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Gabriela Maria Alves De Assunção

Jose Wesley Rodrigues Alves


Kelly Monik Ferreira Dos Santos
Lucas Felipe Rocha Da Silva
Maria Jordanna De Souza Barbosa

1. Quais os fatos sociais envolvidos na prostituição?


A. Vulnerabilidade Socioeconômica: A prostituição muitas vezes envolve pessoas em
situações de vulnerabilidade socioeconômica, como desemprego, falta de acesso a
educação e oportunidades de emprego, o que pode levá-las a considerar a prostituição
como uma opção para sobrevivência financeira.
B. Estigma e Discriminação: O texto menciona o estigma associado à prostituição e como
isso pode levar a discriminação e marginalização das pessoas envolvidas na prática.
C. Legislação e Regulamentação: O acórdão sugere que as leis e regulamentações em
relação à prostituição variam de país para país, o que pode afetar significativamente as
condições de trabalho e os direitos das pessoas envolvidas na indústria do sexo.
D. Tráfico Humano: O texto menciona a exploração e o tráfico humano como um problema
associado à prostituição, indicando que algumas pessoas podem ser coagidas ou
forçadas a se envolver na prática contra sua vontade.
E. Saúde e Segurança: A referência ao uso de preservativos no acórdão sugere que a
saúde e a segurança das pessoas envolvidas na prostituição são uma consideração
importante, dada a natureza de alto risco da atividade.
F. Impacto nas Famílias: O texto menciona brevemente a preocupação das famílias em
relação à participação de seus membros na prostituição, indicando um impacto social
mais amplo.
G. Autonomia e empoderamento: Algumas pessoas envolvidas na prostituição podem ver
essa atividade como uma escolha autônoma e uma forma de empoderamento
econômico, enquanto outras podem ser coagidas ou forçadas a se envolver nessa
prática.
2. É possível afirmar que, quando a prostituição envolve mulheres pobres, há plena
autonomia/consentimento na disposição do corpo?
A questão da agência e do consentimento para a prostituição, especialmente para as
mulheres pobres, é um tema complexo e controverso. Não há uma resposta única porque
as opiniões divergem. Alguns argumentam que a falta de oportunidades econômicas pode
levar algumas mulheres a escolher a prostituição, mas isso não significa necessariamente
autonomia completa. Isso ocorre porque essas escolhas podem ser influenciadas por
circunstâncias adversas. Outros argumentam que a exploração, a coerção e a falta de
escolha real podem, em muitos casos, ser fatores importantes que tornam difícil afirmar
que existe autonomia total ou consentimento verdadeiro. Em qualquer caso, é importante
considerar a necessidade de políticas e apoio social para ajudar as mulheres em situações
vulneráveis e abordar as causas profundas dos problemas que as levam a escolher a
prostituição. As discussões sobre este tema envolvem frequentemente debates éticos e
políticos, e não existe um acordo universal sobre a questão.

3. De acordo com o acórdão, a moral e o direito devem ser separados nesse caso.
Você concorda que houve uma mutação de costumes na sociedade quanto ao fato
social “prostituição”?
Sim, ao longo da história, os costumes e as atitudes em relação à prostituição têm evoluído
e mudado em muitas sociedades. Essas mudanças são frequentemente influenciadas por
fatores culturais, econômicos, legais e sociais.
Em algumas culturas e períodos históricos, a prostituição foi tolerada ou mesmo aceita
como parte da vida social, muitas vezes associada a práticas religiosas ou rituais. Em
outros momentos, a prostituição foi considerada ilegal e imoral.
Hoje em dia, em muitos lugares, há um debate em curso sobre como abordar a
prostituição, com alguns países optando por legalizar e regular a atividade, enquanto
outros a proíbem. A mutação de costumes em relação à prostituição está frequentemente
relacionada ao reconhecimento dos direitos das pessoas envolvidas na indústria e à
preocupação com a redução dos riscos para a saúde e segurança das trabalhadoras
sexuais.
Em última análise, as atitudes em relação à prostituição são moldadas pela cultura, leis e
valores de cada sociedade, e essas percepções podem continuar a evoluir ao longo do
tempo.
4. Quando parte da população reprova um fato social, como a prostituição, deve o
direito proibir?
A decisão de proibir ou não um fato social, como a prostituição, não deve depender apenas
da reprovação de parte da população, mas sim de uma análise mais abrangente que leve
em consideração diversos fatores, incluindo aspectos éticos, de saúde pública, direitos
individuais e impacto social.
Em muitos casos, a reprovação de uma prática social não é, por si só, suficiente para
justificar sua proibição. É importante considerar a legalidade, regulamentação e políticas
públicas que possam equilibrar os interesses de diferentes partes envolvidas. Por exemplo,
alguns países optaram por legalizar e regulamentar a prostituição como uma forma de
garantir a segurança e os direitos das pessoas envolvidas na indústria.
A questão da prostituição envolve debates complexos sobre autonomia, consentimento,
exploração, saúde e bem-estar das pessoas envolvidas. Portanto, a decisão de proibir ou
regular a prostituição deve ser tomada com base em uma análise cuidadosa e
considerando o contexto específico de cada sociedade.

5. Dadas as reflexões sobre o tema e o acórdão estudado, o grupo entende que, não
só do ponto de vista jurídico, mas também sociológico, que a prostituição, de acordo
com as conclusões do STJ, deva ser um contrato válido entre adultos?
Sim, tanto do ponto de vista legal quanto sociológico, à luz das conclusões do STJ e da
evolução das normas sociais, acredito que a prostituição entre adultos deva ser
considerada um contrato válido. No âmbito jurídico, essa perspectiva reconhece a
importância da liberdade individual e do consentimento mútuo entre adultos em suas
escolhas pessoais. Sociologicamente, reflete a transformação na percepção da sociedade
em relação à prostituição, afastando-se de uma visão moralista para uma abordagem mais
focada nos direitos individuais. Isso não só respeita a autonomia das pessoas envolvidas
na prostituição, mas também pode contribuir para criar condições mais seguras e
regulamentadas para os profissionais do sexo.

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