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VOTO 54/2023–BCB, DE 23 DE MARÇO DE 2023

Assuntos de Regulação – Altera circulares e


resoluções BCB que dispõem sobre o Processo
Interno de Avaliação da Adequação de Capital (Icaap)
e o Processo Interno Simplificado de Avaliação da
Adequação de Capital (Icaap Simp ), sobre a base de
dados de risco operacional, sobre a divulgação do
Relatório de Pilar 3, sobre o Relatório de Riscos e
Oportunidades Sociais, Ambientais e Climáticas
(Relatório GRSAC), sobre critérios para a
classificação de instrumentos na carteira de
negociação ou na carteira bancária, sobre os
requisitos de governança relativos às mesas de
operações em que são gerenciados os instrumentos
sujeitos ao risco de mercado, sobre as exigências
para o reconhecimento de transferências internas de
risco e sobre a estrutura de gerenciamento de riscos,
a estrutura de gerenciamento de capital e a política
de divulgação de informações de conglomerado
prudencial classificado como Tipo 3.

Senhor Presidente e Senhores Diretores,

I. Introdução

Submeto à apreciação deste Colegiado, proposta de alteração de um conjunto de


normativos que constituem mais uma etapa da atualização e aperfeiçoamento do arcabouço
prudencial aplicável aos conglomerados prudenciais liderados por instituições de pagamento. A
atualização do arcabouço teve início com a publicação do Edital de Consulta Pública 78 (ECP 78),
em 11 de novembro de 2020. Em março de 2022, foram editados os normativos que tratam da
segmentação e dos requerimentos mínimos de capital. Desde então, foram publicadas normas
relativas ao cálculo dos ativos ponderados pelo risco e de gerenciamento de riscos e de capital.

2. Nesta oportunidade, proponho alteração nas seguintes circulares e resoluções


BCB para que sejam aplicáveis ao conglomerado prudencial do Tipo 3:
I- Circular nº 3.846, de 13 de setembro de 2017, que dispõe sobre o Processo Interno de
Avaliação da Adequação de Capital (Icaap) e o Processo Interno Simplificado de Avaliação
da Adequação de Capital (Icaap Simp );
II - Circular nº 3.979, de 30 de janeiro de 2020, que dispõe sobre base de dados de risco
operacional;
III - Resolução BCB nº 54, de 16 de dezembro de 2020, que dispõe sobre a divulgação do
Relatório de Pilar 3;
IV - Resolução BCB nº 111, de 6 de julho de 2021, que dispõe sobre os critérios para a
classificação de instrumentos na carteira de negociação ou na carteira bancária, sobre os
requisitos de governança relativos às mesas de operações em que são gerenciados os
instrumentos sujeitos ao risco de mercado e sobre as exigências para o reconhecimento de
transferências internas de risco; e
V- Resolução BCB nº 139, de 15 de setembro de 2021, que dispõe sobre o Relatório de Riscos
e Oportunidades Sociais, Ambientais e Climáticas (Relatório GRSAC).

3. Recordo que as normas supracitadas disciplinam e detalham obrigações


normativas que passaram a ser aplicáveis a conglomerados do Tipo 3 com a Resolução BCB nº
265, de 25 de novembro de 2022, que dispõe sobre a estrutura de gerenciamento de riscos, a
estrutura de gerenciamento de capital e a política de divulgação de informações para
conglomerado do Tipo 3. Para que alcancem a IP líder do conglomerado prudencial do Tipo 3, é
necessária a inclusão da menção à legislação e às resoluções BCB específicas no preâmbulo das
normas, além de alterações nos artigos a fim de adaptá-los aos conglomerados do Tipo 3.

4. Na Circular nº 3.846, de 2017, além das alterações mencionadas, são revogados


os comandos que estabeleciam os prazos para validação independente do Icaap e Icaap Simp , uma
vez que seus efeitos já se exauriram e todas as instituições devem desde 2019 fazer tal validação.
Também proponho a revogação da Resolução BCB nº 251, de 11 de outubro de 2022, que
incorpora riscos social, ambiental e climático nas circulares de Icaap e de base de dados de risco
operacional. Considerando que os mencionados riscos são abordados no proposto normativo
com somente ampliação da fundamentação normativa que passa a se referenciar não somente
à Resolução nº 4.557, de 23 de fevereiro de 2017, mas também à Resolução BCB nº 265, de 2022,
abre-se a possibilidade de revogação da Resolução BCB nº 251, de 2022.

