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A ORAÇÃO QUE FUNCIONA

1
PREFÁCIO

2
O PODER DA ORAÇÃO QUE FUNCIONA

3
POR QUE A ORAÇÃO É TÃO DIFICIL PRA
NÓS?

4
A ADORAÇÃO E A INTERCESSÃO NÃO
PARECEM NATURAIS AO HOMEM

5
ORAÇÃO TAMBÉM É CONFISSÃO DE
FRAQUEZA
A ORAÇÃO QUE FUNCIONA

6
AS VEZES, PARECE NÃO DAR RESULTADOS

7
MOVIMENTO DE FORA PRA DENTRO

8
DEUS ME ACEITA COMO SOU?

9
CARÁTER E CONDUTA

10
COMO ORAR DE FORMA CORRETA
JOSAFATH MUSSABA

A
ORAÇÃO
QUE FUNCIONA
DESCUBRA O PODER TRANSFORMADOR DA FÉ.

Todos os direitos reservados. 2023


Caro leitor,
É com grande alegria que apresento a você este eBook: "O Poder
da Oração que Funciona". Aqui, embarcaremos em uma jornada
espiritual, descobrindo como a oração pode transformar nossas
vidas de maneira significativa.

A oração é uma prática ancestral que transcende barreiras


culturais e religiosas. É um meio profundo de comunhão com o
divino, permitindo um diálogo íntimo além da compreensão
racional. A oração, quando sincera e intencional, possui um poder
intrínseco que vai além das palavras proferidas.
Neste livro, exploraremos os fundamentos da oração eficaz,
desvendando segredos para torná-la mais impactante. Você
descobrirá que, quando a oração é genuína, seus efeitos vão além
do momento em que é realizada.

Abordaremos a importância do ambiente para a oração, a empatia


ao interceder pelos outros e a aceitação da vontade divina.
Também exploraremos o poder do perdão, e a reflexão como
complementos valiosos.

Ao longo deste eBook, encontrará exemplos inspiradores de como


a oração impactou vidas, transformando situações difíceis e
iluminando caminhos com esperança. "O Poder da Oração que
Funciona" não apenas fornece conhecimento teórico, mas
também encoraja a prática ativa da oração em nosso cotidiano.

Para enriquecer ainda mais a experiência, você encontrará


exercícios práticos que o ajudarão a incorporar a oração em sua
rotina diária. A oração impulsiona o crescimento pessoal, o
entendimento interior e a conexão com algo maior.

Convido você, leitor, a explorar a profundidade da oração e seus


benefícios transformadores. Que este livro inspire e encoraje,
preenchendo sua vida com o poder da oração que
verdadeiramente funciona. Desejo-lhe uma leitura enriquecedora e
edificante.

Josafath Mussaba.

1
Josafat Mussaba Maurício: Um Pregador, Profeta e
Missionário que Desafia Fronteiras Espirituais
A jornada de vida de Josafat Mussaba Maurício é uma
história de resiliência e dedicação à espiritualidade.
Nascido na pitoresca cidade de Porto Amboim, em
Angola, Josafat emergiu como um líder do ministério
"MDR" - a sigla que representa muito mais do que as
palavras "Mentalidade do Reino". É um chamado, uma
crença e uma visão que transcendem as barreiras
terrenas.
A infância de Josafat foi marcada por um senso de
propósito que se manifestou desde cedo. Com apenas
sete anos de idade, já proclamava profecias e estendia
suas mãos para orar pelos enfermos. A sua paixão pelo
divino era palpável, e essa paixão o levou a participar
ativamente de campanhas de oração, evangelismo e
visitas de porta em porta. O jovem prodígio encontrava
a sua verdadeira alegria ao compartilhar as palavras do
reino celestial e ao ser um canal de cura e esperança.
Contudo, a estrada espiritual de Josafat não foi
pavimentada apenas com flores. A vida lhe apresentou
obstáculos dolorosos, incluindo a perda de cinco
irmãos queridos. Essas provações poderiam ter
abalado a fé de qualquer um, mas Josafat escolheu um
caminho diferente. Ele transformou suas dores em
propulsão para seguir seus sonhos e sua missão. Um
verdadeiro exemplo de perseverança, ele se agarrou ao
seu propósito com determinação inabalável.
Hoje, o Profeta Josafat Mussaba Maurício não apenas
prega, profetiza e lidera, mas também se tornou um
mentor espiritual que dedica a sua vida a instruir e
guiar outros. Sua influência vai além das fronteiras
geográficas, alcançando corações e almas de todos os
cantos. Através de suas palavras e ações, ele conquista
almas para o reino divino, demonstrando que a
conexão com o espiritual é uma jornada que pode
transformar vidas.
A jornada de Josafat é adornada com experiências
transcendentes que abriram portas para um
entendimento profundo do mundo espiritual. Sua
visão é ampla, suas experiências são enriquecedoras e
seu conhecimento é uma luz orientadora para muitos.
Em um mundo onde as dimensões terrenas e
celestiais se entrelaçam, Josafat Mussaba Maurício
emerge como um farol de sabedoria, ajudando
famílias a enxergar além do visível e a abraçar a
vastidão do mundo espiritual.
A sua história nos ensina que a oração não é apenas
um ato, mas uma jornada transformadora. Ao
mergulharmos nas páginas deste livro, somos
convidados a explorar a conexão profunda que Josafat
tem com a oração, uma conexão que transcende as
palavras e nos inspira a buscar o divino em nossas
próprias vidas.
Antes de mergulhar nas páginas repletas de
conhecimento e inspiração, te convido a dar um passo
fundamental em direção à uma oração que funciona.

Observe a imagem abaixo, que ilustra as doze áreas da vida.


Reserve um momento para refletir sobre cada uma delas.
Avalie, em uma escala de 1 a 10, como você se sente em relação
a cada aspecto no momento presente.

Essa autoavaliação é o ponto de partida para uma jornada


transformadora. Quando você identifica as áreas que podem ser
aprimoradas, você cria uma base sólida para direcionar suas
intenções e, é claro, suas orações.

Lembre-se, a oração é um ato de reflexão profunda, um diálogo


com o divino e um momento de clareza interior. Conforme você
observa suas notas e mergulha nas páginas subsequentes deste
livro, você estará embarcando em uma jornada de
autodescoberta e crescimento pessoal.

Ao enfrentar com coragem e sinceridade cada uma das doze


áreas da sua vida, você estará criando um caminho para a oração
que não apenas conecta, mas também transforma.

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JOSAFATH MUSSABA

CAPITULO I

A
ORAÇÃO
QUE
FUNCIONA
"Deixa-me queimar para Deus. Afinal, entre tudo que Deus
estabelece, a oração é a maior de todas. Oh, que eu seja um
homem de oração"

HENRY MARTYN

3
Quando lemos a vida dos grandes homens de Deus, ficamos
impressionados com a sensação de grande tranquilidade
que eles transmitem, ao mesmo que demonstram notável
capacidade de realização no reino de Deus. Parece que
nunca estavam com pressa; tiveram relativamente poucas
realizações, que não foram necessariamente notáveis nem
importantes. E não pareciam nada preocupados com o
alcance de sua influencia. Contudo, parecia que sempre
atingiam o alvo bem na marca. Todos os detalhes da sua vida
causaram forte impacto. A menor das ações por eles
praticadas revestia-se de grande distinção e beleza, que
revelavam uma alma de artista. E não é difícil descobrir a
razão disso. O valor espiritual deles estava no fato de
relacionarem todos os atos de sua vida, ate os menores, a
Deus. Eles viviam em Deus; a motivação para todos seus atos
era sempre o seu amor por Deus. Eram pessoas libertas da
preocupação consigo mesmas, bem como de temores sobre
as opiniões de outros. Deus via e dava a recompensa – o que
mais podia interessar-lhes? Eles possuíam a Deus, e Deus os
possuía. Era daí que provinha toda imensa dignidade desses
indivíduos humildes, tranquilos, que parecem ter conseguido
efeitos tão extraordinários, com ‘material’ tão comum.
Segundo Bridget Herman, uma crente europeia, era isso que
caracterizava os grandes homens de Deus: “o valor espiritual
deles estava no fato de relacionarem todos os atos de sua
vida, até os menores, a Deus.”

