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Docente: Kelsom Chavonga, MSc.

Instituto Superior Politécnico Lusíada de Benguela - Lobito

UNIDADE VI- A Dimensão Internacional das Empresas

A globalização dos negócios

A globalização dos negócios é um assunto que tem governado o debate mundial


e tem ganhado cada vez mais espaço em razão das transformações que têm
vindo a ocorrer nos dias hodiernos, sobretudo no âmbito tecnológico. E, assas
mudanças trazem um conjunto de oportunidades nas relações comerciais entre
povos geograficamente descontinuados.
Outrossim, para conquistar e investir no mercado internacional, é necessário
conhecer as vantagens e desafios que o processo impõe.

Por exemplo, uma empresa que sente a necessidade de se expandir para outras
paragens do mundo, é espectável, por via de regra, que seja forte e
nacionalmente competitiva.

A dimensão internacional de uma empresa

A internacionalização de uma empresa é o processo no qual organizações


começam a actuar em outros países, o que pode ocorrer de diferentes formas.
Essa actuação pode ser a simples exportação de um produto para um país
vizinho. Por exemplo, uma empresa angolana que produz leite e começa a
vender no Uganda.

Também pode ser a abertura de uma unidade industrial no exterior. Por


exemplo, uma empresa angolana que produz leite em solo ugandês.

A internacionalização pode ainda acontecer no sector de serviços, como uma


empresa de consultoria de origem angolana que abre um escritório em Dar es
Salã para atender clientes da Tanzânia.

Por essa razão, uma empresa que deseja internacionalizar-se deve ter a certeza
de que as receitas obtidas cubram as despesas que existem para manter o
negócio operando e, deste modo, buscar o crescimento contínuo e almejar ir
além dos limites inicialmente propostos para isto, a mesma empresa deve
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procurar encontrar sempre o seu ponto de equilíbrio para de seguida,


ultrapassar o seu ponto de sobrevivência no país que desejar operar.

TPC

1. Quais são os outros modelos de internacionalização das empresas?

A internacionalização tem grande importância sendo que ela se apresenta,


muitas vezes, como grande alternativas de expansão e possibilidades. Outro
argumento em favor da internacionalização é a oportunidade de diversificar os
riscos já que os contextos económicos, sociais e políticos que impactam no
negócio são diferentes em cada país, para além de ser muito lucrativo receber
pagamentos em moedas estrangeiras fortes como o dólar e o euro.

Quais são as empresas aptas para a internacionalização?

Não há como traçar um perfil de empresa que é mais ou menos adequada para
actuar no mercado de outro país. A questão é oferecer um produto ou serviço
de qualidade, com características exclusivas, que cumpra com as exigências
das diversas organizacionais intencionais que regulam o mercado global, ou
seja, ser competitivo.

Certamente existem empresas de grande porte que têm um estrutura


administrativa mais robusta, que contam com o suporte necessário para
atravessar as fronteiras. Mas, importa realçar que essa temática não pode
confinar-se apenas a uma questão de tamanho. Micros, pequenas e médias
empresas também podem actuar internacionalmente, só que elas precisarão
ainda mais de cautela e inteligência, sendo que há muitas taxas, impostos e
burocracias que envolvem transações internacionais. Importa salientar que,
subestimar esta complexidade ao se lançar em um novo país poder resultar em
prejuízo, dívidas e até problemas jurídicos.
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Resumidamente, podemos encontrar na literatura da especialidade três razões


que justificam a internacionalização das empresas:

1. Exportação: (vender em moedas estrangeiras, exploração de outros


mercados)
2. Realocação/imigração: (mobilidade facilitada para outros países onde a
empresa opera)
3. Motivos estratégicos: (para países estrangeiros que tenham acordos de
livre comércio e que são grandes centros cosmopolitas, há facilidade de
atingir vários públicos alvos, advindos de muitas partes do mundo e, isto
permite alavancar a marca).

Neste processo, é fundamental mencionar também o papel dos blocos


económicos que, efectivamente facilitam na internacionalização das empresas.
Os Blocos Económicos correspondem a união de países distintos, mas com
interesses comuns de crescimento económico e social.

Actualmente, em todos os cinco continentes, existem blocos económicos de


várias tipologias desde: uniões aduaneiras, quando há redução ou eliminação
de impostos, até zonas de livre-comércio, quando as mercadorias podem ser
vendidas praticamente sem taxas entre um país e outro.

Blocos económicos

Mercosul

O Mercado Comum do Sul (Mercosul) foi criado em 1991. É o maior bloco


económico do Hemisfério Sul, formado pelo Brasil, Argentina, Uruguai e
Paraguai.

União Europeia

Efectivada em 1992, a União Europeia é o bloco formado por 27 países


europeus e é um dos principais modelos de blocos económicos.
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NAFTA

União comercial e aduaneira entre o Canadá, México e EUA, em vigor desde


1991. O Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA) em inglês, "North
American Free Trade Agreement" é o bloco dominante da América do Norte.

APEC

Formada em 1993 por vários países do continente asiático, a APEC


(Cooperação Econômica Ásia-Pacífico) é o principal bloco da Ásia.

Comunidade Andina de Nações

Criado em 1969, esse bloco, anteriormente chamado de Pacto Andino, é


formado por quatro países: Bolívia, Colômbia, Equador e Peru.

ASEAN

A Associação de Nações do Sudeste Asiático foi criada em 8 de agosto de 1967.


É composta pelos países do sudeste asiático: Tailândia, Filipinas, Malásia,
Singapura, Indonésia, Brunei, Vietnã, Mianmar, Laos e Camboja.

SADC

A Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral foi criada em 17 de


outubro de 1992 por 15 países da região sul da África.

As empresas devem, igualmente, ter a importante noção de que para actuar em


outro país significa que elas devem submeter-se a um novo conjunto de desafios
que, mais abaixo designaremos por variáveis.

Variáveis económicas, políticas a tecnológicas

As forças do ambiente assumem fundamentalmente características sociais,


políticas, económicas, técnicas, legais, demográficas e ecológicas, além das
componentes que constituem a zona do ambiente mais próxima da empresa e
que constitui o seu ambiente próximo, também chamado operacional ou de
tarefa, e que são os clientes, os fornecedores, a força laboral e os concorrentes.
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A análise do ambiente geral é também conhecida por análise PEST: variáveis


políticas, económicas, socioculturais e tecnológicas (Teixeira, 2013).

A análise interna da empresa (ou análise do ambiente interno) consiste na


identificação dos aspectos mais importantes que caracterizam a empresa e lhe
conferem uma situação de vantagem ou desvantagem em relação aos seus
concorrentes para a implementação de uma estratégia. Traduz-se na análise dos
vários aspectos relativos à estrutura organizacional, pessoal, marketing,
produção, área financeira, etc.
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Análise SWOT

A análise externa e interna para detectar respectivamente as oportunidades e as


ameaças (no exterior) e os pontos fortes e os pontos fracos (no interior) também
se designa análise SWOT:  Stregths (pontos fortes)  Weaknesses (pontos
fracos)  Opportunities (oportunidades)  Threats (ameaças).

A análise SWOT pode sintetizar-se numa matriz – a matriz SWOT – de quatro


células, a qual sugere a escolha óbvia das estratégias que conduzam à
maximização das oportunidades do ambiente e construídas sobre os pontos
fortes da empresa e à minimização das ameaças bem como à redução dos
efeitos dos pontos fracos da empresa.

A análise SWOT deve ser dinâmica e permanente. Além da análise da situação


actual, é importante confrontá-la com a situação no passado, a sua evolução, a
situação prevista e a sua evolução futura.

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