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Tradução J. Filardo
O texto conta que havia uma árvore de vida onde os nossos primeiros antepassados se
tornaram humanos. Tornando-se demasiado humanos e muito gananciosos, eles tiveram
que deixar o que parecia ser um paraíso; e devia ser o final de março, quando eles foram
expulsos. Guardas sem carne foram contratados para negar-lhes acesso; vamos chamá-los
Gabriel e Rafael. Depois de uma investigação, descobrimos essas duas personagens,
escondidas sob o nome de Yakin e Boaz [i] as duas colunas na entrada de um edifício, o
Templo de Salomão, um outro tipo de paraíso, mais conhecido sob o nome de “pardes”,
ou jardim. Ali, os sábios em misticismo consideraram por meio de elaborações espirituais
que se poderia conceituar que havia ali uma outra árvore da vida, a árvore das Sephiroth.
Posando como uma constante fundamental, tanto em rituais quanto em lojas, embora
muitas vezes tratados em papelão, Yakin e Boaz nos interrogam sobre a sua relação com
essa metáfora de árvore. Justificadamente, temos o direito de buscar sua conivência
especulativa, porque a famosa árvore da Cabala, a árvore das Sephiroth, se apresenta, de
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fato, também sob a forma de pilares de onde a comparação com nossas duas colunas,
aliás nossos dois pilares, pode parecer evidente para muitos. Por contágio semântico que
representa cada um desses dois lados?
– Assim que se introduz qualquer oposição, tanto espacial quanto qualitativa, podemos
também considerar a dualidade assim aparente, como uma demonstração de Relações
dos princípios arquetípicos do masculino e feminino.
Os textos não dizem que eles são simétricos nem semelhantes. Uma das colunas é
descrita pela sua altura, a outra pelo seu diâmetro [iii]. Seria um erro de interpretação
que as tornam iguais. Estabelece-se assim uma correspondência, uma alteridade sem
identificação, daquela que é alta daquela que é larga. Isso é afirmar a diferença, manter e
deixar livre a dimensão da estranheza e do outro lugar.
Isto significa que o outro não é sempre o mesmo. O outro só é então oposto a seu outro;
Boaz e Yakin se contemplam. J.’. e B.’., 10 e 2, em valor gemátrico, onde temos germe e
matriz [iv]escolhidos e nomeados obviamente, com uma intenção hermenêutica.
Em todas as tradições antigas, o cilindro delgado é uma representação fálica; assim como
a romã está associada ao ovário gerador. A associação desses dois símbolos não poderia
ser mais explícita para as Colunas que evocariam, evidentemente, um simbolismo sexual
de geração e fecundação.
Da luz original que encheria uniformemente e sem diferença de grau antes do tsimtsum
(o recuo divino que permite preencher o Aïn sof), surge uma luz que emana no vazio
deixado pelo tsimtsum. Esta luz que emana contém todas as Sefiroth e se divide em dois
raios, um interior, a alma, e outro o mundo da separação. Todas as Sephiroth emitem e
recebem luz, mas esta luz pode ser mais ou menos intensa. Diz-se que a emissão de luz é
de natureza masculina, enquanto a recepção é de natureza feminina. Cada uma das 10
Sephirotes recebe o influxo que lhe chega a partir do Ain Sof e se derrama, por sua vez.
Podemos então nos perguntar: como é que algumas Sephiroths são chamadas machos e
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outras fêmeas, embora todas sejam andróginas? Geralmente, as Sefiroths machos são
energias expansivas e criativas, e as Sefiroths fêmeas são restrições e estabilizações dessas
forças.
A letra Yod inicial de Yakin décima Letra-Força alfabeto hebraico sagrado representa
um retorno à Unidade; é uma espécie de Aleph אinternalizada. A fonte de Vida
representado pela letra Aleph, que é a semente de todas as coisas, torna-se Yod uma
Força Motriz que estimula a partir de dentro, e que dá a possibilidade de criar. O Yod
estabelece a base racional para compreender a mecânica da obra. Yod é um elemento
Air criativo e transformador. No mundo material ele representa a fase em que as
sementes de Pensamento, transportadas pelo Ar, são aspiradas e incorporadas ao
organismo.