II. Alteração da Resolução BCB nº 54, de 2020

5. Em relação à Resolução BCB nº 54, de 2020, adicionalmente aos ajustes


mencionados acima, proponho também a atualização de redação na seção que trata do risco de
crédito. O texto vigente estabelece a divulgação, no Relatório de Pilar 3, do montante das
operações em curso anormal, definidas, até a data de dezembro de 2021, como aquelas
operações com atraso superior a noventa dias. Recordo que, desde janeiro de 2022, as operações
em curso anormal são conceitualmente equivalentes aos ativos problemáticos. Assim, proponho
a substituição do termo “ativos em curso anormal” para “ativos problemáticos”.

6. Também é necessária a atualização do Relatório de Pilar 3, em virtude da edição


da Resolução BCB nº 303, de 16 de março de 2023, que estabeleceu o cálculo do requerimento
de capital das exposições ao risco de crédito mediante sistemas internos de classificação do risco
de crédito (abordagens IRB). A autorização para o uso de modelos internos implica
obrigatoriamente a divulgação de informações sobre os modelos no Relatório de Pilar 3. Assim,
para que o arcabouço esteja completo, é essencial a publicação das tabelas do Relatório de Pilar
3 com o requerimento de informações relativas à abordagem IRB.

Voto 54/2023–BCB, de 23 de março de 2023


Documento assinado com certificação digital, conforme art. 6º do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015
7. Outra atualização no Relatório de Pilar 3 é a inclusão de tabelas que, em janeiro
de 2023, passaram a fazer parte das recomendações do Comitê da Basileia para Supervisão
Bancária 1. Para incorporação ao nosso arcabouço, são adicionadas duas novas seções temáticas
no Relatório de Pilar 3, uma delas tratando da comparação entre o valor do montante RWA
calculado na abordagem padronizada e nas abordagens de modelos internos, e a outra, da
divulgação, relativa à liquidez das instituições financeiras, de informações relacionadas a ativos
vinculados, que são aqueles sujeitos a qualquer impedimento ou restrição de negociação em
função de aspecto legal, regulatório, estatutário ou contratual.

III. Alteração da Resolução BCB nº 265, de 2022

8. Por fim, proponho alteração na Resolução BCB nº 265, de 2022, que trata da
estrutura de gerenciamento de riscos, da estrutura de gerenciamento de capital e da política de
divulgação de informações de conglomerado prudencial classificado como Tipo 3. Nesse caso, a
alteração proposta visa ajustar referências entre artigos. Além disso, há o aprimoramento da
definição de risco de liquidez relativa às moedas eletrônicas emitidas.

IV. Outras alterações inicialmente previstas

9. O ECP 78, de 2020, previa a edição de normativos estabelecendo limite máximo


para aplicação de recursos no Ativo Permanente e de limite máximo para o montante de
exposição em ouro, em moeda estrangeira e em operações sujeitas à variação cambial para
conglomerado do Tipo 3. Contudo, tendo em conta que o Banco Central do Brasil (BCB) iniciou
estudos acerca da necessidade de manutenção desses limites para conglomerados do Tipo 1,
entendo inoportuno a replicação de tais normas para conglomerado Tipo 3 neste momento.

V. Disposições finais

10. Esclareço ainda que, com base no art. 4º, incisos IV e VI, do Decreto nº 10.411, de
30 de junho de 2020, a proposta ora apresentada pode ser dispensada da realização de análise
sobre seu impacto regulatório (AIR).

11. Como explicado, as alterações propostas em normas do BCB para incluir o


conglomerado do Tipo 3 no seu âmbito de aplicação significam a disciplina e o detalhamento
desses assuntos de acordo com os padrões estabelecidos pelo Comitê da Basileia para Supervisão
Bancária e conforme já aplicado aos conglomerados do Tipo 1, o que permite a dispensa
conforme o inciso VI do art. 4º do referido Decreto.

12. As alterações promovidas na Resolução BCB nº 54, de 2020, descritas no parágrafo


7, estabelecem alinhamento ao padrão internacional de tratamento prudencial recomendado
pelo Comitê de Basileia para Supervisão Bancária, o que também permite enquadramento na
hipótese de dispensa prevista no art. 4º, inciso VI, do mencionado Decreto.

1
Disclosure requirements, em vigor a partir de janeiro de 2023, disponível em:
https://www.bis.org/basel_framework/standard/DIS.htm
Voto 54/2023–BCB, de 23 de março de 2023
Documento assinado com certificação digital, conforme art. 6º do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015
13. As demais alterações propostas, incluídos os ajustes feitos na Resolução BCB nº
265, de 2022, representam mera atualização, correção e revogação de normas obsoletas, sem
alteração de mérito, nos termos do inciso IV do art. 4º do Decreto nº 10.411, de 2020.

