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GCET821 - Física I

Semestre 2024.1
Docente: Balbino Pomponet
Mecânica
Poderíamos definir como a fase preliminar da
Mecânica aquela em que o ser humano se dá
conta da existência dos movimentos, tanto no
céu como na Terra. Esta primeira fase foi,
portanto, essencialmente de observações.
Procurava-se, nessa fase, tirar vantagens da
regularidade dos movimentos dos astros.
Dentro da chamada Filosofia Natural dos
Gregos incluía-se a preocupação com o
movimento como fenômeno evidente e relevante
do Universo.

Justifica-se assim que a Mecânica, ou seja, o


estudo dos movimentos, seja considerada a parte
mais antiga da Física e talvez a área da ciência
com que todos se sentem mais familiarizados,
dada a convivência que os humanos têm com
movimentos em seu cotidiano.
Aristóteles (384 - 322 a.C.)
•As leis do movimento não são
universais.
•As leis que regem os movimentos
não valeriam em quaisquer
movimentos.
•Para os corpos que se
movimentam na superfície
terrestre valem os princípios dos
movimentos "naturais" e dos
movimentos "violentos".
•Para os astros no firmamento a
teoria seria outra. Eles se
moveriam pela sua "divindade".
Para conhecer a realidade, surge, durante o
Renascimento, um novo método de
investigação, o empirismo, baseado na
observação e experimentação sistemática,
que é uma das bases das ciências naturais
modernas.
Conhecer algo a respeito da natureza não
se limita ao exercício da reflexão; ela se faz
a partir da realidade observada.
Galileu é considerado por muitos o
pai da ciência moderna porque foi o
primeiro a combinar observação
experimental com a descrição dos
fenômenos num contexto teórico,
com leis expressas em formulação
matemática. Pode-se dizer que
Galileu marcou a transição da
filosofia natural da Antiguidade ao
método científico atual.
O mérito diferenciado de Newton está
no fato de ter construído uma
formulação teórica de leis e definições
bem estruturada, que contemplava
todos os aspectos do movimento então
conhecidos, onde quer que ocorressem.
Ao introduzir o cálculo diferencial na
descrição de fenômenos físicos, foi
possível a descrição quantitativa dos
fenômenos e a previsão de outros com
grande precisão, causando um grande
impacto na cultura científica.
Ao longo dos anos, enquanto a teoria da
mecânica clássica acumulava sucessos, chegou-
se a pensar que ela descreveria com precisão
absoluta o movimento de todos os corpos. Isso
mudou, no entanto, a partir do início deste século
XX.
Com a evolução das técnicas de observação do
universo físico foi possível conhecer novos
fenômenos.
Ao lado disso, a procura de uma consistência nas bases
das duas teorias físicas até então bem estabelecidas, a
mecânica clássica que descreve os movimentos e a
eletrodinâmica clássica que trata dos fenômenos
associados às cargas, levou à necessidade de se
investigar algumas ideias bem aceitas na Física. Estes
dois tipos de movimento na Física, o avanço experimental
e a busca de uma consistência teórica, acabaram por levar
a uma revolução no entendimento do universo físico. Na
mecânica, esta revolução ocorreu através da teoria da
relatividade e da física quântica.
A primeira grande mudança veio nos
trabalhos de EINSTEIN (1879 - 1955)
na chamada Teoria da Relatividade.
Ela foi motivada na já citada
inconsistência teórica nas bases da
mecânica clássica e na eletrodinâmica,
e utilizou conhecimentos de Lorentz
sobre a necessidade de novas regras
de transformação do espaço e do
tempo.
Grandezas Físicas
e Medidas
A física se baseia na medição de grandezas.

Algumas grandezas físicas, como comprimento,


tempo e massa, foram escolhidas como grandezas
fundamentais e definidas a partir de um padrão; a
cada uma dessas grandezas foi associada uma
unidade de medida, como metro, segundo e
quilograma.
Grandezas Físicas

