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Este texto resulta, genericamente, o repositório da Monografia do Eng.º Rui Jesus Moreira.
Pretende, contudo, o seu teor evoluir permanentemente, no sentido de responder quer à especificidade dos
cursos da UFP, como contrair-se ainda mais ao que se julga pertinente e alargar-se ao que se pensa omitido.
Embora o texto tenha sido revisto, esta versão não é considerada definitiva, sendo de supor a existência de
erros e imprecisões. Conta-se não só com uma crítica atenta, como com todos os contributos técnicos que
possam ser endereçados. Ambos se aceitam e agradecem.
SUMÁRIO
Aborda os métodos construtivos e o planeamento dos trabalhos de obras deste tipo, debruçando-
se, especificamente, sobre o caso da estação de metro da Avenida dos Aliados.
I
Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
Agradecimentos
Por último, agradeço às pessoas e entidades envolvidas neste trabalho, toda a colaboração
prestada, sem as quais o mesmo não teria sido possível, nomeadamente:
II
Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
ÍNDICE GERAL
Apresentação .................................................................................................................................II
Sumário ..........................................................................................................................................I
ÍNDICE GERAL ......................................................................................................................... III
ÍNDICE DE QUADROS............................................................................................................. VI
ÍNDICE DE FIGURAS..............................................................................................................VII
Introdução ..................................................................................................................................... 1
I - INSERÇÃO DA OBRA E CONDICIONAMENTOS DE EXECUÇÃO ................................ 3
I.1 - Geológicos e Geotécnicos ................................................................................................. 3
I.2 - Geométricos....................................................................................................................... 4
I.3 - Construtivos....................................................................................................................... 4
I.4 - Topográficos...................................................................................................................... 4
I.5 - Hidraúlicos ........................................................................................................................ 4
I.6 - Condicionamentos relativos a estruturas e infra-estruturas vizinhas................................. 5
I.7 - Outros condicionamentos .................................................................................................. 5
II - CARACTERIZAÇÃO GEOTÉCNICA .................................................................................. 6
II.1 - Caracterização geotécnica ................................................................................................ 6
II.1.1 - Características geotécnicas dos materiais encontrados nas sondagens ..................... 6
II.1.1.1 - Formações .......................................................................................................... 7
II.1.1.2 - Outras Informações .......................................................................................... 10
II.1.2 - Perfis Geológico-geotécnicos interpretados ............................................................ 11
II.1.3 - Condições Hidrogeológicas..................................................................................... 15
II.1.4 - Parâmetros Geotécnicos .......................................................................................... 18
Modelo geotécnico simplificado ..................................................................................... 18
III - PROCESSO CONSTRUTIVO ............................................................................................ 26
III.1 - Sistema estrutural e concepção das soluções de contenção .......................................... 26
III.1.1 - Aspectos geotécnicos e estruturais......................................................................... 26
III.1.2 - Aspectos hidrogeológicos ...................................................................................... 28
III.1.3 - Descrição das contenções utilizadas ...................................................................... 30
III.1.3.1 - Contenção Definitiva por Estacas ................................................................... 30
III.1.3.2 - Contenção Provisória Tipo Berlim ................................................................. 33
III.1.3.3 - Contenção provisória, por corte vertical, com pregagens e eventual betão
projectado com malhasol................................................................................................. 34
III.2 - Critérios Gerais de Dimensionamento .......................................................................... 36
III
Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
IV
Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
V
Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
ÍNDICE DE QUADROS
VI
Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
ÍNDICE DE FIGURAS
VII
Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
INTRODUÇÃO
Esta tendência é justificada pela crescente ocupação do solo e consequente diminuição dos
locais disponíveis, havendo necessidade de um melhor aproveitamento e racionalização do
espaço nas obras a executar, levando ao seu desenvolvimento em locais confinados entre
estruturas já existentes. Por vezes colocam-se situações de estabilidade muito delicada, noutros
casos confrontantes com infra-estruturas importantes, em que é fundamental a manutenção e
garantia do seu bom funcionamento.
Neste contexto, e da prática continuada deste tipo de empreitadas, verifica-se, contudo, ser ainda
necessário desenvolver e aperfeiçoar as técnicas de execução, de forma a responder a
solicitações sempre crescentes nos Donos-de-Obra, como sejam, o controle de prazos e de
custos.
Das situações práticas disponíveis, entendeu-se elaborar o presente documento com base na
solução construtiva utilizada na Estação dos Aliados do Metro do Porto - Corpo Central, dado
entender-se ser um exemplo muito abrangente no que trata à análise de métodos de execução e
planeamento de obras enterradas.
• Caracterização geotécnica;
• Opções tomadas na concepção das soluções;
• Acções e critérios de dimensionamento estrutural;
• Materiais utilizados nos vários elementos estruturais;
• Planeamento dos Trabalhos;
• Procedimentos de execução dos métodos de contenção utilizados.
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
Seque-se a apresentação dos múltiplos condicionalismos que tiveram de ser ponderados para a
boa execução dos trabalhos, tendo em conta o encadeamento das diversas tarefas realizadas e o
prazo (471 dias) para a execução da obra enterrada, sem acabamentos de construção civil.
A zona do maciço envolvido pela estação apresenta uma heterogeneidade significativa, que é
agravada pelas indefinições que surgem do cruzamento de informação contraditória de
sondagens temporalmente desfasadas e da própria característica destes maciços.
Os maciços envolvidos pela escavação da Estação dos Aliados caracterizam-se por franca
heterogeneidade, embora denotem, numa boa parte, forte incidência de graus de alteração
elevados. Há evidência do desenvolvimento de uma zona “falhada”, a que está associada uma
profunda depressão de maciços fortemente alterados a decompostos. Existe também um aterro
generalizado cuja espessura oscila entre 0,5 e 11m.
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
I.2 - Geométricos
I.3 - Construtivos
Os aspectos estritamente construtivos importantes na concepção desta obra, que foram tidos em
conta no seu planeamento, são:
I.4 - Topográficos
A zona de implantação da Estação dos Aliados tem uma inclinação de Norte para Sul da ordem
dos 5%, inclinação que é acompanhada pelo coroamento da Estação.
I.5 - Hidraúlicos
A posição do nível da água (freático – NA), identificado nas sondagens, era variável. Os níveis
aquíferos, tendo sido medidos em todas as sondagens realizadas, oscilaram circunstancialmente
entre as cotas de cerca de 64.00m e 71.00m (altitude absoluta), acompanhando o declive da
superfície. Admitiu-se que nas estações do ano mais pluviosas estes níveis estacionassem em
cotas ligeiramente superiores (1 a 2m), ou seja, viessem a atingir profundidades de cerca de 3m
da superfície. As últimas sondagens, concluídas no início de 2002, confirmaram os níveis
freáticos das campanhas anteriores.
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
Pelo exposto, se percebe a forte implicação com o processo construtivo que estes níveis
aquíferos tiveram na escavação para a execução da Estação enterrada. Assim, atendendo a que a
profundidade média da escavação é da ordem dos 22m, foi necessário assegurar o rebaixamento
freático em contínuo durante o período da obra.
A escavação ocupou um terreno com forte envolvimento nas artérias mais importantes da
cidade, onde o tráfego é intenso, quer de pessoas (peões), quer de veículos ligeiros e pesados
(com franca incidência de transportes colectivos).
No que respeita aos edifícios, a sua distância às faces da escavação principal (Estação enterrada
propriamente dita) é suficientemente grande para que não oferecessem cuidados de maior em
vista dos movimentos induzidos pela escavação, a não ser eventuais implicações com
rebaixamentos de níveis freáticos.
No entanto, as galerias de acesso, que se desenvolvem nos limites da Avenida dos Aliados e são
praticamente apensas às fronteiras dos edifícios que a cerceiam, justificaram uma maior atenção
ao seu comportamento e, por isso, o método construtivo é função deste factor (sendo-o também
das condições de fundação daquelas estruturas).
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
II - CARACTERIZAÇÃO GEOTÉCNICA
Os boletins das sondagens realizadas apresentam uma descrição que permitiu caracterizar os
materiais presentes na área a ser escavada.
A mineralogia identificada do granito do Porto, tanto para os termos menos alterados, quanto
para os mais alterados, permitiu prever que a expansibilidade destes materiais não era factor de
risco da estabilidade da escavação projectada para a Estação Avenida dos Aliados.
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
Parâmetros Rerultados
Amostra:
Elemento VMR* VMA* Unidade Amostra: SAL13
SAL9
Magnésio 300 1000 mg/l 6,6 17,6
PH (eq) >6,5 >5,5 Esc. Sorens 7,3 7,3
Alcalinidade mg/l CaCO3 189,9 169,2
Sulfatos 200 600 mg/l SO4 50 73
Cloretos mg/l Cl 43,4 70,3
Azoto amoniacal 15 30 mg/l NH4 0,126 0,669
Anidrido
35 90 mg/l CO2 21,1 15,6
carbónico livre
* Estes valores (máximos recomendáveis, VMR, e máximos admissíveis, VMA) são, segundo a especificação LNEC
E378-1996, os limites da classe de exposição EQ1, o que não tem implicações particulares de composição do betão.