De acordo com a Cabala, a letra Yod é um sinal que tem duas determinações: uma é
formada e revelada, o signo Yod desenhado (o desenho original do signo é um braço
estendido, transformado em um ponto, a direção é uma mão fechada em um punho); o
outro não é formado nem revelado, o ponto conceitual propriamente dito. Estes dois
aspectos da letra Yod são também chamados “desbloqueado ou implantado” ou real e
“bloqueado ou não implantado, conteúdo”, ou irreal.
Segundo a tradição, o ponto inicial é implantado como uma linha para baixo, num signo
Vav, em seguida, em uma segunda linha para formar um plano, o sinal Daleth. E de fio
em agulha, o ponto inicial é a origem de todas as letras e da escrita.
Mas, por outro lado, o Yod se revela em sua escrita explícita “yod-vav-daleth” para nos
confirmar sua implantação progressiva.
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O significado da letra Yod é o braço e, por extensão, a mão. As duas mãos entrelaçadas
formam um local de encontro; ambas as mãos cerradas, um vínculo de fraternidade; as
mãos abertas, a imagem de um apoio, de uma compreensão; a mão é um sinal da ação e
da reação. A mão indica, materializa e faz existir um conceito ou ideia.
O valor da letra Yod é dez, volta à unidade através da dualidade e multiplicidade. Há dez
palavras criativas do mundo e dez mandamentos para mantê-lo.
Outro significado desta letra é a mulher, o feminino. Beth é uma preposição que denota
tanto a interioridade quanto o acompanhamento. Mulher e casa sugerem a suavidade de
um lar ao abrigo das vicissitudes, mas para passar de uma ao outro, de “bat”, a mulher
para “beyt”, a casa, é preciso adicionar a letra Yod, imagem da lei moral, através dos dez
mandamentos (veja Yod, acima). A construção de um interior não pode se identificar com
o feminino cujo fundamento é a lei moral; então, o espírito que prevalece é uma alma
superior.
O valor de Beth é dois. Beth é o batente de uma porta. Em aramaico, “bab” com um
duplo Beth é uma porta dupla: a primeira letra das Escrituras, esta letra foi escolhida
para criar o universo. As duas primeiras palavras da Bíblia começam com um Beth: a
primeira palavra é um recipiente, interior oferecido, o de um Começo (bereshit). A
segunda palavra “criada” (bara), onde Beth é a filha da unidade, a diferenciação e o
discernimento sendo o prelúdio de toda a criação. Dupla, a letra Beth é a primeira
manifestação do múltiplo.
No plano divino, Beth é o paradoxo de paradoxos: o universo tem uma realidade fora do
divino? Se o divino é a singularidade e a totalidade, existe um lugar para o homem? Daí
a impressão íntima de ser e não ser ao mesmo tempo, o sentimento que vai vem da onda
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existencial. A realidade é dual: na tradição bíblica, cada coisa é (ou tem) seu oposto, Beth
é tanto interior quanto exterior.
Em hebraico, pai e mãe começam com aleph, filho e filha começam por Beth: Beth é assim
a segunda geração, aquela que já recebeu o ensinamento de seu mais velho, Aleph. No
entanto Beth é também a casa do estudo, o abrigo da Torah, a nova geração também
aprende por ela mesma. O ensino deve ser sempre repetido duas vezes: aprender em
aramaico é repetir duas vezes.
As cores que são visíveis ao olho, ou que são representados em espírito, podem ter um
efeito sobre o espiritual, embora as próprias cores sejam físicas “(Moses Cordovero,
Pardes Rimonim “porta de cores”). Yakin está, portanto, associado à sephira da sabedoria
Chokma [vii]e Boaz, com a da inteligência, Binah [viii].
Quando se diz, I Reis 7, 14, que Hiram estava “cheio de sabedoria, de inteligência e de
saber [ix]“(tomando também essas mesmas qualidades que tinha recebido Bezalel [x] o
mestre de obras do primeiro templo nômade sob Moisés), é, também, tornado muito
claramente uma junção semântica das duas colunas com os dois Sephiroths, o a
sabedoria, Chokma, e o da inteligência, Binah (também chamado Tébouna).
Sabemos que, para os hebreus, a Lei (aquela das tábuas de mesmo nome) e a justiça, a
equidade em sua aplicação (que pode ser encontrado sob os nomes de mishpat e tsedeq)
foram fundadoras da governança desse povo e das relações entre eles. “Ai daquele que
constrói sua casa pela injustiça, e seus aposentos pela iniquidade [xi]!”.