Apesar de existirem muitas grandezas físicas, são


estabelecidos padrões e definidas unidades para que tenhamos
um número mínimo de grandezas denominadas fundamentais.
Utilizando as grandezas fundamentais definem-se unidades
para todas as demais grandezas, as chamadas grandezas
derivadas.
A partir de uma das grandezas fundamentais, o
comprimento por exemplo, cuja unidade é o metro (m), pode-se
definir as unidades derivadas, como área (m2) e volume (m3).
Utilizando o metro e outra grandeza fundamental, a de tempo,
definem-se as unidades de velocidade (m/s) e aceleração (m/s2).
O Sistema Internacional de Unidades:
Em 1971, na 14a Conferência Geral de
Pesos e Medidas, foram selecionadas como
fundamentais sete grandezas para constituir
a base do Sistema Internacional de
Unidades (SI), popularmente conhecido
como sistema métrico.
Grandezas Fundamentais
e Derivadas
As grandezas fundamentais da física são:
Tempo; Comprimento; Massa; Quantidade de Substância;
Temperatura Termodinâmica; Corrente elétrica; Intensidade
luminosa. (De acordo com a Conferencia geral de Pesos e
Medidas http://www.bipm.fr)
Dentre as grandezas derivadas temos: área, volume,
velocidade, aceleração, força, trabalho, calor, energia,
pressão, potencia, etc.
Padrões de medida de
comprimento massa e tempo

Padrão de Comprimento: Em 1792 foi estabelecido o metro


como o comprimento padrão. a distância entre duas linhas finas
marcadas um uma barra de platina, a “barra metro padrão”,
guardada no International Bureau of Weights and Measures, em
Paris. Cópias dessa barra foram distribuídas por laboratórios de
todo o mundo. Atualmente, desde 1983, o metro é definido
como a distância percorrida pela luz no vácuo na fração de
1/299.792.458 de segundos.
Padrão de massa: Atualmente
consiste de um cilindro de platina com
3,9cm de diâmetro por 3,9 cm de altura,
guardado no International Bureau of
Weights and Measures, em Paris. Copias
desse cilindro foram distribuídas por
laboratórios de todo o mundo.
Outro padrão de massa é baseado na
massa atômica do carbono 12. Esse tipo
de carbono possui 12 unidades de massa
atômica:

1u = 1,66053886 x 10-27kg
Padrão de tempo: Qualquer
fenômeno que se repete pode ser
usado para definir o padrão de
tempo. Desde 1967 o segundo
padrão é definido com base em um
relógio atômico: Um segundo é o
intervalo de tempo que corresponde
a 9.192.631.770 oscilações da luz
(de um comprimento de onda The clock will neither gain nor
lose a second in 20 million years.
especificado) emitida por um átomo
de césio 133.
Sistemas de Unidades:

Toda grandeza física tem sua unidade. O


sistema de unidades mais usado é o famoso Sistema
Internacional de unidades (SI), também conhecido
como MKS (Pois utiliza metro, kilograma e
segundo). Esse sistema foi escolhido pela
Conferencia Geral de Pesos Medidas.
Há outros sistemas de unidades, por exemplo o
CGS, que utiliza centímetro, grama e segundo como
unidades das grandezas fundamentais
Algumas grandezas e suas unidades

Unidades SI Unidades CGS


Grandeza Nome Símbolo Nome Símbolo
Tempo segundo s segundo s
Comprimento metro m centímetro cm
Massa kilograma kg grama g
Área metro quadrado m2 centímetro quadrado cm2
Volume metro cúbico m3 centímetro cúbico cm3
Velocidade metro por m/s centímetro por cm/s
segundo segundo
Aceleração metro por m/s2 centímetro por cm/s2
segundo ao segundo aoquadrado
quadrado
Força Newton N(kg m/s2) Dyna(g cm/s2) dyn
Energia Joule J(kg m2/s2) Erg (g cm2/s2) Erg
HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física: Mecânica. 10. ed. Rio
de Janeiro: LTC, 2012. v.1. APÊNDICE D – FATORES DE CONVERSÃO
Cinemática

A Cinemática é a parte da Mecânica que estuda e descreve o


movimento dos corpos, sem se preocupar com suas causas
(forças).
A seguir apresentaremos algumas definições importantes para o
estudo da Cinemática
Conceitos Iniciais

Na cinemática descreve-se o movimento de um corpo


especificando sua posição, velocidade e aceleração em função do
tempo.
Essa descrição pode ser feita em uma, duas ou três dimensões.
No caso unidimensional, a descrição do movimento é chamada
de Cinemática Escalar
Cinemática

No caso bidimensional ou tridimensional, a descrição do


movimento é chamada de Cinemática vetorial e utilizaremos os
vetores.
Para uma grandeza vetorial ficar totalmente caracterizada, é
necessário saber também a sua direção e o seu sentido.
Movimento e Repouso

•Observando os corpos a nossa volta, podemos ter intuitivamente


uma ideia do que são os estados de movimento e repouso.

