A seguir apresentamos o sumário comentado de cada capítulo. É possível que
ocorram algumas modificações na estrutura desse no decorrer da pesquisa, dado que a coleta de informações ainda não fora concluída. Portanto, esse é um plano temporário do formato estrutural desta tese.
1. Introdução – Na introdução foi realizada a descrição dos elementos basilares para
o desenvolvimento do trabalho. Como o objeto central do trabalho, a guasqueria, os objetivos, as fontes e métodos de pesquisa. Elencando os principais conceitos trabalhados na tese.
2.Marcando o couro – Pretende-se neste capítulo discorrer sobre os elementos
estruturais para a composição do objeto da tese. Dividido em dois subtítulos que se interligam teoricamente na composição do objeto guasquería. Em uma análise que direcionará metodologicamente os resultados da pesquisa para a relação indissociável entre artesanato e guasqueria.
2.1- Artesanato e políticas públicas no Brasil e no Uruguai- Este
subcapítulo tratará do artesanato como um saber fazer de transmissão em que a mão predomina como ferramenta principal, carregado de um forte bagagem imagética. Este fazer se encontra em um contexto entre tradição e a modernidade, de modo que para sua compreensão será apresentado uma breve introdução sobre as modificações sociais sofrida pelo artesanato. O foco será o artesanato como trabalho, como uma profissão que modifica a identidade de seus praticantes. A partir do levantamento de informações sobre o artesanato no contexto Brasil Uruguai, que vivenciaram de forma bastante próximas o percurso histórico da atividade artesanal. Está dividido em dois componentes: 2.1.1- As transformações do artesanato- Este componente apresenta as transformações do sistema de produção do ofício artesanal, que afeta o objeto criado, que posiciona seus praticantes na sociedade em meio ao estabelecimento do sistema industrial. Discute-se, também, o entorno do artesanato percebido como profissão em uma sociedade globalizada. 2.1.2-O artesanato: bem simbólico/cultural e econômico na sociedade contemporânea- Como o próprio título alude, o foco central da discussão se dará entorno do objeto artesanal e sua participação na sociedade como objeto valorizado pelo seu simbolismo cultural, representando identidades e tradições locais, como também, o artefato artesanal como um produto de consumo que possibilita a geração de renda para seus produtores. 2.2.- Políticas públicas de incentivo ao artesanato no Brasil- Discorreremos neste subcapitulo sobre o artesanato no Brasil e o incentivo por parte do governo nessa forma de produção, a partir dos estabelecimentos de políticas públicas de apoio ao setor artesanal. Dividido em dois componentes. 2.2.1- Percorrendo um breve caminho sobre o artesanato brasileiro- Apresenta um panorama do artesanato no Brasil deste a era Colonial até seu período de esquecimento na era industrial e sua retomada como resposta as demandas do mercado econômico em crise. 2..2.2-A aurora das políticas governamentais de apoio ao artesanato- Expõem o percurso de desenvolvimento das políticas de incentivo à produção de artesanato no Brasil. 2.3- O artesanato no Uruguai- o subcapitulo tem como objetivo principal discorrer sobre as transformações do artesanato no Uruguai até o período de implementação de programas de fomento ao setor artesanal. Sendo dividido em dois componentes. 2.3.1- Rememorando o percurso do artesanato uruguaio- O componente tem como cerne demonstrar o surgimento do artesanato no contexto uruguaio até o período de fundação das oficinas de ensinamento que sobrevivem a era moderna e se mantém em funcionamento no contexto atual. 2.3.2- Fomento à produção artesanal- Irá tratar sobre a fundação de empresas do setor privado e das políticas do governo uruguaio que visam o desenvolvimento do artesanato. 3. – Da sova com cepo ao traçado das fronteiras-Este capítulo abordará o contexto de atuação do guasqueiro, com foco na formação da fronteira entre Jaguarão e Rio Branco. O capítulo será dividido em dois componentes.
3.1- O desenho da fronteira - Esse subcapítulo se desenvolvido um
levantamento sobre o conceito de fronteira entre conflitos e tratados políticos. 3.1.1- No imaginário da linha traçada: os limites e as rupturas – Neste componente iremos trabalhar com a fronteira que limita e ao mesmo tempo une, criando em seu entorno um compartilhamento de memórias. 3.2-Memórias da construção da fronteira Brasil/Jaguarão e Uruguai/Rio Branco– Neste subcapítulo o foco será no estabelecimento da fronteira cisplatina em meio aos conflitos bélicos das Coroas portuguesa e espanhola na disputa pela posse dos territórios das colônias. Composto por dois subeixos. 3.2.1- Demarcação das terras: assim se separam- O subeixo tem como função o embasamento sobre as delimitações impostas para o estabelecimento da fronteira entre Brasil e Uruguai, que deram origem a fronteira foco desta pesquisa, Jaguarão e Rio Branco. 3.2.2- As margens do rio: assim compartilha a fronteira- A criação das cidades de Jaguarão e Rio Branco se complementam, o desenvolvimento de cada uma está imbricada nas relações fronteiriças firmadas. Mediante isso, o componente discorrerá brevemente sobre a fundação dessa zona de fronteira. 3.3- O peão e o guasqueiro: o surgimento da guasqueria- O subcapitulo trata-se da discussão entorno do momento da introdução do gado vacum na região do pampa e a transformação do couro cru em tentos utilizados para a criação de ferramentas de apoio ao trabalho do peão de estância. Possui um subcomponente. 3.3.1- O laço, o cavalo e o peão- A presença do gado vacum na América do Sul foi elemento essencial para sua ocupação territorial. Território esse que apresentava uma imensidão de pastagens que contribuíam para a criação desses animais, dando origem a núcleos sociais estruturados com características pastoris que se espalharam por muitas paisagens desta região. A firmação das estâncias, a abundância de couro bovino e o vínculo estabelecido entre o peão e o seu cavalo dão início ao artesanato em couro cru guasqueria. As dinâmicas dessas relações serão o foco desse item. 4.- De tento em tento se produz uma trança de memórias: análise comparativa da produção de guasqueria na fronteira-Neste capítulo será apresentado de forma mais aprofundada os resultados da pesquisa proposta, focando na história de vida dos guasqueiros, como aprenderam o ofício, como se identificam com o mesmo, a técnica que utilizam, os objetos que criam, as tranças que produzem, o compartilhamento dos saberes na fronteira, o uso das políticas públicas, como comercializam seus produtos e a relação guasqueiro e espaço (cidade e campanha) . Será divido em quatro componentes.
