Ações

Por forma a estabelecer uma resposta integrada salientamos a sinergia da valorização do


espaço público na zona urbana, com requalificação das zonas comuns nos bairros sociais, a
requalificação de infraestruturas transversais aos eixos do Emprego de Economia Local e Social.
Os processos de requalificação, em especial a requalificação do espaço público - EIXO Ambiente
e Valorização do Espaço Público, estão associados à promoção da coesão social nos bairros e à
vivência de um ambiente mais organizado, acolhedor e promotor de relações interpessoais e
intercomunitárias mais saudáveis. A construção e requalificação de infraestruturas,
nomeadamente a nível do eixo do Emprego de Economia Local, manifesta a necessidade de
criação de espaços de Incubação de Empresas, promotores do empreendedorismo local, de
competências facilitadoras da integração no mercado de trabalho e de promoção de redes e
sinergias eficazes e produtivas entre as diversas entidades sociais e empresariais do concelho. A
transição digital assume-se como uma área prioritária de capacitação das entidades sociais e
empresariais, apoiando o processo de transformação e adaptação tecnológica e digital a novas
realidades, mais competitivas e com maior produtividade. A promoção de estratégias de
desenvolvimento de competências e integração em contexto de trabalho, permite a inclusão de
pessoas com baixa escolaridade, frequentemente associadas a situações de desemprego ou
emprego precário e com dificuldades de acesso a processos de certificação imediatos. Estas
infraestruturas serão sediadas em comunidades desfavorecidas, contribuindo igualmente para
a vivência de espaços mais organizados, com oferta de alternativas, neste caso ao nível das
empresas e capacitação de pessoas em situação de desemprego e com baixa escolaridade,
integrando uma resposta de inclusão às comunidades desfavorecidas e valorizando
simultaneamente o ambiente e relações comunitárias estabelecidas nesses territórios.

De forma complementar o trabalho a desenvolver no eixo Cidadania e Empoderamento de


33
Comunidades prevê um trabalho de capacitação de outros agentes da comunidade, para além
de parceiros sociais e empresariais, referindo-se a agentes e interlocutores da própria
comunidade, nomeadamente os mediadores comunitários e os cuidadores informais. Reforça
assim o papel das redes informais desenvolvidas no seio das comunidades, atuando como
facilitadores dos processos de inclusão e de promoção da saúde, da qualidade de vida das
comunidades. As respostas preconizadas no âmbito da Cultura e Criatividade pretende
incentivar estas dinâmicas informais, constituindo igualmente elementos agregadores nos
bairros sociais, com estabelecimento de dinâmicas de identificação e valorização de talentos,
bem como de desenvolvimento de competências artísticas e culturais, promotoras de dinâmicas
de valorização da interculturalidade e afirmação positiva das comunidades desfavorecidas, com
a participação ativa das crianças e jovens residentes nos territórios. A constituição de uma bolsa
de mediadores comunitários com ação direta nos territórios, numa ótica de incentivo à
participação dos atores locais oriundos das comunidades, visa promover o sentimento de
segurança e a prevenção da violência nas suas diversas formas na comunidade atuando para a
coesão social e combate às situações de isolamento e exclusão social – eixo social. O cariz de
inovação e empreendedorismo social pretende reforçar estas dinâmicas comunitárias com
envolvimento e participação ativa dos diferentes intervenientes introduzindo adaptações,
potenciando os recursos e potencialidades existentes e diminuindo as vulnerabilidades. Ainda
no âmbito social, regista uma aposta em atividades comunitárias de âmbito desportivo,
preconizada por entidades sediadas nos territórios, enquanto estratégia de reforço das
potencialidades e promoção da coesão social e de hábitos de vida saudáveis, preconizando o
desporto como um instrumento agregador e de valorização das comunidades desfavorecidas.
Nesta área, prevê-se igualmente a requalificação de espaços desportivos nos bairros,
nomeadamente os polidesportivos, constituindo um incentivo à prática e promoção de espaços
adequados e equipados para desenvolvimento de atividades e, mais uma vez, de valorização do
convívio saudável e inter-relacionamento nos territórios desfavorecidos. Contribuindo para a
saúde das comunidades e promoção de hábitos de vida saudáveis, prevê-se o desenvolvimento
de respostas às necessidades neste âmbito, em articulação com o Plano Local de Saúde.
Enquanto elemento transversal e potenciador de relações saudáveis e de diminuição de
vulnerabilidades ao nível psicossocial, a criação e implementação de equipas comunitárias de
saúde mental especializadas e de proximidade com foco nas necessidades das pessoas em
situação de maior vulnerabilidade, permitirá uma resposta equilibrante a uma necessidade
premente no território. A Operação prevê uma resposta integrada, atuando ao nível das várias
necessidades prioritárias diagnosticadas, com soluções inovadoras ao nível da valorização dos 34
espaços e infraestruturas, capacitação e valorização das dinâmicas informais nos territórios,
criação e desenvolvimento de redes de parceiros sociais e empresariais, promoção de atividades
culturais, artísticas, desportivas e de promoção da saúde, promotoras do sentimento de
pertença e agregação a comunidades mais saudáveis e transformadas a partir das suas próprias
potencialidades.
2.7 Matriz de Coerência Interna

Condições de vulnerabilidade, eixos e tipologias de medidas e ações

Condição de vulnerabilidade Prevalência de condições de habitabilidade precárias

EIXO Ambiente e Valorização do Espaço Público

Tipologias de Medidas e Ações:

Intervenções de qualificação no espaço público ou espaços comuns a edifícios residenciais

Condição de vulnerabilidade Prevalência de situações de desemprego, baixos


rendimentos e pobreza material

EIXO Emprego de Economia Local

Tipologias de Medidas e Ações:

Capacitação e criação de emprego local


35
Apoio à criação de redes de atores públicos e privados que visem aumentar oportunidades
formativas, de capacitação e de acesso ao mercado de trabalho das pessoas em situação de
vulnerabilidade

Criação de espaços de incubação de atividades empreendedoras locais

Ações que visem o upskilling e reskilling de jovens e ativos, especialmente orientadas para
adaptação à transição digital

Condição de vulnerabilidade Prevalência de problemas de acesso á saúde, desporto,


educação e cultura

EIXO Cultura e Criatividade

Tipologias de Medidas e Ações:


Diagnósticos de reconhecimento e validação dos talentos culturais, artísticos e criação de
programas de dinamização cultural e artística para jovens

Projetos inovadores que aumentam a coesão social e os sentimentos de pertença à


comunidade através da participação cultural e artística

Condição de vulnerabilidade Prevalência de problemas de acesso à saúde, desporto,


educação e cultura
EIXO Cidadania e Empoderamento de Comunidades
Tipologias de Medidas e Ações:
Ações de capacitação de organizações locais e grupos formais ou informais de cidadãos
Ações de sensibilização, promoção e intermediação, bem como outras ações
complementares, de divulgação e implementação de projetos
Iniciativas de promoção da segurança e prevenção das diferentes formas de violência

Condição de vulnerabilidade Prevalência de problemas de acesso à saúde, desporto,


educação e cultura 36
EIXO Saúde
Tipologias de Medidas e Ações:
Ações de resposta às necessidades locais, em articulação com o Plano Local de Saúde
Criação de equipas de saúde mental comunitária

Condição de vulnerabilidade Prevalência de problemas de acesso à saúde, desporto,


educação e cultura
EIXO Social
Tipologias de Medidas e Ações:
Iniciativas culturais, desportivas ou de relevância comunitária
Intervenções dirigidas a crianças, jovens e adultos com necessidades especiais
Iniciativas de prevenção e combate à exclusão social, isolamento ou abandono
Ações de promoção da inovação e empreendedorismo social
Dinamização de equipamentos desportivos e respostas sociais
Instalação ou requalificação de equipamentos desportivos e sociais
2.8 Membros da Parceria Local

• ENTIDADE LÍDER DA PARCERIA: Câmara Municipal de Montijo


• União de Freguesias de Montijo e Afonsoeiro – Beneficiária Final
• Associação para a Formação Profissional e Desenvolvimento do Montijo
• Instituto Politécnico de Setúbal
• Centro de Emprego do Montijo, IEFP.
• União Mutualista Nossa Senhora da Conceição
• Centro Social S. Pedro do Afonsoeiro
• CERCIMA
• ACES Arco Ribeirinho

As parcerias vinculadas remetem para a Câmara Municipal do Montijo, enquanto entidade líder
na parceria, beneficiária final, responsável pela requalificação do espaço público e regeneração
de áreas socialmente desfavorecidas, bem como a criação de novas infraestruturas,
nomeadamente ao nível do Eixo do Emprego de Economia Local, com o projeto do Centro de
Desenvolvimento de Competência e Incubação de Empresas. A União de Freguesias de Montijo
e Afonsoeiro constitui-se como beneficiário final e atua na requalificação de espaços 37
polidesportivos, para a promoção do desporto ao nível do Eixo Social. A Associação para a
Formação Profissional e Desenvolvimento do Montijo, com responsabilidades na área da
capacitação, aposta na dinamização do Centro de Competências e Incubadora de Empresas, bem
como a capacitação de atores informais, parceiros sociais e empresas, através da sinergia de
uma rede para a empregabilidade, contemplando estratégias de adaptação à transição digital,
em articulação com o Centro de Formação do IEFP. Detentora do Conservatório Regional de
Artes do Montijo, assume um papel central na dinamização de projetos inovadores de acesso à
cultura, criatividade e valorização da interculturalidade, através da criação de recursos de
aprendizagem artística e cultural. O Instituto Politécnico de Setúbal introduz uma componente
académica, de estudo das comunidades e interação entre as mesmas, operacionalização de
estratégias inovadoras e de empreendedorismo social. Por forma a estabelecer pontes de
proximidade com as comunidades desfavorecidas, as parcerias com entidades com atuação
direta nos territórios, como é o caso da União Mutualista Nossa Senhora da Conceição, através
dos Centros Comunitários situados nos bairros da Caneira e do Esteval, bem como o Centro
Social S. Pedro situado no bairro do Afonsoeiro, assinalando pontes fundamentais, ao nível da
atuação dos Mediadores Comunitários e Programas de Proximidade para sinalização e
intervenção nas situações de isolamento e exclusão social. A parceria com a CERCIMA, tem por
objeto a criação e dinamização de respostas e equipas multidisciplinares e especializadas, nas
áreas das necessidades especiais e da saúde mental, atuando numa perspetiva comunitária, em
articulação com a saúde – ACES Arco Ribeirinho, atuando na operacionalização do Plano Local
de Saúde.

3 ARTICULAÇÃO COM OUTRAS INTERVENÇÕES URBANÍSTICAS E DE INCLUSÃO SOCIAL

A estratégia de intervenção integrada aqui preconizada assume um enquadramento com as


políticas setoriais de âmbito nacional e municipal, lideradas pelas autarquias com a participação
de parceiros sociais, comunitários e de desenvolvimento local. Encontra-se alinhadas com a
Estratégia Nacional de Combate à Pobreza 2021-2030; Estratégia Nacional para a Igualdade e
Não Discriminação 2018-2030; Estratégia Nacional para a Integração de Pessoas em Situação de
Sem Abrigo 2017-2023; Estratégia Nacional para a Inclusão de pessoas com deficiência 2021-
2025; Plano Nacional de Implementação do Pacto Global das Migrações aprovado pela
Resolução do Conselho de Ministros n.º 141/2019, de 20 agosto bem como os planos locais que
neles se enquadram. 38

Ao nível do Município do Montijo, com grande expressividade na União de Freguesias de


Montijo e Afonsoeiro, as respostas sociais encontram-se alinhadas com Planos Municipais de
carácter transversal e orientadores de todas as políticas desenvolvidas, nomeadamente:

• Plano de Desenvolvimento Social e de Saúde


• Plano de Ação Local Para a Igualdade (PALPIC) - Cidadania e Não-discriminação
• Plano Municipal para a Integração de Migrantes (PMIM) - 2020-2022
• Estratégia Local de Habitação
• Plano Local de Saúde

Consideram-se respostas complementares no território ao nível dos diferentes eixos:

A intervenção prevista ao nível do Eixo CULTURA E CRIATIVIDADE, com dinâmicas inovadoras


nos bairros sociais ao nível artístico e cultural, contará com a experiência e suporte do
Conservatório Regional de Artes do Montijo, promovido pela Associação Para a Formação
Profissional e Desenvolvimento do Montijo.
• Conservatório Regional de Artes do Montijo - O CRAM é uma escola de ensino
especializado de música e dança que se propõe a formar músicos e bailarinos. É uma
Escola que oferece formação nos cursos de iniciação (1º ciclo), 2ºciclo e 3ºciclo (básico),
nos regimes articulado e supletivo e, também, cursos livres. É detentora de paralelismo
pedagógico e dotada de um corpo docente qualificado. O CRAM é um recurso
enquadrado na Associação para a Formação Profissional e Desenvolvimento do Montijo
e está sediado no Montijo, na proximidade do bairro da Caneira.

A experiência do Projeto Kont@rte.E8G nos bairros sociais do Esteval e da Caneira, bem como
as relações de confiança e proximidade estabelecidas na comunidade contribuirá para a criação
de novos projetos com o envolvimento das comunidades residentes. Este impacto do projeto,
desenvolvido desde 2012 no bairro da Caneira e, entre 2006 e 2011, no bairro do Esteval, poderá
refletir-se igualmente como elemento potenciador, na dinâmica a implementar com os agentes
comunitários informais, nomeadamente os mediadores – Eixo SOCIAL.
Prevê-se a intervenção do Kontarte, no âmbito do Programa Escolhas, no bairro da Caneira até
final de 2023, podendo o espaço físico alocado ao mesmo ser rentabilizado como referência às
dinâmicas artísticas, culturais e sociais a dinamizar no âmbito da OIL. O projeto está sedeado no 39
Centro Comunitário da Caneira, situado no centro do Bairro e propriedade da autarquia.

• Projeto Kont@rte.E8G - Um projeto de intervenção social no Bairro da Caneira, no


Montijo, com duração até dezembro de 2022. Com financiamento no âmbito do
Programa Escolhas e larga intervenção nos bairros sociais da caneira e do esteval desde
2006. É promovido localmente pelo Município do Montijo, com gestão da AFPDM.
Assume outras parcerias formais com o Agrupamento de Escolas de Montijo, a União de
Freguesias de Montijo e Afonsoeiro, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens
(CPCJM), o Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ) e com o Instituto
Politécnico de Setúbal. Atua para o desenvolvimento, autonomia e integração das
crianças e jovens, assente num modelo de promoção de competências e nas medidas
estratégicas de Educação, Inclusão Digital, Formação Qualificação (Medida I);
Dinamização Comunitária, Saúde, Participação e Cidadania (Medida III). Uma das áreas
de atividade é a promoção de competências artísticas e culturais.
Também a articulação com o CLDS, em vigor no Município até 2023, importa pelo seu trabalho
concelhio e transversal a vários eixos de intervenção. Serão importantes sinalizadores e
interventores, de forma complementar, numa primeira fase de arranque da OIL dada a sua
implantação no território e conhecimento de agentes interventores e potenciais públicos-alvo.

• CLDS+ 4G Roda (2021 a 2023) - O Projeto RODA CLDS4G Montijo pretende promover a
inclusão social de grupos populacionais que revelem maiores níveis de fragilidade social
no território do Montijo, mobilizando para o efeito, a ação integrada de diferentes
agentes e recursos localmente disponíveis, através de parcerias com as entidades locais
e não locais. Dinamiza várias atividades de qualificação e capacitação pessoal e social
dirigidas a pessoas, famílias, crianças e jovens, idosos, alunos, desempregados e
comunidade no geral. Atuando em diversas vertentes e com o intuito de potenciar o
município de Montijo e capacitar os/as munícipes, promove as suas atividades dentro
de 3 eixos de intervenção: eixo 1 - emprego, formação e qualificação; eixo 2 –
intervenção familiar e parental, preventiva da pobreza infantil; eixo 3 – promoção do
envelhecimento ativo e apoio à população idosa. O plano de ação do Projeto CLDS4G
Montijo foi construído com base numa delicada apreciação dos mais relevantes desafios
40
da sociedade identificados nos recentes e atuais documentos de planeamento
municipal, nomeadamente no Diagnóstico social do Montijo e no Plano de
desenvolvimento social e de saúde do Montijo. Dentro das atividades do Emprego,
Formação e Qualificação, destacam-se atividades de capacitação e ajuda no
desenvolvimento de atitudes de procura ativa de emprego; apoio no enquadramento
de projetos de autoemprego e empreendedorismo; a sensibilização de empresários e
instituições para a integração de públicos vulneráveis e a estimulação das capacidades
empreendedoras dos jovens do ensino secundário. Nas atividades da Intervenção
Familiar e Parental, destacam-se atividades de capacitação nas áreas da literacia
financeira, digital e cidadania plena; encontros temáticos e ações de sensibilização sobre
temáticas da igualdade de género e direitos das crianças bem como a mobilização de
crianças e jovens, em especial as que pertencem a agregados de baixos rendimentos,
promovendo estilos de vida saudáveis e a integração na comunidade, nomeadamente
através da participação destes em ações nos domínios: da saúde, do desporto, da
cultura e da educação para uma cidadania plena. Na Promoção do Envelhecimento Ativo
e Apoio à População Idosa, o projeto destaca atividades que incentivam o
contacto/aprendizagem intergeracional, solidariedade e valorização de competências.
Com sede no Centro Cívico do Bairro do Esteval é cofinanciado pelo Fundo Social Europeu (FSE)
através do Programa Operacional Regional de Lisboa, tem como organismo Intermédio o
Instituto de Segurança Social e é coordenado pela Santa Casa da Misericórdia do Montijo que
executa em parceria as suas ações com a AFPDM.

No âmbito desta estratégia não estão preconizadas intervenções de combate ao insucesso e


abandono escolar, na medida em que as mesmas já são desenvolvidas no Município, através da
Divisão de Educação, mediante programas específicos - Centro de Recursos para a Infância e
Adolescência – CRIA.

• Projeto CRIA – A primeira candidatura ao POR Lisboa 2014/2020 foi aberta pelo aviso
nº lisboa – 66-2018-03, Eixo prioritário 7, objetivo temático 10, prioridade de
investimento 10.1, tipologia de intervenção 66 e tipologia de operação 66.01. O CRIA
converge com o Plano Nacional para a Promoção do Sucesso Educativo (PNPSE) e com
os seus desígnios, convergindo igualmente com os Planos de Ação Estratégica (PAE) das
escolas do Concelho do Montijo. Visa promover o sucesso escolar, minimizando as
assimetrias territoriais, socioeconómicas e culturais do Município, promovendo e 41
valorizando a igualdade de oportunidades aos alunos, através de ações de diagnóstico
precoce e valorizando a igualdade de oportunidades aos alunos, de apoio
multidisciplinar e de promoção do conhecimento científico, tecnológico e
empreendedor. As sete atividades propostas pelo CRIA visam a igualdade de
oportunidades através de medidas de diferenciação positiva em escolas com taxas de
retenção e abandono mais elevadas e/ou com problemas específicos identificados nos
PAE e/ou inseridas em territórios de baixa densidade. A 2ª candidatura ao PORL 2020
na tipologia de Operação 66.01- Planos Inovadores de Combate ao Insucesso Escolar
converge com o Plano Nacional para a Promoção do Sucesso Educativo (PNPSE) e integra
cinco atividades que visam minimizar assimetrias territoriais, socioeconómicas e
culturais do Município e promover a igualdade de oportunidades, através de ações de
reforço do apoio aos alunos e de promoção do conhecimento científico, tecnológico e
empreendedor, contribuindo ainda para a implementação de práticas pedagógicas
diferenciadas e para o envolvimento das famílias.
Neste caso poderão ser estabelecidas sinergias com vista à identificação de pessoas com
necessidades especiais, quer ao nível dos projetos do CRIA, quer ao nível do KONTARTE no bairro
da Caneira, para encaminhamento para as equipas multidisciplinares a constituir no âmbito da
estratégia desta operação integrada, criando uma resposta mais adaptada a esta
vulnerabilidade.

A Rede de Apoio a Mulheres poderá ser um recurso para encaminhamento de Mulheres em


situação de Violência, em articulação nomeadamente com as Equipas Multidisciplinares de
Apoio às Necessidades Especiais e Equipas de Saúde Mental Comunitárias.

• Rede de Apoio a Mulheres em Situação de Violência (RAMSV) – criada em março de


2005, cuja dinamização compete à Câmara Municipal de Montijo, através do Espaço
Informação Mulheres, com a assinatura de um protocolo de parceria com diversas
instituições locais e/ou com serviços descentralizados da administração central. O
funcionamento desta Rede, reconhecida pela boa articulação entre todas as entidades
parceiras envolvidas, rentabiliza os recursos existentes, possibilitando uma resposta
mais eficaz e multidisciplinar a esta problemática e com maior eficiência às 42
sobreviventes de violência doméstica, bem como prevenir a reincidência do agressor.
Todo o trabalho desenvolvido desde então, tendo em vista a prevenção da violência
doméstica, a promoção da igualdade de oportunidades no emprego, a conciliação da
vida profissional e da vida privada, a igualdade efetiva de acesso ao desporto e à cultura.

De forma transversal serão preconizadas as estratégias promotoras de igualdade, cidadania e


não discriminação, ao nível de todos os eixos de intervenção e de todas as estratégias
preconizadas. Poderá ser de especial relevância a intervenção ao nível da saúde mental na
recuperação e sobreviventes bem como a sua capacitação em soft e hard skills com vista à sua
autonomização social, emocional e financeira.