Neste sentido, Lei e justiça poderiam naturalmente ser entendidos como rigor e
misericórdia. O julgamento vermelho e a misericórdia branca, porque o branco e o prata
são as cores tradicionalmente associadas à gentileza; o vermelho e o ouro associados ao
julgamento; Yakin. tsedeq e Boaz mishpat!
Entretanto, note-se: em alquimia, as cores não são as mesmas. Yakin, porque é a energia
criativa masculina, a força expansiva que parte do centro de todo o ser, o enxofre que
representa o coagula, o Fixo, isto é, o estado condensado e corpuscular da matéria, sua cor
é o vermelho.
O templo maçônico escolheu para suas colunas a cor de sua correspondência com os
pilares da árvore da vida, o vermelho e o branco.
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Boaz traduz a força, mas não a força física, ela evoca uma força superior, a força
espiritual da consciência da indestrutibilidade do ser real, o Espírito.
Yakin expressa a solidez, a estabilidade; ela significa que o iniciado passou a fase de
flutuações humanas e alcançou o estado de Ser parado no eterno presente.
Diz-se que a união das duas colunas gera uma terceira, no meio, que representa de um
ponto de vista esotérico, homem e a humanidade. A combinação das duas forças opostas
produz o pilar central: o homem perfeito. Diz-se também que o Templo, localizado entre
as duas colunas seria então Kether, a coroa, o Pai-Mãe.
As duas colunas trazem em seus significados toda árvore sefirótica. A sabedoria é uma
árvore da vida para aqueles que a abraçam aqueles que se apoiam nela estão em
marcha [xii].
Chokhmah e Binah, Yakin e Boaz, como acabamos de ver são associados à Sabedoria e
Inteligência; necessário é agora compreender o alcance da associação Sabedoria-
Inteligência.
Embora seja útil considerar as sephiroths separadamente, é preciso ter em mente que eles
estão constantemente interagindo. Suas influências se derramam continuamente na
realidade.
Este fluxo constante garante a estabilidade da Árvore. Por sua vez, as Sephiroths
desempenham um papel de emissor e de receptor. Assim Chokhmah é passiva em
relação a Kether e ativa em relação a Binah. Além disso, uma sephira é influenciada pelas
Sephiroths que estão diretamente ligadas a ela, mas também de todas aquelas que a
precedem.
A primeira sephira, esfera de manifestação, é colocada mais alto do que as outras no pilar
do meio. Ela se une com a segunda sephira do pilar à direita e ela própria se une sobre o
mesmo plano à terceira Sephirah no pilar esquerdo formando assim um triângulo, dito
triângulo supremo. Esta triangulação surgida do nada, da origem, é muito especial. É o
começo. É como uma frase ou ideia em germe, mas que só encontrará a realização, em
uma fase posterior: uma ideação do universo.
Kether, se traduz por coroa, a primeira Sephirah é colocada, assim, no cume, no início da
manifestação primordial. Ela representa um tipo de cristalização primitiva daquilo que
até agora não foi manifestado e permanece incognoscível por nós.
Não existe em Kether nenhuma forma mais exclusivamente da intenção pura, que ela
pudesse ser: é uma existência latente separada por um grau da origem, do não-ser; do
Aïn-sof. Esta sephira contém tudo o que foi, é, e será, ao mesmo tempo. Ela é o que está
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se tornando. É com a existência manifestada nos pares de opostos que esta unidade terá
um sentido acessível, mas em Kether ainda não há diferenciação alguma. Ela permanece
ela mesma nela mesma. Essas diferenciações no-la fazem parecer inteligível somente
quando Chochmah e Binah, nomes da 2ª e 3ª Sephiroth, terão sido emanados.
Kether é a mônada existente sem atributos perceptíveis, mas apesar de tudo contendo-os
todos. Por isso, ela contém as potencialidades de todas as coisas. Não podemos definir
Kether, só podemos nos referir a ela. A experiência espiritual atribuída a Kether é chamada
União com Deus: objetivo e fim de toda a experiência mística ou alquímica. Não é
surpreendente localizar aqui como virtude, aquela da realização, da conclusão da grande
obra alquímica, o retorno final. O ponto porque ele não tem dimensão é naturalmente
associado a ela como um símbolo referente. Mas encontraremos outros títulos para ela,
tais como Existência das existências, o ponto primordial, o ponto no círculo, o
macroprosopo inicial, a luz interna, Ele, a cabeça branca e seu arcanjo é Metatron.
