Você está na página 1de 4

Scott McCloud. Reinventando os quadrinhos. M Books: São Paulo, 2006.

INTRODUÇÃO – As doze revoluções

9-10, Período de 1984 a 94 como de intensa reinvenção nos quadrinhos; depois segue-se um declínio.

10-11-12, Algumas metas de quadrinistas tiveram um progresso genuíno durante o período 1984-94:
quadrinhos como literatura; como arte; inovação mercadológica; percepção pública; diversidade de
gêneros; etc. Foi também um período de grande profundidade e complexidade formal nos quadrinhos.

15, 16, 17, Pioneiros dos quadrinhos desde o início das tias de jornal.

18, Essas revoluções dos quadrinhos sempre ocorreram quando um ou outro artista produzia algo
diferente.

19-20, Os quadrinhos devem figurar ao lado de outras formas de expressão, mesmo que não sejam tão
populares como elas. Como outras formas minoritárias, eles são vitais para diversificar a percepção.
Para que eles tenham um maior papel, é fundamental que tratem de assuntos diversos, assim a inovação
seria recompensada.

21-22-23-24, A primeira metade do livro dará conta das nove revoluções mencionadas anteriormente,
que tiveram avanço nas décadas de 80-90. A segunda parte será a respeito de três novas revoluções
envolvendo computadores. Juntas, essas doze revoluções configuram diversos caminhos em que os
quadrinhos podem avançar.

PARTE 1 – MOINHOS DE VENTO E GIGANTES

Definindo a rota – uma arte “baixa” ganha a auto-estrada

26-27, No início os quadrinhos eram vistos somente como forma de entretenimento, até mesmo pelos
próprios quadrinistas. Will Eisner foi um dos primeiros que passou a considerá-los como arte.

28-29, Eisner cria o termo “graphic novel” para sua obra A contract with God (1978), inovando o
modo de expressão dos quadrinhos. Alan Moore e Frank Miller veem um território fértil no novo
formato. Art Spilgmen elevou o padrão com Maus: A história de um sobrevivente.

33-34, Propriedade exclusiva dos quadrinhos, a junção entre texto e imagem com o intuíto de passar
uma mensagem que não poderia ser passada de outra forma – as gerações seguintes vêm se dando conta
dessa técnica. Profundidade narrativa alcançada por meio dessa técnicas, como metáforas visuais.

35-36-37, Realismo nos quadrinhos: o que mais vale é um realismo na prosa e não visual. Houve um
certo avanço quanto ao início dos quadrinhos, em que muitas escolhas da prosa eram feitas
exclusivamente para manter o enredo andando, mas ainda há muito a ser feito.

38, A dimensão política, considerada atributo de uma literatura séria, é adotada por alguns quadrinistas
em suas obras.
39, O emocional nos quadrinhos: apesar de ser um tópico subjetivo, pode-se dizer que o contato entre o
criador e o leitor é mais íntimo do que no cinema ou prosa, uma vez que não há uma mediação de
narração entre as imagens estéticas e simbólicas e o público.

40-41, Autobiografia e não-ficção nos quadrinhos.

42-43-44, A questão entre arte e palavras nos quadrinhos pode ser vista mais como uma questão de
conteúdo e forma: conforme o contexto em que é algo é posto ou sua forma, ele é considerado arte, sem
que ao menos se veja seu conteúdo.

46-47-48, Definição de arte de McCloud, tudo aquilo que o ser humano faz que não tenha como
objetivo seus dois instintos primordais, sobreviver e reproduzir-se. Se a única resposta honesta para o
porquê de alguém fazer algo for “pela obra”, trata-se de um artista. No entanto, pessoas assim são raras
ao que McCloud propõe que “o artista pode esperar o sucesso, mas sem alterar seu trabalho para obtê-
lo.”

51-52, Quadrinhos como arte: as fronteiras são arbitrárias e esse campo ainda não foi completamente
explorado.

Negativolândia: o negócio dos quadrinhos

56-57-58, O mercado dos quadrinhos, como as pessoas entram nele, e as injustiças feitas contra os
artistas pelas editoras → expremiam-se os talentos.

59-60, As duas grandes editoras que reinavam, Marvel e DC, e as editoras independentes que davam
melhores condições para os artistas → por meio de publicação autônoma.

63, Apesar de muitos artistas terem lutado por seus direitos e criado suas próprias editoras, alguns
continuaram fazendo o mesmo estilo de quadrinhos das editoras de onde vieram → os caminhos dos
quadrinhos no início dos anos 90 se contradiziam.