II.1.1.1 - Formações
Aterros
Aluvião
Foi detectado apenas nas sondagens S9 e BHS5’’. Era composto por uma areia com granulação
muito variável, de fina a grosseira, siltosa e com calhaus. No único ensaio SPT realizado neste
material, na sondagem S9, obteve-se um valor de NSPT de 18/30 pancadas.
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
Granito W5-W4
Granito W4-W5
Era composto por material muito alterado a decomposto, com RQD variando entre 0% e 60% e
Recuperação de 25% a 90%. O grau de fracturação predominante era o F5 (descontinuidades
muito próximas), com frequentes zonas F4 (descontinuidades próximas) e raras zonas F3
(fracturas medianamente afastadas).
Granito W4
Todos os materiais rochosos descritos a partir deste item referem-se ao Granito do Porto, de
grão médio, com duas micas. Nesta unidade, Granito W4, este apresentava-se muito alterado e
amarelado. As fracturas eram predominantemente próximas (F4) podendo também ser F5
(fracturas muito próximas), ou F3 (medianamente afastadas). Os valores do RQD para estes
materiais variavam entre 0% e 90%. Para a Recuperação os valores variaram entre os 45% e os
100%.
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
Granito W3-W4
Era composto por Granito do Porto. Apresentava grão médio, duas micas, encontrando-se muito
a extremamente alterado. O grau de fracturação, apesar de predominantemente se caracterizar
por fracturas próximas (F4), varia muito, podendo também ser F5 (fracturas muito próximas),
F3 (medianamente afastadas) e até mesmo F2 (fracturas afastadas). O RQD varia entre 0% e
85%, enquanto que, para a Recuperação, os valores encontrados variaram entre os 65% e os
100%.
Granito W3
Esta unidade era composta por um granito medianamente alterado, com fracturas
predominantemente próximas (F4), mas podendo frequentemente ser muito próximas (F5) ou
medianamente afastadas (F3) ou, ainda e localmente, afastadas (F2). O RQD variava entre 0% e
100%, enquanto que para a Recuperação os valores variavam numa faixa mais estreita de
valores, de 25% a 100%. Estes dois parâmetros são muito influenciados pelo grau de fracturação
encontrado nestes materiais, daí os valores mínimos obtidos na Recuperação serem inferiores
aos do Granito W4, relacionados às frequentes zonas F5.
Granito W3-W2
Granito W2
Era o material menos alterado encontrando-se nas sondagens realizadas na área da Estação
Avenida dos Aliados. Tinha grau de fracturas predominantemente entre o F4 (fracturas
próximas) e o F3 (fracturas medianamente afastadas), podendo, localmente, apresentar zonas
com descontinuidades afastadas (F2) ou muito próximas (F5). O RQD variava entre 10% (em
um trecho muito restrito, de fracturação F5) e 100%. A recuperação obtida nestes materiais foi
sempre de 100%.
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
• Orientação;
• Abertura;
• Persistência;
• Condutividade hidráulica;
• Rugosidade;
• Enchimento das diaclases.
Orientação
Condutividade hidráulica
Não foram realizados ensaios de condutividade hidráulica nas diaclases observadas, mas do
ponto de vista qualitativo observou-se que era comum a presença de vestígios de circulação de
água em todos os furos realizados.
Persistência
A única descontinuidade para a qual era possível estimar-se este parâmetro é a longitudinal ao
eixo dos furos, que são verticais. Nas sondagens realizadas, o valor deste parâmetro para estas
descontinuidades variou entre 0,25m e 2,65m. Deve-se frisar, entretanto, que de todos os
parâmetros geométricos das diaclases este é, sem dúvida, um dos de mais difícil determinação,
mesmos naquelas situações em que são comuns os afloramentos rochosos, o que não é o caso,
dado que o seu valor depende das dimensões da face em que se encontram expostas as diaclases.
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
Rugosidade
Preenchimento
Eram comuns as diaclases preenchidas por películas argilosas e, com menor frequência, óxido
(provavelmente ferro e/ou manganês).
Abertura
Os dados recolhidos nos furos realizados não permitiram estimar este parâmetro.
O Perfil AA’, construído com direcção Norte – Sul, situa-se nas proximidades da parede Oeste
da escavação a ser realizada para a Estação Avenida dos Aliados do Metro Ligeiro do Porto. A
camada mais superficial deste perfil é composta por um aterro heterogéneo que só não foi
observado na sondagem SS8, situada na porção Sul do perfil. A seguir, ocorrem diversas
camadas de materiais de alteração do Granito do Porto. Sob a camada superficial de aterro,
desde o extremo Norte do perfil (com referência à sondagem SAL-2) até ao extremo Sul (com
referência à sondagem SAL-12), prepondera um horizonte de granito W5-W4.
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
Na porção mais a Norte, na zona da sondagem SAL-2, sob a camada superficial de aterro surge
um nível de blocos compostos por Granito W2 com pequena extensão e sob este, uma lente de
Granito W3 que se estende até pouco depois da sondagem BHS6. Na continuação destas lentes
e rumando a Sul, predomina subjacentemente ao aterro o Granito W5 – W4. Na porção
intermédia do perfil, na zona entre as sondagens SAL10 e BHS4’’, com grande significado na
sondagem SCS3A, ocorre um horizonte, possante nessa parte central, de Granito W5, afinando
para Sul até desaparecer pouco após a sondagem BHS4’’. Na porção mais a Sul do perfil ocorre
o mesmo horizonte de Granito W5 – W4 que é a mesma que se estende por todo o perfil,
podendo aflorar eventualmente à superfície pelas indicações da sondagem SS8. Nesta zona, em
todo o desenvolvimento entre as sondagens BHS4 e SAL12, aparece um espesso horizonte de
granito muito alterado a decomposto, W4-W5, entremeado de incipientes lentes de granito W4,
com grande significado. Nas porções Norte e Central do perfil, esta camada ocorre
ocasionalmente e localizadamente no seio de um granito muito alterado (W3-W4) a
medianamente alterado (W3). Este granito é dominante para profundidades maiores que 15 a
20m da superfície nas zonas Norte a central, mas perde significado a Sul, onde o granito muito
alterado (W4-W5 a W4) é mais profundo. Na sequência destes horizontes desenvolve-se em
profundidade uma base de Granito medianamente a pouco alterado, W3-W2.
O Perfil BB’, com direcção aproximada Norte – Sul, foi construído nas proximidades da parede
Leste da escavação a ser realizada para a implantação da estação. Este perfil apresenta uma
camada superficial razoavelmente espessa (entre 2 e 7m), composta por um aterro heterogéneo.
A seguir, na porção mais a Norte, observa-se a presença de um depósito aluvionar, com
espessura máxima de 11m, detectado na sondagem BHS5’’, que se afina para Sul, já não
aparecendo na zona perfurada pela sondagem SAL-1. Sob a aluvião ocorre uma camada de
Granito decomposto, ou solo residual saprolítico, W5, muito espessa e profunda na zona da
sondagem BHS5’’ e que se afina bastante a partir da sondagem SAL-1 e daí para Sul,
estendendo-se sob a camada superficial de aterro a partir da posição 20m do perfil. Sob esta,
aparece uma espessa camada de Granito W5–W4 que também parece estender-se por todo o
perfil, adelgaçando-se para o Sul, tendo sido apenas interpretada na zona da sondagem BHS5’’.
Deve-se salientar que este horizonte tem um muito grande significado no maciço entre as
sondagens SAL1 e BHS5, diminuindo para a BHS5’, sendo extremamente condicionador da
geotecnia em toda a zona Nordeste da Estação. Entre estas duas sondagens, foi posteriormente
realizada uma sondagem adicional (a SAL14) que confirmou este modelo, embora a
terminologia e interpretação seja um pouco mais conservativa. A seguir, restrita apenas à porção
Sul do perfil, observa-se uma lente de Granito W4, que desaparece nas proximidades da zona
perfurada pela sondagem BHS5’. A partir da posição 20m do perfil (SAL9), ocorre uma camada
de Granito muito alterado (W3-W4) a medianamente alterado (W3), com uma grande espessura
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
O Perfil CC’, foi construído nas proximidades da parede Norte da escavação prevista, com uma
direcção aproximadamente Leste – Oeste. A camada mais superficial é um aterro heterogéneo,
com cerca de 2m de espessura média. A seguir ocorre um nível de blocos composto por blocos
de Granito W2–W3. Na zona da sondagem SAL-1 ocorre, sob este nível de blocos, uma lente de
Granito W5 que se estende até a porção média do perfil. A seguir, e estendendo-se ao longo de
todo o perfil, ocorre uma espessa camada de Granito W5–W4, que se afina para Oeste. A
camada W4-W3 que se segue é a última camada interceptada por ambas as sondagens que
compõem este perfil (SAL-1 e SAL-2). E apresenta uma variação de profundidade bastante
abrupta na zona entre as duas sondagens. As demais camadas só ocorrem na zona da sondagem
SAL-2, não tendo sido interceptadas pela sondagem SAL-1, pelo que sua presença a Leste pode
ser apenas inferida. Trata-se de uma sequência de camadas que tem início com uma intercalação
de camadas de Granito W4–W5 e camadas de Granito W3. Por fim, ocorre uma camada de
Granito W2-W3 (W2 ?) que é o material mais são encontrado nas sondagens realizadas nesta
área.