Assim, Kether é o ser puro, todo-poderoso, mas não ativo. Quando uma atividade dela
emana, o que chamamos Chochmah é um fluxo descendente de atividade pura, que é a
força dinâmica do universo e que se estabiliza em Binah. Ele então toma forma em Binah.
A Unidade de Kether é uma mônada dando a si mesmo a ver em duas Sephiroths. Elas
formam assim a tríade Suprema. A unidade do início, em seus dois aspectos
diferenciados pode ser representada por um triângulo: Kether, Chokmah, Binah. Os
cabalistas chamam a primeira tríade KaHaB כחב, sigla composta pelos nomes originais
dessas Sephiroths.
O Delta de nossos templos é um triângulo deste tipo? Sim, nós ainda diríamos que
fixamos aqui a tríade suprema, mas é também a mônada pitagórica. Nosso Delta é a
consubstancialidade do Espírito manifestado (a energia), a matéria (a forma) e do
universo seu filho. Ele é colocado no lado dos mundos superiores, quer dizer para nós no
oriente. No outro extremo, no mundo da formação, considerado inferior porque mais
distante da origem, temos o mesmo simbolismo. Sob uma outra forma, J\ e B\
representam, na fase do mundo da dualidade, os dois aspectos diferenciados, mas
separados da unidade ideal do Delta que os contém em ideação onde eles se ainda se
encontram reunidos na perfeição andrógina. Pode-se dizer que a partir do topo do Delta
passando pelos seus pontos baixos, ligado às colunas do Templo são traçados os pilares
da árvore da vida, ao mesmo tempo as esferas de luz e os caminhos pelos quais se
atualiza a transcendência.
Porque existe “e” na androginia inaugural, a gênese nos propõe, a partir deste “e”, uma
categoria de pensamento. O que se propõe, não é que Deus existe ou não; é que é preciso
que ali exista “e” para que exista relacionamento de natureza, caso contrário é o caos, o
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magma. Este “e” nos diz para tornar o masculino e o feminino, o Eu e o Você, o
individual e o coletivo harmonizados em uma unidade. É preciso rigor e misericórdia.
Para que haja o filho ou a filha é preciso haver realmente pai e mãe, ab e ima, caso
contrário é o magma psíquico, social, sem o “e” é a desintegração da sociedade. É a
barbárie do politeísmo que oferece seus monstros que tem por nome estupro, crime,
incesto, eliminação do outro. Quando não há mais conjunção, mesmo quando há
indiferença, não há realidade, existem apenas humanidades sem relacionamento de
natureza Humana. Não há mais a presença da transcendência humana que é a
humanidade na justiça ou a benevolência.
Kether: Coroa
A primeira Sephira começa a Árvore e não tem começo. Ela encarna a própria centelha
divina. Esta “encarnação” é desprovida de forma, mesmo mental e só pode ser
entendida, de acordo com a Cabala, tornando-se um com ela, tornando-se deus. A
máxima “Ninguém pode contemplar o rosto de Deus e continuar a viver” parece aplicar-
se particularmente a Kether.
Nas tradições e religiões, ela representa o Deus Supremo, o Pai hermafrodita, o Criador.
Em um sistema de pensamento, ela pode ser comparada à premissa, o conceito-chave que
não tem antecedente e que permite ao sistema se implantar.
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Chochmah: Sabedoria
a linha reta, o lado esquerdo do rosto, o falo, a pedra de pé, a torre, o bastão de poder,
um rosto barbado
Binah: Compreensão
a mãe sombria, a mãe estéril, a mãe luminosa, a mãe fértil, trono, o grande mar, o
reservatório
Binah é Compreensão, o que já induz uma certa dualidade: entendemos algo (que nos era
estranho), desde que se seja sábio (síntese, união).
o corte, o lado direito do rosto, a Vesica Pisces, a vulva, o cálice, uma mulher madura
Chesed: Misericórdia
Geburah: Severidade
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Tiphereth: Beleza
A sexta Sephira é inteligência mediadora e união das influências. Ela é beleza, harmonia
de formas e de ideias. É um ponto de equilíbrio, mas também uma encruzilhada: o lugar
onde a transmutação das energias é possível. Nesse sentido, ela é associada ao sacrifício
(desistir a um bem para alcançar um estado de consciência maior).