A oração é a coisa mais difícil e também a mais fácil; a mas


simples e a mais sublime; a mais fraca e a mais poderosa;
seus resultados repousam além das possiblidades humanas;
limitam-se apenas pela onipotência de Deus. A oração deve
ser a nossa maior prioridade ao se deitar e ao se levantar. E
com tempo, descobriremos, como aconteceu também ao
irmão Lourenço, que “aqueles que receberam o sopro do
Espírito Santo, crescem espiritualmente mesmo quando
estão dormindo."

4
Muitos não sabem o que é isso. Uma das práticas espirituais
mais difíceis para o crente é justamente orar diariamente, de
forma disciplinada.
Gordon Macdonald diz, que muitos homens confessam, por
exemplo, que uma das coisas mais difíceis para eles é orar
com a esposa. Porque? Não sabem responder. Alguns
pastores, num momento de confidência, revelam que as
vezes se envergonham da condição de sua pratica de oração.
Também eles não sabem explicar direito o por quê.
Poucos cristãos tem mais do que uma vaga ideia do poder
da oração; menos ainda têm alguma experiencia desse
poder. A igreja parece quase inconsciente do poder que
Deus põe em suas mãos; essa carta branca espiritual de
todos os infinitos recursos da sabedoria e do poder de Deus
raramente é usada e nunca usada na medida de honrar a
Deus. Surpreendi-me o pouco uso e pequenos resultados.

A oração é a nossa arma mais formidável, mas também é a


arma em que temos menos habilidade e de cujo uso somos
mais avessos. Fazemos tudo pelos ímpios, menos o Deus
quer que façamos, a única coisa que lhes faz bem, aquilo que
torna eficiente as demais coisas que fizemos.
Segundo Edward M. Bounds, graduar-se na escola da oração
é dominar todo o curso de uma vida religiosa. O Primeiro e o
ultimo estagio da vida piedosa são coroados com a oração. É
um oficio para vida. Os empecilhos à oração são empecilhos
para ter uma vida piedosa. As condições da oração são as
condições de justiça, santidade e salvação. Um preguiçoso
no oficio da oração é um trapaceiro no oficio da salvação.
A oração é um oficio que deve ser apreendido. Precisamos
ser aprendizes e dedicar nosso tempo a ela. Cuidado
meticuloso muita reflexão, pratica e esforço são exigido para
ser um trabalhador habilidoso na oração. Pratica nesse oficio,
como em todos os ofícios, leva à perfeição. Somente mãos e
corações esforçados fazem competente nesse oficio celestial.

5
Apesar dos benefícios e bençãos que fluem da comunhão
com Deus, devemos confessar com pesar que não oramos
muito. Um numero comparativamente pequeno ainda
conduz a oração nas reuniões. Poucas pessoas ainda oram
em família. São poucos que ainda têm habito de orar
regularmente a sós. Encontros especialmente dedicadas a
oração são mais raras do que neve no verão. Em muitas
igrejas, não há nem o nome nem nada semelhante a um
encontro de oração. Nosso povo não é essencialmente um
povo de oração. Isso é evidente pela vida que vivem. A oração
e a vida de santidade são uma única coisa, ambas agem e
reagem mutuamente. Nenhuma pode sobreviver sozinha.
Certa vez perguntaram a A.W. Tozer (1867–1963), famoso
pregador do século 20: “Tozer, o que é mais importante: orar
ou ler a Bíblia?” Ele respondeu: “Em um pássaro, qual é mais
importante, a asa direita ou a asa esquerda?”. Corremos o
risco de substituir oração e vida de santidade por trabalho na
igreja e por um circulo incessante de atividades pretensiosas.
Uma vida de santidade não vive no quarto de oração, mas
não pode viver sem ele. Se, por acaso, o quarto de oração
fosse implantado sem uma vida de santidade, seria um
quarto sem a presença de Deus nele.

Pôr os santos de todos os lugares para orar é o fardo do


esforço apostólico e a chave do sucesso apostólico. Jesus
Cristo esforçou-se por fazer isso nos dias de seu ministério
pessoal. Ele foi movido por infinita compaixão diante dos
campos maduros da terra que pereciam por falta de
trabalhadores e, ao fazer uma pausa em sua própria oração,
tentou despertar o sentimento adormecido de seus
discípulos para o dever da oração. Ao recomendar-lhes:
“peçam, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores
para a sua colheita“ (Mateus 9:38). E ele lhes contou uma
parábola com este propósito: que os homens deveriam orar
sempre. Ninguém nega que a oração seja muito importante;
mas são poucas as pessoas que afirmam que a pratica de
oração esta se desenvolvendo adequadamente. E essa é uma
das principais razões de tantas pessoas estarem com o
jardim do seu mundo interior em desordem.

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JOSAFATH MUSSABA

CAPITULO II

POR QUE
ORAR,
É TÃO
DIFICIL?
"Rogue pela oração - ore até que consiga orar, ore para ser
ajudado a orar e não abandone a oração porque não consegue
orar, pois nos momentos em que você acha que não pode orar, é
que realmente está fazendo as melhores orações. As vezes
quando você não sente nenhum tipo de conforto em suas súplicas
e seu coração está quebrantado e abatido, é que realmente
está lutando e prevalecendo com o Altíssimo”.

C. H. Spurgeon

7
Nossas mentes são como jardins férteis, capazes de cultivar
flores magníficas de possibilidades e esperanças. No entanto,
também podem abrigar sementes insidiosas, conhecidas
como crenças limitantes, que podem prejudicar nosso
crescimento espiritual e nossa capacidade de conexão através
da oração.

As crenças limitantes são convicções arraigadas que, de


alguma forma, nos impedem de alcançar nosso verdadeiro
potencial. São como vendas nos olhos, obscurecendo nossa
visão das oportunidades e bloqueando a luz da fé. Essas
crenças podem ser moldadas por experiências passadas,
influências externas, medos infundados ou até mesmo pela
falta de autoconfiança.

No contexto da oração, as crenças limitantes podem ser


particularmente prejudiciais. Elas podem nos levar a
subestimar nosso merecimento, minar nossa confiança na
resposta divina ou nos fazer duvidar da eficácia das nossas
preces. Afinal, como podemos esperar que nossas orações
serão atendidas quando acreditamos, secretamente, que
nossas palavras são fúteis?

As crenças limitantes podem ser sutis, agindo nos bastidores


do nosso pensamento consciente. Podemos até não estar
cientes delas, mas seus efeitos se manifestam
silenciosamente em nossas atitudes e decisões, incluindo
como nos aproximamos da oração. A boa notícia é que temos
o poder de reconhecer e desafiar essas crenças.

Ao trazer essas crenças para a consciência, você está lançando


um feixe de luz sobre a escuridão que as mantém cativas. No
próximo capítulo, exploraremos como desafiar e transformar
essas crenças limitantes, permitindo que sua oração alcance
um novo nível de profundidade e poder. Mas antes, prepare
novamente o seu caderno de anotações para o exercício a
seguir.

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pegue seu caderno, ilumine sua mente com a
sabedoria da consciência e prepare-se para libertar
suas orações do peso das crenças limitantes.
Escreva no seu caderno Quais pensamentos negativos ou
autolimitantes emergem? Será que existe uma voz interior que
diz que você não é digno o suficiente, que suas palavras não
são ouvidas ou que a mudança é impossível? Anote essas
crenças limitantes, trazendo-as à luz.

Reflita sobre as situações em que sente que sua oração é


menos eficaz ou onde hesita em se conectar com o divino.

