1. Explique os requisitos a serem preenchidos pelas entidades
privadas de atendimento à pessoa idosa. (2 pontos)
R: As entidades privadas de atendimento à pessoa idosa,
como casas de repouso, asilos e instituições de longa permanência, devem cumprir uma série de requisitos estabelecidos pela legislação para garantir o bem-estar e a qualidade de vida dos idosos atendidos. Esses requisitos são regulamentados principalmente pela Lei nº 10.741/2003, conhecida como Estatuto da Pessoa Idoso, e pela Resolução nº 283/2005 do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI). Aqui estão alguns dos principais requisitos a serem atendidos, bem como, cadastro e regularização, instalações adequadas, profissionais qualificados, plano de atendimento individualizado, alimentação adequada, atividades recreativas e culturais, assistência médica e farmacêutica, higiene e limpeza, direitos e dignidade, fiscalização e controle, denúncia e transparência, regularização tributária e previdenciária. É importante ressaltar que o não cumprimento desses requisitos pode resultar em sanções legais e até mesmo no fechamento da entidade. Portanto, as entidades privadas de atendimento à pessoa idosa devem seguir rigorosamente as normas estabelecidas para garantir a segurança e o bem-estar dos idosos sob sua responsabilidade.
2. Considerando o direito ao transporte, assegurado à pessoa idosa
pela Lei federal no 10.741/2003, explique e fundamente na legislação respectiva, se as companhias aéreas devem disponibilizar assentos gratuitos a eles. (2 pontos)
R: A Lei Federal nº 10.741/2003, conhecida como Estatuto da
Pessoa Idosa, assegura diversos direitos às pessoas idosa, incluindo o direito ao transporte. No entanto, a lei não prevê especificamente que as companhias aéreas devem disponibilizar assentos gratuitos para pessoas idosas. Denota, que foi realizado o Projeto de Lei 707/2023, o qual obriga as companhias aéreas a disponibilizar marcação de assento gratuito nos voos nacionais, a partir de 72 horas antes do voo, para as pessoas com deficiência, os idosos com mais de 60 anos, as gestantes, as lactantes, as pessoas com crianças de colo, os obesos e acompanhantes; Cabe informar que a o PL, ainda se encontra em votação, no dia 7 de outubro de 2023, foi negado pela justiça passagens áreas gratuitas a deficientes por ausência de lei específica; Duas companhias aéreas recorreram contra uma decisão que as obrigava a disponibilizar duas vagas gratuitas por aeronave para portadores de deficiência e idosos em situação de carência. Além disso, as empresas deveriam oferecer descontos para todos os idosos carentes, desde que comprovada a condição. As apelantes alegaram a falta de regulamentação específica por parte do Poder Executivo brasileiro, argumentando que não houve tratamento adequado às empresas de transporte aéreo nesse contexto. Elas também expressaram preocupação com o impacto financeiro significativo que a absorção desses custos teria sobre o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos de concessão. O juiz federal convocado Marcio Sá Araújo, relator do caso, destacou que, em consonância com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a sentença inicial necessitava de revisão. Segundo a jurisprudência do STF, devido às particularidades do transporte aéreo, não seria apropriado aplicar, por analogia, a Portaria Interministerial n. 003/2001. Essa regra é específica para o transporte coletivo interestadual rodoviário, aquaviário e ferroviário, e não engloba o transporte aéreo. Além disso, as companhias oferecem descontos ou benefícios específicos para passageiros idosos, como tarifas promocionais, mas não estão legalmente obrigadas a disponibilizar assentos gratuitos. Portanto, no que diz respeito ao transporte aéreo, a gratuidade de assentos para pessoas idosas não é um direito assegurado de forma direta pelo Estatuto da Pessoa Idosa. A política de preços e os benefícios oferecidos pelas companhias aéreas para idosos podem variar de uma empresa para outra e estão sujeitos às regras específicas de cada companhia. Sendo assim, é importante verificar as políticas e condições de cada companhia aérea ao adquirir passagens para determinar se existem descontos ou benefícios disponíveis para pessoas idosas.
3. Indique e fundamente, quem possui legitimidade para requerer a
adoção de medidas protetivas a pessoa idosa. (2 pontos)
R: A legitimação para requerer a adoção de medidas protetivas
para uma pessoa idosa pode variar de acordo com a legislação e as práticas do país específico. No entanto, em muitos lugares, os seguintes grupos de pessoas geralmente têm legitimidade para requerer tais medidas: Familiares e Parentes: Familiares diretos, como filhos, netos, cônjuges, e outros parentes próximos da pessoa idosa, geralmente têm a legitimidade para solicitar medidas protetivas. Isso ocorre porque eles têm um relacionamento próximo com a pessoa idosa e podem estar em melhor posição para identificar abusos ou negligência. Ministério Público: Em muitos países, o Ministério Público tem autoridade para intervir em casos de abuso ou negligência contra idosos, mesmo que não haja parentes ou familiares dispostos ou capazes de agir. O Ministério Público age como um defensor dos direitos da pessoa idosa. Órgãos de Assistência Social ou Agências Governamentais: Agências governamentais dedicadas ao bem-estar dos idosos frequentemente têm autoridade para iniciar procedimentos para proteger pessoas idosas em situações de risco. Instituições de Longa Permanência: Caso a pessoa idosa resida em uma instituição de cuidados de longa permanência, a administração da instituição pode ser responsável por tomar medidas protetivas em nome do idoso, se necessário. Advogados e Defensores Públicos: Advogados e defensores públicos podem representar legalmente a pessoa idosa em processos judiciais relacionados à sua proteção. A legitimidade para requerer medidas protetivas visa garantir que a pessoa idosa em questão receba a assistência e a proteção de que precisa quando não consegue fazê-lo por conta própria, devido a abuso, negligência ou outras situações de risco. Além disso, a ação em prol dos idosos deve ser guiada pelos princípios de respeito à dignidade e ao bem-estar da pessoa idosa.