•Esses dois conceitos (movimento e repouso) são relativos: ao


dormir você pode estar em repouso em relação às paredes de seu
quarto; entretanto, em relação ao sol, você é um viajante espacial

• Movimento em relação a
um referencial ou ponto de
referência.
Repouso, Movimento e Referencial

Quando estamos dentro de um veículo em movimento, a paisagem


circundante é fundamental para estabelecermos os conceitos de
movimento e repouso
Quando observamos o movimento do sol através da esfera
celeste, podemos concluir que há um movimento relativo entre a
Terra e o Sol.

Percebemos que o movimento é determinado a partir de um


referencial: a paisagem, por exemplo, pode ser usada como
referencial para determinar se um corpo está em movimento.
O movimento é determinado a partir de um
referencial: Qualquer ponto pode ser usado como
referencial para determinar se um corpo está em
movimento.
Ponto Material x Corpo Extenso

Em determinadas situações, ponto material pode representar


qualquer corpo, como um trem, um avião, um carro, uma bala de
canhão, um míssil etc.

O que significa Ponto Material em física?


Ponto Material x Corpo Extenso

Ponto: na resolução de problemas, estaremos desprezando as


dimensões do corpo em movimento, sempre que as distâncias
envolvidas forem muito grandes em relação às dimensões do
corpo.

Material: embora as dimensões do corpo sejam desprezadas, sua


massa será considerada.
Ponto Material x Corpo Extenso

Corpos Extensos são aqueles cujas dimensões não podem ser


desprezadas de acordo com a situação. Ex: um trem de 40m
atravessando uma ponte de 20m, rotação de um pião, etc.
O conceito de trajetória

Suponhamos que uma certa partícula esteja em movimento,


relativamente a um certo referencial, isto é, que num determinado
instante tal partícula P esteja numa posição r 1, num outro instante

esteja numa outra posição r2, etc.

estudopratico.com.br

Chamamos trajetória descrita pela partícula P à curva formada


pelas posições por ela sucessivamente ocupadas.
A trajetória depende do referencial adotado?

Um vagão está se movendo, relativamente à Terra, com


movimento retilíneo e uniforme. Num determinado instante um
parafuso desprende-se do teto e cai. Um passageiro, no vagão, vê o
parafuso cair verticalmente, descrevendo uma reta, enquanto outra
pessoa, parada na estação, vê o parafuso cair descrevendo uma
Então, podemos concluir que a trajetória:

É a linha descrita ou percorrida por um corpo em


movimento;

Depende do referencial adotado.

O elemento “referencial” desempenha, portanto, um


papel importantíssimo no estudo do movimento.
Deslocamento X Distância percorrida
Deslocamento é uma grandeza que equivale ao comprimento do
segmento de reta, compreendidos entre os pontos inicial e final do
movimento.
Distância percorrida é a grandeza escalar que corresponde ao
comprimento do segmento que representa a trajetória descrita pelo
corpo neste movimento.
Conclusões:

Para estudar o movimento é necessário entender os


conceitos básicos da Cinemática.

Movimento e repouso são conceitos relativos e dependem


do referencial.

Um objeto cujo movimento está em estudo pode ser


considerado um ponto material ou um corpo extenso
dependendo da situação.
Conclusões:

A trajetória de um movimento depende do referencial


adotado.

Existe uma diferença entre os conceitos de Deslocamento e


de Distância percorrida mas em algumas situações eles
podem ser iguais.
Equações do Movimento
Na cinemática descreve-se o movimento de um corpo
especificando sua posição, velocidade e aceleração em função
do tempo.
Essa descrição pode ser feita em uma, duas ou três
dimensões.
No caso unidimensional, a descrição do movimento é
chamada de Cinemática Escalar, pois não é necessária a
representação vetorial das grandezas. Visto que os movimentos
ocorrem em apenas uma direção, deve-se apenas convencionar
uma origem e um dos sentidos como positivo.

