Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Data: ___/___/___
COMPONENTE CURRICULAR: LÍNGUA PORTUGUESA
CONTEÚDO: LINGUAGEM CONOTATIVA E AS FIGURAS DE LINGUAGEM (II)
PROF PEDRA / TURMA: _____ ESTUDANTE: _________________________ Nº ____
3. Traduza o que é dito nos versos: No descomeço era o verbo / Só depois que veio o
delírio do verbo, considerando os seguintes pontos:
a) Porque ao invés de dizer que “No princípio era o Verbo”, o eu poético diz que “No
descomeço era o verbo”? E qual ideia é contraposta nesse verso?
b) Com base no sentido da palavra “descomeço”, traduza o que é dito pelo eu poético
no verso: Só depois que veio o delírio do verbo.
4. O que leva o eu poético a usar a lógica de uma criança para traduzir o delírio do verbo?
Qual o significado dessa expressão e porque ele se empenha tanto em traduzi-la?
5. A que se refere o eu poético no verso que diz: “Em poesia que é a voz de poeta, que é
a voz de fazer/ nascimentos –“?
No texto poético, é bem comum o uso de linguagem conotativa, conhecida também como
sentido figurado. No poema compartilhado na atividade, fica evidente a predileção do eu poético
pelo “delírio do verbo” em relação ao verbo. Para os poetas, assim como para as crianças, as
palavras só nascem quando encantadas por novos significados que expressam de modo afetivo
e subjetivo a sua experiência, ou seja, o seu contato com as coisas do mundo. Logo, não é o
sentido literal, objetivo, denotativo que traduz o nascimento da palavra no texto poético.
Ao usar a linguagem conotativa para escrever um poema, a/o escritora/escritor explora maneiras
diferentes de construir frases criando as figuras de linguagem (ou figuras de estilo).
As figuras de linguagem podem ser semânticas (do ponto de vista do significado), fonéticas (do
ponto de vista dos sons das palavras) ou sintáticas (do ponto de vista da construção da frase).
A intenção de um poema (ou letra de canção) pode ser a de emocionar a/o leitora/leitor, propor
uma reflexão ou apresentar os sentimentos, as ideias e as emoções da/do poeta diante das
situações da vida.
Metáfora é uma figura de linguagem que se caracteriza por transferir o sentido literal, próprio de
uma palavra, para um sentido conotativo (figurado), estabelecendo uma comparação implícita
(camuflada) e sem utilizar conectivos (termos de ligação) que caracterizam a comparação, a
exemplo da conjunção como.
Ex: “Não era mais a imagem de uma cobra de vidro que fazia
uma volta atrás de casa.
Era uma enseada.” (Manoel de Barros)
Vale ressaltar que nosso cotidiano é repleto de metáforas que são criadas e fixadas em diferentes
culturas. Nesse contexto, essas figuras são utilizadas para descomplicar e tornar mais afetiva e
efetiva a comunicação. Esse fenômeno também acontecem com outras figuras de linguagem.
Comparação é a figura de linguagem que expressa uma relação comparativa explícita entre
palavras ou expressões por meio de termos como assim como, tal como, como, igual a, entre
outro.
Na próxima segunda-feira, você irá conhecer, com mais intimidade, e aprender a identificar
outras Figuras de Linguagem.
Referências
• BARROS, Manoel de. Poesia Completa/Manoel de Barros – São Paulo: LeYa, 2013. P.
276 e 277.
• OLIVEIRA, Tania Amaral. Lucy Aparecida Melo, ARAÚJO. Tecendo Linguagens –
Língua Portuguesa.