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Santos recorre aos dados para clarear o debate. Em primeiro lugar, analisa os fluxos
de Investimento Estrangeiro Direto (IED) na América Latina entre 1980 e 2014, com
dados da UNCTAD. Comparando os números de 1980 e 2014, é possível observar
uma redução da importância do Brasil, da Argentina e da Venezuela nos IEDs
realizados no período, ao passo que a participação do Chile e do México cresceu
consideravelmente. Os motivos para essa queda da participação brasileira são
diversos e relacionam-se, entre outros, ao desenvolvimento regional do mercado
interno, de dimensões continentais.
Santos apresenta uma lista detalhada dessas obras e do valor total de cada
financiamento. Entre as obras mais polêmicas – instrumentalizadas e criticadas até
hoje por adversários políticos do Partido dos Trabalhadores – destacam-se o Porto
de Mariel, em Cuba e a Linha 5 do Metrô de Caracas, na Venezuela. Entre as
empresas brasileiras beneficiadas por essas linhas de crédito entre 2009 e 2015, por
sua vez, encontram-se a Embraer (44%), Odebrecht (39%) e Andrade Gutierrez (6%).