Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
º 1
Novembro de 2023
1
Índice:
Introdução……………………………….………………………………………………….…..3
Conclusão …………………………………………………………………………………….13
Bibliografia/Webgrafia …………………………………………….………………………..14
2
Introdução
O Romantismo tem uma visão cética, crítica e pessimista sobre o seu tempo. A
crítica ao presente resultou na exaltação do passado, sobretudo do período medieval.
Este movimento é caracterizado pelo sentimentalismo, o sonho e o idealismo.
Com este movimento, aparecem novas formas de se fazer música e novos
compositores.
É neste contexto que surge a figura de João Domingos Bomtempo, um
compositor que se destacou pela sua qualidade no piano, as suas composições, e o
seu trabalho pedagógico
Este trabalho pretende apresentar o compositor, a sua história de vida e o seu
trabalho ao long desta. Está dividido em 3 capítulos distintos, mas que se interligam:
um primeiro capítulo acerca da sua biografia e estilo musical; um segundo capítulo, no
qual se destacou a Toccata; o último capítulo, dedicado à Canzone.
O trabalho realizado no âmbito da disciplina de História das Artes pretendeu ser
mais um contributo para o estudo de compositores importantes que marcaram a
história da música e eternizaram o seu nome.
3
1 – João Domingos Bomtempo
4
2 – Viagens pela Europa
5
“Concerto nº1, em mi bemol, para piano e orquestra”, e “Concerto nº2 em fá menor,
para piano e orquestra”; e, em 1809, compôs a sua “Sinfonia nº1”, que foi muito bem
recebida pelo público e pelos críticos da época.
Inicia-se, com todas estas conquistas, um período de grande notoriedade para
Bomtempo, especialmente como pianista, e compositor. Afirma-se, então a sua
popularidade em Paris.
As Invasões Napoleónicas à Península Ibérica comprometeram a sua estadia
em França, razão pela qual abandona Paris em 1810, e parte para Londres.
No link abaixo, pode apreciar-se uma obra intitulada “Concerto nº1, em Mib, para
Piano e Orquestra” de João Domingos Bomtempo. Esta foi uma das suas primeiras
composições, e teve uma clara inspiração nas obras de Muzio Clementi.
https://youtu.be/E9fiCFt5DPs?si=okPXUW5CwnlXKEh4
6
Sousa Coutinho, quis celebrar com uma grande festival. Esta foi realizada a 13 de maio
de 1811, no dia do aniversário de D. João VI, de forma a homenageá-lo. Bomtempo
compôs, para a festa, uma cantata, intitulada “Hino Lusitano”, cuja poesia foi escrita
pelo doutor Nolasco da Cunha. Esta cantata teve um enorme sucesso, sendo ouvida e
aplaudida pela mais alta sociedade inglesa. O hino imprimiu-se com o
título: “Hino lusitano consagrado à gloria de Sua Alteza Real o Príncipe Regente de
Portugal e da Nação Portuguesa”. Em seguida a esta festa, Bomtempo deu um grande
concerto público, onde se executou o hino pela segunda vez. O período em que
permaneceu em Londres foi incrivelmente fértil quanto às suas produções e
composições.
Em 1813, Bomtempo torna-se um dos primeiros 25 membros associados da
recém-criada Sociedade Filarmónica de Londres.
Com o fim do perigo napoleónico, e a reorganização da Europa com o
Congresso de Viena de 1815, Bomtempo ganha a liberdade de circular sem quaisquer
constrangimentos entre Paris, Londres e Lisboa.
No link abaixo, pode apreciar-se uma obra intitulada “Hino Lusitano” de João
Domingos Bomtempo. Esta é uma das suas obras mais conhecidas, e ajudou
Bomtempo a ganhar ainda mais relevância e popularidade na Inglaterra.
https://youtu.be/9VgRjL1gWUg?si=xcL_SfPnCghJb20V
7
convidou Bomtempo para compor e dirigir uma cantata alegórica, intitulada “A Paz da
Europa, Cantata, Op. 17”. Durante este curto período em Portugal, Bomtempo
apresentou-se em público apenas nesta festa.
