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Professora Priscila Lima

Prof.ª Priscila Lima

COLÉGIO NAVAL
2024
AULA 01
VEGETAÇÃO

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Sumário
INTRODUÇÃO 3
1 - VEGETAÇÃO, BIOMAS E DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS 4

1.1 Exercícios de Fixação 6


2 - CONCEITOS INICIAIS 6

2.1 Exercícios de fixação 8


3 - BIOMAS BRASILEIROS 9
4 - FLORESTAS/MATAS 10

4.1 FLORESTA AMAZÔNICA 10

4.2 MATA ATLÂNTICA 14

4.3 MATA DE ARAUCÁRIAS 15

4.4 MATA DOS COCAIS 15


5 - CERRADO 15
6 - CAATINGA 18
7 - PAMPAS 21
8 - COMPLEXO DO PANTANAL 22
9 - VEGETAÇÃO LITORÂNEA 23
10 - EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 25
11 - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS 32

11. 1 Exercícios de Fixação


11 - QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES
GEOGRAFIA 40
47

11.1 GABARITO 50
11 - QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES COMENTADAS 50
13 - QUESTÕES INÉDITAS 54

13.1 GABARITO AULA 01 64


14 - QUESTÕES INÉDITAS COMENTADAS 65
CONSIDERAÇÕES FINAIS O espaço brasileiro: Vegetação 81
REFERÊNCIAS 81

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INTRODUÇÃO
Você já deve ter escutado em algum momento que existem condições mínimas para a vida
na Terra, e isso perpassa conceitos químicos, físicos e biológicos. Pois bem, quando o assunto é a
cobertura vegetal necessidades também são estabelecidas, tais como: água, calor, luz, nutrientes
e solo. Ou seja, as diversas combinações entre tais fatores delimita a distribuição da vegetação
pelo planeta.

Atenção: evite estabelecer uma hierarquia totalmente engessada entre clima, vegetação e
solo. Na realidade, eles influenciam e são influenciados entre si

Mesmo cientes de que o clima não é o único determinante, podemos afirmar, em linhas
gerais, que a distribuição da vegetação acompanha a “quantidade de sol e água”, então se
adaptará às condições de temperatura e umidade local.

Ao seguirmos essa lógica (da interação entre clima e vida), nos aproximamos do conceito de
bioma.

Imagem 01 – Distribuição da Vegetação (Latitude e Altitude)

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1 - VEGETAÇÃO, BIOMAS E DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS


É muito provável que durante a sua preparação você já se deparou ou se deparará com os
termos “domínio morfoclimáticos” e “bioma” e apesar de muitas similaridades, não são
sinônimos. A grosso modo podemos definir esses dois termos como uma maneira de regionalizar
o planeta (ou o país, se for o caso), mas para isso são usados critérios diferentes (por isso o
resultado não é exatamente o mesmo)

Observe as representações a seguir, nelas temos os domínios e os biomas do Brasil (não


preocupe em identificar cada um deles neste primeiro momento):

Imagem 02 – Domínios Morfoclimáticos Imagem 03 – Biomas

Para definir os Domínios Morfoclimáticos brasileiros, Ab’Sáber considerou o clima, a


vegetação, o solo, o relevo e a hidrografia. Com isso, estabeleceu seis domínios e uma faixa de
transição (então para entender melhor esse tópico precisaremos nos aprofundar em outras
realidades do Brasil que serão vistas nas próximas aulas).

Já os biomas são porções do espaço delimitado pelo clima onde animais e vegetais se
estabelecem.

"Denomina-se bioma uma unidade biogeográfica regional, caracterizada por traços


climáticos, fitogeográficos e topográficos comuns. Os biomas podem ser terrestres ou
aquáticos"
(TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do Brasil. 1ª edição.
Moderna, 2010 - p. 186)

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Quando o assunto é bioma, para os nossos estudos em Geografia, o principal foco é a flora,
nesse sentido, existem seis grandes grupos de vegetação na Terra, mas no Brasil não encontramos
os Desertos e a Tundra, vamos focar, então, nos estratos que a sua prova pode abordar:
▪ Florestas: de maneira grosseira, é a porção do planeta onde encontramos árvores (estrato
arbóreo) de diferentes tamanhos;
▪ Complexo arbustivo: trata-se de vegetações adaptadas aos verões secos, por isso,
apresentam tamanho reduzido (arbustos) – uma média de um a dois metros de altura, com
raízes profundas, folhas coriáceas – e também gramíneas.
▪ Campo: são áreas marcadas pela forte interferência humana, ao ponto de serem conhecidas
como o “celeiro do mundo” devido à elevada produção de trigo, soja e milho). Mas antes da
expansão antrópica se caracterizava por suas gramíneas.

Imagem 04 – Vegetação nativa/Retração - Fonte: SENE, 2012 p.205


Então, desenhando a diferença entre os conceitos temos:

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1.1 Exercícios de Fixação


(Estratégia Militares – Inédita – Professora Priscila Lima)

As formações vegetais podem ser caracterizadas de diferentes maneiras, e, sabendo disso, assinale
a alternativa que elenca a formação e seu respectivo estrato dominante:

A) Floresta Amazônia; herbáceo


B) Pantanal; arbóreo
C) Mata dos Cocais; florestal
D) Cerrado; florestal
E) Mata Atlântica; arbustivo

Comentários:
Alternativa A – INCORRETA: O termo floresta está associado ao predomínio de árvores (arbóreo)
Alternativa B – INCORRETA: O Pantanal é uma vegetação complexa, ou seja, sem um estrato
predominante
Alternativa C – CORRETA: Assim como floresta, o termo mata indica o predomínio de árvores
(arbóreo)
Alternativa D – INCORRETA: O Cerrado é uma vegetação complexa, ou seja, sem um estrato
predominante
Alternativa E – INCORRETA: Assim como floresta, o termo mata indica o predomínio de árvores
(arbóreo)
Gabarito: C

2 - CONCEITOS INICIAIS
Este é um daqueles temas onde existem diferentes classificações e com isso muitos termos
a serem pensados. Para facilitar a aprendizagem, vamos esquematizar as classificações com base
no trabalho feito por SENE e MOREIRA;
Critério Características
Arbóreo Arbustivo Herbáceo
Tamanho
grande porte Médio porte Rasteira
Megatérmica – zona Mesotérmica - zona
Microtérmica – Zona Polar
Temperatura intertropical temperada
↓ temperaturas
↑ temperaturas Temperaturas amenas
Radiação Heliófila Esciófila
solar ↑ Radiação solar ↓ Radiação solar
Perenifólia Caducifólia (decídua)
Semidecídua
Folhas (indecídua) Perde as folhas durante a
Nem todas as folhas caem
Reposição constante estação seca

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“as folhas não caem”


Mesófilas
Hidrófila Higrófila Vivem em ambientes
Espécies que vivem Espécies típicas de úmidos, mas suportam
dentro d’água doce ambientes úmidos período de baixa
pluviosidade
Umidade
Tropófilas
Xerófilas Esclerófila
Se adaptam à um período
Sobrevivem às secas Folhas duras
de chuva concentrada
Halófilas - Resistentes à salinidade

Quanto às Raízes: a raiz sustenta a vegetação e absorve água/sais minerais. O tipo de raiz
está relacionado ao tipo de solo e a disponibilidade de água.

Tabulares (superficiais): afloram na superfície devido à falta de


nutrientes no subsolo. Comum em vegetação arbórea.

Imagem 05 – Raízes Tabulares

Imagem 06 – Raízes Fasciculadas Imagem 07 – Raízes Pivotantes Imagem 08 – Raízes Aéreas

Fasciculadas (cabeleira) Pivotantes (axiais) Aéreas (pneumatóforas)


raízes finas pouco possui condições de buscar ficam acima do solo devido à
profundas que possuem água e nutrientes em falta de oxigênio. São
origem em um único grandes profundidades. comuns em mangues
ponto. São comuns em São comuns em regiões (transição entre a vegetação
vegetações rasteiras. mesófilas tropical e litorânea).

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2.1 Exercícios de fixação


(Estratégia Militares – Inédita – Professora Priscila Lima)

As configurações de uma vegetação estão intimamente associadas à sua capacidade de adaptação


ao meio em que se insere. Nesse sentido, assinale a alternativa que elenque e descreva corretamente
características que a flora pode ter:

A) Ombrófilas: adaptadas às baixas quantidades de chuvas


B) Caducifólias: adaptadas à ambientes úmidos
C) Perenifólia: reposição “constante” de folhas
D) Xeromórficas: precisam de altas quantidades de chuvas
E) Mesófilas: adaptadas às baixas quantidades de chuva

Comentários:
Alternativa A – INCORRETA: Ombrófilas são as plantas adaptadas à grandes quantidades de
chuva.
Alternativa B – INCORRETA: São plantas estacionais, ou seja, perdem folhas durante o período
mais seco
Alternativa C – CORRETA: Essas é uma característica da Mata Atlântica e da Floresta Amazônica
Alternativa D – INCORRETA: São adaptadas aos baixos volumes de chuva
Alternativa E – INCORRETA: Essa é a definição para xemomórficas.
Gabarito: C

(Estratégia Militares – Inédita – Professora Priscila Lima)


Considerando as alternativas a seguir, assinale aquela que elenca um exemplo de formação arbustiva:
A) Mata dos Cocais, em sua porção mais distante do semiárido
B) Mata Atlântica, após os replantios
C) Floresta Amazônica, em suas porções de mata de várzea
D) Caatinga, principalmente pelas condições climáticas
E) Campos, possibilitando a arenização

Comentários:

Arbustos são formações vegetais cuja ramificações ficam próximas ao solo (ou partem dele).

Alternativa A – INCORRETA: A Matas dos Cocais é uma floresta, como o próprio nome segure,
por isso não se encaixa na definição de arbusto
Alternativa B – INCORRETA: A Matas dos Atlântica é uma floresta, como o próprio nome segure,
por isso não se encaixa na definição de arbusto
Alternativa C – INCORRETA: A Floresta Amazônica, como o nome sugere, é composta por árvores,
por isso não se encaixa na definição de arbusto

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Alternativa D – CORRETA: Na Caatinga os arbustos são recorrentes.


Alternativa E – INCORRETA: Os Campos são formações herbáceas (gramíneas).
Gabarito: D

3 - BIOMAS BRASILEIROS
O Brasil é um país com grandes extensões territoriais, logo, as paisagens tendem a ser
diversas. É nesse sentido que o IBGE estabelece seis biomas: Amazônia, Cerrado, Pantanal, Mata
Atlântica, Pampa e Caatinga.

"(...) nosso país possui vários tipos climáticos. Essa diversificação contribui para a
formação de diferentes biomas: Floresta Tropical Úmida ( Floresta Amazônica e Mata
Atlântica), Floresta Subtropical, Cerrado, Caatinga, Campos, além do Pantanal (...) Essa
variedade de biomas relaciona-se à grande diversidade da fauna e flora brasileiras, das
quais muitas espécies são nativas do Brasil."
(SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil: Espaço Geográfico e Globalizado. Vol. 1, 2 e 3. 2ª
edição. São Paulo: Scipione, 2012. - p. 205)

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Imagem 09 – Biomas do Brasil

4 - FLORESTAS/MATAS

4.1 FLORESTA AMAZÔNICA

Floresta pluvial equatorial, perenifólia, latifoliada e heterogênea (biodiversa). A maior extensão de


florestas tropicais-úmidas contínuas do mundo.
Marcada pelo desmatamento, sobretudo, “a partir da década de 1970 com a construção de rodovias e a
instalação de atividades mineradoras, garimpeiras, agrícolas e de exploração madeireira” (SENE, 2012
p.206)

Ao estudar o clima equatorial no Brasil, tivemos uma importante introdução para entender
a vegetação da Floresta Amazônica. As elevadas médias de temperatura e os altos volumes de
chuva norteiam a composição vegetal nessa região, ou seja, há condições climáticas favoráveis
para a consolidação de árvores de grande porte, latifoliadas e ombrófilas.

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Atenção: Tal realidade não está


limitada ao território brasileiro,
estendendo-se também por oito
países da América do Sul:
Suriname, Guiana, Venezuela,
Colômbia, Equador, Peru e Bolívia
(fora a Guiana Francesa).
Sendo assim, quando usarmos o
termo Amazônia Legal, estamos
tratando da extensão brasileira, da
mesma maneira que o termo
Amazônia Internacional envolve
toda a floresta.

Imagem 10 – Amazônia Legal, Internacional e Região Norte

Lembre-se: a Floresta Amazônica não é uma massa vegetal homogênea.

Tal floresta se divide em três estratos de vegetação, devido ao predomínio das planícies e
planaltos de baixa altitude, entretanto as diferenças na topografia não são tão significativas ao
ponto de mudar profundamente a fisionomia da floresta – ou seja, na prática, interfere nas áreas
que são (e quando são) atingidas pelas águas dos rios locais.
Assim temos:
• Mata de Igapó (Caaigapó): ao longo dos rios e afluentes, essa área está sempre alagada,
e, tal alagamento garante maior fertilidade ao solo. Em comparação aos demais estratos, possui
menor quantidade de espécies e é composta por árvores de menor porte
A espécie de vegetação mais comum é a vitória-régia;
INUNDADA

• Mata de Várzea: na época de cheia (maior índice pluviométrico), essa área fica alagada,
com esse alagamento há a chegada de matéria orgânica, o que garante uma maior fertilidade. A
vegetação é de meio porte, raramente ultrapassando 20m de altura – com se encontra entre a
mata de igapó e a mata de terra firme, possui características dessas suas.
A espécie de vegetação mais comum é a seringueira (árvore que se extrai o látex para fazer
borracha);
INUNDÁVEL – inundações periódicas

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• Mata de Terra Firme (Caaetê): estrato predominante e livre de inundações por se


encontrar em altitudes superiores (atenção esse é um comparativo entre os três estratos! As
terras amazônicas são classificadas como baixas). A vegetação é de grande porte, atingindo até
60m, que também se destaca pelo entrelaçamento das copas, criando um dossel que dificulta a
penetração da luz.
Destaca-se as espécies: castanheira e cedro.
NÃO INUNDA

Imagem 11 – Disposição dos estratos da vegetação Amazônia no relevo

Resumindo/Esquematizando

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Apesar das condições climáticas favorecerem uma vegetação de grande porte, os solos (na
maior parte da floresta) apresenta pouca espessura e baixa fertilidade, entretanto, há ciclagem
de nutrientes e ela é realizada através de uma camada orgânica que se estende sobre o solo
amazônico, a chamada serrapilheira (também chamada de serapilheira, liteira ou manta morta).
Mas como isso acontece? Seguindo o ciclo da
vida mesmo! Como assim? As folhas e os galhos
caem das árvores com o passar do tempo, assim
como alguns animais morrem, ou seja, há um
acúmulo de material orgânico em diferentes
estágios de decomposição revestindo a superfície.

Por isso as raízes na vegetação de terra firme


são tabulares, ou seja, estendende-se sobre a
superfície - já que ali encontraram mais nutrientes.

Para além da reciclagem de nutrientes, a


serrapilheira também ajuda no isolamento
térmico, na redução da erosão e e forma um banco
de sementes no solo. Imagem 13 – Serrapilheira

"Por baixo da floresta, uma fina camada de húmus (solo fértil) é continuamente
renovada pela decomposição de folhas, galhos e animais mortos, os quais são
convertidos em nutrientes e reabsorvidos pelas raízes das plantas."
(TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do Brasil. 1ª edição.
Moderna, 2010 - p. 189)

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4.2 MATA ATLÂNTICA

É um hotspot

Quando os colonizadores europeus chegaram Hotspot de Biodiversidade


no Brasil as primeiras vegetações avistadas foram as Área de grande biodiversidade que está
florestas litorâneas que se estendiam do Rio Grande ameaçada.
do Norte até o Rio Grande do Sul e adentravam o
Critérios: mínimo 1500 espécies vasculares
território em São Paulo, Minas Gerais e na Bahia.
endêmicas e ter perdido pelo menos 70% do
Genericamente, os portugueses chamaram tal seu habitat original.
floresta de Mata Atlântica.

Assim como a Amazônia, a


Mata Atlântica pode ser
classificada como floresta pluvial,
ou seja, com uma flora que se
adapta à elevados volumes de
chuva. Neste caso, a avanço das
massas úmidas de origem no
Imagem 14 – Mata Atlântica Atlântico garantem o elevado
índice pluviométrico, em especial
em porções do Sudeste, onde a Serra do Mar e da Mantiqueira intensificam as precipitações (as
chamadas chuvas orográficas).

"Desenvolve-se em clima tropical úmido, principalmente em escarpas voltadas para o


mar e nas planícies costeiras. Os ventos úmidos vindo do mar se condensam e precipitam
em áreas mais altas. (...) A Mata Atlântica é uma formação muito densa, contando com
a maior biodiversidade mundial em árvores."
(TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do Brasil. 1ª edição.
Moderna, 2010 - p. 191)

Atenção: você não precisa decorar isso que descreveremos a seguir. É necessário que entenda
que não se trata de uma floresta homogênea! Então não sofra

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4.3 MATA DE ARAUCÁRIAS

Também chamada de Mata dos


Pinhais, é uma floresta onde
predomina a araucária (Araucaria
angustiofolia), que também é
reconhecida como pinheiro-do-paraná
ou pinheiro brasileiro - espécie
aciculifoliada.

Nesta porção encontramos


espécies como a imbuia, o cedro, o ipê
e a erva-mate.
Imagem 15 – Mata de Araucárias
Adaptada a climas de
temperaturas moderadas a baixas no inverno, solos férteis e índice pluviométrico anual superior a 1 000
mm, tal floresta se destaca especialmente em áreas de maiores altitudes. Hoje, é uma das porções mais
desmatadas do país, especialmente pela indústria moveleira.

4.4 MATA DOS COCAIS

Floresta considerada uma zona de transição entre a Caatinga, Cerrado e a Floresta Amazônica,
localizada no Maranhão. Há o predomínio das palmeiras, como o babaçu, o buriti e a carnaúba.

