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Zofar: “Se dispuseres o coração e estenderes as mãos para Deus; se lançares para longe a
iniquidade da tua mão e não permitires habitar na tua tenda a injustiça, então, levantarás o
rosto sem mácula, estarás seguro e não temerás.” (Jó 11.13-15). Aqui Zoar parte do pressuposto
que, de fato, Jó é injusto e está em pecado.
Elifaz: “Reconcilia-te, pois, com ele e tem paz, e assim te sobrevirá o bem .” (Jó 22.23). O
mesmo pensamento tem Elifaz. Notem também que Elifaz tem um discurso contraditório, pois
no inicio fala da justiça anterior de Jó para com os próximos (Jó 4.3-4) e depois fala sobre a
injustiça anterior de Jó para com os próximos (Jó 22.7-10).
4- Eliú e a MISERICÓRDIA
O ú ltimo amigo que falou com Jó foi Eliú , que parece ter chegado depois, ou nã o foi
citado antes porque era mais jovem que os outros (Jó 32.4 e6). Eliú era educado e
esperou sua vez de falar (Jó 32.4,5), mas ficou nervoso “contra os três amigos,
porque, mesmo não achando eles o que responder, condenavam a Jó” (Jó 32.3).
Também se irritou com Jó por ter caído nas argumentaçõ es de seus três amigos
tentando se defender pela sua pró pria experiência, vaidade e legalismo (Jó 32.2),
pois isto seria auto justificar-se diante de Deus ao invés de buscar sua
misericó rdia. O longo discurso de Eliú está nos capítulos 32, 33, 34, 35, 36 e 37 do
livro de Jó .
CONCLUSÃO
Jó 42.10 “Mudou o SENHOR a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e o
SENHOR deu-lhe o dobro de tudo o que antes possuíra”
A vida de Jó mudou depois que aprendeu a orar por seus amigos. Jó sabia que
precisava de amigos verdadeiros, mas que acima de tudo dependia de Deus e que
também deveria ser um amigo para seu próximo. Foi na sua angústia que Jó conheceu
a verdadeira amizade, pois “ao aflito deve o amigo mostrar compaixão” (Jó 6.14) e
mudou seu comportamento reconhecendo “eu sou irrisão para os meus amigos” (Jó
12.4).
Jó desabafou sua solidão quando viu que “todos os meus amigos íntimos me
abominam, e até os que eu amava se tornaram contra mim” (Jó 19.19). Somente
quando esteve completamente só é que passou a buscar a Deus como amigo, pois “os
meus amigos zombam de mim, mas os meus olhos se desfazem em lágrimas diante de
Deus” (Jó 16.20). Então pediu a seus companheiros que reconhecessem seu
sofrimento dizendo “compadecei-vos de mim, amigos meus, compadecei-vos de
mim” (Jó 19.21).
Quando Jó se concertou com Deus passando a orar e ouvir a voz de Deus (Jó 38 e 39),
confessando-se pecador (Jó 40.3-5) e ouviu Deus falar com ele de maneira poderosa
(Jó 40.6-24 e 41.1-34). Por isso Jó reconhece que somente agora conhecia Deus como
um verdadeiro amigo, porque “na verdade, falei do que não entendia, coisas
maravilhosas demais para mim, coisas que não conhecia... eu te conhecia só de ouvir,
mas agora os meus olhos te veem” (Jó 42.3b e 5). Agora Jó estava disposto a aprender a
verdade (Jó 42.4) reconhecendo-se como pecador (Jó 42.6).
Entretanto chegou a hora de Jó ajudar seus amigos, porque “tendo o SENHOR falado
estas palavras a Jó, o SENHOR disse também a Elifaz, o temanita: A minha ira se
acendeu contra ti e contra os teus dois amigos; porque não dissestes de mim o que era
reto, como o meu servo Jó” (Jó 42.7). Então Jó orou por seus amigos ao invés de fazer
como eles e começar a discutir quem estava com razão.
Amigos de verdade são aqueles que oram por você e com você. Não adianta ficar
falando e argumentando. Os amigos de Jó foram sinceros enquanto ficaram em
silêncio e choraram com Jó e também quando ficaram em silêncio (Jó 2.12,13). Mas
verdadeiros amigos oram e colocam tudo diante do maior de todos os Amigos: JESUS!