O sol que se consome permanentemente para brilhar é o símbolo usado para designar
Tiphereth.
o cubo, o peito, o coração, a cruz do calvário, a rosa-cruz, a pirâmide truncada, o sol, uma
criança, um deus sacrificado
Netza’h: Vitória
A sétima Sephira é inteligência oculta, união do intelecto e da fé. Netza’h está associada à
beleza em todas as suas formas. Netza’h é ímpeto místico, confiança e entusiasmo.
Ela é a esfera das emoções, dos sentimentos e, mais geralmente dos ímpetos, das
tentativas de compreensão imediata. As andanças de Netza’h então se tornam
relâmpagos ou projeções (no sentido de Jung: nós atribuímos cegamente ao ser amado as
qualidades que esperamos nele encontrar).
Netza’h é vitória porque ela é meta alcançada, adequação. Ela nutre as tentativas de
entendimento em que tentamos entrar em ressonância com o objeto que buscamos
entender.
os rins, as ancas, as pernas (em movimento), a lâmpada, a cintura, a rosa, uma mulher
nua
Hod: Glória
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Hod é o receptáculo dos conhecimentos fixado (os livros), na medida em que ela é a
guardiã dos segredos, do conhecimento e da memória do mundo.
Yessod: fundamento
A nona Sephira é inteligência purificadora. Ela projeta o molde das formas, as esculpe, e
garante a sua integridade. Ela molda o rio da vida resultante de Netza’h em estruturas
complexas desenvolvidas por Hod. Ele seleciona as imagens resultantes da união desses
dois princípios para manter apenas os esboços puros e equilibrados. Estas imagens, esses
planos, essas arquiteturas se tornarão matéria em Malkuth.
Assim Yesod é a base de toda coisa encarnada. Enquanto união de dois princípios, ela é
prazer e gozo. A lua, que regula os ciclos menstruais nas mulheres, está intimamente
ligada à Yesod.
Malkuth: Reino
o círculo, os pés, o ânus, o altar do cubo duplo, o diadema, a cruz de braços iguais, uma
jovem coroada sentada em seu trono.
NOTAS
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Gabriel גבריאלRapha +el ראפאאל: em valor total depois reduzido (aparição, dissimulação) =
73+412+510+20+11+74 = 1180 e 510+111+81+111+111+ 74 = 998, ou seja 1180 + 998 = 3178,
em valor reduzido = 9
Yakin e Boaz são semelhantes a Gabriel e Rafael. Eles marcam a entrada do paraíso
espiritual, o pardes. Diz-se que somente no templo se poderia realizar a elevação
espiritual através dos 4 níveis de estudo do Pardes, domínio reservado do Conhecimento
esotérico da Torá.
2- Remez: Alusão, “Insinuação”. Este é o mais alto nível do estudo, de onde a raiz ram
que significa ‘elevado’.
4 – Sod: Segredo. Este é o nível esotérico relativo à teosofia, a metafísica e a revelação das
coisas sobrenaturais, secretas e misteriosas.
O Pardes é uma referência aos quatro níveis de compreensão da Torá e os quatro ramos
de ensino da Torah: Mikrah (versículos) (ensinamentos jurídicos) Talmud (ensinamentos
desenvolvidos da Mishná) e Cabala (explicação esotérica da Torá).
[iii] I Reis 7, 15. Ele moldou os dois pilares de cobre, um dos quais tinha dezoito cúbitos
de altura, e uma linha de doze cúbitos media em torno do outro.
[iv] O “Iod” inicial de Yakin representa a masculinidade por excelência. Beth, inicial de
Boaz, é considerada essencialmente feminina porque o nome desta letra significa lar, daí
a ideia de recipiente, de caverna, de útero.
[v] Glossário teosófico Por Helena Blavatsky. Obra teosófica publicada por Edições Adyar;
[vi] Sobre o simbolismo da cor, nós mantemos esta passagem de Gikatila: o Branco é a
substância da Chochmá, que é Misericórdia ao lado da Brancura, e uma parte de Din e de
aniquilação do lado de Binah vermelha. Ao contrário, sobre Binah, o segredo da volta, sua
substância é vermelha, e o branco é auxiliar para ela. Esta é a razão pela qual, a partir de Chochmá,
o atributo Rah’amim (Misericórdia) se derrama do lado direito, que é Abraão“. (Segredo da cor de
Gikatila).