• Plano de Ação Local Para a Igualdade (PALPIC) - Cidadania e Não-discriminação - o


Município do Montijo assinou em 2020 uma nova geração de Protocolo de Cooperação
com a CIG – Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género. Este Protocolo está
alinhado com a Estratégia Nacional para a Igualdade e a Não Discriminação 2018-2030 -
“Portugal + Igual” (ENIND) e tem a duração de três anos, podendo ser renovado por
períodos iguais. Este Protocolo vem estabelecer as linhas orientadoras para o
desenvolvimento de políticas locais de promoção da igualdade entre mulheres e
homens e de combate à violência contra as mulheres e à discriminação das pessoas
LGBTI. No seguimento deste compromisso assumido, procedeu-se também à nomeação
das/dos Conselheiras/os para a Igualdade na Vida Local, bem como de uma Equipa para
a Igualdade na Vida Local do Concelho do Montijo. Neste seguimento, pretende-se que
o PALPIC – Plano de Ação Local para a Igualdade, Cidadania e Não-discriminação, dê
prosseguimento ao que está previsto na estratégia de territorialização já assumida na
ENIND como prioridade, bem como no III e IV Planos Nacional para a Igualdade
Cidadania e Não-discriminação. É neste sentido que as autarquias locais e a sua rede de
parcerias, se assumem como agentes estratégicos do mainstreaming de género, no
combate à discriminação em razão do sexo e da promoção da igualdade entre mulheres
e homens e da introdução da temática do combate à discriminação em razão da
orientação, identidade, expressão de género e características sexuais.
• Espaço Informação Mulheres (EIM) – Atendimento técnico, apoio social e psicológico a
vítimas de violência doméstica e encaminhamento para as respostas nacionais de
proteção.
• Casa Abrigo - Unidade residencial de carácter temporário, inserida na rede nacional de 43
apoio a vítimas de violência doméstica, destinada a acolhimento de vítimas de violência
doméstica do mesmo sexo, acompanhadas ou não de filhos/as menores ou maiores com
deficiência na sua dependência. A Casa Abrigo do Montijo é uma resposta social gerida
pela União Mutualista Nossa Senhora da Conceição, que resulta de um acordo tripartido
entre esta, o Instituto da Segurança Social, enquanto entidade financiadora e a Câmara
Municipal do Montijo, enquanto detentora do imóvel. A valência destina-se ao
acolhimento temporário de mulheres vítimas de violência doméstica, acompanhadas ou
não de filhos/as menores ou maiores. Trata-se de uma resposta social que está
integrada na Rede Nacional de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica, dando resposta
a pedidos de acolhimento de âmbito nacional, tendo capacidade para acolhimento de
25 utentes, entre mães e filhos/as.

Tal como referido no PALPIC – Plano de Ação Local para a Igualdade, Cidadania e Não-
discriminação, a Estratégia Nacional para a Igualdade e a Não-Discriminação (ENIND), reúne um
conjunto de áreas de atuação que visam intervir na comunidade local e contribuir para a
“eliminação dos estereótipos de género enquanto fatores que estão na origem das
discriminações diretas e indiretas em razão do sexo que impedem a igualdade substantiva que
deve ser garantida às mulheres e aos homens, reforçando e perpetuando modelos de
discriminação históricos e estruturais” tal como inscrito na Resolução do Conselho de Ministros
n.º 61/2018, de 21 de maio.

Igualmente inscrita na ENIND “a perspetiva da intersecionalidade revela que a discriminação


resulta da interseção de múltiplos fatores, sendo assumida na ENIND como premissa na
definição de medidas dirigidas a desvantagens que ocorrem no cruzamento do sexo com outros
fatores de discriminação, entre os quais, a idade, a origem racial e étnica, a deficiência, a
nacionalidade, a orientação sexual, a identidade e expressão de género, e as características
sexuais.”

O PALPIC – Plano de Ação Local para a Igualdade, Cidadania e Não-discriminação também teve
em consideração as desvantagens intersecionais, através da definição de algumas medidas que
articulam políticas entre si, mais concretamente em conjunto com os Planos em
desenvolvimento e implementados pela Divisão de Desenvolvimento Social e Promoção da
Saúde, vertidos pelos seguintes planos/estratégias nacionais: Plano Estratégico para as
Migrações, Estratégia Nacional para a Deficiência, Estratégia Nacional para a Integração das
44
Comunidades Ciganas, Estratégia Nacional para a Integração das Pessoas em Situações de Sem-
Abrigo, Estratégia Nacional para o Envelhecimento Ativo e Saudável.

Paralelamente ao caminho que o Município do Montijo trilhava nas questões da igualdade de


género, eram também trilhados os caminhos pela igualdade de oportunidades e não
discriminação da população migrante, sendo que estas não podem ser dissociadas.

Em 2005, na sequência da assinatura do Protocolo de Cooperação, entre a Câmara Municipal do


Montijo e o atual ACM – Alto Comissariado para as Migrações, I.P. (anteriormente designado
ACIME – Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas), o Gabinete de Apoio ao
Imigrante que tinha sido criado 5 anos antes, enquanto serviço de apoio jurídico e social à
população imigrante, deu lugar ao CLAII - Centros Locais de Apoio à Integração de Imigrantes e
depois ao atualmente designado CLAIM – Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes.

O CLAIM funcionará como interlocutor privilegiado para atuação em situações de inclusão de


pessoas migrantes, sendo um recurso presente e assumido no Município, com sede na União de
Freguesias de Montijo e Afonsoeiro. Trata-se de uma resposta ativa para o qual serão
encaminhadas situações de vulnerabilidade a este nível. Poderá igualmente encaminhar para os
recursos a operacionalizar no âmbito desta OIL, pessoas migrantes e suas famílias, promovendo
a inclusão das mesmas de uma forma global e integrada na comunidade.

• CLAIM – Centro Local de Apoio à integração de migrante - Este gabinete de


acolhimento, proporciona informação gratuita de forma acessível, sobre as mais
diversas matérias e procura encontrar respostas às necessidades da população migrante
em diferentes áreas, designadamente: Regularização da situação migratória;
Nacionalidade; Reagrupamento Familiar; Acesso à Saúde; Acesso à Educação; Formação
Profissional; Empreendedorismo; Apoio Social; Retorno Voluntário; Apoio ao
Associativismo; Questões Laborais, entre outras.

A Câmara Municipal do Montijo, para além de proporcionar informação gratuita através do


CLAIM, sobre as mais diversas matérias e de promover a redução dos principais obstáculos à
integração da comunidade migrante, através do incentivo do conhecimento da língua
portuguesa e da realização de ações (in)formativas sobre o acesso aos serviços, direitos e
deveres, com vista a uma cidadania ativa e no sentido de promover a igualdade de
oportunidades, também se dedicou a conhecer melhor esta população, para melhor intervir
junto dela. Assim, fê-lo através da produção/coordenação de estudos e diagnósticos 45
designadamente: o Perfil da Mulher e do Homem Imigrante no Concelho do Montijo – 2009;
Diagnóstico da população imigrante no Concelho do Montijo: Desafios e Potencialidades para o
Desenvolvimento Local – 2011; o Plano Municipal do Montijo para a Integração das Pessoas
Imigrantes 2015 – 2017.

Foi na senda deste último, que o PMIM – Plano Municipal para a Integração de Migrantes,
cofinanciado pelo FAMI – Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração, vem promover através
das suas ações, a igualdade entre as mulheres e os homens e combater o racismo e a xenofobia
e as desigualdades expostas pelas crises económicas e pela pandemia.

O PMIM – Plano Municipal para a Integração de Migrantes do Concelho do Montijo, em


implementação até outubro de 2022, desenvolve trabalho no âmbito do Objetivo Específico 2 –
Integração e Migração Legal e do Objetivo Nacional 2 – Integração tem em vista a consolidação
da política local em matéria de acolhimento e integração de NPT – Nacionais de Países Terceiros.

A presente candidatura irá, em articulação com os planos descritos anteriormente, ter uma
abordagem de mainstreaming de género sobre os Eixos de Intervenção, sublinhando a
necessidade da participação das mulheres, combatendo o seu isolamento e dando visibilidade
ao seu papel na sociedade, tanto na esfera privada como na esfera pública. Esta necessidade,
estende-se igualmente a todos os públicos considerados vulneráveis, não só migrantes, mas
também população idosa e pessoas com deficiência.

Os projetos de envelhecimento ativo e balcão de inclusão, serão pontos de sinalização


importantes na deteção de situações de isolamento e exclusão social.

• Programa Local de Envelhecimento Ativo - A Câmara Municipal do Montijo, no que


respeita à população idosa, reconhecendo a importância de um envelhecimento ativo
na qualidade de vida de todas as pessoas do Concelho, criou o Programa Local de
Envelhecimento Ativo. Integram este Programa, os seguintes projetos distribuídos
geograficamente pelas freguesias: a Universidade Sénior, inaugurada em 2006,
enquanto Pólo da Universidade Sénior de Setúbal (UNISETI) da qual se tornaria
autónoma dez anos depois; o projeto “Junto de Si” criado em 2012 através de uma
candidatura ao PODER – Programa de Desenvolvimento Rural, em parceria com a
AFPDM – Associação para a Formação Profissional e Desenvolvimento do Montijo e que
se desdobrou na Academia Sénior de Pegões e Canha (inaugurada em abril de 2012) e a
Academia Sénior da União das Freguesias de Atalaia e Alto Estanqueiro-Jardia (janeiro 46
de 2014) e os Ateliers Seniores promovidos pelo Gabinete Sénior (em 2012). Mais
recentemente, a Academia Sénior de Sarilhos Grandes (inaugurado no dia 1 de outubro
de 2020) veio enriquecer ainda mais este Programa. Este projeto, com a tipologia “Idade
Mais”, é cofinanciado pelo Programa Operacional Regional de Lisboa 2020.

Na origem deste Programa esteve a criação do Gabinete Sénior, criado em 1998 enquanto
Gabinete do Idoso, com o objetivo de desenvolver atividades destinadas à população sénior do
Concelho, com vista a combater a solidão e o seu isolamento, em parceria com as IPSS –
Instituições Particulares de Solidariedade Social do Concelho.

O Concelho do Montijo, através deste Programa, colocou na vanguarda a promoção de


respostas centradas no reconhecimento das aprendizagens adquiridas ao longo da vida dos/as
destinatários/as e em proporcionar a aquisição de novas competências sociais e pessoais, muito
antes de encontrar expressão nas competências transferidas do Estado – Administração Central
para as Autarquias Locais pela Lei n.º 50/2018, de 16 de agosto.

• Balcão de Inclusão - No que concerne às questões relacionadas com a inclusão de


pessoas deficientes e de promoção da igualdade de oportunidades, no art.º 71.º da
Constituição da República Portuguesa é consignado ao Estado a responsabilidade de
adotar as medidas necessárias, de forma a assegurar o reconhecimento e o efetivo
exercício dos direitos das pessoas com deficiência/incapacidade. Este imperativo
constitucional, desde julho de 2009, surge com a ratificação da Convenção sobre os
Direitos das Pessoas com Deficiência, que constitui um marco histórico na garantia e
promoção dos direitos humanos de todos/as os/as cidadãos/ãs e, em particular, das
Pessoas com Deficiência. O Estado Português compromete-se a promover, proteger e
garantir condições de vida dignas às pessoas com deficiência/incapacidade de forma
transversal, salvaguardando sobretudo direitos económicos, sociais e culturais. O
Estado Português assume assim, como prioridade, a melhoria das condições de vida das
pessoas com deficiência/incapacidade e das suas famílias através da promoção da
igualdade de oportunidades e da plena participação social e económica.

Foi com base neste pressuposto que a Câmara Municipal do Montijo, no âmbito das atribuições
dos Municípios, na informação e defesa dos direitos dos cidadãos e na prestação de serviços em
parceria com as entidades competentes da administração central integrou a Rede de Balcões de
inclusão, mediante um Protocolo celebrado com o Instituto Nacional de Reabilitação (INR, I.P).
47
Este serviço visa prestar às pessoas com deficiência um atendimento especializado nesta
temática, ou seja, informação global sobre os direitos e benefícios, recursos disponíveis,
prestações sociais, respostas sociais, respostas de emprego e formação profissional, respostas
de ajudas técnicas, benefícios fiscais, educação, transportes, entre outros.

Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão – Promovido pela CERCIMA, tem como
objetivo desenvolver atividades ocupacionais para pessoas com deficiência (maiores de 18
anos), visando a promoção da sua qualidade de vida, possibilitando um maior acesso à
comunidade, aos seus recursos e atividades e que se constituam como um meio de capacitação
para a inclusão, em função das respetivas necessidades, capacidades e nível de funcionalidade.
Existem 3 áreas de intervenção: Terapêutica, desportiva e saúde e bem-estar. No âmbito da
psicologia, psicomotricidade, terapia da fala, terapia ocupacional, fisioterapia, hidroterapia,
hipoterapia, danceability, expressão musical, terapia assistida por cães, adaptação ao meio
aquático/natação, boccia, cardiofitness, judo, multiatividades e equitação adaptada.Toda a
intervenção da Câmara Municipal do Montijo encontra-se devidamente enquadrada nas
estratégias de intervenção municipais, na área do desenvolvimento social e promoção da saúde,
de populações que apresentam um maior índice de vulnerabilidade social, bem como no âmbito
do Conselho Local de Ação Social e Saúde (CLASS) e do projeto Montijo Saudável, integrado na
Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis a que o Montijo pertence desde o seu início.

No âmbito das estratégias preconizadas no Eixo de Emprego de Economia Local, salienta-se a


articulação com respostas da Associação para a Formação Profissional e Desenvolvimento do
Montijo, nomeadamente ao nível do Gabinete de Formação e Inserção Profissional e do
Programa Qualifica, onde são detetadas situações de pessoas que não estão habilitadas para
processos de certificação imediatos e que carecem de um processo de capacitação prévio. Após
o processo desenvolvido através do Centro de Competências e da Capacitação, aos mais
variados níveis, poderão ser reencaminhados para processo de certificação posteriores.

• Gabinete de Formação/ AFPDM - A qualificação dos recursos humanos constitui umas


das prioridades da AFPDM considerando que a melhoria dos níveis de qualificação se
revela uma estratégia de sustentabilidade de um novo modelo de desenvolvimento,
baseado na inovação e no conhecimento, promovendo uma cidadania de participação.
A AFPDM promove ações de formação, em regime de financiamento ou
autofinanciamento, em diversas áreas, tais como Línguas Estrangeiras, Frio e
Climatização, Hidráulica, Eletricidade, Automação, Pneumática, Certificação de Redes 48
(Academia Cisco), Ciências Informáticas, Serviços de Segurança, Serviços Sociais, entre
muitas outras, dirigidas a públicos diversificados e adequados às necessidades das
empresas e dos seus profissionais.

• QUALIFICA - A AFPDM é promotora de um Centro QUALIFICA, sendo este uma estrutura


do Sistema Nacional de Qualificações que assume um papel determinante na
construção de pontes entre os mundos da educação, da formação e do emprego, numa
perspetiva de aprendizagem ao longo da vida. O QUALIFICA destina-se a todos os
maiores de 18 anos que procuram uma qualificação, tendo em vista o prosseguimento
de estudos e/ou uma transição/reconversão para o mercado de trabalho. Tem como
principal objetivo promover o encaminhamento dos adultos para ofertas de ensino e
formação profissionais e o desenvolvimento de processos de reconhecimento, validação
e certificação de competências (RVCC).
• Gabinete De Inserção Profissional - O GIP destina-se a apoiar, divulgando os programas
em vigor no IEFP, jovens e adultos desempregados, na definição ou desenvolvimento do
seu percurso de inserção ou reinserção no mercado de trabalho, em parceria com o
Centro de Emprego do Sul do Tejo. Constitui-se como um espaço de
divulgação/encaminhamento para ofertas de emprego e de formação profissional
através de um acompanhamento personalizado, no que respeita à definição do seu
plano pessoal de inserção e o apoio ao nível de procura ativa de emprego. Disponibiliza
igualmente estágios profissionais.

Com vista á promoção da rede de empregabilidade e da criação de espaços de incubadora de


empresas, bem como da capacitação ao nível da transição digital, será fundamental a articulação
com os Gabinetes de apoio a empresas e outros projetos com experiência na promoção do
empreendedorismo potenciando o saber fazer já instalado e os recursos disponíveis na
comunidade e no território.
• Gabinete de Apoio às Empresas - Apoio às empresas da região na elaboração de
projetos de formação que procurem ir ao encontro das necessidades das mesmas,
disponibilizando um serviço de Formação à Medida. Apoia as empresas na elaboração
de candidaturas a Medidas Ativas de Emprego (financiadas pelo IEFP) e organiza
estágios profissionais e curriculares.
• STAURAS - Gabinete Para O Desenvolvimento, Empreendedorismo e Inovação - O
STAURAS é um gabinete que funciona em parceria com a Câmara Municipal do Montijo, 49
tendo por base as seguintes áreas de intervenção: (1) Empreendedorismo, inovação e
conhecimento; (2) Contribuir para o crescimento inteligente dos atores locais; (3)
Cooperação e desenvolvimento da estrutura agrícola familiar e das atividades ligadas ao
rio; (4) Incubadora de atividades económicas e (5) Promoção e divulgação da marca
Montijo.
• Projeto Incorpora – O Incorpora combina as necessidades do tecido social e
empresarial, para ajudar as empresas participantes a encontrar os melhores candidatos
para as suas vagas, ao mesmo tempo que desenvolvem a sua política de
Responsabilidade Social Empresarial e garante o sucesso da integração laboral das
pessoas em situação de vulnerabilidade graças ao apoio e acompanhamento dos
técnicos do Programa. Tem como principal objetivo promover a contratação, por parte
das empresas portuguesas, de pessoas em risco ou situação de exclusão em diferentes
zonas do país. O trabalho em rede entre as entidades envolvidas é uma das principais
características do programa Incorpora: as entidades que integram o programa partilham
entre elas, através de uma plataforma informática, dinâmicas e ofertas de trabalho,
otimizando o seu trabalho. O programa Incorpora tem como objetivo principal fazer a
ligação entre as entidades sociais e as empresas portuguesas com a finalidade de criar
um clima de entendimento e colaboração entre ambas, que se traduza na criação de
oportunidades de emprego para quem mais necessita.

• Projeto Incluir+ - Visa a dinamização local da empregabilidade e da inclusão social,


considerando previamente as necessidades concretas e efetivas do mercado de
trabalho local, assim como as oportunidades que se apresentam para o
desenvolvimento local e as necessidades dos indivíduos no contexto da intervenção.
Promove as competências pessoais e relacionais os jovens, adultos e emigrantes
desempregados, propiciando a recuperação da autoestima e o desenvolvimento de
competências. Disponibiliza uma experiência profissional enriquecedora nas áreas
definidas pelos empregadores. Trata-se assim de uma ferramenta fundamental e
estratégica para a intervenção da AFPDM e das entidades empregadoras junto da
população com maior vulnerabilidade social nos concelhos do Montijo.

• Formação Profissional e Empregabilidade Inclusiva - Tem como objetivo aumentar as


oportunidades de escolha no acesso ao emprego em mercado aberto de trabalho para
50
as pessoas que se encontram em situações de desvantagem enquadrando-se no
movimento internacional de "Supported Employment" (Emprego Apoiado). Os cursos
são ministrados de acordo com os referenciais do Catálogo Nacional de Qualificações
homologados pela Tutela. Os referenciais têm 2 componentes: Formação em Sala e
Formação em Contexto de Trabalho. Baseada numa ótica de inclusão e de igualdades
de direitos a CERCIMA organiza os referenciais tendo por base as potencialidades e
capacidade das pessoas que apoia. Esta formação possibilita uma aprendizagem ao nível
concreto, contornando as dificuldades de generalização das pessoas com deficiência,
enriquecendo a experiência formativa e potenciando a aprendizagem de relações
socioprofissionais adequadas. A Formação em Contexto de Trabalho tem como
objetivos: Contacto com novas tecnologias e técnicas; Aquisição de conhecimentos e
competências inerentes a uma determinada função; Oportunidade de aplicação de
competências adquiridas na formação em sala; Vivências inerentes às relações humanas
no trabalho e de trabalho em equipa; Conhecimento da organização empresarial.

A experiência e conhecimento da realidade das equipas de saúde local, bem como as estratégias
preconizadas no âmbito do Plano Local de Saúde, serão pontos de apoio e alavanca para o
reforço destas estratégias integradas no âmbito da Intervenção da OIL. A parceria que existe
entre o Município e o ACES Arco Ribeirinho, a sua participação no CLAS, a dinamização que faz
do Plano Local de Saúde e todo um percurso de intervenção em comum, são garante da solidez
do trabalho a produzir.