O Perfil DD’, situa-se na porção Sul da escavação e tem direcção aproximada Leste – Oeste. É
composto por uma sequência de camadas que, segundo a interpretação dos perfis longitudinais
antes descritos, mergulham de Norte para Sul, sendo a mais superficial constituída por aterros
heterogéneos com espessuras máximas de cerca de 2 metros. Sob esta camada ocorre uma
significativa diversidade de camadas distintas. Na porção mais a Leste, após um nível de blocos
compostos por Granito W3-W4 com pequena extensão, observa-se uma sequência gradativa e
profunda de horizontes de graus de alteração decrescentes em profundidade, sob uma forma de
“vale”, o que indicia uma decorrente linha de água (a que não são estranhas incidentes processos
de alteração mais profundos). Assim, observa-se de forma sequencial os horizontes W5, W5-
W4 (este com grande significado em possança), W4, W4-W3, W3-W4 e uma base de W3-W2.
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
Caminhando para Oeste estes horizontes menos alterados sobem abruptamente, logo para a
prumada definida pela sondagem SAL13, estando a área envolvida pela Estação claramente fora
daquela zona mais alterada. A parte central do perfil é dominada por uma sequência algo
errática – porque alternada – de distintos horizontes de alteração, sendo significativa a presença
de espessas camadas de granito muito alterado (W4-W5) inserido em horizontes medianamente
alterados (informação explicitada pela sondagem SAL11 – que, aliás, contraria a informação da
sondagem SS8 – projectada à distância de cerca de 8m). Estas camadas mais alteradas parecem
desaparecer quando seguimos para o extremo Oeste do perfil, ou seja, da Avenida dos Aliados.
A camada mais profunda interceptada nas sondagens, é composta por um Granito pouco a
medianamente alterado, W3-W2 (eventualmente com caminho para W2 ?).
Os Perfis EE’ e FF’ foram ambos construídos com direcção Norte – Sul, situando-se,
respectivamente, nos limites Poente e Nascente da Avenida dos Aliados, sendo em boa medida
representativos das condições que dominam os maciços das fundações dos edifícios adjacentes
às rampas de acesso à estação (com entradas situadas nos passeios) e que, também, poderão ser
envolvidos pelos bolbos de eventuais ancoragens lançadas das paredes da Estação enterrada. O
seu interesse vem acrescido pela possibilidade que criaram de estender os perfis CC’ e DD’ até
à sua direcção, embora com algum exercício de extrapolação das litologias perfiladas em EE’ e
FF’.
O Perfil EE’ tem direcção aproximada Norte – Sul, e situa-se no lado poente da futura Estação
Avenida dos Aliados. Foi construído com base nas informações obtidas nas sondagens SAL3 e
SAL4. É constituído por uma camada superficial de aterros heterogéneos com espessura
máxima de cerca de 2 metros e que se afina para Sul. Sob esta camada superficial ocorrem duas
camadas. Na porção mais a Norte do perfil ocorre uma camada de Granito W5, com espessura
máxima de cerca de 7 metros, e SPT entre 2/3 e 19/47 que também torna-se menos espessa para
Sul, passando, na região situada entre as duas sondagens, há uma camada mais resistente,
constituída por Granito W5-W4, com espessura máxima de 2 metros e que, assim como as
anteriores, também se reduz para Sul. Sob estas ocorre uma espessa camada de Granito W3-W4,
que se apresenta mais espessa na região Central e Sul do perfil. A partir da zona situada entre os
dois furos de sondagem realizados, ocorre interdigitada com uma camada de Granito W3-W2,
que se estende para Norte sob a camada de Granito W3-W4, diminuindo de espessura neste
sentido. Por fim, ocorre a unidade mais profunda observada no perfil, composta por uma
camada de Granito W4-W5, e que foi apenas interceptada na sondagem SAL3, mais a Norte.
O Perfil FF’ também tem direcção Norte – Sul, mas situa-se no lado nascente da Estação
Avenida dos Aliados. É composto por uma sequência de camadas com mergulho de Norte para
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
Sul, sendo a mais superficial constituída por aterros heterogéneos com espessuras máximas de
cerca de 1,7 metros. Sob esta ocorrem 3 camadas distintas. Na porção mais a Norte, observa-se
uma camada de Granito W4, com espessura de cerca de 10 metros, que passa, lateralmente, na
zona situada entre as sondagens SAL8 e SAL6, a uma Granito W5-W4. O contacto geológico-
geotécnico entre estas duas últimas camadas apresentado no perfil pode, entretanto, estar situado
em local um pouco distinto, por se tratar de contacto inferido. Na porção mais a Sul do perfil, na
zona amostrada pela sondagem SAL6, esta camada de Granito W5-W4 ocorre sob uma camada
de Granito mais são, W4-W3, com espessura média de cerca de 1,2 metros. Abaixo destas
camadas, ocorre uma outra camada de Granito W4-W3, sendo que esta se estende por toda a
extensão do perfil, com espessura máxima de 4 metros e que se torna mais espessa para Sul. A
seguir surge a última camada amostrada em ambas as sondagens utilizadas na elaboração deste
perfil, composta por um Granito W3, com mergulho para Sul, cuja espessura média é de cerca
de 8 metros. Por fim, na porção mais a Norte do perfil, observa-se uma camada de Granito W3-
W2, amostrada apenas na sondagem SAL8.
Como comentário final, deve-se ressaltar que maiores cuidados devam ser tomados na região
Norte da escavação prevista para a construção da estação, na zona próxima ao Perfil CC’, em
função da presença de grandes espessuras de material muito alterado e aterros.
O nível de água definido nas sondagens das primeiras campanhas, estava situado a uma
profundidade variável entre 4,5 e 8,0 metros, a partir da cota das bocas dos furos em que foram
medidos. Desta forma, o NA situa-se entre as cotas 60.50 e 66.55.
Na última campanha de sondagens (SAL1 a SAL9), o nível de água oscilou entre profundidades
de 3,50 e 5,20 metros (na sondagem SAL2 apresenta-se, com estranheza, este nível à superfície,
e não foi tido em consideração), a partir da cota das bocas dos furos em que foram medidos,
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
correspondendo a cotas entre 70.30 nas sondagens mais próximas do Edifício da Câmara e
63.90 na zona mais a Sul.
Foram realizados nas primeiras campanhas alguns Ensaios Lugeon de 5 estágios nas sondagens
BHS4’’, BHS5, BHS5’e BHS6, em maciços de Granito com alteração variando entre W3 – W2
e W5. Os resultados obtidos são apresentados no Quadro 2, a seguir
Para melhor caracterização das características hidráulicas no local, foi realizado um ensaio de
bombagem no furo SAL9, tendo como piezómetros 5 sondagens circundantes e confirmaram
que nas zonas dominadas pelos horizontes mais alterados, como é o caso da zona da sondagem
SAL9, as permeabilidades calculadas são bastante baixas, da ordem de 10-7m/seg a curto prazo
e mesmo da ordem de 10-8m/seg para tempos mais prolongados.
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
As outras zonas envolvidas pela Estação são dominadas por maciços mais fracturados (embora
menos alterados) e têm forte analogia com os que foram identificados no projecto da Estação da
Trindade. Aí foram também realizados ensaios de bombagem que conduziram a valores de
permeabilidades superiores. Os valores então obtidos oscilavam entre 10-5m/seg e 10-6m/seg, o
que resulta num potencial de afluência de água subterrânea nas obras subterrâneas nestas zonas
baixas, sendo, contudo, suportável por métodos convencionais de esgoto e drenagem.
Assim se refere que as escavações em maciços com estas características poderá debater-se com
algumas concentrações de fluxos, acima da média. Este facto foi levado em consideração no
decurso da obra.
Os parâmetros geotécnicos que se adoptaram nos cálculos de estabilidade e nas verificações dos
Estados Limites Último e de Utilização, foram deferidos de ensaios realizados “in situ” e em
laboratório, admitindo correlações que vêm sendo desenvolvidas regionalmente para maciços
resultantes da alteração das rochas graníticas.
