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TEXTO ÁUREO
“Cinge, pois, os lombas como homem, pois eu te perguntarei, e tu me farás saber.” Jó 38.3
VERDADE PRÁTICA
Deus governa de maneira justa, nunca mostrando parcialidade em razão da posição de
alguém.
INTRODUÇÃO
I- AS PALAVRAS DE ELIÚ Jó 32-37
1– O primeiro discurso de Eliú Jó 32.1-5
2– O segundo discurso de Eliú Jó 34.1-5
3– Discursos finais de Eliú Jó 35.13-16
II- DEUS APARECE A JÓ Jó 38.1-13
1– Faz perguntas Jó 38.1-3
2– Quem criou o Universo Jó 38.4-7
3– Quem controla a natureza? Jó 38.8-13
III- DEUS CONTINUA A FALAR 38.14; 39.30
1- Sobre a limitação humana. Jo 38.17-21
2– Sobre Sua grandeza Jó 39.13-18
3– Sobre Jó e seu entendimento Jó 39.26-30
APLICAÇÃO PESSOAL
DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda – Jó 32.1-33
Terça – Jó 34.1-37
Quarta – Jó 35.1 e 37.24
Quinta – Jó 38
Sexta – Jó 39
Sábado – Jó 40.3-5
Hinos da Harpa: 124-526
INTRODUÇÃO
O jovem Eliú entra abruptamente e, depois de falar, nunca mais é mencionado. Alega ter
estado presente durante o diálogo anterior, mas ninguém o notou nem pediu sua opinião.
Alega ter a solução verdadeira para o problema, mas, quando Deus dá a palavra final no
capítulo 42, recomenda a Jó, condena os seus três amigos e desconsidera Eliú.
O primeiro discurso de Eliú foi feito a todos os quatro participantes do drama: Jó e seus três
“amigos molestos” (32.6-9). Aparentemente, os discursos de Eliú ultrapassaram o acúmulo
da sabedoria dos homens mais velhos. Eliú falava ousadamente, embora não fosse idoso
“em sabedoria”, como os outros supunham sobre si mesmos. Eliú não estava interessada
em lisonjear os homens, nem Jó nem seus amigos-críticos, mas fingia falar as próprias
palavras de Deus. Ele não aceitou a defesa de Jó, pois, em sua opinião, Jó não era
inocente, conforme afirmava ser. Ele estava indignado com Jó porque este “se apresenta
como alguém mais justo do que Deus” e seguindo esse raciocínio, a conclusão inevitável do
argumento de Jó é que, visto que ele está certo na sua disputa com Deus, Deus deve estar
errado. Jó não disse isso claramente, mas Eliú coloca as palavras na boca de Jó de forma
injusta.
Neste discurso, Eliú tomou sobre si mesmo a tarefa de instruir a terrível tríade (amigos de
Jó), homens dotados de suposta sabedoria. Em suas palavras, repetiu elementos dos
discursos que já haviam sido dados. Na opinião dele, Jó certamente era um ímpio; ele disse
que Deus não se importa com os bons mais do que com os maus, e trata-os com zombaria.
Eliú ignora a situação particular de Jó e trata de generalidades. Defende o direito de Deus
agir com soberania, um ponto que Jó nunca colocou em dúvida. Acusou Jó de falar com
ignorância e rebeldia, apesar de Deus não haver, em momento nenhum repreendido seu
servo por tais atitudes. Eliú diz que Deus está dando aos pecadores aquilo que eles
merecem (34.11), e deseja que Jó seja mais provado ainda (33.36).
Jó continua calado enquanto Eliú prossegue com suas palavras severas. Ele até acusa Jó
de proferir palavras vãs e ignorantes (16). Ao dizer que Jó não poderia justificar-se perante
Deus, Eliú diz mais ao patriarca: que “Só gritos vazios Deus não ouvirá…” (35.13); que ele
entregue tudo ao Senhor e espere Nele; cessa de proferir frases imprudentes, porque o
Senhor, na realidade, não está sendo muito severo com ele. Eliú prossegue descrevendo o
fim dos ímpios e admoesta Jó a se guardar para não cometer iniquidade. Segundo ele,
Deus permite a dor e o sofrimento para nos revelar determinadas coisas. Ele está sugerindo
que Jó aceite a sua “dose” de sofrimento: o remédio vindo para o seu bem. Enquanto os
demais amigos de Jó o acusavam de sofrer por causa de pecado na sua vida, Eliú entende
que Jó estava sob disciplina porque o seu sofrimento estava causando o seu pecado e por
isso o adverte para suportar a prova sem pecar. Ele avaliou o problema de Jó melhor que os
outros três amigos. Jó não era o pecador que os outros haviam descrito, mas também não
era um santo como ele próprio se considerava.