• Plano Local de Saúde do Arco Ribeirinho - O Concelho do Montijo faz parte do Plano
Local de Saúde do Arco Ribeirinho (PLSAR), é um documento estratégico que enquadra
todas as atividades que potencialmente contribuem para promover e melhorar a saúde
da população do Município do Montijo. O PLSAR encontra-se alinhado com o Plano
Nacional de Saúde, seus quatro eixos estratégicos: Cidadania em Saúde, Equidade e
Acesso Adequado aos Cuidados de Saúde, Qualidade na Saúde e Políticas Saudáveis. A
autarquia pela sua capacidade de governação do território é o principal agente de
promoção da saúde. Muitas das linhas estratégicas do PLSAR já estão a ser praticadas
de forma sistemática. A autarquia colabora no desenvolvimento dos programas nas
áreas: afetos, cidadania, alimentação, movimento e ambiente. Dirige a sua atuação aos
problemas de saúde privilegiando a participação dos profissionais de saúde e dos seus
parceiros comunitários na vigilância epidemiológica.
51
• Rasteio de Acuidade Visual - Protocolo de parceria celebrado em 20 de março de 2018,
com o Lions Clube do Montijo, realiza anualmente um rastreio Oftalmológico aos
alunos/as do 1º Ano das Escola Básicas do Concelho reafirmando, através da sua
execução, a preocupação na prevenção primária e na deteção precoce de problemas de
acuidade visual, minorando o impacto negativo que estes podem ter no rendimento
escolar e na integração social. A despistagem é realizada a todos os alunos do 1º Ano
incidindo particularmente nos alunos que beneficiam de Subsídio Ação Social Escolar –
SASE, a quem tenha sido concedido o 1 escalão ou o 2º escalão, atendendo a que estes
são atribuídos através do cálculo de rendimentos do agregado familiar, beneficiando
desta forma as famílias em situação de maior vulnerabilidade social.
• Rastreios oftalmológicos a pessoas em situação de vulnerabilidade social - Protocolo
tem como objetivo constituir uma parceria entre a Câmara Municipal de Montijo, e o
Lions Clube do Montijo, no sentido de apoiar pessoas em situação de maior
vulnerabilidade social, através da disponibilização de rastreios oftalmológicos, seguido
da atribuição de óculos, melhorando, desta forma, a sua saúde visual e,
consequentemente, a sua qualidade de vida. Este projeto tem como objetivo último a
promoção da saúde, a igualdade de oportunidades e o combate à exclusão social
• Rastreios do Cancro da Mama pela Liga Portuguesa contra o Cancro - O Concelho do
Montijo recebe desde 2021 uma vez por ano durante 1 mês uma das Unidades Móveis
de Rastreio do Cancro da Mama que possui Núcleo Regional do Sul da Liga Portuguesa
Contra o Cancro. Esta ação, tal como as consultas de aferição em Lisboa destinadas a
quem apresentar exames com leitura radiológica positiva, totalmente gratuitas para as
utentes, inserem-se na intervenção do Núcleo Regional do Sul (NRS) da Liga Portuguesa
Contra o Cancro, integrado no Plano Oncológico Nacional e no Programa Europeu
Contra o Cancro. O Rastreio do Cancro da Mama destina-se às mulheres assintomáticas
com idade compreendida entre os 50 e os 69 anos que serão convidadas a participar
neste Rastreio através de carta personalizada, durante a ronda de 2021 a LPCC convidou
cerca de 4608 mulheres.
• Centro de Saúde de Montijo - Respostas ao nível da Medicina Geral e Familiar;
Planeamento Familiar; Saúde Maternal e Infantil; Consultas de adolescentes e jovens;
Tratamentos: pensos, remoção de pontos, avaliação de tensão.
• Extensão de Saúde de Afonsoeiro - Oferece à população do concelho as mesmas 52
respostas que o Centro de Saúde do Montijo e ainda, consultas de psicologia, cessação
tabagística e higiene oral.
• Centro Hospitalar do Barreiro e Montijo (CHBM)- Para além dos cuidados primários a
população tem acesso à prestação de cuidados de saúde através do CHBM instituição
de referência para o Concelho que pertence à área geográfica do Arco Ribeirinho, que
desenvolve a sua atividade em dois estabelecimentos situados no Barreiro e no Montijo,
que incluem, respetivamente um serviço de urgência polivalente e um serviço de
urgência básica. Para o ano 2021 o CHBM funcionará com um internamento médio de
369 camas (para 19 especialidades), duas Unidades de Internamento Domiciliário com
a lotação que se espera atinga até final do ano até 20 camas, Consultas Externas (28
principais especialidades, repartidas por 117 subespecialidades de consultas médicas, a
que se acresce a atividade desenvolvida por outros profissionais de saúde, como sejam
consultas de Psicologia, de Nutrição, de Farmacologia e de Enfermagem), Urgência
Médico-cirúrgica (Geral, Obstétrica-ginecológica, Pediátrica), Urgência Básica, 14
especialidades de Hospital de Dia e diversos Meios Complementares de Diagnostico e
Terapêutica (Imagiologia, Patologia Clinica, Anatomia Patológica, Medicina Física e de
Reabilitação, Radioterapia e Imunohemoterapia)

Outras respostas transversais presentes no concelho de Montijo e na União de Freguesias de


Montijo e Afonsoeiro, com as quais serão estabelecidas importantes pontes para a intervenção,
pelo conhecimento, experiência e enraizamento que têm junto das populações mais vulneráveis
são:

• Protocolo RSI - A AFPDM estabeleceu um protocolo Rendimento Social de Inserção com


a Segurança Social desde fevereiro de 2010, onde uma equipa de técnicos superiores e
ajudantes de ação direta têm a responsabilidade de acompanhar os beneficiários de RSI,
nos concelhos do Montijo e Alcochete, apoiando a integração destes utentes, na
comunidade e no seu reingresso ao mercado de trabalho. No âmbito das transferências
da Ação Social para as autarquias, prevê-se a gestão deste protocolo pelo Município a
partir de 2023.
• Centro Comunitário Mais Cidadão - Acordo de Cooperação com a Segurança Social,
através da União Mutualista Nossa Senhora da Conceição, este serviço dá apoio a cerca
de 240 utentes, entre famílias e jovens, abrangendo quase toda a freguesia do Montijo. 53
As atividades de atuação do Centro Comunitário Mais Cidadão, prendem-se
essencialmente com o atendimento e acompanhamento de pessoas e famílias em
situação de vulnerabilidade e exclusão e emergência social, prestando apoio nos mais
diversos problemas sociais, nomeadamente com o fornecimento de géneros
alimentares, desenvolvimento de competências, promoção de saúde e bem-estar,
atividade lúdico-pedagógicas e animação sociocultural e recreativa. A UMNSC, na
valência do Centro Comunitário, tornou-se entidade Mediadora do Programa
Operacional Alimentar Para Pessoas Mais Carenciadas (POAPMC), cujo programa visa a
distribuição de bens alimentares, secos e congelados, contando atualmente com 143
beneficiários. Nesta sequência, em 2021 entrou para a Rede de Apoio Alimentar do
Montijo, através da qual procede à distribuição de cabazes a famílias não inseridas no
POAPMC.

Sediado no Bairro do Afonsoeiro, o Centro Social de S. Pedro do Afonsoeiro, representa um polo


e um ponto de referência para a comunidade deste território, bem como um interlocutor
privilegiado na execução de medidas e ações no bairro do Afonsoeiro. Apresenta respostas aos
vários níveis, constituindo uma base para a operacionalização da estratégia preconizada na OIL:
• Serviço de Apoio ao Jovem/ Centro Social S. Pedro do Afonsoeiro - Centro de Jovens
funciona desde novembro de 1997, através de um Acordo de Cooperação Atípico com
o Centro Distrital de Segurança Social de Setúbal. Apresenta capacidade para 100
utentes, sendo a sua ação efetuada através de dois eixos de intervenção: Eixo 1 -
Promoção de estilos de vida saudáveis, desenvolvimento de competências pessoais e
sociais e apoios diversos: alimentar, higiene pessoal e tratamento de roupas, apoio
social e escolar, ocupação dos tempos livres e a organização/dinamização de atividades
de animação socioculturais e desportivas; Eixo 2 - Acompanhamento de crianças e
jovens em situação de risco ou perigo social e respetivas famílias.
• Centro de Acolhimento Temporário (CAT) - "Sol dos Meninos" - Iniciou o seu
funcionamento em junho de 1996. É uma estrutura de acolhimento transitório para
onze crianças dos 0 aos 12 anos, onde, para além de lhes ser proporcionado todos os
cuidados básicos essenciais, é realizado pela equipa técnica, o estudo e o diagnóstico
das suas situações e é definida a solução tendencialmente mais adequada sempre em
articulação com os serviços envolvidos, num período que não deve ultrapassar os seis 54
meses. O "Sol dos Meninos" funciona ainda, como "Unidade de Emergência"
disponibilizando uma vaga para tais ocorrências, no sentido de dar resposta a situações
que são de tal modo graves e/ou em condições tão específicas que exigem medidas
urgentes, imediatas, independentemente da intervenção faseada e sequencial.
• Casa de Acolhimento Residencial "Abrir Caminhos" - Iniciou a sua atividade em
fevereiro de 2002, tendo por finalidade o acolhimento prolongado de crianças e jovens
em situação de perigo social. Tem vagas para 14 utentes do sexo feminino com idades
compreendidas entre os 6 e os 16 anos no momento do acolhimento, funcionando em
regime aberto e estando inserido na comunidade. As crianças e jovens são acolhidas no
decorrer de medidas definidas pelos Tribunais de Família e Menores e Comissões de
Proteção de Crianças e Jovens. Algumas irão permanecer até ser possível a sua
autonomia. Outras poderão voltar às suas famílias. Por vezes, a adoção é uma
possibilidade, embora dificultada pelas idades das menores acolhidas (a maioria são
adolescentes).
• Serviço de Apoio Domiciliário - iniciou o seu funcionamento em outubro de 1996. É uma
resposta social que consiste na prestação de cuidados individualizados e personalizados
no domicílio, a indivíduos e famílias quando, por motivos de doença, deficiência ou
outros impedimentos, não possam assegurar temporariamente ou permanentemente a
satisfação das suas necessidades básicas. Apresenta capacidade para 40 utentes em
Acordo de Cooperação com o Centro Distrital de Segurança Social de Setúbal. Serviços
Prestados: Alimentação; Higiene pessoal; Higiene habitacional; Tratamento de roupas;
Acompanhamento ao exterior e diligências; Acompanhamento social; Atividades de
animação/ocupação.
• Centro de Dia do Afonsoeiro - iniciou o seu funcionamento em outubro de 1996. É uma
resposta social cuja intervenção consiste na prestação de serviços que contribuem para
a manutenção das pessoas no seu meio habitual de vida, visando a promoção da
autonomia e a prevenção de situações de dependência ou o seu agravamento.
Apresenta capacidade para 15 utentes em Acordo de Cooperação com o Centro Distrital
de Segurança Social de Setúbal.
• Centro de Convívio do Afonsoeiro - funciona desde outubro de 1991. É uma resposta
social que consiste no acompanhamento e desenvolvimento de atividades de animação,
que contribuem para a socialização, convívio e ocupação da população sénior.
Apresentam capacidade para 35 utentes (C.C do Afonsoeiro). É um espaço aberto a 55
sócios da instituição, destinando-se prioritariamente aos seniores. Atividades:
dinamização de atelier; Atelier de penteados; Grupo de cantares; Lanches; Jogos de
mesa; Festas / convívios; Colónia balnear / colónia de férias; Passeios;
Acompanhamento social; Sessões de sensibilização/informação; Jogos de estimulação
cognitiva; Intercâmbio entre instituições.

A Divisão de Desenvolvimento Social e Promoção da Saúde da Câmara Municipal do Montijo,


engloba um conjunto de respostas e projetos de intervenção social e cidadania distribuídos
geograficamente pelas freguesias do concelho, com o objetivo de promover a igualdade e a
integração, diminuir as assimetrias e desigualdades e contribuir para o reforço das parcerias e
trabalho em rede no concelho do Montijo. Ponto de referência na autarquia para a articulação
de serviços e gestão do processo de implementação da OIL.

• Gabinete de Ação Social - atendimento personalizado aos munícipes, intervindo


prioritariamente junto dos grupos populacionais em situação de carência e/ou
vulnerabilidade social, com o objetivo de minimizar as fragilidades sociais intervindo ao
nível da prevenção/redução de fenómenos de pobreza e exclusão social.
• Loja Social - colmatar necessidades materiais de pessoas/famílias carenciadas,
proporcionando a distribuição de bens de primeira necessidade ao nível do vestuário,
higiene pessoal e mobiliário.
• Projeto (C)ASAS – Capacitar para Incluir - intervenção social e acompanhamento
integrado de pessoas em situação de grande vulnerabilidade social face à sua condição
habitacional, pessoas em situação de sem-abrigo e em risco face à condição de sem-
abrigo.
• Gabinete de Psicologia e Terapia Familiar - atendimento a indivíduos e/ou famílias no
âmbito do apoio psicológico individual e na gestão de dinâmicas familiares. Através de
um atendimento pessoal/ em grupo, sinaliza e intervém com recurso a terapia em
problemáticas manifestadas e, se necessário, encaminha os utentes para os recursos
existentes na comunidade local ou respostas institucionais a nível nacional.
• Centro de Acolhimento Autárquico de Emergência Social – CAAES - Estrutura de apoio
destinada a alojamento a situações de emergência social.
• Serviço de Informação Jurídica - Protocolo de Colaboração com a Ordem dos 56
Solicitadores e dos Agentes de Execução (OSAE), tendo por objetivo prestar informações
gratuitas a pessoas em situação de dificuldade económica comprovada, cujo
rendimento mensal per capita do agregado familiar seja igual ou menor que a
retribuição mínima mensal garantida.
4 PLANEAMENTO FISICO E FINANCEIRO DA OPERAÇÃO INTEGRADA

As intervenções na OIL de Montijo e Afonsoeiro estão previstas no horizonte de 2022 a 2025,


nos vários eixos e tipologias de medidas e ações, sendo que:

• No ano 2022, o investimento global é de: 92 337,75€


• No ano 2023, o investimento global é de: 999 891,90€
• No ano 2024, o investimento global é de: 1 399 896,22€
• No ano 2025, o investimento global é de: 760 683,04€

O investimento global na operação é de 3 252 808,91€, com 72% em investimentos físicos e 28%
em investimentos imateriais, respetivamente, 2 342 022€ e 910 786,91€.

EIXO AMBIENTE E VALORIZAÇÃO DO ESPÇAO PÚBLICO – Total: 600 000€

As Intervenções neste eixo totalizam um investimento de 600.000€, a iniciar em 2023 e término


em 2025.
57
• qualificação do espaço público ou espaços comuns de edifícios residenciais - 600.000€

CULTURA E CRIATIVIDADE – Total: 65 650€

As intervenções neste eixo totalizam um investimento de 65 650€, a iniciar em 2022 e término


em 2025.

• Diagnósticos de reconhecimento e validação de talentos culturais, artísticos e criação


de programas de dinamização cultural e artística para jovens – 5 400€
• Programas inovadores que aumentam a coesão social e os sentimentos de pertença à
comunidade através da participação cultural e artística – 60 250€
EIXO CIDADANIA E EMPODERAMENTO DA COMUNIDADE – Total: 257 213€

As intervenções neste eixo totalizam um investimento de 257 213€, a iniciar em 2022 e término
em 2025.

• Ações de capacitação de organizações locais e grupos formais ou informais de cidadãos


– 8075€
• Ações de sensibilização, promoção e intermediação e outras ações complementares à
implementação de projetos – 241 138€
• Iniciativas de promoção da segurança e prevenção das diferentes formas de violência -
8 000€

EIXO EMPREGO DE ECONOMIA LOCAL – Total: 1 597 853€

As intervenções neste eixo totalizam um investimento de 1 597 853€, a iniciar em 2022 e


término em 2025.
58
• Capacitação e criação de emprego local – 245 537€
• Apoio à criação de redes entre atores públicos e privados que visem aumentar
oportunidades formativas, de capacitação e de acesso ao mercado de trabalho –
17 400€
• Criação de Espaços de Incubação de Atividades Empreendedoras Locais – 1 317 022€
• Ações que visem o upskilling e reskilling de jovens e ativos, especialmente orientadas
para adaptação à transição digital - 17 894€

EIXO SAÚDE – Total: 119 522€

As intervenções neste eixo totalizam um investimento de 119 522€, a iniciar em 2022 e término
em 2025.

• Ações de resposta às necessidades locais, em articulação com o Plano Local de Saúde –


5250€
• Criação de equipas de saúde mental comunitárias – 114 272€
EIXO SOCIAL – Total: 612 571€

As intervenções neste eixo totalizam um investimento de 612 571€, a iniciar em 2022 e término
em 2025.

• Iniciativas culturais, desportivas ou de relevância comunitária – 22 500€


• Intervenções dirigidas a crianças, jovens e adultos com necessidades especiais – 91 837€
• Iniciativas de prevenção e combate à exclusão social, isolamento e abandono – 6 000€
• Ações de promoção da inovação e empreendedorismo social – 25 000€
• Dinamização de equipamentos desportivos e respostas sociais – 42 234€
• Instalação ou requalificação de equipamentos desportivos ou sociais – 425 000€

59
5 DESCRIÇÃO DAS AÇÕES E MEDIDAS A FINANCIAR

Na OIL da União de Freguesias de Montijo e Afonsoeiro, são estabelecidas prioridades de


intervenção, concertando a atuação dos diferentes eixos, adaptados às especificidades do
território para a execução de projetos.

5.1 INVESTIMENTO FÍSICO

PROJETO: Requalificação do espaço público do Bairro da Caneira

EIXO: Ambiente e Valorização do Espaço Público

AÇÃO: Intervenções de qualificação do espaço público ou espaços comuns

OBJETIVOS: Requalificar o espaço público no bairro da caneira nas imediações dos edifícios de
habitação social

PROMOTOR: Câmara Municipal de Montijo

PARCEIROS: União de Freguesias de Montijo e Afonsoeiro


60
INDICADORES:

• N.º de m2 requalificados no bairro da caneira;


• N.º de pessoas em situação de vulnerabilidade beneficiadas

CALENDÁRIO: janeiro de 2023 a dezembro de 2025


PROJETO Requalificação do Espaço Público no Bairro da Caneira

ENQUADRAMENTO NO PMACD-AML
a) Intervenções de qualificação
AMBIENTE E VALORIZAÇÃO Tipologia
Eixo do espaço público ou espaços
DO ESPAÇO PÚBLICO Ação/Medida
comuns de edifícios residenciais

DESCRIÇÃO DA INTERVENÇÃO

União de Freguesias de Montijo


Promotor Câmara Municipal de Montijo Parceiros
e Afonsoeiro

Descrição

A área de intervenção bruta global, é na ordem de 32000,00 m2 e é delimitada em termos gerais, pelas
Ruas: R. Ivone Silva, R. Irene Lisboa, R. Maria Matos e R. Mário Viegas. Esta proposta prevê a
requalificação das diversas tipologias de zonas funcionais existentes no local, nomeadamente, zonas
viárias (arruamentos e estacionamentos) a requalificar com pavimento betuminoso, as zonas pedonais
a recuperar com pavimento betuminoso colorido, delimitado com lancil em betão com 15cm de
espessura. Nestas zonas pedonais, prevê-se também a colocação de elementos/equipamentos de
estadia, concretamente a instalação de bancos e papeleiras em betão, e na praça central, propõe-se que
sejam recuperados os muretes/banco já ali existentes. No que se refere às zonas não pavimentadas,
essencialmente na área envolvente ao polidesportivo existente, propõe-se que seja efetuada a
requalificação das áreas expectantes, com um prado de sequeiro florido. Em termos de estrutura vegetal
superior, esta proposta prevê arborização com a plantação de alinhamentos da espécie "Tipuana tipo"
Per 12-14, tanto nas áreas de prado, como também em algumas zonas pavimentadas, sendo que nestas
áreas, as árvores serão naturalmente colocadas em caldeiras. Estas caldeiras, prevê-se que tenham
dimensões de 1,0x1,0m e sejam delimitadas com lancil de betão.
61

Objetivos a alcançar

• Requalificar o espaço público do bairro da caneira nas imediações dos edifícios de


habitação social

Grupo desfavorecido alvo

Famílias residentes em habitação social do bairro da caneira

Território alvo
Globalidade da
Freguesia
Bairro(s) Bairro da Caneira

INDICADORES
Indicador de realização
# Indicador Meta

32 000m2
1 Requalificação das zonas identificadas

Indicador de resultado
# Indicador Meta
1 Pessoas beneficiadas com a requalificação 340
PLANEAMENTO FINANCEIRO E TEMPORAL
2022 2023 2024 2025 Total
a)
Intervenções
de
qualificação
do espaço
200 000,00€ 300 000,00€ 100 000,00€ 600 000€
público ou
espaços
comuns de
edifícios
residenciais

Sustentabilidade
Condições de sustentabilidade futura
Ao longo da intervenção do projeto, a sinergia conseguida no espaço do bairro com as ações previstas
de âmbito imaterial, nomeadamente a dinâmica criada com a bolsa de mediadores comunitários e outros
projetos de empreendedorismo social. Pretende-se fomentar o sentimento de pertença, com a criação
de movimentos de moradores, que desenvolvam ações futuras de manutenção e vigilância de espaços
recuperados. Para alem deste movimento pretende-se assegurar que os serviços da União de
Freguesias, Autarquia e Forças de Segurança no seu desempenho diário contribuam para o bom
funcionamento do bairro e manutenção das condições promovidas com este investimento.