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
• Os valores de φ' são menos variáveis do que os de c', embora em certos casos esse facto
seja fruto da aproximação rectilínea da envolvente de rotura do critério Mohr-Coulomb;
• Os valores do ângulo de atrito são relativamente altos, com limites inferiores entre 27-
30º, e correspondem a valores típicos de solos granulares;
• Tendo-se ensaiado uma vasta gama de materiais com compacidades muito distintas
(NSPT variando de 7 a mais de 60), a variação do ângulo de atrito é muito menor do que
a que se verificaria em solos transportados com variações semelhantes de NSPT, estando
relacionada com o facto de nos solos residuais o índice de vazios não ser tão
determinante nos parâmetros de resistência como o é em solos transportados, devido à
presença de estruturas floculadas (abertas) com cimentação interparticular;
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
(a) Santos (1995); (b) Teixeira Duarte (1988); (c) Viana da Fonseca (1996)
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
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Estes factores são, aliás, a base da classificação RMR [2 - Bieniawski, 1974, 1976].
De acordo com muitos resultados empíricos, e segundo vários autores, a fórmula que nos
permite determinar a resistência à compressão da rocha, é dada por (ISRM, 1972):
Existem outras fórmulas que permitem determinar a resistência à compressão da rocha, e que
não necessitam da correcção do ls, como é o caso da seguinte expressão sugerida por
Bieniawski (1978) e Hoek e Brown (1980):
Sobre a relação entre a resistência à compressão simples e a resistência de uma massa rochosa,
que foi testemunhada, utilizam-se relações empíricas que serão sobretudo dependentes das
características das descontinuidades e das direcções relativas das tensões actuantes. Assim,
critérios reconhecidos, como os de Hoek e Brown (1980) e Hoek (1998), para serem aplicados
ao dimensionamento de fundações, são formas meramente empíricas que se baseiam na
observação do comportamento das massas e de ensaios correspondentes.
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O critério de Hoek-Brown pode ser expresso pela tensão efectiva principal máxima na rotura:
Sendo:
• σ′3 a tensão principal mínima ou de confinamento;
• σ′u (r ) é a resistência à compressão uniaxial da rocha intacta;
Neste caso, o volume de amostras disponíveis não possibilitaria uma análise exaustiva dos
tarolos dos horizontes prospectados, No entanto, procurou identificar-se algumas amostras mais
significativas e conduzir um volume de ensaios que permitisse determinar uma tendência por
classe.
Em alguns casos admitiu-se recorrer a ensaios de compressão simples para determinação directa
da resistência à compressão, em outros, dada a sua simplicidade e por isso a possibilidade de
cobrir um maior número de amostras, optou-se pela determinação do Índice de Resistência à
Carga Pontual (Point Load). A classificação RMR de Bieniawski (1974) assim o admite. Estes
resultados constam de um relatório de ensaios do Laboratório de Geotecnia da FEUP [6]
(Instituto da Construção, 2001).
Uma análise sumária dos valores da resistência à compressão uniaxial obtidos em várias
campanhas de prospecção e caracterização dos maciços envolvidos pela construção do Metro
conduziu a uma estimativa de valores por classes de alteração. Assim:
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γ φ´ c´ E K
Formações K0 υ´
(kN/m3) (º) (kPa) (MPa) (m/s)
Aterros-Coluviões 19 0,55 27 0 10 0,3 10-6
Granito W5 19,5 0,35 35 5 20 0,3 10-6
Granito W5-W4 ≈
21 0,70 35 25 70 0,2 10-5
≈ Granito W4-W5
Granito W4 22 0,70 37 50 500 0,2 5x10-6
Granito W4-W3 23 0,70 38 100 1000 0,2 3x10-6
Granito W3-W2 24 0,90 40 200 2000 0,2 10-6
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Da informação das sondagens preliminares pôde-se estimar uma tensão de contacto (pressão
admissível) a transmitir ao maciço à profundidade indicativa à superfície.
A percepção da zona mais alterada, anexa às sondagens SAL1 e SAL9 (caracterizada por um
horizonte W5), levou à verificação dos valores recomendáveis para a tensão de contacto por via
dos resultados do ensaio SPT, que neste nível da fundação é superior ao valor da nega. Para esse
valor são deriváveis tensões admissíveis superiores aos 440 kPa, para o horizonte menos
alterado. Estas tensões foram verificadas largamente nos resultados dos cálculos conduzidos no
dimensionamento da estrutura, em termos de tensão transmitida pela laje de fundo ao terreno.
Em suma e como corolário de todos os estudos que foram recolhidos e coligidos, e na restrita
opinião do subscritor, o solo de fundação das estruturas da Estação do Metro da Avenida dos
Aliados é:
• No que se refere à sua resistência mecânica entre o bom e o razoável, em média (não
valorizando os terrenos superficiais de aterro e aluvião);
• No que trata à facilidade de contenção periférica e drenagem da escavação entende-se
como razoável.
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Identificaram-se duas classes tipológicas que impunham condições próprias para a selecção dos
processos construtivos:
1. Uma zona mais resistente constituída por materiais essencialmente graníticos de grau de
alteração inferior às classes W3, ou W3-W4 e esta só circunstancialmente;
2. Outra dominada por graus de alteração superiores, onde predominam maciços muito
alterados, como sejam W5, W5-W4, W4-W5, e, mesmo, os aterros (At) e a lente
aluvionar localizada marginalmente no extremo nordeste, que ganhavam significado em
algumas zonas e demandavam igualmente contenções periféricas activas.
Os aterros que se constituem numa camada superficial, foram identificados com possanças que
podem atingir cerca de 11m e que não sendo saneáveis, foram entivados, na hipótese de se
impor alguma limitação à suavização em talude, ou dispostos em perfis multi-camada,
estabelecendo uma inclinação suave (escavação em talude de 1:1 - H:V) para esses horizontes
mais superficiais, com banqueta à cota de cerca de -2 a -3m da superfície e largura de 2m, para
realização da escavação do restante maciço.
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Tendo sido a escavação realizada com um sistema misto de pregagens (e escoras eventuais), foi
necessário o encaminhamento da água para fora da face do talude de escavação, por forma a
garantir níveis mais elevados de estabilidade. Os maciços terrosos tiveram que ser aliviados das
pressões neutras positivas e os maciços rochosos aliviados da pressão de água e percolação nas
juntas e nas descontinuidades mais sensíveis.
Foram, assim, colocados drenos no interior do maciço com afastamentos de 5m numa malha em
quincôncio, de modo a captar a água proveniente do maciço e conduzi-la à base da escavação,
em cada fase, donde foi bombada. Nos maciços em que foi necessário usar betão projectado a
água teve que ser colectada através de uma malha de barbacãs instalados antes da projecção,
escorrendo depois pela face até ao fundo da escavação. Sempre que se constatou – na presença e
sob opinião do Projectista - que a qualidade do maciço o permitia, utilizou-se um sistema tipo II
– ver Quadro 8 (pregagens com comprimentos variáveis nunca inferior a 5m de comprimento,
32mm de diâmetro, espaçadas de 1,5m em quincôncio, sendo a drenagem feita por afluxo
directo à face da parede).
Salienta-se que não se reconhecia, à partida, uma ou mais orientações dominantes, que levassem
a considerar a possibilidade de se mobilizarem cunhas instabilizadoras desfavoráveis.
Já nas zonas em que o maciço subjacente ao aterro é dominado por um granito muito alterado a
decomposto (W5) e/ou muito fracturado (W5-W4), admitiu-se uma solução de contenção do
tipo estrutural com apoios em ancoragens activas.
É nesta questão que o processo construtivo foi fortemente condicionado pela experiência
acumulada em solos graníticos da região do Porto.
De facto, de modo a obter a melhor relação custo / desempenho para a solução de contenção, foi
concebida uma cortina de estacas de betão armado com 1,00m de diâmetro com afastamentos
entre eixos de 1,40m, na maior parte do desenvolvimento da contenção activa, e com 0,80m de
diâmetro com afastamentos entre eixos de 1,00m, numa pequena periferia, a Sul. Em pequenas
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zonas e por razões geométricas, as estacas poderiam ficar ligeiramente mais próximas ou
afastadas. Entre estacas foi aplicado betão projectado, com 0,15m de espessura, após a
montagem de malha (AS.Vert φ8//0.15 e AS.Horz φ8/0.15) previamente calandrada a fixar nas
estacas.
Ainda nos espaços entre estacas, antes da aplicação da malha electro-soldada e do betão
projectado, foram colocados drenos sintéticos encostados à face do terreno, de modo a captar a
água proveniente do maciço e conduzi-la à base da escavação, em cada fase, donde foi
bombada, controlando assim os impulsos da água sobre a cortina em fase provisória dentro de
valores mais reduzidos. Prescindiu da colocação da malha electro-soldada sempre que se
constatou boa estabilidade entre estacas.