14. Assim, submeto a proposta à aprovação deste Colegiado, com base no disposto
no art. 11, inciso VI, alínea “o”, item 1, no art. 13, inciso XIII, e no art. 20, inciso IV, alínea “a”,
todos do Regimento Interno deste Banco Central, na forma da anexa minuta de resolução BCB.

Otávio Ribeiro Damaso


Diretor de Regulação

Anexo: 1.

Voto 54/2023–BCB, de 23 de março de 2023


Documento assinado com certificação digital, conforme art. 6º do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015
RESOLUÇÃO BCB Nº , DE DE DE 2023

Altera circulares e resoluções BCB que dispõem


sobre o Processo Interno de Avaliação da Adequação
de Capital (Icaap) e o Processo Interno Simplificado
de Avaliação da Adequação de Capital (Icaap Simp ),
sobre a base de dados de risco operacional, sobre a
divulgação do Relatório de Pilar 3, sobre o Relatório
de Riscos e Oportunidades Sociais, Ambientais e
Climáticas (Relatório GRSAC), sobre critérios para a
classificação de instrumentos na carteira de
negociação ou na carteira bancária, sobre os
requisitos de governança relativos às mesas de
operações em que são gerenciados os instrumentos
sujeitos ao risco de mercado, sobre as exigências
para o reconhecimento de transferências internas de
risco e sobre a estrutura de gerenciamento de riscos,
a estrutura de gerenciamento de capital e a política
de divulgação de informações de conglomerado
prudencial classificado como Tipo 3.
A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em sessão realizada em de
março de 2023, com base nos arts. 9º, 10, inciso IX, e 11, inciso VII, da Lei nº 4.595, de 31 de
dezembro de 1964, nos arts. 9º, inciso II, e 15 da Lei nº 12.865, de 9 de outubro de 2013, e tendo
em conta o disposto nos arts. 3º, inciso VIII, e 14 da Resolução nº 4.282, de 4 de novembro de
2013,
RESOLVE:
Art. 1º O preâmbulo da Circular nº 3.846, de 13 de setembro de 2017, passa a
vigorar com a seguinte alteração:
“A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em sessão realizada em
13 de setembro de 2017, com base no disposto nos arts. 9º, 10, inciso IX, e
11, inciso VII, da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, nos arts. 9º, inciso
II, e 15 da Lei nº 12.865, de 9 de outubro de 2013, e tendo em vista o disposto
no art. 40, § 2º, da Resolução nº 4.557, de 23 de fevereiro de 2017, e no art.
48, § 2º, da Resolução BCB nº 265, de 25 de novembro de 2022,
R E S O L V E :” (NR)
Art. 2º A Circular nº 3.846, de 2017, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 1º Esta Circular dispõe sobre o Processo Interno de Avaliação da
Adequação de Capital (Icaap) e sobre o Processo Interno Simplificado de
Avaliação da Adequação de Capital (Icaap Simp ), de que tratam a Resolução
nº 4.557, de 23 de fevereiro de 2017, e a Resolução BCB nº 265, de 25 de
novembro de 2022, aplicável a conglomerado do Tipo 3.
................................................................................................................” (NR)
“Art. 3º ............................................................................................................
I - a avaliação e a mensuração da necessidade de capital para cobertura dos
seguintes riscos:
.........................................................................................................................
II - .....................................................................................................................
.........................................................................................................................
b) risco de reputação, decorrente de percepção negativa sobre a instituição
por parte de clientes, contrapartes, acionistas, investidores ou supervisores;
c) risco social;
d) risco ambiental; e
e) risco climático;
III - avaliação da necessidade de capital em função dos resultados do
programa de testes de estresse, de que tratam a Resolução nº 4.557, de
2017, e a Resolução BCB nº 265, de 2022; e
.........................................................................................................................
§ 1º O risco de crédito mencionado no inciso I, alínea “a”, do caput inclui o
risco de crédito da contraparte e o risco de concentração.
§ 2º O Icaap e o Icaap Simp devem considerar, adicionalmente, as projeções
de valores de ativos e passivos, de exposições não contabilizadas no balanço
patrimonial e de receitas e despesas previstas no plano de capital definido
na Resolução nº 4.557, de 2017, e na Resolução BCB nº 265, de 2022, para
conglomerado do Tipo 3.
.........................................................................................................................
§ 5º As definições dos riscos mencionados neste artigo são estabelecidas na
Resolução nº 4.557, de 2017, e na Resolução BCB nº 265, de 2022.” (NR)
Art. 3º O preâmbulo da Circular nº 3.979, de 30 de janeiro de 2020, passa a vigorar
com a seguinte alteração:
“A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em sessão realizada em
30 de janeiro de 2020, com base nos arts. 9º, 10, inciso IX, 11, inciso VII, e 37
da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro 1964, nos arts. 9º, inciso II, e 15 da Lei
nº 12.865, de 9 de outubro de 2013, e tendo em vista o disposto no art. 34
da Resolução nº 4.557, de 23 de fevereiro de 2017, na Resolução CMN nº
4.893, de 26 de fevereiro de 2021, e no art. 36 da Resolução BCB nº 265, de
25 de novembro de 2022, R E S O L V E :” (NR)
Art. 4º A Circular nº 3.979, de 2020, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 2º As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pelo Banco Central do Brasil enquadradas no Segmento 1 (S1) ou
no Segmento 2 (S2), nos termos da Resolução nº 4.553, de 30 de janeiro de

