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Ludwig van Beethoven foi um verdadeiro revolucionário na música, marcou uma era
de transição e turbulência, de guerras e revoluções. Através da sua produção, incluindo
sinfonias, concertos e óperas, sua influência se tornou profunda para outros compositores.
Marx destaca a diferença entre a França revolucionária e a Alemanha que, devido ao seu
atraso social viu uma revolução principalmente nas mentes. O movimento Sturm und Drang
reflete a agitação intelectual alemã do final do século 18, influenciada pela filosofia idealista.
Essa revolução teve impacto além das fronteiras, moldando a literatura e, eventualmente, a
música de Beethoven, que personificou o espírito revolucionário.
A narrativa muda para a juventude de Beethoven em Bonn. Nascido em uma família
musical, sua infância infeliz moldou um caráter introvertido e rebelde. Apesar das tentativas
de seu pai de transformá-lo em um prodígio infantil, Beethoven não era naturalmente
inclinado à música e precisava ser impulsionado por vários professores. Nascido em um
período de agitação histórica, influenciado pelas Revoluções Americana e Francesa. Sua
música reflete o espírito revolucionário da época, respondendo às transformações sociais e
políticas. Apesar de enfrentar adversidades, como a perda gradual da audição a partir de
1796, Beethoven transformou sua surdez em uma vantagem criativa.
O compositor, inicialmente um entusiasta da Revolução Francesa, viu sua vida
pessoal marcada por tragédias, incluindo relacionamentos problemáticos. Em meio a crises,
Beethoven encontrou na arte sua salvação, expressando suas emoções e lutas internas
através da música. Sua capacidade de superar desafios resultou em obras notáveis, como a
Sinfonia "Eroica", testemunhando sua genialidade e resiliência. A vida e obra de Beethoven
são entrelaçadas com o contexto histórico, suas lutas pessoais e a capacidade única de
transcender adversidades, deixando um legado duradouro na música clássica.
A dialética da sonata
A sinfonia heroica
Quinta Sinfonia
Egmont
A ópera Fidelio, inicialmente concebida como Leonora, foi composta por Beethoven
em 1805, durante a entrada vitoriosa do exército francês em Viena. Com claras conotações
revolucionárias, especialmente evidentes no famoso coro dos prisioneiros, a obra exalta a
Liberdade, um tema constante no pensamento e na obra do compositor. Similarmente, a
música incidental para a peça Egmont, baseada na revolta dos Países Baixos contra o
domínio espanhol, transmite uma mensagem explícita. Inspirado pela história de Egmont,
um nobre flamengo decapitado por lutar contra a tirania espanhola, Beethoven adaptou a
tragédia de Goethe, vendo Egmont como um símbolo universal da luta revolucionária contra
a opressão. A música de Beethoven para Egmont, embora conhecida principalmente por
sua abertura, incorpora materiais notáveis, incluindo o discurso final do protagonista, que
denuncia a tirania e instiga corajosamente o povo à revolta pela liberdade, mesmo que isso
signifique sacrificar suas vidas.
O otimismo revolucionário de Beethoven enfrentou um teste severo quando
Napoleão, após restaurar formas do Antigo Regime, encontrou resistência na Europa
monarquista, desencadeando uma década de guerra e lutas pela liberdade. A derrota de
Napoleão em Waterloo e a morte do irmão de Beethoven, Kasper, em 1815, marcaram um
período de reação negra na Europa, com a restauração monarquista e perseguições a
movimentos progressistas. Após esses eventos, Beethoven, profundamente afetado,
compôs obras marcadas por uma introspecção filosófica e resistência, como a monumental
Missa Solemnis e os últimos quartetos de cordas.
Durante esse período, Beethoven enfrentou não apenas desafios políticos, mas
também pessoais, envolvendo uma amarga disputa pela custódia de seu sobrinho Karl. Sua
surdez, isolamento e perdas pessoais contribuíram para um declínio na produção musical
durante os anos de 1815 a 1820. Apesar das dificuldades, Beethoven permaneceu um
republicano militante e defensor da Revolução Francesa, resistindo às pressões da reação
predominante.
Em meio a um contexto cultural adverso, Beethoven compôs obras revolucionárias,
como a Grosse Fuge, que, embora incompreendidas por muitos contemporâneos,
expressavam seu espírito inabalável. A Nona Sinfonia, concluída em 1824, tornou-se um
testemunho duradouro de seu otimismo revolucionário, culminando na famosa "Ode à
Alegria". Mesmo enfrentando dificuldades financeiras e declínio na saúde, Beethoven
conduziu a estreia da Nona Sinfonia, marcando um triunfo emocional e artístico. Seu legado
perdura, pois, em suas composições, Beethoven ofereceu uma expressão profunda e
revolucionária da condição humana.
Pós-escrito