Importa referir que esta solução foi fruto da experiência sobre os maciços graníticos do Porto,
em obras semelhantes em curso no empreendimento do Metro do Porto (por ex.: Estação da
Avenida de França). Tem-se constatado que nestes empreendimentos aquela solução é mais
adequada do que uma cortina de paredes moldadas no terreno. De facto, em terrenos muito
heterogéneos como as formações graníticas do Porto, e em particular neste local, com se pode
verificar pelo modelo geológico idealizado, é altamente provável que sejam encontradas com
frequência dificuldades na escavação dos painéis, conduzindo a quebras de rendimento e à
necessidade de uso de trépano ou, eventualmente, de recalce da parede em fase posterior. Tendo
em conta que os equipamentos para furação de estacas são mais versáteis no desmonte de
terrenos heterogéneos e resistentes, optou-se, assim, por uma cortina de estacas (eventualmente
até mais económica, em regra).
Considerou-se que o maciço em causa não exibia uma elevada produtividade hidráulica, pelo
que não pareceu fundamental optar por uma cortina impermeável em fase provisória. Assim,
sempre que se detectaram zonas localizadas de caudais mais significativos, fez-se tratamento de
impermeabilização por injecção de caldas. Nas restantes situações a água foi encaminhada pelas
paredes protegidas pela malha de betão projectado e através de uma malha de barbacãs
instalados previamente à projecção ou, nos casos em que se considerou não haver necessidade
de protecção em betão projectado, permitiu-se a drenagem da água pelas faces rochosas.
Esta água foi captada junto do pé de talude (corte) em valas, e bombada para a superfície. Os
volumes de água recolhidos não foram significativos, tendo sido conduzidos para a rede pluvial.
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Em fase provisória foi admitida uma impulsão hidrostática muito reduzida. No entanto, em
condição de longo prazo – fase definitiva – a impulsão hidrostática é significativa, resultando do
restabelecimento dos níveis aquíferos locais (poder-se-á estimar estabilizados em época de
Inverno a 3m da superfície). Por isso, a construção posterior da parede interior permitiu vir
considerar a chamada desses impulsos hidrostáticos para aquela estrutura, ficando as estacas
sujeitas só a cargas resultantes da componente efectiva dos impulsos dos terrenos.
A laje de fundo foi drenada, para evitar os impulsos hidrostáticos. Para tal, considerou-se válido
o princípio da disposição de poços de alívio em planta circular, conduzindo a um fluxo
axissimétrico equivalente. Confirmando-se o “firme impermeável” à cota ≅ 35.00 e o nível
estacionário do NF à cota ≅ 65.00.
A drenagem da laje de fundo foi realizada pela sub-posição de uma camada de brita grossa de
0,40m de espessura, associada a um geodreno perimetral de φ0,30 que liga aos poços de
bombagem. As águas de superfície (nomeadamente as que advêm da lajes de cobertura –
impermeabilizadas) foram também colectadas em valas e conduzidas aos poços de bombagem.
O sistema de suporte provisório das cortinas foi substituído em fase definitiva pelas lajes dos
pisos enterrados. Para distribuição das forças das ancoragens, foram construídos em avanço,
acompanhando o progresso da escavação, troços da parede de forro definitiva.
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• Contenção provisória tipo “Berlim” (nos paramentos laterais, onde não se pôde suavizar
os taludes dos aterros superficiais);
• Contenção provisória por corte vertical, com pregagens e eventuais zonas de betão
projectado e malhasol.
Utilizou-se a contenção definitiva com estacas na grande maioria dos paramentos, sendo
genericamente envolvente no paramento Nascente (incluindo Sudeste), no paramento Norte –
onde se conjugou em parte com uma zona de maciço tratado com “Jet-Grouting” – e no
paramento de Poente. Todos estes alinhamentos são dominados por horizontes de granito muito
alterado a decomposto, sendo subjacentes a um tecto de aterro relativamente heterogéneo.
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Nascente e Poente – onde se executaram estacas de φ80 afastadas de 1,20m moldadas a até uma
profundidade variável, definida por uma penetração mínima nos horizontes “W4-W3 a W3-W2”
– da ordem dos 4m, com um mínimo de 2,5m abaixo do fundo da escavação realizada.
Atendendo ao faseamento construtivo previsto para as Galerias, executadas após o corpo central
da Estação, parte da contenção provisória foi demolida posteriormente (aquela que foi
executada nos septos de comunicação entre a estação enterrada e as galerias de acesso a
nascente e poente).
Esta contenção suporta um desnível médio da ordem dos 22m, pelo que foram realizados 6
níveis de ancoragens activas, função da posição do extracto “W4 /W4-W3” relativamente ao
fundo da escavação. As ancoragens (figura 5) instaladas entre as estacas foram dispostas em
alinhamentos verticais com afastamento da ordem de 2.8m entre si, sendo pré-esforçadas a
600kN e 700kN. Nas zonas dos cantos reentrantes, previu-se a substituição das ancoragens por
escoramentos dimensionados para suportarem esforços equivalentes aos instalados nas mesmas
(figuras 2 a 5).
a≅1,4m
b≅1,9m
c≅3,0m
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A Contenção de “Berlim” foi utilizada no topo Sul da Estação de forma a permitir a execução
da zona de ventilação Sul “in-situ”. Esta opção surgiu em virtude de se preverem dificuldades
na execução de estacas dado existirem no local instalações sanitárias subterrâneas – a remover.
A contenção venceu um desnível máximo de 7m, junto aos paramentos laterais, desnível
reduzido para 4m na zona central onde foi possível a sua associação a taludes superficiais.
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Também nas galerias de acesso, tanto ao longo dos edifícios que marginalizam a área de
intervenção, como nas galerias transversais de acesso à Estação profunda, foi implementado este
tipo de contenção.
As soluções estruturais dos paramentos tipo "Berlim" tiveram em atenção a distribuição dos
perfis verticais, definida de forma a evitar a interferência da sua zona de selagem com o 1º nível
de ancoragens da contenção inferior, em estacas.
III.1.3.3 - Contenção provisória, por corte vertical, com pregagens e eventual betão
projectado com malhasol
A contenção provisória com pregagens foi utilizada na zona extremada a Sul / Sudeste, abaixo
do piso Mezanino Alto, onde predominam horizontes de mais baixa alteração, com grande
dominância de granito medianamente a pouco alterado (W3 a W3-W2).
A mancha mais superficial, de aterro e solo residual, com menor expressão no topo Sul, foi
nesta zona contida por uma cortina superior de Estacas, que devido à expansão da estação
(necessária à área de ventilação) se situa convenientemente afastada do paramento em causa.
Os paramentos com pregagens atingem níveis sempre abaixo do Mezanino Alto a que
correspondem profundidades da ordem dos 13m.
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furos e perante predominância das classes de alteração W3 a W4, que o desmonte fosse possível
com meios mecânicos, sem recurso a explosivos.
O sistema de pregagens foi definido em função da classificação do maciço rochoso que resulta
de uma combinação das classes de alteração (W) e fracturação (F). No Quadro 8 que se segue
estabelece-se essa classificação objectivada ao processo.
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de classes de alteração baixas (W3-W2 a memos alteradas), adoptou-se uma solução mais leve –
sistema II ou, mesmo, I (ver Quadro 8).
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A segurança em relação aos E. L. Último foi feita em termos de esforços com base na condição:
Sd ≤ Rd (1)
m ⎡ n ⎤
Sd = ∑γ
i=1
gi S Gi,k + γ q ⎢S Q1,k +
⎢⎣
∑ψ
j= 2
0j S Qj,k ⎥
⎥⎦
(2)
Estruturas Provisórias:
Coeficientes de redução
Acções Variáveis
ψ0 ψ1 ψ2
Sobrecarga na laje de cobertura 0,6 0,4 0,2
Sobrecargas em acessos 0,8 0,7 0,6
Impulsos Hidrostáticos 1 1 1
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Estruturas Definitivas:
A verificação da segurança em relação ao Estado Limite de Largura de Fendas foi feita, para a
Combinação Frequente de Acções, limitando a 0,2mm a largura máxima de fendas. Em termos
práticos o esforço de combinação é:
em que:
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Admitiu-se que o nível freático, compatível com um sistema normal de bombagem na base da
escavação, em cada fase, poderá ser estimado 3,0m acima da base da escavação. Adoptam-se
nas verificações uma altura do nível freático 4 m acima do fundo de escavação, do lado do
terreno, e a 1m abaixo da cota, do lado da escavação.