Aqui vão alguns exemplos de crenças limitantes:

"Casamento é sempre um campo minado de


conflitos e desentendimentos, nunca poderei ter
um relacionamento harmonioso."

"Eu nunca vou conseguir ganhar dinheiro o


suficiente para viver confortavelmente, não
importa o quanto eu me esforce."

"Eu nunca serei capaz de superar meu vício, é


uma batalha perdida e sempre vou recair."

"Nossa família sempre foi disfuncional, não há


como mudar o padrão de comportamento que
nos afeta."

"Minha fé é fraca demais para realmente


acreditar que minhas preces serão ouvidas ou
atendidas."

Lembre-se, as crenças limitantes não precisam ser uma prisão


perpétua para sua fé. Elas podem ser desafiadas, reformuladas
e substituídas por crenças que fortalecem seu relacionamento
com Deus e impulsionam suas orações em direção à realização

Além das crenças limitantes, existem outras três razões


possíveis que impedem as suas orações, explicarei no próximo
capítulo.

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JOSAFATH MUSSABA

CAPITULO III

A ADORAÇÃO E
A INTERCESSÃO
SÃO NATURAIS
AO HOMEM?
"Porque o que a nossa natureza humana quer é contra o que
o Espírito quer, e o que o Espírito quer é contra o que a
natureza humana quer. Os dois são inimigos, e por isso vocês
não podem fazer o que vocês querem(...)"

Gálatas 5:17

10
O homem, ao ser criado, tinha desejo de manter comunhão
com Deus. Mas os feitos do pecado como que embotaram
grande parte desse seu impulso original. Por causa do
pecado, uma atividade que era natural ao ser humano tornou-
se uma função estranha para ele.

Sou de opinião que, quando o pecado afetou o homem da


forma profunda como o faz, atingiu mais fortemente sua
dimensão espiritual, ao passo que deixava seus apetites físicos
quase intocados. É provável que nosso instintivo interesse por
alimenta, prazeres sexuais e segurança ainda sejam bem
semelhante aos originais. E acho que seria bom pensarmos
que o homem, no seu estado original, sem pecado, possuía
um forte desejo de ter comunhão com Deus, e que esse
impulso era tão forte quanto o desejo que temos hoje de
satisfazer nossos apetites e instintos, ou talvez mais forte. Mas
essa forma espiritual, que antes era tão intensa, enfraqueceu-
se substancialmente sob ação do pecado. É por isso que
adoração e a intercessão são atividades tão difíceis para nós.

Por causa disso, a pratica de orar em profundidade encontra


uma barreira em quase todos os aspectos de nossa natureza,
e é um ato muito estranho á cultura que recebemos como
forma de vida.

A maioria das pessoas não percebe o quanto recebemos de


lavagem cerebral. Todos os dias nosso mundo interior está
sendo bombardeado com mensagens no sentido de qualquer
atividade de natureza espiritual é pura perda de tempo.
Desde infância, estamos recebendo instruções que ensinam
que a única maneira de conseguir alguma coisa na vida é agir.
E a oração parece uma forma de inatividade. A pessoa que
não esta com seu mundo interior em ordem acha que a
oração não leva a nada.

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Enquanto não estivermos seriamente convictos de que a
oração é uma atividade de alta significação, e que ela de fato
atravessa o espaço e o tempo chegando a um Deus que
existe mesmo, não formaremos o hábito de adorar e
interceder.

Para isso, teremos de fazer um esforço consciente para


superarmos esse nosso lado que acha que a oração não é
uma atividade natural da vida, Conforme diz Gordon
Macdonald.

Nos dias de hoje, ansiamos pela oração e nos escondemos


dela. Somos atraídos por ela e a repelimos. Acreditamos que a
oração é a única coisa que podemos fazer, e até mesmo é algo
que desejamos fazer, mas parece haver um abismo entre nós
e a verdadeira oração. Experimentamos a agonia da falta de
oração. Não sabemos dizer com certeza o que nos retém. É
certo que estamos ocupados com o trabalho e as obrigações
familiares, mas isso é apenas uma cortina de fumaça para
esconder o verdadeiro motivo. Raramente nossas ocupações
nos impedem de comer, dormir e fazer amor. Não, existe algo
profundo, muito mais profundo nos segurando. Na verdade,
há certo número de “algos” a impedir tudo o que, em tempo
oportuno, desejamos explorar; contudo sempre existe um
“algo” necessitando de nossa imediata atenção.

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JOSAFATH MUSSABA

CAPITULO IV

ORAÇÃO
TAMBÉM É
CONFISSÃO
DE FRAQUEZA
Oh Espírito ensina-me a entregar minha vontade inteiramente à
vontade do Pai. Ele abre meus ouvidos para esperar, agindo
com extrema suavidade e capacitando a almapara entender
tudo o que o Pai, dia a dia, tem para falar e ensinar. Ele me faz
perceber que a união com a vontade de Deus é a união com o
próprio Deus; que a total rendição à vontade de Deus é
exigência do Pai, exemplo do Filho, e verdadeira bem-
aventurança para a alma.

Andrew A. Murray.

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Uma outra razão pela qual as pessoas tem dificuldade em se
dedicar a pratica da oração, pela sua natureza , são confissões
de fraqueza pessoal. Quando oramos, bem no fundo do nosso
jardim interior estamos reconhecendo que somos totalmente
dependentes daquele a quem a quem dirigimos a petição.
Não é muito difícil dizer que somos fracos; e podemos ate
dizer que dependemos de Deus para o nosso sustento. Mas a
verdade é que há algo bem lá no fundo do nosso ser que não
deseja reconhecer isso. Existe algo em nosso coração que
nega veementemente que sejamos dependentes de quem
quer que seja.

Quando aprendemos a orar, descobrimos uma interessante


progressão. No início, nossa vontade está em conflito com a
vontade de Deus. Então imploramos.

O quadro de uma pessoa caindo nos braços de Jesus com um


“ahhh!” de sede saciada no rosto é, para mim, a imagem
perfeita da oração de renúncia. É o ícone que desejo imprimir
em sua mente. O resultado final da oração de renúncia é que
ela nos conduz a esse descanso de alma satisfeita. Minha
esperança é que, enquanto lê este capítulo, você consiga
gravar nos olhos de sua mente o quadro de si mesmo caindo
nos braços de Jesus, inteiramente satisfeito, inteiramente
descansado. Por certo, você está consciente de que esse
quadro descreve mais o resultado final da oração de renúncia,
e não tanto o processo, pois precisamos ver com clareza esse
resultado diante de nós, a fim de criar coragem para encarar o
processo.

A renúncia não é coisa fácil. Todos os luminares das Escrituras


tiveram de se esforçar: Abraão renunciou ao seu filho Isaque;
Moisés renunciou à sua opinião sobre como deveria ser a
libertação de Israel; Davi renunciou ao 79 filho que Bate-Seba
lhe havia dado; Maria renunciou ao controle de seu futuro;
Paulo renunciou ao desejo de ficar livre da debilidade causada
pelo “espinho na carne”.

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Somente por meio dos fatos da vida diária você poderá ser
conduzido à oração de renúncia. A vontade é rendida
momento a momento, à medida que você vai tomando as
decisões que são normais em relação ao lar, à família e ao
trabalho. Não posso especificar como isso é feito. Na verdade,
você não saberá que tipo de renúncia é exigido em
determinada circunstância até que a esteja vivendo. Assim, o
exercício da vontade virá com a experiência de vida.

Te proponho a explorar duas orações profundas,


a oração do autoesvaziamento e a oração da
rendição, inspiradas na jornada de Cristo.

Essas orações podem ajudá-lo a se conectar mais


profundamente com sua espiritualidade e a cultivar uma
maior intimidade com Deus.

Oração do Autoesvaziamento:

Esta oração é baseada no texto de Filipenses 2 e nos convida


a seguir o exemplo de Cristo no seu ato de
autoesvaziamento.