"Os produtos dos coqueiros são de alto valor para as populações locais. A carnaúba
aparece em áreas de transição com a Caatinga, mais secas, e tem grande
aproveitamento (...). Nas áreas mais úmidas, a oeste, no contato com a Floresta
Amazônica, predomina o babaçu."
(TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do Brasil. 1ª edição.
Moderna, 2010 - p. 190)

Apesar do grande destaque das atividades extrativistas desde o período colonial, atualmente, a
expansão da agropecuária também ameaça tal porção.

5 - CERRADO

É um hotspot: Se estende por 12 estados – PA, MA, PI, BA, MG, SP, PR, MS, RO, MT, GO, TO

A vegetação do Cerrado se adaptou à realidade (entre outros fatores) proposta pelo clima
tropical, caracterizado por uma estação chuvosa no verão e seca no inverno, por isso, oscila entre
uma paisagem verdejante e outra mais "seca".

Na porção onde encontramos o Cerrado, a baixa fertilidade natural em grande parte do solo
é causada, inicialmente, por sua origem associada à depositos sedimentares e também, com o

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passar do tempo, à exposição às chuvas que os fizeram mais profunddo e com grande
concentração de alumínio (aluminotóxicos) devido à intensa lixiviação. Graças à esse conjunto
de fatores, parte significativa desse bioma apresenta características xeromórficas (o chamado
pseudoxeromorfismo).

LIXIVIAÇÃO E O EXEMPLO DA FEIJOADA COMPLETA


Imagine uma festa onde será servida uma feijoada completa, ou seja,
com rabo e pé de porco, bacon, costelinha, carne seca etc.
Entretanto, nem todos os convidados comem todas essas carnes, e Sais menos solúveis
(lateritas)
com o passar do tempo, as pessoas foram se servindo e priorizando
o bacon, costelinha e carne seca (além do feijão e do caldo, claro). Chuva

Água infiltra
No fim da festa, ao olhar o caldeirão encontramos um “depósito” de
pé e rabo de porco.

Água percola
Agora vamos trazer isso para a realidade do solo: à medida que a
água inflitra e percola, carrega os sais que são mais solúveis e “resta”
aquilo que não é dissolvido com tanta facilidade (assim como na
feijoada o pé e o rabo foram “depositado”)
Sais mais solúveis
Esse processo de dissolução (que a Lygia Terra vai chamar de lavagem
do solo) é denominado lixiviação e leva muitos anos para acontecer,
e à porção que ficou “concentrada”/não foi dissolvida damos o nome
de laterita

"Há uma variedade muito grande de cerrados, que podem aparecer em áreas periféricas
ou de transição para a Floresta Amazônica e para a Caatinga. De acordo com a fertilidade
do solo ou com a presença de água apresentam altura e biomassa diversificadas."
(TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do Brasil. 1ª edição.
Moderna, 2010 - p. 192)

Observe o perfil fitofisionômico do Cerrado:

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Imagem 16 – Perfil Cerrado

Você notou que a vegetação dominante no Cerrado (Sentido Amplo) é composta por dois
estratos? O arbóreo-arbustivo e o herbáceo. Podemos afirmar também que há algumas
formações florestais na maior presença de água .

"É constituído por vegetação caducifólia (ou estacional), predominantemente arbustiva,


de raízes profundas, galhos retorcidos e casca grossa (que dificulta a perda de água).
duas das espécies mais conhecidas são o pequizeiro e o buriti."
(SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil: Espaço Geográfico e Globalizado. Vol. 1, 2 e 3. 2ª
edição. São Paulo: Scipione, 2012. - p. 209)

Ao observar o perfil fitofisionômico do Cerrado é possível notar pequenas formações


florestais, das quais destacamos:

▪ Mata de galeria ou mata ciliar: formação que acompanha o fluxo dos rios - como o
solo é permanentemente úmido, possibilita o desenvolvimento de mata (que mais
densa que o bioma em que se encontrar);
▪ Capão: formações arbóreas geralmente arredondada que se formam em porções
onde o lençol freático aflora.

Recentemente, o Cerrado é um dos biomas mais devastados do país, ameaçado ao ponto de


já ser considerado um hotspot graças ao desmatamento e às queimadas.

"Principalmente após a década de 1940 (início da marcha do povoamento para oeste),


diversos fatores contribuíram para a devastação do Cerrado, como a mudança da capital
para Brasília, a implatação de rodovias, a construção de grandes obras de infraestrutura
e o uso abusivo da água para a irrigação. As principais causas da devastação, contudo,
foram o desmatamento e as queimadas para a incorporação de novas áreas para a
agricultura comercial (soja, milho)."

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(TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do Brasil. 1ª edição.
Moderna, 2010 - p. 192)

As queimadas sempre são negativas? E por que a ação no Cerrado afeta o país todo?

• “Existem duas queimadas”: a queimada do bem promove a reciclagem de nutrientes e


preservação da biodiversidade e ativam sementes, entretanto, quando são intensas e feitas sem
planejamento prejudicam o equílibrio da região;

• Caixa d’água do Brasil: o Cerrado está localizado na porção central do país, o que o torna
uma região de proximidade com outros biomas/domínios morfoclimáticos. Além disso, a
estrutura geológica facilita a infiltração de água, afetando assim, as principais bacias hidrográficas
brasileiras.
Ao desmatar, o ser humano influencia diretamente no ciclo da água, e graças as
características citadas anteriormente, afetando em diferentes escalas o país todo.

Desmatamento reduz o volume de água que infiltra

Desmatamento reduz o volume da


evapotranspiração

• Os rios pantaneiros dependem do Cerrado: todos os rios que inundam no Pantanal não
apresentam mananciais nessa porção, dependendo intensamente do regime fluvial encontrado
no Cerrado.

6 - CAATINGA
Caatinga é uma palavra de origem tupi que significa mata branca. Tal bioma ocupa 11% do território
brasileiro

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A caatinga é um conjunto de vegetações adaptadas ao clima semiárido, ou seja, às


temperaturas elevadas e longos períodos de seca e chuvas concentradas em um curto espaço de
tempo, impactando no regime fluvial (dos rios) – logo temos muitos rios intermitentes, ou seja,
que secam durante um período.
Ou seja, uma flora que precisa se adaptar ao calor e à aridez, sendo classificada como
xerófita.com tecidos que dificultam a perda de água, folhas pequenas, grossas, coriáceas e pilosas
(ou, por vezes, ausentes e substituídas por espinhos).
Destaca-se espécies como mandacaru, xiquexique, umbuzeiro, juazeiro entre outras.

Imagem 17 – Raso da Catarina - Fonte: Arquivo pessoal Imagem 18 – Cactácea (Paulo Afonso - BA) - Fonte: Arquivo
pessoal

"É um bioma totalmente brasileiro. Em um ambiente com temperaturas elevadsa, chuvas


moderadas, rios intermitentes (que deixam de correr na estação seca), solo raso e
pedregoso se desenvolve uma vegetação adaptada à seca"
(TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do Brasil. 1ª edição.
Moderna, 2010 - p. 192)

Adiantando um tópico que veremos na aula de Relevo/Solo: os solos são mais profundos
quando temos mais umidade, já que a água é responsável pela lixiviação e
desenvolvimento. Como na Caatinga temos “menos umidade”, o solo é mais raso.
No período da chuva, a paisagem deixa de apresentar um aspecto “acinzentado”, e folhas
verdes e flores passam a ser predominante.

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Um dos principais erros ao se estudar a


Caatinga é imaginar um espaço homogêneo onde
todos padecem com a desertificação e a baixa
biodiversidade decorrente da seca e de solos
rachados! Calma! Cuidado com os estereótipos!
Existem áreas nesse bioma onde a precipitação
ultrapassa 1000 mm anuais, entretanto, essas
chuvas se concentram em poucos meses do ano.

Atenção: nas áreas de maior altitude há maior


volume de chuva (as famosas chuvas orográficas),
com isso podemos encontrar trechos de florestas Imagem 19 – Trinfo 2012 (PE) - Fonte: Arquivo pessoal
tropicais – os brejos de altitude

Por outro lado, na região conhecida como


Polígono das Secas, as médias pluviométricas anuais
alcançam entre 300 – 400 mm, apenas. É aí,
principalmente, que o balanço da evapotranspiração
é negativo, ou seja, a evaporação é maior do que a
precipitação.

"A retirada da vegetação, a expansão das áreas


agrícolas e de pecuária e o manejo incorreto do
solo ocasional a redução das chuvas e originam o
processo de desertificação."
(TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina.
Conexões: estudos de geografia do Brasil. 1ª edição. Moderna,
2010 - p. 192)

Em seu livro, SENE e MOREIRA apontam um fator


muito importante para definirmos se uma porção do
território está passando por um processo de
desertificação, a baixa pluviosidade é um fator
Imagem 20 – Caatinga - Núcleos de Desertificação indispensável.

"As áreas susceptíveis à desertificação e enquadradas no escopo de aplicação da


Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação são aquelas de clima
árido, semiárido e subúmido seco. Conforme a definição aceita internacionalmente, o
índice de aridez, definido como a razão entre a precipitação e a evapotranspiração
potencial."

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(SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil: Espaço Geográfico e Globalizado. Vol. 1, 2 e 3. 2ª
edição. São Paulo: Scipione, 2012. - p. 209)

"Ahhhhhhhhh mestre, mas eu já vi em outros livros (inclusive no da Lígia, que você está usando, que no
Rio Grande do Sul também temos desertificação."
Bom... isso é um equívoco! Os padrões internacionais apontam a aridez como fator determinante – e a
própria Lígia mudou sua abordagem em edições mais recentes
A irregularidade das chuvas torna partes da Caatinga uma área naturalmente sujeita à
desertificação, entretanto, a ação humana também se fez determinante para a realidade que
encontramos hoje. Com isso, algumas consequências também já se desenham, como o
comprometimento da produção de alimentos.

7 - PAMPAS
Tal bioma se estende pela porção
meridional do Rio Grande do Sul, sendo
conhecida também como campanha gaúcha.
Sob os domínios do clima subtropical, é
notória a regular distribuição das chuvas bem
como a elevada amplitude térmica
(principalmente quanto que o Brasil é um
país que se encontra majoritariamente na
zona intertropical).
Entretanto, tal formação vegetal
Imagem 21 – Pampa Gaúcho
(observe, não estamos falando de bioma Fonte: Shutterstock
agora, mas apenas da vegetação), também é
encontrada nos campos inundáveis da ilha de Marajó (PA) e do Pantanal (MT e MS), onde são
utilizados, respectivamente, para a criação de gado bubalino e bovino. Também é possível se
deparar com tal formação em manchas isoladas na Amazônia (especialmente em Roraima), e nas
regiões serranas do Sudeste.
O relevo na região é denominado coxilhas, por ele se estende uma vegetação
predominantemente herbácea, mas que vem sofrendo com a expansão da produção agrícola e
pecuária, intensificando o processo de arenização

Arenização: formação de bancos de areia. Acontecem em áreas úmidas cujo solo é arenoso.

"(...) formações rasteiras ou herbáceas constituídas por gramíneas que atingem até 60
cm de altura. Sua origem pode estar associada a solos rasos ou temperaturas baixas em

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regiões de altitude elevada, áreas sujeitas a inundações periódicas ou ainda a solos


arenosos."
(SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil: Espaço Geográfico e Globalizado. Vol. 1, 2 e 3. 2ª
edição. São Paulo: Scipione, 2012. - p. 210)

8 - COMPLEXO DO PANTANAL
“No Brasil, correspondem às planícies sedimentares inundáveis da depressão da bacia hidrográfica do rio
Paraguai”
Jurandyr Ross

Primeiramente, o que é o Pantanal?


O Pantanal está entre os estados do
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Fora
do Brasil, envolve a Bolívia e o Paraguai.
As planícies ficam alagadas em épocas
de cheia. Por isso, há grande
biodiversidade e endemismo (espécies
exclusivas dessa área). É uma área
bastante ameaçada pela expansão da
soja, do milho e do gado de corte.
O relevo é um dos critérios que
Imagem 22 – Localização: Pantanal
possibilitam as inundações no Pantanal,
uma vez que os rios nascem em porções de maior altitude e correm para as menores. Ou seja,
nascem nos arredores (Cerrado) e correm para a maior planície inundável dentro do continente
do mundo, funcionando como um “delta interno”

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Imagem 23 – Relevo: atrativo das águas pantaneiras

Imagem 24 – Rios que correm para o Pantanal

Ou seja, em períodos de cheia o Pantanal é inundado pelo aumento do volume das águas
que desembocam em suas terras, mas durante o momento de seca, tais fluxos de água
apresentam leitos menores e as terras são avistadas.

Graças à essas características a vegetação pantaneira é muito heterogênea, com espécies


típicas do Cerrado, de florestas, campos e até mesmo caatinga a depender da região, por isso não
chamamos de “vegetação do Pantanal”, mas sim complexo.

"O Pantanal é um complexo heterogêneo compostode cerrados, florestas, campos,


charcos inundáveis e ambientes aquáticos (lagos, riachos). Desenvolve-se em terrenos
baixos (planícies) e, devido à baixa declividade do terreno, a água que extrapola os
canais dos rios escoa lentamente pelo terreno, mantendo-o alagado durante um período
do ano (período de chuva nas cabeceiras dos rios)."
(TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do Brasil. 1ª edição.
Moderna, 2010 - p. 194)

9 - VEGETAÇÃO LITORÂNEA
• Restinga: é uma vegetação resistente à salinidade que acompanha a costa praiana. Possui
solo arenoso, podendo ser de topografia baixa (praia) ou elevada (duna). Quanto mais
próxima do mar, mais rasteira é a vegetação. Assim, podemos encontrar herbáceas, arbustos
e árvores. Esse bioma é muito prejudicado pela expansão urbana.

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"(...) a restinga se desenvolve no cordão arenoso formado junto à costa, com


predominância de vegetação rasteira, chamada de pioneira por possibilitar a fixação do
solo e permitir a ocupação posterior por arbusto e algumas árvores."
(SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil: Espaço Geográfico e Globalizado. Vol. 1, 2 e 3. 2ª
edição. São Paulo: Scipione, 2012. - p. 211)

• Mangue: zona de transição entre a vida marinha e terrestre, típico de regiões tropicais e
subtropicais. O solo possui pouca oxigenação, fazendo com que as raízes sejam
pneumatóforas. A urbanização e o turismo prejudicam demais os manguezais. Os mangues
apresentam viviparidade (as sementes germinam quando ainda estão presas à planta mãe) e
propágulo (grande reserva de nutrientes, permitindo a sobrevivência até a semente encontrar
um local para se fixar).

"(...) Os manguezais são nichos ecológicos responsáveis pela reprodução de grande


número de espécies de peixes, moluscos e crustáceos. Desenvolvem-se no estuário e a
vegetação - arbustiva e arbórea - é halófila (adaptada ao sal da água do mar), podendo
apresentar raízes que, durante a maré baixa ficam expostas."
(SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil: Espaço Geográfico e Globalizado. Vol. 1, 2 e 3. 2ª
edição. São Paulo: Scipione, 2012. - p. 211)

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10 - EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
(Estratégia Militares – Inédita – Professora Priscila Lima)

A extensão latitudinal do território brasileiro possibilita diferentes formações florestais, dentre elas,
algumas são complexas, como é o caso

A) da Amazônia

B) da Mata Atlântica

C) da Mata das Araucárias

D) dos Pampas

E) do Cerrado

Comentários:

Alternativa A – INCORRETA: predomínio de árvores (estrato arbóreo)

Alternativa B – INCORRETA: predomínio de árvores (estrato arbóreo)

Alternativa C – INCORRETA: predomínio de árvores (estrato arbóreo)

Alternativa D – INCORRETA: predomínio de gramíneas (estrato herbáceo)

Alternativa E – CORRETA: apresenta diferentes estratos, logo, é uma vegetação complexa.

Gabarito: E

(Estratégia Militares – Inédita – Professora Priscila Lima)

É uma floresta latifoliada tropical úmida de encosta, apresentando uma formação densa e contando
com a maior biodiversidade mundial em árvores, onde alguma chegam até 40 metros de altura, como
o cedro.

Trata-se da

A) Floresta Amazônica

B) Mata dos Cocais

C) Mata das Araucárias

D) Mata Atlântica

E) Mata de Galeria

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Comentários:

Vamos analisar juntos?

Definição:
Chove muito e o relevo é acidentado (Mares de Morro)

É uma floresta latifoliada tropical úmida de encosta, apresentando uma formação densa e
contando com a maior biodiversidade mundial em árvores, onde alguma chegam até 40 metros
de altura, como o cedro.

Gabarito: D

(Estratégia Militares – Inédita – Professora Priscila Lima)

Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna do texto abaixo.

_________________ é um tipo de vegetação rasteira que se desenvolve em terrenos arenosos e rico


em sal, comuns no litoral brasileiro.

A) Mangues

B) Dunas

C) Restingas

D) Pradarias

E) Cocais.

Comentários:

Alternativa A – INCORRETA: Manguezal é uma formação de água salobra e raízes aéreas.

Alternativa B – INCORRETA: Dunas são “acúmulos de areia”.

Alternativa C – CORRETA: Restinga é um espaço composto por areia e herbáceas.

Alternativa D – INCORRETA: A vegetação pradaria pode ser chamada de gramíneas, e se


desenvolvem, no Brasil, na região Sul.

Alternativa E – INCORRETA: Mata dos cocais é uma floresta e não uma vegetação rasteira

Gabarito: C

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(Estratégia Militares – Inédita – Professora Priscila Lima)

Classificada como uma formação florestal, os/as ___________________ formam um tipo de


vegetação perenifólia que se estabelecem às margens de rios e formando corredores fechados.

a) Matas ciliares

b) Matas de galeria

c) Cerradões

d) Matas atlânticas

e) Savanas

Comentários:

Alternativa A – INCORRETA: As matas ciliares são caducifólias e formam corredores fechados.

Alternativa B – CORRETA: As matas de galeria formam corredores fechados às margens de corpos


d’água.

Alternativa C – INCORRETA: Cerradão é a formação florestal do Cerrado

Alternativa D – INCORRETA: Mata atlântica, como o próprio nome diz, fica próxima ao oceano
Atlântico, não no Cerrado.

Alternativa E – INCORRETA: Savana é a vegetação composta por gramíneas, arbustos e florestas.