No que respeita às pressões do maciço, estas deverão ser consideradas por meio de um diagrama
rectangular, do tipo dos propostos por Terzaghi e Peck, para escavações entivadas. Este é
definido por uma pressão uniforme de valor K × γ × h , sendo:
• A variável “γ” o peso volúmico total ou submerso (nesse caso γ´) do solo de cada
camada, respectivamente, acima ou abaixo do nível freático;
• A variável “h” a profundidade da escavação;
• O valor K , coeficiente de impulso activo, varia consoante a natureza do terreno.
Em abono desta hipótese, considerou-se que a introdução das estruturas enterradas – o túnel e a
própria estação e estruturas de acesso, galerias, etc. – acarreta rebaixamentos inevitáveis destes
níveis freáticos, muito particularmente nas zonas localizadas mais próximas da estrutura
enterrada. É de salientar que a bombagem sistemática da laje de fundo para alívio das
subpressões hidrostáticas a isso conduz, considerando-se de sobremaneira legitimada a hipótese
adoptada para o cálculo dos impulsos.
O diagrama das pressões em fase definitiva nas zonas de contenção provisória com pregagens,
ou seja, a de maciços de rocha alterada das classes W4 a W2, os parâmetros resistentes
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Nos diagramas respectivos adoptados para as terras, a água e as sobrecargas, bem como as
respectivas resultantes, é possível verificar da eficiência do comportamento da estrutura de
contenção, em termos de equilíbrio de tensões.
• Acções permanentes
• Acções variáveis
Sobrecargas distribuídas
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Impulsos Hidrostáticos
Estacas
Devido a grande variação do perfil geotécnico e das diferentes alturas de escavação ao longo
dos paramentos, optou-se por subdividir a contenção por estacas em 6 modelos distintos
conforme se poderá apreciar em anexo (anexo L)
Ancoragens
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Escoramento
Nos cantos reentrantes da contenção, os impulsos são absorvidos por escoras e vigas de
distribuição formadas por perfis HEB240.
Admite-se que a cortina de estacas está sujeita ao impulso devido ao estado de tensão no maciço
que se prevê próximo do repouso (K0) nos horizontes mais alterados (W5 e W4-W5 / W5-W4),
admitindo-se, nos horizontes menos alterados que o respectivo impulso efectivo é comandado
por uma parcela em condição activa (Ka). Admite-se ainda que, por efeito de arco, há uma
degradação dos impulsos na base da cortina a partir de 3,0m da laje de fundo. Estes aspectos
reflectem-se no diagrama de pressões respectivo (figura 6), em associação com a presença ou
ausência de água e ligeiras diferenças na baridade dos diferentes tipos de solo.
Em relação ao impulso hidrostático, este será absorvido pela parede de betão armado adjacente
à cortina de estacas, apesar da consideração de bombagem contínua pela laje de fundo,
admitindo-se, com base nos valores de permeabilidade do maciço, que a diminuição da pressão
hidrostática começa 3,0m acima dessa.
Além dos impulsos laterais, de acordo com o processo construtivo preconizado, as estacas
acomodam também o peso próprio da laje de cobertura, admitindo-se que as restantes cargas são
transmitidas para a parede.
Vigas de Coroamento
Na fase de serviço, estas vigas permitem a redistribuição de esforços face às acções verticais,
devendo ser calculadas para esta situação.
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Vigas de Distribuição
As vigas de distribuição são dimensionadas para, durante a fase construtiva, resistirem aos
esforços mobilizados pelas ancoragens. Atendendo à proximidade da força concentrada actuante
– resultante das ancoragens – às estacas de apoio da viga, considerou-se no dimensionamento
desta o modelo de rotura apresentado na figura 8.
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Apresenta-se o esquema de estrutural para a contenção tipo Berlim, nos paramentos mais
significativos.
Aterro:
γ = 19kN / m 3
φ' = 27º
W5 / W5 – W4:
γ = 20kN / m 3
c' = 5kN / m 3
φ' = 27º
Ancoragens
Perfis Verticais
Vigas de Distribuição
2 UPN260
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1.40m
Pranchas de Madeira
Espessura de 0.10 m
1.40m
Aterro:
γ = 19kN / m 3
φ' = 27º
W5 / W5 – W4:
γ = 20kN / m 3
c' = 5kN / m 3
φ' = 27º
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Ancoragens
Perfis Verticais
Vigas de Distribuição
2 UPN260
Pranchas de Madeira
Espessura de 0.10 m
Ancoragens
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Perfis Verticais
Aterro:
φ' = 27 o ⇒ K a = 0,376
γ = 19 kN / m3
Sc = 10 kPa
Vigas de Distribuição
2 UPN260
Pranchas de Madeira
Espessura de 0.10 m
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Materiais
R.E.B.A.P. EC2 / ENV206
BETÃO
Classe de Classe de
Ambiente Ambiente
Resistência Resistência
Em regularização de fundações B20 - C16/20 -
Mod.
Em maciços e vigas de distribuição B35 C30/37 4a
Agressivo
Mod.
Em estacas B35 C30/37 4a
Agressivo
Betão projectado (via húmida) B25 - C20/25 -
AÇO
Armaduras ordinárias em geral A500NR
Armaduras em pregagens / "Rock Bolts" A500NR
Placas em cabeças de ancoragens e de
Fe 360 (ENV 10025)
pregagens
Malha electrosoldada (tipo AQ38) A500EL
Armaduras em microestacas N80 ( fy >560 MPa )
fp.0,1k = 1670 MPa
Alta resistência em ancoragens Grade 270 (ASTM A416)
fp.0,uk = 1860 MPa
Perfis e chapas em geral Fe 430 (ENV 10025)
RECOBRIMENTOS
Em geral 5,0 cm
Em estacas 7,0 cm
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Os materiais dos diversos elementos estruturais são os que constam no quadro 10, onde se
indicam ainda os respectivos recobrimentos e classes de exposição ambiental.
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IV.1 - Generalidades
Este capítulo tem por fim analisar o Plano de Trabalhos (Anexo A), que se apresenta sob a
forma de gráfico de barras, que indica o encadeamento das diversas tarefas previstas, tendo em
atenção o prazo (471 dias) para a execução da obra enterrada e sem acabamentos de construção
civil. De igual modo visa a descrição dos métodos de execução da obra, explicitando a sua
compatibilidade com a realização dos trabalhos, de acordo com a sequência prevista no
Programa de Trabalhos.
O Programa de Trabalhos foi estabelecido a partir dos rendimentos dos meios a utilizar para a
realização das diversas actividades que constituem a totalidade dos trabalhos, sendo apresentado
sob a forma de gráfico de Gant, onde estão explicitadas as principais tarefas a executar e a
respectiva sequência.
Apesar do início da obra ter sido em pleno Verão, todos os trabalhos de escavação foram
executados em meses de Inverno, período durante o qual os trabalhos desta natureza são
condicionados pelas condições climatéricas, normalmente desfavoráveis. Não se pôde evitar tal
situação devido à necessidade de compatibilizar os trabalhos do empreendimento global do
Metro de Porto, nomeadamente o cruzamento da Estação dos Aliados pela tuneladora (TBM),
previsto para o início da Primavera.
A distribuição dos trabalhos pelas empresas, bem como a criteriosa selecção de subempreitadas,
fez-se tendo em conta as habilitações específicas que cada consorciado.
A mão-de-obra necessária à execução desta empreitada, foi recrutada nos quadros das empresas
do ACE e de subempreiteiros especializados.
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Acompanhamento técnico
A informação foi coligida num sistema, SIG, possível de consultar pelas diversas partes
envolvidas na obra. Procurou-se, desta forma, promover a análise da informação mais relevante
em “ tempo real”, permitindo a validação, calibração, ou rectificação dos parâmetros e métodos
utilizados na escavação.
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IV.4 - Estaleiros
Com vista a apoiar a execução da empreitada, foram montados estaleiros, cuja localização teve
em consideração o fácil acesso e a proximidade da obra.
• Sanitários;
• Vestiários.
• Armazéns;
• Oficina de carpintaria;
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• Armazém de pré-esforço;
Todas estas áreas foram devidamente circunscritas, tendo em vista a necessária protecção
humana.
• Levantamento de Pavimentos;
• Execução de Estacas;
• Escavação Geral;
• Execução de Pregagens;
• Execução de Ancoragens;
• Infra-estruturas de Drenagem;
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Como é natural em obras desta natureza, foi necessário preparar e prever a adopção de medidas
de minimização de impactos nos moradores e utilizadores da zona, nas infra-estruturas
circundantes, nomeadamente nas construções existentes e no trânsito muito intenso e
característico desta zona da cidade do Porto.
Desta maneira os trabalhos de campo que tiveram duração total de 471 dias para os trabalhos de
escavação, contenção e execução das estruturas internas do corpo principal da estação dos
Aliados do Metro do Porto, arrancaram com a implantação do estaleiro, a sua vedação e a
reposição das condições de circulação circundantes, ao que sucedeu o inicio da montagem das
instalações de apoio, nomeadamente o estaleiro industrial e os escritórios.