1. Encontre um lugar tranquilo e confortável onde você


possa meditar e orar.
2. Leia o texto de Filipenses 2:5-8, que descreve o
autoesvaziamento de Cristo.
3. Feche os olhos e respire profundamente algumas vezes
para se acalmar.
4. Imagine o ato de autoesvaziamento de Cristo, o qual
voluntariamente deixou sua posição e tomou a forma de
servo.
5. Ore em silêncio, convidando o Espírito de Deus para
aplicar essa oração aos fatos do seu cotidiano.
6. Permaneça em silêncio e aberto à orientação divina.
Ouça com atenção e esteja disposto a obedecer
prontamente.

15
Oração da Rendição:

Esta oração é inspirada na passagem do Jardim do


Getsêmani, onde Jesus expressou sua tristeza e rendição à
vontade de Deus.

1. Encontre um momento tranquilo e silencioso para se


conectar interiormente.
2. Escolha um dos Evangelhos sinópticos (Mateus, Marcos
ou Lucas) que descreve a cena no Jardim do Getsêmani.
3. Leia a passagem, permitindo-se entrar na cena e
imaginar a tristeza e a angústia de Jesus.
4. Identifique-se com a busca de Jesus por outras opções e
sua entrega à vontade de Deus.
5. Repita as palavras de Jesus: "Não seja feita a minha
vontade, mas a tua".
6. Convide o Cristo ressurreto a traduzir essas palavras em
sua vida, família e vocação, entregando suas
preocupações e desejos à vontade divina.

Você pode praticar essas orações regularmente, alternando


entre elas para aprofundar sua conexão espiritual e
compreensão da jornada de Cristo. Lembre-se de que a
oração é uma experiência pessoal, então sinta-se à vontade
para adaptar as palavras de acordo com o que o Espírito
Santo lhe direcionar.

Ao praticar essas orações, você estará abrindo espaço para


uma maior intimidade com Deus, cultivando a humildade, a
entrega e a prontidão para ouvir e obedecer. A jornada
espiritual é única para cada indivíduo, e essas orações
podem ser uma maneira significativa de se conectar com a
mensagem de amor, rendição e autoesvaziamento
exemplificada por Cristo.

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JOSAFATH MUSSABA

CAPITULO V

AS VEZES,
PARECE
NÃO DAR
RESULTADO
"Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta,
orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te
recompensará(...)"

Matheus 6:6

17
A terceira razão por que muitas pessoas acham difícil orar é
que as vezes a oração não parece dar resultado. Creio que
Deus atende as nossas orações. Mas a maioria dos crentes
tem experiencias nesse campo e sabe que as respostas nem
sempre vêm na forma e na hora em que havíamos calculado.
A oração não respondida. Não devemos nos apressar aqui em
solucionar o problema com uma explanação superficial sobre
Deus respondendo: “Sim”, “Não” ou “Espere”, e coisas desse
tipo. Se formos honestos e não estivermos apenas tentando
encobrir nossa insegurança, devemos tolerar a grande
complexidade do assunto. Segundo C. S. Lewis, “toda guerra,
fome ou peste, quase todo leito de morte é o monumento
para uma petição que não foi atendida”.

O problema se agrava quando pensamos nas abundantes


promessas de resposta contidas no Novo Testamento,
especialmente nas palavras de Jesus. Pense, por exemplo, em
suas surpreendentes palavras registradas em Marcos 11.24: "...
Tudo o que vocês pedirem em oração, creiam que já o
receberam, e assim lhes sucederá”.

A honra dessa promessa é temperada pelos dados empíricos


de nossa vida pessoal de oração. O que podemos dizer acerca
desse inquietante problema? A primeira coisa que devemos
dizer é confessar que temos um problema genuíno, não
imaginário. Qualquer suposta solução que eu — ou qualquer
pessoa — possa dar será apenas parcial e não fará com que o
problema desapareça. Não sei por que o pedido feito de
coração por um doente terminal ou por um sem-teto não é
atendido. Gostaria que fosse diferente. Deparamos aqui com o
mistério dos caminhos de Deus, vendo apenas um reflexo
num espelho embaçado.

Chegará o tempo em que o compreenderemos plenamente,


assim como somos plenamente compreendidos (ICoríntios
13.12). Na verdade, é desse privilégio do tempo futuro que
extraímos a primeira pista para a solução do problema da
oração não respondida.

18
P. T. Forsyth observa, com muita perspicácia: “Iremos para um
céu onde, com gratidão, saberemos que as grandes recusas
de Deus algumas vezes foram a sincera resposta à nossa mais
sincera oração”.Muitas vezes, em nossa falta de visão, pedimos
coisas que não são as melhores para nós. Acontece também
de a resposta à nossa oração ser em detrimento de outros ou
significar a recusa da oração deles — ou ambas as coisas.

É possível ainda que nossa oração seja simplesmente


contraditória. Por exemplo: “Senhor, dá-me paciência
imediatamente!”. Por fim, há ocasiões em que seríamos
prejudicados se nossa oração fosse atendida. Acontece
quando não estamos preparados para o que pedimos. Nesses
casos, e em outros semelhantes, a graça e a misericórdia de
Deus fazem com que nossas orações não sejam respondidas.
Deus detém nossos presentes para o nosso bem. Há casos em
que poderemos não fazer bom uso do que conquistamos na
oração. Por isso, devemos agradecer a Deus por tantas
orações não respondidas. C. S. Lewis escreveu: “Se Deus
respondesse a todas as orações futeis que fiz durante a vida,
onde eu estaria hoje?”. Outra realidade que merece reflexão é
o simples fato de que muitas vezes nossas orações são
respondidas, e não conseguimos perceber isso.

Deus compreende o mais profundo intento de nossas orações


e responde a essa maior necessidade, que, no tempo e ao
modo divinos, resolve nosso problema. Devemos pedir mais fé
para que possamos curar os outros, mas Deus, que
compreende mais que nós mesmos a necessidade humana,
nos concede uma compaixão maior para podermos chorar
com o próximo. Parte de nossa petição deve sempre buscar
um discernimento crescente, de modo que possamos ver as
coisas tal como Deus as vê. Devemos admitir também que
nosso conhecimento do tempo e dos caminhos de Deus é
pequeno. A exemplo dos discípulos no passado, às vezes
queremos fazer cair fogo do céu sobre nossos inimigos. (É
claro que eles sempre se tornam nossos inimigos, o que vem
a calhar para nós.) Jesus, porém, deixa bem claro que lançar
fogo do céu não é o estilo de Deus (Lucas 9.54,55).

19
É muito mais fácil orar com clareza por questões que não
exercem impacto direto sobre nós que por o nosso dedo do
pé inflamado. Não devemos deixar de orar pelas nossas
necessidades, pois é mandamento de Deus, mas devemos
nos lembrar de que isso pode levar a uma infinita decepção.
Não há mais nada que eu queira dizer sobre a oração não
respondida, embora hesite em afirmar isso, pois receio ser mal
compreendido.

Acontece que o pecado atrapalha nossas orações. Com isso,


não estou reforçando o clichê equivocado que diz: “Deus
nunca ouve a oração de pecadores”. Se fosse assim, todos nós
estaríamos com problemas. Também não estou dizendo que
precisamos adquirir certo nível de santidade para que o Todo-
poderoso atenda aos nossos apelos. A simples observação
mostrará que Deus é abundante em misericórdia para com
todos, sem restrição quanto à santidade.

Quando digo que o pecado atrapalha nossas orações, quero


dizer algo bem diferente. Quero dizer que nosso pecado, por
sua natureza, põe obstáculos à comunhão e dificulta a
sensibilidade espiritual. Ficamos cegos e surdos. O resultado é
a incapacidade de discernir entre o coração de Deus e um
pedido errado. Pedimos de forma errada para satisfazer
nossas paixões, como nos lembra Tiago (Tiago 4.3).