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2017, e os conglomerados classificados como do Tipo 3 enquadrados no S2,
nos termos da Resolução BCB nº 197, de 11 de março de 2022, devem
constituir base de dados de risco operacional segundo os critérios
estabelecidos nesta Circular.” (NR)
“Art. 3º Para fins desta Circular, considera-se:
I - risco operacional: conforme definição estabelecida no art. 32 da
Resolução nº 4.557, de 23 de fevereiro de 2017, e no art. 34 da Resolução
BCB nº 265, de 25 de novembro de 2022, para conglomerado do Tipo 3;
II - perda operacional: conforme definição estabelecida no § 1º do art. 34 da
Resolução nº 4.557, de 2017, e no § 1º do art. 36 da Resolução BCB nº 265,
de 2022, para conglomerado do Tipo 3;
.........................................................................................................................
§ 1º A definição de que trata o inciso IV do caput inclui os incidentes
relacionados com o ambiente cibernético de que tratam a Resolução CMN
nº 4.893, de 26 de fevereiro de 2021, e a Resolução BCB nº 85, de 8 de abril
de 2021, para conglomerado do Tipo 3.
................................................................................................................” (NR)
“Art. 4º ............................................................................................................
.........................................................................................................................
§ 2º .................................................................................................................
I - as perdas operacionais associadas:
a) ao risco cibernético, conforme definido no inciso III do caput do art. 3º
desta Circular; e
b) ao risco social, ao risco ambiental e ao risco climático, conforme
definições estabelecidas pela Resolução nº 4.557, de 2017, e pela Resolução
BCB nº 265, de 2022, para conglomerado do Tipo 3; e
................................................................................................................” (NR)
“Art. 5º ............................................................................................................
.........................................................................................................................
IX - ....................................................................................................................
a) risco de crédito;
b) risco de mercado;
c) risco social;
d) risco ambiental;
e) risco climático; e
f) risco cibernético;

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.........................................................................................................................
§ 6º As definições dos riscos mencionados no inciso IX do caput são aquelas
estabelecidas pela Resolução nº 4.557, de 2017, pela Resolução BCB nº 265,
de 2022, para conglomerado do Tipo 3, e pelo inciso III do caput do art. 3º
desta Circular.” (NR)
“Art. 7º ............................................................................................................
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica às perdas operacionais
relativas às instituições dispensadas de constituir base de dados de risco
operacional.” (NR)
“Art. 14. O diretor de gerenciamento de riscos (CRO) é responsável pelas
informações de que trata esta Circular.” (NR)
Art. 5º O preâmbulo da Resolução BCB nº 54, 16 de dezembro de 2020, passa a
vigorar com a seguinte alteração:
“A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em sessão realizada em
15 de dezembro de 2020, com base no disposto nos arts. 9º, 10, inciso IX, e
11, inciso VII, da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, nos arts. 9º, inciso
II, e 15 da Lei nº 12.865, de 9 de outubro de 2013, e tendo em vista o disposto
no art. 56 da Resolução nº 4.557, de 23 de fevereiro de 2017, na Resolução
CMN nº 4.955, de 21 de outubro de 2021, na Resolução BCB nº 199, de 11
de março de 2022, e no art. 63 da Resolução BCB nº 265, de 25 de novembro
de 2022, R E S O L V E :” (NR)
Art. 6º A Resolução BCB nº 54, de 2020, passa a vigorar com as seguintes
alterações:
“Art. 2º As instituições enquadradas no Segmento 1 (S1), no Segmento 2
(S2), no Segmento 3 (S3) ou no Segmento 4 (S4), nos termos da Resolução
nº 4.553, de 30 de janeiro de 2017, e os conglomerados classificados como
do Tipo 3 enquadrados no S2, no S3 ou no S4, nos termos da Resolução BCB
nº 197, de 11 de março de 2022, devem divulgar documento denominado
Relatório de Pilar 3.
§ 1º .................................................................................................................
.........................................................................................................................
XI - risco de variação das taxas de juros em instrumentos classificados na
carteira bancária (IRRBB);
XII - remuneração de administradores;
XIII - comparação entre RWA calculado na abordagem padronizada e na
abordagem modelos internos; e
XIV - ativos vinculados.
§ 2º O Relatório de Pilar 3 deve ser elaborado em bases consolidadas para
as instituições integrantes do mesmo conglomerado prudencial, conforme