Deus continua questionando Jó. Uma das grandes belezas da natureza é esse imenso
lençol de água, contido dentro de um círculo de ferro, lutando para avançar terra adentro, e
não conseguindo. Deus pôs portas e trancas ao mar, de maneira que não avança, a não ser
quando há necessidade de Deus mostrar a sua soberania sobre tudo. Deus prossegue:
Acaso, desde que começaram os teus dias, deste ordem à madrugada e fizeste a alva
saber o seu lugar? (v.12). A madrugada infalível, que toda manhã ocorre, depois de a noite
findar o seu circuito em volta de si mesma. Até que ponto o poeta entenderia este fenômeno
das madrugadas, sucedendo-se à noite, não sabemos; Jó, diria Deus, desde que
começaram os teus dias, deste alguma ordem à madrugada para que se pegasse às orlas
da terra, às suas franjas? Jó era de ontem e as madrugadas eram muito velhas. É uma
ironia. A seguir, descreve-se o efeito da madrugada sobre o ímpio, que só ama as trevas,
onde vive cometendo os seus pecados. Para estes, a noite é sempre desejável, não as
madrugadas.
A petição de Jó tinha sido para que se apresentasse uma acusação formal, com itens
específicos aos quais se dispunha a responder, um veredito do seu Juiz que confiantemente
espera que seja uma declaração da sua inocência. Nenhum dos dois é oferecido, embora a
forma do interrogatório cruzado possa soar às vezes como uma acusação de que Jó,
estultamente, obscurecera os desígnios de Deus “com palavras sem conhecimento”. Se Jó
tivesse vivido desde a criação do universo, talvez soubesse responder a algumas
perguntas. No entanto, Jó nunca fingira ter semelhante conhecimento. Todas as perguntas
feitas pelo Criador a Jó, são, na verdade, um bondoso convite à plena confiança na
soberania divina. Jó deveria aceitar suas próprias limitações e deixar que Deus seja Deus.
O Senhor quer dizer ao patriarca que ele ainda tem muita coisa para aprender. É como se
estivesse a lhe dizer: “Contempla, Jó, a natureza, o mar, as estrelas, as nuvens, a neve,
tudo. Você é um ser humano e não compreende totalmente os meus caminhos e propósitos.
Acalme- se e ouça as verdades ilustrativas do que você precisa saber. Depois você vai
responder, se puder.” O Senhor quer tornar claro para Jó que o avestruz, por exemplo,
considerado pouco inteligente, desajeitado, mostra a soberania de Deus na criação. Ao que
parece, o avestruz também tem uma forma arriscada de cuidar de sua cria, No entanto, esta
que é a mais pesada de todas as aves, apesar de não voar, pode correr mais rápido que um
cavalo veloz.
Deus terminou esta parte de seu questionamento a Jó da mesma maneira que começou.
Ele desafiou o entendimento de Jó acerca do funcionamento da natureza (38.4). As aves do
ar são provas do maravilhoso poder e providências de Deus, tanto como animais da terra.
Jó não tinha ensinado ao falcão como voar, nem quando e para onde migrar. Não era ao
comando de Jó que a águia construía seu ninho elevado em despenhadeiro da rocha. Jó
não dera à águia sua vista aguçada. Pela sua visão de longo alcance seus olhos avistam
desde longe, olhando não para o alto, mas para baixo, para a sua presa. A águia é a única
ave que faz seu ninho nas mais altas elevações rochosas das montanhas da Arábia do
norte e da Palestina. Ela se alimenta de animais vivos, que apreende e despedaça, e leva
os pedaços aos seus filhotes. O poder natural e sagacidade nas criaturas, que não
podemos explicar, nos obrigam a confessar a nossa própria fraqueza e ignorância e a dar
glória a Deus, como a fonte de toda existência, poder, sabedoria e perfeição.
APLICAÇÃO PESSOAL
Nenhum ato de Deus é sem um propósito. A nós, o que cabe é reconhecer Sua soberania.
RESPONDA
1) Por que Eliú ficou calado por tanto tempo?
2) Como Deus se manifestou a Jó no capítulo 38?
3) A quem Deus dirige seu discurso?