Posição escalar: x Deslocamento escalar: Δx


Velocidade escalar: v Aceleração escalar: a
Exemplo:
t0 v0 t v

x0 x
O

t0 : instante inicial x0 : posição inicial v0 : velocidade inicial


t : instante final x : posição final v : velocidade final

x x  x0
Velocidade Média ... vm  
t t  t0

v v  v0
Aceleração Média ... am  
t t  t0
Exemplo:
t0 v0 t

x0 x

x x  x0
Velocidade Média ... vm  
t t  t0

v v  v0
Aceleração Média ... am  
t t  t0
Equações gerais (sempre válidas)
x x  x0
Velocidade Média ... vm  
t t  t0
v v  v0
Aceleração Média ... am  
t t  t0
Se o movimento ocorrer em reta e com a velocidade variando constantemente (MRUV)
v – v0
Aceleração: a 
t
Velocidade: v  v0  a.t
x  x0 (v  v 0 )
vm  x  x0  vmt x  x0  t
t 2

(v0  at  v 0 ) at 2
x  x0  t x  x0  v0t  Posição:
2 2
Se o movimento ocorrer com velocidade constante (MRU)

x – x0 x  x0  v.t
Velocidade: v  Posição:
t

Aceleração: a=0

Se o movimento ocorrer com a velocidade variando uniformemente


(MRUV)

v – v0
Velocidade: v  v0  a.t Aceleração: a 
t
at 2
Posição: x  x0  v0t  v  v  2ax
2 2
2 0
Torricelli
A unidade de velocidade no SI é o m/s.

Para transformar velocidades em km/h para m/s fazemos:

A unidade de aceleração no SI é o m/s2.

Exemplo: Queda livre


Um foguete para pesquisas meteorológicas
é lançado do solo verticalmente para cima com
velocidade inicial nula. Durante o período de
queima do combustível, que é de 30s, ele sobe
com aceleração resultante constante de 4m/s 2.
Adote g = 10m/s2 e despreze a resistência do ar.
Responda: Depois de quanto tempo, a partir do
lançamento, o foguete volta ao solo?
Representações Gráficas do

Movimento
Gráfico da Velocidade (v x t) MU

v v
v>0
v=0

O t O t

O t

v<0
Gráfico da posição (x x t) MU

x v>0 x v=0
x0
x0
O t O t

x0 v<0

O t
Gráfico da aceleração (v x t) MUV

a a
a>0
a=0

O t O t

O t

a<0
Gráfico da velocidade (x x t) MUV

v a>0 v a=0
v0
v0
O t O t

v0 a<0

O t
Gráfico da posição (x x t) MUV (até aqui)

x a>0 x a=0
x0

x0
O t O t
Grandezas Escalares e Vetoriais
Cap 03 do Halliday
A grandeza escalar é aquela que fica perfeitamente
caracterizada quando conhecemos apenas sua intensidade
acompanhada pela correspondente unidade de medida. Como
exemplos de grandeza física escalar podemos citar a massa de
um corpo (por exemplo, 68kg), a temperatura (por exemplo
25ºC), o volume (50m3, por exemplo),

Para uma grandeza vetorial ficar totalmente caracterizada, é


necessário saber não apenas a sua intensidade ou módulo mas
também a sua direção e o seu sentido. Uma grandeza vetorial é
representada por um vetor:
(Vetor) ou (Módulo do vetor)

Posição, deslocamento, velocidade, aceleração, força, etc.


Um vetor é representado graficamente através de um
segmento orientado (uma flecha). A vantagem dessa
representação é que ela permite especificar a
direção (e esta é dada pela reta que contém a
flecha) e o sentido (especificado pela farpa da
flecha). Além disso, o seu módulo será especificado
pelo "tamanho" da flecha, a partir de alguma
convenção para a escala.
Soma de vetores

Sejam dois vetores. A soma desses vetores é um terceiro


vetor, o vetor resultante.
Para determinarmos o módulo, a direção e o sentido
desse vetor resultante, utilizamos a regra do
paralelogramo.
Primeiramente, desenhamos o paralelogramo definido a
partir dos vetores.
a) Módulo do vetor resultante:
É dado pelo comprimento da diagonal indicada na figura.
Portanto,
v2 = v12 + v22 + 2v1v2cos ,

b) Direção:
Aquela da reta que contém a diagonal.

c) Sentido:
A partir do vértice formado pelos dois vetores.
F32 = F12 + F22 + 2F1F2cos
Além da representação geométrica (ou gráfica)
utilizada anteriormente, podemos fazer uso de uma
outra representação, conhecida como representação
analítica do vetor.


v  v x iˆ  v y ˆj

v x  v . cos 

v y  v .sen
Operações com vetores usando componentes

O uso das componentes de um vetor facilita


especialmente na adição e subtração de vetores. Por
exemplo, na soma de vetores o vetor resultante v é tal
que suas componentes são dadas pela soma das
componentes de v1 e v2.