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estabelecido na regulação que dispõe sobre a elaboração dos documentos
contábeis consolidados.
§ 3º A descrição da estrutura de gerenciamento de riscos e da estrutura de
gerenciamento de capital estabelecida na regulamentação em vigor será
evidenciada mediante a divulgação das informações qualitativas sobre
gerenciamento de riscos de que trata esta Resolução.
§ 4º Para fins da elaboração do Relatório de Pilar 3, as informações relativas
à parcela referente às exposições ao risco de crédito sujeitas ao cálculo do
requerimento de capital mediante abordagem padronizada (RWA CPAD )
devem ser segregadas da seguinte forma:
.........................................................................................................................
VI - itens não deduzidos do cálculo do Patrimônio de Referência (PR).” (NR)
“Art. 6º ............................................................................................................
.........................................................................................................................
II - composição do Patrimônio de Referência (PR) (tabela CC1); e
................................................................................................................” (NR)
“Art. 7º ............................................................................................................
I - o Índice de Basileia (IB) apurado de acordo com a seguinte fórmula:
𝑃𝑃𝑃𝑃
IB = 𝑃𝑃𝑅𝑅𝑅𝑅 , em que:
PR = Patrimônio de Referência; e
RWA = montante dos ativos ponderados pelo risco;
II - o Índice de Nível I (IN1) apurado de acordo com a seguinte fórmula:
𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁 1
IN1= 𝑃𝑃𝑅𝑅𝑅𝑅
, em que:
Nível I = parcela do PR correspondente ao somatório do Capital Principal e
do Capital Complementar;
III - o Índice de Capital Principal (ICP) apurado de acordo com a seguinte
fórmula:
𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑁𝑁𝐶𝐶𝐶𝐶𝑁𝑁 𝑃𝑃𝑃𝑃𝑁𝑁𝑃𝑃𝑃𝑃𝑁𝑁𝐶𝐶𝐶𝐶𝑁𝑁
ICP= 𝑃𝑃𝑅𝑅𝑅𝑅
.
................................................................................................................” (NR)
“Art. 8º ............................................................................................................
.........................................................................................................................
II - distribuição geográfica das exposições ao risco de crédito consideradas
no cálculo do ACP Contracíclico (tabela CCyB1).
................................................................................................................” (NR)

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“Art. 11. ..........................................................................................................
.........................................................................................................................
III - mudanças no estoque de operações classificadas como ativos
problemáticos (CR2);
................................................................................................................” (NR)
“Art. 11-A. As informações do Relatório de Pilar 3 relativas ao cálculo do
requerimento de capital das exposições ao risco de crédito mediante
sistemas internos de classificação do risco de crédito (abordagens IRB)
(RWA CIRB ) devem ser divulgadas conforme as seguintes tabelas
estabelecidas pelo Banco Central do Brasil:
I - informações qualitativas sobre as abordagens IRB (Tabela CRE);
II - exposições ao risco de crédito por variação do parâmetro PD para cada
categoria, subcategoria e portfólio (Tabela CR6);
III - efeito mitigador de derivativos de crédito no RWA CIRB (Tabela CR7);
IV - informações sobre as variações no RWA CIRB (Tabela CR8);
V - comparação entre perdas estimadas e observadas (backtesting) do
parâmetro PD por categoria, subcategoria e portfólio (Tabela CR9);
Parágrafo único. As tabelas de que trata o caput devem ser divulgadas
apenas pelas instituições autorizadas a utilizar abordagens IRB no cálculo do
requerimento de capital das exposições ao risco de crédito.” (NR)
“Art. 14. ……………………….………………………………….............................................
.........................................................................................................................
§ 1º As instituições autorizadas a utilizar modelos internos de risco de
mercado para o cálculo do valor diário referente à parcela RWA MINT também
devem divulgar o montante dos ativos ponderados pelo risco mediante
abordagem padronizada (RWA MPAD ).
................................................................................................................” (NR)
“Seção XIII
Da Comparação entre RWA Calculado na Abordagem Padronizada e na
Abordagem Modelos Internos
Art. 17-A. As informações do Relatório de Pilar 3 relativas à comparação
entre RWA calculado na abordagem padronizada e na abordagem modelos
internos devem ser divulgadas conforme as seguintes tabelas estabelecidas
pelo Banco Central do Brasil:
I - comparação entre RWA calculado na abordagem padronizada e na
abordagem de modelos internos por tipo de risco (tabela CMS1); e
II - comparação entre RWA CPAD e RWA CIRB por categoria, subcategoria e
portfólio (tabela CMS2).