Logo, nossas orações são prejudicadas. Deus me manda, por


exemplo, tratar meu vizinho com amor, convidando-o para
jantar, talvez. Então decido que não vou fazer isso porque
estou aborrecido com ele, pois meu quintal está cheio de
folhas que caíram da árvore do quintal dele. Deus me alerta
sobre meu ressentimento para com esse vizinho mais de uma
vez, e não faço nada. Com o passar do tempo, já não escuto
mais Deus falando sobre meu vizinho e penso: “Que bom,
assunto encerrado!” Nada disso. É que veio a surdez, em parte.
A insensibilidade de espírito é algo que devemos temer.

20
Sei que estes comentários não dissiparão suas dúvidas sobre a
oração não respondida. Eu também, muitas vezes, fico
perplexo com algumas orações que parecem ser ignoradas.
Talvez nos sirva de estímulo saber que temos um Salvador
que, na escuridão do Getsêmani, levou sobre os ombros o
peso de todas as orações não respondidas e que, naquele
momento de grande agonia, perguntou: “Por quê?”[1]

[1] Richard Foster – refugio da alma, p. 256

21
JOSAFATH MUSSABA

CAPITULO VI

ORAÇÃO,
ÉO
MOVIMENTO
DE FORA
PRA DENTRO
"Orar, orar e continuar orando, até começar a orar de
verdade."

A. W. Tozer

22
Orar é mudar. Isso é uma graça maravilhosa. Deus, por sua
bondade, providenciou um meio pelo qual nossa vida pode
ser tomada por amor, alegria, paz, paciência, amabilidade,
bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. O
movimento para dentro vem primeiro porque, sem
transformação do interior, o movimento para cima, rumo à
glória de Deus, poderá nos esmagar, e o movimento para fora
— nosso sacerdócio — poderá nos destruir.

Deus, por sua graça, tem-me permitido vislumbrar parte de


seu coração, e eu gostaria de compartilhar com você o que
tenho visto. Hoje o coração de Deus é como uma ferida aberta
de amor. Ele sofre com nosso distanciamento e nossa
preocupação. Ele lamenta o fato de não nos aproximarmos
dele. Ele se angustia por havermos nos esquecido dele. Ele
chora por causa de nossa obsessão de querer mais e mais. Ele
anseia por nossa presença. Ele está nos convidando — a você
e a mim — a voltar para casa, a casa a que pertencemos, a
casa em que fomos criados. Ele nos espera de braços abertos.

Seu coração é grande o suficiente para nos acolher. Vivemos


ansiosos num país distante: um país em alvoroço, de
multidões apressadas; um país de escaladas, empurrões e
atropelos; um país de frustração, medo e intimidação. E ele
nos convida a voltar para casa: para o lar de serenidade, paz e
alegria; para o lar de amizade, companheirismo e sinceridade;
para o lar de intimidade, aceitação e afirmação. Não
precisamos ficar apreensivos.

Ele nos convida à sala de estar de seu coração, onde


podemos calçar os velhos chinelos e desfrutar o momento. Ele
nos convida à cozinha de sua amizade, onde conversas e
massas de bolo se misturam num ambiente alegre. Ele nos
convida à sala de jantar de seu poder, onde podemos nos
banquetear e alegrar nosso coração. Ele nos convida à sala de
estudos de sua sabedoria, onde podemos aprender e nos
desenvolver... e fazer todas as perguntas que desejarmos.

23
Ele nos convida à oficina de sua criatividade, onde podemos
ser seus auxiliares, trabalhando juntos para forjar nosso futuro.
Ele nos convida ao quarto do descanso, onde nova paz é
encontrada e onde podemos ficar à vontade, nus e
vulneráveis. O quarto é também o lugar da mais profunda
intimidade onde conhecemos e somos conhecidos
plenamente.

O amor genuíno de Deus é uma força incrível que permeia


todos os aspectos de nossas vidas. Ele nos envolve, nos guia e
nos sustenta, e por esse amor, devemos ser imensamente
gratos. Cada respiração, cada experiência, cada momento é
um presente, e nossa gratidão é uma resposta natural a essa
profunda bondade.

Muitas vezes, nos pegamos expressando gratidão pelas


grandes bênçãos, pelas conquistas notáveis e pelos
momentos de alegria intensa. No entanto, o amor de Deus
está presente até nas pequenas coisas, nos detalhes
aparentemente banais do nosso cotidiano. É a beleza de um
amanhecer, o sorriso de um ente querido, a brisa suave que
acaricia nosso rosto.

As orações de gratidão são um canal através do qual


podemos nos conectar conscientemente com esse amor. Elas
nos lembram de que cada aspecto da nossa vida é digno de
apreço e reconhecimento. Quando agradecemos por coisas
que normalmente consideramos triviais, estamos
reconhecendo a presença constante do divino em todos os
momentos. Imagine uma vida em que você não apenas
agradece pelas grandes realizações, mas também encontra
alegria em agradecer pelo café da manhã quente, pela cama
confortável, pelo abraço afetuoso. Essa prática transforma
nossa perspectiva, sintonizando-nos com a abundância que
nos rodeia e nos lembrando de que cada momento é uma
oportunidade para se maravilhar.

24
Convido você, caro leitor, a pegar seu caderno de
anotações mais uma vez. Reserve um momento todos
os dias para escrever sobre as coisas e situações pelas
quais você é grato.

Celebre as grandes conquistas, mas também reserve um espaço


especial para as pequenas coisas que muitas vezes passam
despercebidas. Anote cada detalhe que trouxe um sorriso ao seu
rosto, um momento de paz ao seu coração. E ao final de cada
lista, acrescente a frase "não é banal".

Lembre-se de que a prática da gratidão é um ato de amor próprio


e uma forma de se conectar com o amor infinito de Deus. Ao
cultivar a gratidão pelas pequenas coisas, você estará abrindo um
fluxo constante de alegria e apreciação em sua vida. Cada
momento é uma dádiva, e sua gratidão é a chave que
desbloqueia o profundo significado e beleza em tudo o que você
experimenta.

Aqui vai alguns exemplos pelos quais devemos ser gratos:

"Agradeço pelas pequenas pausas ao longo do dia,


momentos de tranquilidade que me permitem
recarregar e refletir."

"Agradeço o aroma do café, acompanhando minhas


manhãs com conforto."

"Hoje, sou grato(a) pela luz do sol que aquece a


terra e ilumina meu caminho."

25
JOSAFATH MUSSABA

CAPITULO VII

DEUS ME
ACEITA
COMO SOU?
"Os céus e a terra passarão, mas as minhas palavras
jamais passarão".

Marcos 13:31

26
Na oração, Deus nos aceita como somos. Richard Foster,
chama isso de oração simples é encontrada em toda a Bíblia.
Abraão orou de maneira singela, como também o fizeram
José, Josué, Ana, Davi, Gideão, Rute, Pedro, Tiago, João e toda
uma plêiade de luminares bíblicos. A oração simples envolve
pessoas com preocupações normais na presença de um Pai
amoroso e compassivo.

Não há pretensão alguma na oração simples. Não


pretendemos ser mais santos, mais puros ou mais
santificados do que realmente somos. É inútil tentar esconder
de Deus nossos motivos conflitantes e contraditórios —ou
esconder a nós mesmos. Devemos assumir a postura de expor
nosso coração sem reservas diante de Deus, porque ele “é
maior do que o nosso coração e sabe todas as coisas” (ljo 3.20).
A oração simples é a oração do iniciante. É a oração infantil,
embora sempre retornemos a ela. Teresa de Ávila observa:
“Não há estágio de oração tão sublime que nos isente de
retornar ao início muitas vezes”.2 Jesus, por exemplo, convida-
nos à oração simples quando insiste em que oremos pelo pão
de cada dia. John Dalrymple, com muito acerto, observa:
“Jamais iremos além desse tijpo de oração, porque jamais
superaremos as necessidades que dão origem a ela”.

