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Claude-Michel Schönberg
“On My Own”
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Índice
Índice ............................................................................................................................................. 2
Introdução ..................................................................................................................................... 3
Século XX ....................................................................................................................................... 4
Biografia do compositor ................................................................................................................ 5
“Os Miseráveis” ............................................................................................................................. 6
Análise da peça.............................................................................................................................. 7
Conclusão .................................................................................................................................... 10
Webgrafia .................................................................................................................................... 11
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Introdução
Um dos conceitos fundamentais à formação de um estudante de música consiste na
capacidade do estudante da compreensão de que a música, ao longo do tempo, foi sofrendo
alterações, consoante um conjunto de fatores sociais, culturais, entre outros.
Consequentemente, hoje em dia, nós, estudantes de música, fomos instruídos a distinguir e
identificar esses períodos musicais.
Com o objetivo de auxiliar a compreensão e evoluir a capacidade de identificação e de
distinção de cada um desses períodos musicais, os alunos do Ensino Secundário da Escola de
Música e Artes de Ourém – a Ourearte – têm sido propostos pelo docente da disciplina de
Formação Musical, João Paulo Fernandes, a realizar trabalhos de pesquisa e de análise de
obras dos diversos períodos musicais ao longo do ano letivo.
Este trabalho teórico apresentado é realizado no âmbito dessas propostas, de escolha de um
compositor da época e de análise de uma das suas obras, com um especial foco no Período
Contemporâneo, de compositores do século XX e XXI.
Para atingir tal objetivo, movida por
motivos de pessoal gosto e agrado pela obra, e com alguma curiosidade
de pesquisar mais sobre um compositor deste período tão específico,
decidi pesquisar um pouco mais sobre a biografia de Claude-Michel
Schönberg e analisar uma das suas maiores obras: “On my own”, do seu
musical “Les Misérables”.
Sempre fui uma grande fã de musicais e não
pude deixar de aproveitar a oportunidade para
pesquisar um pouco mais acerca de um dos mais relevantes, “Os
Miseráveis”, e de uma das mais profundas e com maior significado “On
my own”, e da minha preferência pessoal.
Claude-Michel Schönberg
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Século XX
Em finais do século XIX, deu-se um enorme conjunto de mudanças no Mundo. As
tecnologias desenvolviam-se cada vez mais e passaram a fazer parte da nossa vida quotidiana,
por exemplo. Deu-se então uma revolução a níveis artísticos, em que desafiavam e se
destacavam os padrões e os estilos até aí conhecidos.
Antecede o Contemporâneo o Romantismo, um período da música que se deu entre meados
do século XIX e inícios do século XX (aproximadamente entre 1820 e 1900). As primeiras
impressões da mudança de estilo musical deram-se nas obras de Beethoven, em especial
nalgumas das suas sinfonias que adquiriram um estilo mais individualista e interiorizada, como
podemos concluir através de uma das suas sonatas para piano “Pathetique”, em
https://youtu.be/kqvBJc9IovI
A música contemporânea rompe com as músicas compostas até ao século XIX, inserindo
novas maneiras de produzir música, ao questionar os padrões musicais até aí realizados e
redefinindo o conceito de arte. De entre todas as modificações, as mais relevantes são a
modificação do conceito de melodia, uma maior experimentação e pesquisa de
sons, uma valorização do timbre, a inclusão de ruídos até aí considerados
desagradáveis e fora do comum, uma valorização do silêncio, uma nova noção de
espaço, e, por fim, a influência da tecnologia, por exemplo, na
música eletrónica.
Grandes compositores deste período são:
Ígor Stravinski
Fernando Lopes Graça
Dmitri Shostakovich
Lopes Graça
Ígor Stravinski
Dmitri Shostakovich
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Biografia do compositor
No ano de 1997, a dupla estreou outro musical, “Martin Guerre”, em Londres. Nesse Mesmo
ano, ganhou um Oliver Award e uma turné pelo Reino Unido.
Quatro anos depois, compôs o seu primeiro bailado “Wuthering Heights”, que foi estreada
somente em 2002.
O musical “The Pirate Queen” retrata outra das composições da dupla e fala sobre uma
história de piratas. Schonberg escreveu o libreto de “Marguerite”, um musical que aborda uma
visão parisiense do holocausto nazi.
Em 2011, criou a partitura musical do balé “Cleópatra”, realizado também por uma
companhia de renome.
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“Os Miseráveis”
Capa do filme
Análise da peça
No musical, esta peça surge na voz da personagem Eponine, uma pobre e doce menina filha
dos terríveis e gananciosos estalajadeiros. Estes sempre a trataram muito bem, sendo ela a sua
própria filha, e desprezavam Cosette, a menina loira que mantinham em casa devido à
impossibilidade de Fantine, sua mão, tomar conta da pequena. Cosette foi então resgatada a
pedido de Fantine por Jean Valjean, seu novo pai. Muitos anos depois, o destino das duas volta
a cruzar-se e por obra do destino, as posições são opostas: enquanto Eponine se encontra na
miséria de viver nas classes inferiores, Cosette vive bem e feliz com Valjean. Eponine tem uma
paixão secreta por Marius, um estudioso da alta sociedade. No entanto, sabe que nunca
poderão ficar juntos devido às diferenças sociais e económicas que os separa. Para além deste
fator, Marius ama Cosette. No entanto, o amor de Eponine é puro, inocente e extremamente
altruísta. Eponine faz de tudo para ver Marius feliz, inclusive ajudá-lo com Cosette.