Gabarito: B

(Estratégia Militares – Inédita – Professora Priscila Lima)

“A retirada da vegetação, a expansão das áreas agrícolas e de pecuária e o manejo incorreto do solo
ocasionam a redução das chuvas e originam o processo de desertificação.”

(TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do Brasil. 1ª edição.
Moderna, 2010)

No Brasil tal processo é encontrado, por exemplo, em

a) Minas Gerais e Bahia

b) Pará e Tocantins

c) Pernambuco e Bahia

d) Goiás e Piauí

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e) Bahia e Rio Grande do Sul

Comentários:

Alternativa A – INCORRETA: Não encontramos em Minas Gerais

Alternativa B – INCORRETA: Não encontramos em ambos os estados

Alternativa C – CORRETA: Esses são dois estados destacados pela Professora Lygia Terra

Alternativa D – INCORRETA: Não encontramos em Goiás

Alternativa E – INCORRETA: No Rio Grande do Sul temos a arenização

Gabarito: C

(Estratégia Militares – Inédita – Professora Priscila Lima)

Fenômeno encontrado no Cerrado e na Amazônia e consolidado no decorrer de muitos anos através


da dissolução de sais, onde a água carrega nutrientes podendo formar lateritas

Tal processo é denominado

A) Desmatamento

B) Erosão superficial

C) Desmoronamentos

D) Lixiviação

E) Salinização

Comentários:

Vamos analisar juntos?


Processo lento Processo geoquímico

Fenômeno encontrado no Cerrado e na Amazônia e consolidado no decorrer de muitos anos


através da dissolução de sais, onde a água carrega nutrientes podendo formar lateritas

A Banca da ESA também chama de lavagem do solo

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Alternativa A – INCORRETA: O desmatamento pode influenciar nesse processo, reduzindo, afinal,


com a retirada da vegetação há menor volume de água infiltrando.

Alternativa B – INCORRETA: Cuidado! Trata-se de um processo que acontece “dentro” do solo,


diferente da erosão superficial

Alternativa C – INCORRETA: Isso são deslocamentos de massa

Alternativa D – CORRETA: A lixiviação é uma “lavagem geoquímica” do solo

Alternativa E – INCORRETA: Acontece quando temos a concentração de sais no solo, não a


retirada deles

Gabarito: D

(Estratégia Militares – Inédita – Professora Priscila Lima)

Estendendo-se pelos estados do Maranhão, Piauí, Ceará e Tocantins, tal floresta é marcada pela
exploração vegetal para a extração de óleos, sendo encontrado na porção ocidental o babaçu.

Trata-se da

a) Caatinga

b) Amazônia

c) Mata Atlântica

d) Mata dos Cocais

e) Mata das Araucárias

Comentários:

Vamos analisar juntos?


Localização

Estendendo-se pelos estados do Maranhão, Piauí, Ceará e Tocantins, tal floresta é marcada pela
exploração vegetal para a extração de óleos, sendo encontrado na porção ocidental o babaçu.

Atenção: a banca da ESA gosta de citar o babaçu ao fala das Matas de Cocais

Gabarito: D

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(Estratégia Militares – Inédita – Professora Priscila Lima)

Formação vegetal de coníferas acicufoliadas que dispõe de menos de 3% da sua área original devido
ao intenso uso antrópico, entre outros, para a produção agropecuária.

Trata-se da

A) Mata Atlântica

B) Mata dos Pinhais

C) Mata dos Cocais

D) Mata de Galeria

E) Mata Amazônica

Comentários:

Vamos analisar juntos?

Atenção:
No Brasil, isso só aplica às Araucárias

Formação vegetal de coníferas acicufoliadas que dispõe de menos de 3% da sua área original
devido ao intenso uso antrópico, entre outros, para a produção agropecuária.

Gabarito: B

(Estratégia Militares – Inédita – Professora Priscila Lima)

Sobre a relação entre o ser humano e natureza no Brasil, assinale a alternativa correta

A) A Mata Atlântica se transformou em um hotspot de diversidade graças à do principal grão de


exportação do Brasil

B) A mata de terra firme tem chamado a atenção dos grandes produtores de soja graças ao seu solo
rico e fértil.

C) Graças ao clima semiárido, a Caatinga sofre com a baixa biodiversidade que vem direcionando tal
domínio ao processo de desertificação.

D) Com o processo de tropicalização da soja, o Centro-Oeste passou a receber tal cultivo, o que
ajudou a definir o Cerrado como um hotspot.

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E) O avanço do arco do desmatamento pela Amazônia impacta até mesmo o Centro-Sul, e nesse
contexto, tal bioma é um hotspot de diversidade,

Comentários:

Alternativa A – INCORRETA: Apesar de ser a Mata que mais sofreu com o desmatamento, não é
nessa região que concentra a produção de soja brasileira.

Alternativa B – INCORRETA: O solo na região em destaque não é rico e fértil

Alternativa C – INCORRETA: A Caatinga é biodiversa e o processo de desertificação tem causas


naturais e humanas, como apontam a maior parte dos estudos

Alternativa D – CORRETA: Típica de regiões mais frias, a soja foi adaptada às temperaturas mais
altas do Cerrado e vem disputando espaço com ele.

Alternativa E – INCORRETA: Apesar do avanço do desmatamento, a Amazônia não é um hotspot

Gabarito: D

(Estratégia Militares – Inédita – Professora Priscila Lima)

Sobre a relação entre o clima e a vegetação no Brasil, assinale a alternativa correta

A) O perfil caducifólio da Floresta Amazônia está associado ao clima predominante no Brasil.

B) Em climas como o subtropical só é possível a sobrevivência da vegetação conífera, como as


Araucárias

C) No domínio Caatinga, com o clima semiárido leva à uma vegetação de caráter latifoliado.

D) Vegetações de baixas latitudes e alto índice pluviométrico são latifoliadas e perenifólias.

E) O clima é cria condições para uma vegetação específica, mas essa não interfere naquele.

Comentários:

Alternativa A – INCORRETA: O clima predominante no domínio em questão é o Equatorial, que


com a ausência de estação seca não exige da vegetação a queda das folhas para a manutenção
de sua vida.
Alternativa B – INCORRETA: No Brasil, além do domínio das Araucárias, existe o domínio das
Pradarias.
Alternativa C – INCORRETA: Vegetação latifoliada depende de mais água do que a Caatinga é
capaz de ofertar.
Alternativa D – CORRETA: Com a abundância de “água e sol” as folhas serão maiores e perenes.

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Alternativa E – INCORRETA: A vegetação pode interferir, por exemplo, em microclimas urbanos


(ilhas de calor/ilhas de umidade)
Gabarito: D

11 - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS
Ao estudar o Brasil destacando os seus aspectos físicos, o professor Ab’Sáber na década de
1970 usou um critério denominado domínios morfoclimáticos (critério esse que também fora
utilizado por outros pesquisadores fora do nosso país). Mas antes de tudo, o que é um domínio
morfoclimático? Esse é um termo que traduz áreas homogêneas centrais (também chamadas de
áreas core) que apresentam áreas de transição entre si.

Nas palavras de Ab’Sáber (2003), com grifos nossos:

entendemos por domínio morfoclimático e fitogeográfico


um conjunto espacial de certa ordem de grandeza
territorial – de centenas de milhares a milhões de
quilômetros quadrados de área – onde haja um esquema
coerente de feições de relevo, tipos de solos, formas de
vegetação e condições climático-hidrológicas. Tais
domínios espaciais de feições paisagísticas e ecológicas
integradas, ocorrem em uma espécie de área principal, de
certa dimensão e arranjo, em que as condições
fisiográficas e biogeográficas formam um complexo
homogêneo e extensivo. A essa área mais típica e contínua
– via de regra de um arranjo poligonal – aplicamos o nome
de área core” Imagem 25 – Ab'Sáber

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Imagem 26 – Domínios Morfoclimáticos

Se formos "dividir" tais domínios de natureza do Brasil em faixas, a conclusão seria que:

"Os domínios amazônico, do cerrado, das caatingas e dos mares de morros expressam a
diversidade natural do Brasil tropical. Todos estão associados a climas quentes, com
médias de julho superiores a 15°C, mas eles se diferenciam em função, principalmente,
da quantidade e da distribuição das precipitações. Os domínios das araucárias e das
pradarias, que se localizam em áreas e clima mesotérmico, expressam as distintas
condições naturais do Brasil subtropical"
(MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012- p. 241-242)

DOMÍNIO AMAZÔNICO
Em sua obra “Domínios de natureza no Brasil, potencialidades paisagísticas”, Ab’Sáber
chama essa porção do Brasil de Domínio das terras baixas florestadas da Amazônia, o que já nos
ajuda entender características importantes para nossa análise.

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Então, nosso ponto de partida é que nesse domínio temos o predomínio de terras baixas,
entretanto, também é ali que encontramos os pontos de maior altitude do país, como o Pico da
Neblina e o Pico 31 de Março (respectivamente os dois picos mais altos do Brasil). Parece
estranho? Bom... faz muito sentido, esses pontos são
apenas exceção

Somada às tais características, o clima em tal região


não é homogêneo, podendo ser identificado três
subclassificações devido às diferenças na distribuição das
chuvas, mas Ab’Sáber adverte “mesmo com tais variações
regionais, o clima da Amazônia é considerado um dos mais
homogêneos e de ritmo anual habitual mais constante em
todo o Brasil intertropical” (AB’SÁBER, 2003, p. 65).

Mas que padrão climático é esse? Quais são as causas para tal
dinâmica? Há consequências? Vamos lá!

Estamos falando do clima Equatorial que caracteriza por


ser quente e úmido, sendo essas chuvas mais concentradas e
rápidas (tipicamente convectiva, afinal, é uma área fortemente
aquecida durante todo o ano), e, não é por um acaso que tal
padrão carrega esse nome: as baixas latitudes coordenam as Imagem 27 – Umidade (Amazônia)
características gerais na atmosfera amazônica.

Nas palavras de Ab’Sáber (2003), com grifos nossos:

De sua composição geográfica resultou uma fortíssima entrada de energia solar, acompanhada
de um abastecimento permanente de massa de ar úmido, de grande estoque de nebulosidade,
de baixa amplitude térmica anual e de ausência de estações secas pronunciadas em quase
todos os seus subespaços regionais”

Além dessas características gerais, destacamos uma “discreta sazonalidade” chamada


friagem, um fenômeno relacionado à expansão da massa Polar atlântica durante o inverno que
causa da queda das temperaturas desde o oeste de Rondônia até o Acre.

Ainda seguindo a lógica da localização da Amazônia, destacamos o fato de possuir terras no


hemisfério Sul e também uma porção no Hemisfério Norte, o que “reflete, diretamente, na
marcha dos períodos de maior precipitação no espaço total da Amazônia” (AB’SÁBER, 2003, p.
64).

Então na prática, temos: o sul da Amazônia sendo dominado pelas chuvas de verão austral,
que vão de janeiro até março, enquanto a porção norte apresenta maiores precipitações no
inverno austral/verão boreal, ou seja, de maio a julho.

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E como falamos de natureza, esse regime pluviométrico também interfere em outro


aspectos, principalmente na hidrografia, como indica Ab’Sáber: “o mundo das águas na Amazônia
é o resultado direto da excepcional pluviosidade que atinge a gigantesca depressão topográfica
regional” (AB’SÁBER, 2003, p. 64).

“as grandes cheias do Rio Negro, por exemplo, necessitam da coincidência entre os períodos
chuvosos da Amazônia centro-ocidental com o setor noroeste do estado do Amazonas. Em
compensação, a parte central do Rio Amazonas mantém a estabilidade relativa de ser próprio
nível d’água. O decréscimo do abastecimento hídrico – que depende da estiagem dos rios da
margem direita, provenientes do Brasil Central – corresponde a um sincrônico aumento da
injeção de águas por partes dos tributários da margem esquerda, vindos do Hemisfério Norte.
Trata-se de uma interferência de tributação hidrológica, suficiente para evitar grandes
oscilações de níveis no grande rio”

(AB’SÁBER, Aziz N. Domínios de natureza no Brasil, potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial
2003, p. 64).

E já que estamos falando das águas continentais amazônicas, é impossível não citarmos o
principal rio da região, o Rio Amazonas, que nasce na Cordilheira dos Andes, a mais de 4 mil
metros de altitude, onde temos precipitações nivais e o degelo típico da primavera – por isso
afirmamos que esse é um rio de regime misto, porque além das águas dos Andes, o corpo
principal da bacia hidrográfica onde encontramos o Amazonas depende as águas da chuva.

Nas porções em que corta o Brasil, o Rio Amazonas apresenta longos cursos navegáveis que
serviram de base para a expansão colonial nessa porção do país e que continuam se configurando
como importantes vias de deslocamento local, entretanto, também devemos destacar que alguns
dos seus afluentes são rios encachoeirados.

Ou seja, a Bacia Hidrográfica do Amazonas apresenta potencial para o transporte (especialmente no seu
rio principal) e para a geração de energia (especialmente em seus rios afluentes).

A foz do rio Amazonas é considerada mista, uma vez


que com as deposições fluviomarinhas foi formada da Ilha POROROCA
do Marajó, que divide tal rio em dois cursos, sendo um Fenômeno que acontece no
findado em estuário e outro em delta. conflito entre as águas do rio e as
águas do mar
Por fim, devemos falar da vegetação, que através de
um termo mais genérico, a Floresta Amazônica tem se destacado também em termos de
Geopolítica e Meio ambiente, então, temos “três degraus” nessa formação: Mata de Igapó
(Caaigapó), Mata de Várzea, Mata de Terra Firme (Caaetê)

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Resumindo

“Relevo de planícies, depressões e baixos planaltos (baixas altitudes); clima equatorial; floresta
amazônica; rede hidrográfica extensa (Bacia Amazônica). Solo raso, produzido e sustentado
principalmente pela floresta. Região Norte, oeste do Maranhão e norte do Mato Grosso. Apresenta
grande biodiversidade e grave problema de degradação (queimadas e desmatamentos).”

(TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do Brasil. 1ª edição. Moderna,
2010)

MARES DE MORRO
Vertentes convexas
Uma das principais características desse domínio é a Topos arredondados

mamelonização extensiva que mascaram as superfícies


aplainadas.

Tal domínio se estende pelo litoral do Nordeste e do


Sudeste, adentrando em direção ao interior, especialmente
em São Paulo, sendo marcado pelo clima tropical de altitude Vales fluviais

e litorâneo úmido.

Nessa porção, encontramos o predomínio de terras que foram ocupadas pela Mata
Atlântica, entretanto, a grande devastação limita à poucas áreas de floresta nativa.

Resumindo

“Relevo característico de Planaltos e Serras do Atlântico Leste-Sudeste ou de escarpas que


separam os planaltos de planícies litorâneas (Serra do Mar, da Mantiqueira e outras). Clima tropical
úmido. Topografia de morros arredondados (meias-laranjas), modelados pelo intemperismo e erosão em
estrutura cristalina. Porção leste do país, interiozando mais no estado de São Paulo. A Mata Atlântica
sofreu grande devastação devido ao povoamento e à industrialização da região. Erosão constante e
frequente deslizamentos de terra”

(TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do Brasil. 1ª edição. Moderna,
2010)

CERRADO

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Assim como no caso da Amazônia, Ab’Sáber inicia suas reflexões sobre o Cerrado com uma
denominação mais complexa: Domínio dos Chapadões recobertos por Cerrados e Penetrados
por Florestas-Galeria, ou seja, já podemos destacar aqui o predomínio dos planaltos, mas com
ausência de mamelonização e destaque de plainos de erosão (resumindo: não temos serras, mas
sim chapadas )
A estrutura do relevo também é um dos condicionantes que caracterizaram o solo de tal
porção como pouco férteis, predominando os latossolos. Essa realidade se deve à lixiviação, que
tornou tal solo mais profundo e aluminotóxico, entretanto, existem enclaves “de matas em
manchas de solos ricos ou em áreas localizadas de nascentes ou olhos d’água perene”. (AB’SÁBER,
2003, p. 18).

Aqui é importante fazermos uma reflexão: apesar de se tratar de um solo pobre, as condições
topográficas (relevos planos) e climáticas são grandes atrativos para a agricultura mecanizada,
que se tornou possível após avanços típicos da Revolução Verde (em especial para o avanço
da soja que contou, além da calagem no solo, também com a tropicalização da semente).

Sob essas condições, encontramos o clima tropical típico, ou seja, verões quentes e úmidos
enquanto os invernos são secos. Assim, o regime dos rios também é influenciado, e “durante o
período seco, que ocorre no meio do ano, alguns cursos d’água principais e secundários
emagrecem ou desaparecem” (AB’SÁBER, 2003, p. 36).
Nessa perspectiva, a vegetação de tal domínio é marcada por sua complexidade que
conforme a concentração de água, a vegetação será mais ou menos densa, sendo classificada em
campo limpo, campo sujo, campo cerrado, cerrado e cerradão., além das formações florestais.

As características climáticas e, principalmente, pedológicas, criam um cenário de pseudoxeromorfismo

Resumindo

“Relevo de extensos planaltos, chapadas sedimentares e depressões; clima tropical


alternadamente úmido e seco; vegetação de cerrado; solos ácidos que necessitam de correção para a
agricultura em expansão. Tem sido devastado para atividades como a pecuária, constituindo em uma
nova fronteira agrícola. Região Centro-Oeste, sul do Maranhão, oeste da Bahia e de Minas Gerais , sul de
Rondônia.”

(TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do Brasil. 1ª edição. Moderna,
2010)

CAATINGA

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Trata-se de uma região semiárida subequatorial e tropical, também chamada de Domínio


das Depressões Interplanálticas semiáridas do Nordeste, o que mostra o predomínio de relevos
depressivos, mas com destaque, também, para planaltos, como o da Borborema.

Uma das grandes características desse domínio é o clima, classificado como semiárido, que
apresenta elevadas temperaturas e baixos índices pluviométricos, que se caracterizam também
pela concentração de chuvas em poucos períodos/meses do ano.

A baixa pluviosidade interfere também na pedologia, afinal trata-se de uma porção c om


fraca decomposição de rocha, levando a constituição de um solos rasos, que apesar de forte
concentração mineral, apresenta baixa concentração orgânica.

