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Estudo de Caso

Alívio de Tensão API20E

Data: 17/09/2021 MBF-FR-073 R0


Equipe
PARTICIPANTE SETOR
Guilherme Damascena Processos
Luiz Otávio Gerência
Leandro Duarte Qualidade
Elias Tratamento Térmico
Objetivo

• Definir parâmetros de tratamento térmico de alívio de tensão


em produtos API.
• Definir temperatura fixa de alívio de tensão baseada em
temperaturas de revenimento.
Etapas

1. Definir temperaturas de alívio de tensões;


2. Realizar tratamento térmico de alívio de tensões;
3. Realizar testes de dureza, tração e micrografia antes do alívio;
4. Realizar testes de dureza, tração e micrografia depois do alívio;
5. Análise e conclusão do estudo.
Referência bibliográfica
Muito embora o tratamento de alívio de tensões não promova mudanças significativas
na estrutura do material, sua execução tem benefícios marcantes e pode ser decisiva
em determinadas situações. Por causa das inúmeras etapas térmicas e mecânicas pelas
quais um aço passa até sua forma final, tensões residuais vão se acumulando e podem
provocar deformações intensas e até trincas. Uma maneira de eliminar essas tensões é
por meio de tratamento térmico de alívio de tensões subcrítico. Subcrítico porque é
realizado a temperaturas abaixo do revenimento, de forma que não haja nenhuma
mudança de fase, mas somente uma redução do limite elástico que colabora para a
diminuição das tensões residuais do material (FREITAS, 2014, p. 40).
Etapas 1
Definir temperaturas de alívio de tensões

Para definir a temperatura de tratamento térmico de alívio de tensões, a norma API20E


especifica que a temperatura deve estar dentro de 28°C e que não exceda a temperatura
do ultimo revenimento.
Analisando relatórios de tratamento térmico de fornecedores a maior temperatura
registrada do ultimo revenimento foi de 610°C e a menor foi de 598°C.
Baseado nas analises dos relatórios optamos por realizar o tratamento de alívio nas
temperaturas de 570°C e 585°C.
Para os casos estudados a temperatura do ultimo revenimento foi de 600°C.
Etapas 2
Realizar tratamento térmico de alívio de tensões
Foram separados duas (2) peças de cada 3 tipos de prisioneiros de diâmetros diferentes,
sendo eles:
Diâmetro OP.
1.5/8” 347.376A
1.3/4” 347.377A
2” 347.378A

Sendo que um (1) de cada diâmetro foi realizado na temperatura de 570°C e um (1)
de cada a 585°C.
Etapas 3
Realizar teste de dureza, tração e micrografia antes do alívio
Realizado os teste os resultados obtidos de tração e dureza foram:

Tração Dureza
L.R Mín. L.E Mín. R.A.
A. Mín.
OP. 860 720 Mín. 50 26 – 32 HRC
16 (%)
(MPa) (MPa) (%)

347.376ª 1.017 891 18 60 32 31 31

347.377ª 1.009 889 20 61 30 31 31

347.378ª 958 809 20 64 31 30 30


Etapas 3
Realizar teste de dureza, tração e micrografia antes do alívio
Realizado os teste os resultados obtidos de micrografia foram:

OP. 347.376ª. Imagem 500x OP. 347.377ª. Imagem 500x OP. 347.378ª. Imagem 500x

Em todas as imagens consiste em estrutura martensita revenida


Etapas 4
Realizar teste de dureza, tração e micrografia depois do alívio
Realizado os teste das amostras com alívio a 570°C os resultados obtidos de tração e
dureza foram:
Tração Dureza
L.R Mín. L.E Mín. R.A.
A. Mín.
OP. 860 720 Mín. 50 26 – 32 HRC
16 (%)
(MPa) (MPa) (%)

347.376ª 998 869 19 60 30 30 30

347.377ª 987 859 20 62 29 31 30

347.378ª 974 831 21 60 30 31 32


Etapas 4
Realizar teste de dureza, tração e micrografia depois do alívio
Realizado os teste das amostras com alívio a 570°C resultados obtidos de micrografia foram:

OP. 347.376ª. Imagem 500x OP. 347.377ª. Imagem 500x OP. 347.378ª. Imagem 500x

Em todas as imagens consiste em estrutura martensita revenida


Etapas 4
Realizar teste de dureza, tração e micrografia depois do alívio
Realizado os teste das amostras com alívio a 585°C os resultados obtidos de tração e
dureza foram:
Tração Dureza
L.R Mín. L.E Mín. R.A.
A. Mín.
OP. 860 720 Mín. 50 26 – 32 HRC
16 (%)
(MPa) (MPa) (%)

347.376ª 1.005 879 21 61 31 30 30

347.377ª 1.003 873 21 63 31 30 30

347.378ª 968 837 21 64 30 30 29


Etapas 4
Realizar teste de dureza, tração e micrografia depois do alívio
Realizado os teste das amostras com alívio a 585°C resultados obtidos de micrografia foram:

OP. 347.376ª. Imagem 500x OP. 347.377ª. Imagem 500x OP. 347.378ª. Imagem 500x

Em todas as imagens consiste em estrutura martensita revenida


Etapas 5
Análise e conclusão do estudo
Comparando os resultados antes do tratamento térmico de alívio de tensões e nas outras
duas temperaturas, podemos concluir que:
• Na temperatura de 570°C tivemos maior redução no limite elástico e resistência
do material comparado com os testes antes do alívio;
• Na temperatura de 585°C tivemos uma leve redução no limite elástico e
resistência comparado aos testes realizados antes do alívio;
• A microestrutura apresenta as mesmas morfologias de todas as etapas
executadas.
• Ao fixar a temperatura de alívio de tensões a 585°C conseguiremos atender todas
as exigências especificadas pela API20E, cobrindo até a temperaturas de
revenimento a 610°C.
• Em ambas temperaturas de alívio o objetivo do tratamento térmico de alívio de
tensões foi satisfatório.
Fechamento

Obrigado!

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