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FIGURAS DE LINGUAGEM EM MÚSICAS

1. Metáfora: É uma comparação implícita, ou seja, não possui o termo comparativo.


Baseia-se numa associação de ideias subjetivas: uma palavra deixa o seu contexto
normal para fazer parte de outro contexto.

“O seu olhar é doce”

Atitude 67 - Cerveja de Garrafa

2. Comparação: Trata-se da aproximação de elementos de universos diferentes,


associados por meio de um conectivo. Consiste em estabelecer uma equivalência
explícita entre um comparado e um comparante, por meio de um termo de
comparação, que pode ser uma palavra ou uma locução.

“Se bem que o brilho dela nem se compara ao seu”

Exaltasamba – Tá vendo aquela lua

3. Paradoxo: representa o uso de ideias que têm sentido oposto, não apenas em termos.

“O amor é fogo que arde sem se ver”

Gustavo Mioto – Impressionando os anjos

4. Antítese: Figura de linguagem na qual ocorre a exposição de palavras contrárias,


através da utilização de palavras ou enunciados de sentido oposto. O contraste que
ocorre serve, principalmente, para enfatizar os conceitos envolvidos, o que não se
conseguiria se eles estivessem isolados.

“Tenho tudo nas mãos, mas não tenho nada”

Falamansa – Xote dos Milagres

5. Metonímia: Figura de retórica que consiste no uso de uma palavra fora do seu contexto
semântico normal, por ter uma significação que tenha relação com o conteúdo ou o
referente ocasionalmente pensado. A metonímia consiste em empregar um termo no
lugar de outro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido.

“Te dei o sol, te dei o mar pra ganhar seu coração”

Luan Santana – Meteoro

6. Eufemismo: Consiste em atenuar o que é desagradável por meio da substituição de


palavras ou expressões graves, diretas, por outras mais suaves. O eufemismo permite
suavizar a realidade de um fato, dissimulando uma ideia desagradável ou brutal. Revela
precaução e educação de quem fala

“O jeito é da uma fugidinha com você, o jeito é da uma fugida com você”

A palavra fugidinha/fugida tem como objetivo suavizar a traição.

Michel Teló – Fugidinha

7. Ironia: é a representação do contrário do que se afirma.

“Mais aprender japonês em braile, do que você decidir se dá ou não”


Djavan – Se

8. Assíndeto: corresponde a uma figura de sintaxe marcada pela omissão de conjunções


nos períodos compostos.

“Por você eu largo tudo, vou mendigar, roubar, matar. Até nas coisas mais banais, pra mim é
tudo ou nunca mais”

Cazuza – Exagerado

9. Sinestesia: acontece pela associação de sensações por órgãos de sentidos diferentes.

“Na viagem desse sonho


Nossas almas eu vi flutuar
Nas delicadas linhas do infinito
Fomos filhos de um romance de um amor lunar.”

Paula Fernandes – Apaixonados pela lua

10. Prosopopeia: A figura de linguagem prosopopeia também é conhecida pelos nomes


personificação, animização e antropomorfismo. Toda vez que atribuímos atitudes e
sentimentos a seres inanimados, pessoas já falecidas, animais, fenômenos da natureza
ou figuras imaginárias, estamos criando uma prosopopeia.

“O sol vê se não esquece e me ilumina”

Vitor Kley – O Sol

11. Hipérbole: Baseia-se no exagero proposital de ideias ou sentimentos. Tem-se hipérbole


quando o uso de uma palavra ou expressão em determinado contexto produz, como
efeito de sentido, a ideia de exagero, de excesso.

"Pra tu sorrir eu faço o mundo inteiro saber que eu

Vou caçar mais um milhão de vagalumes por aí,

Pra te ver sorrir eu posso colorir o céu de outra cor”

Pollo – Vagalumes

12. Polissíndeto: é a figura de linguagem que se caracteriza pela repetição de um


determinado conectivo entre palavras ou expressões. Essa figura de linguagem utiliza o
excesso de elementos de ligação para enfatizar a idéia de acréscimo ou de sucessão.

“Se essa boca não beijasse tão bem

Se esse abraço não fosse tão massa

Se quer saber se eu quero outro alguém

Nem de graça, nem de graça”

Pixote – Nem de graça

13. GRADAÇÃO: A principal função desta figura de linguagem é propor uma sequência de
palavras e/ou expressões que intensifiquem uma mesma ideia ou elemento a fim de
destacar este componente dos demais, demonstrando uma espécie de crescimento ou
evolução pelo qual ele passou no enunciado.

“Mesmo que você suporte este casamento

Por causa dos filhos, por muito tempo

Dez, vinte, trinta anos

Até se assustar com os seus cabelos brancos”

Luan Santana – Te esperando

14. ANÁFORA: consiste na repetição de uma ou mais palavras no início de orações,


períodos ou versos sucessivos. É um recurso bastante utilizado em poemas e letras de
músicas. Essa figura de linguagem também se dá pela utilização de pronomes
demonstrativos e pronomes relativos que substituem palavras ditas em orações
anteriores.

“Se for amor, cê vê que tudo passa

Se for embora, tá na cara

Saudade arregaça”

Pixote – Saudade arregaça

15. Aliteração: repetição de sons consonantais.


“Lê lê lê, lê lê lê
Se eu te pegar você vai ver
Lê lê lê, lê lê lê
Você jamais vai me esquecer”

João Neto e Frederico – Lê lê lê

16. Paronomásia: repetição de palavras cujo som é parecido.


“Avião sem asa
Fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola
Piu-piu sem Frajola
Sou eu assim sem você”

Claudinho e Buchecha – Fico assim sem você


17. Assonância: Ela é caracterizada pela repetição harmônica de sons vocálicos (vogais)
numa frase.

“Sou Ana, da cama


Da cana, fulana, bacana
Sou Ana de Amsterdam”

Chico Buarque e Ruy Guerra – Ana de Amsterdam


18. Perífrase: também chamada de antonomásia, é a substituição de uma ou mais palavras
por outra que a identifique.

“Cidade maravilhosa
Cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil”

Caetano Veloso – Rio de janeiro

19. Apostrofe: é a interpelação feita com ênfase.


"Pai, afasta de mim esse Cálice, Pai"

Chico Buarque – Cálice

20. Zeugma: é a omissão de uma palavra pelo fato de ela já ter sido usada antes.
“O meu pai era paulista/Meu avô, pernambucano/O meu bisavô, mineiro/Meu
tataravô, baiano."

Chico Buarque – Paratodos

21. Híperbato: é a alteração da ordem direta da oração.


“Linda toda, toda linda ela”

Skank – Jackie Tequila

22. Pleonasmo: é o uso excessivo de palavras na transmissão de uma ideia, ocorrendo


repetição e redundância.

“Vamos fugir para outro lugar”

Skank – Vamos fugir

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