No caso da subtração, o vetor diferença tem suas


componentes dadas pela subtração das componentes
dos vetores originais.
Representação Analítica de um vetor


v1  v1x iˆ  v1 y ˆj

v2  v2 x iˆ  v2 y ˆj
  
V  v1  v2  v1x iˆ  v1 y ˆj  v2 x iˆ  v2 y ˆj

V  (v1x  v2 x )iˆ  (v1 y  v2 y ) ˆj

v1  3iˆ  ˆj Soma ou subtração de vetores

v2  5iˆ  4 ˆj
  
V  v1  v2  3iˆ  ˆj  5iˆ  4 ˆj

V  (3  5)iˆ  (1  4) ˆj  2iˆ  3 ˆj
y

0 x
Multiplicação por um escalar (por um número)

Podemos multiplicar um vetor por um número. Dessa


operação resulta um novo vetor com as seguintes
características:

a) O módulo do novo vetor é o que resulta da


multiplicação do número pelo módulo do vetor.

b) A direção do novo vetor é a mesma.

c) O sentido do novo vetor é o mesmo se o número


for positivo e oposto se o número for negativo.
O módulo de um vetor pode também ser definido
como a raiz quadrada do produto escalar do vetor
consigo mesmo, isto é,

Essa expressão permite escrever o módulo do vetor


em termos das suas componentes. Obtemos,
Módulos
Obter o vetor resultante da soma:
A=3
A = Ax.i + Ay.j B=4
B = Bx.i + By.j
A+B = (Ax + Bx).i + (Ay + By).j


v  v x iˆ  v y ˆj

v x  v . cos 

v y  v .sen
Os vetores representados tem módulos A = 6
unidades e B = 8 unidades. Sabendo que
cos60o = 0,5, determine o vetor soma S = A + B

Encontre os vetores A e B
na representação analítica
e determine o vetor soma
S = A + B usando essa
representação.

Quais as componentes Sx
e Sy?

Qual o ângulo entre S e a


direção horizontal?
03- Calcule o ângulo formando por dois
vetores de módulos 5 unidades e 6
unidades e cujo vetor resultante tem
módulo 61 unidades?
Resposta: 900
Cinemática Vetorial

No caso do estudo de movimentos em duas ou três dimensões,


é necessária a representação vetorial das grandezas. Nesses
casos deve-se adotar, como referencial, um sistema de
coordenadas com duas ou três direções.

 
Posição : r r  x iˆ  y ˆj
 
r r  x iˆ  y ˆj
Deslocamento : 
v v  vx iˆ  v y ˆj
Velocidade : 
a a  ax iˆ  a y ˆj
Aceleração :
Movimento num plano (bidimensional)
y
t1 
r
t2 Trajetória
 
r1 r1  x1 iˆ  y1 ˆj
 
r2  x2 iˆ  y2 ˆj
j r2
  
O i x Δr  r2  r1
r1 : vetor posição inicial r2 : vetor posição final dr : vetor deslocamento

i , j : versores unitários que indicam direção

Observe que nesse caso o vetor deslocamento, e conseqüentemente o vetor


velocidade média, não nos dão detalhes sobre o movimento.
Quanto menor o intervalo de tempo teremos uma aproximação melhor da trajetória.
No caso de um movimento bidimensional (ou tri), no qual a
aceleração permaneça constante, as equações do movimento
unidimensional poder ser escritas na forma vetorial:

Velocidade:

    v x  v0 x  ax .t
v  v0  a.t  v  v0  at  
v y  v0 y  a y .t
v  vx iˆ  v y ˆj
Posição:
 axt 2
2  x  x0  v0 x t 
   at  2
r  r0  v0t   2
2  y  y  v t  a yt
 0 0y
2
    vx  v0 x  ax .t
v  v0  at  
v y  v0 y  a y .t