[vii] Chochmah.חכמה
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A tradição qualifica assim Chochmá no texto dos Trinta e Dois Caminhos da Sabedoria:
“O segundo caminho é o da inteligência Iluminadora: é a Coroa da Criação, o Esplendor da
Unidade, igualando este aqui, e ela é exaltada acima de cada cabeça, e os cabalistas a chamam de
Segunda Glória“.
Este texto nos mostra claramente que o poder jorrando de Kether (Coroa Suprema) em
ação positiva é recebido por Chochmá que o transmite em Ação Positiva dinâmica à
Criação. Eis porque Chochmah é chamada a Segunda Glória. Porque dela mesma nada se
faz, ele somente agem com Kether onde ela redistribui a Luz às outras Sephiroths.
Enquanto Kether é a Vontade Divina, o “eu”, Ani אניda Criação, este deve ainda ser
realizado o “Eu” deve se tornar um “Eu sou”, Ehyeh אהוהe isso é realizado em
Chochmah.
Ali se diz que não se lê “Chochmá”, Sabedoria, mas “Rosh Mah”, “Cabeça de quem”, este
Quem, este Mah מהé o mundo Inferior. Assim, a Sabedoria é o princípio do nosso
mundo, a linha que deve ser diretora “. O que responde um pouco ao: ” Que significa ”
sabedoria ” ( ?)חכמהEsperar (‘hakeh – )חכalguma coisa (mah – ( ” )מהO Shekel do Santuário
Moisés de Leon).
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Para entender bem o lugar da Chochmah no ciclo de Emanações divinas, é útil citar aqui
o versículo 54 do Sefer ha-Bahir: “Isso se compara a um rei que tinha uma filha boa, agradável,
bonita, perfeita. Ele a casou com um príncipe, a vestiu ricamente com ornamentos e coroa. Deu-lhe
um grande dote. Pode o rei agora viver fora de sua casa? Você disse: Não. Pode ele ficar o dia todo
com ela? Você disse: Não. O que ele fez? Ele colocou uma janela entre ele e ela, e cada vez que a
garota precisa de seu pai ou o pai de sua filha, eles se comunicam através desta janela …“.
Estas personificações: pai, mãe, filha são representativas da doutrina do Zohar, porque,
tradicionalmente, cada Sephira designa assim uma “pessoa” divina: Chochmah é Abba
אב, o Pai. O nível da alma correspondente situa-se no mundo de Atsilouth e se chama
Hayah, a vitalidade. Chochmah enquanto imagem do “Pai” divino é o Pai de todos, o Pai
Supremo, a força viril e masculina. E Chochmah é o Pai de todos os existentes como se
diz: “Que tuas obras são grandes, ó יהוהtu as fizestes todas com sabedoria“(Salmos 104, 24).
Os nomes de Chochmah.
Nomes divinos de duas letras Yah ()יה, El ( ;)אלNome de quatro letras YHWH ()יהוה.
Aqui é instrutivo refletir sobre esta transformação do Nome divino em Kether, que é
Ehyeh ( )אהוהem nome Divino יהוהo Tetragrama em Chochmah. A passagem de Aleph 1 ,א,
Yod 10י. A passagem do mundo arquetípico para o mundo da Formação.
A Kabbalah também chama assim a Chochmá: “Moh’a” מח, o cérebro, porque o cérebro é
um reflexo da Sabedoria. Com efeito, o cérebro é um receptáculo que se preenche, como a
Chokhmah, de Luz do intelecto superior, enquanto beneficia o mundo inferior. O cérebro
é uma potencialidade que pode ou não ser usada. Este desenvolvimento deve,
naturalmente, ter lugar no trabalho e esforço, a fim de realizar o potencial. E Virya nos
diz sobre isso: O desenvolvimento da esfera espiritual que é a Chochmah é conseguido através de
esforço; na mística essa vontade é chamada de “Hishtadlouth”. Este termo vem da raiz “shidél”
cujo significado é “exortar”, “encorajar”. Permutando-os, a palavra se torna “Lishé”, “revigorar”,
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Yesh – ;ישRatson – ;חצוןYod rishonah shel Shem (Premier point du Nom) -;יוד ראשונה של שם
Aba – ;אבאEden – עדן.