Tais características criam um cenário propício às plantas classificadas como xeromórficas, e


nesse caso, extremamente ligadas aos padrões climáticos.

E as diferenças entre a Caatinga e o Cerrado?

“Pode-se afirmar que é nos suportes ecológicos da dinâmica dos lençóis d’água subsuperficiais
que reside a grande diferença entre os ecossistemas de cerrados e os de caatinga. Portanto,
os fatores básicos estão relacionados sempre com questão da posição e do volume d’água
existente logo abaixo da superfície durante a estação seca. Enquanto nas caatingas o lençol
d’água fica abaixo do nível dos talvegues, existe água permanentemente disponível, nos
cerrados, para vegetais de raízes longas e pivotantes.”

(AB’SÁBER, Aziz N. Domínios de natureza no Brasil, potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial
2003, p. 36)

Resumindo

“Planaltos (Bacia do Parnaíba e da Borborema) e depressões (Sertaneja e do São Francisco). Clima


semiárido (predominante). Vegetação de Caatinga nas áreas mais baixas e matas nas áreas de maior
altitude. Solos pobres em matéria orgânica e pedregosos. Sertão nordestino e norte de Minas Gerais. O
Rio São Francisco atravessa esse domínio, possibilitando aproveitamento hidrelétrico e projetos de
irrigação para a produção de frutas (melão, manga, goiaba, uva), além do extrativismo vegetal (sisal,
piaçava) e da pecuária. Áreas com risco de desertificação.”

(TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do Brasil. 1ª edição. Moderna,
2010)

ARAUCÁRIAS

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Trata-se de uma região marcada pelo clima subtropical úmido com invernos brandos,
especialmente por seu relevo predominante: planaltos de altitudes médias. Entretanto, além de
tal característica, é necessário destacar a ação da massa polar atlântica na redução das
temperaturas.

Além da temperatura, o clima de tal domínio se caracteriza por “precipitações relativamente


bem distribuídas por todo o ano”, e, isso influencia em outro ponto importante: o predomínio de
rios perenes.

Resumindo

“Planaltos arenito-basálticos da Bacia do Paraná; clima subtropical; aparece a Mata de Araucárias


ou Mata dos Pinhais, que se encontra quase totalmente devastada pela ocupação agrícola (café, soja) e
exploração de madeira. Aparecem manchas de terra roxa, no Paraná. Ocupa regiões de médias altitudes
da Região Sul”

(TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do Brasil. 1ª edição. Moderna,
2010)

PRADARIAS
Esse domínio brasileiro também se encontra sob o clima subtropical, entretanto se estende
sobre as coxilhas, favorecendo um padrão meândrico aos seus rios que, no geral, apresentam
pouco volume de água. Além dessas características, destacamos os terrenos sedimentares de
diferentes idades e a vegetação predominantemente herbácea.

Tais características propiciam a formação de extensos areais, em especial no Sudoeste


gaúcho.

Resumindo

“Predomínio de baixas altitudes com colinas ou ondulações do terreno denominadas coxilhas.


Vegetação herbácea. A pecuária extensiva com suas estâncias (fazendas de gado) e a agricultura (arroz,
milho, soja, trigo) marcam a presença do ser humano nesse domínio ameaçado pela erosão e pela
diminuição da fertilidade dos solos. Situa-se principalmente na porção meridional do estado do Rio
Grande do Sul.

(TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do Brasil. 1ª edição. Moderna,
2010)

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11. 1 Exercícios de Fixação


(Estratégia Militares – Inédita – Professora Priscila Lima)

É um domínio morfoclimático marcado por extensos planaltos, chapadas sedimentares e depressões,


onde o clima tropical condicionou solo lixiviados.

Trata-se da/do

A) Amazônia

B) Pantanal

C) Cerrado

D) Caatinga

E) Pradarias

Comentários:

Vamos analisar juntos?


Planaltos e Chapadas: associe ao Cerrado

É um domínio morfoclimático marcado por extensos planaltos, chapadas sedimentares e


depressões, onde o clima tropical condicionou solo lixiviados

Formando lateritas

Gabarito: C

(Estratégia Militares – Inédita – Professora Priscila Lima)

É um domínio de relevo baixo, com suaves ondulações, onde predominam as espécies herbáceas,
sendo a rizicultura um dos grandes destaques econômicos/de agricultura

Trata-se da/do:

a) Cerrado

b) Caatinga

c) Mares de Morro

d) Pradarias

e) Pantanal

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Comentários:

Vamos analisar juntos?


coxilhas Gramíneas/campos

É um domínio de relevo baixo, com suaves ondulações, onde predominam as espécies herbáceas,
sendo a rizicultura um dos grandes destaques econômicos/de agricultura

Gabarito: D

(Estratégia Militares – Inédita – Professora Priscila Lima)

É uma vegetação constituída por dois estratos: arbustos e pequenas árvores, e, um estrato inferior,
formado por gramíneas. Apresenta aspecto verdejante no verão, mas é seca no inverno.

Trata-se da realidade de qual domínio morfoclimático brasileiro?

a) Caatinga

b) Pradarias

c) Cerrado

d) Araucárias

e) Pantanal

Comentários:

Vamos analisar juntos?


Vegetação complexa

É uma vegetação constituída por dois estratos: arbustos e pequenas árvores, e, um estrato
inferior, formado por gramíneas. Apresenta aspecto verdejante no verão, mas é seca no inverno.

Verão úmido Inverno seco

Gabarito: C

(Estratégia Militares – Inédita – Professora Priscila Lima)

Formação florestal sob um clima com considerável amplitude térmica anual que conta com menos
de 3% de sua área original

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A) Mares de Morro

B) Pradarias

C) Cerrado

D) Amazônia

E) Araucárias

Comentários:

Alternativa A – INCORRETA: Mares de Morro é um domínio, não uma formação vegetal

Alternativa B – INCORRETA: Trata-se de uma vegetação herbácea

Alternativa C – INCORRETA: Não é uma formação florestal, mas sim complexa

Alternativa D – INCORRETA: Estamos falando de um clima com elevada amplitude térmica anual,
isso não se aplica à Amazônia

Alternativa E – CORRETA: Essa é a formação florestal de destaque encontrada no clima


subtropical

Gabarito: E

(Estratégia Militares – Inédita – Professora Priscila Lima)

Trata-se de domínio de baixas altitudes onde a vegetação herbácea se desenvolve, o que facilitou a
expansão da pecuária. Recentemente, em áreas de solo arenoso e considerável pluviosidade, a
fertilidade está comprometida por critérios naturais e intensificação da atividade humana.

Estamos falando

A) Das Araucárias

B) Do Cerrado

C) Dos Mares de Morro

D) Das Pradarias

E) Da Caatinga

Comentários:

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Vamos analisar juntos?

Coxilhas Gramíneas

Trata-se de domínio de baixas altitudes onde a vegetação herbácea se desenvolve, o que facilitou
a expansão da pecuária. Recentemente, em áreas de solo arenoso e considerável pluviosidade,
a fertilidade está comprometida por critérios naturais e intensificação da atividade humana.

Gabarito: D

(Estratégia Militares – Inédita – Professora Priscila Lima)

Sobre as características do Domínio Morfoclimático das Araucárias, podemos citar

A) médias de temperatura mais baixa graças às baixas altitudes e latitude.

B) cobertura vegetal praticamente homogênea, com destaque para as coníferas latifoliada.

C) ausência de relevo residual e maior altitude, favorecendo temperaturas mais amenas.

D) menor biodiversidade do que nas florestas tropicais e equatoriais, e predomínio de árvores


aciculifoliados.

E) precipitação média anual superior a 3 000mm com chuvas bem distribuídas no clima tropical de
altitude

Comentários:

Alternativa A – INCORRETA: As temperaturas mais baixas estão associadas às latitudes médias e


às altas altitudes

Alternativa B – INCORRETA: Não se trata de árvores latifoliadas, mas aciculifoliadas

Alternativa C – INCORRETA: Há relevos residuais (planaltos)

Alternativa D – CORRETA: A menor biodiversidade se deve ao predomínio das “coníferas”.

Alternativa E – INCORRETA: Não temos uma média pluviométrica tão alta, tão pouco se trata do
clima tropical de altitude – Destaca-se o clima subtropical.

Gabarito: D

(Estratégia Militares – Inédita – Professora Priscila Lima)

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Sobre os domínios morfoclimáticos brasileiros, assinale a alternativa correta

A) Buscando a persistência da biodiversidade no Cerrado, é fundamental que todas as queimadas


sejam zeradas.

B) O domínio das Matas dos Cocais apresenta um clima de baixa amplitude térmica e extração
vegetal, em especial de oleaginosas.

C) O domínio da Caatinga apresenta grande biodiversidade e um solo mineralmente fértil, sendo o


xeromorfismo relacionado ao clima.

D) O solo amazônico, em sua integridade, é infértil, entretanto a uma floresta densa e latifoliada se
estende por tal domínio graças a reposição nutricional através da serapilheira.

E) Em igualdade com os estepes, as Pradarias sofrem com o processo de desertificação graças à


expansão recente da agropecuária.

Comentários:

Alternativa A – INCORRETA: A biodiversidade do Cerrado tem forte relação com as queimas, mas
fique atento: isso não significa que todo tipo de incêndio é benéfico para tal domínio.

Alternativa B – INCORRETA: Mata dos Cocais é uma zona de transição, não um domínio

Alternativa C – CORRETA: O baixo índice pluviométrico na Caatinga direciona à um solo mais raso
e pouco intemperizado, as adaptações realizadas pela vegetação (xeromorfismo) estão
relacionadas à seca.

Alternativa D – INCORRETA: Cuidado! Há porções de solo fértil na Amazônia.

Alternativa E – INCORRETA: Lembre-se: arenização, e, a ocupação não é recente

Gabarito: C

(Estratégia Militares 2021 – Inédita – Professora Priscila Lima)

Sobre os domínios morfoclimáticos no Brasil, assinale a alternativa que elenque uma área core e
algumas de suas características

A) Cerrado: maior amplitude térmica anual do país, solos profundos e altamente lixiviados que
impedem o xeromorfismo.

B) Mata dos Cocais: domínio de vegetação complexa que depende da proximidade com as realidades
que as cercam.

C) Amazônia: menor amplitude térmica anual do Brasil e altos índices pluviométricos relacionados
às baixas latitudes

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D) Caatinga: maior amplitude térmica anual do país graças à ação da continentalidade e o grande
extensão de solo mineralmente infértil..

E) Mares de Morro: alta e constante pluviosidade graças à sua posição latitudinal, destacando a chuva
orográfica

Comentários:

Alternativa A – INCORRETA: A maior amplitude térmica anual do país é encontrada na região Sul
e os solos altamente lixiviados direcionam para o xeromorfismo.

Alternativa B – INCORRETA: Mata dos Cocais não é um domínio, mas uma faixa de transição

Alternativa C – CORRETA: A proximidade com a Linha do Equador faz desse domínio a região com
a menor amplitude térmica do país. Quando ao alto volume de chuva e a pedologia.

Alternativa D – INCORRETA: A maior amplitude térmica anual do país é encontrada na região Sul
e o solo da Caatinga é mineralmente fértil.

Alternativa E – INCORRETA: Trata-se do clima tropical, logo a pluviosidade não é constante, e,


lembre-se, uma parte de tal domínio se encontra no litoral oriental do Nordeste, onde as chuvas
de inverno são condicionadas pelas massas de ar.

Gabarito: C

(Estratégia Militares – Inédita – Professora Priscila Lima)

Mares de Morro é um nome dado à um domínio morfoclimático delimitado por Ab’Sáber, e, sobre
tal porção do território brasileiro podemos afirmar que

A) apresenta estruturas antigas marcadas por dobramentos da Era Pré-Cambriana.

B) é predominantemente constituído por áreas de planícies e próximo ao litoral

C) é o domínio morfoclimático brasileiro menos ocupado territorialmente..

D) as características do relevo e do clima dificultam a formação de voçorocas e deslocamento de


massas

E) predominam os solos de massapê, originados a partir da decomposição local de rochas


sedimentares.

Comentários:

Alternativa A – CORRETA: Tais dobramentos deram origem às Serras, que marcam os Mares de
Morro

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Alternativa B – INCORRETA: São áreas marcadas pelo relevo mamelonizado onde destacamos os
planaltos e serras

Alternativa C – INCORRETA: É a porção mais ocupada do Brasil

Alternativa D – INCORRETA: O relevo e o clima favorecem tais fenômenos, afinal, falamos de


chuvas e uma topografia íngreme.

Alternativa E – INCORRETA: o solo de massapê não se estende por todo o domínio e é formado
pela deposição aluvial.

Gabarito: A

(Estratégia Militares – Inédita – Professora Priscila Lima)

Sobre a vegetação estabelecida no Domínio Morfoclimático da Caatinga, podemos afirmar que

A) os solos profundos indicam baixa fertilidade superficial, forçando adaptação com raízes pivotantes

B) caules e troncos retorcidos e com cascas grossas evidenciam o xeromorfismo

C) não pode ser classificada como decídua, graças aos longos períodos de seca.

D) por apresentar baixo potencial econômico, a Caatinga não sofre com o desmatamento

E) o clima faz com que a diversidade de plantas e animais seja muito baixa

Comentários:

Alternativa A – INCORRETA: Os solos não são profundos

Alternativa B – CORRETA: Devido ao déficit hídrico, a vegetação se adapta. O xeromorfismo é a


adaptação da Caatinga.

Alternativa C – INCORRETA: A vegetação da Caatinga é caducifólia (perdem folha durante longas


secas).

Alternativa D – INCORRETA: A Caatinga é explorada economicamente desde o período colonial


e apresenta sérios problemas ambientais.

Alternativa E – INCORRETA: A biodiversidade é uma das características da Caatinga, apesar do


clima semiárido.

Gabarito: B

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(Estratégia Militares – Inédita – Professora Priscila Lima)

“Área ecológica típica de zona temperada cálida, subúmida, sujeita a uma certa estiagem de fim de
ano. É o domínio das colinas pluriconvexizadas.”

AB’SÁBER, Aziz. Os domínios da natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003

O trecho aborda

A) o domínio das Pradarias, onde parte significativa da vegetação das planícies fluviais deu lugar à
rizicultura irrigada

B) o domínio da Caatinga, onde o clima quente e seco leva à pediplanação e à consolidação de


inselbergs

C) o domínio Amazônico, fortemente caracterizado pelas altas e constantes temperaturas

D) o domínio do Cerrado, caracteriza por significativa amplitude térmica e temperaturas elevadas.

E) a faixa de transição entre o Sertão e a Zona da Mata, conhecido como Agreste, onde o clima é
caracterizado por altas temperaturas

Comentários:

Vamos analisar juntos?

Trata-se do Domínio das Pradarias

“Área ecológica típica de zona temperada cálida, subúmida, sujeita a uma certa estiagem de fim
de ano. É o domínio das colinas pluriconvexizadas.”

Clima Subtropical: zona temperada cálida, subúmida


Relevo = coxilhas: colinas pluriconvexizadas.

Gabarito: A

11 - QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES


01 – (CN/2021)
Leia o trecho abaixo.
“... A essa totalidade pertencem os biomas, ou seja, os conjuntos te plantas e animais adaptados
à sobrevivência, cada qual dentro de uma zona geográfica, resultantes de uma classificação geral
das comunidades de plantas e animais existentes na Terra,”
(Adas, Melhem. Panorama Geográfico do Brasil: contradições, impasses e desafios socioespaciais. São
Paulo: Moderna, 2010. p.355)

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Sobree os biomas brasileiros, assinale a opção correta


A) A Floresta Amazônica também chamada de latifoliada tropical ou equatorial, possui uma
enorme biodiversidade, reflexo do elevado grau de fertilidade natural do seu solos, onde se
destaca a mata de igapó, com árvores de grande porte e livre de inundações durante todo o ano
B) A Mata dos Pinhais ou de araucária cobre várias extensões das planícies da região sul e trechos
da região Sudeste, onde se encontra um clima muito úmido, solos de terra roxa e pequena ação
antrópica, o que favoreceu a sua preservação em relação aos demais biomas do território nacional
C) A Mata Atlântica também conhecida como floresta latifoliada tropical, hoje bastante
degradada, formava uma "floresta de várias florestas ", ou seja, do que dela sobrou percebe-se
uma diversidade de associações vegetais que variam segundo o relevo, altitude, os solos, a
latitude etc
D) O Cerrado é um domínio vegetal nativo de todo o centro-sul brasileiro, uma vez que necessita
de chuvas bem distribuídas durante o ano e temperaturas moderadas a baixas, tendo em vista a
sua demanda elevada de nutrientes para dar sustentabilidade aos grandes portes de suas
vegetações
E) A caatinga, típica do Nordeste semiárido, é considerada um bioma extremamente homogêneo,
pois há necessidade de adaptação a um meio com características adversas faz com que as suas
vegetações possuam raízes superficiais e folhas estreitas, exatamente para se evitar a perda de
umidade para o meio ambiente

02 – (CN/2018) (atenção: essa questão foi anulada)


Observe a figura a seguir:

Na década de I960, o geógrafo Aziz Ab'Saber classificou os domínios morfoclimáticos do espaço


brasileiro, associando-os às condições de relevo, clima e vegetação. Sendo assim, assinale a opção
correta referente às características dos biomas representados no mapa.

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A) O número 1 é a Floresta Amazônica, de clima Equatorial e dominada por plantas caducifólias,


que permitem intensa transpiração em virtude de elevadas taxas de umidade. Esse bioma sofre
intenso processo de devastação por atividades mineradoras, garimpeiras, agrícolas e de extração
de madeira.
B) O número 2 corresponde aos Cerrados, de clima Tropical e constituído por espécies
aciculifoliadas adaptadas aos verões chuvosos e invernos secos. A classificação desse bioma como
Unidade de Uso Sustentável tem restringido as atividades agrícolas e garantido a ampliação para
o desenvolvimento educacional e cultural.
C) O número 3 representa a Caatinga, de clima Tropical Semiárido e caracterizado por chuvas
escassas, mal distribuídas ao longo do ano, e por plantas latifoliadas adaptadas à aridez.
Atualmente tem sido devastada em função do processo de urbanização acelerado do Agreste
nordestino e extração mineral.
D) O número 4 é a Mata Atlântica, de clima Tropical Úmido e formada por vegetações tropófilas
adaptadas às elevadas pluviosidades. A constituição de Unidades de Proteção Integral nesse
bioma é decorrente de sua importância para a preservação da biodiversidade brasileira ameaçada
pela expansão do agronegócio.
E) O número 5 é a Mata de Araucárias, de clima Subtropical de elevadas amplitudes térmicas e
com presença de plantas caducifólias adaptadas às variações estacionais. O uso econômico da
madeira para a fabricação de móveis e a expansão urbana aceleraram a devastação desse bioma.

