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DJEBAR:
RELEITURAS
Going away would return me to myself.
Far away, a foreigner at last - the fruits
and the pulp of being foreign, a foreigner
even to my memories and my future.
Vacant, nascent. To leave!
descobrimos, as
Assim, vale perguntar sobre o que apreendemos,
relações que tecemos. nestas viagens pelas terras da literatura, e
especificamente, a viagem que ela nos propicia...
““As mulheres ... podem realmente criar novos
enredos para as mulheres? Ou elas são
prisioneiras demais do passado, condenadas a
Ferramentas da teoria literária repetir as mesmas histórias de sempre? As
feminista: mulheres podem moldar as narrativas de acordo
com seus próprios desejos e propósitos? Ou a
not (just) the same old stories! trama é mais uma armadilha patriarcal do que
um impulso em direção à liberdade? ”
ser...
• No livro de Yasmina Khadra, Ce que le jour
doit a la nuit, que abrange a época anterior à
revolução anti-colonialista assim como a
explosão da guerra, e seu percurso, vemos
emergir, através da história de um jovem
argelino, não só um retrato das injustiças
colonialistas, mas também dos profundos
conflitos e lutas pelo poder ao interior do
Revoluçõ es traídas, próprio movimento de emancipação, desde o
início marcado pela rivalidade de dois grupos
intelectuais e principais (FLN, MNA), assim como dos
conflitos ao interior dos corações dos jovens.
artistas
• Em Algerian White (memória), Djebar fala
perseguidos principalmente de pessoas que fizeram parte
da vida dela, durante um período muito
conturbado do seu país, e que faleceram, em
grande parte, direta ou indiretamente, por
conta da perseguição. Em contos e romances,
também abordou a traição das mulheres por
um regime que vai se tornando cada vez mais
islamista.
• Fatima-Zohra Imalayen (30 junho 1936 –
fevereiro 2015), conhecida como Assia Djebar (
Arabic: ) آ[سيا جبارfoi uma romancista, tradutora e
cineasta argelina. A maior parte da obra dela trata
dos obstáculos que as mulheres eram obrigadas a
encarar na sociedade argelina. Destaca –se sua
perspectiva feminista, sua associação com os
movimentos de mulheres que escrevem. Seus
romances têm claro foco na criação de uma
genealogia das mulheres argelinas, e sua posição
política é tão anti-patriarcal quanto anti –colonial. A
consideram uma dos mais eminentes escritores do
Norte da Africa. Recebeu em 1996 Neustadt
International Prize for Literature para a totalidade da
sua obra. No ano 2005, foi eleita membro da
Academia Francesa de Letras, sendo a primeira
pessoa de origem magrebina a alcançar esta
distinção.. Foi muitas vezes nomeada para concorrer
ao Prêmio Nobel de Literatura.
• (fonte:
https://en.wikipedia.org/wiki/Assia_Djebar
Dela eu já li:
Trilogia ‘autobiográfica’:
1 Fantasia: an Algerian cavalcade. 1985. fr &
inglês.
2 A sister to Scheherazade. .
escreve’ :
uma grande • A convivência destas três línguas na história
recente da Argélia diz respeito a outra, muito
mais longa. Uma história feita de viagens e
questão lutas, dominações e subordinações, nomadismos
e colonização, mudanças e instabilidades...
A língua materna
•“A língua berbere, um
idioma afro-asiático, é
um caldeirão de
história e cultura do
país. Ele sobreviveu à
maioria das línguas da
Antiguidade, como o
grego antigo, o latim, o
fenício e o egípcio.
Costumava ser escrito,
mas agora é
principalmente oral” ”. Foto: Miriam Adelman
•http://jardinmajorelle.com/a
ng/introduction-to-berber-cul
ture
Línguas que mulheres falam
•
“ Enquanto cresço, pouco antes de minha terra natal
desvencilhar-se do jugo colonial - enquanto o homem ainda
tem direito a quatro esposas legítimas, nós, meninas, grandes
e pequenas, temos ao nosso comando quatro idiomas para
expressar o desejo […] : francês para missivas secretas;
árabe para nossas aspirações sufocadas em relação ao Deus-
pai, o Deus das religiões do Livro; Líbico-berbere, que nos
leva de volta aos ídolos pagãos - deuses-mãe - da Meca pré-
islâmica. A quarta língua, para todas as mulheres, jovens ou
velhas, enclausuradas ou semi-emancipadas, continua sendo
a do corpo; o corpo que aos olhos de vizinhos e primos
precisa permanecer surdo e cego, para que não possam
encarcerá-lo completamente; o corpo que, em transe, dança
ou vocifera, em rompantes de esperança ou de desespero,
revolta-se e - incapaz de ler ou escrever-, busca algum
recinto desconhecido como destino para sua mensagem de
amor ".
• Assia Djebar
ASSIA DJEBAR E A RE-ESCRITA DA HISTÓRIA NO FEMININO
“Em L'Amour, la fantasia [Fantasia, uma cavalgada argelina], Assia Djebar estende
uma mão às mulheres sem voz, analfabetas da guerra da Argélia, transmitindo seus
testemunhos orais dentro do texto escrito por ela em língua francesa.
Argumentamos que Djebar negocia um lugar específico entre uma autobiografia
anônima e uma autobiografia coletiva, para poder escrever uma autobiografia
feminina em uma sociedade que desaprova o uso do pronome de primeira pessoa
para uma mulher. Abordamos o papel da autora como contadora de histórias:
revisitando os arquivos franceses da conquista da Argélia, Djebar dá voz às histórias
das mulheres silenciadas. Exploramos como escrever para Djebar é uma forma de
desabrochar em vida, não apenas para ela, mas também para as mulheres da Argélia
cujas histórias ela inscreve na narrativa da História. Ao fazer isso, ela reescreve a
História, como uma espécie de palimpsesto feminino.”
‘Vaste est la prison’:
metáforas para a vida e os
corpos das mulheres
argelinas.