Através desta técnica e durante 50,5 dias de trabalho foram executados 3267 m.l. de estacas,
obedecendo ao seguinte faseamento:
• Execução das restantes estacas de forma alternada, para prevenir eventuais desvios de
verticalidade.
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• Penetração mínima nos horizontes “W4-W3 a W3-W2” da ordem dos 4 metros com um
mínimo de 2.50 metros abaixo da escavação a realizar.
Assim, durante 25 dias foram formadas colunas de terreno tratado, com secção sensivelmente
circular, obtidas mediante a mistura de terreno natural desagregado no processo de injecção com
um aglutinante introduzido no terreno a alta pressão por intermédio de injectores situados na
extremidade inferior de uma lança introduzida numa perfuração previamente efectuada no
terreno, lança essa que é progressivamente rodada e levantada durante a injecção.
À medida que os trabalhos de execução de estacas iam avançando, foi sendo escavada a
superfície da implantação do corpo principal da estação enterrada, com uma duração total de
302 dias.
A escavação preliminar consistiu no desaterro do interior da estação, até à cota da base dos
maciços de encabeçamento das estacas, cota variável, pelo que esteve associada à execução de
cortinas provisórias tipo Berlim, para contenção dos taludes periféricos das camadas superiores.
Este trabalho consistiu na perfuração, colocação e selagem de perfis metálicos (698 m.l.),
escavação dos painéis primários, colocação de pranchas de madeira entre perfis, colocação de
vigas metálicas de distribuição e execução de ancoragens, repetindo-se esta metodologia para os
painéis secundários.
Uma vez escavados os materiais até à cota do betão empobrecido das estacas, executou-se a
demolição desse betão, montando-se de seguida a armadura da viga de coroamento das estacas,
por troços e à medida que se executavam as respectivas betonagens.
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
Iniciou-se, assim, uma escavação faseada por patamares com cerca de 3,0 metros de desnível,
até à cota final, intercaladas com a execução das vigas de distribuição, das ancoragens (5890
m.l.) e das pregagens (882 m.l.) previstas e a colocação dos escoramentos metálicos de canto.
Nesta fase da obra deram inicio os trabalhos de execução das estruturas internas do corpo
principal da estação, com duração de 181 dias:
• Execução das lajes dos pisos, que consistia na elevação das paredes
exteriores/revestimento da estacas intercaladas com a execução das lajes dos pisos,
desde o piso do cais até ao de cobertura da estação;
A obra entrou agora numa fase final de trabalhos de acabamentos de construção civil com uma
duração prevista de 129 dias.
Objectivo
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
Descrição Geral
Recursos
Equipamentos e Ferramentas
De furação
• Equipamento de furação (SM 401);
• Martelo de fundo de furo (M.F.F.) φ 10";
• Varas de furação;
• Bits;
• Compressor 17m3.
De selagem
• Conjunto misturador/agitador;
• Bomba de injecção Clivio.
Materiais
• Cimento Tipo 32,5;
• Perfil metálico HEB 140 ou outro definido em projecto.
Mão-de-Obra
Permanente
• 1 Condutor manobrador;
• 1 Operário qualificado.
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
Não permanente
• 1 Director de Obra;
• 1 Encarregado Geral.
Processo de Execução
Da análise das condições geológicas, já referidas, o sistema de furação mais adequado foi à
rotopercussão com martelo de fundo de furo (M.F.F.)
1. Implantação;
2. Posicionamento;
3. Furação;
4. Colocação do perfil;
5. Selagem.
Implantação
Esta operação foi executada após a plataforma de trabalho estar nivelada e em condições para a
movimentação e posicionamento dos equipamentos.
Posicionamento
A verticalidade foi confirmada através de níveis colocados na torre da máquina em dois planos
perpendiculares.
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
Furação (à rotopercussão)
Esta operação consistiu na extracção do terreno, desmontado pelo bit do martelo de fundo de
furo, por circulação directa de ar comprimido.
O processo é iniciado pela ligação roscada da 1ª vara, munida do martelo de fundo de furo, à
cabeça da máquina, que imprime rotação ao conjunto. O ar que circula pelo interior das varas
acciona o funcionamento percussor do M.F.F. e no seu fluxo de retomo arrasta consigo os
fragmentos de terreno desmontado. À medida que a furação vai prosseguindo vão sendo
acrescentados troços de vara até atingir o comprimento previsto.
Atingida a cota desejada, e após limpeza do furo, procedeu-se à extracção da ferramenta pela
ordem inversa à da furação.
Colocação do perfil
Concluída a furação foi introduzido no furo, com o auxílio de uma grua ou máquina escavadora,
o perfil metálico com o comprimento de projecto.
Selagem
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
IMPLANTAÇÃO
Verificação de
Dentro da tolerância
. implantação dos X Cada furo
0,10 Ø
eixos
FURAÇÂO
. Verticalidade X X α = 90º ± 5° Cada furo
. Profundidade X ≥ L projecto Cada furo
Estratos atravessados Por área de
Confirmação
. X X coincidem com influência de
sondagens
sondagens sondagem
PR2506
PERFIL
Constituição da De acordo com o
. X Cada furo
armadura projecto
Conforme
. Colocação X X Cada furo
expectativa
SELAGEM
Características da
. X X Relação a/c=0,4 Por mistura
calda
Calda até cota de
. Selagem X X Cada furo
projecto
Anexos
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
Objectivo
Descrição Geral
Recursos
Equipamentos e Ferramentas
De furação
• Equipamento de furação (SM 401);
• Martelo de fundo de furo (M.F.F.) φ 6";
• Varas de furação;
• Bits;
• Compressor 17m3.
De injecção
• Conjunto misturador/agitador;
• Bomba de injecção Clivio;
• Manómetros.
De tensionamento
• Macaco hidráulico Dywidag HOZ 1700/150;
• Bomba hidráulica Dywidag;
• Mesa compensadora;
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• Cabeça de ancoragens;
• Cunhas.
Materiais
Resistentes
• Cimento Tipo 142,5;
• Cabo de aço de alta resistência ASTM416 270K.
De montagem
• Tubos polietileno 5/8" de 4kg/cm2;
• Tubo PVC de 0,5" (alta pressão);
• Borracha para "manchettes";
• Espaçadores de plástico;
• Fita adesiva;
• Tampões de poliuretano.
Mão-de-obra
Permanente
• 1 Condutor rnanobrador;
• 3 Operários qualificados.
Não permanente
• 1 Director de Obra;
• 1 Encarregado Geral.
Processo de Execução
Da análise das condições geológicas já referidas, o sistema de furação mais adequado foi à
rotopercussão com martelo de fundo de furo (M.F.F.)
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
1. Implantação;
2. Posicionamento;
3. Furação;
4. Colocação da armadura;
5. Injecção;
6. Tensionamento.
Implantação
Neste caso as ancoragens foram executadas através dos negativos deixados durante a execução
da contenção. Estes negativos tinham a inclinação definida em projecto e diâmetro interior de
160 mm, por forma a permitir a introdução da ferramenta.
Posicionamento
Furação (à rotopercussão)
Esta operação consistiu na extracção do terreno, desmontado pelo bit do martelo de fundo de
furo, por circulação directa de ar comprimido.
O processo é iniciado pela ligação roscada da 1ª vara, munida do martelo de fundo de furo, à
cabeça da máquina, que imprime rotação ao conjunto. O ar que circula pelo interior das varas
acciona o funcionamento percussor do M.F.F. e no seu fluxo de retomo arrasta consigo os
fragmentos de terreno desmontado. À medida que a furação vai progredindo vão sendo
acrescentados troços de vara até atingir o comprimento previsto.
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
Colocação da armadura
1. Componente resistente
o Cabos Ø0,6" de aço de alta resistência ASTM A416 afunilados na sua última
secção.
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Injecção
1. Fabrico da calda
2. Injecção primária
3. Injecções repetidas
o Passadas pelo menos 6 horas após concluída a injecção primária dá-se a
injecção secundária. Através do tubo de PVC 01/2" bomba-se a calda preparada
como referido anteriormente;
o A pressão no circuito aumenta até atingir o ponto de abertura das "manchettes"
e rotura da calda de injecção primária. Com as "manchettes" abertas continua-se
a bombagem com volumes controlados até atingir pressões da ordem dos
20kg/cm2;
o Se se verificar um consumo exagerado de calda sem aumento significativo de
pressão suspende-se a injecção e lava-se o interior do tubo PVC, de maneira a
permitir a repetição da operação atrás descrita com um intervalo pelo menos de
6 horas. Este procedimento será repetido as vezes necessárias até atingir as
pressões pretendidas (aprox.20kg/cm2).
