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Figuras de Linguagem

Colégio Polígono.
Docente: Janaína.
Alunos: Ana Letícia, Enzo Bastos, Sávio Brito.

João Pessoa-PB
2022
Metáfora
 Apresenta uma palavra ou expressão com sentido figurado.
 É uma comparação implícita, pois não exige conjunção ou locução conjuntiva
comparativa.
 Apresenta uma palavra ou expressão com sentido figurado.
 É uma comparação implícita, pois não exige conjunção ou locução conjuntiva
comparativa.

Metáfora Impura
Mais simples por ser direta.

Exemplo: "trechos da letra de música “Amor e sexo”, de Rita Lee". "as metáforas são usadas
para tentar definir o que é o amor e o que é o sexo bem como a diferença entre ambos:"

"Amor é um livro,

Sexo é esporte,

Sexo é escolha,

Amor é sorte"{...}

Amor é cristão, Sexo é pagão.

Metáfora pura

Indireta e necessita ainda mais do conhecimento de mundo do leitor ou ouvinte para ser
identificada. Exemplo de Mario Quintana:

"E hoje, dos meus cadáveres, eu sou

O mais desnudo, o que não tem mais nada.

Arde um toco de vela, amarelada.

Como o único bem que me ficou!

*cadáveres pode significar uma pessoa magoada, ferida e vela pode significar a própria
vida, que se desgasta.
Sinestesia
Figura de palavra ou semântica caracterizada pela combinação entre dois ou mais
sentidos — audição, olfato, paladar, tato e visão.

No poema “Retrato”, do livro Viagem, de Cecília Meireles (1901-1964), é possível


apontar palavras que acionam os sentidos do leitor ou leitora, isto é, “amargo” (paladar),
“frias” (tato), “olhos” e “espelho” (visão):

"Eu não tinha este rosto de hoje,

assim calmo, assim triste, assim magro,

nem estes olhos tão vazios,

nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,

tão paradas e frias e mortas;

eu não tinha este coração

que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,

tão simples, tão certa, tão fácil:

— Em que espelho ficou perdida

a minha face?"
Polissíndeto
Figura de construção caracterizada pela repetição de conjunções, o que muitas vezes
acaba gerando um efeito de intensificação do discurso.

No exemplo: intensificação da ideia de adição e de reforço.

 “Há dois dias meu telefone não fala, nem ouve, nem toca, nem tuge, nem muge.”
(Rubem Braga).
 Enquanto os homens exercem seus podres poderes / Índios e padres e bichas,
negros e mulheres e adolescentes fazem o carnaval” (Caetano Veloso).

Polissíndeto ≠ assíndeto

O assíndeto se caracteriza pela omissão proposital de conjunções, o que também gera


um efeito de intensificação, muitas vezes pela sensação de inacabamento de uma
sequência.

Polissíndeto ≠ anáfora

A anáfora é a figura de linguagem em que há repetição de uma ou mais palavras no


início de orações ou de versos, não sendo necessariamente a repetição de conjunções.
Metonímia
É utilizada para substituir um termo por outro, “emprestando” o seu sentido. " Ela
ocorre também na linguagem visual, especialmente com placas e sinalizações.

É um recurso que se utiliza de linguagem figurada, ou seja, uma linguagem que não é
literal, e sim representativa.

"Esse prato está gostoso demais!''

O uso do termo “prato” é uma referência à comida que foi servida nele, e não ao prato
em si.

Tipos
-Efeito pela causa e vice-versa

Quando um termo é substituído pelo seu efeito ou pela sua causa:

''Eu suei muito para chegar aqui a tempo, ainda bem que consegui entrar.''

Em vez de dizer que correu muito para chegar a tempo, a pessoa diz que suou muito. O
suor foi decorrente da corrida intensa.

-Parte pelo todo (sinédoque)

Quando um termo é substituído por uma parte que o compõe:

''Admirou as asas que se aproximavam da pista de pouso.''

As asas representam o avião do qual fazem parte.

Continente pelo conteúdo

Quando um termo é substituído pelo continente (recipiente) em que se encontra:

''Bebemos a garrafa toda para matar a sede.''

Quando se fala em beber “a garrafa”, trata-se de uma referência ao líquido que estava
dentro dela.
Objeto pelo lugar de origem

Quando um termo é substituído pelo lugar de onde se origina:

''Conheço um restaurante muito bom, adoro o japonês de lá.''

O termo “japonês” refere-se à culinária japonesa, especialidade do restaurante.

-Produto pela marca

Quando um termo é substituído pelo nome de uma marca:

''Você se esqueceu de comprar o cotonete...''

Hoje em dia, utiliza-se o termo “cotonete” para falar de hastes flexíveis. Cotonete, na
verdade, é uma marca de hastes flexíveis, mas tornou-se sinônimo do produto em si,
mesmo que se consuma algum de outra marca.

''Essa receita pede leite moça?''

Nesse outro caso, o termo “leite moça” faz referência a qualquer leite condensado, e não
à marca especificamente.

-Concreto pelo abstrato

Quando um termo concreto é substituído pelo seu conceito abstrato ou vice-versa:

''Precisamos cuidar da infância.''

Nesse "exemplo, a “infância” é um termo usado para remeter às crianças.

-Obra pelo autor

"Quando o termo que remete à obra (ou a um conjunto de obras) é substituído por seu
autor e criador:

-''Você já leu Clarice Lispector?''

-''Eles adoram ouvir Chico Buarque.''

Em ambos os exemplos, o nome dos autores não remete à sua pessoa, e sim à sua obra:
livros de Clarice Lispector e músicas de Chico Buarque."

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