62
PROJETO: Construção do Centro de Desenvolvimento de Competências/ Incubadora

EIXO: Emprego de Economia Local

AÇÃO: Criação de Espaços de incubação de atividades empreendedoras locais

OBJETIVOS: Construir um novo equipamento para instalação de um Centro de Desenvolvimento


de Competências e incubação de atividades empreendedoras

PROMOTOR: Câmara Municipal de Montijo

PARCEIROS: Associação para a Formação Profissional e Desenvolvimento do Montijo

INDICADORES:

• Construção do Centro de Desenvolvimento de Competências;


• N.º de espaços de Incubação criados;
• N.º de pessoas beneficiadas pelo Centro;
• N.º de atividades empreendedoras instaladas.
63
CALENDÁRIO: janeiro de 2023 a dezembro de 2025
PROJETO Construção do Centro Desenvolvimento Competências

ENQUADRAMENTO NO PMACD-AML
h) Criação de espaços de
EMPREGO DE ECONOMIA Tipologia
Eixo incubação de atividades
LOCAL Ação/Medida
empreendedoras locais

DESCRIÇÃO DA INTERVENÇÃO

Associação para a Formação


Promotor Câmara Municipal do Montijo Parceiros Profissional e Desenvolvimento
do Montijo

Descrição

Reabilitação da antiga casa do guarda com aproximadamente 72m2. A respetiva envolvente e vedações
com uma área de aproximadamente 2800m2. Ampliação de um edifico com aproximadamente 850m2.
Introdução de um Centro de Desenvolvimento que inclua uma sala de formação com 80/90m2, duas
salas de formações mais técnicas (oficinas) com 120m2 cada (uma delas com rede de ar comprimido
para além de um ponto de água); Introdução de uma Incubadora de Empresas com 4 salas de 25/30m2,
balneários e vestiários feminino e masculino para cerca de 5/6 pessoa, núcleo empresarial com 8/10
espaços do tipo “boxes” com 30m2 cada (com extração forçada para trabalhos de carpintaria e
serralharia, contadores parciais de água, 2/3 espaços com separador de hidrocarbonatos); Estes
espaços do tipo “boxes” deverão prever paredes divisórias de forma a garantir a máxima versatilidade,
permitindo aos futuros ocupantes do espaço. Desta forma, possibilita a autonomia destas áreas, 64
existindo sempre a possibilidade de se somarem para gerar espaços. Um espaço comum ao Centro de
Desenvolvimento e à Incubadora de empresas com um centro de recursos e secretaria e espaços de
apoio e copa.

A construção do edifício será realizada de acordo com os requisitos NZEB, implicando que as
necessidades de energia sejam cobertas, em grande medida, por energia proveniente de fontes
renováveis; o que conduzirá a uma redução significativa de emissões para a atmosfera e à consequente
melhoria da saúde pública.

Objetivos a alcançar

Construir um novo equipamento para instalação de um Centro de Desenvolvimento de Competências e


incubação de atividades empreendedoras.

Grupo desfavorecido alvo

Jovens maiores de 16 anos e adultos, com baixas habilitações literárias e em situação de


vulnerabilidade social, nomeadamente desemprego.

Território alvo
Globalidade da
Freguesia
x Bairro(s) Bairro da Calçada

INDICADORES
Indicador de realização
# Indicador Meta
1 Construção do centro de desenvolvimento de competências e incubadora 1
2 Número de Espaços de incubação criados 1
Indicador de resultado
# Indicador Meta
1 N.º de pessoas beneficiadas com a construção do Centro 1010
2 Nº de atividades empreendedoras locais instaladas/desenvolvidas 10

PLANEAMENTO FINANCEIRO E TEMPORAL


2022 2023 2024 2025 Total
h) Criação de
espaços de
incubação de
400 000,00€ 600 000,00€ 317 022,00€ 1 317 022€
atividades
empreendedoras
locais

Sustentabilidade
Condições de sustentabilidade futura
Será criado um novo equipamento que será otimizado pelas sinergias criadas durante o funcionamento
do projeto. A sustentabilidade será conseguida mediante a inclusão de novas entidades
empreendedoras que dinamizarão o espaço, que servirá de alavanca para futuros negócios/empresas. 65
.
PROJETO: Requalificação dos Polidesportivos da Caneira e do Esteval

EIXO: Social

AÇÃO: Instalação e requalificação de equipamentos desportivos e sociais

OBJETIVOS: Requalificar os equipamentos polidesportivos no bairro da caneira e do esteval,


contribuindo para a promoção das atividades desportivas nos bairros sociais

PROMOTOR: União de Freguesias de Montijo e Afonsoeiro

PARCEIROS: Câmara Municipal de Montijo

INDICADORES:

• N.º de equipamentos polidesportivos requalificados;


• N.º de pessoas em situação de vulnerabilidade social que frequentam os polidesportivos
intervencionados no bairro da caneira e do esteval

CALENDÁRIO: janeiro de 2023 a dezembro de 2025

66
PROJETO Requalificação dos Polidesportivos dos Bairros da Caneira e do Esteval

ENQUADRAMENTO NO PMACD-AML
i)Instalação e requalificação de
Tipologia
Eixo SOCIAL equipamentos desportivos e
Ação/Medida
sociais

DESCRIÇÃO DA INTERVENÇÃO

União de Freguesias de Montijo


Promotor Parceiros Câmara Municipal de Montijo
e Afonsoeiro

Descrição

Reabilitação do polidesportivo do bairro da Caneira com tratamento do plano horizontal através da


colocação de pavimento novo, pintura de marcação de áreas de jogo, colocação de balizas e redes de
vedação; Colocação de iluminação que será realizada com a instalação de projetores LED para a
realização de atividades e eventos noturnos.
Reabilitação do polidesportivo do bairro do Esteval com tratamento do plano horizontal do campo com
colocação de pavimento novo, pintura de marcação de áreas de jogo; pintura de muretes de vedação e
das respetivas vedações dos campos desportivos; colocação de iluminação com a instalação de
projetores LED para a realização de atividades e eventos noturnos; requalificação da envolvente através
da colocação de mobiliário urbano e reparação pontual de pavimentos.

A renovação dos polidesportivos será realizada de acordo com os requisitos NZEB, implicando que as
necessidades de energia sejam cobertas, em grande medida, por energia proveniente de fontes
renováveis; o que conduzirá a uma redução significativa de emissões para a atmosfera e à consequente
melhoria da saúde pública.
67

A reabilitação dos polidesportivos irá permitir a dinamização de projetos de inclusão social onde a
componente desportiva é reforçada, nomeadamente os projetos no âmbito do eixo social: Arte e
Desporto_MOV’Arte, Mediadores Comunitários e Capacitar e Inovar e o projeto no âmbito do eixo da
Saúde_LOUCAMENTE, onde estão previstas ações de dinamização comunitária e de promoção de
estilos de vida saudáveis. Trata-se de espaços desportivos polivalentes, sediados no seio dos bairros
sociais da caneira e do esteval com grande potencialidade para uma utilização e dinamização de
proximidade, inclusive por entidades/ projetos com os quais são definidas parcerias, nomeadamente o
projeto Kont@rte, no bairro da caneira e o projeto do Centro comunitário Mais Cidadão no bairro do
esteval. Prevê igualmente o reforço da dinâmica com a Divisão de Desporto da Autarquia e com a União
de Freguesias com estabelecimento de um plano de ação regular para a prática de atividade física pelas
comunidades.

Objetivos a alcançar

Requalificar os equipamentos polidesportivos no bairro da Caneira e do Esteval, contribuindo para a


promoção do desporto nos bairros sociais.

Grupo desfavorecido alvo

Crianças, jovens e adultos residentes no bairro da Caneira e do Esteval, podendo estas estruturas
também ser utilizadas por outros residentes no concelho do Montijo e outros bairros, através de
intercambio de atividades desportivas.

Território alvo
Globalidade da
Freguesia
x Bairro(s) Bairro da Caneira e do Esteval
INDICADORES
Indicador de realização
# Indicador Meta
1 Requalificação de equipamentos desportivos 2
2
Indicador de resultado
# Indicador Meta
N.º de pessoas em situação de vulnerabilidade que frequentam o polidesportivo
1 150
da Caneira
N.º de pessoas em situação de vulnerabilidade que frequentam o polidesportivo
2 200
do Esteval

PLANEAMENTO FINANCEIRO E TEMPORAL


2022 2023 2024 2025 Total
i)Instalação e
requalificação
de
125 000€ 225 000€ 75 000€ 425 000€
equipamentos
desportivos e
sociais

Sustentabilidade
68
Condições de sustentabilidade futura

Desenvolvimento de atividades regulares nos polidesportivos orientadas por entidades parceiras e outras
que permitam uma utilização mais dinâmica e disciplinada destes espaços públicos. A União de
Freguesias de Montijo e Afonsoeiro tem a seu cargo a manutenção regular destes espaços, que será
mais efetiva após a requalificação do espaço de forma a garantir a sua boa utilização e conservação.
5.2 INVESTIMENTO IMATERIAL

PROJETO: Capacitação _ CHANCE 4ALL

EIXO: Emprego de Economia Local

AÇÕES:

• Capacitação e criação de emprego local


• Apoio à criação de redes entre atores públicos e privados que visem aumentar
oportunidades formativas, de capacitação e de acesso ao mercado de trabalho
• Ações que visem o upskilling e reskilling de jovens e ativos, especialmente orientadas
para adaptação à transição digital

OBJETIVOS:

Promover a empregabilidade ajustada às dinâmicas locais;

Promover ações de capacitação para a empregabilidade e criação do próprio emprego;

Criar e dinamizar uma rede de empregabilidade com intervenção no território;


69
Criar e dinamizar um núcleo empresarial e uma plataforma digital;

Promover ações de desenvolvimento de competências de adaptação à transição digital.

PROMOTOR: Câmara Municipal de Montijo

ENTIDADE EXECUTORA: Associação para a Formação Profissional e Desenvolvimento do Montijo

PARCEIROS: Centro de Emprego do Montijo, IEFP; Instituto Politécnico de Setúbal; União de


Freguesias de Montijo e Afonsoeiro; União Mutualista N. Sra. da Conceição

INDICADORES:

• N.º de ações de capacitação para a empregabilidade realizadas;


• N.º de redes de empregabilidade criadas e dinamizadas;
• N.º de núcleos empresariais dinamizados;
• N.º de atividades empreendedoras dinamizadas;
• N.º de ações de adaptação à transição digital realizadas;
• N.º de participantes empregados após 1 ano das ações;
• N.º de entidades que integram a rede de empregabilidade e o núcleo empresarial;
• N.º de participantes, jovens e ativos, em ações de adaptação à transição digital;
• N.º de participantes em ações de capacitação para a empregabilidade;

CALENDÁRIO: setembro de 2022 a dezembro de 2025

70
PROJETO Capacitação CHANCE 4ALL

ENQUADRAMENTO NO PMACD-AML
- Capacitação e criação de
emprego local
- Apoio à criação de redes entre
atores públicos e privados que
visem aumentar oportunidades
formativas, de capacitação e de
Tipologia acesso ao mercado de trabalho
Eixo Emprego de Economia local das pessoas em situação de
Ação/Medida
vulnerabilidade
- Ações que visem o upskilling e
reskilling de jovens e ativos,
especialmente orientadas para
adaptação à transição digital

DESCRIÇÃO DA INTERVENÇÃO

Centro de Emprego- IEFP


Instituto Politécnico Setúbal
Câmara Municipal do Montijo -
Promotor Parceiros União de Freguesias de Montijo
AFPDM
e Afonsoeiro
União Mutualista N. Sra. da
Conceição
71
Descrição

O projeto visa a implementação de um Centro de Desenvolvimento de Competências, no qual serão


dinamizadas ações, em modalidade de workshop e/ou trabalho autónomo, como elemento agregador de
competências técnicas em áreas diversificadas como a eletricidades, eletrónica, jardinagem, carpintaria,
entre outras, com a duração de 8 e/ou 16h. Será também implementada uma incubadora de atividades
e potenciado um núcleo empresarial, com a participação de entidades empregadoras e associações
empresariais. A capacitação e transição digital é um recurso complementar e essencial para conferir
novas oportunidade e evolução a todo o processo de desenvolvimento de competências das
comunidades.

O projeto visa a criação de um ecossistema colaborativo de capacitação e de acesso ao mercado de


trabalho e conta com a criação de uma plataforma digital, disponível a toda a comunidade que permitirá
a articulação entre a oferta e a procura de emprego por parte de empregadores e candidatos. Será
fortemente dinamizada pelos mediadores. A criação do núcleo empresarial representativo das
organizações locais e regionais, constitui-se como um fator primordial na valorização e consolidação do
projeto, enquanto elemento consultivo e potenciador. Neste os fatores de desenvolvimento e
empregabilidade, geradores de novas ideias de negócio, potenciam a criação de uma incubadora de
novas atividades empreendedoras, que resultem também da iniciativa das comunidades desfavorecidas.
O programa de transição digital assenta num processo de capacitação, através da realização de
atividades/workshops, adaptada à criação de emprego e às necessidades enquanto candidato,
reforçando as competências já existentes e incrementando novas conhecimentos e aquisições.

Objetivos a alcançar
Promoção da empregabilidade ajustada às realidades e dinâmicas locais
Promover ações de capacitação para a empregabilidade e criação do próprio emprego
Criar e dinamizar uma rede de empregabilidade com intervenção no território
Criar e dinamizar um núcleo empresarial e uma plataforma digital
Promover ações de desenvolvimento de competências de adaptação à transição digital

Grupo desfavorecido alvo


Jovens e adultos em situação de desemprego e/ou emprego precário.
Organizações locais, associações empresariais e movimento associativo local.

Território alvo
Globalidade da
Freguesia
x Bairro(s) Bairros caneira, calçada, esteval e afonsoeiro.

INDICADORES
Indicador de realização
# Indicador Meta
1 N.º de ações de capacitação para a empregabilidade realizadas 28

2 Nº de redes de empregabilidade criadas 1


3 Criação do núcleo empresarial e incubadora de atividades empreendedoras 2
4 Nº ações de adaptação à transição digital (jovens e ativos) 28
Indicador de resultado
# Indicador Meta
72
1 Nº Indivíduos empregados 1 ano após beneficiarem das ações 50
2 Nº de entidades que integram as redes de empregabilidade/ núcleo/ incubadora 30
3 Nº. participantes (Jovens e ativos), em ações de adaptação à transição digital 200
4 N.º de participantes em ações de capacitação para a empregabilidade 100

PLANEAMENTO FINANCEIRO E TEMPORAL


2022 2023 2024 2025 Total
Capacitação e
criação de 491,10€ 81 681,84€ 81 681,84€ 81 861,84€ 245 537€
emprego local
Apoio à criação
de redes entre
atores públicos
e privados que
visem aumentar
oportunidades
formativas, de
capacitação e 2 166,30€ 4 367,40€ 4 367,40€ 6 498,90€ 17 400,00€
de acesso ao
mercado de
trabalho das
pessoas em
situação de
vulnerabilidade

Ações que
visem o 2 542,03€ 5 117,32€ 5 117,32€ 5 117,33€ 17 894,00€
upskilling e
reskilling de
jovens e ativos,
especialmente
orientadas para
adaptação à
transição digital

Sustentabilidade
Condições de sustentabilidade futura
Com a criação do Centro, nova construção, devidamente equipado e o envolvimento de todos os que
nele participam, será possível garantir a continuidade e sustentabilidade do projeto. O trabalho
potenciado nestes 4 anos e os fatores diferenciadores que deste vão surgir terão a capacidade de
envolver entidades empregadoras, rede social e comunidade local na continuidade do trabalho
desenvolvido. Pretende-se dar continuidade à atividade, mantendo a intervenção delineada ou
reajustando de acordo com a avaliação de necessidades de recursos, de tecnologias, das necessidades
sentidas pela população alvo e dos contextos de intervenção, consolidando-se num serviço de recursos
para a comunidade, estabelecendo parcerias estratégicas que a realização de um trabalho em rede.
A criação e continuidade da incubadora, assegurada pelos utilizadores com comparticipação dos
diferentes atores, promotora de um crescimento sustentável. A criação efetiva de emprego contribuirá
para a melhoria das condições sociais do próprio e famílias, promovendo a inclusão social e o bem-estar
das comunidades.

73
PROJETO: Arte e Desporto _ MOV`ARTE

EIXO: Cultura e Criatividade

• Diagnósticos de reconhecimento e validação de talentos culturais, artísticos e criação


de programas de dinamização cultural e artística para jovens
• Programas inovadores que aumentam a coesão social e os sentimentos de pertença à
comunidade através da participação cultural e artística

EIXO: Social

• Iniciativas culturais, desportivas ou de relevância comunitária


• Intervenções dirigidas a crianças, jovens e adultos com necessidades especiais
• Dinamização de equipamentos desportivos e respostas sociais

OBJETIVOS:

Promover o acesso à cultura e criatividade e valorização da interculturalidade;

Promover o desporto enquanto instrumento social agregador das comunidades;

Desenvolver programas de dinamização cultural e artística; 74

Dinamizar ações de desenvolvimento criativo;

Realizar ações desportivas e de relevância comunitária;

Dinamizar ações de desenvolvimento de competências das pessoas com necessidades especiais;

Promover a participação das crianças e jovens e pessoas com necessidades especiais nas ações
promovidas no âmbito do projeto.

PROMOTOR: Câmara Municipal de Montijo

ENTIDADES EXECUTORAS:

Associação para a Formação Profissional e Desenvolvimento do Montijo;

Centro Social S. Pedro do Afonsoeiro;

CERCIMA
PARCEIROS:

União de Freguesias de Montijo e Afonsoeiro;

União Mutualista N. Sra. da Conceição;

Conservatório Regional de Artes do Montijo

INDICADORES:

• N.º de ações/ programas de dinamização cultural e artística realizadas (castings);


• N.º de ações de promoção da criatividade e dinamização cultural realizadas;
• N.º de iniciativas culturais, desportivas e de relevância cultural realizadas;
• N.º de equipamentos desportivos e respostas sociais dinamizados/as;
• N.º de ações anuais dirigidas a crianças, jovens e adultos com necessidades especiais;
• N.º de pessoas/ população vulnerável beneficiada por ações culturais e artísticas;
• N.º de participantes em iniciativas culturais e desportivas comunitárias;
• N.º de pessoas/ população vulnerável beneficiada pela dinamização dos equipamentos
desportivos;
• N.º de pessoas com necessidades especiais que beneficiam das ações. 75

• CALENDÁRIO: setembro de 2022 a dezembro de 2025


PROJETO Arte e Desporto _ MOV’ARTE

ENQUADRAMENTO NO PMACD-AML
- Diagnóstico de
reconhecimento e validação dos
talentos culturais, criação de
programas de dinamização
cultural e artística para jovens;
- Projetos inovadores que
aumentam a coesão social e os
sentimentos de pertença à
comunidade através de
Cultura e Criatividade Tipologia participação cultural e artística;
Eixo
Social Ação/Medida
- Iniciativas culturais,
desportivas ou de relevância
comunitária;
- Dinamização de
equipamentos desportivos e
respostas sociais;
- Intervenções dirigidas a
crianças, jovens e adultos com
necessidades especiais;

DESCRIÇÃO DA INTERVENÇÃO

Câmara Municipal do Montijo União de Freguesias de Montijo


e Afonsoeiro
AFPDM
União Mutualista N. Sra
Promotor Centro Social S. Pedro do Parceiros
Conceição
76
Afonsoeiro
Conservatório Regional de
CERCIMA Artes do Montijo

Descrição

Este projeto procura conciliar estratégias no âmbito da inclusão pela arte e pelo desporto para a inclusão
social de crianças e jovens oriundas das comunidades desfavorecidas, valorizando as suas
potencialidades. Na vertente da cultura e criatividade, visa a identificação de talentos culturais e artísticos
nas áreas da música, dança e representação, através da realização de castings nas 3 áreas de
expressão e 3 concursos de talentos, com o envolvimento dos jovens em situação de vulnerabilidade.
Pretende-se ainda dinamizar oficinas de desenvolvimento de competências, nas vertentes música, dança
e representação e realizar espetáculos multidisciplinares e apresentações públicas promotores da
coesão social e pertença à comunidade. Serão ainda preconizadas iniciativas culturais e de relevância
comunitária, tais como concursos de talentos, espetáculos finais). Prevê a realização de um encontro
anual através da articulação com as várias entidades desportivas e culturais do concelho de Montijo,
aberto à comunidade em geral, mas com especial enfoque para a população dos 4 bairros destinatários
Afonsoeiro, Esteval, Caneira e Calçada. Neste espaço haverá uma mostra das várias modalidades
desportivas e de diversos momentos culturais, possibilitando a todos os participantes uma experiência
inclusiva e multifacetada. Pretende-se de forma complementar, desenvolver um programa regular de
atividades desportivas, através da prática da atividade física fomentando hábitos de vida saudáveis e a
inclusão pelo desporto, enquanto instrumento social agregador. Os jovens terão contacto com um leque
diversificado de atividades dinamizadas e orientadas por técnicos/ monitores das várias modalidades,
em articulação com as várias coletividades locais. Principais modalidades: futsal, andebol, voleibol,
basquetebol, ténis de mesa, tiro com arco, ginástica, canoagem, vela, judo, jiu-jitsu, ginásio, crossfit,
natação e dança. Nesta dinâmica cultural e desportiva, pretende-se ainda Implementar serviços de apoio
na e para comunidade para a autonomização e inclusão das pessoas com necessidades especiais e
deficiência e suas famílias, disponibilizando/facilitando o acesso a apoios terapêuticos, profissionais,
ocupacionais ou lúdicos, na comunidade, de acordo com as suas escolhas e sonhos, comtemplando
workshops de dança inclusiva, de mindfulness, meditação, dança criativa, expressão musical, expressão
dramática, expressão plástica e dinâmicas de desenvolvimento pessoal, fomentando a partilha de
opinião, responsabilização pelas escolhas e promovendo a estimulação sensoriomotora.