Preocupado com o desconhecimento da música instrumental e a lacuna na
cultura musical em Portugal, ele tenta reproduzir, em Lisboa, a célebre Phillharmonic
Society londrina, estabelecida em 1812. Em Portugal, esta ainda não vai ser realizada,
apesar das várias tentativas para a sua criação.
O ambiente vivido em Portugal torna-se mais negativo e pessimista, devido à
ausência da Corte portuguesa no Brasil, à intromissão inglesa na política portuguesa, e
o agravamento da repressão contra a Maçonaria Portuguesa e os princípios liberais.
8
No link abaixo, pode apreciar-se uma obra intitulada “Requiem em Dó menor,
Op. 23” de João Domingos Bomtempo. Esta foi uma das suas composições mais bem
recebidas e reconhecidas, sendo considerada, por vários, a sua “obra-prima”, e, desta
forma, um dos seus principais marcos na música.
https://youtu.be/ujK2SFZLv24?si=sd5y-rRRnBl8VgbD
9
3 – Acontecimentos Políticos em Portugal
Neste ponto irá ser explorada a forma como o contexto político português afetou a
vida e os projectos planeados do compositor.
10
3.2 – Época Absolutista
11
Neste conservatório, implantou um novo e avançado modelo de pedagogia musical
contando para isso com o recurso aos métodos do seu amigo Muzio Clementi.
Seguiu-se um período de intensa atividade pedagógica e preocucupação com a
instituição, a sua nova escola.
Realizou-se a 7 de agosto de 1842, na igreja dos Caetanos, uma solenidade em
que os professores e os alunos executaram uma festiva missa escrita por Bomtempo,
dirigida pelo mesmo. Esta foi a sua última manifestação artística, porque, dez dias
depois, faleceu, vítima duma apoplexia.
Em Lisboa causou a maior consternação a sua morte, fizeram-se pomposas
exéquias, e D. Maria II deu ordem que o féretro fosse conduzido em coche da Casa
Real. Em 5 de novembro o Conservatório celebrou também solenes exéquias na igreja
dos Caetanos, executando-se a missa de requiem, que Bomtempo consagrara à
memória de Camões, e o libera-me, que escrevera para as exéquias de D. Pedro IV.
Conclusão
12
João Domingos Bomtempo foi uma figura extremamente para a música em
Portugal por vários motivos: por um lado, as suas composições de música instrumental,
sinfónica e de câmara de imensurável qualidade alargaram o panorama musical
português, que, nesta época, encontrava-se dominado pela ópera italiana, sendo ele
um dos únicos compositores portugueses de música instrumental no XIX; por outro
lado, Bomtempo também foi defensor dos valores portugueses e na sua obra há uma
valorização da liberdade individual e da soberania da nação portuguesa; e, finalmente,
Bomtempo foi um dos principais reformadores da música portuguesa, não só através
da criação do Conservatório de Música, que revolucionou completamente o ensino da
música em Portugal, havendo mais acessibilidade e meios, mas também através da
criação da Sociedade Filarmónica, pioneira na divulgação de música instrumental, e
que ajudou muitos músicos amadores a melhorar as suas habilidades e a integrar-se
na cena musical em Portugal.
João Bomtempo foi um pianista virtuoso, um compositor à frente do seu tempo,
e revolucionário quanto ao ensino de música em Portugal.
Bibliografia/Webgrafia
13
https://www.arqnet.pt/dicionario/bomtempojd.html
https://capeiaarraiana.pt/2016/12/17/joao-domingos-bomtempo/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Domingos_Bomtempo
https://www.editions-ava.com/pt/jo%C3%A3o-domingos-bontempo-1771-1842
https://grandpianorecords.com/Composer/ComposerDetails/16534
Nery, Rui Vieira; Castro, Paulo Ferreira (1991). "Síntese da Cultura Portuguesa -
História da Música". Imprensa Nacional - Casa da Moeda, Lisboa.
Brito, Manuel Carlos; Cymbron, Luísa (1992). "História da Música Portuguesa".
Universidade Aberta, Lisboa.
PowerPoint “Romantismo”
14