65-66, Os quadrinhos não nasceram nos EUA, apesar de que ali eles tiveram grande popularidade.
Ainda assim, há grandes obras europeias e japonesas, onde essa arte se originou, que muitas vezes
superaram as produzidas na América do Norte. Nos EUA, os quadrinhos nasceram dentro da indústria
do jornal, onde tinham um lugar considerado menor. Anos depois surgiram os quadrinhos na sua mídia
própria, as revistas, e muitos outros anos depois surgiram as lojas exclusivas de quadrinhos – ainda
assim, as conquistas não foram permanentes.

68, Conforme o processo de criação do artista de quadrinhos se desenvolve, ele tem de fazer algumas
concessões para se adequar ao sistema. Complexidade da produção, modificação do original,
modificação de lucros, mudanças criativas exigidas.

70-71-72-73-75, O sistema dos quadrinhos foi se complexificando, e o contato entre artista e leitor se
distanciando: artista → editora → gráfica → distribuidora → loja de quadrinhos → leitor. Muitas vezes
o sistema não dá certo, e o leitor fica insatisfeito com o produto; uma das razões fundamentais para isso
são os aspectos financeiros envolvidos. Cada um das partes envolvidas tem motivações diferentes, que
incluem agradar não ao leitor final, mas ao segmento seguinte na cadeia do negócio. Assim, a industria
presume que está tudo dando certo sem se dar ao trabalho de verificar se realmente está.
76-77-78-79, A indústria precisa constantemente se reinventar para que não haja desigualdade de
concorrência e o sistema funcione para todas as partes. É preciso se considerar a vontade de criadores e
leitores.

Normas da comunidade: uma visão de fora

81-82-83, A opinião pública importa e influencia a industria dos quadrinhos. Houve uma grande
impressão de que as graphic novels fossem exageradas com violência e sexualidade, assim como por
muito tempo se referiam a balões de efeitos sonoros para se referir aos quadrinhos em geral. Da mesma
forma, ao se espalhar que os quadrinhos “já não são para crianças”, se entendia que eles eram um
perigo para as crianças.

84, O leitor tem que superar três barreiras para chegar a obra dos artista: a ignorância da mídia sobre o
assunto, o ponto de vista do revendedor, e, finalmente, as próprias páginas da revista.

86-87-88-89, Censura aos quadrinhos e a aprovação do código que restringia os temas a serem tratados
– um profundo baque para a indústria. Tudo isso ajudou a perpretuar a já presente ideia de que
quadrinhos são apenas destinados para crianças. Enquanto a comunidade em geral pensar que
quadrinhos são para crianças, alegações contra a obcenidade – ou outros aspectos – sempre existirão.

92-93-94, A academia serve de meio de valorização dos quadrinhos, tanto no estudo da forma para a
formação de artistas, como no estudo dos quadrinhos como um fim em si mesmo.

O grande mundo: a batalha pela diversidade

96, A diversidade está inserida em três das doze revoluções: equilibrio de sexo, representação das
minorias, e diversidade de gêneros.

97-98, Nos EUA, a média de leitores ativos de quadrinhos está abaixo de 500 mil pessoas, ou seja, uma
em cada mil pessoas lê quadrinhos. Por isso, os quadrinhos precisam apresentar um conjunto
diversificado para uma variedade maior de público, mais isso precisa ser feito por vários elementos da
indústria.

100-101, Desequilíbrio de sexos na criação de quadrinhos. Na década de 70, o público nem imaginava
que havia mulheres produzindo quadrinhos, e mesmo os poucos voltados para o público feminino eram
feitos por homens. Ainda assim, houve uma importante produção feminina que foi aumentando durante
os anos.

105, Representação das minorias: tem uma magnitude maior que questões de gênero, já que há pessoas
que raramente se relacionam no dia-a-dia com uma minoria. É importante que membros das minorias
produzam quadrinhos, principalmente no que diz respeito as suas condições específicas, que eles sem
dúvida terão mais facilidade em retratar.

107-108, A representação multicultural nos quadrinhos dos EUA começou nos meados da década de 70,
primeiramente ainda presa a modelos padrões pelas grandes empresas, passando para trabalhos mais
densos de editoras independentes.
111-112-113, Diversidade de gêneros de quadrinhos: o mais popular é o de revistas de super-heróis. A
presença de gêneros menores e seu mercado.

Resto do capítulo, O porquê de a diversidade ser importante e a tendência do mercado.

PARTE 2 – PEGANDO UMA ONDA

O segredo das ferramentas: algumas ideais sobre os computadores

Cruzando a porta: a produção digital

A economia sem atrito: a difusão digital

A tela infinita: quadrinhos digitais

Você também pode gostar