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De Ivan Jav
Como Compreender o Capítulo 6 – pág. 35
Antes de adentrarmos no capítulo 6, vamos conhecer algumas fotografias
tiradas em 1903, pelo fotógrafo Augusto de Cesar Malta de Campos, contratado
pelo então Presidente da República Rodrigues Alves, para registrar em fotos a
reforma urbana na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil.
Estas fotografias estão no blog: Vivípara: O fotógrafo oficial do Rio de Janeiro de 1900:
Augusto Malta (vivipara.blogspot.com)
Fig.1
Fig. 2
Acima temos o famoso Bonde “Camarão”, por ser aberto lateralmente. Movido
por energia elétrica. O motorneiro na frente, de pé e o bilheteiro atrás, em pé.
Os trajes dos homens são semelhantes aos dos europeus.
Abaixo temos outra fotografia da Avenida Rio Branco, da década de 1900.
Perceba que a fotografia foi tirada dentro da janela de um dos andares de um
prédio. Para época, era uma novidade. O Brasil parecia uma cidade europeia,
com ruas largas, automóveis, bondes, calçadas largas e prédios no estilo
neoclássico.
O Rio de Janeiro dos primeiros anos da República ainda conservava grande parte da sua
malha urbana colonial, que a esta altura parecia ultrapassada e anacrônica tanto em termos
arquitetônicos quanto urbanísticos. Além disso, o velho centro colonial da cidade era
superpovoado e propenso a doenças, como a febre amarela e a varíola. Nesse contexto se
encaixa a abertura da avenida Central, parte de um grande programa de modernização do Rio
de Janeiro seguindo cânones europeus urbanísticos e sanitários.
O responsável pelas reformas foi o engenheiro Francisco Pereira Passos, designado prefeito
do Distrito Federal pelo presidente Rodrigues Alves em 1902. As obras iniciaram-se em março
de 1904 com a demolição de 641 casas, desalojando quase 3.900 pessoas. Após seis meses
de trabalho estava aberta de ponta a ponta.
A Reforma Urbana no Rio de Janeiro de 1903 levou muita gente para o morro.