03 – (CN/2013)
Especialmente a partir da década de 1960, os esforços de expansão da ocupação do Centro-Oeste
brasileiro trouxeram muitas alterações ao ambiente do Cerrado, provocando destruição em larga
escala, sendo este bioma atualmente um dos mais degradados do país. Em relação às particularidades
naturais, sociais e econômicas que envolvem a ocupação e a degradação do bioma Cerrado, assinale
a opção correta.
A) Como o solo do cerrado possuía uma grande fertilidade natural, ele atraiu muitos migrantes,
especialmente para desenvolverem atividades ligadas à agropecuária, destacando-se, neste contexto,
o estado de Mato Grosso.
B) O predomínio de uma vegetação herbácea favoreceu o desenvolvimento de carvoarias e indústrias
moveleiras na região, que atraíram muitos trabalhadores, especialmente a partir da década de 1980.
C) A prática da queimada induzida, associada ao crescimento da agropecuária comercial, contribuiu
para degradar este bioma, uma vez que a vegetação nativa, adaptada ao ambiente, ao ser substituída
acaba rompendo o equilíbrio natural.
D) A área do Pantanal, com predomínio de uma vegetação homogênea, adaptada a um ambiente
úmido com elevadas pluviosidades o ano todo, vem perdendo áreas para a produção de arroz e para
a pecuária, especialmente com fins comerciais.
E) O Cerrado é considerado um grande celeiro agrícola, reflexo de suas particularidades naturais,
destacando-se a abundância de nutrientes em seu solo e a elevada concentração de alumínio,
consequência das cheias sazonais do rio Paraná.

04 – (CN/2011)

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O geografo brasileiro Aziz Ab’Saber utilizou o conceito de domínio morfoclimático para identificar os
domínios paisagísticos brasileiros. Domínio morfoclimático refere-se a um conjunto espacial de
grandes dimensões caracterizado por uma interação coerente entre as feições do relevo, os tipos de
solo, as condições de clima e hidrologia e as formas de vegetação. Em função da sua extensão
territorial e de suas características físicas, o Brasil possui vários domínios morfoclimáticos. Nesse
sentido, destacando-se alguns, é correto afirmar que o domínio
A) de mata atlântica, além de uma grande variedade de vegetações latifoliadas, possui solos muito
férteis e profundos resultado das fortes oscilações térmicas diurnas. das Araucárias, ainda
preservado na Região Sul, especialmente
B) das Araucárias, ainda preservado na Região Sul, especialmente na chamada Campanha Gaúcha,
encontra-se consorciado com várias espécies, visto a abundância de solos ricos em humus.
C) da mata dos Cocais que separa o domínio amazônico do domínio da caatinga, possui nas palmeiras
como a carnaúba e o babaçu seus grandes representantes.
D) do Pantanal Mato-grossense, extensa planície drenada pelo rio Paraná, possui uma grande
heterogeneidade de vegetais, mesclando características de todos os domínios naturais brasileiros.
E) dos manguezais apresentam uma pequena variedade de espécies vegetais, em virtude dos seus
solos salinos e pobres em oxigénio, fatores que acarretam pouca importância desses domínios para
o ecossistema marinho e costeiro.

11.1 GABARITO
1-C

2- Não há gabarito

3-C

4-C

11 - QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES COMENTADAS


01 – (CN/2021)
Leia o trecho abaixo.
“... A essa totalidade pertencem os biomas, ou seja, os conjuntos te plantas e animais adaptados à
sobrevivência, cada qual dentro de uma zona geográfica, resultantes de uma classificação geral das
comunidades de plantas e animais existentes na Terra,”
(Adas, Melhem. Panorama Geográfico do Brasil: contradições, impasses e desafios socioespaciais. São Paulo: Moderna, 2010.
p.355)
Sobre os biomas brasileiros, assinale a opção correta
A) A Floresta Amazônica também chamada de latifoliada tropical ou equatorial, possui uma enorme
biodiversidade, reflexo do elevado grau de fertilidade natural do seu solos, onde se destaca a mata de
igapó, com árvores de grande porte e livre de inundações durante todo o ano
B) A Mata dos Pinhais ou de Araucária cobre várias extensões das planícies da região sul e trechos da
região Sudeste, onde se encontra um clima muito úmido, solos de terra roxa e pequena ação antrópica, o
que favoreceu a sua preservação em relação aos demais biomas do território nacional

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C) A Mata Atlântica também conhecida como floresta latifoliada tropical, hoje bastante degradada,
formava uma "floresta de várias florestas ", ou seja, do que dela sobrou percebe-se uma diversidade de
associações vegetais que variam segundo o relevo, altitude, os solos, a latitude etc
D) O Cerrado é um domínio vegetal nativo de todo o centro-sul brasileiro, uma vez que necessita de chuvas
bem distribuídas durante o ano e temperaturas moderadas a baixas, tendo em vista a sua demanda
elevada de nutrientes para dar sustentabilidade aos grandes portes de suas vegetações
E) A caatinga, típica do Nordeste semiárido, é considerada um bioma extremamente homogêneo, pois há
necessidade de adaptação a um meio com características adversas faz com que as suas vegetações
possuam raízes superficiais e folhas estreitas, exatamente para se evitar a perda de umidade para o meio
ambiente

Comentários:
Alternativa A – INCORRETA: O solo amazônico não é naturalmente fértil (sendo dotado de uma cada
superficial de humus, mas não é a realidade de todo o solo). As árvores da mata de igapó (que está sempre
inundada) apresenta os menores portes entre os três degraus.
Alternativa B – INCORRETA: As Araucárias se estendem por planaltos (maiores altitudes), adaptando-se à
uma clima com chuvas bem distribuídas durante o ano e grande ação antrópica.
Alternativa C – CORRETA: Lembre-se que a Mata Atlântica é uma floresta ombrófila tropical, ou seja,
adaptada ao “calor” e maior umidade.
Alternativa D – INCORRETA: O Cerrado está adaptado às chuvas concentradas no verão, apresentando o
predomínio de uma vegetação arbustiva (médio porte) de grandes raízes, graças, especialmente, ao seu
solo pouco fértil
Alternativa E – INCORRETA: A Caatinga é um bioma muito heterogêneo (detalhe, as raízes não são
superficiais).
Gabarito: C

02 – (CN/2018) Atenção: essa questão foi anulada, mas iremos analisa-la, ok?
Observe a figura a seguir:

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Na década de I960, o geógrafo Aziz Ab'Saber classificou os domínios morfoclimáticos do espaço brasileiro,
associando-os às condições de relevo, clima e vegetação. Sendo assim, assinale a opção correta referente
às características dos biomas representados no mapa.
A) O número 1 é a Floresta Amazônica, de clima Equatorial e dominada por plantas caducifólias, que
permitem intensa transpiração em virtude de elevadas taxas de umidade. Esse bioma sofre intenso
processo de devastação por atividades mineradoras, garimpeiras, agrícolas e de extração de madeira.
B) O número 2 corresponde aos Cerrados, de clima Tropical e constituído por espécies aciculifoliadas
adaptadas aos verões chuvosos e invernos secos. A classificação desse bioma como Unidade de Uso
Sustentável tem restringido as atividades agrícolas e garantido a ampliação para o desenvolvimento
educacional e cultural.
C) O número 3 representa a Caatinga, de clima Tropical Semiárido e caracterizado por chuvas escassas,
mal distribuídas ao longo do ano, e por plantas latifoliadas adaptadas à aridez. Atualmente tem sido
devastada em função do processo de urbanização acelerado do Agreste nordestino e extração mineral.
D) O número 4 é a Mata Atlântica, de clima Tropical Úmido e formada por vegetações tropófilas adaptadas
às elevadas pluviosidades. A constituição de Unidades de Proteção Integral nesse bioma é decorrente de
sua importância para a preservação da biodiversidade brasileira ameaçada pela expansão do agronegócio.
E) O número 5 é a Mata de Araucárias, de clima Subtropical de elevadas amplitudes térmicas e com
presença de plantas caducifólias adaptadas às variações estacionais. O uso econômico da madeira para a
fabricação de móveis e a expansão urbana aceleraram a devastação desse bioma.

Comentários:
Alternativa A – INCORRETA: Há o predomínio de espécies perenifólias (lembre-se que há “muito sol e
muita água”, logo não é necessário perder as folhas para “economizar” energia). Outro detalhe, a elevada
evapotranspiração está associada às árvores latifoliadas (folhas grandes “jogam” mais água para a
atmosfera).
Alternativa B – INCORRETA: Espécies aciculifoliadas são encontradas na Mata dos Pinhais. Outro detalhe:
não há tal restrição para a produção agrária no Cerrado.

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Alternativa C – INCORRETA: Espécies latifoliadas demandam grande volume de água, logo, não são
predominantes na Caatinga
Alternativa D – INCORRETA: Cuidado! O número 4 mostra os Mares de Morro (Lembre-se que Bioma e
Domínio Morfoclimático são classificações diferentes). As grandes ameaças à essa porção se constituíram
ainda no Brasil Colonial, mas hoje se associam mais à urbanização/industrialização.
Alternativa E – INCORRETA: A mata das Araucárias não é um bioma! Cuidado! É um domínio
morfoclimático
Gabarito: Não há - questão anulada por erros conceituais.

03 – (CN/2013)
Especialmente a partir da década de 1960, os esforços de expansão da ocupação do Centro-Oeste
brasileiro trouxeram muitas alterações ao ambiente do Cerrado, provocando destruição em larga escala,
sendo este bioma atualmente um dos mais degradados do país. Em relação às particularidades naturais,
sociais e econômicas que envolvem a ocupação e a degradação do bioma Cerrado, assinale a opção
correta.
A) Como o solo do Cerrado possuía uma grande fertilidade natural, ele atraiu muitos migrantes,
especialmente para desenvolverem atividades ligadas à agropecuária, destacando-se, neste contexto, o
estado de Mato Grosso.
B) O predomínio de uma vegetação herbácea favoreceu o desenvolvimento de carvoarias e indústrias
moveleiras na região, que atraíram muitos trabalhadores, especialmente a partir da década de 1980.
C) A prática da queimada induzida, associada ao crescimento da agropecuária comercial, contribuiu para
degradar este bioma, uma vez que a vegetação nativa, adaptada ao ambiente, ao ser substituída acaba
rompendo o equilíbrio natural.
D) A área do Pantanal, com predomínio de uma vegetação homogênea, adaptada a um ambiente úmido
com elevadas pluviosidades o ano todo, vem perdendo áreas para a produção de arroz e para a pecuária,
especialmente com fins comerciais.
E) O Cerrado é considerado um grande celeiro agrícola, reflexo de suas particularidades naturais,
destacando-se a abundância de nutrientes em seu solo e a elevada concentração de alumínio,
consequência das cheias sazonais do rio Paraná.

Comentários:
Alternativa A – INCORRETA: O solo do Cerrado é ácido, precisou de adaptações para a expansão agrária.
Alternativa B – INCORRETA: Há o predomínio de uma vegetação arbustiva – herbácea são as gramíneas.
Alternativa C – CORRETA: O problema não é a queimada, mas a intensidade e periodicidade em que o ser
humano introduziu tal prática. Hoje o Cerrado é um hotspot.
Alternativa D – INCORRETA: A vegetação no Pantanal é muito heterogênea – sendo classificada por
Ab’Sáber como uma zona de transição – e se adapta ao clima tropical, logo, durante um período do ano é
inundada graças às chuvas concentradas no verão.
Alternativa E – INCORRETA: A elevada concentração de alumínio faz com que tal solo não seja
naturalmente indicado à produção agrícola.
Gabarito: C

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04 – (CN/2011)
O geografo brasileiro Aziz Ab’Saber utilizou o conceito de domínio morfoclimático para identificar os
domínios paisagísticos brasileiros. Domínio morfoclimático refere-se a um conjunto espacial de grandes
dimensões caracterizado por uma interação coerente entre as feições do relevo, os tipos de solo, as
condições de clima e hidrologia e as formas de vegetação. Em função da sua extensão territorial e de suas
características físicas, o Brasil possui vários domínios morfoclimáticos. Nesse sentido, destacando-se
alguns, é correto afirmar que o domínio
A) de Mata Atlântica, além de uma grande variedade de vegetações latifoliadas, possui solos muito férteis
e profundos resultado das fortes oscilações térmicas diurnas.
B) das Araucárias, ainda preservado na Região Sul, especialmente na chamada Campanha Gaúcha,
encontra-se consorciado com várias espécies, visto a abundância de solos ricos em humus.
C) da Mata dos Cocais que separa o domínio Amazônico do domínio da Caatinga, possui nas palmeiras
como a carnaúba e o babaçu seus grandes representantes.
D) do Pantanal Mato-grossense, extensa planície drenada pelo rio Paraná, possui uma grande
heterogeneidade de vegetais, mesclando características de todos os domínios naturais brasileiros.
E) dos manguezais apresentam uma pequena variedade de espécies vegetais, em virtude dos seus solos
salinos e pobres em oxigénio, fatores que acarretam pouca importância desses domínios para o
ecossistema marinho e costeiro.

Comentários:
Alternativa A – INCORRETA: Cuidado! Mata Atlântica é a vegetação, o domínio onde a encontramos é
“Mares de Morro”. Outro detalhe, o que torna um solo mais profundo é o processo de lixiviação.
Alternativa B – INCORRETA: As Araucárias se estendem por terras de maiores altitudes, especialmente
sobre os planaltos, sendo hoje uma das porções mais devastadas do país.
Alternativa C – CORRETA: Por isso tal mata é considerada uma Zona de Transição.
Alternativa D – INCORRETA: Cuidado! Não mescla todos os domínios – por exemplo, não temos “manchas’
de Caatinga e dos Pampas.
Alternativa E – INCORRETA: Tal vegetação é uma zona de transição entre o ecossistema terrestre o
ecossistema marinho, não sendo considerado um domínio morfoclimático, entretanto, apresenta grandes
importância devido sua grande biodiversidade.
Gabarito: C

13 - QUESTÕES INÉDITAS
1. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)
“(...) domínios morfoclimáticos e fitogeográfico um conjunto espacial de certa ordem de grandeza
territorial – de centenas de milhares a milhões de quilômetros quadrados de área – onde haja um
esquema coerente de feições de relevo, tipos de solos, formas de vegetação e condições climático-
hidrológicas.”
(AB’SÁBER, A. N. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003)

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Sobre os domínios morfoclimáticos brasileiros, assinale a alternativa correta.


A) No sudoeste gaúcho encontramos as coxilhas e sobre elas uma vegetação herbácea que se adapta
ao clima subtropical. Entretanto, o processo de arenização e desertificação se vê intensificado pela
produção agropecuária.
B) Restrito ao Centro-Oeste, o Cerrado se caracteriza por um solo profundo e altamente lixiviado. A
vegetação ali encontrada é considerada complexa e sua hidrografia é muito importante para todo o
país, sendo conhecido como a caixa d’água do Brasil.
C) A vegetação do domínio amazônico encontra nutrientes em uma camada superficial chamada
serapilheira. Dessa forma, a região é desejada por grandes produtores de soja que busca um solo pouco
lixiviado, diferente do Cerrado.
D) O Pantanal é um dos domínios morfoclimáticos mais complexos, afinal se encontra entre realidades
bem distintas como a Amazônia e o Cerrado. Com um relevo rebaixado, é uma planície inundável
dependente dos rios planálticos ao seu redor.
E) Caracterizado por elevadas médias térmicas, pelo baixo volume pluviométrico anual e chuvas
concentradas em poucos meses, a Caatinga apresenta um solo mineralmente rico, mas organicamente
pobre devido à falta de água.

2. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

”Região de depressões interplanálticas reduzidas a verdadeiras planícies de erosão, devido à grande


extensão dos pediplanos e ao aperfeiçoamento final, relativamente recente, da pediplanação sertaneja,
dita moderna.”
(AB'SÁBER, Aziz Nacib. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003)

Nesse domínio, podemos destacar


A) a ação das chuvas conduzindo a erosão do solo e formando extensos areais. Tal processo é chamado
de arenização e é intensificado pela expansão agropecuária e mal gestão do território.
B) a intermitência dos rios, em especial, o rio que principal da maior bacia hidrográfica que corta a
região. Tal realidade deu base para um projeto de transposição de rios.
C) o solo mineralmente rico, mas organicamente deficiente que ao dificultar a produção agrária abriu
espaço para a pecuária. Uma solução para tal realidade é a chegada de água, como acontece em áreas
de fruticultura irrigada.
D) a produção de grãos mais intensamente após a década de 1970. As condições naturais do solo e do
clima foram contornadas por melhorias realizadas em laboratórios, como a calagem e a transgenia de
sementes.
E) a ocupação mais recente, em especial após a última transferência de capital federal. Desde então a
paisagem natural composta por uma vegetação complexa deu lugar à imensos latifúndios de grãos, em
especial a soja e o milho.

3. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)


Sobre a vegetação Amazônica, assinale a alternativa correta:

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(A) Predominantemente umbrófila, a floresta de terra firme é densa e latifoliada e com raízes
profundas, por se aproveitar dos altos índices pluviométricos e da elevada e constante incidência solar

(B) A variação de chuvas e fertilidade do solo da chamada floresta de terra de firme criam um cenário
de mata densa e aberta, onde árvores de médio e baixo porte não sobrevivem.

(C) As raízes profundas garantem a reposição nutricional de árvores de grande porte na Amazônia,
onde o solo altamente lixiviado não apresenta características de fertilidade.

(D) Dotado de maior fertilidade, o solo aluvial presente na Amazônia tem forte ligação com o ciclo da
borracha, atividade prejudicada pelo desmatamento.

