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CABALA E NA BÍBLIA
SUMÁRIO
O texto nos diz que havia uma árvore da vida onde nossos primeiros antepassados se tornaram
humanos. Tornando-se demasiados humanos e muito gananciosos, eles tiveram que deixar o que parecia
ser um Éden; “E, expulso o homem, colocou querubins ao oriente do jardim do Éden, e o refulgir de uma
espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida” (Gn. Cap. 3, vers. 24). Os “guardas” que
foram encarregados de negar-lhes o acesso, conhecidos como Gabriel e Raphael. Desde então, após
profundas pesquisas, análises, cogitações e deduções, descobrimos esses dois personagens, escondidos sob
o nome de Yakin (Jaquim) e Boaz, as duas colunas na entrada de um edifício, o Templo de Salomão, outro
tipo de paraíso, mais conhecido com o nome de “pardes”. Lá – nesses jardins – os estudiosos místicos
consideraram, por laborações espirituais, que se poderia conceituar a existência de outra árvore da vida, - a
árvore das sefirot. Revelando-se como uma constante fundamental, tanto em rituais quanto nas lojas,
embora muito frequentemente tratadas sem o devido valor, Yakin e Boaz nos questionam sobre sua relação
com essa metáfora arbórea. Legitimamente, temos o direito de buscar sua conivência especulativa, porque
a famosa árvore da Cabala, a árvore das sefirot, é, de fato, também na forma de pilares, a comparação com
as nossas duas colunas. Por contaminação semântica, o que cada um desses dois pilares representa?
ABSTRACT
The text tells us that there was a tree of life where our first ancestors became human. Becoming
too human and too greedy, they had to leave what appeared to be Eden; "And he cast out cherubim unto
the east of the garden of Eden, and the brightness of a moving sword, to keep the way of the tree of life"
(Gen. 3: 24). The "guards" known as Gabriel and Raphael. Since then, after deep research, analysis,
cogitation and deduction, we have discovered these two characters, hidden under the name of Yakin and
Boaz, the two columns at the entrance of a building, the Temple of Solomon, another kind of paradise,
better known with the name of "pardes". There - in these gardens - the mystical scholars considered, by
spiritual labors, that one could conceptualize the existence of another tree of life, - the tree of the sefirot.
Revealing itself as a fundamental constant, both in rituals and in shops, though often treated without value,
Yakin and Boaz question us about their relationship to this tree metaphor. Legitimately, we have the right
to seek their speculative connivance, because the famous tree of the Kabbalah, the tree of the sefirot, is, in
fact, also in the form of pillars, the comparison with our two columns. By semantic contamination, what
does each of these two pillars represent?
1 – INTRODUÇÃO
A Teosofia Esotérica Hebraica comumente conhecida como “Cabala” (Kabbalá,
“Recibo”, “Aceitação” ou “tradição”), é uma herança muito antiga de Israel. A Cabala
alcançou seu período de auge em torno dos séculos XII e XIII, influenciando os
pensadores medievais ainda antes do renascimento. De fato, nos séculos XI e XII grandes
contribuições à ciência e à filosofia foram perpetradas pelos “Mekubbalim” (Aceitos ou
Kabalistas), conhecidos nos livros de história como inventores, reveladores e filósofos
excepcionais.
A primeira sefira inicia a Árvore e não tem começo. Ela incorpora a própria
centelha divina. Esta “encarnação” é desprovida de forma, mesmo mental, e só pode ser
entendida, de acordo com a Cabala, tornando-se uma com ela, tornando-se deus. A
máxima “Ninguém pode contemplar o rosto de Deus e continuar a viver” parece se aplicar
especialmente a Kether.
Nas tradições e nas religiões, ela representa o Deus Supremo, o Pai hermafrodita,
o Criador. Em um sistema de pensamento, ela pode ser comparada ao postulado inicial, o
conceito-chave que não tem antecedente e que permite que o sistema se desdobre.
Chochmah, pode-se dizer, é a linha reta, o lado esquerdo do rosto, o falo, a pedra
em pé, a torre, o bastão do poder, um rosto barbudo.
Binah: Compreensão, mãe nebulosa, mãe estéril, mãe luminosa, mãe fértil, trono,
grande mar, reservatório.
