O documento discute a literatura colonial e as literaturas africanas em língua portuguesa. A literatura colonial visa glorificar a civilização colonizadora e o papel do colono, enquanto as literaturas africanas emergem após a independência com temas de identidade cultural e nacionalismo. O documento também analisa os conceitos de universalidade e especificidade nestas literaturas.
Descrição original:
Problemática introdutória
Este é um conteúdo cuja natureza é fidedigna.
O documento discute a literatura colonial e as literaturas africanas em língua portuguesa. A literatura colonial visa glorificar a civilização colonizadora e o papel do colono, enquanto as literaturas africanas emergem após a independência com temas de identidade cultural e nacionalismo. O documento também analisa os conceitos de universalidade e especificidade nestas literaturas.
O documento discute a literatura colonial e as literaturas africanas em língua portuguesa. A literatura colonial visa glorificar a civilização colonizadora e o papel do colono, enquanto as literaturas africanas emergem após a independência com temas de identidade cultural e nacionalismo. O documento também analisa os conceitos de universalidade e especificidade nestas literaturas.
Portuguesa • Literatura colonial • O conceito de literatura colonial refere- se áquela literatura que foi produzida desde a colonização até às independências. Remonta da época dos descobrimentos portugueses • A partir dos Sèc XVII/XIX que se manifestauma produção da literatura colonial de modo regular • A razão de ser da literatura colonial • Pensar a literatura colonial implica ter como pano de fundo um processo histórico- a colonização- e um sistema – o colonialismo • Inevitavelmente a literatura colonial acaba por ser co- adjuvante ou consequência de um fenómeno que tem subjacentes motivos de ordem psicológica, social, cultural, ideológica, estética, ética, económica, económica, religiosa e política • Provável seria, pois, que a actividade colonial tivesse tivesse também a sua representação, a sua estética peculiar, oferecendo atrvés da realidade criada a sua forma de arte • O colonialismo é a negaçãoda prsonalidade do Outro. Em todos aspectos . Para além de repressão individual, da exploração económica, da negação de sentimento e da consciência nacionais , projecta a ideia de uma pátria outra • O colonialismo, de caso pensado ou por força do sistema interno, despersonaliza o colonizado, deprime- o , destroi- lhe a imagem que ele forma do seu universo singular, coisifica- o e não lhe permite que ele se torne sujeito de história • Cria- lhe o complexo de inferioridade o complexo de inferioridade em relação à sua cultura, deforma- o, aniquila- o como cidadão africano • Por outro lado, já em período avançado , vai permitindo que alguns aprendam a língua de dominação, mandando abrir algumas escolas, , nomeando professores, designando livros, organizando programas, facilitando e promovendo a missionação cristã • Entenda- se por literatura colonial a que pretende contar as reacções do branco perante o meio ambiente do negro, isto é, uma espécie de descrição mais ou menos ficcionista que nos introduz perante as pessoas imaginariamente vindas de ambientes culturais desenvolvidos, civilizados para meios ambientes primitivos • Critérios, segundoManuel Ferreira( 1986) • - Superioridade numérica das personagens brancas; • - Melhor tratamento estético dado a essas personagens; • -O estatuto a que têm direito: são normalmente protagonistas; • - O espaço físico é normalmente inóspito, o que justifica a acção do branco • - O tom épico é dominante • - O ponto de vista dominante é europeu (Visualização eurocentrista) • -O destinatário da ficção é o homem português vivendo em Portugal • - O autor é português com vivência africana • - O narrador apresenta uma intencionalidade patriótica • ( Trigo1987: 144;145) • A literatura colonial caracteriza- se justamente pelo facto de os seus cultores não abdicarem da sua identidade, das referências culturais e civilizacionais dos seus países, embora tentem mostrar integrados no meio e na sociedade nova de que