On my own
Pretending he's beside me
All alone
I walk with him 'til morning
Without him
I feel his arms around me
And when I lose my way I close my eyes
And he has found me
In the rain, the pavement shines like silver
All the lights are misty in the river
In the darkness, the trees are full of starlight
And all I see is him and me forever and forever
And I know it's only in my mind
That I'm talking to myself and not to him
And although I know that he is blind
Still I say, there's a way for us
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I love him
But when the night is over
He is gone
The river's just a river
Without him
The world around me changes
The trees are bare and everywhere
The streets are full of strangers
I love him
But every day I'm learning
All my life
I've only been pretending
Without me
His world will go on turning
A world that's full of happiness
That I have never known
I love him
I love him
I love him
But only on my own
A peça inicia-se com uma introdução, que não consta na partitura, mas que nos contextualiza
do que irá ser falado na música. Esta introdução poderá funcionar como um recitativo, em que
é exposto o pensamento da personagem.
A peça encontra-se na forma Introdução – A – A´- B – C – C´ - D
No início encontra-se na tonalidade de Ré Maior (tonalidade maior que simboliza a gratidão
da personagem para com o seu amado. O compasso é quaternário e inicia a orquestra com o
acompanhamento da harpa no acorde do I, seguido do V, e do ii. O mesmo se repete no
seguinte compasso.
A voz entra em anacruse para o 3º compasso, num tom sentimental. No 5º compasso,
começa a aparecer sol sustenido, o que torna o acorde de mi (ii) em II maior com 7ª menor, ou
seja, transforma-se no V/V. No 2º compasso do 3º sistema, o lá encontra-se subido o que nos
indica a presença do acorde de fá # Maior (passa de menor para maior).
No primeiro compasso do último sistema da primeira página, ocorre no compasso 3\4 algo
bastante frequente na peça, que é um encaminhamento do tema para algo. As semicolcheias
em grau-conjunto descendente encaminham o tema para a repetição, em primeiro lugar e
depois para a parte B.
A repetição inicia-se num piano, que vai aos poucos crescendo, a preparar-nos para o clímax
posterior da obra.
No segundo compasso do 1º sistema ocorre uma modulação para sol menor (evidenciado
pelas alterações cromáticas e pelo caráter melancólico desta parte, ao aperceber-se de que
tudo não passa de uma ilusão e de que ele era cego). O fá sustenido corresponde à subida do
7º grau da tonalidade menor.
No último tempo do 2º compasso do 3º sistema da 2ª página, ocorre uma modulação para a
tonalidade Maior (em que a personagem volta a sentir-se feliz ao admitir que o ama) para Fá
Maior (sí b).
No segundo compasso do penúltimo sistema da segunda página, o sí aparece natural, o que
indica uma pequena modulação para lá menor.
2 compassos depois, o si volta a aparecer bemol e o dó sustenido, o que nos indica que
acabamos de modular para ré menor.
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No primeiro compasso da última página entramos num 2\4 e no seguinte num 3\4 voltamos
a ter as semicolcheias que encaminham o tema para algum lugar e que já se repetiram
anteriormente. Este encaminhamento, em conjunto com o crescendo ocorre para o fortíssimo
do compasso do sistema seguinte, como se fosse uma explosão de sentimentos positivos, do
amor de Eponine por Marius.
Esta partitura não está exatamente igual à música do musical original, tendo algumas
diferenças, quer na melodia principal que no acompanhamento. Por exemplo, também parte
um pouco do intérprete escolher fazer subidas e dar-lhe o seu toque teatral, mais ainda ao
estar a tratar de uma peça de teatro musical.
Nos compassos seguintes repetem-se algumas das modulações já faladas (ré menor, etc.).
Encontramos novamente o encaminhamento com o crecendo para o clímax da obra, que é o
“A world that´s full of happiness that I have never known”, com um fortíssimo que mostra a
infelicidade e a explosão desta sentimento de Eponine.
Este climax contrasta lindamente com a parte em que se segue, um piano quase sussurrado,
como se Eponine quisesse esconder o seu segredo ao sussurrar que ama Marius.
Em relação a ornamentação, para além dos elementos adicionados pelos intérpretes, e de
todas as dissonâncias e de todas as modulações “em escada”, ocorre um trilo no último
compasso do penúltimo sistema.
Como estamos na tonalidade de Fá Maior, e acabamos com os acordes de si menor e fá
maior, a cadência é plagal e picarda.
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Conclusão
Em suma, o séc XX corresponde a um importante período da história da música, com
características em que a inovação e a quebra de padrões são valorizada s. Neste
intervalo temporal vieram a conhecer-se vários nomes de talentosos compositores,
como Stravinsky.
Schönberg foi um dos principais compositores deste período devido ao seu
sentimentalismo e escrita de qualidade.
Por fim, achei de extrema relevância a realização desta fundamentação teórica e
análise de uma peça do contemporâneo. Devido à elaboração deste trabalho, pude
familiarizar-me um bocadinho mais com a estrutura de fundamentações e
apresentações de temas propostos.
Graças a este trabalho pude também alargar o meu conhecimento sobre outro
importante período da música, desafiei as minhas capacidades de análise de obras, e
de aplicação de conceitos lecionados nas aulas das diferentes disciplinas, o que me
dará algum impulso e gosto por o realizar em futuras tarefas, tal como me impulsionou
para proceder a uma maior audição de música de séculos passados.
Agradeço por fim, a oportunidade de ter elaborado um trabalho como este, pois
pude encontrar uma chave capaz de abrir os meus horizontes musicais e me tenha
permitido celebrar a diversidade musical!
Muito obrigada pela atenção!
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Webgrafia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Os_Miser%C3%A1veis_(2012)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Os_Miser%C3%A1veis
https://pt.wikipedia.org/wiki/Claude-Michel_Sch%C3%B6nberg
https://pt.wikipedia.org/wiki/Les_Mis%C3%A9rables_(musical)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Os_Miser%C3%A1veis_(2012)
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