4.1- Guasqueiros contemporâneos e tradicionais da fronteira: entre a
cidade e o campo – Neste subcapítulo demonstraremos nossa análise comparativa sobre a produção de guasqueria, considerando as memórias e a dos interlocutores jaguarenses e rio-branquenses. 4.1.1- Naquele tempo eu era peão, agora sou guasqueiro- Foco nas memórias dos interlocultores quando iniciaram na atividade de peão e a partir desta tornaram-se guasqueiros. 4.1.2- A vida do guasqueiro na cidade- Demonstrar as maiores dificuldades encontrada pelos guasqueiros ao viverem no espaço urbano que se diferencia nitidamente dos costumes do campo. Tendo na produção de guasqueria a oportunidade de estarem em uma constante troca com o passado rural expressa na obra que será comercializada, possibilitando e auxiliando na sustentabilidade desses nas cidades de fronteira. 4.2- Aprendendo a guasquear- O subcapítulo tem como cerne desenvolver, a partir da perspectiva dos interlocultores, a trajetória de aprendizado do saber fazer do artesanato em couro cru guasqueria, desde a escolha da matéria prima até a construção do objeto final. Será dividido em quatro componentes. 4.2.1- O manejo da matéria prima- A partir do processo de carneadas era adquirido o couro cru, nos dias de hoje o mesmo é comprado em estabelecimentos comerciais. Em vista disso, visa-se traçar um panorama das formas de manejo da matéria prima pelos guasqueiros de Jaguarão e Rio Branco frente às dificuldades de conseguir comprar o couro cru in natura. 4.2.2- Desenvolvendo a técnica- O subeixo irá tratar sobre a aprendizagem, a fixação de uma técnica base de criação da guasqueria, sempre considerando a visão comparativa entre os guasqueiros das duas cidades. 4.2.3- O uso das ferramentas- Em época de industrialização o mercado surge com diferentes máquinas facilitadoras da produção de objetos de guasqueria, como a máquina amaciar o couro. Com isso, esse item tem como intenção discutir a cerca das ferramentas empregadas pelos guasqueiros para criarem guasqueria, enveredando sobre a utilização ou não de ferramentas industriais em suas criações. 4.2.4- A criação de tranças- O uso de tentos para o trançado em couro cru é o elemento que diferencia o guasqueiro tradicional do guasqueiro contemporâneo, uma vez que, o uso de materiais como a sola não possibilita a aplicação desse tipo de saber. Focaremos nos trançados elaborados pelos interlocultores e a decisão de utilizar outros materiais que não são compatíveis com essa técnica de criação de objetos. 4.3- O mercado para os objetos de guasqueria- O subcapítulo trata-se do espaço de comercialização do artesanato em couro cru e dos perfis dos clientes que consomem esses objetos, assim como a adoção de novas materiais primas e técnicas de produção que promovem a possibilidade de uma maior comercialização. E com isso a autossuficiência do guasqueiro artesão no contexto urbano. Apresenta dois componentes. 4.3.1- A inovação e preservação do ofício-. Aprofundamento do uso de novas técnicas de aprendizado do ofício e a utilização de ferramentas midiáticas para a divulgação do trabalho em guasqueria por parte dos interlocultores. 4.3.2- A existência e ausência de apoio a produção de guasqueira em Jaguarão e Rio Branco- Levantamento das políticas de fomento ao artesanato em geral e a guasqueria nas duas cidades, mapeando se existem projetos e iniciativas em prol do desenvolvimento desta atividade. 4.4- A guasqueria na fronteira e sua continuidade pelo olhar do guasqueiro- O subcapítulo tem como intuito demonstrar, a partir de múltiplas visões dos guasqueiros fronteiriços, a percepção que os mesmos possuem sobre o futuro da guasqueria. Está apresentado em um componente. 4.4.1-Seja do lado de cá (Jaguarão), ou do lado de lá (Rio Branco)- Neste iremos trabalhar com a memória de guasqueiros que atuam na cidade de Jaguarão e Rio Branco, frente ao olhar destes sujeitos em relação a continuidade da guasqueria na zona urbana e na rural das cidades. Expondo também, se existe um compartilhamento na zona de fronteira entre os guasqueiros. 5.- Considerações Finais- Analise resumida dos resultados obtidos para a conclusão final desta tese. 6- Referências Bibliográficas- Conjuntos de materiais teóricos utilizados no embasamento da tese.