Existe nisso uma tentação, principalmente por parte dos


“sofisticados”: menosprezar a oração em sua feição mais
elementar. Eles tentam pular a oração simples, na esperança
de avançar para uma expressão mais madura dessa prática.
Eles sorriem diante da oração daqueles que só pedem e
pedem, pois a consideram egoísta. Falam muito também em
evitar essa “oração egoísta”, ressaltando a “oração altruísta”. O
que não percebem, entretanto, é que a oração simples é
necessária, essencial mesmo, à vida espiritual.

27
A única maneira de ir além da “oração egoísta” (se esse for
mesmo o caso) é passar pela oração simples, não tentando
contorná-la. Quem pensa que pode pular a oração simples
está menosprezando a si mesmo. O mais provável é que nem
esteja orando. Ele discute oração, analisa oração e até mesmo
escreve livros sobre oração, mas é bastante improvável que
esteja de fato orando. No entanto, quando oramos, a condição
verdadeira de nosso coração é revelada. É assim que deve ser.
É quando Deus começa verdadeiramente a trabalhar em nós.
A aventura está apenas começando.

28
JOSAFATH MUSSABA

CAPITULO VIII

CARÁTER
E CONDUTA
"Quem anda com integridade anda com segurança,
mas quem segue veredas tortuosas será descoberto".

Provérbios 10:9

29
A oração governa a conduta e a conduta faz o caráter.
Conduta é o que fazemos; caráter é o que somos. A conduta é
a vida externa; o caráter é a vida que não é vista, escondida,
mas que é evidenciada por aquilo que é visto. A conduta é
externa, vista de fora; o caráter é interno – age por dentro. Na
economia da graça, a conduta é fruto do caráter. Caráter é o
estado do coração, a conduta é sua expressão externa. Caráter
é a raiz da árvore, conduta são os frutos que ela produz. A
oração está relacionada a todos os dons da graça. Com o
caráter e a conduta, sua relação é de ajudadora. A oração
ajuda a estabelecer o caráter e modelar a conduta e ambos,
para sua continuidade bem-sucedida, dependem da oração.
Pode haver um certo grau de caráter moral e conduta
independente da oração, mas não pode haver nada como um
caráter distintivamente religioso e uma conduta cristã sem
oração.

A oração ajuda onde todas as outras ajudas falham. Quanto


mais oramos, melhores somos e melhor e mais pura é nossa
vida. O próprio fim e propósito da obra substitutiva de Cristo é
criar um caráter religioso e formar uma conduta cristã. “O
qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda
iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo
exclusivamente seu, zeloso de boas obras”. (Tt 2.14) No ensino
de Cristo, não é simplesmente sobre obras de caridade e atos
de misericórdia que ele insiste, mas no caráter espiritual. Isso
é muito exigido e nada menos que isso será suficiente. No
estudo das epístolas de Paulo, há uma coisa que se destaca
clara e inequivocamente – a insistência sobre a santidade do
coração e a justiça da vida. Paulo não procura tanto promover
o que é chamado de “obra pessoal” e o tema principal de suas
cartas não são atos de caridade. É a condição do coração
humano e a irrepreensibilidade da vida pessoal que formam a
ideia central dos escritos de Paulo. Em outras partes da
Escritura, também, o caráter e a conduta é que são
proeminentes.

A religião cristã lida com pessoas que são destituídas de


caráter espiritual e têm vida ímpia e tem o objetivo de
transformá-los de pessoas más em pessoas boas.
30
Ela lida com a maldade interior e age para transformá-la em
bondade interior. E é exatamente aí que a oração entra e
demonstra sua maravilhosa eficácia e seus frutos. A oração
conduz em direção a este fim específico. De fato, sem oração,
nenhuma mudança sobrenatural no caráter pode ser
realizada, pois a mudança da maldade para a bondade não é
realizada “não por obras de justiça praticadas por nós, mas,
segundo a sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar
regenerador” (Tt 3.5). E esta mudança maravilhosa é
produzida pela oração sincera, persistente e fiel. Toda suposta
forma de Cristianismo que não produz esta mudança no
coração das pessoas é uma fraude e um laço.

A função da oração é mudar o caráter e a conduta das


pessoas e, em casos incontáveis, isso tem sido feito pela
oração. Neste ponto, a oração, por meio de suas credenciais,
tem provado seu caráter divino. E assim como a função da
igreja é fazer isso, assim também a obra-prima da igreja é
reter o mal das pessoas e torná-las boas. Sua missão é mudar
a natureza humana, mudar o caráter, influenciar o
comportamento, revolucionar a conduta. Presume-se que a
igreja seja justa e deve se engajar em tornar as pessoas justas.

A igreja é a fábrica de Deus sobre a terra e seu dever primário


é criar e alimentar a justiça de caráter. Este é seu objetivo
primordial. Primariamente, sua obra não é ganhar membros,
nem acumular números, nem ajuntar dinheiro, nem engajar-
se em atos de caridade e obras de misericórdia, mas produzir
justiça de caráter e pureza de vida. Um produto reflete e
participa do caráter da fábrica que o produz. Uma igreja justa
com um propósito justo torna uma pessoa justa. A oração
produz pureza de coração e de vida. Ela não pode produzir
nada diferente disso. A conduta injusta nasce da falta de
oração. As duas caminham de mãos dadas.

A oração e o pecado não podem ser companheiros. Uma ou


outro devem, necessariamente, cessar.

31
Leve as pessoas a orar e elas vão abandonar o pecado porque
a oração cria uma aversão ao pecado e, assim, age no coração
para que a prática do mal se torne repugnante e toda a
natureza seja levada a uma contemplação reverente de coisas
elevadas e santas. A oração é baseada no caráter. O que
somos com Deus determina nossa influência com ele. Foi o
caráter, não a aparência externa, de homens como Abraão,
Jacó, Davi Moisés e todos os outros que teve grande influência
com Deus nos tempos antigos. E, hoje, não é tanto nossas
palavras, mas o que realmente somos que pesa para Deus.

A conduta afeta o caráter, é claro, e conta muito para nossa


oração. Ao mesmo tempo, o caráter afeta a conduta em
grande medida e tem uma influência superior sobre a oração.
Nossa vida interior não dá apenas cor à nossa oração, mas
também dá corpo. Uma vida ruim significa uma oração ruim
e, por fim, nenhuma oração. Oramos fracamente porque
vivemos fracamente. A corrente da oração não pode se elevar
acima da fonte da vida. A força do quarto trancado é
composta da energia que flui das correntes confluentes de
vida. E a fraqueza de vida se desenvolve a partir da pouca
profundidade e da qualidade inferior do caráter. A fraqueza de
vida se reflete na debilidade e na languidez de nossos
momentos de oração. Simplesmente não conseguimos falar
com Deus forte, íntima e confiantemente a não ser que
vivamos para ele, fiel e verdadeiramente. O quarto de oração
não pode se tornar santificado para Deus quando a vida está
afastada de seus preceitos e propósito. Devemos aprender
bem esta lição – o caráter justo e a conduta cristã nos dão
uma posição peculiar e preferencial em oração diante de
Deus.

32
JOSAFATH MUSSABA

CAPITULO IV

COMO
ORAR DA
FORMA
CORRETA
"Antes de clamarem, eu responderei; ainda não estarão falando, e
eu os ouvirei".

Isaías 65:24

33
Orar de forma correta é uma prática espiritual profunda e
significativa, presente em diversas tradições religiosas ao
redor do mundo. Independente da crença ou religião, a
oração é um momento de comunhão com o Deus, de reflexão
interior e de expressão de gratidão, súplica ou louvor. Para
que a oração seja efetiva e enriquecedora, é importante
considerar alguns aspectos:

Sinceridade e Intenção: O primeiro passo para orar de forma


correta é fazê-lo com sinceridade e intenção verdadeira. A
oração não deve ser um mero ritual mecânico, mas sim uma
expressão genuína do coração, com foco naquilo que
realmente importa.