Objetivos a alcançar

Promover o acesso à cultura e criatividade e valorização da interculturalidade


Promover o desporto enquanto instrumento social agregador
Promover soluções de combate à pobreza e exclusão social
Desenvolver programas de dinamização cultural e artística
Dinamizar ações de desenvolvimento criativo
Realizar ações desportivas e de relevância comunitária
Dinamizar ações de desenvolvimento de competências das pessoas com necessidades especiais
Promover a participação de crianças e jovens e pessoas com necessidades especiais nas ações do
projeto

Grupo desfavorecido alvo

Crianças e jovens com idades entre os 6 e os 18 anos, residentes na Freguesia do Montijo e Afonsoeiro,
nomeadamente nos 4 bairros. Crianças, jovens e adultos com necessidades especiais e suas famílias.

Território alvo
Globalidade da
Freguesia
X Bairro(s) Bairro do Afonsoeiro, Calçada, Esteval, Caneira

INDICADORES
77
Indicador de realização
# Indicador Meta
N.º ações de dinamização cultural e artística para jovens realizados/
1 60
diagnóstico e castings
2 N.º de ações de promoção da criatividade e dinamização cultural realizadas 60
N.º de iniciativas culturais, desportivas ou de relevância comunitária realizadas
3 9
(concursos talentos, espetáculos finais e atividades desportivas)
4 N.º de equipamentos desportivos e respostas sociais dinamizados 10
N.º de ações anuais dirigidas a crianças, jovens e adultos com necessidades
5 60
especiais realizadas

Indicador de resultado
# Indicador Meta
N.º de pessoas/ população vulnerável beneficiada por ações de dinamização
1 80
cultural e artística
N.º de participantes em iniciativas culturais, desportivas ou de relevância
2 60
comunitária
N.º de pessoas/ população vulnerável beneficiada por ações de dinamização de
3 100
equipamentos desportivos e de respostas sociais
N.º de crianças, jovens e adultos com necessidades especiais alvo de
4 50
intervenções especificas de apoio
PLANEAMENTO FINANCEIRO E TEMPORAL
2022 2023 2024 2025 Total
- Diagnóstico
reconhecimento
e validação dos
talentos criação
de programas 1 102,80€ 1 432,40€ 1 432,40€ 1 432,40€ 5 400€
de dinamização
cultural e
artística para
jovens
- Projetos
inovadores que
aumentam a
coesão social e
os sentimentos
de pertença à
comunidade 8 607,14€ 17 214,28€ 17 214,28€ 17 214,28€ 60 250€
através de
participação
cultural e
artística;

- Iniciativas
culturais,
desportivas ou
de relevância 4 599,79€ 5 966,83€ 5 966,83€ 5 966,83€ 22 500€
comunitária;
78
- Dinamização
de
equipamentos
8 160,27€ 11 358,34€ 11 357,66€ 11 357,62€ 42 234€
desportivos e
respostas
sociais;
Intervenções
dirigidas a
crianças,
jovens e 10 420,48€ 27 044,34€ 27 044,34€ 27 327,84€ 91 837€
adultos com
necessidades
especiais
222 221€
Sustentabilidade
Condições de sustentabilidade futura
A sustentabilidade da atividade poderá ser garantida com o envolvimento da Rede Social em parceria
com as associações desportivas e culturais. Prevê-se a integração dos jovens dos bairros, na prática
das modalidades/ expressões artísticas nas várias associações desportivas e culturais do concelho.
Pretende-se dar continuidade ao projeto, mantendo a intervenção delineada ou reajustando de acordo
com a avaliação de necessidades de recursos, de tecnologias, das necessidades sentidas pela
população alvo e dos contextos de intervenção, consolidando-se num serviço de recursos para a
comunidade, estabelecendo parcerias estratégicas que permitam a implementação de uma rede
comunitária para as pessoas com necessidades especiais e respetivas famílias. Para valorizar o mesmo
e vincular as pessoas será definida uma comparticipação financeira por atividade, permitindo a
sustentabilidade.
PROJETO: Saúde _ LOUCAMENTE

EIXO: Saúde

• Ações de resposta às necessidades locais, em articulação com o Plano Local de Saúde


• Criação de equipas de saúde mental comunitárias

OBJETIVOS:

Promover a saúde e a qualidade de vida das comunidades;

Dinamizar ações de promoção da saúde associadas às necessidades locais;

Criar uma equipa de base comunitária para a intervenção na saúde mental;

Promover a participação das comunidades vulneráveis nas iniciativas promovidas.

PROMOTOR: Câmara Municipal de Montijo

ENTIDADE EXECUTORA: CERCIMA

PARCEIROS: União de Freguesias de Montijo e Afonsoeiro;


79
ACES – Arco Ribeirinho;

União Mutualista N. Sra. da Conceição;

Centro Social S. Pedro do Afonsoeiro;

Centro Hospitalar Barreiro Montijo.

INDICADORES:

• N.º de equipas de saúde mental criadas;


• N.º de ações anuais de intervenção psico educativa realizadas;
• N.º de ações associadas à resolução de necessidades locais de saúde realizadas;
• N.º de ações comunitárias realizadas no âmbito da saúde mental;
• N.º de atendimentos anuais realizados pela equipa saúde mental;
• N.º de pessoas/ população vulnerável beneficiada pela equipa de saúde mental;
• N.º de pessoas/ população vulnerável beneficiada pela melhoria das respostas de saúde.

CALENDÁRIO: setembro de 2022 a dezembro de 2025


PROJETO Saúde _ LOUCAMENTE

ENQUADRAMENTO NO PMACD-AML
- Criação de equipas de saúde
mental comunitárias;
Saúde - Ações de resposta às
Tipologia necessidades locais, em
Eixo
Ação/Medida articulação com o Plano Local
de Saúde

DESCRIÇÃO DA INTERVENÇÃO

União de Freguesias Montijo e


Afonsoeiro

ACES Arco Ribeirinho

União Mutualista Nª Sra. da


Câmara Municipal do Montijo Conceição
Promotor Parceiros
CERCIMA
Centro Social S. Pedro
Afonsoeiro

Centro Hospitalar
Barreiro/Montijo

Descrição
80
Trata-se de um projeto de promoção da saúde, com caráter preventivo na comunidade e com a criação
de dinâmicas específicas de intervenção e prevenção da saúde mental. São delineadas ações no âmbito
da promoção da saúde, procurando integrar num programa único as diversas ações realizadas na
freguesia em articulação estreita com os vários parceiros, criando dinâmicas de mobilização e adesão
das comunidades desfavorecidas. As ações de promoção da saúde e estilos de vida saudáveis, apostam
no desenvolvimento de um conjunto de competências cognitivas e sociais, que determinam a motivação
e a capacidade da população para compreender e utilizar a informação de forma a promover e manter a
boa saúde. Estas ações serão dinamizadas em articulação com os parceiros sociais, nomeadamente a
o ACES,a União de Freguesias e a Autarquia. A criação de uma equipa de saúde mental, integra
atividades de acompanhamento psicológico e de expressão cultural e inovação social, com respostas
que contribuam para a promoção da saúde mental e empreendedorismo das pessoas em situação de
maior vulnerabilidade face à doença mental. Estabelece ações psicoeducativas de informação e
sensibilização sobre a doença mental para a comunidade e atelieres artísticos nas áreas da
pintura/desenho, fotografia, arte de rua, cerâmica, escrita criativa, dança, teatro e multimédia. Prevê a
dinamização de um grupo de autorrepresentantes com doença mental. Estabelece parceria com a saúde,
nomeadamente com o departamento de psiquiatria do centro hospitalar do Barreiro Montijo e com as
Unidades de saúde locais.

Objetivos a alcançar

Promoção da saúde e da qualidade de vida das comunidades

Dinamizar ações de promoção da saúde associadas às necessidades locais

Criar uma equipa de base comunitária para intervenção na saúde mental

Promover a participação das comunidades desfavorecidas nas iniciativas promovidas

Grupo desfavorecido alvo


Pessoas com mais de 18 anos, com diagnóstico de doença mental em situação de vulnerabilidade social
e económica e com interesse de usufruírem de serviços de suporte para o seu empoderamento. Pessoas
com mais de 16 anos, com fatores de risco na saúde física e emocional. Famílias residentes nas
comunidades desfavorecidas.

Território alvo
Globalidade da Bairro da Calçada, Afonsoeiro, Caneira, Esteval
Freguesia x Bairro(s)

INDICADORES
Indicador de realização
# Indicador Meta
1 N.º de equipas de saúde mental comunitárias criadas 1
2 N.º de ações anuais de intervenção psico educativa realizadas 50

3 N.º de ações associadas à resolução de necessidades locais (saúde) 10

4 N.º ações comunitárias realizadas pela equipa de saúde mental 10


Indicador de resultado
# Indicador Meta
1 N.º atendimentos anuais realizados pelas equipas de saúde mental 300
2 N.º de pessoas/ população vulnerável beneficiada pelas ações psico educativas 80
3 N.º de pessoas/população vulnerável beneficiada pela equipa de saúde mental 50
N.º de pessoas/ população vulnerável beneficiada pela melhoria das respostas
81
4 200
de saúde

PLANEAMENTO FINANCEIRO E TEMPORAL


2022 2023 2024 2025 Total
Criação de
equipas de
saúde mental 15.002,27€ 33.089,91€ 33.089,91€ 33.089,91€ 114 272€
comunitárias;

Ações de
resposta às
necessidades
locais, em
articulação 600,50 1.546,50€ 1.551,50€ 1.551,50€ 5 250€
com o Plano
Local de
Saúde

119 522€
Sustentabilidade
Condições de sustentabilidade futura

A sustentabilidade prevista no final deste projeto assenta no estabelecimento de parcerias estratégicas


e na promoção e divulgação das peças criadas pelo grupo-alvo, onde se prevê que os produtos
resultantes dos processos artísticos possam ser associados às diversas marcas como por exemplo
associar desenhos a peças de roupa, acessórios de moda, ou a produtos locais como a cortiça e a
floricultura, comercializados com contrapartidas financeiras quer para o projeto, quer para os
beneficiários. Pretende-se ainda que no final deste projeto, as atividades se mantenham ao serviço da
comunidade e cumprindo os objetivos propostos direcionados à população alvo, tais como a criação de
um consultório low-cost de apoio psicológico e/ou psiquiátrico e de um de espaço co-working. A
organização pretende incluir no seu Plano de Formação externo, ações de promoção de estilo de vida
saudável para a população, em articulação com o ACES Ribeirinho, assumindo igualmente a integração
das ações na Estratégia Municipal de Saúde.

82
PROJETO: Mediadores Comunitários _ IN`BAIRRO

EIXO: Cidadania e Empoderamento de Comunidades

• Ações de sensibilização, promoção e intermediação e outras ações complementares à


implementação de projetos
• Iniciativas de promoção da segurança e prevenção das diferentes formas de violência

EIXO: Social

• Iniciativas de prevenção e combate à exclusão social, isolamento e abandono

OBJETIVOS:

Incentivar a participação das comunidades na gestão do próprio programa;

Promover soluções de combate à pobreza e exclusão social;

Constituir uma bolsa de mediadores comunitários;

Promover ações de sensibilização e mobilização nas comunidades desfavorecidas; 83

Realizar iniciativas comunitárias de promoção da segurança e prevenção da violência;

Promover ações de proximidade junto das pessoas em situação de isolamento social;

Promover a participação da população vulnerável nas ações realizadas.

PROMOTOR: Câmara Municipal de Montijo

ENTIDADES EXECUTORAS:

União Mutualista N. Sra. da Conceição;

PARCEIROS:

União de Freguesias de Montijo e Afonsoeiro;


Associação para a Formação Profissional e Desenvolvimento do Montijo;

Instituto Politécnico de Setúbal.

Centro Social S. Pedro do Afonsoeiro;

Forças de Segurança.

INDICADORES:

• Criação da bolsa de mediadores comunitários;


• N.º de ações de sensibilização e mobilização realizadas/ ação dos mediadores;
• N.º de iniciativas de promoção da segurança e prevenção da violência realizadas;
• N.º de iniciativas de prevenção do isolamento, abandono e combate à exclusão social;
• N.º de pessoas/população vulnerável beneficiada por ações de sensibilização;
• N.º de pessoas/ população vulnerável beneficiada por ações de promoção da segurança
e prevenção da violência;
• N.º de pessoas/ população vulnerável beneficiada por ações de prevenção do
84
isolamento, abandono e exclusão social;

CALENDÁRIO: setembro de 2022 a dezembro de 2025


PROJETO Mediadores Comunitários _ IN’ BAIRRO

ENQUADRAMENTO NO PMACD-AML
- Ações de sensibilização,
promoção e intermediação,
bem como outras ações
complementares de
divulgação e implementação
de projetos, de forma a
habilitá-las para o exercício
de uma cidadania ativa, que
Cidadania e Empoderamento valorize designadamente a
de Comunidades Tipologia participação cívica, a fruição
Eixo
Ação/Medida cultural e patrimonial e a
Social
responsabilidade social;
- Iniciativas de promoção da
segurança e prevenção das
diferentes formas de
violência;
- Iniciativas de prevenção e
combate à exclusão social,
isolamento ou abandono;

DESCRIÇÃO DA INTERVENÇÃO

União de Freguesias Montijo


e Afonsoeiro
Câmara Municipal do Montijo –
Centro Social S. Pedro e
União Mutualista Nª Srª da
Promotor Parceiros Afonsoeiro 85
Conceição
Forças de Segurança
AFPDM
IPS

Descrição

A ação de sensibilização, promoção e intermediação prevê criação e operacionalização de uma bolsa


de mediadores comunitários. Os mediadores assumem um papel de interlocutores privilegiados e
mobilizadores e um trabalho de monitorização, acompanhamento e empoderamento das comunidades
desfavorecidas dos territórios alvo identificados com atuação coordenada ao nível da vigilância e
manutenção do espaço público, sinalização de situações de isolamento e exclusão social,
acompanhamento a serviços/ articulação com serviços de ação social locais; e a promoção de atividades
de proximidade com moradores dos territórios alvo / habitação social.
Pretende-se levar a cabo iniciativas de sensibilização de promoção da segurança e prevenção das
diferentes formas de violência, através de Workshops e/ou iniciativas comunitárias dinamizados/as em
parceria com as forças de segurança e/ou especialistas na temática, bem como ações comunitárias de
sensibilização, com reuniões e encontros de moradores nos pontos de referência/ Núcleos de Mediação
Comunitária que se pretende implementar em cada uma das quatro comunidades desfavorecias a
intervencionar. Pretende-se o desenvolvimento de iniciativas de prevenção e combate à exclusão social,
isolamento ou abandono pela implementação de um programa de acompanhamento regular de situações
de isolamento social, através de visitas e resolução de situações pontuais concretas, em estreita
articulação com os Mediadores Comunitários e outras iniciativas de proximidade realizadas pela União
de Freguesias de Montijo e Afonsoeiro.

Objetivos a alcançar

Incentivo à participação das comunidades


Promover soluções de combate à pobreza e exclusão social
Constituir uma bolsa de mediadores comunitários
Promover ações de sensibilização e mobilização nas comunidades desfavorecidas
Realizar iniciativas comunitárias de promoção da segurança e prevenção da violência
Promover ações de proximidade com as pessoas em situação de isolamento e exclusão social
Assegurar a participação das comunidades nas dinâmicas das atividades promovidas

Grupo desfavorecido alvo


São destinatários destas ações as famílias residentes nas comunidades desfavorecidas dos Bairros do
Afonsoeiro, Calçada, Caneira e Esteval, com especial enfoque nos adultos maiores de 18 anos. Regista-
se nestas comunidades a maior diversidade cultural da freguesia de Montijo e Afonsoeiro, com uma
sentida presença de representantes da comunidade cigana e da imigrante (ou descendentes de),
mormente oriundos de países da CPLP. É também nestas comunidades que estão situadas a grande
maioria das habitações sociais do concelho de Montijo, bem como onde se concentra uma população do
concelho que se caracteriza por deter diversas problemáticas socias: subsidiodependência, poucas
qualificações, analfabetismo, desemprego, fraco aproveitamento escolar, abandono escolar precoce,
pequena criminalidade, marginalidade ou população envelhecida, por exemplo. Serão grupo alvo
estratégico as pessoas/residentes com potencial de liderança nestas comunidades, bem como os
membros das organizações locais.

Território alvo
Globalidade da Bairros da caneira, esteval, afonsoeiro e
x Bairro(s)
Freguesia calçada

INDICADORES
Indicador de realização
# Indicador Meta
1 Criação da bolsa de mediadores comunitários 1 86
N.º de ações de sensibilização e divulgação dos projetos realizadas/ ação de
2 40
mediadores
N.º de iniciativas de promoção da segurança e prevenção de violência
3 10
realizadas
N.º de iniciativas anuais de prevenção e combate à exclusão social, isolamento
4 48
ou abandono realizadas
Indicador de resultado
# Indicador Meta
N.º de pessoas/ população vulnerável beneficiada por ações de sensibilização e
1 300
divulgação dos projetos
N.º de pessoas/ população vulnerável beneficiada por ações de promoção da
2 300
segurança e prevenção de violência
N.º de pessoas/ população vulnerável beneficiada por ações de prevenção e
3 40
combate à exclusão social, isolamento ou abandono

PLANEAMENTO FINANCEIRO E TEMPORAL


2022 2023 2024 2025 Total
- Ações de
sensibilização,
promoção e
intermediação, 34 241,50€ 68 965,60€ 68 965,60€ 68 965,45€ 241 138€
bem como outras
ações
complementares
de divulgação e
implementação de
projetos, de forma
a habilitá-las para o
exercício de uma
cidadania ativa,
que valorize
designadamente a
participação cívica,
a fruição cultural e
patrimonial e a
responsabilidade
social;
- Iniciativas de
promoção da
segurança e
prevenção das 1 142,86€ 2 285,71€ 2 285,71€ 2 285,72€ 8 000€
diferentes formas
de violência;

- Iniciativas de
prevenção e
combate à
exclusão social, 857,14€ 1 714,29€ 1 714,29€ 1 714,28€ 6 000€
isolamento ou
abandono;

255,138 €

87

Sustentabilidade
Condições de sustentabilidade futura
As dinâmicas fomentadas no âmbito deste projeto, pretendem capacitar e potenciar a intervenção social
e comunitária através da ativação de recursos da própria comunidade e de movimentos de moradores
com sentimento de pertença e identidade comunitária. A bolsa de mediadores constitui uma ferramenta
de intervenção social com a participação de elementos de referência das comunidades desfavorecidas
que irão manter as dinâmicas positivas geradas na comunidade, em articulação com as ações de
inovação e empreendedorismo social potenciadas com o incentivo à participação das comunidades. As
dinâmicas de moradores e capacitação incrementadas ao longo do projeto, em articulação e
complementaridade com os serviços existentes da autarquia e parceiros da Rede Social e Montijo
Saudável, irão estabelecer pontes de inclusão para a sustentabilidade das ações de intervenção
comunitária nas comunidades desfavorecidas.
PROJETO: CAPACITAR E INOVAR

EIXO: Cidadania e Empoderamento de Comunidades

• Ações de capacitação de organizações locais e grupos formais ou informais de cidadãos

EIXO: Social

• Ações de promoção da inovação e empreendedorismo social

OBJETIVOS:

Incentivar a participação das comunidades na gestão do próprio programa;

Capacitar atores locais em redes de parceria;

Promover soluções de combate à pobreza e exclusão social;

Capacitar membros de referência das comunidades desfavorecidas para a intervenção;

Desenvolver um estudo/ projeto de inovação e empreendedorismo social

Promover a participação da população vulnerável nas ações realizadas.


88

PROMOTOR: Câmara Municipal de Montijo

ENTIDADES EXECUTORAS:

Associação para a Formação Profissional e Desenvolvimento do Montijo;

Instituto Politécnico de Setúbal.

PARCEIROS:

União de Freguesias de Montijo e Afonsoeiro;

União Mutualista N. Sra. da Conceição

Centro Social S. Pedro do Afonsoeiro;

Forças de Segurança.

INDICADORES:
• N.º de ações de capacitação de organizações locais e grupos informais realizadas;
• N.º de ações de promoção da inovação e empreendedorismo social realizadas;
• N.º de pessoas/ população vulnerável beneficiada pelas ações de capacitação;
• N.º de participantes em ações de promoção da inovação e empreendedorismo social;

CALENDÁRIO: setembro de 2022 a dezembro de 2025

89
PROJETO CAPACITAR E INOVAR

ENQUADRAMENTO NO PMACD-AML
- Ações de capacitação de
organizações locais e grupos
Cidadania e Empoderamento formais ou informais de
de Comunidades Tipologia cidadãos;
Eixo
Ação/Medida
Social - Ações de promoção da
inovação e
empreendedorismo social;

DESCRIÇÃO DA INTERVENÇÃO

União de Freguesias Montijo


Câmara Municipal do Montijo – e Afonsoeiro
Associação para a Formação União Mutualista N. Sra. da
Promotor profissional e Desenvolvimento Parceiros Conceição
do Montijo Centro Social S. Pedro e
Instituto Politécnico de Setúbal Afonsoeiro
Forças de Segurança

Descrição

O projeto assenta num modelo de capacitação dos actores sociais formais e informais complementar à
implementação de um barómetro de empreendedorismos social que permitirá de forma integrada um
maior conhecimento dos agentes da comunidade e dos próprios territórios e o reforço das suas
competências para desenvolvimento de projetos de incluso social de forma autónoma e sustentável.
90
A componente da capacitação das organizações e agentes informais será desenvolvida através da
Implementação de um Bootcamp e de um programa de oficinas com vista a desenvolver competências
de liderança, mediação de conflitos, planificação/dinamização de atividades e desenvolvimento de
parcerias que capacitem membros de referência da comunidade ou outros. As ações serão organizadas
num total de 80h (4 ações) para as organizações e 60h (2 ações) para os mediadores. De forma
transversal pretende-se levar a cabo através do IPS, de um estudo sobre as comunidades
desfavorecidas/ bairros a intervencionar, das suas principais dificuldades e potencialidades, otimizando
sinergias na freguesia e resultando num projeto de empreendedorismo social com envolvimento dos
moradores das diferentes áreas.
De forma complementar aposta-se na criação de um barómetro de Empreendedorismo Social que tem
como objetivo recolher dados e diagnosticar as condições para a criação de um ecossistema de impacto
que reforce a participação dos cidadãos e de um conjunto de stakeholders sociais que de forma
colaborativa contribuam para o empoderamento social e apoio a pessoas em situação vulnerável,
atuando a vários níveis: recolha de Informação participada, nomeadamente através de: focus groups,
painel de especialistas, entrevistas semiestruturadas, realização de diagnósticos, auscultação dos
stakeholders envolvidos e elaboração de proposta de um ecossistema de empreendedorismo social para
os bairros/ comunidades desfavorecidas. Serão promovidas ações de divulgação dos resultados e de
interação entre a comunidade.

