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A Riqueza da Literatura

Marroquina: Autores e
Obras que Você Deve
Conhecer
A literatura é uma janela para a alma de um país, revelando sua
história, cultura e identidade de maneira única. Marrocos, com sua
rica herança cultural e histórica, possui uma tradição literária
igualmente fascinante que remonta a séculos. Neste artigo, vamos
explorar a literatura marroquina, apresentando alguns dos autores
e obras mais importantes que todo amante da literatura deve
conhecer.
Literatura Marroquina: Autores e Obras que
Revelam a Essência de Marrocos
1. Tahar Ben Jelloun: Tahar Ben Jelloun é um dos autores
marroquinos mais renomados e amplamente reconhecidos
internacionalmente. Nascido em Fès, ele é conhecido por sua
habilidade em abordar questões sociais, culturais e políticas em
suas obras. Um de seus livros mais famosos, “A Núpcia de Amã,”
oferece um vislumbre da complexa identidade marroquina por
meio da história de um imigrante marroquino na França. Suas
narrativas são cativantes e oferecem uma visão única da
experiência marroquina contemporânea.
2. Leila Abouzeid: Leila Abouzeid é uma das primeiras mulheres
marroquinas a escrever e publicar romances em árabe. Suas obras
frequentemente exploram questões relacionadas aos direitos das
mulheres e às mudanças sociais no Marrocos. Seu romance “Year
of the Elephant” é uma obra marcante que aborda a
independência do Marrocos e suas implicações na vida das
pessoas comuns. A escrita de Abouzeid é profundamente
envolvente e oferece uma visão poderosa da sociedade
marroquina.
3. Driss Chraïbi: Driss Chraïbi é outro autor influente na literatura
marroquina. Seu livro “O Passado Simples” é frequentemente
considerado um clássico da literatura marroquina contemporânea.
Chraïbi explorou questões de identidade, colonização e
independência em suas obras, e seu estilo literário único cativou
leitores ao redor do mundo.
4. Mohamed Choukri: Mohamed Choukri é conhecido por sua
escrita crua e provocativa. Seu livro “Pão Nu” é uma narrativa
autobiográfica que descreve sua infância difícil em Tânger. A obra
foi controversa e provocou debates acalorados em Marrocos, mas
também trouxe à tona questões importantes sobre pobreza,
educação e oportunidades. A escrita franca de Choukri o tornou
um autor influente na literatura marroquina.
5. Fatima Mernissi: Fatima Mernissi foi uma escritora e socióloga
marroquina conhecida por seu trabalho sobre direitos das
mulheres e questões de gênero. Seu livro “O Harém Político” é
uma análise crítica das representações tradicionais das mulheres
no mundo árabe e muçulmano. Mernissi dedicou sua vida à
defesa dos direitos das mulheres e suas obras são leituras
essenciais para quem deseja entender as dinâmicas de gênero em
Marrocos.
6. “O Estrangeiro” de Albert Camus: Embora Albert Camus não
seja marroquino, seu livro “O Estrangeiro” é frequentemente
mencionado na literatura marroquina devido à sua conexão com a
cidade de Argel, que fazia parte da Argélia francesa durante o
período colonial. O livro examina questões de alienação e
identidade e é uma leitura valiosa para aqueles interessados na
literatura da região.
7. Mohamed Leftah: Mohamed Leftah foi um autor marroquino
notável que explorou temas de alienação, marginalização e
identidade cultural em suas obras. Seu livro “O Punhal de
Damasco” é uma narrativa intensa que mergulha nas
complexidades da sociedade marroquina moderna, e sua prosa
poderosa tem ressonância até os dias de hoje.
8. Abdelhak Serhane: Abdelhak Serhane é outro autor
contemporâneo que ganhou reconhecimento por sua escrita
impactante. Seu romance “O Último Encontro” é uma obra
profundamente emotiva que explora temas de amor, perda e
esperança em um cenário marroquino. Serhane é um exemplo de
como a literatura marroquina continua a evoluir e se adaptar às
mudanças sociais e culturais.
9. Driss El Khouri: Driss El Khouri é conhecido por suas histórias
envolventes que exploram a psicologia humana e as
complexidades das relações interpessoais. Seu livro “As Noites de
Tânger” apresenta personagens vívidos e uma narrativa que cativa
os leitores do início ao fim.
A Literatura Feminina Marroquina: Além dos autores
mencionados, a literatura feminina marroquina tem
desempenhado um papel vital na representação das experiências
das mulheres em Marrocos. Autoras como Malika Oufkir, Leïla
Slimani e outros têm contribuído significativamente para o
cenário literário do país, abordando questões de gênero,
identidade e emancipação feminina.
Marrocos também tem uma tradição oral rica, com contos
populares transmitidos de geração em geração. Essas histórias
muitas vezes incorporam elementos mágicos e morais,
proporcionando uma visão única da cultura marroquina.
A literatura marroquina é uma rica tapeçaria de vozes,
experiências e histórias que refletem a riqueza da cultura e da
sociedade deste país. Ao explorar essas obras e autores, os
leitores têm a oportunidade de mergulhar nas profundezas da
alma marroquina, ganhando uma compreensão mais profunda da
história e da identidade deste lugar fascinante. A literatura
marroquina é um tesouro a ser explorado, e cada página é uma
janela para uma parte única do Marrocos.