Ela é o corte, o lado direito do rosto, a Vesica Piscis, a vulva, o cálice, uma mulher
madura.
O sol que queima constantemente para brilhar é o símbolo mais usado para
Tiphereth.
A sétima Sefira é inteligência oculta, uma união de intelecto e fé. Netzach está
associada à beleza, em todas as suas formas. Netzach é mística, confiante e entusiasmada.
É a esfera das emoções, dos sentimentos e, mais geralmente, dos impulsos, das
tentativas de compreensão imediata. As andanças de Netzach tornam-se raios ou
projeções.
Hod: a Glória.
Cada Sefira (singular de Sefirot) alcança níveis de energia mais elevados quando
está combinada com outras Sefirot. Por exemplo, guiar-se pela “Justiça” outorga um alto
valor. E quando combinada com “Misericórdia”, a “Justiça” alcança um valor mais
elevado. Do mesmo modo, se a “Misericórdia” constitui um alto valor, quando é
distribuída “Justamente” se torna mais valiosa. As combinações bilaterais alcançam
níveis de energia muito mais altos que as unilaterais.
Deus tem uma vontade infinita para “doar” sua infinita e absoluta qualidade divina
a toda sua criação. Deus, entretanto, não tem uma necessidade ou a vontade de “receber”.
Por outro lado, todos os seres criados têm a vontade de “receber”. Se somente recebemos,
permanecemos sempre distantes de Deus. Em troca, fazendo boas ações e doando aos
outros estaremos mais perto de Deus. Por exemplo, se educar-se tem valor, é mais valiosa
então a educação que brindamos aos outros. Para aproximar-se de Deus, alguém deve
desenvolver a vontade (Ratson) de torna-la unida (Yih'ud) a Deus, para atuar de acordo
com as Sefirot e integra-las.
3 – BOAZ E YAKIN
Numa coluna de fogo, à noite, numa coluna de nuvem de dia, IHVH guiava os
hebreus através do deserto que bordejava o mar dos juncos (Êx. 13, 21-22). Essas colunas
simbolizavam a presença de Deus, uma presença ativa, a qual no sentido histórico,
conduziu o povo eleito através das ciladas do caminho e, no sentido místico, dirige a alma
nos caminhos da perfeição.
Então, o texto nos diz que havia uma árvore da vida onde nossos primeiros
antepassados se tornaram humanos. Tornando-se demasiados humanos e muito
gananciosos, eles tiveram que deixar o que parecia ser um Éden; Supostamente, era fim
de março, quando eles foram expulsos – “E, expulso o homem, colocou querubins ao
oriente do jardim do Éden, e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o
caminho da árvore da vida” (Gn. Cap. 3, vers. 24). Os “guardas” sem carne que foram
encarregados de negar-lhes o acesso, chamemo-os de Gabriel e Raphael. Desde então,
após profundas pesquisas, análises, cogitações e deduções, descobrimos esses dois
personagens, escondidos sob o nome de Yakin (Jaquim) e Boaz, as duas colunas na
entrada de um edifício, o Templo de Salomão, outro tipo de paraíso, mais conhecido com
o nome de “pardes”. Lá – nesses jardins – os estudiosos místicos consideraram, por
laborações espirituais, que se poderia conceituar a existência de outra árvore da vida, - a
árvore das sefirot.
Revelando-se como uma constante fundamental, tanto em rituais quanto nas lojas,
embora muito frequentemente tratadas sem o devido valor, Yakin e Boaz nos questionam
sobre sua relação com essa metáfora arbórea. Legitimamente, temos o direito de buscar
sua conivência especulativa, porque a famosa árvore da Cabala, a árvore das sefirot, é, de
fato, também na forma de pilares, a comparação com as nossas duas colunas. Por
contaminação semântica, o que cada um desses dois pilares representa?
Os textos não dizem que são simétricas ou similares. Uma das colunas é descrita
por sua altura, a outra pela sua circunferência. Seria um erro de interpretação torná-las
iguais. Existe assim uma correspondência, uma alteridade sem identificação, daquela que
é alta, e daquela que é larga.