Objetivos a alcançar
Incentivo à participação das comunidades
Capacitar atores locais em redes de parceria
Promover soluções de combate à pobreza e exclusão social
Capacitar membros de referência da comunidade para a intervenção
Desenvolver um estudo/ projeto de inovação e empreendedorismo social
Assegurar a participação das comunidades nas dinâmicas das atividades promovidas

Grupo desfavorecido alvo


São destinatários destas ações as famílias residentes nas comunidades desfavorecidas dos Bairros do
Afonsoeiro, Calçada, Caneira e Esteval, com especial enfoque nos adultos maiores de 18 anos. Regista-
se nestas comunidades a maior diversidade cultural da freguesia de Montijo e Afonsoeiro, com uma
sentida presença de representantes da comunidade cigana e da imigrante (ou descendentes de),
mormente oriundos de países da CPLP. É também nestas comunidades que estão situadas a grande
maioria das habitações sociais do concelho de Montijo, bem como onde se concentra uma população do
concelho que se caracteriza por deter diversas problemáticas socias: subsidiodependência, poucas
qualificações, analfabetismo, desemprego, fraco aproveitamento escolar, abandono escolar precoce,
pequena criminalidade, marginalidade ou população envelhecida, por exemplo. Serão grupo alvo
estratégico as pessoas/residentes com potencial de liderança nestas comunidades, bem como os
membros das organizações locais.

Território alvo
Globalidade da Bairros da caneira, esteval, afonsoeiro e
x Bairro(s)
Freguesia calçada

INDICADORES
Indicador de realização
# Indicador Meta
1 N.º de ações de capacitação de organizações e/ou grupos de cidadãos 6
N.º de ações de promoção da inovação e empreendedorismo social realizadas
2 1

Indicador de resultado
# Indicador Meta
N.º de pessoas/ população vulnerável beneficiada por ações de capacitação
1 42 91
organizacional
N.º de participantes em ações de promoção da inovação e empreendedorismo
2 50
social

PLANEAMENTO FINANCEIRO E TEMPORAL


2022 2023 2024 2025 Total
- Ações de
capacitação de
organizações
locais e grupos
formais ou 1 153,57€ 2 307,14€ 2 307,14€ 2 307,14€ 8 075€
informais de
cidadãos;

- Ações de
promoção da
inovação e 1250€ 10 800€ 10 800€ 2 150€ 25 000€
empreendedorismo
social;
33 075€
Sustentabilidade
Condições de sustentabilidade futura
As dinâmicas fomentadas no âmbito deste projeto, pretendem capacitar e potenciar a intervenção social
e comunitária através da ativação de recursos da própria comunidade e de movimentos de moradores
com sentimento de pertença e identidade comunitária. A bolsa de mediadores constitui uma ferramenta
de intervenção social com a participação de elementos de referência das comunidades desfavorecidas
que irão manter as dinâmicas positivas geradas na comunidade, em articulação com as ações de
inovação e empreendedorismo social potenciadas com o incentivo à participação das comunidades. As
dinâmicas de moradores e capacitação incrementadas ao longo do projeto, em articulação e
complementaridade com os serviços existentes da autarquia e parceiros da Rede Social e Montijo
Saudável, irão estabelecer pontes de inclusão para a sustentabilidade das ações de intervenção
comunitária nas comunidades desfavorecidas.

92
6 PRINCIPAIS REALIZAÇÕES E RESULTADOS A ALCANÇAR

INVESTIMENTO FÍSICO

PROJETO: Requalificação do espaço público do bairro da caneira

EIXO: Ambiente e Valorização do Espaço Público

AÇÃO: Intervenções de qualificação do espaço público ou espaços comuns

RESULTADOS:

Requalificação do espaço público no bairro da caneira nas imediações dos edifícios de habitação
social, potenciando uma melhor vivência do espaço comum e favorecendo as interações sociais
na comunidade. A harmonização do espaço físico é considerada um fator protetor para o
estabelecimento de relações comunitárias e interpessoais mais saudáveis e equilibradas. As
pessoas residentes no bairro irão beneficiar de espaços comuns mais organizados e
requalificados. 93

• Requalificação do espaço público no bairro da caneira


• Benefício para a população residente

PROJETO: Construção do Centro de Desenvolvimento de Competências/ Incubadora

EIXO: Emprego de Economia Local

AÇÃO: Criação de Espaços de incubação de atividades empreendedoras locais

RESULTADOS:

A Construção do novo equipamento irá permitir um processo de desenvolvimento de


competências para a população mais vulnerável de forma mais sustentável e a dinamização e
instalação de pequenos negócios locais e de novas atividades empreendedoras, contribuindo
para a melhoria da empregabilidade e da capacitação de pessoas e entidades locais.

• Construção do novo equipamento do Centro de Desenvolvimento de Competências


• Criação e dinamização de espaços de Incubação de atividades empreendedoras
• Instalação de atividades empreendedoras na incubadora
• Benefício para a população vulnerável no âmbito da promoção e competências

PROJETO: Requalificação dos Polidesportivos da Caneira e do Esteval

EIXO: Social

AÇÃO: Instalação e requalificação de equipamentos desportivos e sociais

RESULTADOS:

• Requalificação de 2 equipamentos polidesportivos no bairro do esteval e da caneira,


para benefício da população vulnerável residente nestas comunidades.

94
INVESTIMENTO IMATERIAL

PROJETO: Capacitação_ CHANCE 4ALL

EIXO: Emprego de Economia Local

AÇÕES:

• Capacitação e criação de emprego local


• Apoio à criação de redes entre atores públicos e privados que visem aumentar
oportunidades formativas, de capacitação e de acesso ao mercado de trabalho
• Ações que visem o upskilling e reskilling de jovens e ativos, especialmente orientadas
para adaptação à transição digital

RESULTADOS:

O projeto visa a implementação de um Centro de Desenvolvimento de Competências, no qual


serão dinamizadas ações, em modalidade de workshop e/ou trabalho autónomo, como
elemento agregador de competências técnicas em áreas diversificadas como a eletricidades,
capacitando para o emprego. Será também implementada uma incubadora de atividades e
95
potenciado um núcleo empresarial, com a participação de entidades empregadoras e
associações empresariais. A capacitação e transição digital é um recurso complementar e
essencial para conferir novas oportunidade e evolução a todo o processo de desenvolvimento
de competências das comunidades. Assenta na criação de um ecossistema colaborativo de
capacitação e de acesso ao mercado de trabalho e conta com a criação de uma plataforma
digital, disponível a toda a comunidade que permitirá a articulação entre a oferta e a procura de
emprego por parte de empregadores e candidatos. A criação do núcleo empresarial
representativo das organizações locais e regionais, constitui-se como um fator primordial na
valorização e consolidação do projeto, enquanto elemento consultivo e potenciador. Neste os
fatores de desenvolvimento e empregabilidade, geradores de novas ideias de negócio,
potenciam a criação de uma incubadora de novas atividades empreendedoras, que resultem
também da iniciativa das comunidades desfavorecidas. O programa de transição digital assenta
num processo de capacitação, através da realização de atividades/workshops, adaptada à
criação de emprego e às necessidades enquanto candidato, reforçando as competências já
existentes e incrementando novas conhecimentos e aquisições.
• Capacitação de pessoas em situação de vulnerabilidade social para o emprego/
empregabilidade e integração em emprego;
• Criação e dinamização de 1 rede de empregabilidade com funcionamento de uma
plataforma digital;
• Dinamização de 1 núcleo empresarial;
• Capacitação de jovens e ativos para adaptação à transição digital;

PROJETO: Arte e Desporto _ MOV’ARTE

EIXO: Cultura e Criatividade

• Diagnósticos de reconhecimento e validação de talentos culturais, artísticos e criação


de programas de dinamização cultural e artística para jovens
• Programas inovadores que aumentam a coesão social e os sentimentos de pertença à
comunidade através da participação cultural e artística

EIXO: Social
96
• Iniciativas culturais, desportivas ou de relevância comunitária
• Intervenções dirigidas a crianças, jovens e adultos com necessidades especiais
• Dinamização de equipamentos desportivos e respostas sociais

RESULTADOS:

Este projeto procura conciliar estratégias no âmbito da inclusão pela arte e pelo desporto para
a inclusão social de crianças e jovens oriundas das comunidades desfavorecidas, valorizando as
suas potencialidades. Na vertente da cultura e criatividade, visa a identificação de talentos
culturais e artísticos nas áreas da música, dança e representação, através da realização de
castings nas 3 áreas de expressão e 3 concursos de talentos, com o envolvimento dos jovens em
situação de vulnerabilidade. Através de oficinas de desenvolvimento de competências, nas
vertentes música, dança e representação e realizar espetáculos multidisciplinares e
apresentações públicas promotores da coesão social e pertença à comunidade. Serão ainda
preconizadas iniciativas culturais e de relevância comunitária, tais como concursos de talentos,
espetáculos finais encontros anuais entre várias entidades desportivas e culturais do concelho
de Montijo que conferem maior amplitude comunitária à intervenção. Neste espaço haverá
uma mostra das várias modalidades desportivas e de diversos momentos culturais,
possibilitando a todos os participantes uma experiência inclusiva e multifacetada.
Desenvolvimento de um programa regular de atividades desportivas, através da prática da
atividade física fomentando hábitos de vida saudáveis e a inclusão pelo desporto, enquanto
instrumento social agregador. Os jovens terão contacto com um leque diversificado de
atividades dinamizadas e orientadas por técnicos/ monitores das várias modalidades, em
articulação com as várias coletividades locais. Principais modalidades: futsal, andebol, voleibol,
basquetebol, ténis de mesa, tiro com arco, ginástica, canoagem, vela, judo, jiu-jitsu, ginásio,
crossfit, natação e dança. Nesta dinâmica cultural e desportiva, pretende-se ainda Implementar
serviços de apoio na e para comunidade para a autonomização e inclusão das pessoas com
necessidades especiais e deficiência e suas famílias, disponibilizando/facilitando o acesso a
apoios terapêuticos, profissionais, ocupacionais ou lúdicos, na comunidade, de acordo com as
suas escolhas e sonhos, comtemplando workshops de dança inclusiva, de mindfulness,
meditação, dança criativa, expressão musical, expressão dramática, expressão plástica e
dinâmicas de desenvolvimento pessoal, fomentando a partilha de opinião, responsabilização
pelas escolhas e promovendo a estimulação sensoriomotora. 97

• Identificação e valorização de talentos e potencialidades artísticas de crianças e jovens


nas comunidades desfavorecidas identificadas
• Desenvolvimento de competências e inclusão das pessoas com necessidades especiais
identificadas nas comunidades desfavorecidas
• Promoção de atividades de relevância comunitária ao nível desportivo e cultural com
valorização dos recursos locais, talentos artísticos e desportivos
• Dinamização dos equipamentos desportivos através das diversas modalidades com
integração das populações residentes nas comunidades.
PROJETO: Saúde _ LOUCAMENTE

EIXO: Saúde

• Ações de resposta às necessidades locais, em articulação com o Plano Local de Saúde


• Criação de equipas de saúde mental comunitárias

RESULTADOS:

Projeto de promoção da saúde, com caráter preventivo na comunidade e com a criação de


dinâmicas específicas de intervenção e prevenção da saúde mental. Criação de programas
integrados de promoção da saúde em articulação estreita com os vários parceiros, criando
dinâmicas de mobilização e adesão das comunidades desfavorecidas. Apostam no
desenvolvimento de um conjunto de competências cognitivas e sociais, que determinam a
motivação e a capacidade da população para compreender e utilizar a informação de forma a
promover e manter a boa saúde. A criação de uma equipa de saúde mental, integra atividades
de acompanhamento psicológico e de expressão cultural e inovação social, com respostas que
contribuam para a promoção da saúde mental e empreendedorismo das pessoas em situação 98
de maior vulnerabilidade face à doença mental. Estabelece ações psicoeducativas de informação
e sensibilização sobre a doença mental para a comunidade e atelieres artísticos nas áreas da
pintura/desenho, fotografia, arte de rua, cerâmica, escrita criativa, dança, teatro e multimédia.
Prevê a dinamização de um grupo de autorrepresentantes com doença mental. Estabelece
parceria com a saúde, nomeadamente com o departamento de psiquiatria do centro hospitalar
do Barreiro Montijo e com as Unidades de saúde locais.

• Criação de 1 equipa de saúde mental de base comunitária para identificação e


intervenção nas situações de fragilidade face à saúde mental;
• Desenvolvimento de um projeto integrado de intervenção na saúde mental com recurso
a metodologias inovadoras, com trabalho individualizado, em pequenos grupos e com a
comunidade;
• Informação e sensibilização à comunidade para a promoção da saúde e hábitos de vida
saudáveis em resposta a necessidades locais.
PROJETO: Mediadores Comunitários _IN’BAIRRO

EIXO: Cidadania e Empoderamento de Comunidades

• Ações de capacitação de organizações locais e grupos formais ou informais de cidadãos


• Ações de sensibilização, promoção e intermediação e outras ações complementares à
implementação de projetos
• Iniciativas de promoção da segurança e prevenção das diferentes formas de violência

EIXO: Social

• Iniciativas de prevenção e combate à exclusão social, isolamento e abandono


• Ações de promoção da inovação e empreendedorismo social

RESULTADOS:

O projeto prevê a criação de uma bolsa de mediadores comunitários, numa metodologia de


intervenção pelos pares, atuando na melhoria da comunicação, interação e mobilização da
comunidade. De forma complementar será desenvolvido o processo de capacitação destes
mediadores, que servirão de vetor de entrada nas comunidades que representam, potenciando
99
a participação nas ações de divulgação, informação, capacitação e outros eventos comunitários
culturais e desportivos de forma inclusiva, aproximando dos serviços e melhorando a interação
intra e inter comunidades, potenciando respostas mais eficazes na promoção da cidadania e
inclusão social. Serão promovidas ações na comunidade, sendo uma das áreas a promoção da
segurança e prevenção das diferentes formas de violência, atuando como elemento
estabilizador do sentimento de segurança das comunidades. Criação da equipa de mediadores
comunitários;

• Capacitação de mediadores e organizações locais para a intervenção local


• Promoção da participação e mobilização comunitária das comunidades através dos
mediadores e de uma intervenção pelos pares junto de moradores;
• Promoção do sentimento de segurança nas comunidades
• Intervenção de proximidade em casos identificados de isolamento, abandono social
• Criação de um barómetro de empreendedorismo social
PROJETO: CAPACITAR E INOVAR

EIXO: Cidadania e Empoderamento de Comunidades

• Ações de capacitação de organizações locais e grupos formais ou informais de cidadãos

EIXO: Social

• Ações de promoção da inovação e empreendedorismo social

RESULTADOS:

O processo de capacitação, de agentes informais e organizações locais, conduz ao


desenvolvimento de competências de liderança, mediação e conflitos, bem como de
desenvolvimento e implementação e projetos na e para a comunidade. De forma
complementar, o projeto aposta no desenvolvimento de processos de inovação e
empreendedorismo social, através de estudos das comunidades dos bairros sociais
intervencionados, percebendo interações, vulnerabilidades e potencialidades das comunidades.
Pretende-se criar um barómetro de Empreendedorismo Social que tem como objetivo recolher
100
dados e diagnosticar as condições para a criação de um ecossistema de impacto que reforce a
participação dos cidadãos e de um conjunto de stakeholders sociais que de forma colaborativa
contribuam para o empoderamento social e apoio a pessoas em situação vulnerável.
7 MECANISMOS DE ACOMPANHAMENTO E MONITORIZAÇÃO

A autarquia assume a Coordenação da Operação Integrada Local, enquanto entidade líder da


parceria sendo essencial o envolvimento de elementos centrais, nomeadamente Responsável
Político e Coordenador Geral da Operação no Município, assumido pela Vereação do Pelouro da
Ação Social e Saúde; Responsável Financeiro assumido pela Divisão de Gestão Financeira e
Patrimonial, Responsável pela componente de Investimento Físico – Divisão de Obras, Serviços
Urbanos, Ambientais e Responsável Técnico para a Componente Imaterial, assumido pela
Divisão de Desenvolvimento Social e de Promoção da Saúde. Assume-se a criação de um grupo
de trabalho interno na autarquia que inclua ainda um representante da Divisão de Comunicação
e Relações Públicas, um representante dos Serviços Jurídicos e um representante do Grupo de
Apoio a Candidaturas do Município. A Coordenação Técnica assume a Coordenação da Parceria
para a implementação das medidas previstas em Plano de Ação, a operacionalizar através dos
projetos apresentados.

À semelhança do realizado na metodologia de planeamento, prevê-se a realização de momentos


de avaliação com as entidades parceiras, preconizando o envolvimento de Dirigentes e Técnicos
responsáveis pela implementação dos Projetos. Pretendem-se promover reuniões com
101
Dirigentes e Responsáveis máximos promovendo o seu envolvimento em todas as fases deste
processo, nomeadamente para conhecimento e aprovação de elementos centrais do processo
de implementação das Operações, nomeadamente o conhecimento dos avisos de abertura,
aprovação da candidatura, relatórios de execução física e financeira, com periodicidade
trimestral. De forma complementar e como base da metodologia de trabalho de
acompanhamento, monitorização e avaliação do Plano de Ação, estão previstas reuniões de
trabalho regulares, com periodicidade mensal, com técnicos responsáveis pela execução das
ações e de entidades parceiras e realização de pontos de situação face à execução física e
financeira, para além de todos os momentos de contato e informação necessários durante o
período de planeamento e implementação. Serão realizados pontos de situação mensais e
elaborados relatórios de execução física e financeira trimestrais. Salientam-se metodologias
participativas e de envolvimento das comunidades no processo de acompanhamento e
monitorização. Criação de momentos de avaliação de processo e de resultados, a dinamizar
através das entidades parceiras, com os representantes das comunidades envolvidas, com
regularidade semestral, por forma a incluir contributos e realizar ajustes à adequada
implementação do Plano. Na fase de diagnóstico e estabelecimento do Plano de Ação, foi
essencial o envolvimento das entidades parceiras locais as quais agregam conhecimento e
relação de proximidade com as comunidades desfavorecidas e os seus residentes e
interlocutores, sendo fundamental o seu contributo para a conceção e posterior implementação
destas ferramentas de intervenção social.

Estão ainda contempladas estratégias de monitorização com acompanhamento pelo Conselho


Local de Ação Social e de Saúde do Montijo, onde estão representados todos os parceiros sociais
e de saúde do Concelho de Montijo.

102
8 ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO E DE MOBILIZAÇÃO DA COMUNIDADE

A estratégia e ações de comunicação encontram-se alinhadas com a missão, visão e objetivos


estratégicos do Plano de Ação da Operação Integrada Local da União de Freguesias de Montijo
e Afonsoeiro para as Comunidades Desfavorecidas, na medida da comunicação (interna e
externa) enquanto agente de otimização do processo de implementação do projeto dos
objetivos a atingir para as comunidades.

103

Tendo em consideração as ações previstas no Plano de Ação para a capacitação das


comunidades e intervenção no espaço público, reforçam-se os seguintes objetivos previamente
definidos:

• Requalificação do espaço público ou de infraestruturas sociais ou desportivas


• A promoção da empregabilidade ajustada à realidade e dinâmica local
• O incentivo à participação das comunidades na gestão do próprio programa
• A capacitação de atores locais em redes de parceria
• Soluções de combate à pobreza e exclusão social
• A promoção do desporto enquanto instrumento social agregador
• O acesso à cultura e criatividade e valorização da interculturalidade
• A promoção da saúde e a qualidade de vida das comunidades

A Estratégia de Comunicação do Plano de Ação da OIL União de Freguesias Montijo e Afonsoeiro


pretende concentrar os ativos e meios disponíveis tendo em vista a divulgação das ações,
disseminação dos resultados e promoção de iniciativas destinadas a aprofundar e qualificar o
envolvimento das comunidades, atores, instituições e outras entidades.

A identificação dos público-alvo e definição dos destinatários da Estratégia de Comunicação


destaca, pela sua relevância fundamental na qualidade de beneficiários últimos do projeto, o
universo formado pelas comunidades dos bairros do Afonsoeiro, Caneira, Calçada e Esteval, em
função das necessidades de informação e esclarecimentos de grande parte das ações, projetos,
iniciativas, espaço público e equipamentos desportivos e culturais intervencionados. Neste
contexto, verifica-se uma grande diversidade temática com vários pontos de contacto entre as
comunidades e as mensagens da comunicação, dentro ou fora das zonas diretas de intervenção.