“O que Binah? Binah é produzido pela união de Yod יe de He ה, como seu nome ‘indica (Ben Yah
בן יהFilho de Deus); é a perfeição de tudo” (Zohar: Idra Zouta Kadischa). Seu outro nome é
Tébouna( )תבונהque se traduz como “Prudência”. A qualidade atribuída a Binah é o
Silêncio. O silêncio segue a Sabedoria e se nutre dela! Silêncio – חשה, Hassah em
hebraico- onde tudo é elaborado. O Silêncio e a Sabedoria que são mãe da inteligência, a
inteligência que é o nome de Binah. A raiz “Bene” ביןem hebraico significa
“compreender”, “discernir” e בינהsignifica “compreensão”, “discernimento”. Esta
Sephira é assim chamada porque ela é uma expansão do Pensamento. “Agora, graças à
continuação da implantação, o praticante chega a discernir uma determinada coisa ou ter alguma
compreensão do oculto e dissimulado, o que ele não tinha nem suspeitado, nem discernido antes,
porque ele não se ocupava do que está oculto“(Haguiga 13a).
Binah é o poder feminino arquetípico: “No princípio feminino estão ligados todas as criaturas
aqui abaixo. É dele que eles derivam sua alimentação e seu saber“(Zohar). Enquanto poder
feminino, Binah é a matriz da vida e nela a Kabbalah e a teoria dos Parzufim, distinguem
dois aspectos: ama ()אמא, A mãe sombria estéril; aima ()אימא, a mãe fértil radiante. – Binah
é Imma, A mãe. aima dá vida; sua ação faz com que a força originária de Chochmah (que
está nos Parzufim, Aba אבאo Pai) não se perde, mas pode cumprir seu caminho
harmoniosamente na Manifestação, a inteligência sendo a manifestação da sabedoria,
como se diz sobre ele: “O princípio da Sabedoria é adquirir a sabedoria (Chokmah) e com
todos esses bens adquirir o a inteligência (Binah)” (Provérbios 4: 7).
Se Chochmah, raiz do Fogo é o princípio masculino, ativo, o Pai Supremo, Binah, quanto
a ela, raiz da Água é o princípio feminino, passivo, a Mãe Suprema. Da união do Pai e da
Mãe nascem as Sephiroths inferiores.
Em nível de Gematria, temos: 67 (beth, 2 + Jod, 10 + noun, 50+ he, 5): 13 por redução. Ora,
13 é a numeração de Échad, Un, אחד. Por ali vemos assim que, embora começando por
Beth que é a letra da Criação e, portanto, da divisão, Binah contém, em seu nome, a
Unidade divina intrínseca.
Binah também é chamada Marah, מרה, o grande Mar (Note-se que = מרהAmargura). Aqui
encontramos as grandes Águas matriciais pelo Mem מ, inicial de Mayim, as águas.
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04/01/24, 21:17 Yakin e Boaz – Luzes na Árvore da Vida – Bibliot3ca FERNANDO PESSOA
Binah é ainda Khorsia, o Trono, a sede do poder divino. É o trono onde Malkuth, a Noiva
do Microprosopo, é chamada a se sentar. Esta Sephira é intitulada “A roupagem exterior
da dissimulação.” É ela que recobre Chochmah, a roupagem Interior da glória, como a
substância contém a energia, então formulada. Esta imagem nos inspira a ir ao coração
das coisas, a ignorar a aparência exterior.
A Palmeira de Débora diz de Binah: “Como o homem pode se acostumar com à medida do
Discernimento (Binah)? Trata-se de retornar pelo arrependimento (teshuvá), nada é mais
importante porque este repara todo dano ” (p. 88). Segundo Cordovero (ou Yaqar), aquele que
medita sobre o arrependimento leva e recebe o Discernimento.
[x] Êxodo 31.3: Sobre Bezalel, “Eu [Deus] o enchi com o espírito de Elohim em sabedoria,
em inteligência e em saber”ּוְב ַד ַע ת ּוִב ְת בּוָנה ְּב ָח ְכ ָמ ה,
[xii] Provérbios 3, 13 e 18. Feliz o homem que atingiu a sabedoria, o mortal que
implementa a razão … Ela é uma árvore de vida para aqueles que se tornam mestres
dela: ligar-se a ela é garantir a felicidade.
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