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Introdução
Você conhece a Deus? É possível que muitos que estão aqui hoje não O
conheçam. É possível que você seja um cristão há vinte, trinta anos e não conheça
a Deus. Não podemos dizer que conhecemos a Deus se não sabemos o que Lhe
causa dor ou o que Lhe traz alegria. No sermão de hoje buscaremos responder
essa pergunta analisando um episódio singular da vida de Jesus. Abra sua Bíblia
no capítulo 15 do evangelho de Lucas. Esse é um dos capítulos mais explorados
por pregadores modernos. Vários sermões são extraídos desse capítulo. Nele
existem três parábolas super conhecidas, a parábola da ovelha perdida (Lc. 15:3-
7), a parábola da dracma perdida (Lc. 15:8-10) e a parábola do filho pródigo (Lc.
15:11-32). Mas, por que Jesus contou essas três parábolas? Em qual contexto
elas estão inseridas? Vamos à leitura do texto. Leremos todo o capítulo.
1. Um Deus de Graça
2. Estrutura Comum
As três parábolas enfatizam:
1) a tragédia da perda;
2) a diligência da busca;
3) regozijo da recuperação.
O ponto principal NÃO é falar daquilo que fora perdido. Mas, focalizar o
caráter do pastor que perdeu a ovelha, da mulher que perdeu a moeda e do pai
que perdeu o filho. ESSAS PARÁBOLAS REVELAM COMO DEUS É.
Como você se sente quando perde algo de valor?
ILUSTRAÇÃO
Nas parábolas contadas por Jesus o perdido passa a absorver toda a
atenção do proprietário:
1. No caso da ovelha: 1 em 100.
2. No caso da moeda: 1 em 10.
3. No caso do filho perdido: 1 em 2.
A lição clara que Jesus quer mostrar é que, em cada caso, os bens
perdidos não foram esquecidos e muito menos perderam o seu valor. Isso é
indicado pela intensidade da busca.
É interessante que muitas parábolas de Jesus necessitaram de explicação
para que as pessoas pudessem entender o significado, por exemplo: a parábola do
semeador. Entretanto, essas três parábolas não receberam explicação. Sabe por
quê? Porque a lição era clara. O significado era claro. Três parábolas para dar a
mesma lição.
3. Quem é quem?
Como foi dito Jesus contou essas parábolas por causa da acusação dos
fariseus e escribas de que Ele comia com pecadores e publicanos. Temos aqui
dois grupos: 1) fariseus e escribas; 2) pecadores e publicanos. Jesus contou três
parábolas. Quem é quem nessas parábolas? Vejamos:
a) A ovelha perdida >>> A ovelha é um animal sociável. Ela conhece a voz do seu
pastor. Ela conhece o seu grupo. Ela possui algum tipo de instinto auto protetor.
Na parábola contada por Jesus ela se perdeu. A quem a ovelha perdida
representa? Ela representa os publicanos e pecadores. Pessoas que viviam a
margem da sociedade. Rejeitados e discriminados. Eles conheciam a sua
condição. Sabiam que precisavam de ajuda. Sabiam que estavam perdidos por
isso foram até Jesus. A exemplo da ovelha que sabe que está perdida, mas não
tem condição de encontrar o caminho sozinha os publicanos e pecadores tinham
consciência de que estavam perdidos, mas sabiam que não podiam fazer nada
para se salvarem. Por eles, Jesus, o Bom Pastor, veio a esse mundo. Para
encontrá-los e salvá-los.
b) A dracma perdida >>> A quem a dracma representa? A dracma era uma moeda de
prata de valor aproximado ao do denário, ou seja, um dia de trabalho. Como
qualquer moeda a dracma não tinha consciência de nada. Não tinha consciência
da sua condição quando estava “salva” nas mãos de sua proprietária e muito
menos quando estava “perdida” em algum lugar dentro da casa. A dracma perdida
representa os fariseus e escribas que não tinham consciência da sua real
condição. Eles estavam tão perdidos quanto os pecadores e publicanos. A
situação deles ainda era pior! Eles estavam perdidos dentro de “casa”. Veja, Jesus
disse que a mulher perdeu a moeda dentro de casa. Os fariseus e escribas
estavam perdidos dentro de sua própria religião. Foi por eles também que Jesus
veio a esse mundo. Para encontrá-los e salvá-los. E, eles nem sabiam disso.
c) O filho pródigo ou o filho mais novo >>> O filho pródigo representa mais uma vez
os publicanos e pecadores que fugiram da presença do Pai. Afastaram-se de
Deus. Estão no “país distante”. No entanto, agora caíram em si e perceberam que
precisam voltar. Entenderam que não existe vida longe do Pai. E, ao voltarem,
mesmo sem expressar visivelmente nem um tipo de arrependimento, ainda longe o
Pai os enxerga e corre para abraçá-los. São recebidos pela graça do Pai como
filhos novamente.
d) O filho mais velho >>> O irmão mais velho nitidamente é uma figura dos fariseus e
publicanos. Transparecem obediência e fidelidade ao Pai, mas o fazem
unicamente para poderem alcançar favores do Pai. Acham que estão em melhores
condições do que os demais. O filho mais velho se dirige ao Pai com arrogância e
prepotência. Ele pensa que conhecia o Pai. Porém, a história mostra o contrário.
Se ele conhecesse realmente o Pai não teria se surpreendido com a recepção do
Pai ao filho mais novo. Assim eram os escribas e fariseus pensavam que
conheciam a Deus, mas nutriam uma visão completamente distorcida, dentre
outras coisas, de Deus e acerca do arrependimento. O filho mais velho não
considera o pródigo seu irmão, pois se refere a ele em diálogo com o Pai como:
“esse teu filho” (cf. 15:30). Essa é uma clara repreensão de Jesus à postura dos
fariseus e escribas que rejeitavam os pecadores e publicanos, seus irmãos
espirituais. Quando o Pai responde ao filho ele o corrige com as seguintes
palavras: “esse teu irmão” (cf. 15:32”). O irmão mais velho, a exemplo da dracma,
estava perdido dentro de casa. O irmão mais velho termina fora de casa enquanto
o pródigo retorna para dentro. Fantástica reviravolta na história. Jesus numa
jogada de mestre desmonta toda a argumentação dos escribas e fariseus.
CONCLUSÃO