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Parágrafo único. As tabelas de que trata o caput devem ser divulgadas
apenas pelas instituições autorizadas a utilizar modelos internos no cálculo
do requerimento de capital.” (NR)
“Seção XIV
Dos Ativos Vinculados
Art. 17-B. As informações do Relatório de Pilar 3 relativas a ativos vinculados
devem ser divulgadas conforme a tabela Ativo Vinculado (Tabela ENC),
estabelecida pelo Banco Central do Brasil.” (NR)
“Art. 18. As instituições enquadradas no S1 devem publicar todas as tabelas
mencionadas no art. 4º ao art. 17-B, observado o disposto no art. 8º,
parágrafo único, e no art. 11-A, parágrafo único.” (NR)
“Art. 19. ..........................................................................................................
.........................................................................................................................
Parágrafo único. Adicionalmente ao requerido no caput, as instituições
enquadradas no S2 devem divulgar as seguintes tabelas:
I - MRB, MR2, MR3 e MR4 quando autorizadas a utilizar modelos internos de
risco de mercado para o cálculo do valor diário referente à parcela RWA MINT ;
II - CRE, CR6, CR7, CR8 e CR9 quando autorizadas a utilizar as abordagens IRB
no cálculo do requerimento de capital das exposições ao risco de crédito; e
III - CSM1 e CSM2 relativas à comparação entre RWA calculado na
abordagem padronizada e na abordagem modelos internos.” (NR)
“Art. 22. ..........................................................................................................
I - ......................................................................................................................
.........................................................................................................................
e) CR8; e
f) CMS1;
II - .....................................................................................................................
.........................................................................................................................
d) CR1, CR2, CR3, CR4, CR5, CR6 e CR7;
e) CCR1, CCR3, CCR5, CCR6 e CCR8;
f) SEC1, SEC2, SEC3, SEC4;
g) CMS2; e
h) ENC; e
III - anual, relativamente à data-base 31 de dezembro, para as informações
requeridas nos arts. 4º a 17-B.
................................................................................................................” (NR)

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“Art. 23. ..........................................................................................................
.........................................................................................................................
§ 4º O Relatório de Pilar 3 com data-base 31 de dezembro deve ser
acompanhado de descrição resumida dos principais aspectos da política de
divulgação de informações estabelecida na resolução que dispõe sobre a
estrutura de gerenciamento de riscos, a estrutura de gerenciamento de
capital e a política de divulgação de informações.” (NR)
Art. 7º A ementa da Resolução BCB nº 111, de 6 de julho de 2021, passa a vigorar
com a seguinte alteração:

“Dispõe sobre os critérios para a classificação de instrumentos na carteira


de negociação ou na carteira bancária, sobre os requisitos de governança
relativos às mesas de operações em que são gerenciados os instrumentos
sujeitos ao risco de mercado, sobre as exigências para o reconhecimento de
transferências internas de risco na apuração dos requerimentos mínimos de
que tratam a Resolução CMN nº 4.958, de 21 de outubro de 2021, e a
Resolução BCB nº 200, de 11 de março de 2022.” (NR)

Art. 8º O preâmbulo da Resolução BCB nº 111, de 2021, passa a vigorar com a


seguinte alteração:
“A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em sessão realizada em 6
de julho de 2021, com base nos arts. 9º e 11, inciso VII, da Lei nº 4.595, de
31 de dezembro 1964, nos arts. 9º, inciso II, e 15 da Lei nº 12.865, de 9 de
outubro de 2013, e tendo em vista o disposto no § 2º do art. 3º da Resolução
CMN nº 4.958, de 21 de outubro de 2021, no § 2º do art. 3º da Resolução
BCB nº 200, de 11 de março de 2022, na Resolução nº 4.553, de 30 de janeiro
de 2017, nos arts. 25-A, 25-B, 26, 26-A, 27, 27-A, 29, inciso II, e art. 56 da
Resolução nº 4.557, de 23 de fevereiro de 2017, na Resolução BCB nº 197,
de 11 de março de 2022, e nos arts. 24 a 29, art. 31, inciso II, e art. 63 da
Resolução BCB nº 265, de 25 de novembro de 2022, R E S O L V E :” (NR)