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
Tensionamento
O tensionamento foi dado utilizando um macaco multi-strand, 7 dias após a última injecção, ou
seja, quando a calda tiver uma resistência aproximada de 25Mpa, pela seguinte metodologia:
a) Começa-se por encostar à parede uma mesa compensadora com a inclinação definida
em projecto, munida de uma chapa de degradação de carga. A armadura passa pelo furo
central da mesa.
f) No caso da ancoragem não ser ensaiada, a operação c), encosto do macaco, é antecedida
da colocação das cunhas na mesa sendo o tensionamento dado gradualmente e
acompanhado com medições até atingir a carga de projecto, após o que se faz a
cravação das cunhas.
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
RESPONSÁVEIS
CRITÉRIO DE
OPERAÇÕES DIR. OBRA OP. FREQUÊNCIA REGISTO
MANOB. ACEITAÇÃO
/ENCAR. QUALIF.
IMPLANTAÇÃO
. Posicionamento X X Conforme expectativa Cada ancoragem
. Inclinação X X α:± 5° Cada ancoragem
. Diâmetro X X 140mm<d<160mm Cada ancoragem
FURAÇÃO
. Inclinação X X α:± 5° Cada ancoragem
. Comprimento X ≥ L projecto Cada ancoragem
Estratos
Confirmação Por área de influência
. X X atravessados
sondagens de sondagem
coincidem c/ sondagens
ARMADURA
Constituição da
. X De acordo com o projecto Cada ancoragem
armadura
Campo fora da parede ± 1 AP2506
. Colocacão X X Cada ancoragem
m
INJECÇÕES
Caracterlsticas da
. X X Relação a/c=0,4 Por mistura
calda
Calda flui à boca do furo
com
. Injecção primária X X Cada ancoragem
aspecto semelhante ao do
fabrico
. Injeccões repetidas X X Pressão Inj. ≥ 20kg/cm2 Cada ancoragem
TENSIONAMENTO
. Resistência da calda X 7 dias, cr.,,:2:25mpa Cada ancoragem
Leitura de 0.9 Ilivre<∆<llivre + 0.51
. X Cada ancoragem
alongamento selagem
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
Anexos
Objectivo
Descrição geral
Recursos
Equipamento e ferramentas
De furação
De selagem
• Conjunto misturador/agitador;
• Bomba de injecção Clivio.
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
De tensionamento
• Chaves dinamométricas;
• Macaco oco MEGA 50.
Materiais
Resistentes
• Cimento Tipo 1132,5;
• Varão de aço A400NR φ 25mm;
• Porcas e chapas.
De montagem
• Tubo polietileno 5/8" de 4kg/cm2;
• Fita adesiva.
De protecção anti-corrosiva
• Centralizadores.
Mão-de-obra
Permanente
• 1 Condutor manobrador;
• 1 Operário qualificado.
Não permanente
• 1 Director de Obra;
• 1 Encarregado Geral.
Processo de execução
Da análise das condições geológicas já referidas, o sistema de furação mais adequado foi à
rotopercussão com martelo de fundo de furo (M.F.F.).
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
1. Implantação;
2. Posicionamento;
3. Furação;
4. Colocação do varão;
5. Selagem;
6. Tensionamento.
Implantação
Neste caso os pregos foram executados após a projecção da primeira camada de betão
projectado, nos pontos aí materializados.
Posicionamento
Furação (à rotopercusão)
Esta operação consistiu na extracção do terreno, desmontado pelo bit do martelo de fundo de
furo, por circulação directa de ar comprimido.
O processo é iniciado pela ligação roscada da 1ª vara, munida do martelo de fundo de furo, à
cabeça da máquina, que imprime rotação ao conjunto. O ar que circula pelo interior das varas
acciona o funcionamento percussor do M.F.F. e no seu fluxo de retorno arrasta consigo os
fragmentos de terreno desmontado. À medida que a furação vai progredindo vão sendo
acrescentados troços de vara até atingir o comprimento previsto.
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
Colocação do varão
Concluída a furação foi introduzido no furo, manualmente, o varão de aço A400NR φ 25mm
com o comprimento de projecto.
Selagem
1. Fabrico da calda;
Tensionamento
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IMPLANTAÇÃO
Verificação de
Dentro da tolerância
. implantação dos X Cada furo
0,10 Ø
eixos
FURAÇÂO
. Verticalidade X X α ± 5° Cada furo
. Profundidade X ≥L projecto Cada furo
Estratos atravessados Por área de
Confirmação
. X X Coincidem com influência de
sondagens
sondagens sondagem
PR2506
PERFIL
Constituição da De acordo com o
. X Cada furo
armadura projecto
Conforme
. Colocação X X Cada furo
expectativa
SELAGEM
Caracteristicas da
. X X Relação a/c=O,4 Por mistura
calda
Calda até cota de
. Selagem X X Cada furo
projecto
Anexos
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Objectivo
Descrição geral
Recursos
Equipamento e ferramentas
Materiais
A mistura projectada era constituída por cimento, areia e brita nas proporções definidas no
projecto:
• Cimento Tipo I;
• Cimento Portland normal;
• Inertes com teor de humidade máximo de 5%.
Mão-de-obra
Permanente
• 3 Operários especializados.
Não permanente
• 1 Director de Obra;
• 1 Encarregado Geral.
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
Processo de execução
De acordo com o projecto executou-se betão projectado por via seca, como parte da
estabilização de taludes e do terreno entre estacas.
Neste processo, a mistura é preparada apenas com a introdução dos inertes com cerca de 3 a 5%
de teor de humidade e cimento. Esta mistura foi introduzida no equipamento de projecção,
sendo propulsionada através de um fluxo de ar comprimido desde a tremonha do aparelho
receptor (bomba de projectar) até à pistola de projecção.
A pressão e o caudal de ar comprimido são suficientes para que a mistura seja expedida contra a
superfície de aplicação, ficando colada e simultaneamente compactada.
Anexos
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CONCLUSÃO
Desta analise, e atendendo aos condicionalismos de execução de uma obra localizada em plena
baixa da cidade do Porto, com edifícios confrontantes e infra-estruturas existentes ao nível do
subsolo, colidindo, em alguns casos, com o desenvolvimento da escavação e a execução das
ancoragens, constatou-se ter sido fundamental a caracterização geotécnica do local
identificando-se as classes tipológicas existentes.
Desta forma, e atendendo a topografia da zona, puderam ser adoptadas, à partida, as soluções
construtivas mais eficazes e adequadas a natureza e localização da obra, que se traduziram em
bons rendimentos de produção, previstos no planeamento da empreitada e correctamente
implementadas.
Por outro lado, as campanhas de sondagens permitiram definir o nível freático e, por
conseguinte, estimar caudais de bombagem e garantir a drenagem no decorrer da escavação,
bem como a drenagem da laje de fundo da futura estação.
Acredita-se que o caso apresentado encerra valor técnico intrínseco à variedade de tipos de
contenção de solo da solução preconizada, bem como às características muito específicas do
destino e inserção da própria obra.
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
BIBLIOGRAFIA
[3] EUROCÓDIGO 7 - Parte 1, 1994. Projecto Geotécnico. Regras Gerais. Pré-norma europeia,
ENV 1997-1: 1995 PT. Comissão Europeia de Normalizações, Bruxelas.
[5] Hoek, E.; Brown, E. T. (1980). “Underground Excavation in Rock”. The Institution of
Mining and Metallurgy. London.
[8] Keller GBh (2001). Prospecção Adicional – Estação Avenida dos Aliados. Logs das
sondagens. Keller, Porto.
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
[12] Santos, L. (1995). “"Processos de Alteração do Granito do Porto e sua Influência nas
Características Geotécnicas dos Materiais Resultantes". Dissertação apresentada à Universidade
Nova de Lisboa para obtenção do grau de Mestre em Geologia.
[13] Serviços Geológicos de Portugal (1957). “Carta Geológica de Portugal na escala 1:50000,
Folha 9C-Porto”. SGP, Lisboa. “Carta Geológica de Portugal na escala 1:200000, Folha 1”.
SGP, Lisboa. “Carta Neotectónica de Portugal na escala 1:1000000”. SGP, Lisboa.
[15] Viana da Fonseca, A (1996). Geomecânica dos Solos Residuais do Granito do Porto.
Critérios para Dimensionamento de Fundações Directas. Dissertação apresentada à Faculdade
de Engenharia da Universidade do Porto para obtenção do grau de Doutor em Engenharia Civil.
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ANEXOS
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ANEXOS
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Modelo ALD-P1
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
Modelo ALD-P2
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
Modelo ALD-P3
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Execução e Planeamento de Obra Enterrada – Caso da estação de Metro da Avenida dos Aliados
Modelo ALD-P4
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Modelo ALD-P5
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Modelo ALD-P6
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Anexo L – FOTOGRAFIAS
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