v  vx iˆ  v y ˆj v 0  v0 x iˆ  v0 y ˆj

a  ax iˆ  a y ˆj
  
v  v0  at
vx iˆ  v y ˆj  v0 x iˆ  v0 y ˆj 
 (ax iˆ  a y ˆj )t
 
Torricelli: v  v  2a  x
2 2
0

Exemplo de um movimento bidimensional: Lançamento de projéteis


v0  v0 x iˆ  v0 y ˆj

v0 x  v0 . cos 

v0 y  v0 .sen
Movimento num plano (bidimensional)
y
t1 
r
t2 Trajetória
 
r1 r1  x1 iˆ  y1 ˆj
 
r2  x2 iˆ  y2 ˆj
j r2
  
O i x Δr  r2  r1
r1 : vetor posição inicial r2 : vetor posição final dr : vetor deslocamento

i , j : versores unitários que indicam direção

Observe que nesse caso o vetor deslocamento, e conseqüentemente o vetor


velocidade média, não nos dão detalhes sobre o movimento.
Quanto menor o intervalo de tempo teremos uma aproximação melhor da trajetória.
y
t1 
r
t2 Trajetória

r1

j r2
O i x
y Limite com o tempo
tendendo a zero v = dr / dt
dr
Trajetória
r1
r2
j

O i x
y
dr
Trajetória
r1
r2
j

O i x
 
 Δ r dr
Para calcular a velocidade
instantânea, usamos o limite da
v  lim 
Δt 0 Δt dt
velocidade média com o tempo
tendendo a zero.

Como o vetor posição pode ser escrito r  x iˆ  y ˆj
em termos de suas componentes:

A velocidade instantânea poderá


também ser escrita em termos de suas
componentes:
dx
 d ˆ
v
dt
  ˆ
xiyj  i
dx ˆ dy ˆ
dt dt
j
vx 
dt
 dy
v  v x iˆ  v y ˆj vy 
dt
De forma análoga podemos encontrar o
v dv
vetor aceleração instantânea, para isso a  lim 
basta calcularmos o limite da aceleração t 0 t dt
média com o tempo tendendo a zero:

 d
a
dt
 
v x iˆ  v y ˆj 
dv
dt
x
iˆ 
dv y
dt
ˆj

a  a x iˆ  a y ˆj

dv x dv y
ax  ay 
dt dt
Interpretação Geométrica da Derivada
O valor numérico da derivada de uma função y = f(x)
no ponto de coordenadas (x0 ; y0) é o coeficiente
angular da reta tangente à curva obtida pela função
dada neste ponto,
Algumas Regras de Cálculo de Derivadas
1. A derivada de uma soma é a soma das derivadas.

Seja a função H(x) = F(x) + G(x), a derivada de H(x) é


dada por:

dH ( x) d dF ( x) dG ( x)
 [ F ( x)  G ( x)]  
dx dx dx dx
2. A derivada de um produto.

Seja a função H(x) = F(x) . G(x), a derivada de H(x) é


dada por:

dH ( x) d
 [ F ( x)  G ( x)] 
dx dx
dF ( x) dG ( x)
 G ( x)  F ( x)
dx dx
3. A derivada de uma constante é nula.

Seja a função H(x) = C, a derivada de H(x) é dada por:

dH ( x) dC
 0
dx dx
Derivadas de Funções Polinomiais

4. A derivada de uma Função Polinomial.

Seja a função H(x) = xn, a derivada de H(x) é dada por:

n
dH ( x) dx n 1
  nx
dx dx
Exemplos
H(x) = Ax3 + Bx2 - C

dH ( x) d
 ( Ax  Bx  C ) 
3 2

dx dx
d d d
 ( Ax )  ( Bx )  (C ) 
3 2

dx dx dx
3 2
dA 3 dx dB 2 dx
 x  A x  B0 
dx dx dx dx
 0  3 x A  0  2 xB 
2

 3 Ax  2 Bx
2
Vox=vo.cos(53)=600m/s Vy=voy+ay.t x=xo+vx.t y=yo+voy.t+a.t2/2
Voy=vo.sen(53)=800m/s Na altura max X=0+600.163,2 y=0+800.81,6-9,8.(81,6)2/2
ax=0 0=800-9,8.t X= 97.920m y=32.173m
ay=-9,8m/s2 Vx=vox t=800/9,8=81,6s
Na altura max
y=yo+voy.t+a.t2/2 Vx=600m/s
Vy=0
v  600 iˆ
y=0+800.10-9,8.(10)2/2
y=7.510m ax=0
ay=-9,8m/s2
a   9,8 ˆj
V=3i-16j θ
V=(32+162)1/2
V=16,3m/s
Tgθ=-16/3
θ=arctg(-5,33)=-79,40

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