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Universidade Federal de Itajubá – Campus Itabira

Engenharia Elétrica

EELi44 – ESTABILIDADE DE SEPs

Capítulo 8
Estudo de Estabilidade Angular Transitória
Estabilidade Angular Transitória

• 8.1 Características Básicas


– Grandes perturbações:

• Curtos-circuitos: trifásicos, bifásicos, monofásicos;

• Desligamentos de elementos importantes: compensadores


síncronos, compensadores estáticos, etc;

• Perda de grandes blocos de carga;

• Perda de geradores;

• Abertura intempestiva de linhas de transmissão;

• Outros eventos de grande impacto.


Estabilidade Angular Transitória

• 8.1 Características Básicas


– A natureza da resposta envolve amplas excursões de variáveis:

• Deslocamentos angulares dos rotores;

• Velocidade das máquinas;

• Frequência da rede;

• Tensões nos barramentos;

• Fluxo de potência nas linhas de transmissão;

• Correntes nos estatores das máquinas síncronas;

• Entre outros.
Estabilidade Angular Transitória

• 8.1 Características Básicas


Observação
Amplas excursões  Modelo matemático não linear!

– Fatores influentes:

• Condições operativas: topologia do sistema, despacho de


geração, nível de carregamento.

• Perturbação: Localização, tipo de perturbação, duração do evento


(sistema de proteção).

– Formas de análise:

• Simulação no domínio do tempo (ANATEM – CEPEL).


Estabilidade Angular Transitória

• 8.2 MS em Regime Transitório


– Circuito RL em regime transitório:

– Resolvendo a equação diferencial, tem-se:

i (t )  I MAX  sen(t     )  sen(   )e  ( R / L ) t 


Onde:
1  X L 
  ângulo da fonte de tensão e   tg  
 R 
Estabilidade Angular Transitória

• 8.2 MS em Regime Transitório


– A corrente apresenta duas componentes: AC e DC;

i (t )  I MAX  sen(t     )  sen(   )e ( R / L )t 

Alternada Contínua
– Para t = 0, tem-se:

i (t  0)  I MAX  sen(   )  sen(   )   0

Observação
Componente DC: Garante que a corrente seja igual a zero logo após a
ocorrência do curto-circuito, ou seja, não há descontinuidade da
corrente em um circuito indutivo!
Estabilidade Angular Transitória

• 8.2 MS em Regime Transitório


– Casos especiais:

i (t )  I MAX  sen(t     )  sen(   )e ( R / L )t 


– Caso 1: Fechamento quanto    :

Observação
Neste caso, a componente DC será nula! Ou seja, não tem componente
transitória (Corrente de curto-circuito de regime permanente).

– Caso 2: Fechamento quanto     :


2
Observação
Neste caso, a componente DC será máxima! Ou seja, o primeiro pico da
corrente de curto-circuito terá um valor aproximadamente de 2x o valor
de pico da corrente de regime permanente.
Estabilidade Angular Transitória

• 8.2 MS em Regime Transitório


– Curto-circuito trifásico em uma máquina síncrona:
Estabilidade Angular Transitória

• 8.2 MS em Regime Transitório


– Na máquina síncrona, a componente DC da armadura decai
com a constante de tempo ta.

Observação
Componente DC na armadura  Induz componente 60 Hz no campo 
Induz componente de 2° harmônico na armadura.
Estabilidade Angular Transitória

• 8.2 MS em Regime Transitório

Observação
Normalmente, despreza-se a componente contínua da corrente de curto
nas análises da estabilidade transitória devido :

• Análise complexa;

• Redução dos esforços computacionais;

• Simulação de transitórios eletromagnéticos  steps pequenos 


problema para simulação de transitórios eletromecânicos (tempo de
simulação de 5 s a 20 s).

• Adicionalmente, desprezar a componente contínua da armadura leva a


uma solução conservadora, pois esta contribui para o amortecimento
das oscilações eletromecânicas.
Estabilidade Angular Transitória

• 8.2 MS em Regime Transitório


– Além da componente DC, a máquina síncrona apresenta três
períodos bem definidos durante um curto-circuito: subtransitório,
transitório e regime permanente.
Estabilidade Angular Transitória

• 8.2 MS em Regime Transitório

– Regime subtransitório: reação dos enrolamentos


amortecedores (principalmente) e do enrolamento de campo;

– Regime transitório: reação apenas do enrolamento de campo;

– Regime permanente: não há a reação dos enrolamentos do


rotor (campo e amortecedores).

Observação
Durante os períodos transitório e subtransitório são induzidas correntes
nos enrolamentos de campo e amortecedores. Desta forma haverá
reação dos mesmos, que dependerá das constantes de tempo
associadas a tais componentes
Estabilidade Angular Transitória

• 8.2 MS em Regime Transitório

– Regime permanente: Reatância Síncrona:


Estabilidade Angular Transitória

• 8.2 MS em Regime Transitório

– Regime transitório: Reatância Transitória:


Estabilidade Angular Transitória

• 8.2 MS em Regime Transitório

– Regime subtransitório: Reatância Subtransitória:


Estabilidade Angular Transitória

• 8.2 MS em Regime Transitório

– Considerando a envoltória da corrente de curto:

Associada ao Associada ao
enrolamento de campo enrolamento amortecedor
Estabilidade Angular Transitória

• 8.2 MS em Regime Transitório

– Desta forma, tem-se:

– Desconsiderando os efeitos dos enrolamento amortecedores:


Estabilidade Angular Transitória

• 8.2 MS em Regime Transitório

– Para t = 0,1 s e T’d0 = 8 s (valor típico), tem-se:

– Para t = 0,2 s:

– Para t = 0,5 s:

Observação
Para tempos de análise de até aproximadamente 500 ms, pode-se
considerar que a corrente de curto praticamente não varia!
Estabilidade Angular Transitória

• 8.2 MS em Regime Transitório

– Assim, tem-se, de uma forma geral:

– Modelo clássico da máquina síncrona


– Modelo IEEE (0,0) da máquina síncrona de polos lisos.
Estabilidade Angular Transitória

• 8.2 MS em Regime Transitório

– Equações de estado:

– Equação de oscilação:

– Onde:

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