Art. 9º A Resolução BCB nº 111, de 2021, passa a vigorar com as seguintes


alterações:
“Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre os critérios para a classificação de
instrumentos na carteira de negociação ou na carteira bancária, sobre os
requisitos de governança relativos às mesas de operações em que são
gerenciados os instrumentos sujeitos ao risco de mercado, e sobre as
exigências para o reconhecimento de transferências internas de risco na
apuração dos requerimentos mínimos de que tratam a Resolução CMN nº
4.958, de 21 de outubro de 2021, e a Resolução BCB nº 200, de 11 de março
de 2022.” (NR)
“Art. 3º As instituições enquadradas no Segmento 1 (S1), no Segmento 2
(S2), no Segmento 3 (S3) ou no Segmento 4 (S4), nos termos da Resolução

Resolução BCB nº , de de de 2023


nº 4.553, de 30 de janeiro de 2017, ou nos termos da Resolução BCB nº 197,
de 11 de março de 2022, para conglomerado do Tipo 3, devem observar os
critérios mínimos de que trata este Capítulo na classificação de instrumentos
na carteira de negociação ou na carteira bancária, conforme definidas na
Resolução nº 4.557, de 23 de fevereiro de 2017, e na Resolução BCB nº 265,
de 25 de novembro de 2022.” (NR)
“Art. 5º Para fins da classificação na carteira de negociação, atendem ao
disposto no art. 26 da Resolução nº 4.557, de 2017, e no art. 26 da Resolução
BCB nº 265, de 2022, os instrumentos que, quando do reconhecimento
contábil inicial:
................................................................................................................” (NR)
“Art. 9º ............................................................................................................
.........................................................................................................................
§ 3º As reclassificações de que trata o caput são irrevogáveis, exceto nos
casos em que o instrumento deixar de atender às condições para inclusão
na carteira de negociação estabelecidas no art. 26 da Resolução nº 4.557, de
2017, e no art. 26 da Resolução BCB nº 265, de 2022.
................................................................................................................” (NR)
“Art. 10. Não é admitida, em decorrência da reclassificação de operações
específicas para a carteira de negociação ou para a carteira bancária, a
redução dos montantes de requerimentos mínimos de que tratam a
Resolução CMN nº 4.958, de 2021, e a Resolução BCB nº 200, de 2022.
§ 1º .................................................................................................................
.........................................................................................................................
II - caso haja redução nos requerimentos mínimos de que trata o caput após
a reclassificação, adicionar a diferença ao montante dos ativos ponderados
pelo risco (RWA) apurado a partir da data de reclassificação do instrumento;
e
................................................................................................................” (NR)
“Art. 11. As políticas que tratam dos critérios para classificação dos
instrumentos na carteira de negociação devem:
.........................................................................................................................
II - incorporar, na sua revisão, conforme disposto na alínea “i” do inciso II do
art. 48 da Resolução nº 4.557, de 2017, e na alínea “i” do inciso II do art. 56
da Resolução BCB nº 265, de 2022, para conglomerado do Tipo 3, o resultado
da análise de todos os eventos de reclassificação ocorridos no período;
................................................................................................................” (NR)
“Art. 14. A documentação da estratégia de negócio e organização de cada
mesa de operações deve conter:

Resolução BCB nº , de de de 2023


................................................................................................................” (NR)
“Art. 15. ..........................................................................................................
.........................................................................................................................
III - livros de negociação específicos, conforme definidos no art. 25-A da
Resolução nº 4.557, de 2017, e no art. 24 da Resolução BCB nº 265, de 2022,
para conglomerado do Tipo 3;
................................................................................................................” (NR)
“Art. 20. Depende de autorização do Banco Central do Brasil a utilização de
modelos internos de risco de mercado para o cálculo do valor referente à
parcela RWA MINT pela estrutura das mesas de operações de que trata este
Capítulo.” (NR)
“Art. 23. ..........................................................................................................
.........................................................................................................................
§ 7º A autorização pelo Banco Central do Brasil para que as transferências
internas de riscos da carteira bancária para a carteira de negociação
produzam efeitos no requerimento de capital:
...............................................................................................................” (NR)
“Art. 24. ..........................................................................................................
I - duas mesas de operações de instrumentos sujeitos ao risco de mercado,
conforme definição estabelecida no art. 25-A da Resolução nº 4.557, de
2017, e no art. 24 da Resolução BCB nº 265, de 2022, para conglomerado do
Tipo 3; e
...............................................................................................................” (NR)
Art. 10. O preâmbulo da Resolução BCB nº 139, de 15 de setembro de 2021, passa
a vigorar com a seguinte alteração:
“A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em sessão realizada em
24 de agosto de 2021, com base no disposto nos arts. 9º, 10, inciso IX, e art.
11, inciso VII, da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, no art. 9º, inciso
II, e art. 15 da Lei nº 12.865, de 9 de outubro de 2013, e tendo em vista o
disposto no art. 56 da Resolução nº 4.557, de 23 de fevereiro de 2017, e no
art. 63 da Resolução BCB nº 265, de 25 de novembro de 2022,
R E S O L V E :” (NR)