Ambiente Propício: Encontrar um ambiente tranquilo e


propício para a oração é fundamental. Um local livre de
distrações ajuda a concentrar a mente e o espírito, permitindo
uma comunhão mais profunda com Deus.

Gratidão: Iniciar a oração expressando gratidão pelas bênçãos


e oportunidades da vida é uma forma de cultivar a humildade
e reconhecer as dádivas recebidas. A gratidão é uma atitude
poderosa que abre o coração para receber e compartilhar
amor. “Bendiga o Senhor a minha alma! Não esqueça
nenhuma de suas bênçãos” - (1 Tessalonicenses 5:18)

Interceder pelos Outros: Orar pelos outros demonstra


empatia e compaixão, além de fortalecer laços humanos e
espirituais. Pedir pela saúde, bem-estar e felicidade daqueles
que amamos ou de toda a humanidade é uma atitude
generosa e altruísta.

Reflexão e Meditação: Além das preces e petições, dedicar


um momento para a reflexão interior e meditação durante a
oração pode trazer clareza mental e espiritual. A quietude da
mente possibilita receber insights e respostas intuitivas.

34
Perdão e Arrependimento: Reconhecer erros passados, pedir
perdão e se arrepender sinceramente são atitudes essenciais
em uma oração correta. O ato de perdoar a si mesmo e aos
outros traz paz ao coração e permite um recomeço positivo.

Foco no Bem Comum: Orar de forma correta implica também


em direcionar nossas preces para o bem-estar coletivo,
buscando equilíbrio, justiça, compreensão e harmonia entre
todas as pessoas e nações.

Independentemente da forma como cada indivíduo concebe a


oração, a essência está em sua sinceridade, humildade e
intenção pura. A oração é uma poderosa ferramenta para
fortalecer nossa espiritualidade, cultivar a paz interior e nutrir
nossos laços com o divino e com os outros seres humanos. Ela
nos conecta ao que é maior do que nós mesmos, trazendo
propósito, esperança e consolo em nossa jornada pela vida.

A oração em línguas é uma experiência espiritual profunda em


que uma pessoa, movida por um estado de êxtase ou
inspiração, profere palavras e sons que não são
compreensíveis para ela ou para os outros presentes. Essa
forma de oração está presente em diversas tradições religiosas
ao redor do mundo, sendo mais comum em contextos cristãos
pentecostais e carismáticos.
1Co 14:2 diz que aquele que ora em língua estranha não fala
pra homens, mas pra Deus, pois ninguém entende em espírito
fala mistério.

Quando oramos em língua, nós estamos a orar direitamente


para Deus, ou seja estamos a orar dentro de uma linguagem
espiritual que não dentros dos idiomas humanos, a oração ela
é pra nossa edificação, e não só, uma pesquisa nos Estados
unidos diz que quando uma pessoa ora em língua em 3
minutos ou mais o seu sistema imunológico muda, e a
funcionalidadedo seu coeficiente é melhorada.

35
Muitos não sabem quão importante é a oração em línguas,
sabes qual é a razão que levou o ap. Paulo a falar pra ninguém
proibir de orar em línguas? Eu respondo, porque sabe o poder
da oração em língua pra a igreja de Cristo. Quando vai pra um
ambiente e quer descobrir que tipo de atmosfera esta operar
na aquele lugar, ore em línguas e seu entendimento espiritual
começará a entrar mensagens pra você sobre aquele lugar.

A oração em línguas é uma forma de liberar suas emoções,


entregando suas súplicas e anseios a Deus sem a limitação da
linguagem verbal comum. Acredita-se que, nesse estado, a
mente e o ego se aquietam, permitindo que o seu espirito se
conecte mais profundamente com Deus.

A oração em línguas pode levar a uma sensação de paz


interior, cura espiritual e até mesmo à revelação de insights ou
mensagens divinas. Muitos relatam que essa prática fortalece
sua fé, aumenta sua conexão com a divindade e traz um senso
de propósito e direção em suas vidas.

A fé faz o impossível porque traz Deus para agir por nós e nada
é impossível com Deus. Como é grande – sem qualificação ou
limitação – o poder da fé! Se a dúvida for banida do coração e a
incredulidade se tornar desconhecida ali, o que pedirmos a
Deus certamente acontecerá e o crente receberá “tudo o que
disse”.

A oração projeta a fé sobre Deus e Deus sobre o mundo.


Somente Deus pode mover montanhas, mas a fé e a oração
podem mover Deus. Em sua maldição sobre a figueira sem
fruto, o Senhor demonstrou seu poder. Em seguida, ele passou
a declarar que grandes poderes estavam entregues à fé e à
oração não para matar, mas para fazer viver, não para destruir,
mas para abençoar.

Neste ponto de nosso estudo, voltamo-nos para uma


declaração de nosso Senhor que precisa ser enfatizada, pois é a
própria pedra fundamental da relação entre fé e oração: “Tudo
quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis”. (Mt 21.22).
Devemos ponderar bem esta declaração: “Crendo, recebereis”.

36
Aqui é descrita a fé que realiza, que se apropria, que toma. Esta
fé é uma consciência do Divino, uma comunhão
experimentada, uma certeza realizada.

A fé está crescendo ou declinando com o passar dos anos? A fé


se mantém firme e forte nestes dias, quando a iniquidade se
multiplica e o amor de muitos se esfria? A fé mantém sua
influência, quando a religião tende a se tornar uma mera
formalidade e a impiedade prevalece cada vez mais? A
pergunta de nosso Senhor pode, com grande propriedade, ser
a nossa: “Quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé
na terra?” (Lc.18.8). Cremos que sim, e é nosso dever, em nossa
época, cuidar para que a lâmpada da fé esteja em boa ordem e
acesa, pois Ele virá muito em breve. A fé é o fundamento do
caráter cristão e a segurança da alma.

Quando Jesus estava prevendo a negação de Pedro e


advertindo-o sobre ela, ele disse ao seu discípulo: “Simão,
Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como
trigo! Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça”.
(Lc 22.31) Nosso Senhor estava declarando uma verdade
central: era a fé de Pedro que ele estava procurando preservar,
pois ele bem sabia que, quando a fé é quebrada, os
fundamentos da vida espiritual se perdem e toda a estrutura
da vida espiritual se desvanece. Era a fé de Pedro que precisava
ser preservada. Por isso vemos a preocupação de Cristo pelo
bem-estar da alma de seu discípulo e sua determinação em
fortalecer a fé de Pedro por sua própria oração totalmente
predominante. Em sua segunda epístola, Pedro tem esta ideia
em mente quando fala sobre o crescimento na graça como
uma medida de segurança na vida cristã e como implicando
em frutificação. “Reunindo toda a vossa diligência, associai
com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento; com o
conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a
perseverança; com a perseverança, a piedade”. (2Pe 1.5, 6).

"Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras


permanecerem em vós, pedireis o que desejardes, e vos será
concedido." (João 15:7).

37
A Palavra de Deus é o fulcro sobre o qual o nível da oração é
colocado e pelo qual as coisas são poderosamente movidas.

Deus comprometeu a si mesmo, seu propósito e sua promessa


com a oração. Sua Palavra se torna a inspiração de nossa oração e
há circunstâncias sob as quais, por meio de oração insistente,
podemos obter um acréscimo ou um aumento de suas
promessas. Afirma-se sobre os santos do Antigo Testamento que
“por meio da fé... obtiveram promessas”. Parece haver na oração a
capacidade de até mesmo além da Palavra, de ir até mesmo além
da promessa, para a própria presença de Deus.