Por outro lado, os objetivos e horizontes, de comunicação não se esgotam nas comunidades
intervencionadas. Em coerência com os objetivos estipulados, será necessário estabelecer uma
estratégia de comunicação mais alargada para o público em geral e main stakeholders, de modo
a criar relações de contacto e envolvimento com outros públicos que, mesmo não sendo
beneficiários diretos, contribuem para o awareness global e reconhecimento, não somente das
ações previstas em Plano Operacional, como também dos próprios bairros enquanto espaços
comunitários. O seguinte quadro mostra os diferentes públicos alvo da comunicação,
104
organizados em dois grandes núcleos: “interno” e “externo”.

A visão sistémica do Plano de Ação permite analisar o projeto no seu todo, a partir dos
processos, atores e ações individuais (estruturais/obra ou imateriais) para uma análise aplicada
à comunicação das possíveis implicações no geral, ou em cadeia.
Pensar no resultado da comunicação - Criação do Plano de Comunicação para que todas as
ações e meios de comunicação estejam alinhados em função dos objetivos gerais a que o projeto
se propõe em Plano de Ação.

Fortalecer a comunicação entre eixos de intervenção - Criação do Plano de Comunicação para


que as várias ações de comunicação, independentemente do eixo de intervenção, trabalhem
para o resultado no seu todo e de forma integrada.

105

Plano de Comunicação - Pretende fornecer as diretrizes e orientação estratégica necessárias


para a definição dos trajetos operacionais e recursos necessários para que seja implementada
uma comunicação eficaz que seja capaz de garantir a visibilidade global do projeto e o
reconhecimento alargado das atividades e ações do Plano de Ação.

O principal objetivo do Plano de Comunicação consistirá em dotar de maior visibilidade as ações


de intervenções estruturais (obras) e imateriais (projetos/iniciativas) a desenvolver ao abrigo do
Plano de Ação até 2025, com especial atenção à criação de consciência sobre a comunidade e a
pertença à comunidade pela imagem institucional do projeto aplicado ao bairro.

O presente Plano de Comunicação pretende assim contribuir para a estruturação do universo


de valores positivos que se pretende que os públicos associem aos bairros das suas
comunidades, desenhando para esse fim uma estratégia de comunicação para beneficiários
(comunidades), parceiros e público em geral, incluindo o enquadramento do tipo de mensagem
a comunicar no contexto de intervenção social.
106

Framework Anual - Tendo definido as principais diretrizes da comunicação e objetivos, é


importante que sejam identificadas as bases para a operacionalização desta estratégia de
comunicação em processos e metas a alcançar numa perspetiva temporal do Plano de Ação.
Adicionalmente, o branding e a criação da marca do projeto, aplicada em toda a linha da
comunicação, exige que a mesma seja capaz de transmitir aos públicos alvo os valores do projeto
e qual o objetivo da sua aplicabilidade - capacitação e sentido de pertença das comunidades,
fazendo sentir a curto (2022), médio (2023/2024) e longo prazo (2025). O cumprimento dos
objetivos com a exposição continuada da marca e das ações do Plano de Ação e riscos associados
são os apresentados na tabela abaixo:
Diretrizes Estratégicas - Na prossecução do cumprimento dos objetivos operacionais, serão
seguidas as seguintes linhas orientadoras para a definição das ações de comunicação.
107
Imagem / Branding - Tendo em consideração a missão do projeto e o posicionamento nos
vetores da proximidade, integração, capacitação e pertença, propomos reforçar, desta forma, a
comunicação com a comunidade, parceiros e com o público em geral, pela criação e uma
imagem uniformizada (marca) para o projeto do Plano Operacional Operação Integrada Local da
União de Freguesias de Montijo e Afonsoeiro, que deverá ser assumida em todos os pontos de
contacto da comunicação com os públicos.

Divulgar de forma integrada os eixos de intervenção do plano - Será priorizada a articulação


entre os vários projetos e ações do Plano de Ação para o cumprimento de uma estratégia global
que seja o “chapéu” da comunicação, através da marca criada. As ações de comunicação devem
ser integradas nos eixos de intervenção, definidos no alinhamento estratégico do Plano de Ação,
não descurando a componente informativa da comunicação que se impõe que seja clara, direta
e de linguagem simples em todos os touch points (valorização da identidade e branding do
bairro; comunicação online e redes sociais dos projetos e intervenções; campanhas em meios e
suportes publicitários e relações públicas). Deve-se assegurar a respetiva avaliação de impacto,
nas ações estrategicamente relevantes.
Comunicação Institucional - Implementação de uma linha de comunicação contínua com foco
na criação de sentido de pertença e uma maior proximidade das comunidades com o projeto,
privilegiando-se o acompanhamento dos públicos nas suas principais plataformas de eleição. A
comunicação institucional deverá ser assumida de uma forma “integrada”, alargando-se os
conteúdos a novos meios e partilhando a informação entre as várias plataformas, permitindo a
notoriedade alargada do projeto.

Vetores Chave da Estratégia - Após definição da estratégia, objetivos operacionais e framework


anual, e o enquadramento da comunicação (enquanto agente de mudança social), as ações de
comunicação devem agora assentar em vetores chave de intervenção, fundamentando-se a
aposta numa comunicação contínua baseada num mix de ferramentas integradas.

108
109
110
111
Matriz de Comunicação

112
Branding - Todas as marcas devem ser compreendidas como organismos vivos, com
personalidades próprias, linguagens e atributos. Para se estabelecer, é fundamental que uma
marca seja reconhecida e seja distinta, é necessário existir uma integração, consistência e uma
uniformidade em todas as aplicações e touch points. O Plano de Ação, que se expressa em ações
e transformações estruturais, com o objetivo de promover a capacitação e integração das
comunidades mais desfavorecidas, através de 6 eixos de intervenção (Ambiente E Valorização
Do Espaço Público; Cultura E Criatividade; Cidadania E Empoderamento De Comunidades;
Emprego E Economia Local; Saúde e Social), indica a necessidade de uma apresentação gráfica
que possa acompanhar este objetivo e a elasticidade dos vários eixos de intervenção. O uso
adequado, compartilhado e continuado da marca é uma das iniciativas indispensáveis para o
reforço da integração e pertença da comunidade. Os eixos de intervenção formam uma matriz
essencial para o desenvolvimento e integração das comunidades, com submarcas que se
complementam num diálogo capaz de tornar reconhecível e imprescindível o papel do Plano de
Ação e dos seus objetivos para os bairros e unidades territoriais.

Círculo da Marca - Círculo da Marca será a metodologia utilizada para a construção da marca do
113
projeto.
Personalidade e Essência da Marca - Para definir a personalidade da marca do Projeto,
utilizamos a teoria dos arquétipos, defendida por Carl Jung. Os arquétipos são tipos de
personalidade que fazem parte do inconsciente coletivo. Identificamos para a marca do Plano
de Ação, o arquétipo do Mago (transformador): “Transforma o mundo com inteligência e
capacidade de realização. Usa a criatividade para tornar real as ideias. Transforma essa mesma
realidade para melhor. É inteligente e talentoso. Concretiza o que acreditamos ser impossível.”

Disposições legais aplicáveis

Em todas as peças de comunicação criadas, será colocado o logo PRR, Plano de Recuperação e
Resiliência e dado reconhecimento à origem do financiamento de forma visível e clara, incluindo
a aposição do emblema da União e de uma declaração de financiamento adequada com a
formulação «financiado pela União Europeia – NextGenerationEU», de acordo com o previsto
no art.º 34 do Regulamento (UE) 2021/241 do Parlamento Europeu e do Conselho.

114

Com o objetivo de dar plena visibilidade aos projetos cofinanciados durante a sua execução, será
colocado em local público visível, pelo menos, um cartaz promocional alusivo ao apoio da UE,
de acordo com os modelos definidos pelo PRR.

Este cartaz será colocado em formato digital com recurso a ecrã na entrada da Câmara Municipal
do Montijo, respeitando-se as dimensões mínimas previstas, bem como de forma física junto
aos locais de implementação dos projetos estruturais.

Toda e qualquer comunicação escrita ou criativa, ao abrigo do atual Plano de Ação, terá em
consideração o cumprimento dos normativos legais, nacionais e comunitários, aplicáveis em
matéria de promoção de igualdade de género entre homens e mulheres e da igualdade de
oportunidades e não discriminação.

Monitorização e Avaliação do Plano de Comunicação - A monitorização e avaliação do


desempenho da comunicação são extremamente relevantes para a eficácia da comunicação,
uma vez que permitem fornecer informações sobre as realizações empreendidas, os impactos e
resultados verificados, em termos quantitativos e qualitativos. Por outro lado, as práticas e
mecanismos, de monitorização (percebida enquanto atividade interna de recolha regular ou
contínua de indicadores de natureza quase estritamente quantitativa) e de avaliação
(considerada como as ações de balanço dos dados qualitativos) proporcionam a possibilidade
de ajustamentos no decorrer do Plano de Comunicação, o que permite oportunidades de
correção e otimização de resultados. A avaliação será́ efetuada tendo por base o seguinte
quadro de indicadores de realização/ execução da comunicação:

• Visitas ao website
• Nº de downloads de documentos digitais de apoio às iniciativas e ações
• Nº destinatários newsletter
• Nº seguidores Social Media
• Nº notícias publicadas na comunicação social
• Nº participantes em eventos/iniciativas do Plano de Ação
• Frequência nos equipamentos criados e/ou intervencionados.

Importa também definir os parâmetros impacto/sucesso da comunicação:


115

• Nº médio de publicação de artigos na imprensa por cada ação de comunicação


efetuada
• Nº de artigos publicados na comunicação social de conteúdo positivo/neutro
• Registo (por amostragem) que pelo menos X% dos parceiros protocolares
executam corretamente as regras de imagem do Projeto em comunicações
próprias
• Nível de perceção sobre a contribuição do Plano de Ação para a melhoria da
qualidade de vida das comunidades
• Nível de perceção sobre a razoável, boa ou muito boa qualidade dos
equipamentos intervencionados
• Nível de perceção sobre a existência de informação suficiente sobre os objetivos
e benefícios do projeto, a nível global
• Nível de perceção sobre a existência de informação suficiente sobre as ações e
iniciativas a realizar (imateriais)
9 PROCESSO DE PARTICIPAÇÃO DAS COMUNIDADES LOCAIS

A definição e planeamento das ações a desenvolver no OIL Montijo e Afonsoeiro teve uma
análise rigorosa e precisa, dos vários instrumentos de recolha de dados existentes ao nível
concelhio, regional e nacional, nomeadamente através do Plano de Desenvolvimento Social e
de Saúde da Rede Social do Montijo para o biénio 2020-2022 que resulta do seguimento de uma
atualização do Diagnóstico Social do concelho do Montijo 2019 e outros instrumentos de recolha
de dados, que alimentam ambos os documentos, tais como: Indicadores Socioeconómicos por
áreas (Península de Setúbal) (Indicadores Demográficos, Indicadores Economia, Indicadores
Emprego, Indicadores Escolarização, Indicadores Estruturas Familiares, Indicadores Habitação,
Indicadores Proteção Social, Indicadores Saúde, Indicadores Sociais; Indicadores
Socioeconómicos, de Proteção Social e Ação Social 2020 Indicadores de Ação Social e Proteção
Social 2020; Indicadores Socioeconómicos, de Proteção Social e Ação Social 2019; Indicador
Socioeconómico Montijo; Indicadores Proteção social e Ação Social Montijo; Indicadores
Socioeconómicos, de Proteção Social e Ação Social 2018; Concelho do Montijo - Indicadores
Sociais; Concelho do Montijo - Indicadores de Ação Social e Proteção Social. Outros Documentos
considerados foram: Referencial de Coesão Social – adjudicado ao IESE pelo ISS, I.P. (Instituto
116
da Segurança Social) - (2014); Normas dos Projetos de Envelhecimento Ativo; Relatório de
Atividades do CLASS 2018; Regulamento Interno do Conselho Local de Ação Social e de Saúde
do Concelho de Montijo (CLASS); Plataforma Supraconcelhia da Península de Setúbal - Plano de
Desenvolvimento Social 2016-2020. Foram ainda considerados os dados dos Censos de 2021. O
Diagnóstico Social do Concelho de Montijo foi elaborado com base na monitorização e avaliação
da realidade social do todo o concelho, tendo sido apresentado e validado em sessão de
trabalho com um número muito alargado de elementos pertencentes à Rede Social e Montijo
Saudável do Montijo.

Numa primeira fase realizou-se uma Desk Research efetuada aos diversos documentos
estratégicos do concelho, a par da análise dos principais indicadores do Sistema estatístico
nacional, foi realizado pela equipa de estudo um conjunto de entrevistas semi- diretivas de 1.º
ciclo aos parceiros chave da Rede Social. Paralelamente, a recolha e a sistematização dos dados
que compõem este Diagnóstico Social foi realizada através de sessões coletivas de priorização
de dimensões problema, às posteriori categorizadas numa matriz GUT, compreendendo quatro
domínios de Análise analíticas-chave: dimensões-problema e indicadores ao domínio de análise
Capital Humano; dimensões-problema e indicadores associados ao domínio de análise Emprego
e Rendimentos; dimensões-problema e indicadores associados ao domínio de análise Capital
Inclusivo; dimensões-problema e indicadores associados ao domínio de análise Saúde.

O PDSS deu continuidade ao objetivo já anteriormente delineado que passa principalmente pelo
desenvolvimento de processos de concertação à escala concelhia, reforçando os mecanismos
de articulação que o Programa Rede Social defende, nomeadamente, cooperação, concertação
e comunicação entre as diferentes entidades e atores que compõem o Conselho Local de Ação
Social e Saúde e que de forma substantiva operam na concretização das políticas de educação,
saúde e inclusão social.

Esta estratégia de planeamento visa garantir a coerência com outros instrumentos de


planeamento territorial que concretizam a estratégia do território num quadro supramunicipal,
nomeadamente no contexto da Área Metropolitana de Lisboa. Para além da sistematização de
dados existentes em documentos de referência local e nacional, foi essencial a metodologia
desenvolvida com os diferentes intervenientes nesta Estratégia de Desenvolvimento e Integrado
e subsequente Plano de Ação.

Foram criados diferentes momentos de auscultação das comunidades, através de parceiros


locais e de elementos de referência nas comunidades, por forma a estabelecer a priorização das 117

medidas e ações a incluir no Plano de Ação, bem como os Projetos a desenvolver. Reuniões de
trabalho com representantes institucionais, representantes autárquicos, representantes das
juntas de freguesia, representantes de IPSS e coletividades, representantes técnicos e
representantes de moradores e da comunidade. Foram essenciais nesta dinâmica os técnicos de
terreno que auscultam e vivenciam regularmente as dinâmicas internas dos territórios e das
comunidades desfavorecidas.

São criados momentos de auscultação de elementos representativos das comunidades


desfavorecidas, através da realização de focus group, ao longo de todo o processo de
intervenção, a dinamizar através das entidades executoras locais. A concertação do Plano de
Ação, resulta da sinergia de todas estas componentes essenciais. A metodologia criada, tendo
por base a capacitação das comunidades e de elementos de referência positivos e mediadores,
pretende reforçar esta metodologia participativa, considerando a sua perspetiva evolutiva ao
longo de todo o processo de implementação da Operação Integrada Local, preconizando
estratégias de avaliação de processo, de resultado e de impacto social.
10 CONFORMIDADE COM O PRINCÍPIO DE “NÃO PREJUDICAR SIGNIFICATIVAMENTE”

A OIL do Montijo e o seu plano de ação estão alinhados com o princípio do «Não Prejudicar
Significativamente», de acordo com a definição do Acordo Verde Europeu, as atividades
desenvolvidas ao abrigo do financiamento europeu não devem causar danos significativos a
nenhum dos 6 objetivos ambientais definidos no Regulamento de Taxonomia da EU.
O Município do Montijo, tendo em consideração as orientações da Comissão Europeia nesta
matéria compromete-se a contribuir substancialmente para, pelo menos, um dos seis objetivos
ambientais enumerados - no Regulamento (UE) 2020/852 do Parlamento Europeu e do
Conselho, bem como não implementar atividades nem medidas que prejudiquem
significativamente nenhum desses 6 objetivos, nomeadamente:
• Mitigação das alterações climáticas;
• Adaptação às alterações climáticas;
• Utilização sustentável e proteção de recursos hídricos e marinhos;
• Transição para uma economia circular, incluindo a prevenção e a reciclagem de
resíduos;
• Prevenção e controlo da poluição;
118
• Prestação e restauro da biodiversidade e dos ecossistemas.

Para a monitorização e acompanhamento dos objetivos a que nos propomos apresentamos a


seguintes fichas de controlo que serão aplicadas durante todo o projeto.
Ficha de controlo 1. Analisar os seis objetivos ambientais, a fim de selecionar aqueles que
exigem uma avaliação substantiva

Indicar as medidas que exigem uma avaliação substantiva ao


nível do princípio DNSH
(preencher sim/ não)