(E) Predominantemente hidrófila, a vegetação Amazônica se adaptou às condições do solo


organicamente pobre graças à umidade e temperatura local.

4. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Caracterizado como uma grande área onde padrões climáticos, geomorfológicos e hidrográficos,
dentre outros, são estabelecidos, os domínios morfoclimáticos no Brasil foram traçados por
Ab’Sáber, que ao regionalizar o país conferiu
A) ao Cerrado o status de domínio com a maior amplitude térmica do país, solos profundos e
altamente lixiviados que impedem o xeromorfismo.
B) à Mata dos Cocais, Agreste, Pantanal, Manguezal e Restingas o status de zonas de transição
entre domínios, logo, apresentam vegetações complexas e características climáticas que oscilam
à dependem da proximidade com as realidades que as cercam.
C) à Amazônia o status de domínio com a menor amplitude térmica do Brasil e altos índices
pluviométricos, sendo esse último um dos fatores determinantes para as condições pedológica
da maior porção de tal região
D) à Caatinga o status de maior amplitude térmica do país graças à ação da continentalidade e o
grande extensão de solo arenoso e infértil. A soma entre tais características climáticas e
pedológica tornam a vegetação xeromórfica.
E) aos Mares de Morro alta e constante pluviosidade, sendo a chuva orográfica a principal
responsável pela umidade mais elevada, menos no inverno, por todo esse domínio.

5. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

“Trata-se de um gigantesco domínio de terras baixas florestadas, dispostas em anfiteatro,


enclausurado entre a grande barreira imposta pelas terras cristalinas (...) Da sua posição
geográfica resultou uma fortíssima entrada de energia solar, acompanhada de um abastecimento
quase permanente de massas de ar úmido, de grande estoque de nebulosidade e baixa amplitude
térmica anual.”
AB’SÁBER, Aziz. Os domínios da natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003

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O trecho aborda
A) os Mares de Morro, onde a Mata Atlântica se estendia majestosamente, entretanto, o avanço
de ciclos econômicos como a cana-de-açúcar e o café fortaleceram o desmatamento ainda mais
intensificado pela industrialização.
B) as Araucárias, onde a vegetação arbórea se encontra fortemente ameaçada pela exploração
antrópica – grande ação da indústria de móveis -, entretanto não está elencada diretamente como
um hotspot brasileiro pois quando o assunto é bioma, tal domínio faz parte da Mata Atlântica.
C) a Amazônia, que por ser uma área de baixa pressão atrai ventos úmidos – um dos responsáveis
pela alta pluviosidade local. Entretanto, o regime de chuvas na região não é homogêneo, logo há
porções do clima Equatorial onde as chuvas oscilam, com meses de baixa precipitação.
D) a Mata dos Cocais, que apesar de ser uma faixa de transição também apresenta vegetação
arbórea, com destaque para a carnaúba e o babaçu. Essa região é caracterizada por um forte
extrativismo vegetal.
E) os Mares de Morro, onde a Mata Atlântica é beneficiada pela alta umidade proveniente, em
parte, das chuvas orográficas. Parte do solo dessa região é pouco fértil, entretanto, áreas como o
noroeste paulista e o litoral pernambucano se destacam, respectivamente, com a terra roxa e o
massapê.

6. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

“Área de fraca decomposição de rochas com mantos de alteração que varia de 0 a 3 m, via de
regra. (...) Drenagem intermitentes sazonais extensivas, relacionada com o ritmo desigual e pouco
frequente das precipitações. (...) Estreitas matas ciliares ao longo dos diques marginais dos rios.
(...) Enclaves de “brejos” na forma de microrregiões úmidas e florestadas com solos de boa
fertilidade natural, porém frágeis.”
AB’SÁBER, Aziz. Os domínios da natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003

O trecho aborda o domínio


A) da Caatinga, onde a altitude cria enclaves úmidos garantindo maior destaque à agricultura e
contraste com inselbergs pouco utilizados pelo setor do turismo
B) do Cerrado, onde as matas de galerias contrastam com a vegetação de menor altura
desenvolvida em um solo pouco fértil graças à intensa lateralização.
C) da Amazônia, onde o solo pouco fértil é característica predominante, apesar das matas de
várzea e igapós, onde os sedimentos trazidos pelos rios garantem maior fertilidade.
D) das Araucárias, onde a boa distribuição da chuvas e o relevo predominantemente planáltico
garantem uma vegetação arbórea
E) das Pradarias, caracterizada por uma vegetação herbácea e um relevo onde predominam as
sedimentações.

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7. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

“Ausência de mamelonização em favor da presença de plainos de erosão e plataformas


estruturais escalonadas, com rampas semicôncovas nas passagens dos diferentes níveis e discreta
convexização geral das vertentes nas áreas típicas. Calhas aluviais, de tipo particularizado,
comportando fluxos lentos no inverno seco e cheias amortecidas no verão chuvoso.”
AB’SÁBER, Aziz. Os domínios da natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.

O trecho aborda o domínio


A) das Pradarias, onde o relevo plano possibilitou a expansão da pecuária de corte, levando ao
processo de arenização.
B) do Cerrado, onde as características do solo e da vegetação direcionam à alta infiltração de água,
configurando tal região como a caixa d’água do país.
C) da Caatinga, onde o solo fértil tem forte relação com o regime pluviométrico, entretanto, as
secas levam ao xeromorfismo.
D) da Amazônia, onde o predomínio das terras baixas contrasta com os planaltos na periferia de
tal domínio
E) dos Mares de Morro, caracterizado pela mamemolização de seu relevo e os rios tipicamente
de planaltos

8. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Leia o excerto abaixo.


O domínio morfoclimático, em sua região nuclear, ocupa predominantemente maciços planaltos
de estrutura complexa, dotados de superfícies aplainadas de cimeira, e um conjunto significativo
de planaltos sedimentares compartimentados, situados em níveis que variam entre 300 e 1700m
de altitude. As formas de terrenos são, grosso modo, similares tanto nas áreas de terrenos
cristalinos aplainados como nas áreas sedimentares sobrelevadas e transformadas em planaltos
típicos.
AB’SABER, A. N. Os domínios de natureza do Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003, p. 115-
116. Adaptado.

Considerando a descrição do relevo, o domínio morfoclimático em destaque somente pode ser:


a) mares de morros.
b) cerrado.
c) caatinga.
d) mata de araucária.
e) pradarias.

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9. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

“Trata-se de um enclave de escassa pluviosidade (inferior à 600 mm anuais) dentro do domínio tropical,
abrangendo quase 1 milhão de km², desde os litorais dos Estados do Ceará e Rio Grande do Norte até o
médio São Francisco”

(ROSS, Jurandyr Luciano Sanches. Geografia do Brasil. [S.l: s.n.], 2019, p. 103)

O Domínio Morfoclimático em questão é

A) o Meio Norte

B) o Cerrado

C) a Caatinga

D) a Mata dos Cocais

E) o Agreste

10.(Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Ao destruir uma paisagem de árvores de troncos retorcidos, folhas e arbustos ásperos sobre os solos
ácidos, não raro laterizados ou tomados pelas formas bizarras dos cupinzeiros, essa modernização
lineariza e aparentemente não permite que se questione a pretensão modernista de que a forma deve
seguir a função.

HAESBAERT, R. "Gaúchos" e baianos no "novo" Nordeste: entre a globalização econômica e a reinvenção das
identidades territoriais. In: CASTRO, I. E.; GOMES, P. C. C.; CORRÊA, R, L. (Org.). Brasil: questões atuais da
reorganização do território. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008.

Sobre a paisagem descrita, assinale a alternativa correta.


A) Trata-se de uma área onde a pecuária extensiva tem intensificado o processo de desertificação
e fortalecido o êxodo rural em direção à Zona da Mata
B) A paisagem descreve uma porção de solos rasos e escassez de água, sendo possível a
sobrevivência apenas de espécies xeromórficas.
C) A expansão da fronteira agrícola no Sertão Nordestino está modificando a estrutura dos solos
e da vegetação, assim o caráter xeromórfico se intensifica
D) Os solos descritos fazem com que as raízes da vegetação típica de tal porção do Brasil seja
tabular, buscando nutrientes escassos pela laterização.

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E) Tais solos laterizados estão relacionados às raízes pivotantes que possibilitam a captação de
água e nutrientes em porções mais profundas

11. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)


Segundo Aziz Ab’Sáber, em seu livro “Os domínios de Natureza no Brasil – potencialidades
paisagísticas”, graças à grande extensão territorial brasileira, nosso país detém um mostruário
bastante completo das principais paisagens e ecologias do Mundo Tropical (p. 10).
Pensando nesse mostruário que o autor ressalta, assinale a alternativa correta:
(A) O conceito de domínios morfoclimáticos diz respeito a interação entre vários elementos
naturais, como o relevo, a vegetação e o clima. Dessa interação, no território brasileiro foram
elencados seis domínios que se dispõem de uma forma contínua fazendo fronteira com outro
domínio.
(B) Apesar da nomenclatura variada, bioma e domínio morfoclimático fazem referência à mesma
região e apresentam as mesmas definições para tal.
(C) Ao realizar seus estudos, Ab’Sáber encontrou no Brasil seis domínios morfoclimáticos e
extensas faixas de transição. Um exemplo de domínio seria o Cerrado, e, fazendo a transição entre
o domínio Amazônico e Caatinga temos as Matas dos Cocais.
(D) Os estudos de Ab’Sáber sobre os domínios morfoclimáticos precisam ser atualizados devido o
avanço do desmatamento na Amazônia e aumento das queimadas no Cerrados que eliminaram
muitos animais endêmicos.
(E) Com as facilidades trazidas por tecnologias de geoprocessamento, Ab’Sáber mapeou todo o
Brasil e confrontou a classificação de Jurandyr Ross a partir da publicação de seu livro onde seis
domínios morfoclimáticos eram estabelecidos.

12. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)


A grande extensão territorial que propicia diferentes climas, solos vegetação. A soma de todos
esses aspectos mais a ação humana criam diferentes paisagens e conferem diversos usos do
Espaço.
Sobre a relação homem e natureza no Brasil, assinale a alternativa correta
(A) A Mata Atlântica foi a porta de chegada dos colonizadores. Tal fato contribuiu para que ela se
tornasse a mata mais alterada no país. Se no passado a extração vegetal foi intensa, atualmente
continua principal atividade econômica graças à exportação da soja.
(B) A Floresta Amazônica tem chamado a atenção dos grandes produtores de soja graças ao seu
solo rico e fértil, criando às margens da floresta o chamado arco do desmatamento.
(C) Graças ao clima semiárido, a Caatinga sofre com a baixa biodiversidade que vem direcionando
tal domínio ao processo de desertificação.
(D) Com o processo de tropicalização da soja, o Centro-Oeste passou a receber tal cultivo, o que
vem influenciando a biodiversidade do Cerrado.

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(E) Dentro de um processo histórico agropastoril, as Pradarias brasileiras perderam espaço para
o Sertão Nordestino após as charqueadas, e, hoje se configuram como uma área abandonada.

13. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)


A grande extensão territorial do Brasil lhe conferiu seis domínios morfoclimáticos e faixas de
transição, segundo Ab’Sáber. Sobre esses domínios, analise as afirmações a seguir:
I. Um dos ecótonos mais importantes do Brasil é a Mata dos Cocais, entre uma floresta ombrófila
e outra xeromórfica.
II. As pradarias, comuns na América do Norte, também são encontradas no território brasileiro.
Localizadas no Sul do país são planícies cobertas por gramíneas.
III. A Mata Atlântica, presente nos Mares de Morro, é um exemplo de floresta pluvial tropical
pouco afetada pelas atividades antrópicas.
Assinale a alternativa correta:
(A) Apenas as afirmativas I e II estão corretas
(B) Apenas as afirmativas II e III estão corretas
(C) Apenas a afirmativa I está correta
(D) Apenas as afirmativas I e III estão corretas
(E) Apenas a afirmativa III está correta

14. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)


“A maioria das florestas tropicais brasileiras está concentrada na região amazônica e dos pouco
mais de seis milhões de quilômetros quadrados que se estima ser hoje a área total da Floresta
Amazônica na América do Sul, nada menos do que 60% estão em território brasileiro.”
(Ministério do Meio Ambiente. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA. Disponível em
<https://www.mma.gov.br/estruturas/chm/_arquivos/Bio5.pdf>. Acesso em 30/01/2020

Além da Amazônica, no Brasil, a Mata Atlântica também se encaixa nas definições de florestas
tropicais. Sobre tal tema, assinale a alternativa correta:
(A) Florestas tropicais fluviais costumam apresentar árvores altas devido a abundância de luz,
temperatura e água. Entretanto, na Amazônia, árvores de médio e baixo porte se desenvolvem
na porção de terra firme, e, em alguns pontos é possível encontrar arbustos.
(B) A Mata de Igapó, graças às suas características específicas, é a aquela que se apresenta como
mais robusta e densa que as demais. Abundante, a imagem padrão da Floresta Amazônica é dessa
mata.
(C) Além das altas temperaturas e altos índices pluviométricos, a floresta amazônica e a mata
atlântica se estabeleceram sob um solo pouco fértil.

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(D) Ombrófila, higrófila e densa são algumas das principais características da Mata Atlântica que,
no Brasil, se estende do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte.
(E) Graças à grande amplitude térmica da região amazônica, as árvores precisam se adaptar as
oscilações de temperatura e para isso perdem folhas.

15. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)


No meio termo entre o clima tropical e o temperado, no Brasil, a mata de araucária é alvo de
vários setores econômicos, e, sobre ela é possível afirmar:
(A) Adaptada à climas mais frios do que aquele que abrange a maior parte do Brasil, a mata de
araucária se concentra no Sul, único ponto no país que lhe oferece condições de sobrevivência.
(B) Intensamente devastada, graças à a indústria madeireira e a agricultura, a mata de araucária
é uma floresta ombrófila mista.
(C) Classificada como uma floresta conífera, a mata das araucárias é muito importante para
indústria moveleiras.
(D) Apresentando longos trechos herbáceos e arbustivos, a mata das araucárias se assemelha aos
campos sulinos.
(E) Disposta em baixas latitudes, a mata das araucárias é muito importante para a produção de
celulose e papel.

16. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)


“O preço do caranguejo nas feiras livres de Belém aumentou cerca de 25% nos primeiros seis meses
de 2018 aponta estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(Dieese). Segundo a pesquisa, divulgada nesta sexta-feira (20), o reajuste no preço do produto foi
quase 23% acima inflação calculada para o mesmo período.”
(G1 – 20/07/2018. Disponível em < https://g1.globo.com/pa/para/noticia/2018/07/20/preco-do-caranguejo-tem-alta-
acumulada-de-quase-25.ghtml>. Acessado em 30/01/2020)

Sobre o habitat natural do caranguejo, assinale a alternativa correta:


(A) Com ampla ocorrência no Nordeste, tal habitat dispõe de um solo seco e arenoso.
(B) Graças à dificuldade de acesso, os manguezais se mantem como um ecossistema pouco
explorado e com baixa influencia humana.
(C) Considerado um ecossistema associado, o manguezal tem como principais características as
raízes aéreas e a necessidade de um ambiente salobro para seu desenvolvimento.
(D) Considerado um ecossistema costeiro e de transição terrestre-marinho, os manguezais no
Brasil apresentam baixa biodiversidade.
(E) A agricultura é uma das atividades que mais contribuem para o desequilíbrio e
desflorestamento nos manguezais.

17. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

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Sobre conceitos, características e localização da Caatinga, considere as afirmações a seguir e


assinale a alternativa que apresenta a resposta correta:
I. Caracterizada pelo xeromorfismo, as plantas na Caatinga têm folhas pequenas que por vezes
são substituídas por espinhos.
II. Como único bioma exclusivamente brasileiro, a Caatinga foi pouco alterada, mas tal
preservação não é o suficiente para barrar o avanço da desertificação.
III. Com resistência à aridez, boa parte (em torno de um terço) das plantas da Caatinga são
distribuídas em três estratos: arbóreo, arbustivo e herbáceo.
(A) Apenas as afirmativas I e II estão corretas
(B) Apenas as afirmativas II e III estão corretas
(C) Apenas a afirmativa I está correta
(D) Apenas as afirmativas I e III estão corretas
(E) Apenas a afirmativa III está correta

18. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)


As faixas de transição microclimáticas, como o nome sugere, são responsáveis pela mudança de
domínio para o outro, visto que os aspectos físicos não sofrem rupturas severas sem eventos ou
ações pontuais. Além da Mata dos Cocais, podemos citar como faixa de transição o/a:
(A) Pantanal
(B) Caatinga
(C) Cerrado
(D) Amazônia
(E) Mata Atlântica

19. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)


A diversidade de paisagem no domínio Amazônico está associada às variações de topografia,
assim, podemos afirmar que
(A) As planícies inundáveis sustentam apenas as matas de igapós, sendo a terra firme limitada às
depressões
(B) Limita-se à vegetação de florestas sem nenhum enclave, como acontece na Caatinga e os
brejos de altitude
(C) Além da mata de igapó, as planícies inundáveis da bacia do Amazonas sustentam as matas de
terra firme e várzea.
(D) Predominam as terras baixas onde a vegetação se caracteriza, entre outros, por ser perene e
latifoliada

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(E) Os planaltos e platôs sedimentares sustentam as matas de igapó e de várzea, sendo,


respectivamente, inundadas e inundáveis

20. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Sobre o domínio morfoclimático do Cerrado, assinale a alternativa correta


(A) Predomina de solos rasos e ácidos, condicionando uma vegetação homogênea
(B) Há incêndios naturais que ajudam a selecionais espécies resistentes
(C) Espécies xeromórficas indicam a dificuldade na infiltração de água no solo
(D) As raízes são curtas e os caules apresentam cascas grossas graças ao solo ácido
(E) Ao longo dos cursos de água há redução na vegetação

13.1 GABARITO
1. E
2. C
3. D
4. C
5. C
6. A
7. B
8. B
9. C
10. E
11. C
12. D
13. A
14. D
15. B
16. C
17. D
18. A
19. D
20. B

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14 - QUESTÕES INÉDITAS COMENTADAS


1. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)
“(...) domínios morfoclimáticos e fitogeográfico um conjunto espacial de certa ordem de grandeza
territorial – de centenas de milhares a milhões de quilômetros quadrados de área – onde haja um
esquema coerente de feições de relevo, tipos de solos, formas de vegetação e condições climático-
hidrológicas.”
(AB’SÁBER, A. N. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003)

Sobre os domínios morfoclimáticos brasileiros, assinale a alternativa correta.


