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Problemática Introdutória

Literaturas Africanas Em Língua


Portuguesa
• Literatura colonial
• O conceito de literatura colonial refere- se
áquela literatura que foi produzida desde a
colonização até às independências. Remonta
da época dos descobrimentos portugueses
• A partir dos Sèc XVII/XIX que se
manifestauma produção da literatura
colonial de modo regular
• A razão de ser da literatura colonial
• Pensar a literatura colonial implica ter como
pano de fundo um processo histórico- a
colonização- e um sistema – o colonialismo
• Inevitavelmente a literatura colonial acaba por
ser co- adjuvante ou consequência de um
fenómeno que tem subjacentes motivos de
ordem psicológica, social, cultural, ideológica,
estética, ética, económica, económica, religiosa
e política
• Provável seria, pois, que a actividade colonial
tivesse tivesse também a sua representação, a
sua estética peculiar, oferecendo atrvés da
realidade criada a sua forma de arte
• O colonialismo é a negaçãoda prsonalidade
do Outro. Em todos aspectos . Para além de
repressão individual, da exploração
económica, da negação de sentimento e da
consciência nacionais , projecta a ideia de
uma pátria outra
• O colonialismo, de caso pensado ou por força
do sistema interno, despersonaliza o
colonizado, deprime- o , destroi- lhe a
imagem que ele forma do seu universo
singular, coisifica- o e não lhe permite que ele
se torne sujeito de história
• Cria- lhe o complexo de inferioridade o
complexo de inferioridade em relação à sua
cultura, deforma- o, aniquila- o como cidadão
africano
• Por outro lado, já em período avançado , vai
permitindo que alguns aprendam a língua de
dominação, mandando abrir algumas
escolas, , nomeando professores, designando
livros, organizando programas, facilitando e
promovendo a missionação cristã
• Entenda- se por literatura colonial a que
pretende contar as reacções do branco
perante o meio ambiente do negro, isto é,
uma espécie de descrição mais ou menos
ficcionista que nos introduz perante as
pessoas imaginariamente vindas de
ambientes culturais desenvolvidos, civilizados
para meios ambientes primitivos
• Critérios, segundoManuel Ferreira( 1986)
• - Superioridade numérica das personagens
brancas;
• - Melhor tratamento estético dado a essas
personagens;
• -O estatuto a que têm direito: são
normalmente protagonistas;
• - O espaço físico é normalmente inóspito, o
que justifica a acção do branco
• - O tom épico é dominante
• - O ponto de vista dominante é europeu
(Visualização eurocentrista)
• -O destinatário da ficção é o homem
português vivendo em Portugal
• - O autor é português com vivência africana
• - O narrador apresenta uma intencionalidade
patriótica
• ( Trigo1987: 144;145)
• A literatura colonial caracteriza- se
justamente pelo facto de os seus cultores não
abdicarem da sua identidade, das referências
culturais e civilizacionais dos seus países,
embora tentem mostrar integrados no meio e
na sociedade nova de que fazen parte
• A literatura colonial pretende,
fundamentalmente, ser um hino de louvor à
civilização colonizadora , à metrópole e à
acção do colono, cujos actos de heroicidade e
aventureirismo de humanidade e estoicismo
são quase sempre enquadrados por uma
visão da vida e do mundo envolvente
• A Visão do Outro
• É um Homem na forma, mas os intintos são
de fera
• Era um negro esguio, que dava impressão de
um excelente animal de corrida
• Consiguirei escutar nesta viagem a voz da
raça negra?
Os percursos da Literatura Colonial
• Um conjunto de factores de ordem política
ecomómica e social acaba por ser
determinante para o relançamento da
ocupação colonial em àfrica no séc.XIX
• As potências europeias adoptam uma nova
fórmula “ oposta às operações de conquista e
de prestígio de colonização tradicional”
• A literatura colonial não deve ser avaliada de
modo uniforme e minimalista, pois ela foi
conhecendo com o tempo um processo
evolutivo irrecusável, tanto na forma como
nas temáticas
• Fase exótica- Seguimento do tom dominante
na literatura de viagens de exploração, a
literatura colonial representa a emoção do
escritor perante terras e gentes estranhas e
diferentes
Àfrica = Mato
• Fase Ideológica
• A partir da década 40 a escrita colonial é por
um tipo de mensagem que vangloria a acção
individual e colectiva de um povo que se
julga superior ao outro
• Ex pp 66-67
• Fase Cosmopolita
• Inícios da década 60 . Temos a partir desta
altura um maior amadurecimento estético e
discursivo em que os cruzamentos culturais e
sociais são visivelmente mais complexos e em
que a retórica que exprime a sobreposição
cultural e civilizacional apresenta contornos
mais sofisticados e notoriamente ambíguos
• Esta é a fase adulta da literatura colonial e
que terá a ver com os processos intrísecos à
criação literária , por um lado, e com o
desenvolvimento crescente das tensões
internas e externas nas colónias
portuguesaspor outro
Emergência das literaturas africanas
• Herdeiras do Romantismo .
• Lirismo amoroso
• Fraternidade
• Recordação familiar
• Fraternidade
• A literatura tem tendência a procurar a sua
especificidade numa determinada sociedade e
época
Universalidade/Especificidade
• Universalidade
• Tem a ver com a preucupação em ultrapassar
as barreiras nacionais. É uma literatura que
se pode integrar, em termos de recepção em
qualquer quadrante
• As instâncias receptoras – intituições
literárias- é que tornam a obra universal.
Promovem na
• Especificidade
• A literatura tem tendência a procurar a sua
especificidade numa determinada sociedade
e época . Isto advém, entre outros de factores
extra literários . Ex. Políticos, sociaism,
ecnómicoc etc.
• Em relação aos africanos, advém da tomada
de consciência da sua africanidade
Algumas questões
• Questão histórica – a literaturas em África
são consequência da dominação colonial.
• Há um passado comum: A colonização; a
abolição da escravatura, o estabelacimento
da imprensa, o ensino, a política
assimilacionista
• Espaço: África
• As literaturas africanas são produto do
processo de urbavização
• Questão filsófica
• Tem a ver com o compromissoprofundo
destas literaturas com a realidade cultural,
histórica, antropológica, o que determina
certa filosofia
• Tem a ver com a expressão duma forte
manifestação oral 8 discurso oralizante)
• Questão cultural
• Tem em conta o hibridismo, o sincretismo
cultural numa perspectiva intra e
intercontinental
• Originalidade – criatividade
• Questão linguística
• Uma língua comum- Lg do colonizador
Mitos e símbolos
• Mito do eterno retorno
• Relecte a consciência na escrita da ausência
de uma tradição literária literária
• Mito da Idade de Ouro
• Tem a ver com o regresso a certo tempo, com
a evocação de um passado ( positivo),
presente (negativo) e futuro (positivo)
• Mito da identidade
• Surge uma referência à questão da
especificidade da nacionalidade
• a) Lugar de nascimento
• Dicotomia campo/cidade, com maio
referêrencia aos subúrbios

• Em termos temáticos versam desde o
heroísmo, a gratidão, o enlevo rústico ou
paisagístico até a uma postura mais
romântica de um sentimento nacionalista ou
pátrio

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