Jacó lutou não tanto com a promessa, mas com quem a fez.
Devemos atentar para quem fez a promessa, para que ela não seja
em vão. A oração bem pode ser definida como a força que vitaliza
e energiza a Palavra de Deus, apegando-se ao próprio Deus.
Apegando-se a quem fez a promessa, a oração reedita a promessa
e faz com que ela se torne pessoal. “Já ninguém há que invoque o
teu nome”, é o triste lamento de Deus. “Que homens se apoderem
da minha força e façam paz comigo; sim, que façam paz comigo”
(Is 27.5) é a receita de Deus para a oração. A Escritura autoriza a
divisão da oração em oração de petição de fé e oração de
submissão. A oração de fé é baseada na Palavra escrita, pois “a fé
vem pela pregação, e a pregação, pela Palavra de Cristo” (Rm
10.17). Ela recebe sua resposta, inevitavelmente – exatamente
aquilo pelo que é feita.

A Palavra de Deus é uma grande ajuda em oração. Se estivesse


alojada e escrita em nossos corações, ela formaria um fluxo de
oração, pleno e irresistível. As promessas, estocadas no coração,
devem ser o combustível do qual a oração recebe lida e calor,
assim como o carvão, estocado na terra, ministra para nosso
conforto em dias chuvosos e noites frias. A Palavra de Deus é o
alimento pelo qual a oração é nutrida e fortalecida. A oração, assim
como o ser humano, não consegue viver comendo apenas pão,
“mas de tudo que procede da boca do Senhor” (Dt 8.3).A menos
que forças vitais de oração sejam suplicadas pela Palavra de Deus,
a oração, embora sincera, até barulhenta, em sua urgência, é, na
realidade, débil, insípida e vazia.

38
A ausência de força vital na oração pode ser atribuída à
ausência de um suprimento constante da Palavra de Deus para
reparar a perda e renovar a vida. Aquele que quer aprender a
orar bem deve, primeiro, estudar a Palavra de Deus e estocá-la
em sua memória e em seu coração.

Aqui estão algumas declarações abrangentes da Palavra de


Deus sobre a oração, as coisas a serem tomadas pela oração, a
forte promessa feita em resposta à oração.

“Orai sem cessar” (1Ts 5.17)


“Perseverai em oração” (Cl 4.2)
“Sede... na oração, perseverantes” (Rm 12.12)
“Em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas
petições, pela oração e pela súplica” (Fp 4;6)
“orar sempre e nunca esmorecer” (Lc 18.1)
“Os varões orem em todo lugar” (1Tm 2.8)
“Com toda oração e súplica, orando em todo tempo” (Ef 6.18).

Que declarações claras e fortes são aquelas colocadas no


registro divino para nos fornecer uma base segura para a fé e
nos estimular, motivar e encorajar a orar! Que ampla variedade
de orações nos é dada na revelação divina! Como a Escritura
nos estimula a buscar o Deus da oração, com todas as nossas
carências, com todos os nossos fardos! Além dessas declarações
deixadas registradas para nosso encorajamento, as páginas
sagradas estão cheias de fatos, exemplos, incidentes e
observações que salientam a importância e a necessidade
absoluta de oração, colocando ênfase em seu poder eficaz.

39
CONCLUSÃO

O percurso pelo livro "O Poder da Oração que Funciona" culminou


aqui, o que demonstra o seu desejo genuíno de cultivar um
relacionamento mais íntimo com Deus. Este anseio não passa
despercebido pelo Senhor, que vê e contempla o seu
comprometimento.

À medida que você absorveu as palavras destas páginas, está


abrindo as portas para uma transformação profunda em suas
práticas de oração.

As mudanças que você começará a perceber em suas preces serão


significativas. Conectar-se com o Senhor em um nível mais
profundo infunde suas orações com um novo propósito. Cada
palavra proferida ganhará uma dimensão maior, refletindo sua
busca sincera por um relacionamento autêntico com Deus.

A próxima etapa deste trajeto é o "Calendário de Oração para


Transformação Pessoal". Esse calendário é mais do que apenas um
guia; ele é um convite para trazer à vida as lições e reflexões deste
livro. Nele, você encontrará um roteiro para que o conteúdo
absorvido não permaneça apenas em palavras, mas se torne um
hábito sólido em sua rotina.

Lembre-se de que esta jornada é um processo contínuo, e cada


passo em direção à intimidade com Deus é valioso. A prática da
oração não apenas fortalece sua ligação com o seu Pai, mas
também proporciona um espaço de autodescoberta e
crescimento pessoal.

Que este livro e seu conteúdo inspirem você a embarcar em uma


jornada de conexão espiritual mais profunda e uma vida repleta do
poder da oração que verdadeiramente funciona.

Com profunda gratidão,

Josafath Mussaba.

40
CALENDÁRIO DE

ORAÇÃO
POR JOSAFATH MUSSABA
30 DIAS
DE ORAÇÃO
POR JOSAFATH MUSSABA

SEMANA 1

#Conexão Espiritual & Autodescoberta

Dia 1: Ore por clareza espiritual e sabedoria em sua jornada


de autodescoberta.
Dia 2: Ore por autoaceitação e amor próprio, reconhecendo
sua divina essência.
Dia 3: Ore por direcionamento divino em suas escolhas e
decisões.
Dia 4: Ore por força interior e coragem para enfrentar
desafios.
Dia 5: Ore por gratidão pelas dádivas espirituais em sua vida.

SEMANA 2

#Relacionamentos & Família

Dia 6: Ore por harmonia e amor em seus relacionamentos


familiares.
Dia 7: Ore por compreensão e empatia em seus vínculos
familiares.
Dia 8: Ore por fortalecimento nos laços de amizade e
companheirismo.
Dia 9: Ore por paciência e comunicação saudável em seus
relacionamentos.
Dia 10: Ore por gratidão pelas pessoas que enriquecem sua
vida.
30 DIAS
DE ORAÇÃO
POR JOSAFATH MUSSABA

SEMANA 3

#Saúde & Bem-estar

Dia 11: Ore por vitalidade e equilíbrio em sua saúde física,


mental e emocional.
Dia 12: Ore por cura e renovação em áreas que precisam de
cuidado.
Dia 13: Ore por energia e disposição para enfrentar o dia a dia.
Dia 14: Ore por autoempoderamento em relação à sua saúde
e autocuidado.
Dia 15: Ore por gratidão por seu corpo e sua capacidade de
viver plenamente.

SEMANA 4

#Propósito & Realização

Dia 16: Ore por clareza em relação ao seu propósito e missão


de vida.
Dia 17: Ore por inspiração e motivação para alcançar seus
objetivos.
Dia 18: Ore por confiança em suas habilidades e talentos
únicos. Dia 19: Ore por persistência e determinação em face
de obstáculos.
Dia 20: Ore por gratidão por cada oportunidade que contribui
para seu crescimento.
30 DIAS
DE ORAÇÃO
POR JOSAFATH MUSSABA

SEMANA 5

#Finanças & Carreira

Dia 21: Ore por sabedoria em suas escolhas financeiras e de


carreira.
Dia 22: Ore por prosperidade e abundância em suas finanças.
Dia 23: Ore por sucesso e realização em seu trabalho.
Dia 24: Ore por equilíbrio entre suas responsabilidades
profissionais e pessoais.
Dia 25: Ore por gratidão por todas as formas de provisão em
sua vida.

SEMANA 6

#Amor & Relacionamento

Dia 26: Ore por um amor verdadeiro e saudável, se estiver


buscando um relacionamento.
Dia 27: Ore por harmonia e respeito em seu relacionamento
amoroso atual.
Dia 28: Ore por conexão emocional e intimidade com seu
parceiro.
Dia 29: Ore por comunicação e compreensão mútua em seu
relacionamento.
Dia 30: Ore por gratidão pelo amor que você dá e recebe em
sua vida.
@JOSAFATHMUSSABA

YOUTUBE.COM/JOSAFATHMUSSABA312

@MENTALIDADE_DO_REINO_OFICIAL

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