fazen parte • A literatura colonial pretende, fundamentalmente, ser um hino de louvor à civilização colonizadora , à metrópole e à acção do colono, cujos actos de heroicidade e aventureirismo de humanidade e estoicismo são quase sempre enquadrados por uma visão da vida e do mundo envolvente • A Visão do Outro • É um Homem na forma, mas os intintos são de fera • Era um negro esguio, que dava impressão de um excelente animal de corrida • Consiguirei escutar nesta viagem a voz da raça negra? Os percursos da Literatura Colonial • Um conjunto de factores de ordem política ecomómica e social acaba por ser determinante para o relançamento da ocupação colonial em àfrica no séc.XIX • As potências europeias adoptam uma nova fórmula “ oposta às operações de conquista e de prestígio de colonização tradicional” • A literatura colonial não deve ser avaliada de modo uniforme e minimalista, pois ela foi conhecendo com o tempo um processo evolutivo irrecusável, tanto na forma como nas temáticas • Fase exótica- Seguimento do tom dominante na literatura de viagens de exploração, a literatura colonial representa a emoção do escritor perante terras e gentes estranhas e diferentes Àfrica = Mato • Fase Ideológica • A partir da década 40 a escrita colonial é por um tipo de mensagem que vangloria a acção individual e colectiva de um povo que se julga superior ao outro • Ex pp 66-67 • Fase Cosmopolita • Inícios da década 60 . Temos a partir desta altura um maior amadurecimento estético e discursivo em que os cruzamentos culturais e sociais são visivelmente mais complexos e em que a retórica que exprime a sobreposição cultural e civilizacional apresenta contornos mais sofisticados e notoriamente ambíguos • Esta é a fase adulta da literatura colonial e que terá a ver com os processos intrísecos à criação literária , por um lado, e com o desenvolvimento crescente das tensões internas e externas nas colónias portuguesaspor outro Emergência das literaturas africanas • Herdeiras do Romantismo . • Lirismo amoroso • Fraternidade • Recordação familiar • Fraternidade • A literatura tem tendência a procurar a sua especificidade numa determinada sociedade e época Universalidade/Especificidade • Universalidade • Tem a ver com a preucupação em ultrapassar as barreiras nacionais. É uma literatura que se pode integrar, em termos de recepção em qualquer quadrante • As instâncias receptoras – intituições literárias- é que tornam a obra universal. Promovem na • Especificidade • A literatura tem tendência a procurar a sua especificidade numa determinada sociedade e época . Isto advém, entre outros de factores extra literários . Ex. Políticos, sociaism, ecnómicoc etc. • Em relação aos africanos, advém da tomada de consciência da sua africanidade Algumas questões • Questão histórica – a literaturas em África são consequência da dominação colonial. • Há um passado comum: A colonização; a abolição da escravatura, o estabelacimento da imprensa, o ensino, a política assimilacionista • Espaço: África • As literaturas africanas são produto do processo de urbavização • Questão filsófica • Tem a ver com o compromissoprofundo destas literaturas com a realidade cultural, histórica, antropológica, o que determina certa filosofia • Tem a ver com a expressão duma forte manifestação oral 8 discurso oralizante) • Questão cultural • Tem em conta o hibridismo, o sincretismo cultural numa perspectiva intra e intercontinental • Originalidade – criatividade • Questão linguística • Uma língua comum- Lg do colonizador Mitos e símbolos • Mito do eterno retorno • Relecte a consciência na escrita da ausência de uma tradição literária literária • Mito da Idade de Ouro • Tem a ver com o regresso a certo tempo, com a evocação de um passado ( positivo), presente (negativo) e futuro (positivo) • Mito da identidade • Surge uma referência à questão da especificidade da nacionalidade • a) Lugar de nascimento • Dicotomia campo/cidade, com maio referêrencia aos subúrbios • • Em termos temáticos versam desde o heroísmo, a gratidão, o enlevo rústico ou paisagístico até a uma postura mais romântica de um sentimento nacionalista ou pátrio