A) No sudoeste gaúcho encontramos as coxilhas e sobre elas uma vegetação herbácea que se adapta
ao clima subtropical. Entretanto, o processo de arenização e desertificação se vê intensificado pela
produção agropecuária.
B) Restrito ao Centro-Oeste, o Cerrado se caracteriza por um solo profundo e altamente lixiviado. A
vegetação ali encontrada é considerada complexa e sua hidrografia é muito importante para todo o
país, sendo conhecido como a caixa d’água do Brasil.
C) A vegetação do domínio amazônico encontra nutrientes em uma camada superficial chamada
serapilheira. Dessa forma, a região é desejada por grandes produtores de soja que busca um solo pouco
lixiviado, diferente do Cerrado.
D) O Pantanal é um dos domínios morfoclimáticos mais complexos, afinal se encontra entre realidades
bem distintas como a Amazônia e o Cerrado. Com um relevo rebaixado, é uma planície inundável
dependente dos rios planálticos ao seu redor.
E) Caracterizado por elevadas médias térmicas, pelo baixo volume pluviométrico anual e chuvas
concentradas em poucos meses, a Caatinga apresenta um solo mineralmente rico, mas organicamente
pobre devido à falta de água.

Comentários:
Alternativa a – INCORRETA: Cuidado: desertificação é um processo típico de áreas áridas!
Alternativa b – INCORRETA: O Cerrado não é restrito à região Centro-Oeste
Alternativa c – INCORRETA: Em sua maior parte, o solo da Amazônia é mineralmente pobre porque foi
intensamente lixiviado, sendo a serapilheira a fonte de nutrientes para a floresta.
Alternativa d – INCORRETA: Cuidado! O Pantanal não é um domínio morfoclimático, mas sim uma faixa
de transição.
Alternativa e – CORRETA: A falta de água é o que mais compromete a Caatinga. E é nesse sentido que
a transposição do São Francisco foi bem vista por produtores agrários: a chegada/maior disposição de
água possibilitaria um uso mais intensivo do solo.
Gabarito: E

2. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

”Região de depressões interplanálticas reduzidas a verdadeiras planícies de erosão, devido à grande


extensão dos pediplanos e ao aperfeiçoamento final, relativamente recente, da pediplanação sertaneja,
dita moderna.”
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(AB'SÁBER, Aziz Nacib. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003)

Nesse domínio, podemos destacar


A) a ação das chuvas conduzindo a erosão do solo e formando extensos areais. Tal processo é chamado
de arenização e é intensificado pela expansão agropecuária e mal gestão do território.
B) a intermitência dos rios, em especial, o rio que principal da maior bacia hidrográfica que corta a
região. Tal realidade deu base para um projeto de transposição de rios.
C) o solo mineralmente rico, mas organicamente deficiente que ao dificultar a produção agrária abriu
espaço para a pecuária. Uma solução para tal realidade é a chegada de água, como acontece em áreas
de fruticultura irrigada.
D) a produção de grãos mais intensamente após a década de 1970. As condições naturais do solo e do
clima foram contornadas por melhorias realizadas em laboratórios, como a calagem e a transgenia de
sementes.
E) a ocupação mais recente, em especial após a última transferência de capital federal. Desde então a
paisagem natural composta por uma vegetação complexa deu lugar à imensos latifúndios de grãos, em
especial a soja e o milho.

Comentários:
Alternativa a – INCORRETA: O trecho fala sobre a Caatinga, mas a alternativa traz um problema
encontrado nas Pradarias.
Alternativa b – INCORRETA: O rio principal da maior bacia hidrográfica é o São Francisco e ele é perene.
Alternativa c – CORRETA: Como essa é uma região de baixa pluviosidade, temos baixa lixiviação, logo,
mineralmente pouco afetado (se tornando mais rico), mas a falta de água compromete a dinâmica
orgânica.
Alternativa d – INCORRETA: A alternativa traz a realidade do Cerrado, mas o trecho fala sobre a
Caatinga.
Alternativa e – INCORRETA: A alternativa traz a realidade do Cerrado, mas o trecho fala sobre a
Caatinga.
Gabarito: C

3. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)


Sobre a vegetação Amazônica, assinale a alternativa correta:

(A) Predominantemente umbrófila, a floresta de terra firme é densa e latifoliada e com raízes
profundas, por se aproveitar dos altos índices pluviométricos e da elevada e constante incidência solar

(B) A variação de chuvas e fertilidade do solo da chamada floresta de terra de firme criam um cenário
de mata densa e aberta, onde árvores de médio e baixo porte não sobrevivem.

(C) As raízes profundas garantem a reposição nutricional de árvores de grande porte na Amazônia,
onde o solo altamente lixiviado não apresenta características de fertilidade.

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(D) Dotado de maior fertilidade, o solo aluvial presente na Amazônia tem forte ligação com o ciclo da
borracha, atividade prejudicada pelo desmatamento.

(E) Predominantemente hidrófila, a vegetação Amazônica se adaptou às condições do solo


organicamente pobre graças à umidade e temperatura local.

Comentários

a) Incorreto. Cuidado: umbrófila é a vegetação que se adapta à sombra (não confunda com um ombrófila).

Outro erro importante: as raízes não são majoritariamente profundas.

b) Incorreto. Árvores de médio e baixo porte são encontradas na Amazônia.

c) Incorreto. As raízes predominantes nesse domínio/bioma são as tabulares.

d) Correto. Tal solo é encontrado nas matas de várzea e também de igapós..

e) Incorreto. O solo da Amazônia não é organicamente pobre tão pouco a vegetação predominante é
hidrófila (ou seja, vive dentro da água).

Gabarito: D

4. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Caracterizado como uma grande área onde padrões climáticos, geomorfológicos e hidrográficos,
dentre outros, são estabelecidos, os domínios morfoclimáticos no Brasil foram traçados por
Ab’Sáber, que ao regionalizar o país conferiu
A) ao Cerrado o status de domínio com a maior amplitude térmica do país, solos profundos e
altamente lixiviados que impedem o xeromorfismo.
B) à Mata dos Cocais, Agreste, Pantanal, Manguezal e Restingas o status de zonas de transição
entre domínios, logo, apresentam vegetações complexas e características climáticas que oscilam
à dependem da proximidade com as realidades que as cercam.
C) à Amazônia o status de domínio com a menor amplitude térmica do Brasil e altos índices
pluviométricos, sendo esse último um dos fatores determinantes para as condições pedológica
da maior porção de tal região
D) à Caatinga o status de maior amplitude térmica do país graças à ação da continentalidade e o
grande extensão de solo arenoso e infértil. A soma entre tais características climáticas e
pedológica tornam a vegetação xeromórfica.
E) aos Mares de Morro alta e constante pluviosidade, sendo a chuva orográfica a principal
responsável pela umidade mais elevada, menos no inverno, por todo esse domínio.

Resolução:

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Alternativa a. INCORRETA: A maior amplitude térmica do país é encontrada na região Sul e os


solos altamente lixiviados direcionam para o xeromorfismo.
Alternativa b. INCORRETA: Cuidado! Dos exemplos citados na alternativa apenas a Mata dos
Cocais, o Agreste e o Pantanal são faixas de transição
Alternativa c. CORRETA. A proximidade com a Linha do Equador faz desse domínio a região com
a menor amplitude térmica do país. Quando ao alto volume de chuva e a pedologia, lembre-se:
quanto mais chuva, mas lixiviado o solo será
Alternativa d. INCORRETA. A maior amplitude térmica do país é encontrada na região Sul e o solo
da Caatinga é fértil.
Alternativa e. INCORRETA: Trata-se do clima tropical, logo a pluviosidade não é constante, e,
lembre-se, uma parte de tal domínio se encontra no litoral oriental do Nordeste, onde as chuvas
de inverno são condicionadas pelas massas de ar
Gabarito: C

5. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

“Trata-se de um gigantesco domínio de terras baixas florestadas, dispostas em anfiteatro,


enclausurado entre a grande barreira imposta pelas terras cristalinas (...) Da sua posição
geográfica resultou uma fortíssima entrada de energia solar, acompanhada de um abastecimento
quase permanente de massas de ar úmido, de grande estoque de nebulosidade e baixa amplitude
térmica anual.”
AB’SÁBER, Aziz. Os domínios da natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003

O trecho aborda
A) os Mares de Morro, onde a Mata Atlântica se estendia majestosamente, entretanto, o avanço
de ciclos econômicos como a cana-de-açúcar e o café fortaleceram o desmatamento ainda mais
intensificado pela industrialização.
B) as Araucárias, onde a vegetação arbórea se encontra fortemente ameaçada pela exploração
antrópica – grande ação da indústria de móveis -, entretanto não está elencada diretamente como
um hotspot brasileiro pois quando o assunto é bioma, tal domínio faz parte da Mata Atlântica.
C) a Amazônia, que por ser uma área de baixa pressão atrai ventos úmidos – um dos responsáveis
pela alta pluviosidade local. Entretanto, o regime de chuvas na região não é homogêneo, logo há
porções do clima Equatorial onde as chuvas oscilam, com meses de baixa precipitação.
D) a Mata dos Cocais, que apesar de ser uma faixa de transição também apresenta vegetação
arbórea, com destaque para a carnaúba e o babaçu. Essa região é caracterizada por um forte
extrativismo vegetal.
E) os Mares de Morro, onde a Mata Atlântica é beneficiada pela alta umidade proveniente, em
parte, das chuvas orográficas. Parte do solo dessa região é pouco fértil, entretanto, áreas como o

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noroeste paulista e o litoral pernambucano se destacam, respectivamente, com a terra roxa e o


massapê.

Resolução:
Trata-se da Amazônia
“Trata-se de um gigantesco domínio de terras baixas florestadas, dispostas em anfiteatro,
enclausurado entre a grande barreira imposta pelas terras cristalinas (...) Da sua posição
geográfica resultou uma fortíssima entrada de energia solar, acompanhada de um
abastecimento quase permanente de massas de ar úmido, de grande estoque de nebulosidade e
baixa amplitude térmica anual.”

terras baixas florestadas: predomínio de depressões e vegetação arbórea


enclausurado entre a grande barreira imposta pelas terras cristalinas: planaltos na “borda” do
domínio,
fortíssima entrada de energia solar/ baixa amplitude térmica anual: quente o ano todo
(Equatorial)
Gabarito: C

6. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

“Área de fraca decomposição de rochas com mantos de alteração que varia de 0 a 3 m, via de
regra. (...) Drenagem intermitentes sazonais extensivas, relacionada com o ritmo desigual e pouco
frequente das precipitações. (...) Estreitas matas ciliares ao longo dos diques marginais dos rios.
(...) Enclaves de “brejos” na forma de microrregiões úmidas e florestadas com solos de boa
fertilidade natural, porém frágeis.”
AB’SÁBER, Aziz. Os domínios da natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003

O trecho aborda o domínio


A) da Caatinga, onde a altitude cria enclaves úmidos garantindo maior destaque à agricultura e
contraste com inselbergs pouco utilizados pelo setor do turismo
B) do Cerrado, onde as matas de galerias contrastam com a vegetação de menor altura
desenvolvida em um solo pouco fértil graças à intensa lateralização.
C) da Amazônia, onde o solo pouco fértil é característica predominante, apesar das matas de
várzea e igapós, onde os sedimentos trazidos pelos rios garantem maior fertilidade.
D) das Araucárias, onde a boa distribuição da chuvas e o relevo predominantemente planáltico
garantem uma vegetação arbórea
E) das Pradarias, caracterizada por uma vegetação herbácea e um relevo onde predominam as
sedimentações.

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Resolução:
Trata-se da Caatinga
“Área de fraca decomposição de rochas com mantos de alteração que varia de 0 a 3m, via de
regra. (...) Drenagem intermitentes sazonais extensivas, relacionada com o ritmo desigual e
pouco frequente das precipitações. (...) Estreitas matas ciliares ao longo dos diques marginais dos
rios. (...) Enclaves de “brejos” na forma de microrregiões úmidas e florestadas com solos de boa
fertilidade natural, porém frágeis.”
Solo raso: fraca decomposição de rochas com mantos de alteração que varia de 0 a 3m
Hidrografia predomínio de rios temporários: Drenagem intermitentes sazonais extensivas
Clima semiárido: ritmo desigual e pouco frequente das precipitações.
Gabarito: A

7. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

“Ausência de mamelonização em favor da presença de plainos de erosão e plataformas


estruturais escalonadas, com rampas semicôncovas nas passagens dos diferentes níveis e discreta
convexização geral das vertentes nas áreas típicas. Calhas aluviais, de tipo particularizado,
comportando fluxos lentos no inverno seco e cheias amortecidas no verão chuvoso.”
AB’SÁBER, Aziz. Os domínios da natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.

O trecho aborda o domínio


A) das Pradarias, onde o relevo plano possibilitou a expansão da pecuária de corte, levando ao
processo de arenização.
B) do Cerrado, onde as características do solo e da vegetação direcionam à alta infiltração de água,
configurando tal região como a caixa d’água do país.
C) da Caatinga, onde o solo fértil tem forte relação com o regime pluviométrico, entretanto, as
secas levam ao xeromorfismo.
D) da Amazônia, onde o predomínio das terras baixas contrasta com os planaltos na periferia de
tal domínio
E) dos Mares de Morro, caracterizado pela mamemolização de seu relevo e os rios tipicamente
de planaltos

Resolução:
Trata-se do Domínio dos Cerrados:
Ausência de mamelonização em favor da presença de plainos de erosão e plataformas
estruturais escalonadas, com rampas semicôncovas nas passagens dos diferentes níveis e discreta

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convexização geral das vertentes nas áreas típicas. Calhas aluviais, de tipo particularizado,
comportando fluxos lentos no inverno seco e cheias amortecidas no verão chuvoso.”
Relevo: plainos de erosão – predomínio de planaltos
Clima: lentos no inverno seco e cheias amortecidas no verão chuvoso. - Tropical:
Gabarito: B

8. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Leia o excerto abaixo.


O domínio morfoclimático, em sua região nuclear, ocupa predominantemente maciços planaltos
de estrutura complexa, dotados de superfícies aplainadas de cimeira, e um conjunto significativo
de planaltos sedimentares compartimentados, situados em níveis que variam entre 300 e 1700m
de altitude. As formas de terrenos são, grosso modo, similares tanto nas áreas de terrenos
cristalinos aplainados como nas áreas sedimentares sobrelevadas e transformadas em planaltos
típicos.
AB’SABER, A. N. Os domínios de natureza do Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003, p. 115-
116. Adaptado.

Considerando a descrição do relevo, o domínio morfoclimático em destaque somente pode ser:


A) mares de morros.
B) cerrado.
C) caatinga.
D) mata de araucária.
E) pradarias.

COMENTÁRIOS:
A – Incorreta. O domínio dos mares de morros não é formado por planaltos sedimentares, mas
sim predominantemente por planaltos cristalinos dobrados, gerando formações onduladas e não
com topos aplainados.
B – Correta. O cerrado possui formação de relevo predominantemente planáltico, com topos
aplainados, sejam as formações sedimentares ou formações cristalinas, formando as chapadas e
os chapadões.
C – Incorreta. O domínio da caatinga possui, predominantemente, formações planálticas, mas não
necessariamente planas em seus topos, devido à baixa ocorrência de intemperismo químico e
físico provocados pela água.
D – Incorreta. Algumas chapadas estão presentes na região Nordeste, principalmente na
intersecção de biomas. Todavia, os planaltos nordestinos são predominantemente cristalinos, e o
relevo sedimentar acaba formando depressões, não planaltos, como o traz o texto.

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E – Incorreta. O relevo das pradarias é baixo, com os topos suaves e arredondados (coxilhas),
incoerente com a descrição apresentada no excerto.
Gabarito: B

9. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

“Trata-se de um enclave de escassa pluviosidade (inferior à 600 mm anuais) dentro do domínio tropical,
abrangendo quase 1 milhão de km², desde os litorais dos Estados do Ceará e Rio Grande do Norte até o
médio São Francisco”

(ROSS, Jurandyr Luciano Sanches. Geografia do Brasil. [S.l: s.n.], 2019, p. 103)

O Domínio Morfoclimático em questão é

A) o Meio Norte
B) o Cerrado
C) a Caatinga
D) a Mata dos Cocais
E) o Agreste

Comentários

Vamos analisar o trecho?


“Trata-se de um enclave de escassa pluviosidade (inferior à 600 mm anuais) dentro do domínio tropical,
abrangendo quase 1 milhão de km², desde os litorais dos Estados do Ceará e Rio Grande do Norte até o
médio São Francisco”
Alternativa A – INCORRETA: Meio Norte não é um domínio morfoclimático
Alternativa B – INCORRETA: Observe a localização, não condiz com o Cerrado.
Alternativa C – CORRETA: O enclave de escassa pluviosidade no Brasil é a chamada mancha semiárida.
Alternativa D – INCORRETA: Mata dos Cocais não é um domínio morfoclimático
Alternativa E – INCORRETA: O Agreste não é um domínio, mas uma zona de transição
Gabarito: C

10.(Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Ao destruir uma paisagem de árvores de troncos retorcidos, folhas e arbustos ásperos sobre os solos
ácidos, não raro laterizados ou tomados pelas formas bizarras dos cupinzeiros, essa modernização
lineariza e aparentemente não permite que se questione a pretensão modernista de que a forma deve
seguir a função.

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HAESBAERT, R. "Gaúchos" e baianos no "novo" Nordeste: entre a globalização econômica e a reinvenção das
identidades territoriais. In: CASTRO, I. E.; GOMES, P. C. C.; CORRÊA, R, L. (Org.). Brasil: questões atuais da
reorganização do território. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008.

Sobre a paisagem descrita, assinale a alternativa correta.


