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PINHEIRO NO ABONDONO

O primeiro bairro a sofrer as consequências das


atividades da Braskem foi Pinheiro, próximo à Lagoa
Mundaú, onde acontecem as perfurações do solo para
extração de sal-gema. As pequenas fissuras nas paredes
se tornaram frequentes e, com o tempo, se transformaram
em grandes rachaduras. A estrutura das edificações se
deteriorou e as casas e prédios começaram a cair.
DANOS PROFUNDOS

Os bairros Pinheiro, Mutange, Farol, Bebedouro e Bom


Parto possuem diferentes ocupações, relevos e realidades
socioeconômicas, mas carregam em comum a história de
moradores e moradoras que foram forçados a deixar os
espaços onde foram construídas as histórias de suas
famílias, escolas, igrejas, hospitais e comércios. Devido às
décadas de atividade de exploração da Braskem em
Maceió, o solo da região tornou-se instável, causando
crateras no asfalto, rachaduras nas casas e prédios, danos
estruturais nas edificações e até desmoronamentos que
inviabilizaram a permanência da população no local.
CRATERAS EMOCIONAIS

As fraturas causadas pela exploração desmedida da


Braskem em Maceió não se atêm apenas ao que está
visível nas ruas: além dos buracos nas vias e os edifícios
trincados, a saúde mental dos moradores também sofre
com a delonga de processos judiciais e o sentimento de
desamparo. Com a comunidade desterritorializada, o que
se agrava ainda mais com o cenário de pandemia.
RESPONSABILIZAÇÃO DA
BRASKEM

Em Ação Cautelar Preparatória de Ação Civil Pública,


movida pelo Ministério Público de Alagoas e pela
Defensoria Pública de Alagoas, o juízo deferiu
parcialmente o pleito liminar e determinou a
indisponibilidade dos ativos financeiros da Braskem S/A,
até o montante de R$ 100.000.000,00 (cem milhões de
reais). Ficando tal valor à disposição do juízo em conta
judicial para eventual ressarcimento de despesas com
aluguel e para o atendimento de demandas emergenciais.

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