A literatura marroquina é uma literatura escrita


em árabe, berbere, francês ou espanhol[1] principalmente por pessoas de de
origem marroquina, mas também de Al-Andalus.

O Marrocos sob o dinastia almóada experimentou um período de prosperidade e incentivo


na aprendizagem.[2] Os almóadas construíram a Mesquita de Koutoubia em Marrakech, que
acomodava nada menos que 25.000 pessoas, mas que também era famosa por seus
livros, manuscritos, bibliotecas e livrarias, e que deu o seu nome, ao primeiro bazar de livro
na história.

O califa almóada Abu Yakub tinha um grande amor pela coleta de livros, criando assim
uma grande biblioteca e que acabou por ser levada para o Casbah transformando-se em
uma biblioteca pública.

A moderna literatura marroquina começou na década de 1930.[3] Dois fatores principais


deram ao Marrocos um impulso para o nascimento de uma literatura moderna. Sendo
um protetorado francês e espanhol dava aos intelectuais marroquinos a oportunidade de
intercâmbio e a produção de obras literárias, livremente apreciando o contato de outras
literaturas árabes e europeias.[4]

Durante os anos 1950 e 1960, Marrocos foi um refúgio e centro artístico que atraiu
escritores como Paul Bowles, Tennessee Williams e S. Burroughs. A literatura marroquina
floresceu com romancistas como Mohamed Zafzaf e Mohamed Choukri, que escreveram
em árabe, e Driss Chraibi e Tahar Ben Jelloun, que escreveram em francês.[1] Outros
autores importantes incluem os marroquinos, Abdellatif Laabi, Abdelkarim Ghellab, Fouad
Laroui, Mohammed Berrada, Leila Abouzeid[5] e Mohammed Abu-Talib.[6]

Referências
1. «Bibliomonde Literature»
2. Monroe J. T., Hispano-Arabic Poetry During the Almoravid Period: Theory and Practice,
Viator 4, 1973, pp65-98]
3. Mohammed Bennis; "Modern Arab Poetry: Structure and Transmutations": vol. 4
4. «poetryinternational»
5. «Literature du Marocains»
6. «poetryinternational Mohammed Abu-Talib»

Referências
1. «Bibliomonde Literature»
2. Monroe J. T., Hispano-Arabic Poetry During the Almoravid Period: Theory and Practice,
Viator 4, 1973, pp65-98]
3. Mohammed Bennis; "Modern Arab Poetry: Structure and Transmutations": vol. 4
4. «poetryinternational»
5. «Literature du Marocains»
6. «poetryinternational Mohammed Abu-Talib»

Bibliografias
 Otto Zwartjes, Ed de Moor, e.a. (ed.) Poetry, Politics and Polemics: Cultural Transfer Between
the Iberian Peninsula and North Africa, Rodopi, 1996, ISBN 9042001054
 Monroe, J. T., Hispano-Arabic Poetry During the Almoravid Period: Theory and Practice,
Viator 4, 1973, pp. 65–98
 Mohammed Hajji, Al-Haraka al-Fikriyya bi-li-Maghrib fi'Ahd al-Saiyyin (2 vols; al-
Muhammadiya: Matbaat Fadala, 1976 and 1978)
 Najala al-Marini, Al-Sh'ar al-Maghribi fi 'asr al-Mansur al-Sa'di, Rabat: Nashurat Kuliat al-
Adab wa al-Alum al-Insania, 1999 (Analises das obras dos principais poetas da época de
Ahmad I al-Mansur Saadi|Ahmed al-Mansour)
 Lakhdar, La vie littéraire au Maroc sous la dynastie alaouite, Rabat, 1971
 Jacques Berque, "La Littérature Marocaine Et L'Orient Au XVIIe Siècle", in: Arabica, Volume
2, Number 3, 1955, pp. 295–312

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