1 2 3 4 5 6
proteç
ão e o
Medida / Ação do utilização
mitiga restau
Plano adaptaç sustentáv prevenç
ção ro da Justificação
ão às el e transição ão e o
das biodiv (Justificar caso seja
alteraçõ proteção para uma control
altera ersida selecionada a opção
es dos economia o da
ções de e «Não»)
climátic recursos circular poluiçã
climát dos
as hídricos e o
icas ecoss
marinhos
istem
as
Intervenções de
Ver ficha de controlo 2
qualificação do espaço
Projeto Requalificação
espaços comuns de sim sim sim sim sim sim
do Espaço Exterior do
edifícios
Bairro da Caneira
residenciais
Ver ficha de controlo 2
Projeto de Construção
Criação de Espaços de
do Centro de
Incubação de Atividades sim sim sim sim sim sim
Desenvolvimento de
Empreendedoras Locais
Competências/
Incubadora
Ver ficha de controlo 2 119
Instalação ou
Projeto Requalificação
requalificação de
sim sim sim sim sim sim dos Polidesportivos dos
equipamentos
Bairros da Caneira e do
desportivos e sociais
Esteval
Considerando que a
ação visa a criação de
programas de
dinamização cultural e
artística para jovens e
tem uma natureza
imaterial, não tem
impacto previsível ou
Diagnósticos de tem um impacto
reconhecimento e previsível insignificante
validação de talentos nos objetivos ambientais
culturais, artísticos e relacionados com os
Não Não Não Não Não Não
criação efeitos diretos e os
de programas de principais efeitos
dinamização cultural e indiretos da ação ao
artística para jovens longo do seu ciclo de
vida e, como tal,
considera-se que,
relativamente aos
objetivos em causa, o
princípio de “não
prejudicar
significativamente” foi
cumprido.
Considerando que a
Projetos inovadores que
ação visa a
aumentam a coesão
Não Não Não Não Não Não implementação de
social e os sentimentos
projetos inovadores na
de pertença à
comunidade e tem uma
comunidade através da natureza imaterial, não
participação cultural e tem impacto previsível
artística ou tem um impacto
previsível insignificante
nos objetivos ambientais
relacionados com os
efeitos diretos e os
principais efeitos
indiretos da ação ao
longo do seu ciclo de
vida e, como tal,
considera-se que,
relativamente aos
objetivos em causa, o
princípio de “não
prejudicar
significativamente” foi
cumprido.
Considerando que a
ação visa a capacitação
de organizações locais e
grupos informais e tem
uma natureza imaterial,
não tem impacto
previsível ou tem um
impacto previsível
insignificante nos
objetivos ambientais
Ações de capacitação de
relacionados com os
organizações locais e
Não Não Não Não Não Não efeitos diretos e os
grupos formais ou
principais efeitos
informais de cidadãos
indiretos da ação ao
longo do seu ciclo de
vida e, como tal, 120
considera-se que,
relativamente aos
objetivos em causa, o
princípio de “não
prejudicar
significativamente” foi
cumprido.
Considerando que a
ação visa a realização de
ações de sensibilização e
intermediação na
Ações de sensibilização, comunidade e tem uma
promoção e natureza imaterial, não
intermediação e outras tem impacto previsível
ações complementares à ou tem um impacto
implementação de previsível insignificante
projetos, de forma a nos objetivos ambientais
habilitá-las para o relacionados com os
exercício de uma Não Não Não Não Não Não efeitos diretos e os
cidadania ativa, que principais efeitos
valorize indiretos da ação ao
designadamente a longo do seu ciclo de
participação cívica, a vida e, como tal,
fruição cultural e considera-se que,
patrimonial e a relativamente aos
responsabilidade social objetivos em causa, o
princípio de “não
prejudicar
significativamente” foi
cumprido.
Iniciativas de promoção Considerando que a
da segurança e Não Não Não Não Não Não ação visa a realização de
prevenção das iniciativas de promoção
diferentes formas de da segurança e
violência prevenção da violência e
tem uma natureza
imaterial, não tem
impacto previsível ou
tem um impacto
previsível insignificante
nos objetivos ambientais
relacionados com os
efeitos diretos e os
principais efeitos
indiretos da ação ao
longo do seu ciclo de
vida e, como tal,
considera-se que,
relativamente aos
objetivos em causa, o
princípio de “não
prejudicar
significativamente” foi
cumprido.
Considerando que a
ação visa a capacitação e
criação de emprego local
e tem uma natureza
imaterial, não tem
impacto previsível ou
tem um impacto
previsível insignificante
nos objetivos ambientais
relacionados com os
Capacitação e criação de efeitos diretos e os
Não Não Não Não Não Não
emprego local principais efeitos
indiretos da ação ao 121
longo do seu ciclo de
vida e, como tal,
considera-se que,
relativamente aos
objetivos em causa, o
princípio de “não
prejudicar
significativamente” foi
cumprido.
Considerando que a
ação visa a criação de
redes entre atoes
públicos e privados e
tem uma natureza
imaterial, não tem
impacto previsível ou
Apoio à criação de redes
tem um impacto
entre atores públicos e
previsível insignificante
privados que visem
nos objetivos ambientais
aumentar
relacionados com os
oportunidades
Não Não Não Não Não Não efeitos diretos e os
formativas, de
principais efeitos
capacitação e de acesso
indiretos da ação ao
ao mercado de trabalho
longo do seu ciclo de
das pessoas em situação
vida e, como tal,
de vulnerabilidade.
considera-se que,
relativamente aos
objetivos em causa, o
princípio de “não
prejudicar
significativamente” foi
cumprido.
Considerando que a
ação visa a capacitação
de jovens e ativos para a
transição digital e tem
uma natureza imaterial,
não tem impacto
previsível ou tem um
impacto previsível
Ações que visem o insignificante nos
upskilling e reskilling de objetivos ambientais
jovens e ativos, relacionados com os
especialmente Não Não Não Não Não Não efeitos diretos e os
orientadas principais efeitos
para adaptação à indiretos da ação ao
transição digital longo do seu ciclo de
vida e, como tal,
considera-se que,
relativamente aos
objetivos em causa, o
princípio de “não
prejudicar
significativamente” foi
cumprido.
Considerando que a
ação visa a informação e
sensibilização da
comunidade em
articulação com o Plano
Local de Saúde, e tem
uma natureza imaterial,
não tem impacto
previsível ou tem um
impacto previsível
insignificante nos 122
Ações de resposta às
objetivos ambientais
necessidades locais, em
Não Não Não Não Não Não relacionados com os
articulação com o Plano
efeitos diretos e os
Local de Saúde
principais efeitos
indiretos da ação ao
longo do seu ciclo de
vida e, como tal,
considera-se que,
relativamente aos
objetivos em causa, o
princípio de “não
prejudicar
significativamente” foi
cumprido.
Considerando que a
ação visa a criação de
equipas de saúde mental
comunitárias e tem uma
natureza imaterial, não
tem impacto previsível
ou tem um impacto
previsível insignificante
Criação de equipas de nos objetivos ambientais
saúde mental Não Não Não Não Não Não relacionados com os
comunitárias efeitos diretos e os
principais efeitos
indiretos da ação ao
longo do seu ciclo de
vida e, como tal,
considera-se que,
relativamente aos
objetivos em causa, o
princípio de “não
prejudicar
significativamente” foi
cumprido.
Considerando que a
ação visa a realização de
iniciativas culturais,
desportivas de
relevância comunitária e
tem uma natureza
imaterial, não tem
impacto previsível ou
tem um impacto
previsível insignificante
nos objetivos ambientais
Iniciativas culturais,
relacionados com os
desportivas ou de Não Não Não Não Não Não
efeitos diretos e os
relevância comunitária
principais efeitos
indiretos da ação ao
longo do seu ciclo de
vida e, como tal,
considera-se que,
relativamente aos
objetivos em causa, o
princípio de “não
prejudicar
significativamente” foi
cumprido.
Considerando que a
ação visa a intervenção
com pessoas com
necessidades especiais e
tem uma natureza
imaterial, não tem
impacto previsível ou 123
tem um impacto
previsível insignificante
nos objetivos ambientais
Intervenções dirigidas a
relacionados com os
crianças, jovens e
Não Não Não Não Não Não efeitos diretos e os
adultos com
principais efeitos
necessidades especiais
indiretos da ação ao
longo do seu ciclo de
vida e, como tal,
considera-se que,
relativamente aos
objetivos em causa, o
princípio de “não
prejudicar
significativamente” foi
cumprido.
Considerando que a
ação visa a realização de
iniciativas de prevenção
e combate à exclusão
social, isolamento e
abandono e tem uma
natureza imaterial, não
Iniciativas de prevenção
tem impacto previsível
e combate à exclusão
Não Não Não Não Não Não ou tem um impacto
social, isolamento e
previsível insignificante
abandono
nos objetivos ambientais
relacionados com os
efeitos diretos e os
principais efeitos
indiretos da ação ao
longo do seu ciclo de
vida e, como tal,
considera-se que,
relativamente aos
objetivos em causa, o
princípio de “não
prejudicar
significativamente” foi
cumprido.
Considerando que a
ação visa a promoção da
inovação e
empreendedorismo
social e tem uma
natureza imaterial, não
tem impacto previsível
ou tem um impacto
previsível insignificante
nos objetivos ambientais
Ações de promoção da
relacionados com os
inovação e
Não Não Não Não Não Não efeitos diretos e os
empreendedorismo
principais efeitos
social
indiretos da ação ao
longo do seu ciclo de
vida e, como tal,
considera-se que,
relativamente aos
objetivos em causa, o
princípio de “não
prejudicar
significativamente” foi
cumprido.
Considerando que a
ação visa a dinamização
de equipamentos
desportivos e respostas 124
sociais e tem uma
natureza imaterial, não
tem impacto previsível
ou tem um impacto
previsível insignificante
nos objetivos ambientais
Dinamização de
relacionados com os
equipamentos
Não Não Não Não Não Não efeitos diretos e os
desportivos e respostas
principais efeitos
sociais
indiretos da ação ao
longo do seu ciclo de
vida e, como tal,
considera-se que,
relativamente aos
objetivos em causa, o
princípio de “não
prejudicar
significativamente” foi
cumprido.
Ficha de controlo 2. Análise substantiva das Medidas/Ações ao nível dos objetivos ambientais

Projeto de Requalificação do Espaço Exterior do Bairro da Caneira

Perguntas Não Justificação substantiva

Mitigação das alterações climáticas. Prevê- Trata-se de uma empreitada de pequena dimensão que
se que a medida dê origem a emissões envolverá pequenas quantidades de materiais e cujos
significativas de gases com efeito de estufa? trabalhos desenvolvidos não provocarão emissões
X significativas de gases com efeito de estufa.
A construção contribuirá para um aumento da estrutura
verde urbana e para retenção de carbono.

Adaptação às alterações climáticas: Prevê- Trata-se de uma empreitada de pequena dimensão que
se que a medida dê origem a um aumento dos envolverá pequenas quantidades de materiais e cujos
efeitos negativos do clima atual e do clima trabalhos desenvolvidos não provocarão alterações
futuro previsto, sobre a própria medida, as climáticas. Além disso, a utilização do empreendimento ao
pessoas, a natureza ou os ativos? longo dos anos, não envolverá qualquer tipo de atividade
que possa produzir gases ou substâncias em quantidade
X prejudiciais ao meio ambiente ou que possam aumentar os
efeitos negativos do clima.
A intervenção está alinhada com os princípios de
ordenamento do território dos municípios, nomeadamente
através dos Planos Diretores Municipais, assegurando-se a
salvaguarda da exposição aos riscos hidrológicos.

Utilização sustentável e proteção dos Trata-se de uma obra que não envolve a construção de
recursos hídricos e marinhos: Prevê-se que caves ou outro elemento em profundidade, também não
a medida prejudique: envolve o desvio de linhas de água ou outro recurso hídrico
e cuja as infraestruturas de abastecimento de água e
i) o bom estado ou o bom potencial X drenagem de águas residuais serão ligadas ao sistema
ecológico das massas de água, público existente, que por sua vez serão ligados às
incluindo as águas de superfície e
subterrâneas, ou
estações de tratamento. 125
ii) o bom estado ambiental das águas
marinhas?
Transição para uma economia circular, Prevê-se nesta empreitada a utilização de materiais
incluindo a prevenção e a reciclagem de reciclados ou que incorporem materiais reciclados. Os
resíduos: Prevê-se que a medida: resíduos produzidos serão adequadamente classificados e
tratados, conforme o seu grau de perigosidade para o meio
i) conduza a um aumento significativo ambiente e de acordo com o Plano de Gestão de Resíduos
da produção, da incineração ou da de Demolição e Construção.
eliminação de resíduos, com
exceção da incineração de resíduos Será aplicada uma metodologia de triagem dos RCD prévia
perigosos não recicláveis, ou ao encaminhamento para aterro, com vista à aplicação da
ii) dê origem a ineficiências hierarquia de gestão de resíduos bem como de favorecer
significativas na utilização direta ou os métodos construtivos que facilitem a demolição seletiva
indireta de qualquer recurso natural orientada para a aplicação dos princípios da prevenção e
em qualquer fase do seu ciclo de redução e da hierarquia dos resíduos, e a conceção para a
vida que não sejam minimizadas por desconstrução, de componentes e/ou materiais, de forma a
medidas adequadas, ou iii) venha a recuperar e permitir a reutilização e reciclagem da máxima
causar danos significativos e de quantidade de elementos e/ou materiais construtivos, entre
X
longo prazo no ambiente, no outras obrigações cujo objetivo é garantir a valorização de
contexto da economia circular? todos os RCD que tenham potencial de valorização de
acordo com o regime das operações de gestão de RCD,
compreendendo a sua prevenção e reutilização e as suas
operações de recolha, transporte, armazenagem,
tratamento, valorização e eliminação em vigor.
Será assegurado que pelo menos 70% (em peso) dos
resíduos de construção e demolição não perigosos
(excluindo os materiais naturais referidos na categoria 17
05 04 na Lista Europeia de Resíduos pela Decisão
2000/532 / CE) produzidos serão preparados para
reutilização, reciclagem e recuperação de outros materiais,
incluindo operações de enchimento usando resíduos para
substituir outros materiais, de acordo com a hierarquia de
resíduos.
Perguntas Não Justificação substantiva
Estas medidas, apontadas anteriormente, respeitarão a
filosofia de uma economia circular, não causando danos a
longo prazo no meio ambiente.
Será garantida a utilização de pelo menos 5% (até 30 de
junho de 2021) e 10 % (a partir de 1 de julho de 2021) de
materiais reciclados ou que incorporem materiais
reciclados relativamente à quantidade total de matérias -
primas usadas em obra, no âmbito da contratação de
empreitadas de construção e de manutenção de
infraestruturas ao abrigo do Código dos Contratos Públicos,
aprovado pelo Decreto -Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro,
na sua redação atual (CCP).

Prevenção e controlo da poluição: Prevê-se A utilização do empreendimento ao longo do seu período


que a medida dê origem a um aumento de vida não implicará emissões de poluentes para o ar,
X
significativo das emissões de poluentes para o água ou solo.
ar, a água ou o solo?

Proteção e restauro da biodiversidade e A obra não terá interferência com qualquer ecossistema,
dos ecossistemas: Prevê-se que a medida: espécie e/ou respetivos habitats.
i) prejudique de forma
significativa as boas condições
e a resiliência dos X
ecossistemas, ou
ii) prejudique o estado de
conservação das espécies e
habitats, incluindo os de
interesse da União?

126
Ficha de controlo 2. Análise substantiva das Medidas/Ações ao nível dos objetivos ambientais

Projeto de Construção do Centro de Desenvolvimento de Competências/ Incubadora

Perguntas Não Justificação substantiva

Mitigação das alterações climáticas. Prevê- Trata-se de uma empreitada de pequena dimensão que
se que a medida dê origem a emissões envolverá pequenas quantidades de materiais e cujos
significativas de gases com efeito de estufa? trabalhos desenvolvidos não provocarão emissões
significativas de gases com efeito de estufa.
X O edifício terá comportamento térmico e eficiência
energética, que contribuirá para a redução do consumo de
energia e, consequentemente, para a redução das
emissões de gases com efeito de estufa em linha com o
previsto no PNEC 2030.

Adaptação às alterações climáticas: Prevê- Trata-se de uma empreitada de pequena dimensão que
se que a medida dê origem a um aumento dos envolverá pequenas quantidades de materiais e cujos
efeitos negativos do clima atual e do clima trabalhos desenvolvidos não provocarão alterações
futuro previsto, sobre a própria medida, as climáticas. Além disso, a utilização do empreendimento ao
pessoas, a natureza ou os ativos? longo dos anos, não envolverá qualquer tipo de atividade
que possa produzir gases ou substâncias em quantidade
prejudiciais ao meio ambiente ou que possam aumentar os
efeitos negativos do clima.
X A construção de novo edifício contribuirá para a melhoria
do conforto térmico, tornando o edifício mais preparado e
adaptado para fazer face aos impactes dos eventos
extremos de calor, reduzindo a vulnerabilidade da
população.
A intervenção está alinhada com os princípios de
ordenamento do território dos municípios, nomeadamente
através dos Planos Diretores Municipais, assegurando-se a
salvaguarda da exposição aos riscos hidrológicos.
127

Utilização sustentável e proteção dos Trata-se de uma obra que não envolve a construção de
recursos hídricos e marinhos: Prevê-se que caves ou outro elemento em profundidade, também não
a medida prejudique: envolve o desvio de linhas de água ou outro recurso hídrico
e cuja as infraestruturas de abastecimento de água e
iii) o bom estado ou o bom potencial X drenagem de águas residuais serão ligadas ao sistema
ecológico das massas de água, público existente, que por sua vez serão ligados às
incluindo as águas de superfície e estações de tratamento.
subterrâneas, ou
iv) o bom estado ambiental das águas
marinhas?
Transição para uma economia circular, Prevê-se nesta empreitada a utilização de materiais
incluindo a prevenção e a reciclagem de reciclados ou que incorporem materiais reciclados. Os
resíduos: Prevê-se que a medida: resíduos produzidos serão adequadamente classificados e
tratados, conforme o seu grau de perigosidade para o meio
iii) conduza a um aumento significativo ambiente e de acordo com o Plano de Gestão de Resíduos
da produção, da incineração ou da de Demolição e Construção.
eliminação de resíduos, com
exceção da incineração de resíduos Será aplicada uma metodologia de triagem dos RCD prévia
perigosos não recicláveis, ou ao encaminhamento para aterro, com vista à aplicação da
iv) dê origem a ineficiências hierarquia de gestão de resíduos bem como de favorecer
significativas na utilização direta ou os métodos construtivos que facilitem a demolição seletiva
indireta de qualquer recurso natural X orientada para a aplicação dos princípios da prevenção e
em qualquer fase do seu ciclo de redução e da hierarquia dos resíduos, e a conceção para a
vida que não sejam minimizadas por desconstrução, nomeadamente que permita desmontar o
medidas adequadas, ou iii) venha a edifício em elementos, não só os mais facilmente
causar danos significativos e de removíveis, designadamente caixilharias, loiças sanitárias,
longo prazo no ambiente, no canalizações, entre outros, mas também os componentes
contexto da economia circular? e/ou materiais, de forma a recuperar e permitir a
reutilização e reciclagem da máxima quantidade de
elementos e/ou materiais construtivos, entre outras
obrigações cujo objetivo é garantir a valorização de todos
os RCD que tenham potencial de valorização de acordo
com o regime das operações de gestão de RCD,
compreendendo a sua prevenção e reutilização e as suas
Perguntas Não Justificação substantiva
operações de recolha, transporte, armazenagem,
tratamento, valorização e eliminação em vigor.
Será assegurado que pelo menos 70% (em peso) dos
resíduos de construção e demolição não perigosos
(excluindo os materiais naturais referidos na categoria 17
05 04 na Lista Europeia de Resíduos pela Decisão
2000/532 / CE) produzidos serão preparados para
reutilização, reciclagem e recuperação de outros materiais,
incluindo operações de enchimento usando resíduos para
substituir outros materiais, de acordo com a hierarquia de
resíduos.
Estas medidas, apontadas anteriormente, respeitarão a
filosofia de uma economia circular, não causando danos a
longo prazo no meio ambiente.

Prevenção e controlo da poluição: Prevê-se A utilização do empreendimento ao longo do seu período


que a medida dê origem a um aumento de vida não implicará emissões de poluentes para o ar,
X
significativo das emissões de poluentes para o água ou solo.
ar, a água ou o solo?

Proteção e restauro da biodiversidade e A obra não terá interferência com qualquer ecossistema,
dos ecossistemas: Prevê-se que a medida: espécie e/ou respetivos habitats.
iii) prejudique de forma
significativa as boas condições
e a resiliência dos X
ecossistemas, ou
iv) prejudique o estado de
conservação das espécies e
habitats, incluindo os de
interesse da União? 128
Ficha de controlo 2. Análise substantiva das Medidas/Ações ao nível dos objetivos ambientais

Projeto de requalificação dos Polidesportivos dos Bairros da Caneira e do Esteval

Perguntas Não Justificação substantiva

Mitigação das alterações climáticas. Prevê- Trata-se de uma empreitada de pequena dimensão que
se que a medida dê origem a emissões envolverá pequenas quantidades de materiais e cujos
significativas de gases com efeito de estufa? trabalhos desenvolvidos não provocarão emissões
X significativas de gases com efeito de estufa.
A medida contribui para um aumento da estrutura verde
urbana e para retenção de carbono.

Adaptação às alterações climáticas: Prevê- Trata-se de uma empreitada de pequena dimensão que
se que a medida dê origem a um aumento dos envolverá pequenas quantidades de materiais e cujos
efeitos negativos do clima atual e do clima trabalhos desenvolvidos não provocarão alterações
futuro previsto, sobre a própria medida, as climáticas. Além disso, a utilização do empreendimento ao
pessoas, a natureza ou os ativos? longo dos anos, não envolverá qualquer tipo de atividade
que possa produzir gases ou substâncias em quantidade
X prejudiciais ao meio ambiente ou que possam aumentar os
efeitos negativos do clima.
A intervenção está alinhada com os princípios de
ordenamento do território dos municípios, nomeadamente
através dos Planos Diretores Municipais, assegurando-se a
salvaguarda da exposição aos riscos hidrológicos.

Utilização sustentável e proteção dos Trata-se de uma obra que não envolve a construção de
recursos hídricos e marinhos: Prevê-se que caves ou outro elemento em profundidade, também não
a medida prejudique: envolve o desvio de linhas de água ou outro recurso hídrico
e cuja as infraestruturas de abastecimento de água e
v) o bom estado ou o bom potencial X drenagem de águas residuais serão ligadas ao sistema
ecológico das massas de água, público existente, que por sua vez serão ligados às
incluindo as águas de superfície e estações de tratamento. 129
subterrâneas, ou
vi) o bom estado ambiental das águas
marinhas?
Transição para uma economia circular, Prevê-se nesta empreitada a utilização de materiais
incluindo a prevenção e a reciclagem de reciclados ou que incorporem materiais reciclados. Os
resíduos: Prevê-se que a medida: resíduos produzidos serão adequadamente classificados e
tratados, conforme o seu grau de perigosidade para o meio
v) conduza a um aumento significativo ambiente e de acordo com o Plano de Gestão de Resíduos
da produção, da incineração ou da de Demolição e Construção.
eliminação de resíduos, com
exceção da incineração de resíduos Será aplicada uma metodologia de triagem dos RCD prévia
perigosos não recicláveis, ou ao encaminhamento para aterro, com vista à aplicação da
vi) dê origem a ineficiências hierarquia de gestão de resíduos bem como de favorecer
significativas na utilização direta ou os métodos construtivos que facilitem a demolição seletiva
indireta de qualquer recurso natural orientada para a aplicação dos princípios da prevenção e
em qualquer fase do seu ciclo de redução e da hierarquia dos resíduos, e a conceção para a
vida que não sejam minimizadas por desconstrução, de componentes e/ou materiais, de forma a
medidas adequadas, ou iii) venha a recuperar e permitir a reutilização e reciclagem da máxima
causar danos significativos e de quantidade de elementos e/ou materiais construtivos, entre
X
longo prazo no ambiente, no outras obrigações cujo objetivo é garantir a valorização de
contexto da economia circular? todos os RCD que tenham potencial de valorização de
acordo com o regime das operações de gestão de RCD,
compreendendo a sua prevenção e reutilização e as suas
operações de recolha, transporte, armazenagem,
tratamento, valorização e eliminação em vigor.
Será assegurado que pelo menos 70% (em peso) dos
resíduos de construção e demolição não perigosos
(excluindo os materiais naturais referidos na categoria 17
05 04 na Lista Europeia de Resíduos pela Decisão
2000/532 / CE) produzidos serão preparados para
reutilização, reciclagem e recuperação de outros materiais,
incluindo operações de enchimento usando resíduos para
substituir outros materiais, de acordo com a hierarquia de
resíduos.
Perguntas Não Justificação substantiva
Estas medidas, apontadas anteriormente, respeitarão a
filosofia de uma economia circular, não causando danos a
longo prazo no meio ambiente.

Prevenção e controlo da poluição: Prevê-se A utilização do empreendimento ao longo do seu período


que a medida dê origem a um aumento de vida não implicará emissões de poluentes para o ar,
X
significativo das emissões de poluentes para o água ou solo.
ar, a água ou o solo?

Proteção e restauro da biodiversidade e A obra não terá interferência com qualquer ecossistema,
dos ecossistemas: Prevê-se que a medida: espécie e/ou respetivos habitats.
v) prejudique de forma
significativa as boas condições
e a resiliência dos X
ecossistemas, ou
vi) prejudique o estado de
conservação das espécies e
habitats, incluindo os de
interesse da União?

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