4. Indique e explique os objetivos visados pela política nacional de
proteção à pessoa idosa. (2 pontos)
R: política nacional de proteção à pessoa idosa tem como
objetivo principal promover o bem-estar, a dignidade e a qualidade de vida dos idosos em uma sociedade; Embora os objetivos específicos possam variar de acordo com o país e sua legislação específica, geralmente, os objetivos visados por essa política incluem, promoção da dignidade e do respeito, proteção contra abuso e negligência, promoção da saúde e bem-estar, participação e inclusão social, garantia de direitos sociais e econômicos, prevenção do isolamento e solidão, acesso à justiça, educação e sensibilização, apoio à família e cuidadores. Esses são objetivos gerais comuns à maioria das políticas de proteção à pessoa idosa. No entanto, a implementação e os detalhes específicos podem variar de acordo com a legislação e a cultura de cada país. O foco principal é garantir que os idosos vivam com dignidade, segurança e participação ativa na sociedade.
5. Quais os procedimentos a serem adotados pelas entidades
prestadoras de assistência à saúde, quando houver suspeita de violência praticada contra pessoa idosa? Explique e fundamente. (2 pontos)
R: Quando uma entidade prestadora de assistência à saúde
suspeita de que uma pessoa idosa está sofrendo violência, é fundamental adotar procedimentos adequados para proteger a vítima e garantir que ela receba o apoio necessário. Os procedimentos podem variar de acordo com a legislação e as políticas de saúde do local, mas geralmente envolvem o seguinte: Identificação da Suspeita de Violência, profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros e assistentes sociais, devem estar treinados para reconhecer sinais e sintomas que possam indicar violência contra idosos. Isso inclui lesões físicas inexplicáveis, alterações comportamentais, depressão, ansiedade, relatos inconsistentes ou outras pistas que levantem suspeitas. Entrevista e Comunicação Sensível Se houver suspeita de violência, os profissionais de saúde devem conduzir uma entrevista sensível com a pessoa idosa em um ambiente seguro e confidencial. Eles devem se comunicar com empatia e respeito, permitindo que a vítima compartilhe seus medos e preocupações. Documentação de Evidências, importante documentar todas as evidências, incluindo ferimentos, fotografias, relatos da vítima e quaisquer outros detalhes relevantes. Essa documentação pode ser útil em futuras investigações legais. Notificação às Autoridades Competentes, a Lei do Estatuto da Pessoa Idosa - Lei nº 10.741/2003), estabelece a obrigatoriedade de notificar as autoridades competentes, como o Ministério Público, sempre que houver suspeita de violência contra a pessoa idosa. Essa notificação é importante para iniciar uma investigação adequada e tomar as medidas necessárias para proteger a vítima.
Apoio à Vítima, a qual deve receber apoio imediato para
garantir sua segurança e bem-estar. Isso pode incluir o encaminhamento para serviços sociais, aconselhamento psicológico, cuidados médicos e assistência jurídica, se necessário. Colaboração com Outros Profissionais, em casos de violência contra idosos, a colaboração entre diferentes profissionais é essencial. Os profissionais de saúde devem trabalhar em conjunto com assistentes sociais, psicólogos, advogados e outras autoridades para garantir uma resposta eficaz. Prevenção e Educação, por ser tratar casos de violência, as entidades de saúde devem implementar programas de prevenção e educação que sensibilizem os funcionários e a comunidade em geral sobre a importância da proteção dos idosos e a detecção precoce da violência. A adoção desses procedimentos é fundamental porque a violência contra idosos é um problema grave que muitas vezes passa despercebido. Os profissionais de saúde desempenham um papel crucial na detecção e intervenção precoce. Além disso, a notificação às autoridades competentes é fundamental para garantir que a vítima receba a proteção necessária e que os agressores sejam responsabilizados. A proteção da pessoa idosa é um direito fundamental e um compromisso ético das entidades de saúde em garantir a segurança e o bem-estar de todos os pacientes, independentemente da idade.
Manual da boa-fé objetiva nos planos de saúde: análise dos deveres de conduta, conceitos parcelares e direito fundamental à saúde na formação dos contratos de plano de saúde