Isso significa que o outro nem sempre é o mesmo. O outro está, então, apenas em
oposição ao seu outro; Boaz e Yakin se complementam. Yakin e Boaz, 10 e 2 em valor
gemátrico, portanto, semente e matriz, escolhidos e nomeados, fundamentalmente, com
intenção hermenêutica.
Da luz original que se encheu de forma igual e sem diferença de grau antes do
tsimtsum (a retirada divina que encheu o Ain sof), surge uma luz emanada no vazio
deixado pelo tsimtsum. Esta Luz emanada contém todas as Sefirot e divide-se em duas
radiações, a interna, a alma, e a outra, externa, o mundo da separação. Todas Sefirot
emitem e recebem luz (energia), mas esta luz pode ser mais ou menos intensa. Narram-se
que a emissão de luz é de natureza masculina, enquanto a recepção é de natureza feminina.
Cada uma das 10 Sefirot recebe o influxo que o alcança do Ain Sof e, por sua vez, o
emite. Pode-se então imaginar: como é que algumas sefirot são chamadas de machos e
outras fêmeas, se todas são andróginas? Em geral, a energia e a matéria são formas
andróginas da unidade que, no pleroma hebraico, também são consideradas como
princípio masculino e feminino. Esses princípios só podem ter uma convivência
dramatúrgica onde o princípio feminino é fonte de vida, mas também de morte para o
princípio masculino; é a forma que limita a energia; daí, ao opor a mulher ao homem não
seria um perigo? Certamente, mas o original andrógino não é a dualidade do hermafrodita,
nem a dos híbridos mencionados. É dizer e repetir que somos homens e mulheres, ao
mesmo tempo, como imagem da criação. É uma consubstancialidade da unidade vista em
seus aspectos diferenciados, mas é a unidade que está sempre em questão. “Sua emanação
é andrógina” (A doutrina secreta, H. P Blavatsky). Quando esta radiação irradia, por sua
vez, todas as suas radiações são andróginas, mas se tornam princípios do sexo masculino
e feminino em seus aspectos inferiores (criação, formação). Isso também é o que Einstein
diz: “Prefiro olhar matéria e energia não como fatores que produzem os mesmos graus de
curvatura do universo, mas como elementos de percepção desse universo”.
A letra Yod, inicial de Yakin, décima Letra Força do alfabeto sagrado hebreu,
representa um retorno à Unidade; é uma espécie de Aleph אinternalizado. A Fonte da
Vida representada pela letra Aleph, que é a semente de todas as coisas, torna-se em Yod,
uma Força Motriz, que estimula de dentro, e que dá a possibilidade de criar. O Yod
estabelece a base racional para a compreensão da mecânica do trabalho. Yod é um
elemental criativo e transformador. No mundo material, representa a fase em que as
sementes do pensamento, transportadas pelo ar, são aspiradas e incorporadas ao corpo.
De acordo com a Cabala, a letra Yod é um sinal com duas determinações: - uma
é formada e revelada, o sinal de Yod desenhado (o desenho original do sinal é um braço
estendido, transformado em um ponto, a direção é uma mão fechada em um punho); O
outro não está formado e nem revelado, o ponto conceitual propriamente dito. Estes dois
aspectos da letra Yod também são chamados “desbloqueado ou implantado” ou real e
“bloqueado ou não implantado, substancial” ou irreal.
De acordo com a Tradição, o ponto inicial se desdobrou como uma linha para
baixo em um sinal de Vav, depois em uma segunda linha para formar um plano, o sinal
de Daleth. E, pouco a pouco, o ponto inicial é a origem de todas as letras e escritas. Mas,
além disso, o Yod revela-se em sua escrita explícita "yod-vav-daleth", para nos confirmar
sua implantação progressiva.
O significado da letra Yod é o braço e, por extensão, a mão. As duas mãos juntas
formam um lugar de encontro; ambas as mãos cruzadas, um vínculo de fraternidade; mãos
abertas, a imagem de apoio, de compreensão; A mão é o sinal de ação e reação. A mão
indica, materializa e faz existir um conceito ou uma ideia.
Outro significado desta letra é a mulher, o feminino. Beth é uma preposição que
reconhece tanto a interioridade quanto o acompanhamento. A mulher e a casa sugerem a
doçura de um lar longe das vicissitudes: mas para ir de uma para outra, de “bat”, a mulher,
para “bayt”, a casa, é necessário adicionar a letra Yod, imagem da lei moral, através dos
dez mandamentos. A construção de um interior só pode ser identificada com o feminino
se sua base for a lei moral; então o espírito que reina lá é uma alma superior.