A) Trata-se de uma área onde a pecuária extensiva tem intensificado o processo de desertificação
e fortalecido o êxodo rural em direção à Zona da Mata
B) A paisagem descreve uma porção de solos rasos e escassez de água, sendo possível a
sobrevivência apenas de espécies xeromórficas.
C) A expansão da fronteira agrícola no Sertão Nordestino está modificando a estrutura dos solos
e da vegetação, assim o caráter xeromórfico se intensifica
D) Os solos descritos fazem com que as raízes da vegetação típica de tal porção do Brasil seja
tabular, buscando nutrientes escassos pela laterização.
E) Tais solos laterizados estão relacionados às raízes pivotantes que possibilitam a captação de
água e nutrientes em porções mais profundas

Resolução:
Alternativa a. INCORRETA: Trata-se do Cerrado
Alternativa b. INCORRETA: o solo do lateralizado é profundo.
Alternativa c. INCORRETA. Trata-se do Cerrado
Alternativa d. INCORRETA. A alternativa descreve a realidade da Amazônia.
Alternativa e. CORRETA: Os solos laterizados do Cerrado condicionam a chamada “floresta
invertida”, já que as raízes são bem profundas.
Gabarito: E

11. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)


Segundo Aziz Ab’Sáber, em seu livro “Os domínios de Natureza no Brasil – potencialidades
paisagísticas”, graças à grande extensão territorial brasileira, nosso país detém um mostruário
bastante completo das principais paisagens e ecologias do Mundo Tropical (p. 10).
Pensando nesse mostruário que o autor ressalta, assinale a alternativa correta:
(A) O conceito de domínios morfoclimáticos diz respeito a interação entre vários elementos
naturais, como o relevo, a vegetação e o clima. Dessa interação, no território brasileiro foram
elencados seis domínios que se dispõem de uma forma contínua fazendo fronteira com outro
domínio.
(B) Apesar da nomenclatura variada, bioma e domínio morfoclimático fazem referência à mesma
região e apresentam as mesmas definições para tal.

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(C) Ao realizar seus estudos, Ab’Sáber encontrou no Brasil seis domínios morfoclimáticos e
extensas faixas de transição. Um exemplo de domínio seria o Cerrado, e, fazendo a transição entre
o domínio Amazônico e Caatinga temos as Matas dos Cocais.
(D) Os estudos de Ab’Sáber sobre os domínios morfoclimáticos precisam ser atualizados devido o
avanço do desmatamento na Amazônia e aumento das queimadas no Cerrados que eliminaram
muitos animais endêmicos.
(E) Com as facilidades trazidas por tecnologias de geoprocessamento, Ab’Sáber mapeou todo o
Brasil e confrontou a classificação de Jurandyr Ross a partir da publicação de seu livro onde seis
domínios morfoclimáticos eram estabelecidos.

Resolução
Alternativa a. INCORRETA. Existem faixas de transição entre os domínios
Alternativa b. INCORRETA. Biomas, como o nome sugere, define as formas de vida estabelecidas
em suas delimitações, enquanto domínios morfoclimáticos elencam e relacionam clima,
vegetação, relevo.
Alternativa c. CORRETA. Os domínios morfoclimáticos brasileiros são: Amazônico, Cerrados,
Caatinga, Mares de Morro, Araucárias e Pradarias
Alternativa d. INCORRETA. Os domínios morfoclimáticos não levam em consideração os animais.
Alternativa e. INCORRETA. A classificação de Ross é sucessora à Ab’Sáber. Além disso, Ross
classificou apenas o relevo brasileiro.
Gabarito: C

12. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)


A grande extensão territorial que propicia diferentes climas, solos vegetação. A soma de todos
esses aspectos mais a ação humana criam diferentes paisagens e conferem diversos usos do
Espaço.
Sobre a relação homem e natureza no Brasil, assinale a alternativa correta
(A) A Mata Atlântica foi a porta de chegada dos colonizadores. Tal fato contribuiu para que ela se
tornasse a mata mais alterada no país. Se no passado a extração vegetal foi intensa, atualmente
continua principal atividade econômica graças à exportação da soja.
(B) A Floresta Amazônica tem chamado a atenção dos grandes produtores de soja graças ao seu
solo rico e fértil, criando às margens da floresta o chamado arco do desmatamento.
(C) Graças ao clima semiárido, a Caatinga sofre com a baixa biodiversidade que vem direcionando
tal domínio ao processo de desertificação.
(D) Com o processo de tropicalização da soja, o Centro-Oeste passou a receber tal cultivo, o que
vem influenciando a biodiversidade do Cerrado.
(E) Dentro de um processo histórico agropastoril, as Pradarias brasileiras perderam espaço para
o Sertão Nordestino após as charqueadas, e, hoje se configuram como uma área abandonada.

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Resolução
Alternativa a. INCORRETA. Apesar de ser a Mata que mais sofreu com o desmatamento, não é
nessa região que concentra a produção de soja brasileira.
Alternativa b. INCORRETA. O solo na região em destaque não é rico e fértil
Alternativa c. INCORRETA. A Caatinga é biodiversa e o processo de desertificação tem causas
naturais e humanas, como apontam a maior parte dos estudos.
Alternativa d. CORRETA. Típica de regiões mais frias, a soja foi adaptada às temperaturas mais
altas do Cerrado e vem disputando espaço com ele.
Alternativa e. INCORRETA. O movimento agropastoril foi o oposto. Com a pecuária se
estabelecendo no Nordeste primeiro (com a colonização) e posteriormente no Sul.
Gabarito: D

13. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)


A grande extensão territorial do Brasil lhe conferiu seis domínios morfoclimáticos e faixas de
transição, segundo Ab’Sáber. Sobre esses domínios, analise as afirmações a seguir:
I. Um dos ecótonos mais importantes do Brasil é a Mata dos Cocais, entre uma floresta ombrófila
e outra xeromórfica.
II. As pradarias, comuns na América do Norte, também são encontradas no território brasileiro.
Localizadas no Sul do país são planícies cobertas por gramíneas.
III. A Mata Atlântica, presente nos Mares de Morro, é um exemplo de floresta pluvial tropical
pouco afetada pelas atividades antrópicas.
Assinale a alternativa correta:
(A) Apenas as afirmativas I e II estão corretas
(B) Apenas as afirmativas II e III estão corretas
(C) Apenas a afirmativa I está correta
(D) Apenas as afirmativas I e III estão corretas
(E) Apenas a afirmativa III está correta

Resolução
Afirmação I. CORRETA: ecótonos são áreas de transição e a Mata dos Cocais situa-se entre a
Floresta Amazônica e a Caatinga.
Afirmação II. CORRETA: a afirmação traz a definição de pradarias, no Brasil também conhecido
como pampa gaúcho.
Afirmação III. INCORRETA: a mata atlântica é um dos domínios mais modificados pelo ser humano
no Brasil.
Gabarito: A

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14. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)


“A maioria das florestas tropicais brasileiras está concentrada na região amazônica e dos pouco
mais de seis milhões de quilômetros quadrados que se estima ser hoje a área total da Floresta
Amazônica na América do Sul, nada menos do que 60% estão em território brasileiro.”
(Ministério do Meio Ambiente. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA. Disponível em
<https://www.mma.gov.br/estruturas/chm/_arquivos/Bio5.pdf>. Acesso em 30/01/2020

Além da Amazônica, no Brasil, a Mata Atlântica também se encaixa nas definições de florestas
tropicais. Sobre tal tema, assinale a alternativa correta:
(A) Florestas tropicais fluviais costumam apresentar árvores altas devido a abundância de luz,
temperatura e água. Entretanto, na Amazônia, árvores de médio e baixo porte se desenvolvem
na porção de terra firme, e, em alguns pontos é possível encontrar arbustos.
(B) A Mata de Igapó, graças às suas características específicas, é a aquela que se apresenta como
mais robusta e densa que as demais. Abundante, a imagem padrão da Floresta Amazônica é dessa
mata.
(C) Além das altas temperaturas e altos índices pluviométricos, a floresta amazônica e a mata
atlântica se estabeleceram sob um solo pouco fértil.
(D) Ombrófila, higrófila e densa são algumas das principais características da Mata Atlântica que,
no Brasil, se estende do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte.
(E) Graças à grande amplitude térmica da região amazônica, as árvores precisam se adaptar as
oscilações de temperatura e para isso perdem folhas.

Resolução
Alternativa a. INCORRETA. Na Amazônia com árvores baixas não conseguem se desenvolver, tão
pouco arbustos (a floresta alta e densa impede que a radiação solar chegue às plantas de menor
porte)
Alternativa b. INCORRETA. A mata de igapó acontece em menor escala que a de terra firme e a de
várzea. Mata de igapó é aquela que se estabelece em regiões permanentemente alagada.
Alternativa c. INCORRETA. O solo da mata atlântica é fértil.
Alternativa d. CORRETA. Ombrófila= chuva; Higrófila= ambientes úmidos; Densa= árvores
próximas umas das outras.
Alternativa e. INCORRETA. Na região amazônica não há grande amplitude térmica.
Gabarito: D

15. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)


No meio termo entre o clima tropical e o temperado, no Brasil, a mata de araucária é alvo de
vários setores econômicos, e, sobre ela é possível afirmar:

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(A) Adaptada à climas mais frios do que aquele que abrange a maior parte do Brasil, a mata de
araucária se concentra no Sul, único ponto no país que lhe oferece condições de sobrevivência.
(B) Intensamente devastada, graças à a indústria madeireira e a agricultura, a mata de araucária
é uma floresta ombrófila mista.
(C) Classificada como uma floresta conífera, a mata das araucárias é muito importante para
indústria moveleiras.
(D) Apresentando longos trechos herbáceos e arbustivos, a mata das araucárias se assemelha aos
campos sulinos.
(E) Disposta em baixas latitudes, a mata das araucárias é muito importante para a produção de
celulose e papel.

Resolução
Alternativa a. INCORRETA. No clima tropical de altitude tal mata também se desenvolve (Serra da
Mantiqueira)
Alternativa b. CORRETA. Sem a estação seca definida, a mata de araucárias concentra
angiosperma e coníferas.
Alternativa c. INCORRETA. A mata das araucárias é uma floresta mista.
Alternativa d. INCORRETA. Como uma floresta, a mata apresenta árvores, ao contrário dos
campos sulinos.
Alternativa e. INCORRETA. A mata das araucárias não se adapta às baixas latitudes (próximo à
Linha do Equador)
Gabarito: B

16. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)


“O preço do caranguejo nas feiras livres de Belém aumentou cerca de 25% nos primeiros seis meses
de 2018 aponta estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(Dieese). Segundo a pesquisa, divulgada nesta sexta-feira (20), o reajuste no preço do produto foi
quase 23% acima inflação calculada para o mesmo período.”
(G1 – 20/07/2018. Disponível em < https://g1.globo.com/pa/para/noticia/2018/07/20/preco-do-caranguejo-tem-alta-
acumulada-de-quase-25.ghtml>. Acessado em 30/01/2020)

Sobre o habitat natural do caranguejo, assinale a alternativa correta:


(A) Com ampla ocorrência no Nordeste, tal habitat dispõe de um solo seco e arenoso.
(B) Graças à dificuldade de acesso, os manguezais se mantem como um ecossistema pouco
explorado e com baixa influencia humana.
(C) Considerado um ecossistema associado, o manguezal tem como principais características as
raízes aéreas e a necessidade de um ambiente salobro para seu desenvolvimento.
(D) Considerado um ecossistema costeiro e de transição terrestre-marinho, os manguezais no
Brasil apresentam baixa biodiversidade.

AULA 00 – GEOGRAFIA 77
Prof.ª Priscila Lima

(E) A agricultura é uma das atividades que mais contribuem para o desequilíbrio e
desflorestamento nos manguezais.

Resolução
Alternativa a. INCORRETA. O mangue é um ecossistema se desenvolve em zonas úmidas e
salobras.
Alternativa b. INCORRETA. Os manguezais brasileiros se espalharam por regiões de forte
especulação imobiliária.
Alternativa c. CORRETA. As raízes aéreas possibilitam a eliminação do excesso de sal.
Alternativa d. INCORRETA. Os manguezais apresentam alta diversidade de fauna e flora.
Alternativa e. INCORRETA. Atividades relacionadas ao processo de urbanização são as que mais
influenciam os manguezais
Gabarito: C

17. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)


Sobre conceitos, características e localização da Caatinga, considere as afirmações a seguir e
assinale a alternativa que apresenta a resposta correta:
I. Caracterizada pelo xeromorfismo, as plantas na Caatinga têm folhas pequenas que por vezes
são substituídas por espinhos.
II. Como único bioma exclusivamente brasileiro, a Caatinga foi pouco alterada, mas tal
preservação não é o suficiente para barrar o avanço da desertificação.
III. Com resistência à aridez, boa parte (em torno de um terço) das plantas da Caatinga são
distribuídas em três estratos: arbóreo, arbustivo e herbáceo.
(A) Apenas as afirmativas I e II estão corretas
(B) Apenas as afirmativas II e III estão corretas
(C) Apenas a afirmativa I está correta
(D) Apenas as afirmativas I e III estão corretas
(E) Apenas a afirmativa III está correta

Resolução
Afirmação I. CORRETA: para economizar água, muitas plantas na caatinga não têm folhas, mas sim
espinhos.
Afirmação II. INCORRETA: Segundo o Ministério do Meio Ambiente, mais de 80% da Caatinga já
foi alterado.
Afirmação III. CORRETA: Variando de acordo com a disposição de água, a Caatinga apresenta os
estratos elencados na afirmação.

AULA 00 – GEOGRAFIA 78
Prof.ª Priscila Lima

Gabarito: D

18. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)


As faixas de transição microclimáticas, como o nome sugere, são responsáveis pela mudança de
domínio para o outro, visto que os aspectos físicos não sofrem rupturas severas sem eventos ou
ações pontuais. Além da Mata dos Cocais, podemos citar como faixa de transição o/a:
(A) Pantanal
(B) Caatinga
(C) Cerrado
(D) Amazônia
(E) Mata Atlântica

Resolução
Alternativa a. CORRETA. O Pantanal é uma faixa de transição entre a Amazônia, Cerrado (no Brasil)
e o Chaco (equivalente ao Pantanal, o Chaco localiza-se na Bolívia e no Paraguai).
Alternativa b. INCORRETA. Não é uma faixa de transição.
Alternativa c. INCORRETA. Não é uma faixa de transição.
Alternativa d. INCORRETA. Não é uma faixa de transição.
Alternativa e. INCORRETA. Não é uma faixa de transição.
Gabarito: A
19. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)
A diversidade de paisagem no domínio Amazônico está associada às variações de topografia,
assim, podemos afirmar que
(A) As planícies inundáveis sustentam apenas as matas de igapós, sendo a terra firme limitada às
depressões
(B) Limita-se à vegetação de florestas sem nenhum enclave, como acontece na Caatinga e os
brejos de altitude
(C) Além da mata de igapó, as planícies inundáveis da bacia do Amazonas sustentam as matas de
terra firme e várzea.
(D) Predominam as terras baixas onde a vegetação se caracteriza, entre outros, por ser perene e
latifoliada
(E) Os planaltos e platôs sedimentares sustentam as matas de igapó e de várzea, sendo,
respectivamente, inundadas e inundáveis

Resolução

AULA 00 – GEOGRAFIA 79
Prof.ª Priscila Lima

Alternativa a. INCORRETA. Temos as planícies inundáveis, onde há mata de várzea.


Alternativa b. INCORRETA. Temos enclaves de campos, principalmente em Roraima
Alternativa c. INCORRETA. Cuidado! Terra Firme não é inundável.
Alternativa d. CORRETA. As terras mais elevadas ficam nas bordas.
Alternativa e. INCORRETA. Mata de Igapó e de várzea se sustentam em planícies.
Gabarito: D

20. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)


Sobre o domínio morfoclimático do Cerrado, assinale a alternativa correta
(A) Predomina de solos rasos e ácidos, condicionando uma vegetação homogênea
(B) Há incêndios naturais que ajudam a selecionais espécies resistentes
(C) Espécies xeromórficas indicam a dificuldade na infiltração de água no solo
(D) As raízes são curtas e os caules apresentam cascas grossas graças ao solo ácido
(E) Ao longo dos cursos de água há redução na vegetação

Resolução
Alternativa a. INCORRETA. Temos solos profundos
Alternativa b. CORRETA. Tal seleção garante uma certa complexidade de formações vegetais
Alternativa c. INCORRETA. O solo absorve muita água, sendo considerado o berço das águas do
país.
Alternativa d. INCORRETA. São raízes longas, predominantemente.
Alternativa e. INCORRETA. Próximo à água há o amento da vegetação (em tamanho e volume).
Gabarito: B

AULA 00 – GEOGRAFIA 80
Prof.ª Priscila Lima

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Parabéns por ter concluído essa aula e muito obrigada pela confiança no trabalho da Equipe do
Estratégia Militares! Caso ainda precise de alguma dica ou lhe reste alguma incerteza ou dúvida, não
hesite em falar comigo! Será um prazer trocar conhecimentos com você (assim cresceremos juntos, pois
ninguém é tão grande que não possa aprender). Use o Fórum de Dúvidas sempre que necessário!

Nós do Estratégia Militares estamos ansiosos por sua aprovação!

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REFERÊNCIAS
CHRISTOPHERSON, R. W.; BIRKELAND, G. H. Geossistemas: uma introdução à geografia física. 9.
ed. Porto Alegre: Bookman, 2017.
MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual,
2012.
MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia Geral e do Brasil. Volume único, São Paulo:
Ática
MOREIRA. João Carlos. Geografia (ensino médio). João Carlos Moreira e Eustáquio de Sene. São
Paulo: Scipione, 2005.
ROSS, Jurandyr Luciano Sanches. Geografia do Brasil. [S.l: s.n.], 2019
TEIXEIRA ET AL. Decifrando a Terra. Editora Oficina de Textos. Série Textos Básicos de
Geociências. Ed. Edgard Blücher e EDUSP, 2009
TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do
Brasil. 1ª edição. Moderna, 2010
SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil: Espaço Geográfico e
Globalizado. Vol. 1, 2 e 3. 2ª edição. São Paulo: Scipione, 2012.

AULA 00 – GEOGRAFIA 81

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