Art. 11. A Resolução BCB nº 139, de 2021, passa a vigorar com as seguintes
alterações:
“Art. 2º As instituições enquadradas no Segmento 1 (S1), no Segmento 2
(S2), no Segmento 3 (S3) e no Segmento 4 (S4), nos termos da Resolução nº
4.553, de 30 de janeiro de 2017, ou nos termos da Resolução BCB nº 197, de

Resolução BCB nº , de de de 2023


11 de março de 2022, para conglomerado do Tipo 3, devem divulgar o
Relatório GRSAC.
§ 1º O Relatório GRSAC deve ser elaborado em bases consolidadas para as
instituições integrantes do mesmo conglomerado prudencial, conforme
estabelecido na regulação que dispõe sobre a elaboração dos documentos
contábeis consolidados.
...............................................................................................................” (NR)
“Art. 3º O Relatório GRSAC deve conter informações referentes aos
seguintes tópicos associados ao risco social, ao risco ambiental e ao risco
climático:
..............................................................................................................” (NR)
“Art. 4º ............................................................................................................
.........................................................................................................................
II - .....................................................................................................................
a) sociais, considerando o respeito, a proteção e a promoção dos direitos e
garantias fundamentais e dos interesses comuns, conforme definido na
resolução de gerenciamento de riscos;
................................................................................................................” (NR)
“Art. 7º ............................................................................................................
.........................................................................................................................
§ 3º Devem ser documentados os critérios de relevância utilizados em caso
de não divulgação de informações requeridas, conforme estabelecido na
política de divulgação de informações.
................................................................................................................” (NR)
“Art. 12. A divulgação do Relatório GRSAC é de responsabilidade do diretor
responsável pela divulgação de informações, indicado nos termos da
regulação que dispõe sobre a estrutura de gerenciamento de riscos, a
estrutura de gerenciamento de capital e a política de divulgação de
informações.” (NR)
Art. 12. A Resolução BCB nº 265, de 25 de novembro de 2022, passa a vigorar com
as seguintes alterações:
“Art. 21. ..........................................................................................................
.........................................................................................................................
III - ....................................................................................................................
a) instrumentos classificados na carteira de negociação mencionada no art.
26;

Resolução BCB nº , de de de 2023


b) instrumentos classificados na carteira bancária mencionada no art. 26, §
2º;
................................................................................................................” (NR)
“Art. 39. ..........................................................................................................
.........................................................................................................................
III - a possibilidade de a instituição emissora de moeda eletrônica não ser
capaz de convertê-la em moeda física ou escritural no momento da
solicitação do usuário.” (NR)
“Art. 56. ..........................................................................................................
.........................................................................................................................
II - .....................................................................................................................
.........................................................................................................................
g) o plano de contingência de capital de que trata o art. 48, inciso V;
h) a política de divulgação de informações de que trata o art. 64; e
i) as políticas de que trata o art. 28;
................................................................................................................” (NR)
“Art. 66. ..........................................................................................................
.........................................................................................................................
IX - realizar análises de cenários de risco operacional conforme disposto no
art. 35, inciso VI do caput e § 3º;
...............................................................................................................” (NR)
Art. 13. Ficam revogados:
I - os §§ 3º e 4º do art. 4º da Circular nº 3.846, de 2017;
II - os seguintes dispositivos da Resolução BCB nº 54, de 2020:
a) o inciso III do § 4º do art. 2º; e
b) o § 3º do art. 11; e
III - a Resolução BCB nº 251, de 11 de outubro de 2022.
Art. 14. Esta Resolução entra em vigor em 1º de julho de 2023.

Otávio Ribeiro Damaso


Diretor de Regulação

Resolução BCB nº , de de de 2023

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