O valor de Beth é dois. Beth é o portal de uma porta. Em aramaico, "bab" com
uma Beth dupla é uma porta dupla: - a primeira letra das Escrituras, esta letra foi escolhida
para criar o universo. As duas primeiras palavras da Bíblia começam com uma Beth: - a
primeira palavra é um recipiente, um interior oferecido, o do começo (bereshit). A
segunda palavra "cria" (bara) onde Beth é filha da unidade, a diferenciação e o
discernimento sendo os prelúdios de toda a criação. Dobrada, a letra Beth é a primeira
manifestação do múltiplo.
No plano divino, Beth é o paradoxo dos paradoxos: o universo tem uma realidade
fora do divino? Se o divino é a unicidade e a totalidade, há um lugar para o homem? Daí
a impressão íntima de ser e de não ser ao mesmo tempo, o sentimento de ida e vinda da
onda existencial. A realidade é dual: - na tradição bíblica, tudo é (ou tem) o seu oposto,
Beth é interior e exterior ao mesmo tempo.
Em hebraico, pai e mãe começam com aleph, filho e filha começam com Beth: -
Beth é, portanto, a segunda geração, aquele que já recebeu o ensinamento de seu mais
velho, Aleph. No entanto Beth também é a casa de estudos, o abrigo da Torá, a nova
geração que também está aprendendo sozinha. O ensino deve sempre ser repetido duas
vezes: - aprender, em aramaico, significa repetir duas vezes.
Quando é dito em 1 Reis 7:14 que Hiram “era cheio de sabedoria, entendimento e
ciência” (retomando as mesmas qualidades que Betsalel havia recebido, o mestre de obras
do primeiro templo nômade sob Moisés), é, também, muito claramente uma junção
semântica das duas colunas com as duas sefirot, a da sabedoria, Chokhmah e a da
inteligência, Binah.
Neste sentido, a Lei e a Justiça podem, naturalmente, ser entendidas como rigor e
misericórdia, o julgamento vermelho e a misericórdia branca, porque o branco e a prata
são as cores tradicionalmente associadas à bondade, o vermelho e o ouro associados ao
julgamento; Yakin, Tzedek e Boaz Mishpat!
O templo maçônico de algumas Lojas e Ritos manteve para suas colunas as cores
de sua correspondência com os pilares da árvore da vida, vermelho e branco.
Boaz traduz a força, mas não a força física, evoca uma força superior, a força
espiritual da consciência da indestrutibilidade do ser real, o Espírito.
Yakin expressa força, estabilidade. Significa que o iniciado passou no estágio das
flutuações humanas e atingiu o estado de Ser no presente eterno.
Dizem que a união das duas colunas gera uma terceira, no meio, que representa,
do ponto de vista esotérico, o homem e a humanidade. A combinação das duas forças
opostas produz o pilar central: - o homem perfeito. Também é dito que o Templo,
localizado entre as duas colunas, seria então Kether, a coroa, o Pai-Mãe.
Embora seja útil considerar as sefirot separadamente, deve-se ter em mente que
elas interagem constantemente. Suas influências estão continuamente entrando na
realidade.
Este fluxo incessante garante a estabilidade da Árvore. Por sua vez, as sefirot
desempenham um papel de emissor e receptor. Assim, Chokhmah é passivo em relação a
Kether e ativo em relação a Binah. Além disso, uma sefira é influenciado pelas sefirot
que estão diretamente relacionadas a ela, mas também com todas aquelas que a precedem.
Kether, traduzido pela coroa, a primeira sefira é assim colocada no cume, no início
da manifestação primordial. Ela Representa de certa forma a cristalização primitiva do
que até então não se manifestava e permanece incognoscível para nós.
Em Kether não existe nenhuma forma, mas, exclusivamente, pura intenção, seja
lá o que do for: - é uma existência latente separada por um grau da origem, do não-ser;
do Ain-Sof. Esta sefira contém tudo o que foi, é, e será ao mesmo tempo. Ela é a única
no processo de se tornar. É com a existência manifestada nos pares de opostos que esta
unidade irá assumir um significado acessível, mas em Kether, ainda, não há diferenciação
alguma. Ela Persiste e em si mesma. Essas diferenciações que a tornam inteligível só
aparecerão quando Chokhmah e Binah, nomes das 2º e 3º sefirot, sejam emanadas.
Assim, Kether é o ser puro, todo poderoso, mas não ativo. Quando uma atividade
emana dela, que chamamos de Chokhmah, é um fluxo descendente de atividade pura, que
é a força dinâmica do Universo e que se estabiliza e toma forma em Binah. A Unidade
Kether é uma mônada que se dá para ser vista em duas Sefirot. Elas formam assim a
Suprema Tríade. A unidade do princípio sob seus dois aspectos diferenciados pode ser
representada por um triângulo: Kether, Chokhmah, Binah. Os Cabalistas nomeiam a
primeira tríade KaHaB, כחב, sigla composta pelos nomes iniciais dessas Sefirot.
O Delta dos nossos templos é um triângulo desse tipo? Sim, diríamos, ainda, que
criamos aqui a tríade suprema, mas também a Mônada Pitagórica. Nosso Delta é a
consubstancialidade do Espírito manifestado (a energia), matéria (a forma) e o universo
seu filho. Ele é colocado no lado dos mundos superiores, isto para nós quer dizer, no
Oriente. Na outra extremidade, no mundo da formação, considerado inferior, porque mais
longe da origem, existe o mesmo simbolismo. Sob uma outra forma, Yakin e Boaz
representam, na fase do mundo da dualidade, os dois aspectos diferenciados, mas
separados da unidade ideal do Delta, que os contém em ideação, onde ainda estão unidos
na perfeição andrógina. Pode-se dizer que, desde o topo do Delta, passando através de
seus pontos baixos, conectados às colunas do Templo, são desenhados os pilares da árvore
da vida, ao mesmo tempo as esferas de luz e os caminhos pelos quais se atualiza a
transcendência.
Por existir "e" na androginia inaugural, a gênese nos oferece, a partir deste "e",
uma categoria de pensamento. O que se propõe, não é que Deus existe ou não existe; é
que é necessário que ali exista "e" para que haja uma relação de natureza, caso contrário
é o caos, o magma. Este "e" nos diz para tornar o masculino e o feminino, o Eu e o você,
o indivíduo e o coletivo harmonizados em uma unidade. É preciso, pois, rigor e
misericórdia. Para que haja um filho ou uma filha, deve haver realmente pai e mãe, ab e
ima, caso contrário, é o magma psíquico e social; sem o “e”, é a desintegração da
sociedade. É a barbaridade do politeísmo que oferece seus monstros que têm por nome
estupro, crime, incesto, eliminação do outro. Quando não há mais a conjunção, mesmo
quando há indiferença, não há realidade, há apenas humanidades não relacionadas com a
natureza Humana. Não há mais a presença da transcendência humana que é a humanidade
na justiça ou na benevolência.
Emfim, Yakin e Boaz que se encontram à entrada do Templo da Sabedoria são o
símbolo do aspecto dual de toda nossa experiência no mundo objetivo ou Reino das
Sensações.
Essas duas Colunas são a imagem exata do Mundo, e é conveniente que este fique
fora do Templo! O Templo é sustentado por Pilares, que se situam no mundo dos
Arquétipos, onde tudo se funde numa Luz cujo brilho é Incorruptível.
4 – CONCLUSÃO
5 – BIBLIOGRAFIA
Bíblia Sagrada. Tradução de Padre Antônio Pereira de Figueiredo. São Paulo: Editora
Paumape Ltda., 1979.
______. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. 2ª ed. São Paulo:
Sociedade Bíblica do Brasil, 1993.
Grande Loja Maçônica do Estado da Paraíba. Ritual do Aprendiz Maçom: Grau 1; Rito
Escocês Antigo e Aceito. João Pessoa, Editora Universitária/UFPB, 1992. 176p.
https://kupdf.com/download/a-doutrina-secreta-vol-2-ndash-simbolismo-arcaico-
universal_58ee6197dc0d609f04da9822_pdf (acessado em 10/06/2017/).
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